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social mais favorecida, assim como sua insero nos ambulatrios e hospitais
de sade mental, mesmo que muitas vezes subordinada aos paradigmas da
psiquiatria, j prtica estabelecida. Alis, para esse tipo de atuao,
principalmente, que se volta a formao do psiclogo. A graduao em
psicologia enfatiza o modelo psicodinmico e suas aplicaes clnicas na rea
da sade mental deixando de lado as temticas relacionadas sade pblica e
s questes macrossociais. Os hospitais gerais constituem um novo campo de
trabalho para o psiclogo, no s em funo da proposta de ateno integral
sade, como tambm em funo da crise enfrentada pela clnica privada. A
abertura de concursos e de possibilidades de atuao do psiclogo nestas
instituies faz com que o profissional se volte para este campo, muitas vezes
sem uma reflexo mais cuidadosa sobre a especificidade desse trabalho.
Existe uma famosa e mal compreendida frase de Geertz (1983, p. 87) em que
este afirma: os antroplogos no estudam as aldeias [...] eles
estudam nas aldeias. O que Geertz no diz de forma alguma que seja
possvel estudar na aldeia sem que ao menos se tente conhecer,
minimamente, o que seja uma aldeia ou, ao menos, a aldeia onde decorre o
estudo. Sabemos no ser este um trabalho antropolgico, mas buscamos da
mesma forma fornecer ao leitor um mnimo de informao sobre esta
aldeia/instituio onde nosso trabalho se desenvolveu. Por esta razo, todo
nosso trabalho na busca da insero de psiclogos e/ou psicanalistas em
instituies, comunidades ou outros espaos no tradicionalmente designados
psicanlise enfatiza o conhecimento da dimenso sociopoltica dos lugares
onde o trabalho se desenvolve.