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Era uma vez uma bruxa velha que morava em Paris, no bairro dos
Gobelins. Era uma bruxa muito velha mesmo, e muito feia, mas o maior
desejo dela era se transformar na moa mais linda do mundo.
Ateno!
Ora, naquele bairro havia uma menina que se chamava Ndia. Era a filha
mais velha do seu Said, o dono da mercearia da rua Broc.
- Que favor?
- Puxa, como sou esperta! ela dizia. A Ndia mesmo vai trazer o
molho de tomate para eu pr em cima dela.
Ndia, que era muito obediente, no insistiu. Mas no dia seguinte, quando
ela saiu para fazer compras, a velhinha chamou de novo:
- Eu queria a Ndia.
- Hein?
- Como?
- O qu?
No terceiro dia, outra vez disfarada, ela estava vendendo carne e frango.
- Bom dia, Ndia, bom dia! O que voc vai levar? Veja s, hoje
estou vendendo de tudo: carne de vaca, de carneiro, frango, coelho...
A bruxa voltou para casa e ficou pensando, pensando, at que teve outra
idia:
- Quero cantar uma cano que se chama Ndia, onde est voc?
Mas Bachir, que era muito corajoso, levantou seu violozinho e deu com
ele na cabea da vendedora que estava mais perto. Ela caiu dura, e ao
mesmo tempo as outras 266 tambm caram. Ento Bachir foi entrando
em todas as lojas, uma por uma, sempre cantando:
O menino estava exausto e no sabia mais o que fazer. Ento ele viu um
marinheiro alto, jovem, de ombros largos, que vinha descendo a rua.
- Que favor?
- Levar essa caixa at nossa casa. Minha irm est presa dentro
dela.
- Combinado!
Bachir perdeu o equilbrio e largou a caixa. A caixa, que era muito pesada,
caiu bem em cima da cabea da vendedora. Com isso, as 267 vendedoras
caram com a cabea esmagada. Dessa vez a bruxa morreu, e bem morta.