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Me protegerei
Com um cardume de rosas
At que anoitea
Pra que quando de manh for
Eu em mim amanhea
Me alimentarei
Da escala-dentro
Da fome do mundo
Dos que beijam o porvir
E a eternidade de cada segundo
Me comunicarei
Com uma coroa de saberes
Que sero colhidos deitada
No tapete dos pssaros
Que a grama verde
Ou a madrugada
Me cintilarei
Como a gua que banha as feridas
De sangue recm estancado
E dividirei o mel que abraa
Todas as frases de amor no ditas
E todos os caminhos furtados
E assim me serei
Fina e um tanto arredia
Cabea de nuvem que sonha
Com as relvas no peito
E os toques de alegria
A sutileza liberta
Quando no me couber
o dom de fazer Poesia,
sentirei-me rasa,
saberei-me fria
A temperana ganha
mas a sutileza liberta,
a minha alma nova,
mas h nela um mundo inteiro,
de milnios, dores e quimeras.
Eu s quero nadar
No me importa,
que teu corpo,
cardume de silncios,
tenha mil arraias danantes,
ou seja alga morta.
No me importa.
No me importa.
Eu s quero nadar.
No dia em que eu
nomear os teus braos,
darei a eles um ttulo de filme,
daqueles que tocam,
trilhas sonoras ou almas
Chamarei-os de protagonistas,
personagens principais do abrao,
sero a morada do afago,
ou crdito final da esperana
eita nis
eita chamego,
dengo, diacho,
se apruma bem
pra abraar
ou pra abraao
Tenho desavessos
O azul
Se marinheira eu fosse,
dormiria de conchinha,
fazendo cobertor com ondas,
pra que o tempo,
capela do infinito,
fosse mais doce
Arderia como o sal,
que alimenta
as estrelas dos mares,
pra curar a dvida
dos azuis mais ntidos
que foge dos olhares.