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S CR TICA

Hal Foster

crítica pós-crítica
modernidade fetichismo

O texto trata dos impasses da crítica de arte na atualidade. Hal Foster traça uma análise
panorâmica sobre o que nos teria conduzido a uma condição pós-crítica. O autor arti-
cula as diversas posições sobre a crítica, e seus conceitos adjacentes, lidando particular-
mente com autores como Bruno Latour e Jacques Rancière.

A OST CRITICISM | The text addresses the impasses


of art criticism today. Hal Foster outlines an
overview of what has led us to a post-criticism
S
condition. The author discusses the different
attitudes toward criticism and its adjacent
concepts, dealing particularly with authors such
I as Bruno Latour and Jacques Rancière. | Criticism,
post-criticism, modernity, fetishism.

C
A E C A

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Memórias
Guy Debord, s.d.

T E MÁ TI C A S | H A L F OSTE R 167
C

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tout court

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détourne-
ment 3
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O

É por isso que você pode ser ao mesmo tem-


A M E
po, e mesmo sem sentir qualquer contradição
(1) um antifetichista por tudo em que você
não acredita – na maioria das vezes, religião,
cultura popular, arte, política, e assim por
A diante; (2) um positivista contumaz por todas
as ciências nas quais você acredita – sociolo-
E gia, economia, teoria da conspiração, genéti-
ca, psicologia evolucionária, semiótica, basta
escolher seu campo preferido de estudo; e (3)
um realista, perfeitamente robusto para aquilo
que você realmente valoriza – e que, é claro,

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pode ser a crítica em si, mas também pintura,
observação dos pássaros, Shakespeare, babuí-
nos, proteínas e assim por diante.7

per se
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F

A L Still do filme A Sociedade do Espetáculo


Guy Debord, 1973

R A R
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T E MÁ TI C A S | H A L F OSTE R 169
F

Memórias
Guy Debord, 1959

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A cidade nua
Guy Debord, 1957

C alterna ao acaso entre antifetichismo e positi-


vismo como um iconoclasta bêbado desenha-
C L do por Goya, mas aquele para quem, se algo é
construído, então significa que é frágil e, por-
tanto, precisa de muito cuidado e atenção.
O crítico não é aquele que derruba, mas aque-
le que reúne. O crítico não é aquele que puxa
o tapete dos crentes ingênuos, mas aquele
que oferece aos participantes arenas nas quais
se possam reunir. O crítico não é aquele que

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O

retour
à l’ordre

Tradução S
Revisão técnica F S M

NOTAS

T October

1M
T
C A C October
O
C

M Abolição do trabalho alienado


Óleo sobre tela de “Pintura Industrial” de Pinot Gallizio,
Guy Debord 1963

Foto de Guy Debord em um filme


propositalmente danificado, 1952

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F The New Spirit os Capitalism E
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L Iconoclash: Beyond
the Image Wars in Science, Religion, and Art C
2 O S M MIT L We Have
M Selected Writin- Never Been Modern C C
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7L H C R O S

8 R Aesthetics and Its Discontents


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10 R O espectador emancipa-
do I C S M
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New York Times Magazine O M
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C R O S F M F
M C Critical Inquiry 30 I
12 A

5 A
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17 S Critique of Cynical Reason,
M E M
M

18 C
A Grammar of the Multitudes
E I L A S
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M
F S A A H
C Public Culture H
E

19 A sociedade do espetáculo
E E S A R C
prática

13 L H C R O S 20 M October
I S
Artforum
14 M

I Hal Foster é professor de arte e arqueologia da


Universidade de Pinceton. Publicou diversos livros,
entre eles, T (MIT Press, 1996),
A M A
15 I Art and Subjecthood: (Thames and Hudson, 2004)
The Return of the Human Figure in Semiocapita- tendo como coautores Rosalind Krauss, Yves-Alain
lism S Bois e Benjamin H. D. Buchloh, e R
, editado no Brasil
16 O pela Casa Editorial Paulista em 1996. Suas últimas
publicações, de 2011, são T A A
C (Verso) e T F A
S A H L
E R R (Princeton University
Press). É membro da American Academy of Arts
S and Sciences, contribuindo regularmente para
The Art-Architecture O (do qual é coeditor), A , e T
Complex L L R .

R E SE NHA S 175

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