Escolar Documentos
Profissional Documentos
Cultura Documentos
Centro Tecnológico
Departamento de Engenharia Civil
ECV – 5129 Engenharia de Tráfego
Engenharia de Tráfego
2° Módulo
SUMÁRIO
1 ACIDENTES DE TRÁFEGO.....................................................................................5
1.1 DEFINIÇÕES ....................................................................................................5
1.2 COMPONENTES BÁSICOS DE UM SISTEMA DE TRÁFEGO ........................5
1.3 FATORES QUE AFETAM OS ACIDENTES .....................................................6
1.3.1 Fatores Humanos.......................................................................................6
1.3.2 Fatores do Veículo .....................................................................................6
1.3.3 Fatores Viário-Ambientais ..........................................................................6
1.3.4 Alguns Fatores em Especial.......................................................................6
1.4 ESTATÍSTICAS DE ACIDENTES .....................................................................8
1.4.1 No Mundo (ano 2003) ................................................................................8
1.4.2 Nos EUA (ano 2005) ..................................................................................8
1.4.3 Na Europa (ano 2005)................................................................................8
1.4.4 No Brasil ....................................................................................................9
1.5 CUSTOS ASSOCIADOS AOS ACIDENTES DE TRÂNSITO..........................10
1.5.1 Estudos em Rodovias ..............................................................................10
1.5.2 Estudos em Aglomerações Urbanas........................................................10
1.6 CLASSIFICAÇÃO DOS ACIDENTES .............................................................11
1.7 TAXAS DE ACIDENTES .................................................................................12
1.7.1 Cálculo da Taxa (R) .................................................................................12
1.8 DIAGRAMA DE COLISÕES ............................................................................13
1.9 DIAGRAMA DE CONDIÇÕES ........................................................................13
1.10 ESTUDOS DE PONTOS CRÍTICOS...............................................................13
1.10.1 Identificação de Pontos Críticos...............................................................14
1.10.2 Fases dos Pontos Críticos .......................................................................15
1.10.3 Diagnóstico dos Pontos Críticos ..............................................................15
1.11 MEDIDAS CORRETIVAS PARA TRATAMENTO DE PONTOS CRÍTICOS ...16
1.11.1 Medidas Corretivas em Interseções.........................................................16
1.11.2 Medidas Corretivas em Trechos de Vias .................................................19
1.11.3 Medidas Corretivas para Pedestres .........................................................19
1.11.4 Medidas Corretivas para Travessia das vias ...........................................19
1.11.5 Medidas Corretivas para Circulação ao Longo da Via .............................20
2 SEMÁFOROS ........................................................................................................22
2.1 CONCEITOS BÁSICOS ..................................................................................22
2.2 DIAGRAMA DE ESTÁGIO ..............................................................................23
2.3 DIAGRAMA DE TEMPO .................................................................................23
Professora Lenise Grando Goldner 2
Apoio – PET ECV
ECV 5129: Engenharia de Tráfego - Módulo 2
2.4 CONTROLADORES........................................................................................23
2.4.1 Controlador de Tráfego ............................................................................23
2.4.2 Estratégia de Operação ...........................................................................23
2.4.3 Tipos Básicos de Controladores Automáticos..........................................24
2.5 CÁLCULO DA CAPACIDADE EM INTERSEÇÕES SEMAFORIZADAS.........26
2.5.1 Capacidade de uma Aproximação (C) .....................................................26
2.5.2 Fluxo de Saturação (S) ............................................................................26
2.6 DIMENSIONAMENTO DE SEMÁFOROS ISOLADOS....................................28
2.6.1 Tempo de Verde Efetivo (gef) ...................................................................28
2.6.2 Tempo Perdido ou Tempo Morto: I (p/ uma fase) ....................................28
2.6.3 Tempo perdido total: Tp (p/ todas as fases).............................................28
2.6.4 Tempo de Amarelo (entre verdes) ...........................................................28
2.6.5 Tempo de Ciclo Mínimo ...........................................................................29
2.6.6 Tempo de Ciclo Ótimo .............................................................................29
2.7 ROTEIRO PARA DIMENSIONAMENTO DE SEMÁFOROS...........................30
2.8 ATRASO VEICULAR.......................................................................................30
3 ESTACIONAMENTO..............................................................................................31
3.1 INTRODUÇÃO ................................................................................................31
3.2 TIPOS DE ESTACIONAMENTO .....................................................................31
3.3 PROJETO GEOMÉTRICO DO ESTACIONAMENTO .....................................32
3.4 DEFINIÇÕES ..................................................................................................37
3.5 DISTÂNCIA DE CAMINHADA NOS ESTACIONAMENTOS ...........................37
3.6 LEVANTAMENTO DE DADOS SOBRE ESTACIONAMENTO .......................38
3.6.1 Usos.........................................................................................................38
3.6.2 Métodos ...................................................................................................38
3.6.3 Estudos Específicos.................................................................................39
3.7 EFEITOS ASSOCIADOS DO ESTACIONAMENTO E TRÁFEGO..................40
3.7.1 No Meio Ambiente....................................................................................40
3.7.2 Acessibilidade e Congestionamento ........................................................40
3.7.3 Acidentes .................................................................................................40
3.7.4 Conclusões do Estudo .............................................................................40
3.8 ESTACIONAMENTO PROIBIDO ....................................................................41
3.8.1 Experiência Americana Sugere................................................................41
3.9 ESTACIONAMENTO POR TEMPO LIMITADO ..............................................42
3.9.1 Método da Espera Limitada por Placa .....................................................42
3.9.2 Método do Medidor de Estacionamento (Parquímetro)............................42
3.9.3 Método do Disco de Estacionamento.......................................................43
Professora Lenise Grando Goldner 3
Apoio – PET ECV
ECV 5129: Engenharia de Tráfego - Módulo 2
1 ACIDENTES DE TRÁFEGO
1.1 DEFINIÇÕES
O Department of Transportation (1996), define acidente de trânsito como um evento
raro, aleatório e originado a partir de diversos fatores inter-relacionados, sempre
precedidos de uma ou mais pessoas falharem na cooperação com seu ambiente. Em
outras palavras, o usuário não teve habilidade para se adaptar as novas necessidades
impostas pelo ambiente de tráfego. Significa dizer que o usuário enfrentou uma
dificuldade de interação com seu veículo (diretamente) ou com a via (indiretamente)
através do seu veículo.
O National Safety Council (USA) define acidente de trânsito como o resultado de uma
seqüência de eventos, dos quais usualmente decorrem, de forma não intencional,
morte, ferimento ou unicamente, danos materiais.
O “Traffic Engineering Handbook” apresenta acidente como uma falha do sistema
rodovia / veículo / motorista, na execução de uma ou mais operações necessárias à
realização de uma viagem sem danos materiais ou pessoais, cujos fatores causais
poderão ser encontrados nos pontos em que essas operações foram erradas. A causa
necessária e suficiente de um acidente de trânsito é a combinação de fatores
seqüenciais e simultâneos, cada um dos quais necessários, mas nenhum deles
suficientes por si só.
O “Anuário Estatístico de Acidentes de Tráfego” define acidente de trânsito como uma
ocorrência fortuita ou não, em decorrência do envolvimento em proporções variáveis do
homem, do veículo, da via e demais elementos circunstanciais, da qual tenha resultado
um dano, ferimento, etc.
O DENATRAN entende que o acidente de trânsito pode ser apresentado sob duas
formas distintas:
• Acidente evitável: que seria aquele acidente que ocorre pelo fato do condutor
ter deixado de fazer tudo aquilo que poderia ter sido feito para evitá-lo.
• Acidente inevitável: é muito raro, mas pode ser considerado como aquele
evento fruto da fatalidade e que independente da vontade humana.
• INTENSIDADE DO TRÁFEGO
Numerosos estudos mostraram que os índices de acidentes aumentam na mesma
proporção que o volume médio diário.
• DROGAS E ALCOOLISMO
Nos EUA pesquisa de 2 anos mostrou que de 772 mortes nas estradas, 102
motoristas (13,2%) guiavam depois de ter ingerido barbitúricos, tranqüilizantes,
excitantes ou antinfecciosos.
No Brasil, segundo o Código de Trânsito Brasileiro (CTB), a partir de 0,6 gramas
de álcool por litro de sangue era caracterizado estado de embriagues do
motorista, para efeito legal. A partir de junho de 2008, com a aprovação da Lei
11.705, que altera o Código de Trânsito Brasileiro, ficou proibido o consumo de
qualquer quantidade de bebidas alcoólicas por condutores de veículo. Segundo o
artigo 165 do CTB, quem for flagrado dirigindo sob a influência de álcool será
penalizado com uma multa de R$ 957,20, suspensão do direito de dirigir por 12
meses, retenção do veículo até a apresentação de condutor habilitado e
recolhimento do documento de habilitação. A partir de 0,3 g de álcool por litro de
sangue, a punição será acrescida de prisão. A pena é de seis meses a três anos e
é afiançável.
Em países vizinhos ao Brasil, como Argentina, Venezuela e Uruguai, o limite legal
de concentração de álcool no sangue varia de 0,5 a 0,8 gramas por litro. Nos
EUA, onde a lei varia em cada Estado, o limite fica entre 0,1 a 0,8 g/l.
Na Europa, países como Alemanha, França, Espanha e Itália têm limites de 0,5 g
por litro; na Suécia e Noruega o limite é de 0,2 g/l; enquanto no leste europeu, na
Romênia e na Hungria, o limite é zero.
Em alguns lugares, a lei é mais abrangente e proíbe a condução de barcos, como
no Canadá, ou de bicicletas, como na Califórnia (EUA). A Suíça avalia se o carona
poderia ou não beber para não prejudicar a habilidade do condutor.
ÓBITOS ÓBITOS/
PAÍS POPULAÇÃO
(2005) 100.000 Hab.
Bélgica 10.516.112 1.089 10,35
Dinamarca 5.438.698 331 6,08
Grécia 11.338.624 1.658 14,62
Espanha 45.003.663 4.442 9,87
França 61.350.009 5.318 8,66
Itália 59.546.696 5.625 9,44
Áustria 59.546.696 768 9,35
Portugal 10.539.564 1.247 11,83
Finlândia 5.275.941 379 7,18
Suécia 9.107.795 440 4,83
Reino Unido 60.363.602 3.336 5,52
BRASIL 1 189.281.543 34.381 18,16
BRASIL 2 189.281.543 50.000 25,21
1
- Acidentes ocorridos nas rodovias, considerando os óbitos no local do acidente.
2
- Acidentes ocorridos nas rodovias e também em área urbana.
1.4.4 No Brasil
Resumo dos principais indicadores dos anuários, por ano, nível Brasil
Período
Principais Indicadores
2000 2001 2002
Vítimas fatais 20.049 20.039 18.877²
Vítimas não fatais 358.762 ** 374.557 ** 318.313²
Acidentes com vítimas 286.994 ** 307.287 251.876¹
Vítimas fatais/10.000 veículos 6.8 6.3 6,2²
Vítimas não fatais/10.000 veículos 124,1 ** 119,8 ** 104,6²
Vítimas de acidentes/10.000 veículos 130.9 123.6 110,8²
Acidentes com vítimas/10.000 veículos 99,3 ** 96.2 75,8¹
Vítimas fatais/100 acidentes com vítimas 7,0 ** 6,4 ** 8,5²
Vítimas não fatais/100 acidentes com vítimas 125,0 ** 122,0 ** 143,2²
Vítimas de acidentes/acidentes com vítimas 1,3 ** 1,3 ** 1,5²
Veículos/100 habitantes 17.4 18.5 19.6
Vítimas fatais/100.000 habitantes 11.8 11.6 12,3²
Vítimas não fatais/100.000 habitantes 214,1 ** 220,0 ** 207,3²
Vítimas de acidentes/100.000 habitantes 225,8 ** 228.9 219,5²
Frota de veículos 29.503.503 *** 31.913.003 34.284.967
População 169.590.693 172.385.826 174.632.960
( * ) Não inclui dados de Minas Gerais.
( ** ) Não inclui dados do Distrito Federal.
( *** ) A redução da frota em 2000 se deve a depuração de cadastro com a integração ao Sistema RENAVAM.
( ¹ ) Não inclui dados do Espírito Santo e Mato Grosso.
( ² ) Não inclui dados do Amapá, Espírito Santo, Mato Grosso e Rio de Janeiro.
Fontes: Ministério das Cidades, Departamento Nacional de Trânsito - DENATRAN, Sistema Nacional de Estatística
de Trânsito e Departamentos Estaduais de Trânsito – DETRAN
Custos totais dos acidentes de trânsito nas rodovias brasileiras (R$ dez/2005)
Rodovias Gastos R$ (bilhões)
Federais 6,51
Estaduais 14,11
Municipais 1,41
TOTAL 22,03
Fonte: IPEA/Denatran
Em 2003, o IPEA realizou um estudo com o objetivo de quantificar quais são os custos
relacionados aos acidentes de trânsito nas aglomerações urbanas do Brasil. A
pesquisa tomou como referência 49 aglomerações urbanas, totalizando 379
municípios, onde estão 47% da população e 62% da frota de veículos automotores do
país. Florianópolis está incluída como aglomeração urbana, abrangendo 4 municípios.
c) Colisão na via
• Com pedestres
• Com outro veículo no tráfego
• Com veículo estacionado
• Com trem
• Com ciclistas
• Com animais
• Com objetos fixos
• Com outros objetos
a) Para Interseções
n° UPS × 10 6
R=
(VMD1 + VMD2 + ..... + VMDn )× P
onde:
VMD1 = Volume médio diário passando pela aproximação 1
N = Número de aproximações na interseção
P = período de estudo (normalmente 365 dias)
n° UPS × 10 6
R=
VMD × P × E
onde:
VMD = Volume médio diário de veículos passando pelo trecho
P = Período de estudo (normalmente 365 dias)
E = Extensão do trecho (em km)
C × 100.000.000
R=
V
onde:
R = taxa de acidentes por 100 milhões veículos / quilômetros
C = n° de acidentes (fatal ou com danos materiais ou total de acidentes) ocorridos em 1
ano
V = Veículos / quilômetros de viagem em 1 ano
Professora Lenise Grando Goldner 12
Apoio – PET ECV
ECV 5129: Engenharia de Tráfego - Módulo 2
Pontos Críticos: locais com maiores taxas de acidentes, portanto pontos de mais alto
risco. Devem receber tratamento prioritário.
Identificar e classificar
os locais perigosos com
base nas taxas de
acidente
Preparar o projeto
preliminar para cada
local – consultas
necessárias – Escolher
o projeto definitivo
Implementar
Monitorar:
1 – Inspecionar visualmente
2 – Avaliar estatisticamente
O Diagnóstico Propriamente
Análise conjunta das etapas anteriores.
Processo iterativo que mostra como produto final as principais causas e as possíveis
soluções.
70m
Rótulas
• Tipos mais seguros de interseção em nível.
• Acidentes: com pedestres, colisões angulares e frente-traseira.
Medidas corretivas: instalar rótula com regra de prioridade com geometria da entrada
de maneira a forçar o motorista a ser desviado para a direita, visando reduzir a
velocidade.
Tipos de rótulas:
• Com ilha central de grande diâmetro (convencional),
• Com ilha central de pequeno diâmetro.
Características geométricas mais importantes:
• Faixa de circulação mais larga na rótula,
• Alargamento progressivo da pista em cada aproximação para fornecer maior
faixa de retenção,
• Deflexão para a direita dos veículos que entram a fim de promover
movimentos giratórios,
• Ilhas centrais com diâmetro suficiente para orientar os condutores sobre os
movimentos a serem realizados. Eficiente Æ mini-rótula (R ≈1,0 m).
Interseções Semaforizadas
Tipos de Acidentes: colisão 90 graus, frente-traseira e angular.
Medidas corretivas:
• Verificação dos tempos de semáforo (tempos de ciclos muito longos ou muito
curtos incentivam à violação do sinal),
• Verificação da localização e visibilidade dos focos,
• Quando possível recomenda-se utilizar fase especial para conversão à
esquerda,
• Coordenação semafórica Æ reduz velocidade e n° de acidentes “quando bem
efetuada” e com sinalização de apoio,
• Proibição de estacionamento e paradas de veículos na aproximação, de
modo a manter a capacidade.
Medidas corretivas
• Distância de travessia:
Quanto maior à distância, mais arriscada será a travessia. Larguras maiores que
9,0 m devem preferencialmente ser divididas em 2 estágios, com a construção
de um refúgio.
Professora Lenise Grando Goldner 19
Apoio – PET ECV
ECV 5129: Engenharia de Tráfego - Módulo 2
5
4
3
1
Medidas corretivas
• PAVIMENTAÇÃO:
Em locais onde ocorrem derrapagens em dias chuvosos, são obtidas reduções
substanciais de acidentes ao se modificar a superfície do pavimento.
• CONTROLE DE TRÁFEGO
São medidas de natureza administrativa e legal destinadas à regular o fluxo de
veículos, o estacionamento de veículos e o fluxo de pedestres. Podem ser:
Controle de velocidade:
Nas vias urbanas:
80 Km/h, nas vias de trânsito rápido.
60 Km/h, nas vias arteriais.
40 Km/h, nas vias coletoras.
30 Km/h, nas vias locais.
Nas vias rurais:
Nas rodovias:
110 Km/h p/ automóveis e camionetas.
90 Km/h p/ ônibus e microônibus.
80 Km/h p/ demais veículos.
Nas estradas:
60 Km/h
Controle do estacionamento
Importante a proibição do estacionamento nas vizinhanças de paradas de
ônibus e nos locais de pedestres, como modo de reduzir o n° de
acidentes envolvendo pedestres.
Controle de mão de direção e conversões
Implantação de mão única produz redução de conflitos potenciais, além
de ser mais seguro p/ pedestres. A proibição de conversão à esquerda
em vias de mão dupla muito movimentada, também é eficiente.
Controle sobre o tipo de tráfego permitido na via
Vias exclusivas p/ transporte coletivo.
Vias exclusivas de pedestres.
2 SEMÁFOROS
Estágio 2
1 4A
Estágio 1
1 2B 4B 4
1A 2C 4
4C
3C
3 1C 2A
1B 2 3 3B
3A 2
2.4 CONTROLADORES
• DE TEMPO FIXO
O tempo de ciclo é constante e a duração e mudança dos estágios é fixa em
relação ao ciclo. Exemplos:
SOBRASIM – S4: armazena 1 plano de tráfego
EAGLE – EF- 30/EF – 20: armazena 3 planos de tráfego em
função da hora do dia.
TRANSYT: programa computacional desenvolvido da Inglaterra em
1969. Método p/ determinar planos de tráfego c/ objetivo de
minimizar atraso e n° de paradas. Simula o comportamento do
fluxo veicular em trechos de vias do sistema e através de uma
função de otimização define a defasagem e os tempos ótimos de
verde de cada fase ou aproximação dos cruzamentos.
• DE DEMANDA DE TRÁFEGO
São providos de detectores de veículos e lógicas de decisão.
Finalidade: dar o tempo de verde a cada corrente de tráfego de acordo com as
necessidades, em função das flutuações do tráfego.
Princípio: tempo de verde varia entre verde mínimo e verde máximo.
TIPOS:
Sistema SCOOT:
O sistema inglês SCOOT (Split, cycle and Offset Optimization Techinque)
é o mais utilizado no mundo. As entidades que estruturam o SCOOT são
área, região, nó, link e detector. Os laços detectores são instalados para
monitorar todas as vias que concorrem aos semáforos controlados. Os
dados são coletados a cada 250 milisegundos (1/4 segundo),
processados e armazenados. As informações coletadas subsidiam as
decisões para uma melhor coordenação, bem como para recalcular os
respectivos tempos dos estágios. O sistema projeta o perfil de demanda
para um curto período de tempo no futuro, para estimar o perfil de
demanda no próximo ciclo. Assim, o programa determina os pontos de
ótimo dos parâmetros: tempo de ciclo, de fases e de defasagem.
Exemplo de aplicação: Em Fortaleza, 214 dos 508 semáforos são
controlados através do sistema SCOOT, juntamente com o Circuito
Fechado de Televisão (CFTV), que possui 31 câmeras de monitoramento
de tráfego, e 20 Painéis de Mensagens Variáveis (PMV).
Sistema SCATS
O sistema australiano SCATS (Sydney Co-ordinated Adaptive Traffic
System) ajusta os tempos semafóricos do sistema em resposta à
demanda de tráfego e à capacidade do sistema. Tal sistema foi
desenvolvido sob uma configuração modular para ser adaptável desde
cidades pequenas até grandes centros. A filosofia de controle do SCATS
é baseada na fase, no entanto, é possível a implementação do controle
baseado em grupos semafóricos.
Exemplo de aplicação: O sistema SCATS é utilizado em Osasco/SP
desde 2007 e está sendo implantado também em Porto Alegre/RS.
Sistema ITACA
O sistema espanhol ITACA tem seus principais conceitos semelhantes ao
SCOOT. Ambos buscam otimização dos tempos semafóricos através de
pequenas e freqüentes alterações nos tempos de verde, de ciclo e nas
defasagens em função do padrão de trânsito reconhecido através dos
detectores de tráfego. O que difere o ITACA é o processo de identificação
de congestionamento, que é feito através de um padrão de ocupação do
detector, enquanto que o SCOOT utiliza a informação de ocupação do
link.
Exemplo de aplicação: Belo Horizonte em 2007 alcançou o total de 762
semáforos instalados. Destes, cerca de 80% são com controle
centralizado utilizando o sistema ITACA, ou seja, 607 semáforos.
verde efetivo
capacidade = fluxo saturação ⋅
ciclo
Fatores de Ajustamento
• DECLIVIDADE
Reduzido de 3% p/ cada 1% de subida – até 10%.
Aumentado de 3% p/ cada 1% de descida – até 5%.
• COMPOSIÇÃO DO TRÁFEGO
• EFEITO DA LOCALIZAÇÃO
Local Bom 1,20
Médio 1,00
Ruim 0,85
p = 1,68 − 0,90 •
(z − 7,6)
g
onde:
z = distância entre a linha de retenção e o 1° veículo estacionado, em
metros.
g = tempo de verde da aproximação em seg.
para z < 7,60 m adotar z = 7,60
EXEMPLO:
• Obs.1: Existem outros métodos para o cálculo do fluxo de saturação.
Ex: Kimber, McDonald e Hounsell (1986); HCM (2000);
Professora Lenise Grando Goldner 27
Apoio – PET ECV
ECV 5129: Engenharia de Tráfego - Módulo 2
gef = g + A – I I = ( g + A ) – gef
onde:
g = verde foco
A = amarelo foco
I = tempo perdido
C = tempo de ciclo
S = Fluxo de saturação
n
TP = ∑ Ii n = n° de fases
1
Tempo de parar na retenção (1°) + tempo de cruzar a interseção (vermelho geral) (2°)
L+C
V.G. =
v
onde:
L = largura da interseção
C = comprimento do veículo
v = velocidade de aproximação
demanda q
y= = i
fluxo de saturação S i
demanda qi C
Xi = = = yi •
capacidade S i • gef g ef
C
Tp
Cmin =
1− Y
onde:
Tp = tempo perdido total
Y = ∑ y i (crítico)
1,5 ⋅ TP + 5
Co =
1− Y
( )2 1
c 1− λ x2 c 3
d= + − 0,65 2 • x (2+5λ )
2(1 − λx ) 2q(1 − x ) q
onde:
d = atraso médio;
c = ciclo;
λ = relação verde efetivo / tempo de ciclo;
q = demanda (em veic/seg);
x = grau de saturação:
demanda demanda
x= =
capacidade g ef
S.
ciclo
3 ESTACIONAMENTO
3.1 INTRODUÇÃO
População
Vagas por 1000 habitantes
População
50.000 200.000 5milhões
A figura mostra que o número de vagas por 1000 habitantes no centro da cidade
decresce com o aumento da população e que o numero total de vagas no centro
comercial cresce com o tamanho da cidade.
Na Via ou Meio-Fio
• Estacionamento livre
• Estacionamento limitado
Professora Lenise Grando Goldner 31
Apoio – PET ECV
ECV 5129: Engenharia de Tráfego - Módulo 2
Fora da Via
• Na superfície (horizontal)
• Garagens (tipos) ⇒ subterrâneas
⇒ acima da superfície (edifício-garagem)
mecânica/rampas - meio de viagem entre pisos
• Na via:
Conforme o ângulo de estacionamento: 0°, 30°, 45°, 60°, 90°
onde:
α = ângulo do estacionamento
L = comprimento do meio-fio por carro
D = profundidade da baia
W = largura do corredor
A = área bruta por carro
UPH = comprimento unitário por estacionamento
N = n° aproximado de carros por acre.
Exemplo: 90°
8,5'=2,58m
3.4 DEFINIÇÕES
1000
= 10 veículos por vaga
100
B ⋅C
A=
D
onde:
A = n° veículos que podem estacionar em uma determinada área(capacidade
teórica)
B = n° vagas
C = período de controle
D = duração média do estacionamento (horas p/ veículo)
Propósito da viagem
População Vendas e
Trabalho Compras
serviço
25.000 - 50.000 408 295 216
100.000 – 250.000 539 539 221
500.000 – 1.000.000 698 656 419
3.6.1 Usos
• Determinação do grau de solicitação de um determinado trecho da via, para
efeitos de comparação entre a oferta e a demanda de vagas.
• Determinação das características do estacionamento a ser formado em um
determinado local, em função das características do estacionamento
existente: quantas vagas devem ser oferecidas? O estacionamento deve ser
de longa ou curta duração? Qual a distância máxima que as pessoas
aceitariam andar?
3.6.2 Métodos
Fatores envolvidos:
• Demanda do estacionamento.
• Capacidade e utilização do estacionamento existente, nas vias ou fora delas.
• Localização e influência dos geradores de estacionamento.
• Situação/ adequação da regulamentação existente.
• Disponibilidade de recursos p/ atendimento das necessidades.
• Responsabilidade sobre este atendimento.
• Necessidades futuras de estacionamento.
• Programas viáveis p/ atendimento das necessidades.
Aplicações:
• Levantamento das necessidades de pólos geradores de estacionamento,
como lojas, escritórios, terminais, etc.
a) Estudo de acumulação:
Informa o número de veículos estacionados acumulados numa determinada área, num
período de tempo.
A contagem dos veículos estacionados é feita periodicamente, num intervalo escolhido
pelo técnico (15, 30 e 60 min). A cada passagem é anotado o n° de veículos
estacionados, fazendo-se tantas contagens quantas forem necessárias p/ a cobertura o
período estipulado. O levantamento é feito por observação visual e anotação em ficha
de campo.
500 71%
300
100
7 19
Horas
b) Duração e rotatividade:
• Através de entrevista: pergunta-se ao usuário o tempo que ele levou no
estacionamento.
• Marcação periódica dos veículos: anotação periódica das placas, em ficha
de campo, num roteiro pré-estabelecido, segundo um tempo de passagem
escolhido.
75-90 2,06%
15-60 17,86%
30-45 30,42%
15-30 19,15%
0-15 8,02%
3.7.3 Acidentes
Os veículos estacionados ou em manobras podem ser importante causa de acidentes.
Um estudo realizado nos EUA, em 1966, examinou em detalhe 11.620 acidentes em
152,36 km de arteriais e coletoras em 32 cidades, de 17 estados.
Proibir estacionamento:
Método 1:
• Assume que existe correlação entre o n° de veículos registrados na cidade e
o n° de vagas durante o período de pico da demanda do estacionamento.
• O n° de vagas necessárias é determinado pela estimativa do n° de veículos
registrados no ano de projeto multiplicado pela proporção adequada de
vagas de estacionamento.
As pesquisas mostraram uma tendência forte desta proporção ser (p/ cidades
americanas):
Método 2:
d ⋅ r ⋅ s ⋅ c (0,70 ) ⋅ r ⋅ s ⋅ c
P= = = 0,55 ⋅ r ⋅ s ⋅ c
o⋅e (1,5) ⋅ (0,85)
onde:
P = coeficiente de vagas de estacionamento
d = proporção de viagens diárias envolvidas na área central entre 7:00 da manhã e
7:00 da noite = 0,70
o = ocupação por veículo = 1,5 pessoas/veículo
e = eficiência do uso da vaga = 0,85
r = taxa do pico p/ o tempo total diário de estacionamento.
s = fator pico sazonal
c = fator de ajustamento local p/ refletir a concentração da demanda no núcleo da
área central.
• Goldner (1994):
Para Shopping centers dentro da área urbana:
Vol.sab = 2057,39 + 0,3080 ABL
Para shopping center dentro da área urbana e com supermercado
Vol.sab = 1732,72 + 0,3054 ABL
Percentagem de pico horário:
No sábado pela manhã = 8,29%
No sábado à tarde = 8,98%
A hora de maior movimento do dia de sexta-feira ocorre entre 18:00 e 19:00 horas,
sendo que existe uma pequena predominância entre 15:00 e 16:00 horas. A
percentagem de pico correspondente é 11,7%. (O período de maior movimento está
situado entre 15:30 e 18:30 horas).
A hora de maior movimento no sábado é mais acentuada. Ele ocorre entre 10:00 e
11:00 horas com a percentagem de pico igual a 14,1%. (O período de maior movimento
está situado entre 10:00 e 12:00).
• (Hazel, 1988)
O Nacional Economic Development Office (NEDO) recomenda:
Taxa média de
Unidade ou viagens geradas
Uso do Nº de Equação
Categoria variável por unidade de
Solo estudos (R2)
explicativa (x) tempo
(intervalo)
0,51/hora do pico
Nº de 0,358X + 68,814
21 da tarde
empregados (0,90)
(0,36 – 1,18)
Leve
1.000 feet2 área 1,08/hora do pico
1,422X – 125,200
27 bruta construída da tarde
(0,81)
(=92,903 m2) (0,36 – 4,50)
0,88/hora do pico
Nº de do tráfego
2 --
empregados (16 – 18h)
Indústria Pesada (0,60 – 0,97)
1.000 feet2 área 0,68/hora do pico
2 bruta construída da tarde --
(=92,903 m2) (0,49 – 0,78)
0,40/hora do pico
Nº de 0,822LnX + 0,309
51 da tarde
empregados (0,81)
Manu- (0,24 – 1,11)
fatureira 1.000 feet2 área 0,78/hora do pico
0,829X – 17,713
50 bruta construída da manhã
(0,81)
(=92,903 m2) (0,10 – 8,75)
• número de funcionários
V = 0,545 ⋅ NF − 12,178
,
onde:
V = número médio de viagens atraídas na hora de pico;
NF = número total de funcionários.
V = 0,031 ⋅ AC − 23,653
,
onde:
V = número médio de viagens atraídas na hora de pico;
AC = área construída (m2).
V = 0,021 ⋅ AT − 4,135
,
onde:
V = número médio de viagens atraídas na hora de pico;
AT = área total do terreno (m2).
Nº Aeroporto Nº Aeroporto
1 Aeroporto de Ilhéus (BA) 14 Aeroporto Intern. Pinto Martins (CE)
2 Aeroporto Intern. Tancredo Neves (MG) 15 Aeroporto de Petrolina (PE)
3 Aeroporto Regional do Cariri (CE) 16 Aeroporto de Macaé (RJ)
4 Aeroporto de Uberaba (MG) 17 Aeroporto Intern. de Corumbá (MS)
5 Aeroporto Intern. Augusto Severo (RN) 18 Aeroporto de Imperatriz (MA)
6 Aeroporto de Belo Horizonte (MG) 19 Aeroporto Bartolomeu Lysandro (RJ)
7 Aeroporto Intern. de Brasília (DF) 20 Aeroporto Hercílio Luz (SC)
8 Aeroporto Intern. de Boa Vista (RR) 21 Aeroporto Intern. Salgado Filho (RS)
9 Aeroporto Intern. Pres.Castro Pinto (PB) 22 Aeroporto Intern. Guararapes (PE)
10 Aeroporto Intern. do Rio de Janeiro (RJ) 23 Aeroporto Intern. de Congonhas (SP)
11 Aeroporto Intern.de Cruzeiro do Sul (AC) 24 Aeroporto Intern .de São Paulo (SP)
12 Aeroporto de Goiânia (GO) 25 Aeroporto de Vitória (ES)
13 Aeroporto de Montes Claros (MG) 26 Aeroporto Intern. de Ponta Porã (MS)
As tabelas seguintes apresentam algumas das estatísticas que possuem relação direta
com o estudo do estacionamento, para os aeroportos Hercílio Luz (HL) e Salgado Filho
(SF):
Os cálculos dos tempos médios podem ser observados nas tabelas seguintes.
Y = β2 X
onde:
Y = variável dependente, representa o número de automóveis no estacionamento (anual,
mensal, diário);
X = variável independente, representa o número de passageiros embarcando e
desembarcando no aeroporto (anual, mensal, diário).
β2= coeficiente da regressão.
4.1 INTRODUÇÃO
4.1.1 Definição
São aquelas atividades que, mediante a oferta de bens e/ou serviços, produzem ou
atraem um grande nº de viagens, e conseqüentemente, causam reflexos na circulação
do tráfego do entorno, tanto em termos de acessibilidade e fluidez de toda uma região,
como em termos de segurança de veículos e de pedestres.
4.1.3 Motivação
Nas cidades brasileiras:
• Falta de planejamento urbano e de transportes adequados.
• Falta de infra-estrutura (pessoal, dados, legal e institucional) para tratar PGT.
Crescimento nos PGT no meio urbano:
Exemplo: Shopping Centers
• 1 em 1966 – Iguatemi São Paulo
• 64 em 1990 – Filiados ABRASCE
• 93 em 1993 – Filiados ABRASCE
• 160 em 2000 – Filiados ABRASCE
• 335 em 2005 – Filiados ABRASCE
• 382 em 2008 – Filiados ABRASCE
Impacto significativo no sistema viário.
Impactos:
• Na área de entorno (acessos, embarque/desembarque, carga/descarga)
• Área crítica (vias de acesso)
• Área de influência
No trânsito:
• Veículos
• Pedestres (Fluidez, segurança e acessibilidade)
Transportes:
• Alteração do uso do solo adjacente
• Clientes;
• Empreendedor;
• Comunidade:
- Usuários do sistema de transporte
- Moradores
- Comércio
• Poder público (Órgão de planejamento e controle do uso do solo).
• Localização
• Projeto PGT
Deve atender satisfatoriamente a demanda em termos de:
o Acessos
o Estacionamento
o Embarque/Desembarque de passageiros
o Carga/Descarga
Etapas:
FASE I: Estudo do projeto baseado na discussão e concordância dos órgãos
locais.
FASE II: Estimar o futuro background do tráfego sem o PGT.
FASE III: Trata exclusivamente do desenvolvimento local (PGT): do tráfego
gerado e da organização dos dados para ser combinado com o da Fase II.
FASE IV: Estabelece o pico horário tendo o PGT plenamente desenvolvido e
ocupado.
FASE V: É um processo criativo, identifica e analisa alternativas de acesso ao
PGT relacionado com melhoramentos.
FASE VI: Negociação entre órgãos locais e planejadores.
FASE VII: Implementação dos melhoramentos.
Genericamente:
• Definição da área de influência do Shopping Center;
• Previsão da demanda;
• Estudo da oferta;
• Avaliação do desempenho.
Geração de viagens:
• Índices: nº de viagens por 100 m² de ABL
• 21,7 para os dias de semana
• 25,7 para o sábado
• PPH: 12% na entrada e 14% na saída
Distribuição de viagens:
• Empírica: % das viagens atraídas por zona, em função da população da cada
zona, da distância do empreendimento, das facilidades de acesso e de
aspectos econômicos.
• 45% na área primária – até 10 min;
• 40% na área secundária – de 10 a 20 min;
• 8,3% na área terciária – de 20 a 30 min;
• 6,7% fora da área de influência – > 30 min.
Alocação de viagens:
• Função do melhor acesso.
Avaliação do desempenho:
• Relação V/C (leva em consideração as viagens desviadas e não desviadas)
Dimensionamento do estacionamento:
• 5 vagas por 100 m² de ABL (índice)
vias de análise
área de
acesso do do
influência
entorno impacto
Geração de viagens:
Modelo de regressão linear simples estima nº de viagens de automóvel para a hora
de pico – função da área total construída (AC).
Vv = (0,124xAC + 1550)x0,25
Área de influência:
60% das viagens até 5 km
80% das viagens até 8 km
Definição das vias de acesso;
Alocação do tráfego gerado:
Tráfego gerado mais o tráfego existente
Desempenho:
Relação V/C
Estacionamento:
Modelo de geração de viagens x tempo médio de permanência (1 hora)
Avaliação a três níveis;
Impactos na área do entorno:
Acessos, embarque/desembarque, carga e descarga
Impacto nas vias de acesso:
Fluxograma
Impactos na área:
Para soluções mais abrangentes
Contagens realizadas:
• Veículos entrando e saindo dos estacionamentos – 5ª, 6ª e sábado, das 8:00
às 20:00 horas.
• Tempo de permanência na vaga – Identificação de placas nas entradas e
saídas.
Equações obtidas:
• Sexta-feira - DA = 0,28 ⋅ AC − 1366,12 R 2 = 0,99
onde:
DA = demanda de autos atraídos (auto/dia);
AC = área computável (m2) = área construída total – área construída de garagens –
área de ático e de caixas d’ água.
Número de vagas
onde:
RDA = relação entre ocupação máxima do estacionamento de autos e demanda diária
de autos atraídos;
RAC = relação da área computável de shopping Center e ocupação máxima do
estacionamento de autos.
Usar o maior valor entre os dois..!!
Para obter o carregamento diário do empreendimento, deve-se identificar os dias
e períodos de interesse nos gráficos 2.1, 2.2, 2.3 e 2.4 do Boletim Técnico nº 36
(apresentados na seqüência), onde são obtidas as percentagens de demanda de
chegadas e saídas, com relação à demanda diária (DA).
[ ] 100
CV( i ) = P(1) + P( 2 ) ⋅
DA
onde:
CV(i) = carregamento viário de chegadas e saídas no período ”i” de uma hora;
P(1); P(2) = porcentagens relativas aos períodos de meia hora (autos/ meia hora);
DA = demanda diária de automóveis.
DEMANDA OFERTA
-geração de viagens -delimitação da área crítica
-escolha modal -estudo dos pontos críticos
-distribuição de viagens -alocação
análise de desempenho
dimensionamento do estacionamento
I) Conhecimento do Problema
• Tamanho do shopping center;
• Localização;
• Nº de lojas e tipo;
• Nº de vagas; etc.
V) Geração de Viagens
a) Dia típico de projeto: volume médio dos sábados no ano.
b) Hora típica de projeto: Assumir entre 17:00 e 18:00 horas.
PPH = percentagem de pico horário = 10,5%
c) Relação entre a sexta-feira e o sábado médio:
Professora Lenise Grando Goldner 70
Apoio – PET ECV
ECV 5129: Engenharia de Tráfego - Módulo 2
V sexta - feira
= 0,74
V sábado
d) Modelo de geração de viagens:
Y = - 2066,64 + 0,3969 ABL
onde:
Y = nº de veículos do sábado médio
Via lateral
grau de saturação 0,62 (C) 0,93 (D)
atraso médio 40,35 64,17
Via secundária
grau de saturação 0,20 (A) 0,56 (C)
atraso médio 23,14 27,39
Sentido subúrbio-centro
grau de saturação 0,45 (B) 0,56 (C)
atraso médio 13,61 15,47
Via secundária
grau de saturação 0,40 (B) 0,51 (C)
atraso médio 33,74 35,30
Base de conhecimento
OBJETIVOS ETAPAS BASE DE PESQUISA
S.C. membros Dois S.C. do Administração
Bibliografia
da ABRASCE RIO do RIO
Observações:
Estrutura global
g
Início
CARACTERIZAÇÃO DO PROBLEMA
-Conhecimento do problema local
-Delimitação da área de influência
-Aspectos gerais do sistema de transportes
Número de viagens
Número de viagens Número de viagens
individuais
Individuais por Auto a pé
por ônibus
Número
de vagas
De estacionamento
Dimensionamento
DEMANDA OFERTA Travessia de
e localização
Distribuição de viagens Delimitação da área crítica pedestres
dos
Alocação do tráfego e pontos críticos Circulação interna
pontos de parada
TOMADA DE DECISÃO
Fim
Metodologia Proposta
Etapas Aperfeiçoadas
• Geração de viagens
onde:
VOLSEX = Volume médio de automóveis na sexta-feira
R² = 0,6849
Teste = 3,901 >2,365 para γ = 7 e α = 0,025 (95%)
onde:
R² = 0,8941
Teste t = 5,032 >3,182 para γ = 3 e α = 0,025 (95%)
• Distribuição de viagens
Distribuição de viagens por isócronas
SHOPPING CENTER
ISÓCRONA FORA DA ÁREA DENTRO DA ÁREA
URBANA URBANA
Até 10 min. 48,3% 55,4%
De 10 a 20 min. 20,1% 36,2%
De 20 a 30 min. 18,3% 7,2%
Mais de 30 min. 13,3% 1,2%
Modelo Gravitacional
AB
xs = ∑
t SB
onde:
xs = índice de acessibilidade do setor “s”
s = setor da área de estudo
B = isócrona
AB = viagens atraídas pela isócrona B dentro do setor “s”
b = constante exponencial para o modelo gravitacional – função do
propósito de viagem, no caso b= 3 e b = 0,30 (caso brasileiro)
t = tempo de viagem do centróide da zona até o shopping center
Pi • xs
Tis =
∑ xs
onde:
Tis = viagens vindas da origem “i” para o setor “s”
Pi = viagens geradas na origem “i”
xs = índice de acessibilidade do setor “s”
Pi • AB
b
Tis,B = tsB
∑ xs
onde:
Tis,B = viagens da origem “i” para a isócrona “B” do setor “s”
Abordagem Desagregada
# Modelo conceitual básico
Ui = β o + β1TV + β 2 C / R + β 3 TE + β 4D
onde:
Ui = Utilidade do Meio de Transporte i
TV = Tempo de Viagem
Professora Lenise Grando Goldner 85
Apoio – PET ECV
ECV 5129: Engenharia de Tráfego - Módulo 2
C/R = Custo/Renda
TE = Tempo de Espera
D = Dummy (existe automóvel no domicílio?)
Especificação final
β1 β2 β3
TV C/R D
Carro TV1 C/R1 D
Ônibus TV2 C/R2 0
A pé TV3 C/R3 0
Ucarro = β 1TV1 + β 2 C / R1 + β 3 D
Uônibus = β 1TV2 + β 2 C / R2
Ua. pé = β 1TV3 + β 2 C / R3
Este trabalho tem por objetivo descrever, segundo a literatura, algumas das
características físicas urbanas que podem incentivar as viagens a pé como uma opção
de transporte.
Taxas de viagem:
Vagas de estacionamento:
Amostra:
13 supermercados filiados a ACATS (Associação Catarinense de Supermercados).
Levantamento in loco:
Análise da amostra:
Escolha modal:
Dimensionamento do Estacionamento
Tempo de permanência:
• Sexta-feira: média 57 minutos (0,55 h);
• Sábado: média 64,8 minutos (1,08 h).
Autores: Leandro Rodrigues e Silva, Erika Cristine Kneib e Paulo Cesar Marques da
Silva (UnB)
O tamanho e a forma da área de influência variam de acordo com algumas
características próprias dos Pólos Geradores de Viagens – PGVs, de seus
concorrentes e de sua região de entorno. Este trabalho apresenta uma proposta
metodológica que considera tais características como variáveis, garantindo que
aspectos dinâmicos da área de entorno componham a amplitude e forma da área de
influência.
5 BIBLIOGRAFIA CONSULTADA