Falibilidades Dos Governos Perante Os Três Tipos de Indivíduos

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Falibilidades dos Governos perante os três tipos de indivíduos

Muitos são aqueles que defendem a liberdade, mas poucos são os que conhecem, de fato, seu
significado. Aos poucos a liberdade ganha poder ao habitar as mentes das pessoas, isso,
principalmente em razão do governo, pois a sua ineficiência substancial expõe a todos a própria
falibilidade em todos os setores e países do mundo.

A falibilidade é devido a um quesito humano, que é o egoísmo. Todos nós possuímos o egoísmo
como cerne principal de nosso ser, tudo que fazemos e pensamos é em razão do servir a si
mesmo. Amamos quem amamos não pela pessoa amada, mas sim pelo amor em si. De modo
mais específico, amamos a descarga de neurotransmissores que fluem em nosso cérebro
quando pensamos na pessoa amada, sem esses hormônios nenhuma interação humana seria
feita.

Portanto, até as mais nobres das ações são servidas ao egoísmo, pois a pessoa que o faz sente
prazer em fazer. Isso não é necessariamente abominável, mas compreensível devido ao fato da
própria natureza que tange os seres vivos. Mas o que isso tem a ver com o indivíduo e a
liberdade? Inicialmente devemos compreender como funciona as vontades dos indivíduos e o
que as gerencia, sabemos que é o egoísmo e que não existe o egoísmo mal ou bom,
simplesmente aquele que é o natural.

Por uma questão de dispersão gaussiana, poucos são aqueles que possuem aquele egoísmo o
qual serve-se com um banquete repleto de filantropismo, sendo, portanto, um maior número
de indivíduos na sociedade, aqueles os quais se importam com outros até um determinado
ponto e, de certa forma, são mais suscetíveis a corrupção. E, de menor número, assim como dito
no primeiro caso, são poucos também aqueles que são egoístas a ponto de causar severos
problemas aos demais indivíduos.

Estes três tipos dos indivíduos habitam não só o governo, mas como todos os setores que da
sociedade, porem apenas no governo é que ocorre maior dano devido ao poder que é lhe é
conferido, pois, mesmo que os filantrópicos desejam agir contra os demais tipos, eles estão,
consideravelmente, em menor número, assim restam dois tipos os quais podem se curvar a
corrupção, assim desenvolve-se o cenário atual.

Esse cenário não seria prejudicial no setor privado? Mesmo com menor estado? Não. A
proporção destes indivíduos também se manifesta no setor privado. Aqueles que se servem da
filantropia, naturalmente desenvolverão empresas não corruptas. Já o egoísmo dos demais
grupos se curvarão ao lucro como a maior capacidade de receber poder. Sendo o estado
pequeno, este é incapaz de negociar privilégios, pois do estado foi tirado o poder de concessão
de privilégios. Restando apenas o lucro como a forma de melhor satisfazer o egoísmo. Ainda
assim existe a parcela dos maus, aqueles que se servem do egoísmo a prejuízo dos outros,
sempre existirá e, dentro das proporções, o corpo social ainda permanece saudável.

O leitor pode indagar citando alguns governos ordoliberais como o governo alemão atual e
também o governo japonês como exemplos de sociedades com uma presença significante do
Estado e, ainda assim, possuir um admirável desenvolvimento. Pois lhes digo que, apesar da
falta de liberdade total, assumo que são grandes nações, porém o seu posto deve-se a uma
diferença entre as proporções dos três indivíduos que regem tais sociedades. Países os quais
enfrentaram o pós-guerra sofreram com uma manutenção na sociedade e, de modo admirável,
geraram indivíduos que são menos suscetíveis a corrupção, sendo a moral algo extremamente
presente, sendo que, dentre os fatores que comprometem o desenvolvimento econômico, a
corrupção está extinta nestes casos, o que já representa grande coisa. Os setores econômicos
que se prejudicam da falta de liberdade do Japão e Alemanha se ausentam e a fenda é
preenchida com o desenvolvimento natural dos outros setores incentivados pela liberdade
autorizada nesses países.

Com uma sociedade com menor interferência das leis governamentais, toda a sociedade irá se
voltar aos lucros e, ao contrário do pensamento marxista cultural, o lucro é o que mantém os
eixos do mercado e o que garante que as necessidades individuais sejam satisfeitas e que o
egoísmo seja alimentado em todos os três tipos de indivíduos que na terra habitam.

“O espírito do comércio, que é incompatível com a guerra, mais cedo ou mais tarde ganha
força em cada Estado. ” Immanuel Kant

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