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Ano XIV | Edição nº 163 | Distribuição gratuita | Dezembro 2015

BALANÇO FENATRAN:
DOSE DE OTISMISMO PARA COMBATER O PESSIMISMO | págs. 17 e 18

Inovador sistema aciona eletronicamente a embreagem | Pág. 16


Certificação de eixo veicular de pesados | Pág. 25
Diferenças entre os câmbios automático e automatizado | Pág. 32
EDITORIAL NOVA COORDENADORA
UMA LUZ PARA O FUTURO DE MARKETING

E C
nquanto muitos de pragmático. Estamos pre- dão a esperança de que, omplemen-
nós se apegam às cisando disso, sem dúvida. guiado por pranchetas tando as mu-
constantes turbulên- De outra forma seremos revolucionárias,o país danças estra-
cias e mau humor do tragados pela inércia e pela chegará a um futuro de tégicas e de
mercado, más notícias, baixa expectativa enquan- mais qualidade e inserção negócios para as
frustrações e paralisia to o mundo lá fora inova e no mundo moderno pois, marcas Dayco e
emocional alguns setores se desenvolve. A política é além das “commodities” Nytron em 2015,
brasileiros andam para tomada de assalto por pes- e produtos primários é as empresas anun-
a frente, otimistas e em- soas e governantes que bei- necessário produzir tec- ciam Nathalia
preendedores, na busca ram à demência, entretanto nologia ,produtos finais Oliveira Amorim
incessante pelo progresso profissionais dedicados es- e investir na indústria de como sua nova Co-
das coisas. Não por acaso tudam e procuram soluções transformação para em- ordenadora de Ma-
dentre estes estão os se- para nossas indústrias, barcar no trem da história. rketing.
tores ligados à engenharia manufaturas e afins. Para No ano que termina
em suas diversas formas; a grande maioria da popu- opaco com pouco (ou Graduada em Comunicação Social - Publicidade e
engenharia de materiais, lação que trabalha, paga nada) a comemorar, o ar- Propaganda e Pós Graduada em Marketing e MBA em
engenharia de robótica, suas contas e leva o dia-a- tigo do engenheiro Felipe Gestão de Negócios pela Fundação Getúlio Vargas, a
engenharia de inovação -dia com decência em meio Madeira escrito por oca- nova contratada traz juntamente com sua formação,
de manufatura e outras. a tanto descalabro é um sião do Simpósio sobre grande experiência na gestão de marketing em em-
São os profissionais bálsamo saber que mentes Tendências sob a chance- presas do setor automotivo, sendo responsável por
destas áreas que, capa- brilhantes não deixam a pe- la do SAE, Sociedade dos equipes de promotores, campanhas, comunicação e
citados e direcionados às teca cair. Engenheiros Automotivos, imagem, redes sociais, feiras e eventos, estratégias
ciências exatas, nos fa- O Brasil científico e aca- é capaz de acender uma e produtos.
zem sair das imersões do dêmico - e que corre em chama de ânimo para
caos político e econômico paralelo em meio a tantos enfrentar o ano vindouro Nathália será responsável por todas as atividades
para propor rumos onde absurdos - está preocu- que está prestes a estrear. e ações de marketing das empresas na América do
as elucubrações dão pas- pado em prover situações O artigo na íntegra Sul e ficará sediada na fábrica em São Paulo.
sagem ao científico e ao que nos orgulham e nos está na página 28.

NOMEAÇÃO
Novo gerente assume área de serviços

M
árcio Muraro assumiu re- las ações de serviços, garantia serviços.
centemente a gerência de de produtos e de qualidade de Com longa experiência em
Serviços, Garantia e Qua- equipamentos da marca com a pós-venda e na indústria auto-
lidade da Volvo, com sede rede de distribuidores Volvo na motiva, Muraro é graduado e
em Curitiba, no Paraná. região, como parte da estratégia pós-graduado em agronomia
da empresa de um enfoque ainda pela UFPR (Universidade Federal
Muraro será responsável pe- maior na busca da excelência em do Paraná.

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GENTILEZA

EMPRESA PROMOVE O DIA DA GENTILEZA


EM AÇÕES ENTRE FUNCIONÁRIOS

O
dia 13 de novembro - data come-
morada internacionalmente - é co-
nhecido como o Dia da Gentileza.
A AMPRI, que produz componentes
de direção, não deixou a data passar em
branco e realizou em seu parque industrial
uma grande ação onde o MKT e o RH reu-
niram os demais setores para um evento
cujo objetivo era transmitir uma mensa-
gem positiva de integração e civilidade.
Comemorado com um café da
manhã e a distribuição de brindes
temáticos, as duas plantas, CD e capaz de promover o estreitamento de trabalho.
fábrica, reuniram funcionários para das relações entre os departamen- Na ocasião a AMPRI distribuiu
assistir a palestras acerca “das tos e permitiu aos colaboradores entre os participantes o Calendário
Gentilezas no Ambiente de Traba- que compõem o quadro de funcio- da Gentileza, um guia composto
lho” e a influência que as atitudes nários da empresa se conhecerem de doze ações que correspondem
possuem para a melhora da auto- e trocarem experiências. a cada um dos doze meses e que
estima e da produtividade tanto a Este tipo de ação, segundo a devem servir como inspiração para
nível pessoal quanto corporativo. AMPRI, traz a possibilidade de in- nortear atitudes no próximo ano de
O encontro gerou uma dinâmica fluenciar positivamente o ambiente 2016.

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MOTOS

Pastilhas de freio traseiro direcionadas LIVRO CONTA


AVENTURAS SOBRE
à Honda NXR 160 BROS versão ESDD DUAS RODAS

A D
Fabricante dos produtos Cobreq,
a TMD Friction do Brasil, lança inno Benzatti publicitário, jornalista
no mercado nacional de reposi- especializado em motos, palestran-
ção e com a referência N-1840, te e apresentador de televisão é
a pastilha do disco traseiro da moto um apaixonado por motos e pilota
HondaNXR 160 Bros ESDD. A nova desde a década de 1970. É dele o livro
trail urbana de baixa cilindrada che- Mototerapia – vencendo o estresse so-
gou para substituir a NXR 150, esta bre duas rodas onde convida os leitores
exclusivamente de freio traseiro a a montar na sua garupa e viajar com ele
tambor. ao longo das curvas sinuosas da Serra do
Sucesso de vendas, o painel da Rio do Rastro, das retas da Rota 66, nos
NXR 160 Bros ESDD é totalmente di- Estados Unidos, das paisagens da Croá-
gital, o motor passou de149, 2 para cia, do trânsito caótico de São Paulo, do
162,7 cc e entrega 14,5 cv (8.500 inexplorado Estado do Espírito Santo e até
rpm) a gasolina e 14,7 cv movida a das terras da rainha, na Inglaterra e na
etanol. Na NXR 160, o torque é sen- Escócia.
sivelmente maior, propiciando menos Outra novidade do livro é a crossme-
trocas de marchas no câmbio de cin- dia, interatividade do conteúdo em víde-
co velocidades. os. O leitor poderá acessar, por meio de
Já os freios da NXR 160 Bros smartphones ou tablets, dicas e matérias
ESDD são mais eficientes que os da especiais. O livro é publicado pela editora
150 Bros, pois foi trocado o freio a lançamento desta pastilha traseira. O de diâmetro e o da traseira 220 mm Butterfly e tem 216 páginas.
tambor traseiro por disco, razão do disco da roda dianteira tem 240 mm de diâmetro.

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CARROS

VERSÃO 2016 DE SUV DA GM POSSUI NOVAS CORES

A
linha 2016 do Trailblazer Chevro-
let dispõe agora de duas novas
cores metálicas para a carroce-
ria: Cinza Graphite e Vermelho
Chili, além das demais já ofertadas.
“Essas novas cores trazem pigmenta-
ções especial e ajudam a valorizar as
linhas musculosas do veículo”, desta-
ca Carlos Barba, diretor de design da
GM América do Sul.
O veículo dispõe de três fileiras
de assentos em diferentes níveis de
altura e que proporcionam ótima vi-
sibilidade para os sete ocupantes.
Mesmo quem vai acomodado na parte
traseira conta com sistema recentemente na linha, como a sus- completo de série. Entre os itens de
de climatização individual. Já pensão recalibrada e a adoção do segurança destacam-se os airbags la-
o compartimento de carga do motor 3.6L HFV6 a gasolina, que traz terais e de cortina, os controles ele-
utilitário da Chevrolet vai de tecnologias como a injeção direta de trônicos de tração e de estabilidade
205 litros a 1.830 litros, de- combustível. Além desta há a opção (TC e ESP) e o controle de balanço de
pendendo da configuração 2.8L turbodiesel com 200 cavalos de reboque (TSC), que aciona automati-
dos bancos. potência e 51 kgfm de torque. camente os freios e reduz o torque do
O modelo 2016 mantém Oferecido em versão única de motor, caso seja detectado alteração
as melhorias promovidas acabamento (LTZ), o Trailblazer vem da trajetória do trailer, por exemplo.

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SENSORES REQUISITOS

Empresa amplia linha INMETRO INCLUI NOVOS


de sensor de nível REQUISITOS PARA A REFORMA

A
DS amplia cada
DE PNEUS

C
vez mais sua
linha de Sen- omércio terá 24 meses para caminhonetes, veículos comer-
sor de Nível de adequação, quando inicia a ciais e comerciais leves.
combustível e mos- fiscalização nacional O Insti- ”A portaria diminui processos
tra sua força ao mer- tuto Nacional de Metrologia, burocráticos para obtenção do
cado com 153 mode- Qualidade e Tecnologia (Inmetro) Registro de Objeto reforma junto
los que contemplam publicou a portaria complemen- ao Inmetro, visando criar menos
mais de 90% das tar (554/2015) para o serviço de barreiras para que pequenas e
aplicações. Todos reforma de pneus, que passa a médias ofereçam o serviço de
são produzidos no contar com novos requisitos de forma regular, seguindo os re-
Brasil, sob altas exi- segurança. Os Institutos Estadu- quisitos mínimos de segurança”,
gências de qualida- ais de Pesos e Medidas (Ipem), diz Alfredo Lobo, diretor de Ava-
de, durabilidade e órgãos delegados do Inmetro, liação de Conformidade.
precisão. res produtos do mercado, com passarão a fiscalizar o comércio Os pneus reformados são
A empresa sai na frente com muito mais variedade e total se- irregular - o varejo terá 24 me- submetidos aos mesmos ensaios
o lançamento de modelos exclu- gurança. Os produtos da DS ain- ses para adequação. O objetivo dos pneus novos, inclusive quan-
sivos de sensor de nível para o da possuem design diferenciado da portaria é dar mais segurança to à rastreabilidade. Cada pneu
Onix e Prisma 1.0 da GM e tam- que permitem a total vedação aos usuários que utilizam o ser- possui uma ficha que o acompa-
bém para o New Fiesta da Ford. dos combustíveis e ainda contam viço e coibir as irregularidades. nha durante todo o processo de
Tudo para garantir que os apli- com uma garantia pelo prazo de O regulamento se aplica a pneus reforma: recauchutagem, remol-
cadores disponham dos melho- 12 meses, ou um ano. para automóveis, camionetas, dagem ou recapagem.

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AVALIAÇÃO

SEIS FABRICANTES TIRAM MÉDIA


DE QUATRO OU MAIS ESTRELAS NO LATIN NCAP

C
om mais de cinco anos de tes- desses fabricantes conseguiram
tes de batida e mais de 60 mo- atingir as cinco estrelas em alguns
delos avaliados, o Latin NCAP- de seus modelos.
programa de avaliação de Em seu recente relatório sobre
segurança automotiva fundado em a situação mundial da Segurança
2010 - divulgou o primeiro ranking Viária, a Organização Mundial da
de desempenho em segurança para Saúde (OMS) reconheceu o papel
fabricantes de veículos no mercado do programa em catalisar melhoras
da América Latina. quanto à segurança no mercado.
Quando o programa começou, Assim sendo, alguns fabricantes
em 2010, era evidente que a se- não reagiram da maneira esperada.
gurança de muitos dos carros mais Alguns até continuam a produzir de batida. (4.5 estrelas) /4. Citroen, VW (4.0
vendidos na região estava vinte carros zero estrela, carros com pou- Com base nos resultados de estrelas) /5. Ford (3.8 estrelas) /6.
anos atrás comparados com os da quíssimo nível de proteção para o proteção ao adulto para todos os Hyundai, Peugeot, Renault, Suzuki
Europa e da América do Norte. As- ocupante, que fica exposto a sofrer modelos avaliados desde 2010, o (2.3 estrelas) /7. Nissan (2.2 estre-
sim, um maior número de fabrican- lesões fatais, numa possível colisão, ranking de segurança dos fabrican- las) /8. Fiat (2.0 estrelas) /9. Che-
tes vêm se comprometendo com o pelo fato de os carros não cumpri- tes é o seguinte: vrolet (1.8 estrelas) /10. JAC (1.0
Latin NCAP em relação a melhorar rem com os níveis mínimos exigidos 1. Jeep, Seat (5.0 estrelas) /2. estrelas)/11. Chery, Geely, Lifan
a proteção de seus ocupantes; seis pelas Nações Unidas em um teste Honda (4.8 estrelas) /3. Toyota (0.0 estrelas).

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NORMAS

REPARO DE AIR BAG EXIGE USO DE NORMA TÉCNICA


Atendimento aos requisitos garante segurança aos reparadores

E
m razão do crescente volu- Segundo Sérgio Fabiano, ge- apresenta requisitos técnicos pois de deflagrados necessitam
me de veículos com air bag rente de Certificação de Serviços específicos para o reparo dos da substituição de diversos com-
no mercado, o IQA – Institu- Automotivos do IQA, o atendi- componentes, em relação a fer- ponentes para o correto funcio-
to da Qualidade Automotiva, mento à norma garante seguran- ramentas, procedimentos e co- namento, o que é bastante cus-
organismo de certificação acredi- ça aos profissionais de reparação. nhecimentos técnicos, além de toso”, alerta Fabiano.
tado pela CGCRE (Coordenação “O equipamento exige atenção requisitos básicos destinados a Para certificar serviços au-
Geral de Acreditação) do Inme- redobrada para manuseio e re- qualquer oficina. tomotivos, nos mais diversos
tro, alerta para a correta repa- moção, porque descargas de Outra vantagem do atendi- escopos, como direção, freios,
ração do sistema, que requer o energia espontâneas ou curtos- mento à norma para os centros suspensão, motor, climatização,
uso da norma NBR 14828/ 2002 -circuitos podem causar a defla- de reparação é evitar prejuízos elétrica e transmissão, o IQA tem
– Procedimentos de Segurança gração e a explosão da bolsa e, financeiros. “Em caso de erros como base para avaliação a uti-
para Manutenção em Veículos por consequência, sérios danos durante a manutenção, a oficina lização de normas técnicas da
Equipados com Bolsa Inflável (Air aos reparadores”, afirma. precisará repor o equipamento ABNT (Associação Brasileira de
Bag). A norma NBR 14828/ 2002 ao cliente. Alguns modelos de- Normas Técnicas) pelas oficinas.

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OSRAM une tecnologias LED e Xenon e cria o LEDRIVING XENARC para o Audi A4

U
m novo projeto dedicado ao que o original, permitindo que o O baixo consumo de combustí- bém tem a função de LED de cir-
Audi A4 (04 a 08) saiu do motorista veja e seja visto. vel, redução na emissão de CO2, culação diurna (DRL LED). O novo
papel e se tornou realidade O farol tem um alcance de 60 simplicidade na aplicação, econo- projeto já está disponível nos re-
pelas mãos da OSRAM. A LE- metros mais longo e a luz até 40% mia de energia e brilho, excelen- vendedores autorizados e tem 2
DRIVING XENARC combinou as mais branca comparado com o fa- te vida útil B3 ≥ 2500h, faz com anos de garantia.
tecnologias Xenon e LED e criou rol original de lâmpadas haloge- que a Xenarc Osram tenha a maior Esse farol só pode substituir os
um produto de alto padrão. nas. Com o sistema de Xenon D8S qualidade e quantidade do que os faróis que hoje utilizam as lâmpa-
A nova tecnologia Xenarc OSRAM não há a necessidade de se ter um faróis de halogéneo padrão que o das halogenas, os carros que são
garante um poderoso alcance de lavador de lentes e nem um nive- mercado conhece. equipados com a tecnologia Xenon
iluminação, de até 110% a mais lador de farol. A LEDRIVING XENARC tam- não podem utilizar esse produto.

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EMBREAGEM

SISTEMA ACIONA ELETRONICAMENTE A EMBREAGEM


Além de conforto, o sistema e-Clutch possibilita economia de até 5% de combustível

A
fornecedora de tecnologias e conforto similares à de um câmbio
serviços Bosch, lança o elec- automático, como o Stop&Go (anda
tronic Clutch System (e-Clu- e para em situações de tráfego in-
tch), sistema que aciona ele- tenso), Hill Assistance (saída em
tronicamente a embreagem. Além rampa) e o Park Assistance (assis-
de proporcionar mais conforto ao tente de estacionamento que possi-
usuário, a tecnologia possibilita bilita engatar a primeira marcha e a
economia de combustível, poden- ré sem pisar na embreagem).
do chegar a um índice de até 5%
em um circuito misto entre cidade Outro diferencial é a econo-
e estrada. mia de combustível por meio do
Idle Coasting (embreagem desa-
Com o e-Clutch, o acionamento coplada), que entra em operação
da embreagem é feito eletronica- quando o usuário retira o pé do
mente e a troca da marcha é reali- acelerador. Neste caso, a embre-
zada de forma manual. Com isso, o agem abre desacoplando o motor
sistema apresenta características de da transmissão (porém a marcha
permanece engatada) de modo a A previsão é que o e-Clutch
aproveitar ao máximo a energia de esteja disponível no mercado em
movimento do veículo e reduzir o até dois anos, uma vez que pode
consumo de combustível. ser adequado às plataformas dos
veículos já existentes. Entretanto
A embreagem é reacoplada au- o e-Clutch deve ser um dispositivo
tomaticamente quando o motoris- original de fábrica, pois não é pos-
ta pisa no freio ou no acelerador. sível instalar o sistema de aciona-
Todas as variáveis do motor e da mento eletrônico da embreagem
transmissão são permanentemen- no mercado de reposição.
te monitoradas pelo software, ga-
rantindo total segurança ao mo- Além do Brasil, o e-Clutch está
torista e pleno funcionamento do sendo desenvolvido e testado na
sistema. Europa e na Índia.

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BALANÇO: FENATRAN 2015

EMPRESÁRIOS CRIAM CLIMA DE OTIMISMO E


DE CRENÇA NA RECUPERAÇÃO DA ECONOMIA
A
FENATRAN 2015 - Salão Interna- quer crise. Com base nisto a Volvo fez
cional do Transporte Rodoviário questão de manter a grandiosidade
de Carga - aberta em novembro do estande e fez uma apresentação
(9 a 13) no Anhembi em São Paulo de impacto cujo alvo era mostrar o
e inaugurada com a presença do go- FH 6X4 com um eixo suspensor e
vernador Geraldo Alckmin - ocorreu cunhado como o mais tecnológico
em meio a expectativas por boas no- lançamento.
tícias que fizessem frente às atuais O diretor comercial da empresa,
dificuldades da nação, mas também Bernardo Ferlauto Júnior, durante
com clima de otimismo na recupera- a apresentação à imprensa, empre-
ção da economia como um todo. sários e convidados, falou sobre o
Duas grandes apresentações aplicativo Dynafleet aprimorado para
ocorreram nas primeiras horas pós facilitar a vida do caminhoneiro e fro-
inauguração, nos estandes da Volvo tistas. O aplicativo que pode ser bai-
e da DAF. O discurso das ambas mon- xado no celular permite uma gestão
tadoras esteve alinhado a uma visão completa do veículo no percurso da
de que o Brasil é mais forte que qual- viagem e traz como apelo principal a

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LINHA PESADA

ciação Nacional dos Fabricantes de a reabertura do PSI é fundamental


Veículos Automotores, Luiz Moan Ya- para o desenrolar do mercado nes-
biku Junior, revelou decisão do Go- te ano: “É de aplaudir a forma muito
verno de reabrir a linha Finame PSI rápida de ação do Governo ao decidir
do BNDES. pela reabertura do PSI, que permitirá
ao mercado prosseguir com as ati-
O Governo reabrirá a linha Finame vidades neste ano com as regras já
PSI nas mesmas condições anterio- definidas. Ao considerar a conjuntura
res, especialmente com relação aos atual do segmento e também a rea-
custos financeiros. Com a decisão lização da Fenatran, tenho a certeza
o PSI volta a operar normalmente, de que a decisão foi extremamente
ou seja, aprovará – de acordo com acertada e poderá dar uma injeção
a análise do BNDES – os pedidos já de confiança nos consumidores e in-
protocolados e receberá novos pedi- vestidores”.
dos de financiamento até os prazos já
determinados. • O Correio Mecânico partici-
pou da Fenatran, em São Paulo,
Para o presidente da ANFAVEA, a convite da ANFAVEA.

expressiva redução no consumo de res, vindos dos 27 estados brasileiros.


combustível. Quanto à presença de compradores
O diretor ainda falou sobre as de- internacionais, 49 países estiveram
mais linhas FH expostas no estande, presentes e puderam conferir as
planos de manutenção, seguros, con- novidades de expositores líderes de
sórcios e financiamentos disponibili- mercado. Além dos já citados na ma-
zados pela montadora. téria, ainda participaram do Salão as
A DAF Caminhões também reuniu marcas de implementos como a Ro-
a imprensa e convidados em seu es- doLinea, Randon, Noma, Librelato,
tande para, durante a coletiva, anun- TruckVan, Rossetti e Guerra, marcas
ciar os novos lançamentos e a nova de produtos e soluções inovadoras
linha de motores. O pesado CF85 de empresas como Valecard, Pam-
marca a entrada da montadora ho- card, Autotrac, Alcoa, Continental, e
landesa no segmento de caminhões associações como a ANFIR – Associa-
pesados para transporte de curtas e ção Nacional dos Remanufaturadores
médias distâncias. Ao lado, o XF105 de Autopeças (* veja mais na página
foi apresentado em sua versão 2016 19), entre outros.
com mais opções de distâncias de Kimio Mori, diretor de Marketing
entre-eixos e novos opcionais de da Rodolinea/RHODOSS disse que
conforto e segurança. O modelo é fa- o Salão representou um marco para
bricado na planta Paranaense junta- os expositores, pois mostrou que as
mente com os motores MX que agora empresas souberam se flexibilizar,
tem sua produção nacionalizada. se adaptar ao mercado além de re-
Tal como a Volvo a DAF ressaltou almente mostrarem ao cliente aquilo
que os investimentos em infraestru- que têm de melhor. E concluiu ava-
tura e equipamentos prosseguem no liando que, sobretudo, “foi importan-
Brasil deixando claros os sentimentos te estar na Fenatran por respeito ao
do setor na franca recuperação da cliente”.
economia nacional.
DECISÃO APLAUDIDA
EXPOSITORES A Fenatran contou com um anún-
A feira reuniu durante seus cinco cio vital para o segmento: durante
dias 50.222 mil visitantes/comprado- seu discurso, o presidente da Asso-

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LINHA PESADA

Associação trabalha para disse- CURSOS SAE - TRÊS OPÇÕES


minar uso de produtos remanu- COMEÇAM EM JANEIRO 2016
faturados na manutenção 15 e 16/01 - CURSO DINÂMICA VEICULAR APLICADA A VEÍCULOS
DE COMPETIÇÃO

A
Área: Dinâmica - Horário: 08h às 18h/ carga horária 16h - Local: SAE BRASIL
ANRAP, Associação Nacional (peça usada), as fábricas conti- Escritório Central – Conjunto Nacional - Av. Paulista 2073, Edifício Horsa II
dos Remanufaturadores de nuam investindo”, diz. E conclui: cj. 1003, 10º andar
Autopeças, abordou o concei- “Entendemos que ao disseminar o Professor Felipe Marchesin – mestre em Engenharia Mecânica (Dinâmica
to e o benefício do produto re- conceito e os benefícios dos pro- aplicada a veículos Fórmula 3, engenheiro de Produção pela Escola Politéc-
manufaturado durante a Fenatran dutos remanufaturados, por meio nica da USP e doutorando em Engenharia Mecânica pela mesma instituição).
2015 especialmente no transporte de ações da ANRAP, conseguimos
rodoviário de carga. fazer com que o consumidor per- 18 a 22/01 – CURSO ADAMS/CAR PARA EQUIPES DE BAJA E FÓR-
Segundo o presidente da Asso- ceba a grande oportunidade que a MULA SAE (ADM742)
ciação, o executivo Jefferson Ger- remanufatura de produtos repre- Área: Projetos - Horário: 08h às 18h/ carga horária 40h - Local: Av. Paulista
mano, a estratégia da presença da senta para a sustentabilidade glo- 326, 12º andar, Bela Vista – São Paulo (em frente estação Brigadeiro do
ANRAP no Salão foi fazer a rema- bal e o meio ambiente”. Metrô – saída Carlos Sampaio)
nufatura crescer através de pales- A ANRAP foi fundada em 1994 Professor Thiago Sampaio Amaral – graduado em Engenharia Aeronáu-
tras e encontros que abordassem a partir da reunião de alguns fa- tica pela Escola de Engenharia São Carlos – USP, técnico em Informática –
a logística reversa e a contribuição bricantes e desde então atua em Redes de Comunicação, pelo Senai Suiço-brasileira P. Ernesto Tolle.
deste processo para a preservação diversas frentes para difundir o
ambiental. conceito de remanufatura no mer- 26 e 27/01 - Curso Gestão de Custos Industriais
Com a logística reversa, segun- cado. Para isso tem demonstrado Área: Gestão - Horário: 08h às 18h/ carga horária 16h - Local: SAE BRASIL
do Germano, “é possível garantir aos aplicadores, profissionais da Escritório Central – Conjunto Nacional - Av. Paulista 2073, Edifício Horsa II
que as peças usadas retornem manutenção e usuários as vanta- cj. 1003, 10º andar
para a indústria e tenham o devi- gens do produto remanufaturado Professor Mário Tedeschi – engenheiro mecânico de Produção pela Poli-
do destino. Mesmo com a falta de de qualidade na manutenção de -USP, pós- graduado em Administração Geral pelo CEAG/ EAESP- FGV e mes-
incentivos para se obter o casco veículos. tre em Teoria e Comportamento Organizacional pela FGV

CORREIO MECÂNICO - DEZEMBRO 2015 19


LINHA PESADA

Indústria automobilística
divulga seus resultados

O
balanço da indústria automobi- 2,94 milhões de veículos produzidos.
lística apontou uma diminuição
de 25,2% no licenciamento de As exportações em novembro fo-
autoveículos no acumulado do ram de 36,4 mil unidades, queda de
ano com 2,34 milhões de unidades 8,4% contra as 39,8 mil de outubro
em 2015 e 3,12 milhões no ano pas- e crescimento de 40,3% frente a no-
sado. Os dados foram divulgados pela vembro do ano passado, quando 26
Associação Nacional dos Fabricantes mil veículos deixaram o País. No acu-
de Veículos Automotores, Anfavea, na mulado do ano o resultado apontou
sexta-feira, 4, em São Paulo, SP. elevação de 18,9% nas exportações:
foram 369,5 mil em 2015 e 310,8 mil
O setor automotivo também apre- no ano passado.
sentou contração de 33,8% nas ven-
das em novembro de 2015 contra o Caminhões e ônibus
mesmo período do ano passado - fo- As vendas de caminhões encer-
ram 195,2 mil unidades e 294,7 mil, raram novembro com diminuição de
respectivamente. Na comparação com 18,1% ao se comparar as 4,7 mil uni-
outubro, quando 192,1 mil unidades dades no mês com as 5,8 mil licen-
foram comercializadas, o resultado do ciadas em outubro. No comparativo
penúltimo mês do ano é positivo em contra novembro de 2014, a retração
1,6%. foi de 61%, com 12,1 mil unidades
naquele período. Nos onze meses do
Luiz Moan Yabiku Junior, presiden- ano a queda foi de 46,5%, quando
te da Anfavea, destaca a estabilidade comparados os 66 mil produtos licen-
das vendas diárias no período: ciados este ano com os 123,4 mil no
ano passado.
“A média diária de vendas em
novembro apresentou um ligeiro au- O resultado da produção no mês
mento com relação a outubro, fato passado, com 5,3 mil unidades, ficou
que confirma a expectativa de esta- 21,4% abaixo das 6,8 mil unidades
bilidade do ritmo de licenciamento de outubro e 54,6% menor ao se de-
esperada para este último trimestre. frontar com as 11,8 mil de novembro
O cenário mostra que se faz cada vez do ano passado. A fabricação no acu-
mais necessário resolver os entraves mulado do ano recuou 47,5% quando
políticos, que corroem a economia comparadas as 71,5 mil de unidades
brasileira, com o estabelecimento de deste ano com as 136,3 mil de 2014.
uma agenda positiva para alavancar
os pilares de sustentação da confian- As exportações subiram 18,2% no
ça e da retomada do crescimento”. acumulado do ano, com 20 mil uni-
dades em 2015 ante 16,9 mil do ano
As fábricas produziram no último anterior. Somente no penúltimo mês
mês 176 mil veículos, o que represen- deste ano 2,5 mil unidades deixaram
ta retração de 14,2% se comparado as fronteiras brasileiras, o que signifi-
com as 205,1 mil de outubro e de ca alta de 21,2% frente as 2,1 mil de
33,5% se defrontado com novembro outubro e de 61,4% com relação as
do ano passado, com 264,8 mil unida- 1,6 mil de novembro de 2014.
des. Até o penúltimo mês deste ano
2,28 milhões de unidades deixaram O licenciamento de ônibus no acu-
as linhas de montagem: retração de mulado foi de 15,5 mil unidades, con-
22,3% frente a 2014, que registrou tração de 38,4% ante as 25,1 mil do

20 CORREIO MECÂNICO - DEZEMBRO 2015


LINHA PESADA

ano passado. As vendas em novem- e 3,8 mil unidades respectivamente.


bro, com 891 unidades, permanece- No comparativo contra novembro do
ram estáveis em relação a outubro ano passado, com 5,3 mil unidades,
com 885 produtos, porém ficaram foi registrada retração de 59,5%. No
menores em 61,9% na análise com as acumulado o encolhimento das ven-
2,3 mil unidades comercializadas em das chegou a 33,7%, com 42,8 mil
novembro do ano passado. este ano e 64,5 mil no ano passado.

A produção ficou 14,9% inferior - A produção acumula queda de


foram mil unidades em novembro e 30,8% no ano - foram 54,4 mil uni-
1,2 mil em outubro. Ao defrontar o dades produzidas este ano e 78,6 mil
resultado com novembro do ano pas- em 2014. Em novembro 3,9 mil uni-
sado, quando foram produzidos 1,8 dades deixaram as fábricas, o que re-
mil chassis para ônibus, a queda é de presenta decréscimo de 20,1% ante
43,3%. No acumulado a baixa é de outubro com 4,9 mil e de 37,4% con-
35,2%: 20,9 mil este ano e 32,3 mil tra novembro do ano passado com
em 2014. 6,2 mil.
O setor fechou as exportações
Até novembro 6,4 mil ônibus foram em novembro com 1,1 mil unidades,
exportados, o que representa cresci- o que representa estabilidade frente
mento de 4,5% se comparado com as ao mesmo período do ano passado
6,1 mil de igual período do ano pas- e de aumento de 49,9% comparado
sado. com outubro deste ano com 736 uni-
dades. No acumulado as exportações
Máquinas agrícolas e rodoviárias chegaram a 9,6 mil unidades, o que
As vendas no segmento de má- significa baixa de 25,4% contra o ano
quinas agrícolas e rodoviárias em no- passado com 12,9 mi.
vembro ficaram menores em 43,4%
em relação a outubro, com 2,1 mil (Fonte: Anfavea)

USP OFERECE
ESPECIALIZAÇÃO EM
ENGENHARIA AUTOMOTIVA

E
stão abertas as inscrições para o Curso de Especialização em
Engenharia Automotiva da Poli-USP. Nele é oferecida formação
de excelência e o profissional aprende a solucionar desafios tec-
nológicos e de gestão da empresa do setor automotivo, valori-
zando a inovação, a qualidade e a redução de custos.
O Curso se destina a engenheiros de formação numa instituição
altamente qualificada.
O processo de inscrição vai de 4 a 22 de janeiro e o resultado sai
no dia 27 do mesmo mês. Maiores informações podem ser obtidas
na Escola Politécnica da USP – Departamento de Engenharia Mecâ-
nica ou através do telefone (11)3817 5488.

CORREIO MECÂNICO - DEZEMBRO 2015 21


LINHA PESADA

LINHA ATEGO CHEGA RENOVADA

A
linha de caminhões médios e semi- ladas a carga útil do veículo. Eles são os
pesados Atego da Mercedes-Benz veículos mais leves da categoria, trans-
passa a oferecer mais opções para portando até 500 kg a mais que seus
os modelos 3030 e 3026 e são os concorrentes, segundo a fabricante.
primeiros veículos da marca a sair de Os novos caminhões utilizam o
fábrica já na configuração 8x2. conceito ECONFORT da marca, que
A estreia da marca no segmento resulta num elevado padrão de eco-
8x2 com veículos próprios é o carro- nomia, conforto, força e desempenho
-chefe de vários lançamentos e novida- no transporte de carga. A cabina, por
des da linha apresentada ao mercado. exemplo, é a mais espaçosa do seg-
Destaque para o novo 2730 6x4 para a mento de semipesados, oferecendo
construção civil e as severas operações excelente ergonomia e praticidade ao
fora de estrada, a opção de câmbio au- motorista, o que contribui para sua
tomático para o 1729 coletor de lixo e maior produtividade.
os novos quadros de chassi, muito mais Os caminhões Atego 8x2 são indi-
robustos e resistentes, para toda a li- cados para o transporte intermunicipal
nha de caminhões 4x2, 6x2 e 8x2. Mercedes-Benz do Brasil. “Reafirma- caminhões 8x2 com 4 eixos originais e rodoviário, circulando também com
“Os lançamentos, novidades e apri- mos assim o compromisso de ouvir o de fábrica, o que significa que o cliente muita agilidade e facilidade dentro das
moramentos do Atego são frutos do que as estradas têm a nos dizer e, prin- conta com a garantia total da fabrican- cidades, o que representa uma vanta-
feedback de nossos clientes e do mer- cipalmente, de transformar as expec- te sobre o veículo. gem frente a carretas, por exemplo.
cado, o que captamos numa série de tativas em novas soluções para maior Com opções de entre-eixos de Devido a sua flexibilidade e capacida-
eventos, demonstrações e test-drive produtividade e rentabilidade no trans- 4.800 e 5.400 mm, os modelos 3030 de de carga, os veículos são soluções
por todo o País”, diz Roberto Leoncini, porte para nossos clientes”. e 3026 têm capacidade para um peso ideais para as operações logísticas, es-
vice-presidente de Vendas, Marketing e A linha de semipesados Mercedes- bruto total - PBT de 30 toneladas, per- pecialmente para os atacadistas e dis-
Pós-Venda de Caminhões e Ônibus da -Benz ganha então os seus primeiros mitindo aumentar em até quase 5 tone- tribuidores.

22 CORREIO MECÂNICO - DEZEMBRO 2015


LINHA PESADA

CORREIO MECÂNICO - DEZEMBRO 2015 23


LINHA PESADA

Checagens rotineiras podem ajudar na manutenção


de máquinas agrícolas
Dicas de onde checar os itens em sua máquina pode ajudar para que a revisão seja mais criteriosa

O
s sinais de desgaste das pe- sulcos dos pneus para ver se estão em recomendado ve-
ças podem ser percebidos pelo bom estado e substituí-los se necessá- rificar os níveis de
operador durante as checagens rios, assim como os componentes de óleo antes de fazer
rotineiras de máquinas agrí- suspensão”, acrescenta. o motor funcionar,
colas. “Por exemplo, deixar de trocar O que é importante revisar - Os enquanto estiver
as correias do motor pode ocasionar terminais e barras de direção, compo- frio. O nível do
danos mais graves e exigir a troca de nentes de segurança que sempre de- óleo nunca deve
muitos componentes ou até a retífica vem estar em boas condições. Por isso, ficar abaixo do
do motor, gerando um prejuízo altís- é necessário avaliar vários componen- mínimo especifica-
simo”, destaca Paulo Acosta, gerente tes: regulagens dos cubos dianteiros do. Caso o substi-
comercial da TVH-Dinâmica, empresa (apertos de porcas castelos), braços tua com o motor
especializada em distribuição de peças da manga de eixo, alinhamento das quente, é preciso
e acessórios para máquinas agrícolas rodas dianteiras, de acordo com as re- ter cuidado para
e equipamentos de movimentação e comendações do manual do fabricante não ter contato
industrial. e checar periodicamente os pontos de com o óleo drena-
Cuidados diários - Outra prática lubrificação e observar a vedação dos do para não correr
diária, antes de dar partida no motor, terminais para evitar a infiltração de o risco de causar
é preciso fazer a drenagem da água e resíduos. queimaduras devi-
das impurezas que se acumulam no Antes de iniciar o trabalho de ma- do à elevada tempera”, conta. lubrificação antes de aplicar a pistola
filtro sedimentador. Para isso, basta nutenção, o motor deve estar desliga- As juntas do trator também devem de engraxar.
soltar o bujão de dreno que está em do, freio de estacionamento acionado, estar sempre bem lubrificadas. Caso * A TVH-Dinamica: é uma empresa de distribui-
sua parte inferior e deixar escorrer. “O e caso o trator esteja em solo desnive- tenha a necessidade de lubrificação, a ção de peças e acessórios para as linhas de mo-
operador deve olhar a calibragem e os lado, as rodas devem ser calçadas. “É recomendação é limpar os pontos de vimentação, industrial e agrícola.

24 CORREIO MECÂNICO - DEZEMBRO 2015


EIXOS

Inmetro credita IQA para certificação de eixo veicular


de pesados

I
nstituto da Qualidade Automo- os produtos, fabricados ou impor- ordenador técnico do IQA. IQA atua exclusivamente no setor
tiva, organismo de certificação tados, precisam apresentar o selo Segundo Tolezano, há dois mo- automotivo. Dirigido por executi-
acreditado pela CGCRE (Coor- de qualidade. Segundo o Inmetro, delos de certificação nesta portaria. vos do primeiro escalão da indús-
denação Geral de Acreditação) quem descumprir as regras da por- “Um deles, destinado a quem tem tria automotiva e representantes
do Inmetro, realiza certificação de taria estará sujeito a penas previs- produções ou importações contínu- do governo e associações de classe
eixo veicular, conforme a Portaria tas na lei, que são apreensão dos as, envolve ensaio de tipo, avalia- (como Anfavea, Sindipeças e Sindi-
Inmetro nº 13, publicada em 10 de produtos e multa. ção e aprovação do sistema de ges- repa), o Instituto possui corpo téc-
janeiro de 2014, que dispõe sobre Com foco na segurança, a me- tão da qualidade, acompanhamento nico com vasta experiência no se-
certificação compulsória de eixos dida visa prevenção de acidentes. por meio de auditorias e ensaio em tor. Assim, ao escolher o IQA para
veiculares auxiliares para caminhão, “A certificação compulsória é uma amostras retiradas no comércio. O certificação, a empresa obtém um
caminhão-trator e ônibus e eixos forma de assegurar ao consumidor outro modelo, voltado a quem faz diferencial reconhecido pela indús-
veiculares para reboques e semi- a aquisição de produtos de qualida- importações esporádicas, requer tria automotiva.
-reboques. de porque inibe a venda de com- somente ensaio de lote”, explica o Com diversas parcerias interna-
Fabricantes e importadores têm ponentes de procedência duvidosa, coordenador técnico. cionais, o Instituto está apto a rea-
até janeiro de 2016 para zerar os que podem por em risco a saúde e Os requisitos da portaria não se lizar todas as atividades necessárias
estoques dos produtos sem certifi- a vida da população. Como organis- aplicam aos eixos veiculares de ca- para a certificação de produtos para
cação. Já o comércio varejista tem mo de certificação acreditado pela minhão, caminhão-trator e ônibus e o mercado brasileiro. Interessados
prazo até janeiro de 2017, quando CGCRE do Inmetro, o IQA oferece aos eixos autodirecionais e direcio- em obter mais informações podem
só poderá comercializar produtos todo o suporte no processo de cer- nais. contatar o IQA por meio do telefone
certificados. Desde junho, todos tificação”, afirma Joe Tolezano, co- Especializado em certificação, o (11) 5091-4545.

CORREIO MECÂNICO - DEZEMBRO 2015 25


PICAPE RENOVADA

TOYOTA APRESENTA A NOVA GERAÇÃO DA HILUX

A
8a geração da Hilux, da Toyo- nhou um número de clientes fiéis
ta, possui design renovado, devido aos seus pilares de qualida-
novo motor e transmissão, de, durabilidade e confiabilidade.
chassi mais resistente e me- Em poucas palavras, o veículo é
lhor capacidade fora de estrada. sinônimo de “força”.
Tais características resumem os
dois pilares que nortearam a apre- VERSÕES
sentação do novo veículo: “Uma Para atender às necessidades e
nova Era para Picapes” e “Mais Hi- exigências de diferentes perfis de
lux do que Nunca”. cliente, seja no trabalho pesado,
O primeiro pilar — “Uma Nova lazer ou multiuso, há seis diferen-
Era para Picapes” — está relacio- tes versões da picape.
nado ao conforto interno dos utili- São elas: Chassi-cabine 4x4 e
tários esportivos e outros aspectos câmbio manual; Standard 4x4, nas
emocionais, incrementado com um configurações com cabine simples
nível de equipamentos superior. ou dupla, também com transmis-
O segundo, “Mais Hilux do que são manual de seis velocidades;
melhorias realizadas na estrutura SR; SRV; e a nova e exclusiva top
do modelo, que ampliaram o uso de linha SRX. As três últimas são
prolongado sem quebras, em qual- equipadas com tração 4x4 e trans-
quer tipo de estrada, mesmo que missão automática de seis veloci-
sua capacidade de carga seja ex- dades.
plorada ao limite. Com um design forte e, na
O modelo pretende reforçar sua comparação com a versão anterior,
liderança no segmento de picapes mais larga e mais baixa, a picape
médias a diesel no País. Desde que conjuga atributos que fazem que
Nunca”, está ligado à história de como veículo comercial. Fazem a Hilux nasceu, em 1968, e ao lon- tanto seja utilizada no trabalho
força da picape e sua referência parte deste pilar as substanciais go de sete gerações, a picape ga- quanto no lazer.

VIRABREQUINS
Susin Francescutti lança virabrequim para reposição
em modelos Renault 2.5
VB246 é aplicável aos motores Renault G 9U, 2.5, 16 válvulas da linha Master,
furgões e vans

S
empre ativa para manter os Para conhecer mais dados téc-
motores em movimento por nicos desse e dos demais itens
meio de suas peças de reposi- no catálogo eletrônico da empre-
ção, a gaúcha Susin Frances- sa basta fazer o download no site
cutti lança o virabrequim VB246 www.sufran.com.br.
para motores Renault G 9U, 2.5, A Susin Francescutti é líder na
16 válvulas da linha Master, fur- fabricação de virabrequins e co-
gões e vans. mandos de válvulas para o mer-
O item é fabricado em aço tem- cado de reposição nacional. Com
perado por indução, diferencial participação em 40 países e 61
que resulta em maior resistência anos de tradição, a empresa está
e durabilidade, características dos localizada em Caxias do Sul, RS.
produtos da marca. Além da quali- Produz peças para a linha de mo-
dade dos componentes, os proces- tores a gasolina e diesel dos mer-
sos produtivos da organização têm cados automotivo, agrícola e de
por base a alta tecnologia. competições entre outros.

26 CORREIO MECÂNICO - DEZEMBRO 2015


PEÇAS DE REPOSIÇÃO

SEGURO DO AUTOMÓVEL PODE SE TORNAR


MAIS ACESSÍVEL COM PEÇAS SIMILARES

E
conomizar e investir com in- O que mais encarece o valor tadoras, estando impedidas de garantia, são mais facilmente
teligência são atitudes que das apólices são as peças de utilizar peças usadas, os salva- encontradas nas lojas de auto-
fazem cada vez mais parte reposição que serão utilizadas. dos de sinistros, bem como as peças e muitas vezes – na gran-
da rotina dos brasileiros, “A procedência desses itens é seguradoras não podem utilizar de maioria das vezes – custam
inclusive, na hora de contratar fator determinante, se são en- peças similares, que são aque- menos da metade do que custa
seguro automotivo. Nenhum contradas com facilidade ou não las fabricadas pelas indústrias a peça chamada original.
motorista está livre de sofrer co- no mercado, esse tipo de infor- do mercado independente de
lisão em seu veículo, seja ela de mação conta na hora de fechar autopeças. Viabilizar uma proposta mais
pequena ou de grande monta. o preço final do seguro para o acessível ao bolso dos consumi-
consumidor”, diz Roberto Mon- Certamente, para tornar o dores é totalmente viável, utili-
Os valores dos seguros são teiro, diretor-executivo da An- preço do seguro mais acessível, zando as peças similares. “A alta
calculados segundo avaliação fape – Associação Nacional dos certamente, uma excelente al- disponibilidade dessas peças e
de índice de furto e roubo em Fabricantes de Autopeças. ternativa seria a permissão de os preços melhores ajudariam
determinada região, idade do utilização das peças similares, a criar opções mais baratas de
motorista, ano e modelo do au- Atualmente, as seguradoras que são novas, sujeitam-se a seguros, melhor custoxbenefí-
tomóvel e, assim, valor da peça só podem utilizar aquelas pe- padrões elevados de qualidade, cio aos consumidores”, comenta
de reposição. ças disponibilizadas pelas mon- possuem identificação, marca e Monteiro.

CORREIO MECÂNICO - DEZEMBRO 2015 27


ARTIGO

De volta à prancheta
*Por Felipe Madeira

P
recisamos enriquecer a nos- ce de analisar a questão por ou- Máquinas e Equipamentos), que
sa conversa sobre o futuro. tro prisma. Teremos a presença nos provocarão com o choque
Muitos de nós vivem o atu- de palestrantes de entidades de realidade que estamos viven-
al momento em modo de como FIEMG (Federação das In- do sem medir as duras palavras,
sobrevivência. Esperam a fase dústrias de Minas Gerais) e Abi- às quais devemos ter atenção
complicada passar e se prepa- maq (Associação Brasileira de se quisermos mudar.
ram para caso seja necessário
perder, que seja pouco. Dessa
forma, estamos adiando uma
passagem obrigatória pelo pla-
nejamento sustentável. Este Nota da editora:
posicionamento, ainda que Este artigo foi escrito pouco antes da realização do 12º Simpósio SAE
compreensível, na melhor das BRASIL de Tendências, em novembro, na cidade de Nova Lima/MG onde
hipóteses nos fará passar pela Felipe Madeira, engenheiro e chairperson do evento convocou a todos
crise e seguir na recuperação a rever o conceito que determina a nova revolução industrial e temas
referentes ao Inovar-Auto como base da cadeia industrial. Mas, sobre-
pós-problema. Os que consegui- tudo, convocando para que convidados e palestrantes buscassem ideias
rem se sair bem nessa emprei- e soluções para lutar e repensar o futuro sob à luz da inovação.
tada se mostrarão capazes de
enfrentar turbulências e estarão
seguramente à frente dos de- mais nobre. Acreditamos que
mais para enfrentar a próxima escrever o futuro não é apenas
tempestade. Não seria hora de mais uma função da estratégia
pensar se isso não é pouco? empresarial da indústria brasi-
leira. O momento de hoje nos
A política e a economia de pede para ver esse tema como
nosso País sempre nos mos- uma questão de sustentabilida-
traram que são boas ajudas na de. Sabemos que a nossa ativi-
formação de gerentes, empre- dade industrial, para se manter
sários e empreendedores capa- importante nos cenários domés-
zes de enfrentar grandes pro- tico e internacional, deve obri-
blemas. Mas será que é esse o gatoriamente se reinventar.
nosso destino? Deixaremos para
o futuro somente mais compe- Precisamos ter uma grande
tências para nos virar em águas meta de mostrar as nossas com-
turbulentas? Vamos girar em petências, mas não somente em
círculos, e o nosso crescimento se recuperar de crises, como
como nação será posto de lado. também em fazer a diferença.
Nosso lugar é merecido, mas
Todos que se incomodam deve ser conquistado. Os agen-
com essa constatação de desti- tes e as dificuldades não atenu-
no medíocre devem ainda bus- aram sua influência em nosso
car uma ou mais alternativas negócio, mas nos chamam para
para que possamos ampliar a pensar diferente. Cada vez mais
nossa visão sobre as opções operar no mercado de manufa-
que estamos nos esquecendo tura brasileiro é um desafio para
de analisar e desenvolver. Por- grandes. E temos condições de
tanto, convoco a todos para sermos grandes.
mais um debate, um fórum de
conversas e explanações, do No 12º Simpósio SAE BRASIL
qual sairemos com um objetivo de Tendências, teremos a chan-

28 CORREIO MECÂNICO - DEZEMBRO 2015


ENTIDADE

CONAREM OFERECE BENEFÍCIOS AOS ASSOCIADOS

A
s empresas de retíficas as- Os novos associados têm algumas detalhado, contendo a descrição mento produtivo.
sociadas ao Conarem – Con- novidades no credenciamento de do estado de cada máquina e o
selho Nacional de Retíficas sua empresa”, explica o presiden- que é necessário fazer. Garantia do pagamento –
de Motores, podem contar te do Conarem, José Arnaldo La- Foi desenvolvida parceria para
com diversos benefícios e supor- guna. Consultoria técnica –O ór- garantir o recebimento da venda
te, como, banco de dados técni- gão oferece consultoria com o en- por cheque ou mesmo recebimen-
cos com informações de mais de Entre os serviços oferecidos genheiro Roberto Canassa Junior to dos serviços prestados pagos
4.800 motores que podem ser pela entidade estão: para o suporte em casos de de- com cheques de terceiros. O par-
acessados pelo portal, acordos feitos, dúvidas e reclamações em ceiro também possui a antecipa-
comercias para compra de peças, Análise técnica dos equi- garantia. Pode ser feita por telefo- ção do recebimento, descontando
certificado de garantia nacional, pamentos – Como o maior pa- ne a preço acessível. os seus cheques recebidos, fato
norma que serve de orientação trimônio de uma retífica está nos que ajudará o retificador no fluxo
para licitações públicas de servi- seus equipamentos, a entidade Treinamentos –O engenhei- de caixa. Tudo isso com a menor
ços em retíficas de motores. desenvolveu trabalho de análise ro Roberto Canassa Junior desen- taxa do mercado e inadimplência
técnica do estado das máquinas. volveu, com exclusividade para as zero.
“Também podem contar com Executado por engenheiro de lar- retíficas Conarem, programa que
serviços especializados que aju- ga experiência o serviço é de bai- inclui a permanência de um perío- Além destas, outras facilida-
dam na gestão das empresas, xo valor, pago por dia trabalhado. do do dia dentro da retífica vendo des também são oferecidos pelo
manutenção dos equipamentos. Ao final, a retífica recebe relatório as operações em cada departa- Conarem.

CORREIO MECÂNICO - DEZEMBRO 2015 29


VEÍCULOS COMERCIAIS

Montadora desenvolve solução para limpar o ar das cabines de


pintura reduzindo o uso de energia e a geração de resíduos

A
Volkswagen do Brasil implan- O novo scrubber gerou uma haja a necessidade de
tou na fábrica de Taubaté patente para a empresa junto ao paralisar a produção. A
um conceito inovador e al- Instituto Brasileiro de Propriedade troca da manta é rea-
tamente eficiente para a re- Industrial (INPI) e permitiu redu- lizada em apenas oito
tirada das partículas de tinta não zir em 73% os impactos ambien- minutos.
absorvidas no processo de pintu- tais energéticos onde o sistema A iniciativa está em
ra, que proporcionou no período está instalado (relacionados ao linha com o programa
de um ano uma economia de R$ aquecimento global; formação de mundial da Volkswa-
6,5 milhões à unidade. O novo chuva ácida; camada de ozônio e gen ‘Think Blue. Fac-
scrubber, que é o nome dado ao eutrofilização, que é o excesso de tory. ’, que tem a meta
processo de limpeza do ar que matéria orgânica em rios), dimi- de reduzir em 25% os
circula nas cabines de pintura, nuindo também em 40% a gera- consumos de água e
absorve o overspray (resíduo de ção de resíduos no processo. energia, a destinação
tinta que fica no ar) por meio Tecnicamente simples e com de resíduos do proces-
de um filtro de fibra de vidro ou forte apelo ambiental, o sistema so produtivo a aterros
polímero, sem a necessidade de foi desenvolvido por especialistas e as emissões de CO2 e
utilizar água ou energia eletros- das áreas de manutenção e ope- de solventes até 2018
tática. As partículas de tinta que ração da própria Pintura da fá- (em relação a 2010),
não aderiram à carroceria ficam brica. Todo o processo utiliza 22 em todas as fábricas da
retidas nas mantas, formando filtros em três camadas de man- Volkswagen no mundo.
uma borra seca, que é enviada tas por linha de produção e sua
para destinação adequada, sendo manutenção acontece em uma
1)Cabine de Pintura
reutilizada como fonte energética única vez por dia, em paralelo 2) Overspray – partículas de tinta que não aderiram à carroceria
em coprocessamento. à limpeza das cabines, sem que 3) Mantas de fibra de vidro ou polímero

30 CORREIO MECÂNICO - DEZEMBRO 2015


AVALIAÇÃO

OS MELHORES CARROS CONTRA ENCHENTES

E
m dezembro, quando inicia que variam de 0,5 a 5 estrelas, erro comum é querer arriscar mento aparente. “É uma ilusão
oficialmente o verão, começa em que quanto maior a nota, e passar com o automóvel em pensar que, quando um carro à
também a temporada mais menores os riscos de danos. áreas alagadas. É aconselhado, frente abre espaço, é a hora cer-
intensa de chuvas e enchen- no máximo, passar em trechos ta de seguir caminho e pegar ‘ca-
tes. É nesse período que motoris- Segundo o estudo, entre os em que a água esteja na altura rona’ no rastro. Por um momento
tas, em diversas regiões do país, carros mais bem avaliados estão da metade das rodas do carro, pode funcionar, mas a água, uma
têm suas habilidades ao volante o Renault Fluence (Dynamique como é informado no manual do vez dispersa, volta em formato
testadas ao se verem obrigados a CVT) - único modelo a atingir a proprietário. O que passar disso, de onda normalmente mais for-
dirigir sob verdadeiros temporais. nota máxima, com cinco estrelas é risco”, afirma Farias. “Em geral, te, o que é pior para o carro e
A partir deste cenário, o CESVI - e o Sentra (versões S, SV e quando a rua está coberta pela pode colocar em risco o veículo
BRASIL (Centro de Experimenta- SL), da Nissan, com 4,5 estrelas. água, o motorista raramente e o motorista”, declara Emerson.
ção e Segurança Viária) elaborou Com quatro estrelas, compõem o consegue ver se há buracos ou “A mesma orientação vale para
um estudo com a finalidade de ranking os modelos Peugeot 208 barreiras na pista, o que agrava quem tem carros mais altos.
oferecer um indicativo técnico (Active e Allure), Renault Duster o cenário de possíveis acidentes. Mesmo mais seguros, devido à
tanto para a indústria automo- high-flex 4x2 (Expression), Che- O melhor mesmo é encostar o altura em que seus componentes
tiva quanto para o consumidor. vrolet Cobalt (LTZ). carro, desligá-lo e aguardar pa- estão instalados, a orientação é
Trata-se do Índice de Danos de cientemente até que a água bai- sempre não arriscar,” finaliza.
Enchente, que avalia o risco da Para Emerson Farias, analis- xe para seguir caminho”, reforça.
ocorrência de panes mecânicas ta técnico do CESVI BRASIL, al- Para mais informações e aces-
e elétricas pela exposição inde- guns cuidados são necessários Um erro recorrente cometi- so à tabela completa do Índice
vida de carros às lâminas d’agua, para guiar carros em condições do pelos motoristas, segundo o de Danos de Enchente, basta
garantindo sua mobilidade. Os adversas, como no caso de for- analista, é querer seguir outro acessar o site www.cesvibrasil.
veículos são avaliados com notas tes chuvas ou enchentes. “Um carro em situações de alaga- com.br.

CORREIO MECÂNICO - DEZEMBRO 2015 31


MATÉRIA TÉCNICA

Câmbio automático ou automatizado?


*Por Hélio Cardoso

A
maioria das pessoas não Neste caso, mecanicamente, bio automatizado, porém, a pos- Apesar dessa tendência, al-
sabe identificar a diferença o câmbio automatizado é idênti- sibilidade de falha nos automáti- gumas montadoras se recusam
entre um veículo equipado co ao câmbio mecânico, apenas cos ainda é muito menor. a introduzir câmbios automati-
com câmbio automático acrescido dos controles eletrôni- zados em suas linhas de mon-
e outro equipado com câmbio cos. Há também certa diferença tagem, optando pelos câmbios
automatizado, pelo menos até no consumo de combustível, que automáticos inclusive nos mo-
adquirir um e perceber a grande Já no caso do câmbio auto- ainda se apresenta um pouco delos mais populares.
quantidade de diferenças. mático, existe um conjunto de maior no caso de veículos equi-
engrenagens planetárias que pados com câmbio automático O importante de tudo isso
Obviamente, o vendedor são capazes de produzir todas em relação ao automatizado. é que o consumidor saiba que
vai dizer-lhe que é exatamente as relações possíveis com um existem diferenças e possa op-
igual com um preço muito me- câmbio manual através de um A maioria das montadoras tar por um veículo equipado
nor. Para quem não é rigoroso, sistema complexo com coman- trabalha atualmente para inserir com um sistema que satisfaça
até que é possível se contentar do hidráulico e conversor de tor- câmbios automatizados em veí- sua vontade e mantenha o seu
com o automatizado. que. culos mais populares e câmbios prazer em dirigir sem que haja
automáticos em veículos mais constrangimento e arrependi-
Na verdade o câmbio auto- Neste caso, as trocas de mar- luxuosos. mento.
matizado é um câmbio mecâ- cha acontecem praticamente
nico que é gerenciado por uma sem que o motorista perceba,
central eletrônica que comanda sem trancos, de forma progres-
atuadores tanto na embreagem siva e suave.
quanto no próprio câmbio. Des-
ta forma fica claro que o câmbio Outra diferença importante
automatizado também tem um está no momento da aquisição.
sistema de embreagem apesar Os veículos equipados com câm-
de não existir fisicamente o pe- bio automatizado tem custo me-
dal. nor em relação a outro equipa-
do com câmbio automático. Isso
No momento da troca de ocorre em virtude da tecnologia
marchas, o sistema efetua uma inserida nos veículos, ou seja,
redução da aceleração para o no caso dos câmbios automáti-
engate da marcha, de forma si- cos há mais tecnologia envolvi-
milar ao que o motorista faz no da.
câmbio mecânico puro. Desta
forma, é possível sentir clara- Isto também se reflete no
mente a troca de marchas e na custo de manutenção, onde um
maioria dos casos um pequeno reparo em câmbio automático é
tranco. mais oneroso do que o do câm-

* Hélio da Fonseca Cardoso - Engenheiro Mecânico; Membro da Comis-


são Técnica de Segurança Veicular da AEA (Associação Brasileira de En-
genharia Automotiva, especialista em perícias envolvendo veículos auto-
motores e Diretor do IBAPE/SP; Autor dos Livros Veículos Automotores:
Identificação, inspeção, Vistoria, Avaliação, Perícia e Recall e Automóvel
Sem Mistérios.

32 CORREIO MECÂNICO - DEZEMBRO 2015


CURIOSIDADE

O segredo dos macacões dos pilotos do automobilismo


Independente da categoria, segurança é um item obrigatório na composição das roupas e capacetes dos
pilotos, demandando tecnologias avançadas para reduzir o risco de queimaduras e fraturas

E
m novembro quando o Bra- cacões utilizados pelos pilo- profissional. Além de ser usado cendo a segurança necessária
sil recebeu a última etapa tos, engenheiros e mecânicos no macacão, a fibra também é contra eventuais perfurações
do campeonato internacio- das equipes com a utilização aplicada na composição da ba- por peças que escapam duran-
nal de automobilismo no da fibra Nomex, que oferece laclava, capuz colocado antes te a corrida ou mesmo em um
Autódromo de Interlagos (São elevada resistência contra al- do capacete, utilizada para pro- acidente. Assim como o pesco-
Paulo), um dos temas em alta tas temperaturas, além de não teger o rosto. ço e os braços, a cabeça está
foi a segurança dos pilotos e propagar a chama. O produto entre as áreas mais vulneráveis
mecânicos. A DuPont, uma das permite ao piloto o tempo ne- Outra tecnologia também do piloto, e requer a utilização
marcas envolvidas em Tecno- cessário para escapar do fogo aplicada nas competições é de equipamentos de segurança
logias de Proteção, oferece repentino, gerado por colisões o Kevlar, material cinco vezes que absorvam o impacto.
produtos que oferecem maior ou acidentes durante a corri- mais resistente que o aço na
segurança para escapar de situ- da ou nos boxes. A trama da mesma base de peso, aplica- Hoje em dia graças à alta
ações de risco, num tempo que fibra e a sua composição são do na produção dos capacetes tecnologia no desenvolvimento
faz a diferença em determina- responsáveis pela produção de dos pilotos das mais variadas de materiais e máquinas que
dos acidentes, principalmente macacões mais leves e con- categorias do automobilismo. primam pela segurança a Fór-
aqueles que envolvem o risco fortáveis, facilitando a transpi- Amplamente utilizado pelo mer- mula 1 perdeu o estigma de
de fogo repentino. ração do piloto, auxiliando na cado militar para a produção competição associada à gran-
estabilidade da temperatura do de coletes à prova de balas, o des perdas e tragédias envol-
A tecnologia da marca é corpo durante as competições material é aplicado em uma das vendo seus pilotos como foi em
aplicada na confecção dos ma- e evitando a desidratação do camadas do capacete, ofere- outras épocas.

CORREIO MECÂNICO - DEZEMBRO 2015 33


REPORTAGEM

Advanced PFI: Combinação de quatro


tecnologias na redução de consumo e emissões
*Por Tarcísio Dias

É
cada vez menor a distância entre através da válvula de admissão aberta
as inovações tecnológicas e nos- para dentro da câmara de combustão.
so mercado. Atendendo convite Agora, vamos entender o que
da Robert Bosch América Latina muda com o Advanced PFI. O objetivo
conheci de perto o principal Centro continua o mesmo: maior rendimento
de Engenharia da Bosch, em Abstatt, do motor, máxima economia de com-
Alemanha, que desde 1999 tem de- bustível e impacto ambiental reduzi-
senvolvido soluções individuais para do, alinhado com as novas metas de
sistemas eletrônicos, combinando as emissões de CO2 a serem cumpridas.
vantagens da tecnologia em série e Mas de que forma? Combinando qua-
comprovadas para diversos clientes tro tecnologias.
situados na Alemanha, Japão, Amé- 1 - Dupla injeção de combus-
rica do Norte, França, Áustria, China, tível – Por meio de dois injetores de
Brasil, Reino Unido e Itália. combustível instalados na galeria,
Foi uma oportunidade para conhe- para cada cilindro, ocorre um reforço
cer no presente o futuro das inova- no posicionamento e direcionamento
ções automotivas. Direto da fonte, da pulverização das gotículas atomi-
com quem desenvolve e certifica os zadas de combustível, melhorando
novos recursos. E nada melhor que assim a distribuição do combustível
encontrar brasileiros na linha de frente na mistura com o ar e reduzindo a
de projetos tão importantes. Thomas condensação na parede do cilindro e
Junge e Martin Leder apresentaram o tempo de injeção. Ocorre um ganho
as principais inovações desenvolvidas na estabilidade da ignição e na rapi-
e em especial uma que tem tudo para dez de conversão do catalisador, que
ser aplicada em veículos no Brasil, a ocorre mais rapidamente.
Advanced PFI, que revela a evolução 2 - Aumento da pressão do
do tradicional sistema PFI mais utili- combustível - A bomba de com-
zado atualmente. bustível, no sistema de baixa pressão
No sistema já utilizado em nosso varia a pressão de combustível para
mercado (PFI) Port Fuel Injection, a atender as necessidades específicas.
mistura ar/combustível é formada Quando você liga o veículo a pres-
fora do cilindro do motor no coletor são é temporariamente aumentada,
de admissão. O injetor pulveriza o variando de 4,2 até 6 bar, a fim de
combustível na válvula de admissão. apoiar a formação da mistura e redu-
Durante a descarga de admissão, o zir o tamanho da gota de pulverização
movimento para baixo do pistão faz (diâmetro médio de Sauter - SMD).
a sucção da mistura ar/combustível Esse sistema permite variar não

34 CORREIO MECÂNICO - DEZEMBRO 2015


REPORTAGEM - CONT.

apenas a pressão de combustível ra o tempo de escape dos gases e o


conforme a necessidade do motor, início de uma nova admissão, que só
mas também a vazão da bomba, só acontece quando a válvula de escape
permitindo a passagem necessária de está completamente fechada. O ga-
combustível. Dessa forma a bomba nho na curva de torque é muito pró-
trabalha menos, o alternador tam- ximo quando comparado ao motor de
bém trabalha menos, exigindo menos injeção direta.
energia do carro. Maior pressão, me- 4 - Injeção com válvula de ad-
lhor vaporização, melhor partida. missão aberta (OVI - Open Valve
O aumento da pressão eleva a Injection) – Recurso pouco utilizado
quantidade máxima de combustível no Brasil devido a geração elevada
medida a plena carga. A massa de de hidrocarbonetos (combustível não
combustível vaporizado é aumentada queimado que segue para a válvula
e a condensação de combustível na de escape), passa a ser importante 1% de economia no consumo devido ria da Bosch - Desde 2011 a área
parede do coletor é reduzida. em conjunto com as outras três tec- o controle de variação da pressão de de engenharia da Bosch tem presen-
3 - PFI Scavenging – Uma das nologias, permitindo o aumento na injeção do combustível (alternador ça direta no Brasil, permitindo faci-
ocorrências em motores turbos é a taxa de compressão em cerca de um não fica trabalhando a todo tempo litar que novos recursos possam ser
dificuldade em vencer a inércia da ponto (1,0), que reduz o consumo de carregando a bateria); a injeção com oferecidos conforme as necessidades
turbina e da sua capacidade volumé- combustível em carga parcial. válvula aberta traz como benefício dos fabricantes automotivos por aqui
trica, mais conhecida como turbo lag, A injeção dupla amplia os efeitos a redução na temperatura do motor instalados.
ou perda de potência nas baixas ro- do OVI por meio de melhoria da ato- (entre 0,5 e 1º C), aumento da taxa Entre as diversas atividades, os
tações, ou seja, o tempo de resposta mização e vaporização, bem como de compressão e economia de mais engenheiros dão suporte aos siste-
necessário até que o turbo possa “ali- segmentação otimizada. 1% no consumo; e o turbo (scaven- mas bicombustíveis, sendo respon-
mentar” o motor com mais mistura. Vantagens para o cliente – Na ging) o ganho na redução de consu- sável pela calibração do motor em
O Scavenging nada mais é que o prática essa combinação de quatro mo é da ordem de 10%. bancos de ensaio da própria Robert
aumento na velocidade de “lavagem” tecnologias resulta na redução das Ao todo, a soma de todos os be- Bosch América Latina, a calibração
do cilindro (expulsar o ar queimado emissões (12% menos CO2 com a nefícios vai permitir uma economia de do veículo (por exemplo, comporta-
da combustão anterior), que conside- dupla injeção); ganho de cerca de até 12% no consumo de combustível, mento, dirigibilidade), diagnósticos
além da funcionalidade melhorada de calibração de emissões, a bordo,
devido o inovador desenvolvimento e calibração do pacote de software
da injeção de combustível. Aumen- para o sensor flex-fuel, bem como
to de até 40% no ganho em torque. preparação dos documentos de certi-
Mais de 20% de redução das emis- ficação para a homologação.
sões no ciclo de teste. Além de carros de passageiros a
Essa tecnologia ainda não chegou equipe de Engenharia da Bosch na
ao Brasil, mas a Bosch já realiza o de- América Latina está fornecendo solu-
senvolvimento com testes por aqui. ções de engenharia para a indústria
A motorização escolhida foi a 1.4 bi- de mineração.
combustível com taxa de compressão
de 9,8: 1 e produz 154 cavalos de Tarcisio Dias – Profissional e Técnico
potência a 5.500 rotações por minuto em Mecânica, além de Engenheiro Me-
e torque de 206 Nm com rotação de cânica com habilitação em Mecatrônica
2.250 por minuto. As fotos revelaram e Radialista, é gerente de conteúdo do
o Fiat Punto em análise. Portal Mecânica Online® (www.mecani-
Centro avançado de Engenha- caonline.com.br) e desenvolve a Cole-
ção AutoMecânica.

CORREIO MECÂNICO - DEZEMBRO 2015 35


LANÇAMENTO

SUV PREMIUM AGORA TRAZ OPÇÃO À DIESEL

A
Land Rover traz ao mercado proporciona muito conforto e eco-
brasileiro a linha Discovery nomia de combustível em velocida-
Sport equipada com motor SD4 de de cruzeiro. Além de preservar
diesel, opção ideal situações o motor, tal característica ajuda na
off road. Seguindo uma tendência maior autonomia de combustível,
há muito utilizada noutros países permite que os níveis de ruídos e
onde quase todas as caminhonetes trepidações da cabine sejam quase
ou SUVs existem na opção a diesel, imperceptíveis e auxilia na diminui-
o Brasil tardiamente caminha nesta ção das emissões de gases poluen-
direção apesar de ela ser sempre tes.
mais cara por conta de uma legis- A tecnologia do motor 2.2 SD4
lação atrasada que taxa veículos a traz sistemas focados na economia
diesel com um imposto maior. de combustível como o sistema
O SUV compacto premium tem IPSM – Inteligent Power System
tração nas quatro rodas e é equipa- Management, que proporciona o
do com motor 2.2 SD4 Turbodiesel carregamento inteligente da bate-
de 190 cv de potência e 43 Kgfm apenas um tanque de combustível, chas onde as marchas mais baixas ria que alimenta o sistema elétrico.
de torque máximo desenvolvido a sem a necessidade de reabasteci- tiveram a relação encurtada para Ele é feito com o armazenamento
apenas 1.750 rotações. O motor mento. A distância é a equivalen- proporcionar mais torque e, com da energia cinética gerada enquan-
SD4 proporciona ampla autonomia te entre as cidades de São Paulo e isso, mais agilidade nas retomadas to o veículo está em processo de
e uma condução de muito confor- Goiânia. e também mais robustez no tráfego desaceleração. O sistema dispen-
to. Dependendo do estilo de con- A ampla autonomia é possível fora de estrada. sa o combustível necessário para
dução do motorista, o veículo pode graças a utilização do sistema de Já as marchas mais altas tive- manter o sistema de carregamento
percorrer até 900 quilômetros com transmissão ZF-9HP com nove mar- ram sua relação alongada o que da bateria em funcionamento.

36 CORREIO MECÂNICO - DEZEMBRO 2015


ALTA RODA
Fernando Calmom
fernando@calmon.jor.br
www.twitter.com/fernandocalmon
FILÃO SEM DONOS

M
uito se comenta sobre siste- e eficiência também em estradas.
mas de direção autônomos Um dos destaques é o volante de
ou semiautônomos para direção multifuncional capaz de
revolucionar a maneira de detectar as mãos do motorista (e
guiar. Além de aumentar a seguran- assumir parte dos comandos), que
ça ativa/preditiva, aliviar o estresse inclui um mostrador OLED embuti-
no trânsito congestionado ou em do no aro. Pode procurar uma vaga
monótonas viagens, o motorista e estacionar comandado a distância
poderá assumir o comando quando por meio de telefone ou relógio de
lhe for prazeroso. Essas tecnologias pulso inteligentes. O motorista não
passarão por complexas regula- precisa estar a bordo e abrir uma
mentações técnicas, legislativas e porta, possibilitando criação de va-
jurídicas, ainda em estudos profun- gas perpendiculares mais estreitas
dos. Os grandes fabricantes mun- para otimizar o espaço urbano e
diais de veículos trabalham com permitir garagens menores.
fervor nesse objetivo e estão numa Automóvel de Frankfurt, a empre- ças poderiam se juntar para desen- Além de inovações eletrônicas,
verdadeira corrida tecnológica. Nin- sa afirmou pela primeira vez não volver e fabricar um carro, porém chamam particular atenção as so-
guém quer ficar para trás, mesmo pretender construir ou administrar nada indica que o farão. Mas é luções mecânicas. A começar pelo
sem enxergar bem o que está na uma fábrica de automóveis, o que possível projetar um automóvel de eixo de torção traseiro que inclui dois
linha de chegada. causou surpresa. demonstração, como fez a ZF com motores elétricos de 54 cv, um para
Nada impede, porém, que em- Fornecedores da indústria de o seu Veículo Urbano Avançado cada roda. Mais interessante ainda,
presas como Google e Apple de autopeças desenvolvem grandes (VUA), apresentado um mês antes as rodas dianteiras podem esterçar
investir pesadamente no desen- projetos em conjunto com fabri- do Salão de Frankfurt. Trata-se de até 75 graus, algo inédito. Assim,
volvimento de automóveis autôno- cantes de veículos e criam vínculos um subcompacto, sem arroubos de precisa de uma vaga apenas 60 cm
mos. Ainda são nebulosos os planos difíceis de desfazer em favor de estilo, apenas para reafirmar sua maior do que seu comprimento (em
desses gigantes da teleinformática. empresas de outros setores. Isso capacitação tecnológica ampliada torno de 3 metros), o que também
A Apple nem ao menos deixa es- não significa situação imutável. Um após adquirir a americana TRW. ajudará no planejamento das cida-
capar o que realmente prepara exemplo é a Tesla, fabricante inde- A ZF produziu o VUA elétrico em des. Diâmetro de giro de apenas
nesse campo. Google tem até um pendente americano de sedãs elé- suas próprias instalações, focado sete metros, um terço a menos que
protótipo de um microcarro próprio tricos, que partiu do zero e tentará em maneabilidade urbana e assis- qualquer subcompacto moderno,
em testes nas ruas da Califórnia. voos mais altos. tência semiautônoma para melhorar permite retorno em manobra única
Entretanto, no recente Salão do Já os fornecedores de autope- conforto, conveniência, segurança em pistas de largura padrão.

RODA VIVA
MOTORES de três cilindros continuam na ordem do dia. O da Fiat, pre- compacto. Novos amortecedores (agora sem ruídos de fim de curso), reto-
visto para estrear no novo subcompacto no início de 2016, foi adiado para o ques de estilo e equipamentos adicionais o tornam ainda mais competitivo.
final do próximo ano (apenas o motor, claro). Esse bloco dará origem a um FILIAL brasileira da Porsche, recém-aberta, será mais assertiva ao no-
novo quatro-cilindros, de 1,4 L, substituto do atual Fire. E Hyundai também mear novas concessionárias. Hoje, todas as existentes, têm ligação direta ou
terá um turbo de 1 L no HB20, como up! TSI e futuro Honda Fit. indireta com o antigo importador oficial, a Stuttgart Sportcar. Estratégia faz
PREÇOS dos veículos se mantêm em alta (como previu esta coluna) não parte do crescimento da marca no País com potencial de retomar do México
só pela inflação, mas porque a desvalorização do real tem impacto sobre o posto de mercado número uma da América Latina.
componentes importados. Isso afeta de forma diferenciada cada modelo, NOVA embreagem automática de acionamento eletrônico da Bosch,
inclusive os que vêm da Argentina. Mas a principal causa é a queda de escala incorporada à função roda-livre, está em testes no Brasil. Certamente há
de produção: 21% sobre 2014. Sobre isso não há o que fazer. algum fabricante interessado, embora a empresa trabalhe em testes, no
HYUNDAI HB20 2016, que já tinha ótimo motor de 1,6 L, pode apro- momento, por si só. Mais barato do que um câmbio automático, pode eli-
veitá-lo melhor com o novo câmbio automático de seis marchas. Trocas são minar os incômodos do terceiro pedal e potencializa diminuir consumo de
suaves e relativamente rápidas, considerando limitações de preço de um combustível em até, nada desprezíveis, 5%.

* fernando@calmon.jor.br e twitter.com/fernandocalmon

CORREIO MECÂNICO - DEZEMBRO 2015 37


ÓLEOS

Herminio Duarte*
Consultor Técnico em
GM - CHEVROLET S.10
Lubrificantes e Filtros A Lubrificação Perfeita – Motores de Alta Rotação

A
GM-Chevrolet, utiliza em seus motores o óleo lubrificante Dexos 1 Os Engenheiros da GM-Powertrain, desenvolveram a especificação DEXOS
(Sintético) para motores flex e Dexos-2 (Mineral) para motores a die- em 2007 para atender as crescentes demandas dos motores atuais, que tam-
sel, porém a maioria das concessionárias não utilizam este lubrifican- bém podem ser utilizados nos motores mais antigos, anterior a 2013. DEXOS
te, ainda continuam com o AC-DELCO. representa altíssima qualidade, é utilizado em todos os motores GM no mun-
do, conforme consta no Manual dos Veículos GM-Chevrolet.
Dexos 1 equivale ao óleo lubrificante sintético: Motores Flex Nota:
SAE-0w20 API SN - SAE-5w20 API SN - SAE-5w30 API SN - ILSAC GF-5

Dexos 2 equivale ao óleo lubrificante mineral: Motores a Diesel A todos os leitores, editores do Jornal Correio Mecânico, dese-
SAE-5w30 API SN-CF (também utiliza SAE-15w40 CI-4) conforme manual GM jamos que o Natal seja repleto de paz e alegrias, e que o Novo Ano
possa trazer muitas realizações.
Dexos 1 equivale ao óleo lubrificante sintético: Motores Flex
SAE-0w20 API SN - SAE-5w20 API SN - SAE-5w30 API SN - ILSAC GF-5 *Herminio Duarte - Consultor Técnico em Lubrificantes e Filtros
Qualquer dúvida ou sugestão, escreva para mim: hdoleosefiltros@gmail.com / (31)
Dexos 2 equivale ao óleo lubrificante mineral: Motores a Diesel 3378-8795 / Belo Horizonte – MG / www.hdoleosefiltros.com.br
SAE-5w30 API SN-CF (também utiliza SAE-15w40 CI-4) conforme manual GM

MOTORES:
S-10 2.8L Diesel CTDI 200 Cv
Lubrificante: Dexos 2 SAE-5w30 API-SN ou SAE-15w40 CI-4 (Mineral)
Capacidade do Carter: 5,6 Litros com filtro
Capacidade do tanque: 76 Litros
Transmissão Manual de 6 Velocidades: 3,5 Litros (óleo Dexron VI)
Transmissão Manual de 5 Velocidades: 3,5 Litros (óleo Dexron III)
Transmissão Automática: Dexron VI (não requer troca segundo manual GM)

S-10 2.5L Flex Motor ECOTEC 197 Cv (gasolina)


e 206 Cv (Etanol)
Lubrificante: Dexos 1 SAE-5w20 ou SAE-0w20 API-SN (Sintético)
Capacidade do Carter: 5,0 Litros com filtro
Capacidade do tanque: 80 Litros
Transmissão Manual de 6 Velocidades: 3,5 Litros (óleo Dexron VI)
Transmissão Manual de 5 Velocidades: 3,5 Litros (óleo Dexron III)
Transmissão Automática: Dexron VI (não requer troca segundo manual GM)

S-10 2.4 Flex FLEXPOWER 141 Cv (gasolina)


e 147 Cv (Etanol)
Lubrificante: Dexos 1 SAE-5w30 API SN (Sintético)
Capacidade do carter: 4,85 Litros com filtro
Capacidade do Tanque: 80 Litros
Transmissão Manual de 6 Velocidades: 3,0 Litros (óleo Dexron VI)
Transmissão Manual de 5 Velocidades: 3,0 Litros (óleo Dexron III)
Transmissão Automática: Dexron VI (não requer troca segundo manual GM)

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CORREIO MECÂNICO - DEZEMBRO 2015 39
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