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RESUMO
Este trabalho realizou um estudo sobre Equipamentos de Proteção Individual (EPI) e sua
importância na prevenção dos danos gerados pelos acidentes na área mecânica do setor de
manutenção e reparação de veículos automotivos. A reparação automotiva divide-se em três
partes: a mecânica, a elétrica e funilaria e pintura. A pesquisa, realizada somente na área da
mecânica, verificou a frequência da utilização destes equipamentos de proteção individual
pelos mecânicos, através de uma pesquisa de campo realizada na empresa Expresso Pneus.
Para sua realização, aplicou-se o método de abordagem indutivo e método de procedimento
monográfico com a técnica de observação direta extensiva, ou seja, os dados foram coletados
utilizando questionário distribuído para seis funcionários, contendo 9 (nove) perguntas
fechadas e 1 (uma) pergunta aberta. Também foi realizada entrevista com o proprietário da
empresa para verificação in loco de documentos relacionados à segurança do trabalho. Com
os resultados, pôde-se verificar que a empresa fornece os EPI´s adequados ao risco da
atividade e que os funcionários tem consciência da importância do EPI na prevenção de
alguma lesão provocada por um acidente, contudo, não os utilizam durante a atividade
laboral, em razão de problemas comportamentais, pois os mecânicos conservam hábitos
inadequados, como, por exemplo, verificar o filtro de óleo de um carro erguido no elevador
automotivo sem os óculos de proteção. Concluiu-se, através da pesquisa, que a falta de
fiscalização e de algum tipo de punição por parte da empresa faz com que os funcionários
tenham resistência à obrigatoriedade de utilizar o EPI.
ABSTRACT
This study conducted a study on Personal Protective Equipment (PPE) and its
importance in the prevention of damage caused by accidents in the mechanical sector
maintenance and repair of motor vehicles. The automotive repair is divided into three parts:
the mechanical, electrical and body and paint area. The survey, conducted only in the area of
mechanical, found the frequency of use of these Protective Equipment by mechanical means
of a field survey that was conducted in the Express company Tires. For this research we used
the inductive method of approach and method of procedure monograph with extensive direct
observation technique, ie, the data were collected using the technique of questionnaire
distributed to the six employees at the company's mechanical workshop Express Tires with 9
(nine) closed questions and one (1) open question. Was also conducted interviews with the
business owner to spot check of documents related to safety. With the results, we can see that
the company provides adequate PPE's risk activity and that employees are aware of the
importance of PPE in preventing an injury caused by an accident, but do not use them during
the work activity, because of behavioral problems, because the mechanics still maintain
1
Formado em Pedagogia pela FAF (Faculdades de Alta Floresta) e Técnico em Segurança do Trabalho pelo
Secitec.
114
unhealthy habits, such as checking the oil filter in a car built automotive lift without the
goggles.It was concluded through research that the lack of supervision and some sort of
punishment for the company, makes employees have resistance to mandatory use PPE.
1 INTRODUÇÃO
2 EMBASAMENTO TEÓRICO
A imagem dos EPI´s capacete de proteção, luva ou uma bota de proteção é a primeira
ideia que vem no pensamento sempre que se fala em prevenção de acidentes, entretanto,
Rodrigues (2009) alerta que não se deve esquecer que o EPI não previne a ocorrência dos
acidentes de trabalho, mas apenas diminui a gravidade das lesões, por isso, deve-se procurar
sempre e em primeiro lugar a proteção coletiva, dada a sua melhor eficácia, uma vez que
elimina ou neutraliza o risco ambiental na sua fonte geradora.
De acordo com a NR-6, o equipamento de proteção individual é definido como todo
dispositivo de uso individual, destinado a proteger a saúde e a integridade física do
trabalhador. O Manual de Segurança (2011, p. 77) explica no item 6.1 da NR-6 que:
117
Quadro 1 - Para cada tarefa exercida pelo mecânico, uma recomendação de segurança.
Tarefa Riscos existentes Recomendações de segurança
Desmontagem e montagem de Químico: óleos e graxas - Usar óculos de segurança com
veículos ou motores impregnados nas máquinas. proteção lateral completa, creme
119
Nascimento et al. (2009) destaca que o uso dos EPI’s é uma forma de ação preventiva
fundamental, sendo indispensável para a segurança dos trabalhadores, pois visa a proteger e a
reduzir os riscos existentes no ambiente de trabalho, como também amenizar as sequelas que
venham ocorrer no caso de acidentes, podendo ser ferramentas determinantes no que se refere
a salvar vidas dos trabalhadores.
O uso de equipamentos de segurança na oficina é obrigatório. O investimento em um
ambiente de trabalho seguro é importante, pois ele se reflete na qualidade dos serviços
prestados. Nos dias atuais, a evolução de qualquer empresa depende de vários fatores, sendo
120
um deles o cuidado com a segurança nas áreas de trabalho e também com relação à saúde dos
funcionários.
A NR-6, prevista na portaria n. 3.214, de 1978, do MTE, estabelece que as empresas são
obrigadas a fornecer os equipamentos de EPI sem custo para o trabalhador. Segundo o
Instituto de Qualidade Automotiva (IQA), é importante ressaltar que a entrega dos materiais
de proteção deve ser feita sempre com assinatura do funcionário em documentos que
comprovem o feito.
Os equipamentos de proteção individual que devem ser utilizados no setor de
manutenção e reparo de veículos, conforme a NR-6, encontram-se agrupados em: EPI’s para
proteção dos olhos e face; da audição; do tronco; respiratória; dos membros superiores e dos
membros inferiores.
2
http://houston.thegreensheet.com/blogs/third-gear/2012/july/findingagoodmechanic. Acesso em 12/03/2013
121
Rodrigues (2009) destaca que os óculos de proteção são EPI’s são utilizados
principalmente para evitar perfuração dos olhos através de corpos estranhos, como no corte de
arames e cabos, no uso de chave de boca; contato com agentes químicos que possam
prejudicar a visão etc. Então, conforme a NR-6, os mesmos correspondem aos dispositivos
responsáveis pela proteção dos olhos contra respingos de produtos químicos, luminosidade,
radiações, poeiras e trabalhos com objetos perfurantes.
Para obter aprovação para venda, os óculos de proteção devem ser fabricados
respeitando algumas recomendações, para adquirir o Certificado de Aprovação.
É necessário que tenham haste ou elástico que possa manter os óculos firmes no rosto,
mas que não machuque ou cause incômodo ao profissional, devem ajustar-se ao rosto, não
deixando aberturas. O funcionário deve usá-lo de forma constante, durante as horas de
trabalho; limpar as lentes unicamente com pano ou papel limpo e macio; não permitir que as
lentes tenham contato com objetos que possam arranhá-las, colocando-as, sempre, para cima.
Com relação aos agentes físicos, o ruído é a exposição mais frequente mecânico no
ambiente de trabalho. As oficinas mecânicas se destacam de forma negativa por produzirem
um alto nível de ruído, prejudicando a saúde dos funcionários destes locais.
O Anexo 1 da NR 15 estabelece como limite de exposição dos trabalhadores aos
diversos ruídos ocupacionais o limite de tolerância de 85dB para um período de 8 horas
diárias. Níveis acima de 85dB podem vir a lesionar o aparelho auditivo.
Para Marcon et al. (2010), os protetores auriculares (Figura 2) correspondem a
equipamentos destinados à proteção dos trabalhadores que exercem função laboral em locais
com ruído elevado, sendo estes acima dos limites de tolerância, estabelecidos na NR-15,
Anexos 1 e 2.
3
http://w3.ufsm.br/infocampus/?p=588, Acesso em 12/03/2013
122
e dedos, representando 35% do total de acidentes acontecidos naquele ano e muitos casos não
são registrados, ou por causa de omissão das empresas ou pelo trabalho informal.
Acidentes envolvendo as mãos frequentemente levam ao afastamento do trabalho.
Oliveira (2009, p. 48) afirma que qualquer ferimento na mão pode “ocasionar grande
incapacidade funcional que pode limitar, de maneira temporária ou permanente, o indivíduo
nas atividades básicas do dia-a-dia, como alimentar-se ou cuidar da higiene pessoal,
prejudicando de forma importante sua qualidade de vida”.
A NR-6 afirma que a segurança dos membros superiores, que envolve as mãos, punhos
e braços, é realizada através do uso de luvas de proteção, de creme protetor, de manga, de
braçadeira e de dedeira.
Nas oficinas mecânicas, as luvas que devem ser utilizadas de forma constante são
aquelas que protegem as mãos contra agentes abrasivos e escoriantes, agentes cortantes e
perfurantes; agentes químicos como o óleo automotivo e umidade proveniente de operações
com uso de água.
Marcon et al.(2010) afirmam que a proteção contra os agentes abrasivos e escoriantes
deve ser feita através da utilização de luvas confeccionadas em raspa de couro, com reforço
interno na palma, dedo polegar e indicador. (Figura 3)
Muitos trabalhos executados por mecânicos têm a necessidade de serem feitos com
habilidade e destreza manual deste profissional, principalmente no manuseio de algumas
peças automotivas pequenas. Nestes casos, as luvas de qualquer material atrapalham a
manipulação, podendo até mesmo causar acidentes e acabam por não oferecer a proteção
4
http://conversation.which.co.uk/consumer-rights/car-problem-sale-of-goods-replacement-car. Acesso em
12/03/2013.
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necessária, em situações como estas, o trabalhador deve utilizar os cremes de proteção (Figura
4).
Eles são aplicados sobre a pele antes da execução do trabalho. O creme de proteção
forma uma fina barreira entre a pele e o risco químico com o qual o funcionário está
manipulando dando a vantagem de deixar as mãos com seu sentido tátil e flexíveis. Nas
operações com uso de água, que ocasiona umidade, é indicado o uso de luvas a base de látex
natural, que apresenta boa resistência, sendo 100% impermeável.
A terceira área do corpo mais atingida em acidentes de trabalho, conforme o Anuário
Brasileiro de Proteção, são os pés. No ano de 2011, 74.416 ocorrências de lesão envolvendo
os pés foram registradas.
De acordo com Oliveira (2009), em uma oficina mecânica, a maior parte dos acidentes
com os pés do trabalhador ocorre por impacto frontal contra obstáculos, que vão desde o
aparecimento imprevisto de uma barreira, queda de uma ferramenta ou devido a uma pressão
recebida, como a passagem de uma roda de veículo sobre o pé.
Os calçados de proteção são os EPI´s que devem ser utilizados pelos trabalhadores do
setor de oficina mecânica para proteger os membros inferiores e, assim como os óculos de
proteção, eles devem ser de uso constante no ambiente de trabalho.
Rodrigues (2009) afirma que os calçados são equipamentos de proteção individual que
devem ser utilizados obrigatoriamente em todos os locais do ambiente de trabalho e durante
toda jornada de trabalho, fornecendo proteção aos pés contra fortes impactos, objetos
perfurantes, trabalhos em lugares úmidos ou com produtos químicos. (Figura 5)
5
http://www.aparafusolandia.com.br. Acessado em: 12/03/2013.
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Marcon et al. (2010) destaca que a proteção de pernas e pés contra umidade proveniente
de operações com uso de água e contra respingos de produtos químicos é feita com o uso da
bota de segurança, confeccionada em borracha vulcanizada na cor preta, sem forro, ou com a
bota do tipo Cloreto de Polivinilo (PVC) injetado, sem forro e com solado antiderrapante.
Afirma, ainda, que o calçado para proteção contra impactos de quedas de objetos é a botina de
segurança com biqueira de aço. Por exemplo, quando o mecânico for utilizar a bancada para
reparos ou limpeza de peças automotivas, o calçado de segurança com biqueira será de grande
ajuda para proteção dos pés protegendo-os contra a queda de algum material cortante.
6
http://www.noticiasdaoficinavw.com.br/v2/2010/12/equipamentos-de-seguranca-uso-obrigatorio/. Acessado em
12/03/2013.
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Nome do Trabalhador:_________________________________________________________
Local de Trabalho: ___________________________________________________________
Função:_____________________________________________________________________
Data de Admissão: _____________________TPS/Série:_____________________________
TERMO DE RESPONSABILIDADE
Declaro para todos efeitos legais que recebi os Equipamentos de Proteção Individual constantes da lista abaixo,
novos e em perfeitas condições de uso, e que estou ciente das obrigações descritas na NR 06, baixada pela
Portaria MTb 3214/78, sub-ítem 6.7.1, a saber:
a) usar, utilizando-o apenas para a finalidade a que se destina;
b) responsabilizar-se pela guarda e conservação;
c) comunicar ao empregador qualquer alteração que o torne impróprio para uso; e
d) cumprir as determinações do empregador sobre o uso adequado.
Declaro, também, que estou ciente das disposições do Art. 462 e § 1º da CLT, e autorizo o desconto salarial
proporcional ao custo de reparação do dano que os EPIs aos meus cuidados venham apresentar.
Declaro ainda que estou ciente das disposições do artigo 158, alínea “a”, da CLT, e do item 1.8 da NR 01, em
especial daquela do sub-item 1.8.1, de que constitui ato faltoso à recusa injustificada de usar EPI fornecido pela
empresa, incorrendo nas penas da Lei.
_________________________________
Assinatura do Funcionário
3 METODOLOGIA
7
://www.saoc.com.br/impressos/fichadeentregadeepi.pdf. Acessado em: 12/03/2013.
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4 RESULTADOS E DISCUSSÃO
Interna de Prevenção de Acidentes (CIPA), cujo objetivo é mostrar as condições de risco nos
ambientes de trabalho requerendo medidas para reduzir ou até mesmo eliminar estes riscos, o
que ajudaria e muito a prevenir acidentes e doenças decorrentes do trabalho.
Mesmo não sendo classificada em um grau de risco elevado, toda empresa deve possuir
o PCMSO e o PPRA, programas onde são encontrados todos os riscos ambientais existentes
na empresa e que trazem também as devidas recomendações para melhoria das condições de
trabalho bem como os EPI´s necessários para minimizar a ocorrência do risco ambiental na
saúde do trabalhador.
O mecânico automotivo está sujeito a diversos riscos ocupacionais, como os agentes
físicos e químicos, que devem estar descritos no PCSMO e no PPRA. Nesse contexto,
Rodrigues (2009, p. 150) relata que o fornecimento de EPI deve ser feito “sempre que
medidas de ordem geral não ofereçam completa proteção contra riscos de acidentes ou
doenças do trabalho [...]”.
Através do questionário distribuído para os 6 (seis) mecânicos, pode-se verificar que a
grande maioria, 83%, não usam o EPI, somente 17% utiliza raramente, conforme observado
na tabela 01.
1º Não utiliza 5 83
2º Utiliza raramente 1 17
Fonte: Autor (2015)
(2011, p. 77) cita que “a empresa é obrigada a fornecer aos empregados, gratuitamente, EPI
adequado ao risco, em perfeito estado de conservação e funcionamento [...]”.
No município de Alta Floresta, é notado que várias empresas já buscam melhoria de
qualidade do trabalho dos funcionários e estabelecem uma série de procedimentos para
proteger a saúde do trabalhador, como por exemplo a entrega de EPI.
Segundo a tabela 2, todos os funcionários da empresa pesquisada recebem seu EPI, ou
seja, 100% dos entrevistados.
1º Sim 6 100
2º Não 0 0
Fonte: Autor (2015)
por um técnico em segurança do trabalho e este funcionário ainda não possui treinamento por
ter sido contratado recentemente. Rodrigues (2009) lembra que é importante que exista
registro desses treinamentos e têm de ser assinado pelo funcionário. Deve ser descrito na lista
de presença o título do treinamento.
1º Sim 5 83
2º Não 1 17
Fonte: Autor (2015)
1º Sim 6 100
2º Não 0 0
Fonte: Autor (2015)
adotar medidas rígidas para que os funcionários comecem a se adequar, habituando-se com a
ideia de que é necessária a utilização do EPI.
Nesse sentido, a terceira e última hipótese levantada é com relação a não existir, por
parte do proprietário da empresa, a exigência e fiscalização da utilização de EPI´s, o que
facilitaria os funcionários terem resistência quanto ao EPI. Esta hipótese ficou confirmada
como pode ser verificado nas tabelas 05 e 06.
Apesar da empresa fornecer o EPI e realizar treinamento e orientação para seu uso, não
possui uma política de fiscalização se o funcionário realmente está usando o EPI. A NR-6 diz
que é responsabilidade do empregador exigir do funcionário o uso contínuo e correto do EPI.
Não é somente entregar e orientar as normas de segurança no trabalho, o empregador precisa
exigir e fiscalizar o uso do equipamento de proteção individual, até mesmo para própria
proteção da empresa. Se o empregado se recusa a usar o equipamento, mesmo tendo assinado
a ficha de entrega de EPI, o empregador não se isenta de culpa quanto aos danos causados ao
funcionário em um possível acidente. Nascimento et al. (2009) afirma que, uma vez
verificado que o acidente tenha sido causado por negligência da empresa em fiscalizar o uso
do EPI, a mesma poderá se tornar responsável pelo pagamento da indenização do empregado.
Verificando a tabela 6, pode-se notar que a empresa, além de não fiscalizar (tabela 5),
também não adverte, em nenhum momento, o empregado quanto ao não uso do EPI. Esta
afirmação também foi comprovada através de entrevista realizada com o proprietário da
empresa.
Desta maneira, a hipótese de não haver fiscalização por parte do empregador quanto ao
uso do EPI é confirmada, sendo este o motivo pelo qual os funcionários da área mecânica do
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forma verbal ou por escrito, mas deve-se tomar cuidado de verificar o motivo da recusa e
orientá-lo quanto à necessidade do uso do equipamento. Flagrado uma segunda vez, deve-se
usar como medida a suspensão, sendo esta comunicada por escrito. No comunicado, além do
prazo da suspensão, a empresa tem de deixar claro que uma reincidência será determinante
para demissão por justa causa.
5 CONSIDERAÇÕES FINAIS
O presente trabalho teve como objetivo realizar uma avaliação quanto ao uso de EPI por
parte dos funcionários que trabalham na área mecânica do setor de manutenção e reparação de
veículos automotivos, se estes recebem e fazem uso do EPI.
Através de documentos da empresa e de respostas ao questionário pelos funcionários,
ficou comprovado que os empregados recebem o EPI destinado a sua atividade laboral e
também são treinados e orientados sobre o correto uso do equipamento de proteção
individual.
Verificou-se que, mesmo tendo consciência da importância da utilização do EPI na
prevenção de lesões provocadas por acidente de trabalho, 83% dos empregados não utilizam
EPI e 17% utiliza raramente, mostrando total descuido do empregado com sua própria
segurança.
Diante dos dados colhidos através da pesquisa de campo realizada na empresa Expresso
Pneus, constatou-se que, das três hipóteses levantadas inicialmente, somente uma foi
confirmada. Através dessa confirmação, ficou demonstrado que a falta de fiscalização e
consequente aplicação de algum tipo de advertência pela empresa mostrou-se como principal
motivo para o não uso dos EPI´s pelos funcionários.
Conclui-se que, não ocorrendo nenhum tipo de punição por parte da empresa, o
funcionário não vê obrigação de utilizar o EPI. A lei é aplicada a ambas as partes e o
funcionário precisa dar atenção a isso, ele tem direitos, mas também tem obrigações. A
empresa precisa mostrar que está agindo dentro da legalidade ao fiscalizar o uso de EPI e que
o funcionário não pode ficar omisso com suas obrigações.
O empregador precisa fazer uso de uma postura mais enérgica para garantir o uso do
EPI evitando problemas posteriores.
Como sugestão, a empresa pode nomear um funcionário para ser responsável pelo
processo de fiscalização do uso de EPI, pois os efeitos dos acidentes de trabalho são negativos
e custosos para o empregador.
135
REFERÊNCIAS
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da; GEHLEN, Neri Wagner; BARBOSA, Rejane Maria Biscaia. Manual de Especificações
Técnicas de Equipamentos de Proteção Individual (EPI’s). Cascavel. 2010. 78 f.
136
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Técnico de Segurança do Trabalho) Escola Técnica Estadual Martin Luther King, São Paulo,
2009. Disponível: <http://xa.yimg.com/kq/groups/22745525/853609756/name/tcc+pdf.pdf>.
Acesso em: 28 mai. 2013
OLIVEIRA, Cassiana. Sinal de alerta. Revista Proteção. Novo Hamburgo. n. 212. p. 43-53,
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SALIBA, Tuffi Messias; PAGANO, Sofia C. Reis Saliba. Legislação de segurança, acidente
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