Vivemos um momento de tensão social em relação a crescente corrupção,
violência e miséria. A ênfase de casos de corrupção como: suborno e desvio de verbas, leva a economia a um declínio e conseqüentemente os setores da educação, alimentação e saúde são os mais afetados. O desvio de capitais causa aos cofres públicos enormes prejuízos, capital este que poderia ser investido em melhorias na educação e saúde, logo o acesso a informação se torna mais difícil, as chances de obtenção de um emprego bem remunerado são mínimas, levando a muitos indivíduos a praticar crimes. O suborno é uma forma de manifestação da corrupção, na qual indivíduos se aproveitam de uma situação de miséria ou dificuldade financeira temporária de uma parcela da população e a usa a seu favor, seja realizado pagamentos de contas ou “doando” cestas básicas, em troca de prestigio político que tem como valor o voto. Fazendo com que fique mais intensa as desigualdades sociais. Necessitamos honrar nossos direitos, principalmente a justiça, já que estamos inseridos em uma democracia, lutar contra a impunidade, manifestar-se em meio às corrupções existentes nos sistemas políticos, mas também cabe ao poder público dar mais credibilidade as denúncias e o fortalecimento dos órgãos fiscalizadores. Atualmente estamos passando por momentos reflexivos de como devemos reger as prioridades a nossa sociedade. Verbas estas que teoricamente são para alcançar pessoas com necessidades e carências maiores, que no nosso Brasil não são poucas, na pratica as irregularidades são grandes. O trabalho visa fazer com que o legislador reflita sobre a responsabilidade dos agentes públicos e políticos no desvio de verbas e recursos, que se não acontecessem poderíamos nos encontrar em um país com um déficit público menor, com determinados atos ilícitos ou omissos são de total relevância para serem analisados e repensados de como poderíamos diminuir o percentual grave, para uma evolução social que deveria ser positiva e que da qual é atingida negativamente por determinados agentes públicos. Falar em obras públicas geralmente significa falar em desvio de verbas públicas com fins sociais. O TCU – Tribunal de Contas da União fiscaliza todos os anos dados com uma elevação gradativa de irregularidades graves. Generalizando o problema, podemos dizer que 84% das obras públicas apresentam indícios de desvio de recursos públicos e que desvio de recursos públicos em obras e serviços de engenharia só podem acontecer se um profissional do CONFEA/CREAs estiver participando do esquema ou ser omisso no mesmo. O fato de que um profissional esteja envolvido em desvio de verbas e recursos públicos em obras ou serviços deveria ser tema de debates e interpelações no nosso sistema, mas aparentemente nos calamos diante do problema e esquecemos a maior razão pelo qual o nosso sistema foi criado e da forma que precisa se desenvolver, que é servir a sociedade de forma digna e justa. O sistema regulamenta e normatiza e decide através de decisões e resoluções e se faz necessário fiscalizar e punir se necessário, comunicar a justiça para que esta faça algo além de processar eticamente os profissionais responsáveis que se envolvem no problema ou que se omitem pelo mesmo, ao mesmo tempo em que vemos as verbas públicas circularem de forma irregular. O sistema foi criado para proteger a sociedade por meios de serviços de qualidade e por profissionais e empresas, não podendo deixar sem ação consequente que responsabilize ou até mesmo na omissão sabendo que existem profissionais envolvidos no desvio de verbas e recursos públicos. Além de ser uma questão ética e de competência do sistema Confea/CREAs, é uma obrigação que o próprio sistema tem com profissionais sérios e honestos perante a sociedade em defesa dos interesses sociais e humanos como diz o artigo primeiro da nossa lei 5.194. Quando dizemos em combater a corrupção, se faz necessárias ações justas e transparentes, cada dia mais vemos que o suborno retardam o desenvolvimento nacional e principalmente educacional e saúde na conseqüência de desvio de recursos destinados para obras públicas com fins sociais, por atos de ilicitude e fraude dos profissionais, agentes públicos e políticos, e vale lembrar que que corroi o elo saudável entre a sociedade e a profissão, prejudicando os bons profissionais justos e honestos. Atualmente Brasil ocupa o 75º no ranking da corrupção, no índice elaborado pela organização não governamental Transparência Internacional – TI, que analisa anualmente mais de 180 países. A classificação é lidera por Dinamarca, Finlândia e Suécia. Segundo definição da Transparência Internacional, "corrupção é o abuso de um poder outorgado para uso ou vantagem privada. A palavra corrupção provém do latim corrumpere e significa estragar, aniquilar, subornar".
"Nos países onde a corrupção predomina, quem sofre são
os mais pobres. Se os recursos dos serviços básicos (saúde, educação e justiça) não chegam integralmente aos cidadãos, são aqueles mais pobres que menos têm condições de se defender, que arcam com o maior ônus. Cada país gera seu próprio tipo de corrupção e não há sistema completamente livre dela. A corrupção afeta todos os países. Todos os anos, mais de um trilhão de dólares são destinados a pagar subornos. Isso gera consequências devastadoras, especialmente nos países menos desenvolvidos."
Na medida em que os recursos destinados a financiar hospitais, escolas,
saneamento básico e outras necessidades primarias são desviadas, claramente diante de nós, e não tomamos atitudes eficazes a ponto nortear de forma diferente a responsabilidade dos atos ilícitos, também temos parcela de culpa, por uma simples omissão. Falta-nos esse poder de mobilização a indignação, afinal quem ocupa e manda nesse país é o povo brasileiro, sua vontade deve ser soberana e cabe aos responsáveis pelos cargos públicos nos representar de forma justa e, sobretudo nos respeitar. A situação pode ser sim mudada desde que eu e você, todos se manifestem abertamente para debates, com grande manifestação gerará a necessidade de mudança e busca pela melhora da opinião publica sobre o assunto. O estudo acerca tem fundamentos disponibilizados por editoras que buscam efetivar a conscientização a sociedade, editoras como exame, Veja, Jusbrasil,, BBC, G1.globo, tais edições que são disponibilizadas todos os anos com pesquisas minuciosas contendo dados que geram graves preocupações pelo déficit negativo.