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Curso de

Aperfeiçoamento de
Oficiais

Coletânia de Produtos
Doutrinários de Engenharia
(Conteúdo Comum)
- Nota de Coordenação Doutrinária Nr 01/2016, de 31 de maio de 2016
(Extrato);
- Manual de Campanha Emprego da Engenharia (C 5-1). 3ª Edição, 1999
(Extrato).
- Manual de Campanha Processo de Planejamento e Condução das
Operações Terrestres (EB20-MC-10.211). 1ª Edição, 2014 (Extrato)
- Nota de Coordenação Doutrinária Nr 02/2016, de 31 de maio de 2016
(Extrato).
INTENCIONALMENTE EM BRANCO
EXTRATO

MINISTÉRIO DA DEFESA
EXÉRCITO BRASILEIRO
COMANDO DE OPERAÇÕES TERRESTRES
CENTRO DE DOUTRINA DO EXÉRCITO

Nota de Coordenação Doutrinária Nr 01/2016, de 31 de maio de 2016.


ATIVIDADES E TAREFAS DE ENGENHARIA

4 INTRODUÇÃO
4.1 A Doutrina Militar Terrestre vive em constante evolução, requerendo atualizações
periódicas em função da introdução de novos conceitos, novos equipamentos e mesmo
da observação do emprego das Forças Armadas, nos mais variados conflitos.
4.2 A recente edição de manuais doutrinários, tanto pelo Ministério da Defesa, quanto
pelo Estado-Maior do Exército, indicou a necessidade de uma atualização do Manual
de Campanha C 5-1 (Emprego de Engenharia, edição de 1999).

5 CONSIDERAÇÕES INICIAIS
5.1 Este documento fornece os fundamentos para planejamento e organização da
Engenharia, baseados em capacidades requeridas. Identifica, também, as principais
tarefas da Arma, decorrentes de suas atividades.
5.2 As Atividades da Engenharia passam a ser as seguintes:
- Apoio à Mobilidade, Contramobilidade e Proteção (Ap MCP);
- Apoio Geral de Engenharia, e
- Geoinformação .
6 A MISSÃO DA ENGENHARIA
6.1 A Engenharia é a arma de apoio ao combate que tem como missão principal
proporcionar aos elementos de combate da Força Terrestre o apoio especializado à
mobilidade, contramobilidade e proteção da tropa, nas operações desencadeadas no
amplo espectro dos conflitos, caracterizando-se como um fator multiplicador do poder
de combate.
6.2 Provê, ainda, Apoio Geral de Engenharia e apoio de Geoinformação à Força
Terrestre (ou ao Exército).
6.3 A Engenharia contribui, também, com a função de combate logística, executando
as tarefas do Grupo Funcional Engenharia, da Área funcional Apoio de Material. Esse
apoio é chamado de “Logística de Engenharia”.

(Nota de Coordenação Doutrinária Nr 01/2016 – C Dout Ex/COTER, de 31 MAI de 2016) - Extrato


6.4 Em tempo de paz, a Engenharia coopera com o desenvolvimento nacional e o
bem estar social, realizando projetos, obras e assistência técnica em patrimônio
imobiliário e meio ambiente em atendimento a órgãos federais, estaduais, municipais e,
excepcionalmente, a iniciativa privada, além de atendimento à população nas ações de
defesa civil.

7 APOIO À MOBILIDADE, CONTRAMOBILIDADE E PROTEÇÃO (Ap MCP)


7.1 A atividade de Ap MCP visa a ampliar o poder de combate dos elementos de
manobra, de forma a acelerar a concentração do poder, aumentar a velocidade e ritmo
da força para explorar vulnerabilidades inimigas críticas. Ao reforçar as restrições
naturais físicas do ambiente, essa atividade limita as capacidades do inimigo.
APOIO À MOBILIDADE
É o conjunto de trabalhos desenvolvidos para proporcionar as condições
necessárias ao movimento contínuo e ininterrupto de uma força amiga. Compõe-se,
dentre outros, de trabalhos de abertura de passagens em obstáculos, de
transposição de cursos de água, de conservação e reparação de pistas e estradas,
de destruição de posições organizadas do inimigo, proporcionando condições para
que a manobra tática obtenha rapidamente vantagens sobre a posição do inimigo.
APOIO À CONTRAMOBILIDADE
É o conjunto de trabalhos que visam a deter, retardar ou canalizar o movimento das
forças inimigas para, em princípio, contribuir com a destruição dessas forças. São
trabalhos que proporcionam maior valor defensivo ao terreno, principalmente pela
construção de obstáculos de acordo com a intenção do comandante tático,
restringindo a liberdade de manobra do inimigo.
APOIO À PROTEÇÃO
É o conjunto de trabalhos que visam a reduzir ou anular os efeitos das ações do
inimigo e das intempéries sobre a tropa e o material, proporcionando abrigo,
segurança e bem-estar e ampliando a capacidade de sobrevivência das forças em
campanha, prestando assistência às tropas em combate ou realizando trabalhos de
fortificações, camuflagem e instalações, que aumentem o valor defensivo das
posições.

8 APOIO GERAL DE ENGENHARIA


APOIO GERAL DE ENGENHARIA
É o conjunto de trabalhos técnicos de Engenharia que mantém, modificam ou
complementam o ambiente físico do teatro de operações e, também, proporcionam a
infraestrutura necessária para as operações militares, principalmente quanto à
manutenção do fluxo logístico, ao apoio de fogo e ao sistema de comando e
controle. O Apoio Geral inclui, ainda, as tarefas de Logística de Engenharia
realizadas em proveito de todo o teatro de operações.
8.1 Observa-se o Apoio Geral de Engenharia com maior intensidade nos escalões
recuados da Zona de Combate, na Zona de Administração e na Zona Interior.
Caracteriza-se por executar tarefas de maior complexidade técnica e durabilidade em
relação à atividade de Ap MCP.
(Nota de Coordenação Doutrinária Nr 01/2016 – C Dout Ex/COTER, de 31 MAI de 2016) - Extrato
8.2 O Apoio Geral de Engenharia abrange trabalhos técnicos referentes a projetos,
obras, patrimônio imobiliário, meio ambiente e material de engenharia. Quando
necessário, também poderá desenvolver, normalmente em tempo de paz, trabalhos em
cooperação com ações subsidiárias ou de interesse socioeconômico para a Nação.
8.3 A atividade de Apoio Geral de Engenharia contribui, também, para a Função de
Combate Logística, realizando tarefas de apoio ao Grupo Funcional Engenharia, da
Área Funcional Apoio de Material. Esse conjunto de tarefas é chamado genericamente
de Logística de Engenharia.
8.4 A Logística de Engenharia mostra-se presente, nas seguintes tarefas: logística de
água tratada (classe I); logística do material de construção (classe IV); logística do
material de engenharia (classe VI); e outras tarefas necessárias a complementar o
apoio de Engenharia no Teatro de Operações.
8.5 As tarefas da Logística de Engenharia estão presentes, em maior ou menor grau,
em todos os escalões de operações.

9 GEOINFORMAÇÃO
9.1 As informações sobre o ambiente operacional são fundamentais para qualquer
planejamento em operações militares, o que exige obtenção e difusão de dados
confiáveis e precisos com oportunidade. A Atividade de Engenharia de Geoinformação
utiliza-se de informações digitais e georreferenciadas sobre o terreno e seus trabalhos
técnicos para contribuir com a consciência situacional e a superioridade em
informações.
GEOINFORMAÇÃO
É o conjunto de trabalhos específicos e técnicos de Engenharia que contribui para o
entendimento e a avaliação dos aspectos físicos do ambiente, por meio de
conhecimentos precisos, atualizados e oportunos sobre a superfície, o subsolo e as
condições meteorológicas da área de operações, bem como, o assessoramento
especializado de análise dessas informações, a respeito de potenciais efeitos para
as operações.
9.2 A atividade de Geoinformação agrega todas as capacidades técnicas de
engenharia, que aliada à amplitude de desdobramento das Unidades de Engenharia
em todo o TO/AOp, lhe permite prover informações detalhadas em variados aspectos
do terreno, do meio ambiente e dos trabalhos técnicos realizados, contribuindo para um
completo acervo de informações.

10 AS ATIVIDADES DE ENGENHARIA E AS FUNÇÕES DE COMBATE


10.1 Todas as Atividades de Engenharia (Ap MCP, Apoio Geral de Engenharia e
Geoinformação) desenvolvem tarefas por meio de trabalhos técnicos e logísticos que
atendem todas as funções de combate.

(Nota de Coordenação Doutrinária Nr 01/2016 – C Dout Ex/COTER, de 31 MAI de 2016) - Extrato


Figura 1 - As Atividades e Tarefas de Engenharia

(Nota de Coordenação Doutrinária Nr 01/2016 – C Dout Ex/COTER, de 31 MAI de 2016) - Extrato


EXTRATO
C 5-1

MINISTÉRIO DA DEFESA

EXÉRCITO BRASILEIRO

ESTADO-MAIOR DO

EXÉRCITO

Manual de Campanha

EMPREGO DA ENGENHARIA

3ª Edição
1999

EXTRATO
C5-1 - Extrato

CARACTERÍSTICAS E PRINCÍPIOS GERAIS DE EMPREGO DA


ENGENHARIA
As características e os princípios gerais de emprego norteiam
a organização, o desdobramento, as possibilidades e as limitações do
apoio de Engenharia a uma operação. Em função da situação tática,
da área de operações, do escalão de planejamento e da análise dos
comandantes tático e de Engenharia, algumas dessas características e
desses princípios poderão ser evidenciados e outros poderão não ser
verificados em sua plenitude.

1-6. CARACTERÍSTICAS DA ARMA DE ENGENHARIA


a. A variedade, a duração, a amplitude e a natureza técnica de
suas missões conferem ao sistema de Engenharia uma fisionomia
própria e determinam as características de sua ação.
b. São características da Engenharia:
Em conseqüência de suas missões, a Engenharia é
empregada na execução de trabalhos duráveis, que
DURABILIDADE DOS
TRABALHOS ficam materializados nas construções e destruições,
as quais permanecem influenciando o
desenvolvimento posterior da manobra.
Um elemento de Engenharia é empregado na
execução dos trabalhos mínimos necessários ao
PROGRESSIVIDADE
DOS TRABALHOS
escalão a que pertence ou apóia, cabendo à
Engenharia do escalão superior melhorá-los ou
ampliá-los, de acordo com suas necessidades.
A Engenharia tem uma grande amplitude de
desdobramento porque seus meios se desdobram da
AMPLITUDE DE linha de contato até as áreas mais recuadas do
DESDOBRAMENTO teatro de operações, abrangendo toda a zona de
combate e a zona de administração, em largura e em
profundidade.
O apoio de Engenharia se exerce em profundidade
porque o escalão superior apóia os escalões
subordinados com meios em pessoal e/ou em
APOIO EM material que se fizerem necessários e, geralmente,
PROFUNDIDADE incumbe-se de trabalhos na área de retaguarda dos
mesmos, de forma a liberar a Engenharia desses
escalões para o apoio à frente.

Tab 1-1. Características da Engenharia


C5-1 - Extrato

Um comandante de Engenharia é submetido a uma


dupla subordinação:
- por um lado, está diretamente subordinado ao
comandante do escalão ao qual pertence; e
- por outro lado, está tecnicamente subordinado ao
comandante de Engenharia do escalão superior.
CANAIS TÉCNICOS O comandante de Engenharia de cada escalão
DE ENGENHARIA exerce uma ação de coordenação e controle
técnico, através dos canais técnicos,
diretamente, sobre a Engenharia dos escalões
subordinados. Essa ação assegura
progressividade e uniformidade aos trabalhos
realizados nos diversos escalões.

Tab 1-1. Características da Engenharia (continuação)

1-7. PRINCÍPIOS GERAIS DE EMPREGO


a. Em função do processo de tomada de decisão operacional e do
estudo de situação do comandante de Engenharia, os meios de
Engenharia são desdobrados para atender às necessidades de apoio
de Engenharia do escalão considerado. A concepção geral desse
emprego deve:
(1) atender o esquema de manobra tática planejado;
(2) propiciar a integração da manobra com os fogos, com a
mobilidade e com a contramobilidade, sincronizada com as diversas
ações do campo de batalha;
(3) dar prioridade ao esforço principal, uma vez que poderá
não haver meios de Engenharia suficientes para atender todas as
tarefas solicitadas;
(4) proporcionar um adequado sistema de comando e
controle de Engenharia.
(5) alocar os meios específicos requeridos para a missão,
observando que, normalmente, é necessário compor a
Engenharia com elementos de valor e natureza diferentes,
proporcionando a versatilidade e a flexibilidade necessárias
para uma determinada operação;
(6) preparar-se, quando necessário, para apoiar as operações
futuras, pois muitos trabalhos de Engenharia devem iniciar-se o mais
cedo possível para estarem prontos no tempo requerido;
(7) utilizar todos os recursos locais em material e pessoal
disponíveis, particularmente nos escalões mais recuados, liberando as
tropas de Engenharia para o apoio aos primeiros escalões da zona de
combate.
C5-1 - Extrato

b. Para isso, os seguintes princípios de emprego podem ser


aplicados:
Em decorrência do caráter técnico de suas missões, a
EMPREGO Engenharia é organizada e instruída para realizar
COMO ARMA trabalhos que exijam técnica aprimorada e
TÉCNICA equipamentos especiais. Seu emprego em missões de
combate é considerado uma medida excepcional.
O emprego centralizado permite um melhor
aproveitamento dos meios. A capacidade de trabalho
EMPREGO
ou de apoio de uma unidade de Engenharia é maior que a
CENTRALIZADO
soma das capacidades de seus elementos
componentes, quando operando independentemente.

Uma unidade de Engenharia deve permanecer, sempre


PERMANÊNCIA que possível, nos trabalhos que lhe foram designados,
NOS até a sua conclusão. A substituição de uma unidade no
TRABALHOS decorrer de um trabalho acarreta uma solução de
continuidade que afeta seu rendimento.

Os trabalhos de Engenharia em campanha devem


UTILIZAÇÃO ser planejados e executados de modo a que
IMEDIATA DOS possam ser utilizados em qualquer fase de sua
construção ou realização. É preferível ter-se uma
TRABALHOS
estrada precariamente trafegável em toda sua
extensão, a uma parcialmente concluída.
É conveniente que um mesmo elemento de
Engenharia seja designado para apoiar um
mesmo elemento da arma base. Essa
associação continuada resulta em maior
MANUTENÇÃO
eficiência no apoio, em virtude do conhecimento
DOS LAÇOS mútuo entre os elementos interessados. É no
TÁTICOS escalão brigada que a manutenção dos laços
táticos se revela de forma mais completa e
satisfatória. Devido a diversos fatores, nos
escalões mais altos torna-se mais difícil a fiel
observância desse princípio.
Normalmente, meios de Engenharia em pessoal
não são m a n t i d o s em r e s e r va . Os e l e m e n t o s
de Engenharia destinados ao apoio às reservas
táticas, enquanto estas não forem empregadas,
ENGENHARIA
permanecem executando trabalhos que não
EM RESERVA
prejudiquem seu emprego futuro. Após um período
de operações, as tropas de Engenharia deixam de
realizar trabalhos durante o t e m p o n e c e s s á r i o
p a r a a su a r e o r g a n i z a ç ã o e recuperação.

Tab 1-2. Princípios Gerais de Emprego da Engenharia


C5-1 - Extrato

a) O emprego dos meios de Engenharia


decorre, essencialmente, do levantamento das
necessidades em trabalhos de Engenharia que
interessem à condução das operações
consideradas. Essas necessidades são, em geral,
numerosas e superiores às disponibilidades em
tempo e em meios. É necessário, portanto, fixar as
prioridades dos diversos trabalhos a realizar,
tomando por base a sua importância relativa para a
manobra, a fim de que seja possível atender às
operações planejadas, da melhor forma, com os
PRIORIDADE E
meios disponíveis.
URGÊNCIA b) A urgência de um trabalho, ou seja, o prazo em
que o mesmo deve ser concluído, pode estar
traduzida na própria prioridade, conforme sua
importância para a manobra considerada. Quando
isso não acontecer, é p o s s í v e l a d m i t i r - s e que ,
d e n t r o de uma me sm a prioridade, existam
trabalhos com urgências diferentes. Em certos
casos, pode haver trabalhos com prioridade mais
baixa, que necessitam ser concluídos antes de
outros com prioridade mais elevada, em nada
alterando o cumprimento da missão recebida.

EMPREGO POR A Engenharia sempre deverá trabalhar por frações,


ELEMENTOS subunidades ou unidades constituídas, sob o comando de
CONSTITUÍDOS seus respectivos comandantes.

Tab 1-2. Princípios Gerais de Emprego da Engenharia (continuação)

1-9. UNIDADES DE EMPREGO


a. A Engenharia é organizada em elementos de trabalho, cada
qual com possibilidades de realizar tarefas em volumes e tipos
específicos, podendo ser combinados com outros elementos de
Engenharia, formando conjuntos maiores, para facilidade de controle
e de comando.
b. Grupo de Engenharia (GE) constitui o elemento básico de
trabalho. Os grupos de Engenharia são reunidos em número de três
para formar os pelotões de Engenharia.
c. Normalmente, o Pelotão de Engenharia de Combate (Pel E
Cmb) é a fração básica de emprego junto às outras armas. As
necessidades em meios especializados de pontes e equipamentos
mecânicos, por exemplo, podem exigir o emprego de elementos
menores que o pelotão.
d. A execução de determinadas missões, como o lançamento de
pontes por viaturas blindadas, o assalto a posições fortificadas, o
acionamento de destruições, a operação de embarcações, o apoio às
operações de defesa interna e o apoio às operações com
C5-1 - Extrato

características especiais, pode exigir uma dosagem de meios


específica para esse apoio. Nesses casos, em princípio, podem ser
atribuídas equipes constituídas, em reforço (ou integração), controle
operacional ou comando operacional, aos elementos apoiados.

1-10. FORMAS DE APOIO


a. O apoio de Engenharia pode ser realizado sob uma forma de
apoio ou sob uma situação de comando. As seguintes formas de apoio
são utilizadas: apoio ao conjunto, apoio suplementar e apoio direto.
Essas formas de apoio apresentam graus decrescentes de
centralização. Um elemento de Engenharia não pode empregar
elementos subordinados em grau mais descentralizado do que aquele
em que ele próprio foi empregado.
b. Apoio ao Conjunto (Ap Cj) - Esta forma de apoio
caracteriza-se pela realização de trabalhos em proveito do conjunto
do escalão apoiado ou em proveito comum de dois ou mais de seus
elementos componentes. Quando em apoio ao conjunto, as unidades
de Engenharia permanecem centralizadas sob o comando da
Engenharia do escalão considerado. Em situações peculiares, em
função da disponibilidade de meios, um elemento de Engenharia
poderá realizar trabalhos, em apoio ao conjunto, em proveito de um
elemento de manobra.
c. Apoio suplementar (Ap Spl) - O apoio suplementar é a forma
de suprir a insuficiência de Engenharia de um determinado escalão
que já possui Engenharia, orgânica ou não, quando o comando a que
pertence o elemento designado para o apoio puder exercer, sobre o
mesmo, elevado grau de controle. O apoio suplementar compreende
as seguintes modalidades: apoio suplementar por área, apoio
suplementar específico e a combinação dessas duas modalidades.
(1) Apoio Suplementar por Área (Ap Spl A) - Consiste na
execução, pela Engenharia em apoio, de trabalhos de Engenharia em
parte da zona de ação do escalão apoiado. O comandante da
Engenharia que fornece o apoio fixa o seu valor, a área em que ele
deve ser empregado e o prazo de duração da missão. Essa área é
limitada, no sentido da profundidade, por uma linha nítida no terreno,
sempre que possível, que se denomina Limite Avançado de Trabalho
(LAT). Ao comandante da Engenharia apoiada cabe determinar,
nessa área, suas necessidades, prioridades e especificações para os
trabalhos e, em decorrência, solicitar a execução dos trabalhos que
estejam dentro das possibilidades do elemento que presta o apoio.
Cabe ao comandante da Engenharia apoiada a verificação da
execução.
(2) Apoio Suplementar Específico (Ap Spl Epcf) - Consiste
na execução, pela Engenharia em apoio, de determinado(s)
trabalho(s) claramente especificado(s), na zona de ação do escalão
apoiado. Esse(s) trabalho(s) resulta(m), normalmente, de pedido(s) do
escalão a ser apoiado, cabendo ao escalão que presta o apoio
designar o elemento que deve realizá-lo e, quando necessário, fixar o
valor e o prazo desse apoio. Como no apoio suplementar por área, cabe
C5-1 - Extrato

ao comandante da Engenharia apoiada verificar a execução dos


trabalhos.
(3) Pela combinação das duas modalidades de apoio
suplementar.
d. Apoio direto (Ap Dto) - É a forma de empregar um elemento
de Engenharia em apoio a um elemento que não a possui, quando o
comando a que pertence o elemento designado para o apoio puder
exercer, sobre o mesmo, um controle eficiente e eficaz. É a forma
normal de apoiar os elementos da arma base empregados de maneira
centralizada. O elemento em apoio direto permanece sob o comando
da unidade de Engenharia a que pertence. Esta forma de apoio
caracteriza-se por uma ligação permanente entre a Engenharia de
apoio direto e a tropa apoiada, cabendo a esta última indicar as
necessidades e as prioridades dos trabalhos a serem realizados. É,
portanto, uma forma de apoio semicentralizado.
e. Mediante entendimento entre a unidade que recebe o apoio
de Engenharia, o batalhão logístico que a apóia e a unidade de
Engenharia que presta o apoio, e quando houver conveniência,
admite-se que o apoio logístico à tropa de Engenharia em apoio direto
ou apoio suplementar seja efetuado unidade apoiada, particularmente
nas atividades de suprimento, manutenção e saúde.

1-12. MISSÕES CUMULATIVAS


a. Um elemento de Engenharia empregado sob a forma de
apoio direto pode receber, cumulativamente, segundo as necessidades
do comando considerado, missões de apoio ao conjunto.
b. Um elemento de Engenharia também pode receber,
cumulativamente, as missões de apoio ao conjunto e apoio
suplementar.
c. No caso de ocorrerem missões cumulativas em zona de
ação onde a Engenharia do escalão respectivo tenha sido recebida
sob uma situação de comando (reforço, comando operacional ou
controle operacional), essas missões não podem ser atribuídas
diretamente ao elemento de Engenharia, mas ao escalão que recebeu
a Engenharia.
1-13. COMANDO DE ENGENHARIA
a. O comando de um escalão operacional que dispõe de uma
Engenharia orgânica ou em reforço (ou integração) tem sobre essa
Engenharia o mesmo controle e a mesma responsabilidade que tem
sobre as suas unidades subordinadas. Nos demais casos (apoio ao
conjunto, apoio suplementar e apoio direto), esse controle e essa
responsabilidade cabem ao escalão de Engenharia que fornece o
apoio, o qual deverá buscar atender ao máximo os pedidos do
escalão apoiado. Nas outras situações de comando – controle ou
comando operacional – o controle e responsabilidade sobre a tropa de
Engenharia observam peculiaridades específicas para cada situação.
C5-1 - Extrato

b. Em princípio, quando um elemento de Engenharia é


atribuído em reforço a determinado escalão, cuja Engenharia orgânica é
do mesmo valor que o reforço recebido, o comandante da Engenharia é
o comandante da Engenharia orgânica, independentemente de
antigüidade hierárquica. Quando a Engenharia em reforço é de valor
superior à orgânica, cabe ao comandante do escalão reforçado decidir
quem deve ser o comandante de sua Engenharia.
c. Quando dois elementos de Engenharia de mesmo valor são
atribuídos em apoio a um mesmo elemento de manobra, deve ser
designado um comando de enquadramento sempre que possível. Se
não houver essa designação e se o escalão apoiado não possuir
Engenharia, o comandante da Engenharia é aquele que normalmente
realiza o apoio ao escalão considerado, independentemente da
antigüidade hierárquica. Assim, visa-se a aproveitar as vantagens dos
laços táticos já existentes e a manter a flexibilidade para futuros
empregos. As ordens, nesse caso, são dadas em nome do comando
superior de Engenharia.
d. Nos escalões que não dispõem de Engenharia orgânica, o
comandante da Engenharia em apoio direto ou em reforço é o assessor
do comando para os assuntos de Engenharia.

1-14. LIMITE AVANÇADO DE TRABALHO (LAT)


a. O LAT é uma linha que define, no sentido da profundidade, a
área em que a Engenharia de um determinado escalão presta apoio
suplementar por área à Engenharia do escalão subordinado.
Representa, no espaço, o limite até onde a Engenharia em apoio pode
receber missões que beneficiem a Engenharia do escalão apoiado (Fig
1-3).
b. O LAT fica situado à frente do limite de retaguarda do escalão
apoiado, podendo ser reajustado de acordo com a flutuação do
combate.
c. O LAT é representado graficamente em cartas e calcos por
uma linha cheia na cor preta, facilmente identificável no terreno
quando possível. Essa linha recebe a indicação “LAT/(sigla da OM de
Engenharia que o estabelece)” e o grupo data-hora da sua entrada em
vigor (Fig 1-3). Caso seja estabelecido mais de um LAT, o inicial e o(s)
subseqüente(s) devem ser numerados.
d. A localização do LAT dependerá, basicamente, das
disponibilidades da Engenharia que fornecerá o apoio e das
necessidades da Engenharia que receberá o apoio. Influem também:
(1) a localização dos trabalhos a serem realizados;
(2) o tipo de operação planejada;
(3) a manobra prevista;
(4) a existência de uma linha nítida no terreno que facilite a
definição da área e a coordenação dos trabalhos; quando isso não for
possível, uma linha de prancheta pode ser utilizada para a delimitação
desse apoio suplementar;
C5-1 - Extrato

(5) a situação tática, porque em áreas sujeitas às flutuações


do combate deve ser evitado o emprego do apoio suplementar por
área; e
(6) a finalidade do apoio, isto é, se este é prestado para
compensar uma insuficiência de meios de Engenharia do escalão
apoiado ou para liberar a Engenharia desse escalão de trabalhos à
retaguarda, a fim de poder lançar-se o mais à frente possível,
realizando um apoio cerrado aos elementos de primeiro escalão.

Fig 1-4. Um exemplo de Limite Avançado de Trabalho (LAT)


C5-1 - Extrato

INTENCIONALMENTE EM BRANCO
EXTRATO

EXTRATO
3.2.8.4 Situações ou Relações de Comando e Controle

3.2.8.4.1 As situações de comando e controle definem o relacionamento entre os


comandantes dos escalões superiores e subordinados. Elas estabelecem a cadeia de
comando, buscam a unidade de comando e a unidade de esforços a serem aplicadas e
atribuem flexibilidade ao emprego das forças subordinadas.

3.2.8.4.2 As situações de comando e controle são: adjudicação, comando operativo,


controle operativo e reforço. O grau de apoio que os comandantes têm sobre as forças
colocadas sob o seu comando é o que diferencia uma forma da outra.

3.2.8.4.3 Adjudicação

É uma situação de comando e controle por meio do qual o Ministro de Estado da


Defesa determina a transferência do comando ou do controle operativo de meios de
cada Força Armada para um Comando Conjunto, de acordo com as capacidades
levantadas durante o planejamento para as operações. Pode ocorrer, para atender a
uma necessidade operacional, com a transferência provisória de meios de uma Força
Componente, atuando de forma singular ou conjunta, para outra, ou para constituição
de uma Força-Tarefa durante as operações.

3.2.8.4.4 Comando Operativo

Situação de comando e controle quando é atribuída autoridade a um comandante para


estabelecer a composição das forças que lhe foram subordinadas, atribuir missões e
objetivos, além de orientar e coordenar as operações. Normalmente não inclui
autoridade quanto a assuntos de administração, à estrutura organizacional interna, à
instrução e ao adestramento das unidades, exceto se um comando subordinado
solicitar assistência nesses assuntos.

3.2.8.4.5 Controle Operativo

Situação de comando e controle quando é atribuída autoridade a um comandante para


empregar e controlar as forças recebidas em missões ou tarefas específicas e limitadas
no tempo e no espaço. Exclui a autoridade para empregar os componentes destas
forças separadamente e atribui autoridade para controlar outras forças que, embora
não lhe sejam subordinadas, operem ou transitem em sua área de responsabilidade. O
Comandante Conjunto exerce o controle operativo sobre as forças que lhe são
adjudicadas, podendo delegá-lo aos comandantes das forças componentes.

3.2.8.4.6 Reforço

Relação de comando e controle quando uma unidade ou elemento que passa


temporariamente à subordinação de uma organização militar de constituição fixa, a fim
de agregar capacidade específica. Caracteriza-se, também, como apoio a um escalão,
quando o comando que reforça não puder exercer sobre a mesma um controle
adequado, passando o elemento ao comando da unidade reforçada.
EXTRATO

MINISTÉRIO DA DEFESA EXÉRCITO BRASILEIRO


COMANDO DE OPERAÇÕES TERRESTRES
CENTRO DE DOUTRINA DO EXÉRCITO

Nota de Coordenação Doutrinária Nr 02/2016, de 31 de maio de 2016.


AS ESTRUTURAS DE ENGENHARIA NO TEATRO DE OPERAÇÕES

5 ORGANIZAÇÃO DA ENGENHARIA
5.1 Uma vez que a Engenharia exerce sua atividade sobre um fator sempre presente -
o terreno - deve haver, em cada escalão, uma Engenharia capaz de modificar as
condições do mesmo, de acordo com a manobra adotada.
5.2 A organização da Engenharia tem por base a centralização dos meios nos
escalões mais elevados, permitindo que os mesmos possam suprir as deficiências de
Engenharia dos escalões subordinados, em face das necessidades específicas de
cada situação e, ainda, atender ao apoio em profundidade, de modo a liberar os
escalões subordinados de encargos na retaguarda.
5.3 Uma ação coordenadora do escalão superior de engenharia sobre os escalões
subordinados se faz necessária e é realizada por meio dos canais técnicos de
engenharia.
5.4 O funcionamento adequado desses canais técnicos constitui-se em dos principais
fatores para a eficiência do apoio, permitindo que os escalões subordinados possam,
em tempo útil, articular seus meios, tomar as providências necessárias e receber apoio
adicional do escalão superior, quando for o caso.
5.5 A Engenharia é organizada no TO da seguinte forma: Engenharia do Comando
Logístico do Teatro de Operações (Eng/CLTO); Comando de Engenharia da Força
Terrestre Componente (CEFTC), no caso de emprego de duas DE; Engenharia
Divisionária (ED); e Engenharia de Brigada (E Bda).
5.6 Os escalões de Engenharia são constituídos pelos seguintes elementos de
emprego: pelotões de engenharia (Pel Eng), companhias de engenharia (Cia Eng),
batalhões de engenharia (Btl Eng) e grupamentos de engenharia (Gpt E), além das
tropas de engenharia especializadas.
5.7 As tropas de engenharia especializadas oferecem capacidades diferenciadas de
engenharia, em razão de possuírem pessoal e equipamentos específicos. Quando
possuem valor igual ou menor que subunidade, costumam ser chamadas
genericamente de “módulos especializados”.
(Nota de Coordenação Doutrinária Nr 02/2016 – C Dout Ex/COTER, de 31 MAI de 2016) - Extrato
5.8 São exemplos de módulos especializados: Companhia de Engenharia de
Camuflagem, Equipe de Mergulho, Grupo de Construção Horizontal, Turma de
Patrimônio Imobiliário, etc.
5.9 O anexo “A” apresenta os escalonamentos da Engenharia no TO e os
organogramas das estruturas básicas de Engenharia, segundo as situações de
emprego da FTC da Doutrina Militar Terrestre.

6 A ENGENHARIA NA ZONA DE ADMINISTRAÇÃO


6.1 Na Zona de Administração (ZA) encontra-se:
6.1.1 uma estrutura de Engenharia que integra o Comando Logístico do Teatro de
Operações (CLTO), denominada de Eng/CLTO, de forma a apoiar as atividades
daquele comando, particularmente no planejamento e execução de obras e de serviços
de Engenharia.
6.1.2 quando houver necessidade de se apoiar de forma mais cerrada a uma F Cte, a
Eng/CLTO poderá organizar, a partir dos seus meios, um Grupo-Tarefa Logístico de
Engenharia (GT Log Eng), que poderá enquadrar unidades de engenharia de combate,
construção, geoinformação, meio ambiente, patrimônio imobiliário e outros.
6.2 A Eng/CLTO será constituída conforme as necessidades de trabalhos técnicos e
atividades logísticas de Engenharia. O valor e a natureza da tropa dependem mais das
características, da magnitude e das necessidades de desenvolvimento da infraestrutura
do ambiente operacional do que das forças a serem apoiadas.
6.3 Na ZA, prioriza-se a exploração dos recursos mobilizados e contratados. Em
consequência, é normal a existência de empresas civis especializadas e enquadradas
pela estrutura militar.
6.4 As atividades de engenharia executadas com maior frequência na ZA são as de
apoio geral de engenharia, englobando os trabalhos de estradas, pontes, instalações,
geoinformação, manutenção e suprimento, que exigem grande capacidade técnica e
meios especializados nesse escalão.
6.5 Considerando o grande volume e complexidade de tarefas na ZA, é conveniente
que as forças de Engenharia integrantes da Eng/CLTO sejam enquadradas por
Grupamento(s) de Engenharia, possuindo particularmente estruturas de Engenharia de
Construção, de Meio Ambiente e de Patrimônio Imobiliário, entre outras que se fizerem
necessárias.

7 A ENGENHARIA NA ZONA DE COMBATE


7.1 Na Zona de Combate (ZC) encontram-se:
7.1.1 Estruturas de Engenharia da Força Terrestre Componente (FTC) e de
Divisão(ões) de Exército (DE), com meios para atender às necessidades próprias
(Nota de Coordenação Doutrinária Nr 02/2016 – C Dout Ex/COTER, de 31 MAI de 2016) - Extrato
dessas estruturas e aumentar o apoio aos escalões subordinados, inclusive assumindo
encargos nas áreas de retaguarda destes, de modo a liberar suas engenharias para o
apoio cerrado aos elementos de combate;
7.1.2 A Engenharia orgânica das Brigadas, com meios para atender às necessidades
mínimas e imediatas do escalão e mais diretamente ligadas ao combate.
7.2 A Engenharia da FTC
7.2.1 A FTC constitui o comando essencial para o emprego da engenharia por ser
encarregado de traduzir os aspectos da manobra do nível operacional para o nível
tático. Tem, assim, uma visão ampla do terreno e da situação para poder julgar as
necessidades gerais em apoio e em trabalhos, conceber o esquema geral de apoio de
engenharia e exercer, efetivamente, uma coordenação dos escalões subordinados.
7.2.2 O apoio de engenharia a uma FTC abrange uma diversidade de trabalhos em
apoio adicional à mobilidade e à contramobilidade dos elementos de primeiro escalão.
Abrange, também, o apoio à proteção de tropas e instalações e o apoio geral de
engenharia em toda a sua área de atuação.
7.2.3 Uma FTC é estruturada para atender a um planejamento operacional específico,
não possuindo, portanto, uma organização fixa. A Doutrina Militar Terrestre admite,
para fim de planejamento, diversos tipos de FTC, cujos apoios de Engenharia serão
organizados de acordo com as constituições destas.
7.2.4 O apoio de Engenharia a uma FTC é coordenado por uma estrutura denominada
de Comando de Engenharia da FTC (CEFTC), a qual possui, como principais
elementos operativos, os grupamentos de engenharia (Gpt E) ou batalhões de
engenharia (Btl Eng).
7.2.5 A organização e os organogramas dos diversos tipos de CEFTC são
apresentados no Anexo “A”.
7.3 O Grupamento de Engenharia
7.3.1 O Gpt E controla, coordena e supervisiona as tarefas de engenharia executadas
pelos batalhões e módulos especializados subordinados, sendo a estrutura natural para
enquadrar U e SU de Engenharia.
7.3.2 Basicamente, o Gpt E é composto pelo Cmdo, EM, pela Cia C Ap e por U e SU
de Engenharia. Possui capacidade de enquadrar até cinco batalhões. Considera-se,
para fim de planejamento, que cinco módulos especializados equivalem a uma U.
7.4 A Engenharia Divisionária
7.4.1 As ações que se desenrolam no escalão DE são de natureza nitidamente tática
e, em consequência, sua engenharia opera em um ambiente no qual o combate é o
elemento preponderante.

(Nota de Coordenação Doutrinária Nr 02/2016 – C Dout Ex/COTER, de 31 MAI de 2016) - Extrato


7.4.2 O apoio de Engenharia a uma DE é prestado por uma estrutura denominada
Engenharia Divisionária (ED).
7.4.3 Em função da missão da DE apoiada e da(s) hipótese(s) de conflito planejada(s),
a ED pode ser organizada com constituição variável, desde um BE Cmb até um Gpt E,
além dos módulos de engenharia especializados e dos reforços que forem necessários.
7.4.4 A ED apoia, basicamente, a mobilidade e a contramobilidade dos elementos de
manobra da divisão. Realiza, também, o apoio à proteção de tropas e instalações
e o apoio geral de engenharia em toda a zona de ação divisionária, suplementando o
apoio prestado pelas E Bda.
7.4.5 O escalonamento da ED é apresentado no anexo A.
7.5 A Engenharia de Brigada (E Bda)
7.5.1 A E Bda constitui o escalão de engenharia mais avançado na ZC. Nele, as
necessidades de apoio dos elementos de combate são sentidas com mais intensidade,
o que exige o posicionamento dos meios o mais à frente possível.
7.5.2 Dentro da característica de apoio em profundidade, a E Bda é organizada com
meios para atender às necessidades mínimas e mais imediatas da frente de combate,
e realiza trabalhos sumários e rápidos. Assim, quando ocorre uma deficiência de
meios em pessoal ou material, a E Bda depende do apoio do escalão superior de
engenharia para suplementá-la e/ou reforçá-la.
7.5.3 A Engenharia de Brigada é composta, basicamente, por:
7.5.3.1 Um BE Cmb orgânico, nas Brigadas Blindadas (Bda Bld) e de Infantaria
Mecanizada (Bda Inf Mec). Neste caso, o BE Cmb possuirá duas Cia E Cmb, a quatro
Pel E Cmb, cada uma.
7.5.3.2 Uma Cia E Cmb orgânica, nas demais brigadas. Neste caso, a Cia possuirá
três Pel E Cmb.
7.5.3.3 A natureza das unidades de Engenharia de Combate de Brigada será a mesma
da brigada apoiada.

8 GERAÇÃO DE FORÇAS
8.4 A adjudicação de meios é de fundamental importância para o processo de
geração de forças. Normalmente as Eng Bda orgânicas das GU seguem o previsto
para a respectiva Bda. Já os Gpt E, existentes desde o tempo de normalidade,
possuem estruturas importantes a considerar na adjudicação de meios, quer seja para
a realização de trabalhos na ZI (particularmente para as Op Eng, Obras Militares, Meio
Ambiente e Patrimônio); quer seja na organização ou mesmo na evolução de sua
estrutura para as seguintes forças: Eng/CLTO, CEFTC e ED.

(Nota de Coordenação Doutrinária Nr 02/2016 – C Dout Ex/COTER, de 31 MAI de 2016) - Extrato


ANEXO A - ORGANIZAÇÃO DA ENGENHARIA NO TO E ORGANOGRAMAS DAS
ESTRUTURAS BÁSICAS DE ENGENHARIA, SEGUNDO AS SITUAÇÕES DE
EMPREGO DA FTC

1 FTC organizada com mais de um G Cmdo operativo (1º caso)


1.1 Escalonamento

Figura 1 - Exemplo de Organização da Engenharia em FTC com mais de um G Cmdo operativo


1.2 Organograma do CEFTC

CEFTC

EM
(1)

Gpt E Módulos
Cia C Ap Cia Geoinformação Especializados (3)
(2)

Legenda:
(1) Possui Centro de Operações de Engenharia e poderá incluir estrutura de Meio
Ambiente e Patrimônio Imobiliário
(2) Possui Nr variável de Gpt E (no mínimo 1), que enquadram Btl Eng e os Módulos
Especializados
(3) Nr variável de Módulos Especializados
Figura 2 - Exemplo de organograma da CEFTC de FTC organizada com mais de um G Cmdo operativo

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1.3 Organograma de um Gpt E

Gpt E

EM

Btl Eng Módulos


Cia C Ap (1) Especializados (2)

Legenda:

(1) Possui capacidade de enquadrar de dois a cinco Btl Eng (Cmb ou Cnst). Considera-
se, para fim de planejamento, que cinco módulos especializados equivalem a um Btl
Eng
(2) Nr variável de Módulos Especializados
Figura 3 - Organograma de um Grupamento de Engenharia

2 FTC organizada com mais de uma GU operativa (2º caso)


2.1 Organização

(ED)

Figura 5 - Exemplo de Organização da Engenharia EM FTC com mais de um GU operativa

(Nota de Coordenação Doutrinária Nr 02/2016 – C Dout Ex/COTER, de 31 MAI de 2016) - Extrato


2.2 Organograma do CEFTC (ED)

CEFTC
ED

EM
(1)

Módulos
Btl Eng Cia Geoinformação Especializados
Cia C Ap (2) (3)

Legenda:

(1) Possui Centro de Operações de Engenharia e poderá incluir estrutura de Meio


Ambiente e Patrimônio Imobiliário
(2) Normalmente, dois Btl Eng (Cmb ou Cnst), podendo chegar a
cinco (3)Nr variável de Módulos Especializados
Figura 6 - Exemplo de organograma da CEFTC de FTC organizada com mais de uma GU operativa

3 FTC é organizada com uma GU operativa (3º caso)

Neste caso, o CEFTC (E Bda) será constituído pela Unidade ou Subunidade


orgânica da GU, podendo receber meios adicionais.

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