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Contribuição da alimentação infantil escolar

Barbara Karoana Bezerra Conceição


Carla Torres Rosal
Luana Martins Reis
Roseana dos Santos Silva

RESUMO
Nos polos de educação necessita de muitos cuidados, pois e um período em que a
criança começa a descobrir novos hábitos alimentares, e em muitas escolas tem
preparado uma alimentação inapropriada para crianças em âmbito escolar,
causando fraqueza no sistema imunológico ou até doenças futuras. O alimento pode
ser inserido nos possessos educativos, não apenas em disciplinas relacionadas,
mas em todas as áreas de conhecimento, estimulando uma alimentação mais
saudável no cotidiano da criança, fazendo com que a escola se torne privilegiada de
certa forma implementando ações que promovam o desempenho fundamental para
alimentação dos alunos.

Palavras-Chave: Alimentos. Educação. Hábito.

ABSTRACT
In the education poles need many cares, since and a period in which the child begins
to discover new food habits, and in many schools it has been preparing a food
inappropriate for children in school extent, causing weakness in the system
immunologic or up to future diseases. The food can be inserted when we had been
educative, you do not punish in connected disciplines, but in all the knowledge areas,
stimulating a healthier food in the daily life of the child, doing so that the school
becomes privileged in certain form implementing actions that promote the basic
performance for food of the pupils.

Key words: Foods. Education. Habit.

Zilmar Timóteo Soares


Mestre Doutor em Educação
E-mail: Zilmarsoares@bol.com.br
1. INTRODUÇÃO

Desde a infância, a criança já tem suas preferências alimentares, cabendo à


família e à escola incentivarem que estes sejam os mais saudáveis possíveis, pois
quando a criança sai do seu lar e começa a frequentar ambientes diferentes como
escola, creches, ela sofre uma intensa influência de diversas formas, pois o convívio
com muitas pessoas diferentes tende a levar os pequeninos a imitarem os
comportamentos dos outros, tanto na questão social como na alimentar, e isto pode
trazer consequências tanto positivas como negativas.
Embora a alimentação e nutrição adequadas se configurem como direitos
fundamentais da pessoa humana e requisitos básicos para a promoção e proteção
da saúde, infelizmente ainda são pouco garantidos em nosso país.
A alimentação infantil sofre forte influência do sistema familiar, considerando a
família como o primeiro núcleo de integração social da criança. Assim, a adequação
da alimentação nos primeiros anos de vida depende do padrão e da disponibilidade
alimentar da família. Mais adiante, a influência de outros grupos sociais como,
creche, clubes, escolas, e da publicidade na área de alimentos, se apresentam de
forma mais intensa.

CONSEA (2004), afirma que:

A alimentação e nutrição adequadas constituem direitos fundamentais


do ser humano. São condições básicas para que se alcance um
desenvolvimento físico, emocional e intelectual satisfatório, fator
determinante para a qualidade de vida e o exercício da cidadania. Se
for verdade que, muitas vezes, a falta de recursos financeiros é o
maior obstáculo a uma alimentação correta, também é fato que ações
de orientação e educativas têm um papel importante no combate a
males como a desnutrição e a obesidade. Ao chamar a atenção de
crianças e adolescentes para os benefícios de uma alimentação
equilibrada, a escola dá a sua contribuição para tornar mais saudável
a comunidade em que se insere. (CONSEA, p. 81).

Zilmar Timóteo Soares


Mestre Doutor em Educação
E-mail: Zilmarsoares@bol.com.br
Quando a criança sai do seu lar e começa a frequentar ambientes diferentes
como escola, ela sofre uma intensa influência de diversas formas, pois o contato
com tantas pessoas diferentes tende a levar os pequeninos a imitarem os
comportamentos dos outros, tanto na questão social como na alimentar, e isto pode
trazer consequências tanto positivas como negativas.
A questão emocional da alimentação também é apontada por Sant’Anna
(2003), em estudo enfocando o que ela chama de espetáculo contemporâneo da
alimentação.
Espaço de todos os medos e, também de todos os prazeres.
Lugar de grandes compensações. A comida abriga hoje muitos
amores e obsessões, mas também rancores e ódios inesgotáveis. Ela
tanto divide e isola opiniões ou grupos, como ela pode reintegrar
socialmente pessoas e povos (p. 51).

A alimentação não é um ato solitário, mas sim uma atividade social,


envolvendo várias pessoas desde a produção de alimentos, passando pelo seu
preparo e culminando no próprio ato de comer, ocasião para criar e manter formas
ricas de sociabilidade. A dimensão afetiva da alimentação engloba a relação com o
outro e está presente, por exemplo, nas refeições familiares, nos momentos de
encontro, de troca de informações, de convívio. O aspecto estético da alimentação é
outro fator importante observado na exposição da comida à mesa, na riqueza de
formas, cores e odores (ROMANELLI, 2006).
O tradicionalmente conhecido programa de merenda escolar, atualmente
denominado, Programa Nacional de Alimentação Escolar PNAE foi implantado, em
seus primórdios, em 1955, durante a era Vargas, tendo como objetivo garantir o
fornecimento de parte das necessidades nutricionais diárias do escolar, obedecendo
aos princípios da boa alimentação. Constituindo a primeira política pública
relacionada à alimentação do escolar e se mantém até os dias atuais. Além do
caráter assistencial, constitui uma iniciativa de educação alimentar que envolve
vários atores da comunidade escolar, desde o sujeito principal- a criança, até
merendeiras, professores, gestores e família.

Zilmar Timóteo Soares


Mestre Doutor em Educação
E-mail: Zilmarsoares@bol.com.br
“O atual cenário da educação pública brasileira é complexo e requer cada vez
mais de toda a brasileira participação social e compromisso com o bem maior
de uma nação: a educação de seu povo. Entre os principais desafios do
FNDE estão à eficiência na gestão dos recursos, a transparência, a execução
dos programas institucionais e compras governamentais, parcerias
estratégicas, fortalecimento institucional, além da busca permanente de
construção da cidadania, por meio dos conselhos de controle social. Nessa
perspectiva, esta Cartilha para Conselheiros de Alimentação Escolar
elaborada pela equipe do PNAE, em parceria com Promotores e
Procuradores de Justiça, corrobora a preocupação desta Autarquia com o
caráter autônomo e independente que deve conduzir a atuação de todos os
conselhos de alimentação escolar do país. ( CARTILHA NACIONAL DA
ALIMENTAÇÃO ESCOLAR, p. 3)”

Este órgão objetivou discutir os métodos, técnicas e práticas de educação


alimentar e nutricional atuais com objetivo em estratégia de promoção da
alimentação saudável no contexto do Direito Humano à Alimentação Adequada;
apresentar experiências de projetos de educação nutricional e alimentar em
diferentes setores; buscar o fortalecimento e o crescimento das discussões, e aná-
lises relativas à educação nutricional e alimentar em diferentes contextos, com vistas
ao aprimoramento das atividades do Programa Nacional de Alimentação e Nutrição
Escolar (PNAE)
Do ponto de vista teórico-metodológico, a educação alimentar está
direcionada nos documentos para assumir uma perspectiva da educação popular,
com ênfase na dialogo e na autonomia do sujeito.
Nesta direção, ainda combina-se algumas contribuições da pedagogia
construtivista. Assim, os discursos recorrem ao enfoque da problematização
relacionados aos métodos tradicionais baseados nas técnicas expostas, a fim de
promover uma prática reflexiva dos sujeitos sobre si e sobre as questões pertinentes
às suas práticas alimentares.
E necessário ressaltar que a alimentação escolar desempenha um papel
fundamental para o desenvolvimento nutricional do aluno. Dessa forma o Programa
Nacional de Alimentação e Nutrição Escolar (PNAE), pode ser considerado uma
importante garantia em relação à segurança alimentar educacional no brasil.
Zilmar Timóteo Soares
Mestre Doutor em Educação
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2. O ACOMPANHAMENTO ESCOLAR NA ALIMENTAÇÃO

Na escola, onde crianças e jovens passam grande parte de seu dia, as ações
de orientação de promoção da saúde constituem importante meio de informação. A
escola, local onde vivem, aprende e trabalha muitas pessoas, é um espaço no qual
os programas de educação e saúde podem ter grande repercussão, atingindo os
estudantes nas etapas influenciáveis de sua vida, quais sejam, a infância e
adolescência (BRASIL, 2002). É também na escola que muitos alunos fazem suas
refeições, realizando escolhas que revelam suas preferências e hábitos alimentares.
As práticas de educação alimentar desenvolvidas no âmbito escolar, no
campo da nutrição ou na atenção a grupos específicos se concebem em um
complexo contexto da atenção voltada à saúde dos alunos. Atualmente, busca-se a
organização de serviços e práticas voltadas para a atenção primária à saúde com
ênfase nas políticas de reestruturação da atenção básica no âmbito do Sistema
Único de Saúde. Os novos cenários da atenção à saúde, tendo a Estratégia da
Saúde da Família como expoente destas políticas, certamente impacta na prática
clinico nutricional.
A educação nutricional pode promover o desenvolvimento da capacidade de
compreender práticas e comportamentos, e os conhecimentos ou as aptidões
resultantes desse processo contribuem para a integração do adolescente com o
meio social, proporcionando ao indivíduo condições para a tomada de decisões e
resoluções de problemas mediante fatos percebidos (RODRIGUES; BOOG, 2006).
Considerando a realidade atual das escolas, a opção por planejar cardápios a
partir da análise dos alimentos, parece vantajosa, naturalmente adotando-se os
valores de recomendação como balizadores para a indicação de porções, e
frequência de grupos para cada um dos alimentos relevantes à nutrição na infância e
adolescência. Planejando-se esses alimentos de modo que a média de ingestão
habitual supere os valores de recomendação.
Essa proposta contorna os problemas com possíveis erros que subestimem
ou superestimem o planejamento quantitativo de nutrientes quando o conhecimento
das variáveis citadas acima não está disponível. Ainda assim, será preciso uma
Zilmar Timóteo Soares
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estimativa do volume de consumo e da taxa de cobertura, para que esse modelo de
referência com base em alimentos que podem ser substituídos por similares
regionais, e não em nutrientes, seja concebido. O papel da escola vem se tornando
cada vez mais importante na formação de hábitos saudáveis. Nesse ambiente, deve
haver espaço para educadores e alunos discutirem questões sobre alimentação e
saúde.

Na concepção de Ochsenhofer et al. (2006), a escola deve ser o melhor


espaço de oportunidades para prevenir a má-nutrição por uma série de motivos,
dentre os quais a possibilidade de, nesse ambiente, ser viável o trabalho relativo à
educação nutricional e alimentar e pela possibilidade de a criança e do adolescente
se tornarem agentes de mudanças na família.
Os “Dez Passos para a Promoção da Alimentação Saudável nas Escolas” foi
elaborada com o objetivo de propiciar a adesão da comunidade escolar a hábitos
alimentares saudáveis e atitudes de cuidado e promoção da saúde. Consistem num
conjunto de estratégias que devem ser implementadas de maneira complementarem
entre si, sem necessidade de seguir uma ordem, permitindo a formulação de
ações/atividades de acordo com a realidade de cada local.

1º passo: A escola deve definir estratégias, em conjunto com a comunidade


escolar, para favorecer escolhas saudáveis.
2º passo: Reforçar a abordagem da promoção da saúde e da alimentação
saudável nas atividades curriculares da escola.
3° Passo: Desenvolver estratégias de informação às famílias dos alunos
para a promoção da alimentação saudável no ambiente escolar,
enfatizando sua responsabilidade e a importância de sua participação neste
processo.
4° Passo: Sensibilizar e capacitar os profissionais envolvidos com
alimentação na escola para produzir e oferecer alimentos mais saudáveis,
adequando os locais de produção e fornecimento de refeições às boas
práticas para serviços de alimentação e garantindo a oferta de água
potável.
5° Passo: Restringir a oferta, a promoção comercial e a venda de alimentos
ricos em gorduras, açúcares e sal.
6° Passo: Desenvolver opções de alimentos e refeições saudáveis na escola.

Zilmar Timóteo Soares


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7° Passo: Aumentar a oferta e promover o consumo de frutas, legumes e
verduras, com ênfase nos alimentos regionais.
8º Passo: Auxiliar os serviços de alimentação da escola na divulgação de
opções saudáveis por meio de estratégias que estimulem essas escolhas.
9° Passo: Divulgar a experiência da alimentação saudável para outras
escolas, trocando informações e vivências.
10° Passo: Desenvolver um programa contínuo de promoção de hábitos
alimentares saudáveis, considerando o monitoramento do estado
nutricional dos escolares, com ênfase em ações de diagnóstico, prevenção
e controle dos distúrbios nutricionais (BRASIL, 2006).

A existência de legislação e regulamentos oficiais, não garante sua aplicação


nas diferentes realidades das escolas no Brasil, nem para que as diretrizes se
transformem em práticas educacionais efetivas.
Bizzo e Leder (2005) ressaltam que os programas de saúde escolar brasileiro
ainda representam uma prática assistencialista e subdividida em ações isoladas que
na maioria das vezes se resume apenas ao serviço de alimentação da merenda
escolar.
Novos Projetos de Leis têm sido propostos visando à proibição da
comercialização de determinados alimentos dentro das escolas, e outros visam à
implementação efetiva da educação alimentar e nutricional como parte do projeto
pedagógico das escolas de ensino fundamental e médio .

Zilmar Timóteo Soares


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3. PROCEDIMENTOS METODOLÓGICOS DA PESQUISA

3.1 LOCAL DA PESQUISA


A pesquisa foi elaborada através de fontes de artigos e sites confiáveis para
uma boa orientação funcional em relação à nutrição escolar da criança.

3.2 TIPO DE PESQUISA


Esta pesquisa teve caráter classificada Bibliográfica, que é a atividade de
localização e consulta de fontes diversas de informações, para coletar dados gerais
ou específicos relacionados ao tema. Neste caso, foram tratadas as informações
coletadas em bibliografia e artigos já prontos, para obtenção do conhecimento do
mesmo para um esclarecimento dos fatos ocorridos. A pesquisa bibliográfica parte
do problema relatado a partir das referências teóricas científicas publicadas em
documentos, nesse método de pesquisa busca estudar, analisar e solucionar teorias
científicas do determinado assunto proposto.

4. CONCIDERAÇÕES FINAIS
Através desta pesquisa foram analisados problemas futuros em relação a
nutrição da criança, dentro ou fora do ambiente escolar, sobre os hábitos
alimentares que são desenvolvidos ao longo dos anos, e que se adapta de uma
pessoa para outra, no convívio social da criança, que podem gerar uma doença
futura na saúde do mesmo. Ao logo do estudo proposto deu para perceber que as
escolas publicas como particulares, tem se preocupado grandemente com esta
questão da saúde do seu aluno dentro e fora do ambiente escolar, mantendo um
acompanhamento nutricional da alimentação a ser prestadas para os alunos, e no
desenvolvimentos de palestras e ações sociais relacionadas a saúde alimentar,
proporcionando uma interação do aluno em relação a sua saúde alimentar.

Zilmar Timóteo Soares


Mestre Doutor em Educação
E-mail: Zilmarsoares@bol.com.br
REFERÊNCIAS
ELIZABETH ACCIOLY, “A escola como promotora da alimentação saudável”,
Instituto de Nutrição Josué de Castro - UFRJ eaccioly@nutricao.ufrj.br
MINISTÉRIO DA EDUCAÇÃO/FNDE. Resolução FNDE n. 32. Estabelece normas
para a execução do Programa Nacional de Alimentação Escolar, 10/08/2006.
MINISTÉRIO DA SAÚDE. Guia alimentar para a população brasileira. 2004.
LUANA FRANCIELI DA CUNHA, 2014 “A IMPORTÂNCIA DE UMA ALIMENTAÇÃO
ADEQUADA NA EDUCAÇÃO INFANTIL”.
BRASIL. Ministério Da Saúde E Ministério Da Educação. Portaria Interministerial.
MS/MEC n. 1010 de 08/05/2006. Institui as diretrizes para a Promoção da
Alimentação Saudável nas Escolas de educação infantil, fundamental e nível médio
das redes públicas e privadas, em âmbito nacional. Disponível em:
http://dtr2001.saude.gov.br/sas/PORTARIAS/Port2006/GM/GM-1010.htm.
“Consumo alimentar e adequação nutricional em crianças brasileiras: revisão
sistemática” Carolina Abreu de Carvalho, Poliana Cristina de Almeida Fonsêca,
Silvia Eloiza Priore, Sylvia do Carmo Castro Franceschini e Juliana Farias de Novaes
∗ Universidade Federal de Vic¸osa (UFV), Vic¸osa, MG, Brasil, 2015.

Zilmar Timóteo Soares


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