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O SEU CONJUNTO DE CRENÇAS É REGIDO PELA DUALIDADE

Você depende de crer para funcionar como humano.


Quando eu falo “crenças” eu me refiro às coisas que você acredita.
É a crença com base na dualidade, que você adota para constituir a sua personalidade, as
regras e parâmetros da sua vida, o seu caráter e a sua índole.
Se você crê que está vivo, você cria a morte.
Se você crê que é masculino, você diferencia o feminino.
Se você crê que é inteligente, você cria o “burro” (ausente de inteligência) ou o “ignorante”
(ausente de conhecimento).
Se você crê que é esperto, você cria o ingênuo ou o otário.
Se você crê na caridade, você cria e mantém a miséria.
Se você crê que há o certo, você cria o errado.
Se você crê no bem, você cria o mal.
Se você crê que algo é bom, você favorece que algo seja ruim.
Se você crê na alegria, você cria a tristeza.
Se você crê na beleza, você cria a feiura.
Se você crê que algo é melhor, você também cria que há algo pior.
Se você crê que há ricos, você crê que há pobres.
Se você crê que há honestidade, você cria a corrupção.
Se você crê que pode haver uma igualdade, é porque a desigualdade está dentro de você.
Se você crê que há e fala de racismo, você dissemina o racismo.
Se você crê e fala de homofobia, você cria homofóbicos por crer e falar. E não percebe
que o sentido de homofobia está dentro de você quando você crê. Homofóbico é aquele
que tem a homofobia dentro de si, de uma maneira ou de outra.
A polícia só existe porque há criminosos. E quem cria os criminosos? Os honestos.
A justiça só existe porque há injustiças. E quem cria os injustos? Os justos.
As leis só existem porque há incivilizados. E quem cria as leis? Os civilizados que criaram
os incivilizados.
As autoridades (aplicadores das leis) só existem porque há necessidades de leis. E quem
são as autoridades? Incivilizados e civilizados.
Se você crê em amor, você cria o ódio.
Você crê na paz. Você cria a guerra. E se você pede paz, está claro que você não a tem.
Se você crê que há espiritualidade, você cria o ceticismo.
Se você crê em deus, você pode ter certeza que o diabo não é o oposto. O diabo é uma
criação do indivíduo que inventou o personagem chamado “deus”. Da mesma forma que o
indivíduo inventou um “deus”, ele criou toda a dualidade que constrói o seu conjunto de
crenças.
O ateísmo está como oposto do teísmo, porém, a condição dos indivíduos opostos é a
mesma: a condição de ignorantes.
Se você pensa que deus faz milagres, saiba, que antes, foi ele quem “inventou” as
doenças, tragédias e problemas para te iludir com o “milagre”.
Não existe um deus, mas sim, existe um personagem criado por um indivíduo.
Lembre-se: tudo que você crê, você cria em sua “realidade”, e não importa que tipo de
“realidade” seja.
Se você crê que a dor existe, você criou a dor para si, qualquer uma.
As coisas que você acredita (conjunto de crenças), te levam a criar e viver, literalmente, as
suas crenças.
Quando você trata uma doença, você crê, cria e mantém a doença.
Quando você trata de um doente ou aplica um tratamento ou terapia, você mantém o
doente, você mantém a necessidade, a doença ou o “problema” do paciente. E, veja, você
está inserido completamente na dualidade. Em lucidez, não é possível se envolver, de
alguma forma, com a dualidade.
Onde há dualidade, há crenças com base em escolhas.
Para a dualidade não há um oposto. Ao contrário do que muitos pensam, a unidade NÃO é
o oposto da dualidade.
A dualidade é uma invenção para criar um conjunto de crenças com base nos extremos
opostos.
A unidade é um estado de ser que independe de uma posição ou escolha.
A sua vida, que é uma ilusão, ela é regida pelo seu conjunto de crenças. Toda e qualquer
crença é oriunda da dualidade, portanto, você continua invertido e iludido somente se você
quiser, pois os motivos estão claros e evidentes aqui nestas linhas.
Agora, cabe somente a você, constatar e se libertar.
O meu trabalho descortina as ilusões.
O meu trabalho desnuda as hipocrisias.
O meu trabalho expõe os bastidores do teatro.
O meu trabalho, se você quiser, pode ser a sua ferramenta de liberdade e autonomia. Mas
só se você quiser.
O meu nome é Anthonio Magalhães e posso afirmar, mesmo dentro desta prisão: “eu crio
o meu céu nesta Terra.”

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