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LIMITES E POSSIBILIDADES
Educ. Soc., Campinas, v. 36, nº. 131, p. 361-390, abr.-jun., 2015 361
Expansão da educação superior no Brasil
Introdução
A
pesar do aumento significativo de Instituições de Ensino Superior (IES)
e de matrículas ocorrido a partir dos anos de 1990, a taxa de escolari-
zação líquida da população brasileira de 18 a 24 anos continua muito
baixa: 14,4%, segundo o Censo da Educação Superior de 2010. Além disso, 74%
de todas as matrículas de graduação estão no setor privado, respondendo o setor
público por apenas 26%. (INEP, 2010)
Iniciativas como o Programa Universidade para Todos (ProUni), o
Programa de Financiamento Estudantil (Fies), o Programa de Apoio a Planos de
Reestruturação e Expansão das Universidades Federais (Reuni), o aumento da
oferta de cursos superiores a distância e as políticas de cotas vêm exercendo papel
importante, porém limitado na redistribuição de oportunidades.
O objetivo principal deste estudo é o de contribuir para o debate acer-
ca da expansão da educação superior brasileira, tendo como mote analítico as
políticas de inclusão implementadas nas últimas décadas. Diante deste quadro,
um importante desafio será brevemente analisado neste artigo: a melhoria da
qualidade da Educação Básica pública e suas repercussões na Educação Superior.
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Tabela 1
Matrículas em cursos de graduação (presenciais e a distância) –
2001 a 2010
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Tabela 2
Distribuição e participação percentual de matrículas em cursos de
graduação presenciais por Região Geográfica – 2001 e 2010
Nota:
(1) IBGE. Pnad 2001; (2) IBGE. Censo Demográfico 2010.
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Tabela 3
Evolução do número de matrículas dos dez maiores cursos em núme-
ro de matrículas, segundo a Classificação de Cursos – 2005 a 2009
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Gráfico 1
Evolução da participação de matrículas dos cursos presenciais por
Turno e Categoria Administrativa – 2000 a 2010
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Tabela 4
Número de concluintes do Ensino Médio e de vagas ofertadas no
Ensino Superior – 2001 a 2010
Fontes: Elaboração própria a partir dos Censos da Educação Superior (INEP, 2001-2010).
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Tabela 5
Comparação entre o total de vagas oferecidas e ociosas – 2001 a 2010
Fontes: Elaboração própria a partir dos Censos da Educação Superior (INEP, 2001-2010).
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ociosas. Em muitos casos, o que acontece é que cerca de 30% dessas vagas é uma
espécie de reserva técnica [...].” (HARNIK, 2009, p. 01)
Tabela 6
Número de vagas ociosas em graduação presencial por Categoria
Administrativa – 2001 a 2010
Fontes: Elaboração própria a partir dos Censos da Educação Superior (INEP, 2001-2010).
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Gráfico 2
Bolsas do ProUni ofertadas por ano – Brasil, 2005 a 2011
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federais, não por ampliar o número de vagas nas universidades, mas por prever
a elevação da taxa de conclusão média para noventa por cento e o aumento da
relação aluno-professor na graduação (18 por 1).
Gráfico 3
A expansão da Rede Federal de Educação Superior –
Brasil – 2003 a 2010
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Aberta do Brasil (UAB), por meio de parceria entre instituições formadoras (IFES,
CEFETs e IES Estaduais) e sistemas de ensino estaduais e municipais, vem cres-
cendo a oferta de educação superior pública em diferentes regiões e municípios do
país. A UAB foi instituída pelo Decreto nº 5.800, de 08 de junho de 2006, com
o intuito de oferecer cursos para camadas da população que têm dificuldades de
acesso à formação universitária, através da modalidade da Educação a Distância
(EaD). (BRASIL, 2006)
Há duas formas de ingresso no âmbito desse sistema: a primeira ocor-
re através do Plano Nacional de Formação de Professores de Educação Básica;
a segunda se dá por meio da oferta destinada à demanda social. Nesse caso, as
vagas são abertas a qualquer candidato que atenda aos pré-requisitos do curso e
tenha sido aprovado em processo seletivo organizado pela instituição de ensino
ofertante. Para o MEC (2011e), esta iniciativa contribui para a requalificação do
professor em outras disciplinas, bem como minimiza a concentração de oferta
de cursos de graduação nos grandes centros urbanos, evitando, assim, o fluxo
migratório para as grandes cidades.
Gráfico 4
Percentuais de matrículas a distância por Grau Acadêmico – 2010
Nota:
* A categoria ‘não aplicável’ corresponde a Área Básica de Curso.
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Haddad (UOL, 2011b), “[...] o EaD só não cresce mais em função do MEC. Não
queremos que aconteça com a EaD aquilo que aconteceu nos anos 1990 com a
educação presencial – crescer descontrolado e com qualidade inferior [...]”. Os
percentuais representativos desses dados estão expostos no Gráfico 4.
Em relação a 2010, o Censo da Educação Superior 2011 (INEP, 2011)
apontou que o crescimento observado nas matrículas a distância equivale a 12%
para o grau tecnológico (de 235.765 para 263.970), 11,6% para o bacharelado
(de 268.173 para 299.408) e 0,8% para a licenciatura (de 426.241 para 429.549).
D) As políticas de cotas
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criminação, segundo esta autora, ocorre quando nós somos tratados como iguais,
em situações diferentes, e de modo diferente, em situações iguais.
Sobre a situação de desigualdade social e de oportunidades em que se
encontram várias camadas da população de nosso país, há consenso de que ela
ainda está longe de ser revertida. Esta afirmação pode ser comprovada nas estatís-
ticas de acesso à educação e ao emprego, de renda, de acesso aos bens e serviços,
e, também, no senso comum e na simples observação do dia a dia. O resultado de
um estudo feito pelo Inep, a pedido do grupo UOL (CAPUCHINHO, 2013),
com as informações dos alunos que fizeram o Exame Nacional de Desempenho de
Estudantes (Enade) aponta que os autodeclarados negros ainda são minoria entre
os concluintes do Ensino Superior (Tabela 7).
Tabela 7
Percentual de pretos e pardos entre concluintes do Enade –
2009 e 2010
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a reserva de 50% das vagas para estudantes que tenham cursado todo o ensino
médio em escolas da rede pública, mas estas vagas serão subdivididas — metade
será destinada para estudantes com renda familiar bruta igual ou inferior a um
salário mínimo e meio per capita e metade para estudantes com renda familiar
superior a um salário mínimo e meio. Em ambos os casos, também será levado em
conta percentual mínimo correspondente ao da soma de pretos, pardos e indíge-
nas no estado, de acordo com o último censo demográfico do Instituto Brasileiro
de Geografia e Estatística (IBGE). (BRASIL, 2012)
As universidades e institutos federais terão quatro anos para implantar
progressivamente o percentual de reserva de vagas estabelecido pela lei, mesmo
aquelas que já adotam algum tipo de política afirmativa na seleção de estudan-
tes. Portanto, o número de vagas reservadas deve crescer anualmente até 2016,
a critério de cada instituição. Vale ressaltar também que, assim como já ocorre
no ProUni e no Sistema de Seleção Unificada (Sisu), as vagas serão preenchidas a
partir da autodeclaração, ou seja, o estudante informa, no momento da inscrição,
a que grupo racial pertence.
A Lei de Cotas prevê que, no prazo de dez anos, seja realizada uma
revisão do programa, a partir da avaliação do impacto das cotas no acesso de
estudantes pretos, pardos, indígenas e alunos de escola pública. Todavia, se para o
governo ainda é cedo para chegar a alguma conclusão, pesquisas, ainda prelimina-
res, sugerem que as cotas não ocasionam o desastre acadêmico previsto por alguns.
A investigação empreendida por Fábio Waltenberg e Márcia de Carvalho, da
Universidade Federal Fluminense, com base no Enade de 2008, a partir das notas
de 167.704 estudantes que concluíam a graduação, revela que os cotistas tiveram
avaliações 9% a 10% menores que os não cotistas, dependendo da instituição.
Nesse caso, a defasagem não foi muito significativa. A título de comparação, basta
dizer que estudantes do sexo feminino costumam ter notas 10% superiores às de
colegas masculinos. (FOLHA DE SÃO PAULO, 2013)
De qualquer forma, é prudente aguardar um pouco mais para avaliar o
resultado concreto das políticas adotadas. Contudo, cabe ao governo, à sociedade
e à academia fazer um acompanhamento cuidadoso dessas variáveis.
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Gráfico 5
Comparação entre os percentuais de ingressos e de não ingressantes
em IES – 2001 a 2010
Fontes: Elaboração própria a partir dos dados retirados dos Censos da Educação Superior (INEP, 2001- 2010).
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Tabela 8
Percentuais de alunos com aprendizado adequado à sua série –
Brasil – 2001 a 2009
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Considerações Finais
Tabela 9
Taxa de frequência líquida segundo a faixa etária de 18 a 24 anos –
Brasil e regiões – 2001 a 2009
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Notas
1. Para maior aprofundamento dessa questão, ver também Sguissardi (2002, 2005).
2. Ao longo da década (2001-2010) as IES municipais apresentaram percentuais mínimos de par-
ticipação no total de matrículas. Na opinião do Ex-secretário de Ensino Superior do MEC, Luiz
Cláudio Costa, estas instituições passaram por problemas relacionados ao financiamento e à infraes-
trutura. Logo, têm demonstrado mais dificuldades para atrair estudantes. (CIEGLINSKI, 2011)
3. O Comunicado nº 41: Emprego e Oferta Qualificada de Mão de Obra no Brasil - Impactos do Cres-
cimento Econômico Pós-crise (IPEA, 2010a) chama a atenção para o fato de que aproximadamente 6
milhões de trabalhadores com baixa qualificação enfrentaram dificuldades para conseguir um lugar
no mercado de trabalho em 2010.
4. Em 2009, 29 IES tiveram que desativar cursos ou foram descredenciadas pelo MEC por causa da
baixa qualidade do ensino oferecido. Mais de 730 vagas de medicina e 20 mil de direito foram cor-
tadas pelo mesmo motivo (O ESTADÃO, 2010). Em dezembro de 2012, o Ministro da Educação,
Aloizio Mercadante, anunciou “[...] a suspensão de vestibulares de 207 cursos das áreas de engenha-
ria, exatas, tecnologia e licenciatura (formação de professores), oferecidos por instituições particula-
res e federais. A medida faz parte de novas regras criadas pelo Ministério da Educação (MEC) para
coibir o funcionamento de faculdades de baixa qualidade [...]”. (WEBER, 2012)
5. É importante destacar que a taxa de matrícula pode ser formulada como taxa líquida ou taxa
bruta. A taxa líquida corresponde à relação entre o número de pessoas de uma dada faixa etária (em
geral, entre 18 e 24 anos) matriculadas no Ensino Superior e o total da população da faixa etária
considerada. A taxa bruta, por sua vez, relaciona o número de matriculados (independentemente da
idade) com o número de pessoas na faixa etária considerada. No Brasil, a taxa bruta é muito supe-
rior à taxa líquida. O Censo da Educação Superior, publicado pelo INEP (2011), mostrou que esse
índice em 2010 era 27,8% para a taxa bruta e 14,6% para a taxa líquida.
6. Em 2009, por meio do Decreto nº 6.755, de janeiro de 2009, o Ministério da Educação (MEC)
instituiu o Plano Nacional de Formação de Professores da Educação Básica (PARFOR), com a fina-
lidade de organizar os planos estratégicos da formação inicial e continuada. O PARFOR tem como
objetivo ampliar a oferta de vagas em cursos de licenciatura, sobretudo nas áreas de maior demanda:
física, química, biologia, sociologia, filosofia, espanhol e inglês.
7. A expansão deste modelo institucional permitiu a ampliação da oferta de vagas gratuitas de nível
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superior, além de propiciar uma maior interiorização dos cursos e acelerar o processo de formação
com cursos de menor duração.
8. O ProUni prevê a reserva de vagas para pretos, pardos e indígenas, bem como possibilita a par-
ticipação de portadores de deficiência e de professores da rede pública para cursar licenciatura. De
2005 ao 1º semestre de 2010 47% das bolsas foram ocupadas por afrodescendentes, ressalta o MEC
(2011b).
9. “Para o Banco Mundial, esse nível de ensino não poderia ser tratado como um “bem estritamente
público”, em razão de suas condições de competitividade (oferta limitada), excluibilidade (pode-se ob-
tê-lo mediante pagamento) e recusa (não é requerido por todos)”, afirma Sguissardi (2006, p. 1038).
10. A Lei 11.096 determina que a Instituição que aderir ao ProUni ficará isenta, durante o período
de vigência do termo de adesão, dos seguintes impostos e contribuições: Imposto de Renda das Pes-
soas Jurídicas (IRPJ); Contribuição Social sobre o Lucro Líquido (CSLL); Contribuição Social para
Financiamento da Seguridade Social (Cofins) e Contribuição para o Programa de Integração Social
(PIS). (BRASIL, 2005)
11. O MEC recebe as inscrições para o programa por meio de um sistema disponível na internet, o
Sisprouni. E uma comissão, constituída pelo referido Ministério, tem a responsabilidade de conferir
os perfis dos candidatos, bem como divulgar a lista dos pré-classificados. Após a publicação da lista,
os classificados procuram às instituições para as quais conseguiram o benefício para confirmar seus
dados, levando a documentação comprobatória. Somente após a análise da documentação pela IES
o benefício é liberado.
12. Nas últimas décadas, diferentes políticas e programas de ação afirmativa ocuparam o centro das
discussões sobre o acesso ao Ensino Superior brasileiro. As iniciativas, estabelecidas por leis ou reso-
luções dos conselhos universitários, tinham como finalidade atender a grupos específicos, tais como:
afrodescendentes, egressos de escolas públicas e população de baixa renda. Entre os programas im-
plementados, percebe-se uma grande variedade de critérios para definição dos beneficiados. Os mais
utilizados são: étnicos (direcionados à população indígena), raciais (voltados para os afrodescenden-
tes), étnico-raciais (para afrodescendentes e indígenas), sociais (para egressos de escolas públicas e/
ou avaliados de acordo com a renda familiar), regionais (dão prioridade de ingresso a estudantes da
região da universidade em questão), pontuam Guarnieri e Melo-Silva (2010).
13. A taxa de frequência líquida é adotada internacionalmente para mensurar o acesso à educação
superior. Contudo, ela não incorpora aqueles estudantes que em algum momento frequentaram este
nível de ensino – havendo concluído ou não –, bem como os que o frequentam em idade acima da
faixa etária considerada adequada.
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Aparecida da Silva Xavier Barros
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Expansão da educação superior no Brasil
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Recebido em 09 de agosto de 2014.
Aprovado em 26 de maio de 2015.
DOI: http://dx.doi.org/10.1590/ES0101-7330201596208
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