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FACULDADE JK

Aluno: ​Phelippe Elias Gonçalves da Silva


Disciplina: ​Português RH
Turma: ​1° Semestre

YOUNG, William ​P.​A cabana. ​1° ed. Editorial maio de 2007. Windblown média. 272
pág.

Resenha​ :​ ​A CABANA (The Shack)

A filha mais nova de Mack, Missy, desapareceu durante as férias da família e as


evidências encontradas em uma cabana abandonada em meio às florestas do estado do
Oregon apontam para um brutal assassinato. Quatro anos depois, em meio a uma
Grande Tristeza, como ele mesmo descreve, Mack recebe uma carta suspeita,
aparentemente escrita por Deus, convidando-o a voltar à cabana para um final de
semana. Contra seus melhores argumentos, Mack chega ao local em uma tarde fria e
caminha em direção ao seu pior pesadelo.

A doce filhinha de Mack é sequestrada e assassinada. Mack se culpa profundamente por


não ter conseguido salva-la. Se culpa por ter desgrudado os olhos dela por um segundo
pra salvar seus outros filhos de morrerem afogados no lago em que brincavam. Culpa a
Deus por ter permitido que um psicopata fizesse mal à sua garotinha. A perda de Missy
abala quase que irremediavelmente a dinâmica da família que era unida e se amava
demais. A tristeza está afastando os filhos do pai. E o pai não consegue lidar com a
própria dor.

Ao receber a carta, a princípio, Mack acredita ser uma brincadeira de mau gosto de
alguém. Mas está sofrendo tanto que resolve ir até o local. É lá que tudo começa a
mudar. Ele encontra Deus. E esse encontro é a coisa mais emocionante que você vai ver.

Deus aparece em três formas. Papai (interpretada pela atriz Octavia Spencer) mostrando
que Deus pode tanto ser pai quanto ser mãe, dependendo da sua necessidade do
momento. Aviv Alush interpreta Jesus, um cara amigo e acessível, cheio de bondade,
indulgência e amor no coração. O tipo de pessoa que você se sente à vontade de estar
perto. Sumire interpreta Sarayu (Espírito Santo) de maneira delicada e carinhosa, sua
fala é suave e doce, quase como um anjo.
Jesus, Mack, Papai e Sarayu
Imediatamente, quando Mack chega à cabana, você tem vontade de ter ido junto com
ele receber um abraço gostoso de Deus. A sensação que se tem é de ter finalmente
chegado em casa depois de um período de escuridão e desespero. A simbologia disso
tudo é muito forte, principalmente quando você liga as peças ao final do filme.

O filme é todo sobre perdão e amor. Antes de qualquer coisa, Deus o ajuda a perdoar a
si mesmo. A entender que a culpa de Missy ter se perdido de maneira tão trágica não era
de Mack. É um processo doloroso. Mas ainda mais difícil para ele foi perdoar Deus. Ele
questiona o tempo todo porque Deus deixou que aquilo acontecesse com sua filhinha.
Será que Deus não amava Missy? Claro que amava. E Deus mostra que sempre sofre
junto de seus filhos e não os abandona um segundo sequer. Quando Mack perdoa Papai
é como um peso saísse dos ombros dele e dos nossos ombros também. Porém ainda falta
a parte mais difícil: perdoar o assassino de sua filha. Parece impossível, mas Papai
explica que estará sempre nos ajudando a perdoar.

Por mais que esta história possa parecer surrealista, e por mais complexa que seja a
forma qual o literato visa expressar e levar ao público a sua ideia, eu recomendo esta
obra a todas as pessoas que têm ou que buscam uma ideia de fé livre de certos dogmas e
convenções que discriminam e que julgam. Liberdade não é sinônimo de libertinagem.
O que o autor tenta oferecer é uma visão mais ampla da fé, dentro dos princípios
bíblicos, é claro. É um livro iconoclasta quando comprado a nossas convenções sobre a
face da fé. Trata-se de um escrito dirigido a um publico mais maturo por que exige
bastante reflexão. É um texto a ser debatido, pois qual disse, possui algumas coisas
difíceis de deglutir e, além do mais, cada um de nós vê as coisas apenas sob uma óptica,
sob sua orientação religiosa.

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