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LÍNGUA PORTUGUESA
RECONHECIMENTO DE TIPOS E GÊNEROS TEXTUAIS
A primeira deve ser feita cuidadosamente por ser o primeiro contato com o texto,
extraindo-se informações e se preparando para a leitura interpretativa. Durante a
interpretação grife palavras-chave, passagens importantes; tente ligar uma palavra à
ideia-central de cada parágrafo.
Retorne ao texto mesmo que pareça ser perda de tempo. Leia a frase anterior e posterior
para ter ideia do sentido global proposto pelo autor.
Um texto para ser compreendido deve apresentar ideias seletas e organizadas, através
dos parágrafos que é composto pela ideia central, argumentação e/ou desenvolvimento e
a conclusão do texto.
Serve para dividir o texto em pontos menores, tendo em vista os diversos enfoques.
Convencionalmente, o parágrafo é indicado através da mudança de linha e um
espaçamento da margem esquerda.
Uma das partes bem distintas do parágrafo é o tópico frasal, ou seja, a ideia central
extraída de maneira clara e resumida.
Atentando-se para a ideia principal de cada parágrafo, asseguramos um caminho que nos
levará à compreensão do texto.
OS TIPOS DE TEXTO
Basicamente existem três tipos de texto:
x Texto narrativo;
x Texto descritivo;
x Texto dissertativo.
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Cada um desses textos possui características próprias de construção.
DESCRIÇÃO
Descrever é explicar com palavras o que se viu e se observou. A descrição é estática,
sem movimento, desprovida de ação. Na descrição o ser, o objeto ou ambiente são
importantes, ocupando lugar de destaque na frase o substantivo e o adjetivo.
Há duas descrições:
x Descrição denotativa
x Descrição conotativa.
DESCRIÇÃO DENOTATIVA
Quando a linguagem representativa do objeto é objetiva, direta sem metáforas ou outras
figuras literárias, chamamos de descrição denotativa. Na descrição denotativa as palavras
são utilizadas no seu sentido real, único de acordo com a definição do dicionário.
Exemplo:
DESCRIÇÃO CONOTATIVA
Em tal descrição as palavras são tomadas em sentido figurado, ricas em
polivalência.
Exemplo:
João estava tão gordo que as pernas da cadeira estavam bambas do peso que
carregava. Era notório o sofrimento daquele pobre objeto.
Hoje o sol amanheceu sorridente; brilhava incansável, no céu alegre, leve e repleto
de nuvens brancas. Os pássaros felizes cantarolavam pelo ar.
NARRAÇÃO
Narrar é falar sobre os fatos. É contar. Consiste na elaboração de um texto inserindo
episódios, acontecimentos.
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A narração difere da descrição. A primeira é totalmente dinâmica, enquanto a segunda é
estática e sem movimento. Os verbos são predominantes num texto narrativo.
No texto narrativo, o fato é o ponto central da ação, sendo o verbo o elemento principal. É
importante só uma ação centralizadora para envolver as personagens.
Toda a gente tinha achado estranha a maneira como o Capitão Rodrigo Camborá
entrara na vida de Santa Fé. Um dia chegou a cavalo, vindo ninguém sabia de
onde, com o chapéu de barbicacho puxado para a nuca, a bela cabeça de macho
altivamente erguida e aquele seu olhar de gavião que irritava e ao mesmo tempo
fascinava as pessoas. Devia andar lá pelo meio da casa dos trinta, montava num
alazão, trazia bombachas claras, botas com chilenas de prata e o busto musculoso
apertado num dólmã militar azul, com gola vermelha e botões de metal.
(Um certo capitão Rodrigo – Érico Veríssimo)
A relação verbal emissor – receptor efetiva-se por intermédio do que chamamos discurso.
A narrativa se vale de tal recurso, efetivando o ponto de vista ou foco narrativo.
Exemplo:
Parei para conversar com o meu compadre que há muito não falava. Eu notei uma
tristeza no seu olhar e perguntei:
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- Compadre por que tanta tristeza?
Ele me respondeu:
- Compadre minha senhora morreu há pouco tempo. Por isso, estou tão triste.
Há tanto tempo sem nos falarmos e justamente num momento tão triste nos
encontramos. Terá sido o destino?
Exemplo:
DISSERTAÇÃO OU DISCURSO
FORMAS DE DISCURSO
x Discurso direto;
x Discurso indireto;
x Discurso indireto livre.
DISCURSO DIRETO
É aquele que reproduz exatamente o que escutou ou leu de outra pessoa.
Exemplo:
O juiz disse:
- O réu é inocente.
DISCURSO INDIRETO
É aquele reproduzido pelo narrador com suas próprias palavras, aquilo que escutou
ou leu de outra pessoa.
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No discurso indireto eliminamos os sinais de pontuação e usamos conjunções: que, se,
como, etc.
Exemplo:
Exemplo:
Sinhá Vitória falou assim, mas Fabiano franziu a testa, achando a frase
extravagante. Aves matarem bois e cavalos, que lembrança! Olhou a mulher,
desconfiado, julgou que ela estivesse tresvariando”. (Graciliano Ramos).
ANÁLISE DO TEXTO.
Antes de interpretar um texto o leitor deve entender que tipo de análise está sendo
proposto. Basicamente existem dois tipos de análise:
SUBJETIVA
Nesse tipo de análise pede-se que o leitor responda o que ele pensou, sua opinião e
deduções sobre o texto. A margem de acerto é mais elástica, sendo permitida uma
variação maior nas respostas, mas por ser também mais difícil de corrigir devido à sua
subjetividade é pouco frequente o encontrarmos em provas importantes, como vestibular
ou concursos públicos. Costuma ser mais empregado no primeiro ou segundo graus,
quando a meta a ser atingida é que o aluno aprenda a escrever e ordenar ideias, ou
aprender figuras de linguagem e emprego de vocabulário mais rico.
Quando o autor diz “sentado à beira do caminho”, o que você acha que ele quis dizer?
Como se vê, é pedida uma conclusão ou opinião do leitor, o que é comum nesse tipo de
análise. Esse tipo de análise pode ser apresentado como múltipla escolha ou dissertativo.
OBJETIVA
Esse é o tipo de análise mais usado hoje em provas oficiais, pede-se que seja citado
exatamente o que constava do texto, explícita ou implicitamente.
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Exemplo:
Nesse caso a resposta pode estar EXPLÍCITA se a alternativa correta for “chegar
atrasada no início da semana” ou IMPLÍCITA se for “chegar atrasada às segundas”.
Apesar de a segunda hipótese (chegar atrasada às segundas) não estar literalmente
contida no texto, ela está implícita, uma vez que segunda-feira é o início da semana.
Tome cuidado nesse tipo de análise para citar exatamente o que está no texto. Muitas
alternativas são semelhantes, mas escolha sempre aquela que mais se aproxima ao
texto em significado. Na análise objetiva de um texto científico sobre assunto específico,
cite apenas o que está no texto.
Análises sobre assuntos muito debatidos e atuais costumam prejudicar o leitor porque
muitas vezes há alternativas com elementos que não estão no texto, mas são
informações que o aluno já tinha anteriormente sobre o assunto.
Tome também cuidado porque não se pedem respostas “morais”, ou seja, não se
leva em conta a sua opinião, e sim o que o autor escreveu. Se o texto é sobre o
aborto e lá constar que “o aborto é a melhor solução quando a mãe é de uma família de
baixa renda” é isso que você deve colocar como resposta na questão:
“Segundo o autor, qual a melhor solução para grávidas de famílias de baixa renda?”
Não importa o que você acha, o que importa é apenas interpretar o texto, portanto se
você é contra o aborto, nada de marcar outra resposta que não seja “o aborto“.
Note que no texto não se disse que ela chorou. O fato de o início da frase ser
semelhante à frase do texto induz o leitor ao erro, pois ele lê apenas o começo da
frase, não percebendo que o final “e chorou” é uma informação não contida no
texto.
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No texto: “Maria costumava chegar atrasada ao trabalho às segundas”
Resposta incorreta: “Maria costumava se atrasar às segundas.”
Antes de assinalar essa resposta, veja se não há outra especificando que ela
chegava atrasada ao trabalho, pois o texto não sugere que ela chegue atrasada a
outros lugares, apenas ao trabalho.
Nesse tipo de questão costuma haver uma alternativa, que mesmo não contendo
exatamente as mesmas palavras do texto, é semelhante em seu sentido. A
resposta correta poderia ser, por exemplo: “Maria nem sempre chegava ao trabalho
no horário.”
Se dizemos que Maria chegava atrasada às vezes e se dizemos que ela nem
sempre chegava no horário, o significado é basicamente o mesmo.
ATENÇÃO
Da próxima vez em que for analisar um texto, lembre-se de não incorrer nesses erros e
preste muita atenção ao que está sendo pedido, pois algumas questões costumam ser
fatais se você não ler o enunciado. São comuns enunciados como abaixo:
Veja que nesse tipo de questão você terá que encontrar exatamente o contrário do que
está no texto.
Selecionamos algumas dicas que poderão ser muito úteis a você na hora de ler e
interpretar um texto em língua estrangeira. Leia-as com atenção: elas podem ajudá-lo a
conseguir sua APROVAÇÃO.
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• FUJA DAS TRADUÇÕES AO PÉ DA LETRA
Leia o trecho apresentado em seu contexto e procure raciocinar na língua em que
foi escrito. Não queira traduzir palavra por palavra: além de muito lento, o método não
lhe dá uma ideia geral do texto.
QUESTÕES DE CONCURSOS
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românicas às imponentes catedrais góticas. Chico Buarque percorreu esse
caminho com toda a humildade de quem queria aprender a fazer melhor,
mas também com a autoconfiança de quem sabia que podia se tornar um
mestre romancista.
20 Valeu a pena. A autodisciplina lhe permitiu mergulhar mais fundo na
confusão da nossa realidade, nas ambiguidades do nosso tempo.
A ficção, às vezes, possibilita uma percepção mais aguda das questões em
que estamos todos tropeçando. No caso deste romance mais recente de
Chico Buarque, temos um rico material para repensarmos, sorrindo, o
problema da nossa identidade: quem somos nós, afinal?
03- Assinale a opção que constitui continuação coesa e coerente para o texto
abaixo:
“Não há dúvida de que a grande mudança ocorreu no início da década de 60, com a
política externa independente inaugurada pelo governo Jânio Quadros, responsável
pelas novas relações do Brasil com América Latina, Ásia e África, mas também com
o mundo socialista e com o Movimento dos Países Não-Alinhados. Consolidou-se
uma estratégia mais autônoma em relação aos Estados Unidos, mais aberta aos
países do mundo e mais combativa no plano das negociações comerciais e
financeiras do país, como ficou claro no apoio à criação da Alalc e na participação
brasileira na Unctat e no Grupo dos 77, nas décadas de 60 e 70.”
(Adaptado de José Luís Fiori “O Brasil no mundo: o debate da política externa”)
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a) Essa posição foi mantida, em grandes linhas, pela política externa de quase todos os
governos militares, a despeito do seu alinhamento ferrenho em torno da causa
anticomunista, e, também, depois da redemocratização, com a política externa do
governo Sarney.
b) Por causa dessa vitória americana na Guerra Fria, a nova utopia da globalização e
mais uma onda de liquidez internacional criaram as bases materiais e ideológicas da
nova virada liberal das elites e do Estado brasileiro.
c) Com esse ponto de vista geopolítico, o governo brasileiro apostou num sólido
alinhamento com os Estados Unidos e seu projeto de globalização liberal, aceitando a
internacionalização dos centros de decisão brasileiros e a fragilização do Estado, em
troca de um projeto de governança global rigorosamente utópico.
d) Esse Plano Marshall para a América Latina impediu que o Brasil se transformasse
numa experiência original de desenvolvimento acelerado e “excludente”, sob a
liderança desses investimentos estatais e desse capital privado estrangeiro,
proveniente de quase todos os países do núcleo central do sistema capitalista.
e) Tais momentos importantes desta nova trajetória como as propostas da Operação
Pan-americana, em 1958, e da Operação Brasil-Ásia, nos anos 1959-60, ao mesmo
tempo de uma maior aproximação da Europa e da África Negra. No mesmo momento,
o governo brasileiro também revia suas relações econômicas internacionais,
rompendo seu acordo com o FMI.
04- Assinale a opção que está de acordo com a direção argumentativa do texto.
a) O prazer instantâneo derivado da dilatação do ego é decorrente de um projeto
temporal.
b) A felicidade para o mundo contemporâneo prescinde dos toques sensitivos.
c) Substitui-se, hoje, um projeto temporal, que envolveria causas e ideais nobres, pelo
prazer instantâneo.
d) O êxito pessoal resulta de uma utopia privatizada que é consequência de um projeto
temporal.
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e) Os ideais e a nobreza das causas levam ao consumo, à prosperidade e à paz, o que
torna o ser humano imune à violência.
6- Assinale a opção que constitui continuação coesa e coerente para o texto abaixo.
“Até aqui, o governo se dedicou a expor seu ponto de vista e começou a mover
suas pedras no tabuleiro, a partir de sua opção pela prioridade sul-americana e do
Mercosul. Estabeleceu, em seguida, uma série de pontes e alianças possíveis com a
África e a Ásia, como aconteceu com o G21, na reunião de Cancun da OMC, e como
está acontecendo nas negociações do G3, com a África do Sul e com a Índia. Ou
ainda, como vem ocorrendo nas novas parcerias tecnológicas com a Ucrânia, a
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Rússia, a China, ou com os projetos infra-estruturais com a Venezuela, a Bolívia, o
Peru e a Argentina.”
(Adaptado de José Luís Fiori)
a) Não há dúvida, porquanto, de que essas principais disputas giraram em torno das
divergências econômicas entre os Estados Unidos e o Brasil, em particular as
negociações da OMC, FMI e ALCA.
b) O que se vê é a afirmação de uma nova política externa, ativa, presente, baseada no
interesse nacional brasileiro e na afinidade histórica e territorial do Brasil com o resto
da América do Sul, bem como na sua afinidade de interesses com os demais “grandes
países em desenvolvimento”.
c) E do outro lado, naquele momento, estarão os grupos econômicos e as forças sociais,
intelectuais e políticas que sempre lutaram por um projeto de desenvolvimento para o
Brasil.
d) E aqui, não há como se enganar sobre as forças que esta batalha despertava, dentro
e fora do governo: de um lado estarão, como sempre estiveram, os grupos de
interesse que defendem uma relação subserviente com os Estados Unidos, em troca
de um acesso mais favorecido ao mercado interno americano.
e) Orientando-se pelos interesses nacionais do povo e não apenas pelos interesses
imediatos e particulares do seu agrobusiness, e dos seus grupos financeiros
defendidos e acobertados pela retórica diletante e pela política escandalosamente
subserviente dos “diplomatas descalços”.
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c) 5º, 4º, 1º, 3º, 2º
d) 1º, 2º, 5º, 4º, 3º
e) 3º, 1º, 2º, 5º, 4º
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b) a baixa geração de emprego em dezembro reforça a ideia da desaceleração da
economia americana.
c) os dados estatísticos reforçam a ideia da aceleração da economia americana.
d) os políticos não se preocupam com a situação recessiva da economia americana.
e) as autoridades não deixam dúvidas de que será forte, este ano, o ritmo de atividade
da economia americana.
GABARITO
01 - C 02 - E 03 - A 04 - C 05 - B
06 - B 07 - A 08 - C 09 - B 10- B
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