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QUESTÕES TECNOLÓGICAS

NA LAVOURA CAFEEIRA
Matiello, Almeida, Garcia, Fagundes, Garcia e Paiva

Engs. Agrs Mapa e Fundação Procafé


As questões
Desenvolvimento e difusão de tecnologias cafeeiras
dificultadas - trabalho por técnicos de diferentes
Instituições, sem boa coordenação de resultados.
Recomendações pouco discutidas e nem sempre
consideram opiniões de grupos.

Recomendações divulgadas, muitas vezes, sem o aval


técnico necessário.

Ficam, para as equipes de AT e para os próprios


cafeicultores, duvidas na adoção de novas tecnologias,
de forma segura.
Conceito de tecnologia
e sua adoção
Tecnologia é definida como sendo um conhecimento
aplicado.

Surge da pesquisa, na experiência dos técnicos-


consultores, na prática dos produtores e no
desenvolvimento de produtos e equipamentos pelas
empresas-indústrias especializadas.

Deve ser bem testada e aprovada pela experimentação,


com vistas à sua aplicação adequada.
Tecnologias questionadas

1- Uso de gesso em altas doses -

Indicação normal de gesso - fonte de cálcio, enxofre e


corretivo, reduzindo o Al tóxico e carreando bases para
camadas mais profundas.

Outra alternativa, indicada por um grupo de técnicos –


doses altas para condicionador de solo, buscando
melhoria no suprimento de água para o cafeeiro -
irrigação branca.
Produtividade média, em sacas/ha, nas 5 safras de 2009 a 2013, em cafeeiros
dos tratamentos sob diferentes doses elevadas de gesso, Boa Esperança-
MG,2013
Produtividade (sacas/ha)
Tratamentos
2009 2010 2011 2012 2013 Média

Testemunha 12,2 71,3 12,2 48,5 59,4 40,7

1,5 Kg/m (4,3 ton/ha) 9,9 68,0 18,1 52,6 64,3 42,6

3,0 Kg/m (8,6 ton/ha) 8,4 71,7 9,1 51,2 58,1 39,7

4,5 Kg/m(12,9 ton/ha) 14,6 58,5 9,5 50,3 55,7 37,7

6,0 Kg/m(17,1 ton/ha) 7,5 61,2 9,9 58,5 55,7 38,5


7,5 Kg/m (21,4
14,8 70,9 12,2 48,5 64,3 42,1
ton/ha)
9,0 Kg/m (25,7
15,0 66,7 8,62 54,0 55,7 40,0
ton/ha)
Fonte - Fagundes, Garcia, Matiello e Ramos, Anais do 39º CBPC, no prelo. NS
Conclusões
Altas doses de gesso não melhoram a produtividade de
cafezais.

Apresentam o inconveniente de desequilibrar os nutrientes


(bases) do solo.

Enquanto não se dispuser de informações novas, ou em


condições diferenciais,sempre obtidas experimentalmente,
não utilizar essa tecnologia de irrigação branca.

Usar gesso, em pequenas doses, combinadas com fontes


de Mg, e somente quando ele for necessário. Quando o
teor de saturação de alumínio livre, em profundidade
(amostras de 20 a 40 cm) for superior a 0,5 Cmolc/dm3 .
Tecnologias questionadas
2- Altas doses de fósforo na lavoura

Tecnologia divulgada - doses elevadas de adubos


fosfatados, com uso anual de cerca de 400 kg/ha de
P2O5.
Muitos trabalhos experimentais mostram pouca resposta
produtiva para o P, em cafeeiros adultos.
Função de - (1) Boa quantidade de P total disponível
nos solos, natural ou adicionada por aplicações anuais;
(2)Existência de uma associação de micorrizas nas
raízes de cafeeiros, facilitando a absorção do P pelas
plantas; (3) Existência de ácidos orgânicos nas raízes,
(cafeeiros e ervas) facilitando a absorção; (4) Pequeno
caminhamento, em profundidade, do fósforo aplicado
em cobertura (cafeeiros adultos).
Efeito de fungos micorrizicos vesico-arbusculares nativos (Gigaspora margarita e
Glomus clarum) no crescimento e nutrição fosfatada do cafeeiro. Lavras-MG, 1989.

Tratamentos Peso seco (g) das % de Teor de P


plantas, coloniza- nas folhas
6 meses pós ção (%)
transplante

Mudas inoc c/ Glomus clarum 42,7 a 40 0,16

“ “ G. margarita 50,2 a 44 0,17

“ “ G. clar. + G. marg. 46,4 a 50 0,20

Inoculação só no transplante 36,2 ab 30 0,18

Inoc.c/ fungos nat. de lavouras 46,8 a 30 0,21

Testemunha, sem inoculação 10,4 c 0 0,09

Fonte: Siqueira et alli, Anais do 15 CBPC, IBC, 1989, p.60


Produção em cafeeiros adultos, sob diversos modos de
fornecimento de fósforo, Formiga-MG, 1984.

Tratamentos Produção Relativo Níveis de P


média, (%) no solo
4 safras após 4
(scs/ha) anos(ppm)

P2O5 cobertura,projeção da 37,7 105 11


saia
” “ , sob a saia 35,6 99 26
“ enterrado, projeção saia 44,1 125 9
“ foliar (4-8 apl./ano) 41,4 117 6
Testemunha 35,7 100 3

Obs.: 1) Nível inicial de P: no solo= 6 ppm, na folha= 0,11%; Nível foliar, 4 anos após, semelhantes em
todos os tratamentos, = 0,16%; 3) Aplicação anual de 150 kç/ha de super-triplo e foliar a 5%.
Fonte: Barros et alli, Anais do 11 CBPC, IBC/Gerca, 1984, p. 48
Crescimento de mudas de café sob diferentes modos e doses
de adubo fosfatado, Martins Soares-MG, 2002.

Tratamentos Pares de Altura Peso Níveis


fls. por das total de P no
muda mudas da substr
(cm) muda PPM
(g)
Superf. Simples, a lanço, 3 4,80 14,30 3,02 57
g/muda
Superf. Simples, irrigado, a 4,45 12,48 3,42 75
3%, 2 vezes
Superf. Simples, no substrato, 4,75 15,70 3,40 125
4kg/m3
Superf. Simples, no substrato, 5,20 15,75 3,22 125
8 kg/m3
Superf. Simples, no substrato, 3,85 12,30 2,57 125
16 kg/m3
Testemunha 4,36 15,20 3,42 23
Fonte: Matiello J.B. et alli, Anais do 28º CBPC, MAPA/Procafé, 2002, p.44
Produtividade, em 5 safras (2008-12), de cafeeiros sob diferentes
doses de P2O5, e nivel do nutriente no solo, M. Soares-MG,2012.

Doses de P2O5 ensaiadas Produtividade media Niveis de P no solo


em 5 safras (scs por ha) em 2011

0 - Testemunha 57,4 10

100 Kg de P2O5 64,3 120

200 Kg de P2O5 59,9 233

400 Kg de P2O5 57,1 262

Fonte: Matiello, Rosa, Leite Filho e Cunha, Anais do 38º CBPC, Mapa/Procafé, 2012, p. 103.
Produção média em cafeeiros, em litros/ planta, sob diferentes tratamentos com
doses de P e combinações de Ca, Mg e S. Pirapora-MG, 2009. Cafeeiros catuai na
3ª safra, espaç. 3,6 x 0,5 m.

Tratamentos doses de P e combinações Produção safra


2009 média em
litros de café por
planta
Superfosfato Simples (670 g/m) 12,3
Superfosfato Simples (380 g/m) 10,3
Superfosfato Simples (670 g/m) + Sulf. de Amônia (120 11,6
g/m)
Superfosfato Simples (670 g/m) + Gesso (380 g/m) 10,8
+ Sulfato de Mg (420 g/m) + Sulf. de Amônia (120 g/m)
Gesso (380 g/m) + Sulfato de Magnésio (420 g/m) 12,0
Gesso (190 g/m) + Sulfato de Magnésio (210 g/m) 11,8
Gesso (380 g/m) + Sulf. de Mg (420 g/m)+ Sulf. de Am. 12,2
(120 g/m)
Sulfato de Amônia (120 g/m) 11,5
Fonte: Matiello, J.B. et alli, Anais do 35º CBPC, Mapa/Procafé, 2009, p. 26
Teores de fósforo, no solo e em folhas, e acumulo de massa seca em plantas de
café, sob diferentes doses de P2O5 aplicadas ao solo, em vasos, Varginha-MG,
2009

Doses de P2O5 Teor de P2O5 no Teor de P Massa seca das


por vaso (g/pl) solo (ppm) foliar (%) plantas (g)

0 5 0,08 47
2 13 0,10 49
4 20 0,10 52
8 33 0,12 47
16 84 0,16 51
32 230 0,24 53
64 575 0,30 52

Fonte: Garcia, A.L et alli, Anais do 35º CBPC, Mapa/Procafé, 2009, p. 90.
Conclusões
Como conclusão, de todos esses trabalhos, pode-se
indicar que –

Não devem ser usadas altas doses de P2O5 em


cafezais, pois não existem respostas produtivas.

Pode haver depressão na produtividade.

Sem falar no alto custo da prática.


Tecnologias questionadas
3- Modo de uso do calcário e adubo fosfatado na cova-
sulco de plantio

Recomendação (Técnicos da ZM-MG) - uso separado,


do calcário e dos adubos fosfatados. Calcário no fundo
da cova e o fosfatado mais em cima.

Sugere, ainda, aplicação do fosfatado de forma


localizada, em cartucho, modo semelhante indicado
para plantio de eucalipto.
Efeito do modo de aplicação do fósforo, no plantio do cafeeiro,
sobre a produtividade inicial, Venda Nova-ES, 1979

Tratamentos- Modos de Produtividade, em scs/ha


aplicação de Superfosfato
simples(150 g/cv)

1-Em mistura, na cova 35,7 a

2- Em cartuchos 21,2 bc

3- Em cobertura 26,6 ab

4- Testemunha, sem fósforo 13,3 c

Fonte – Pereira, Bragança e Paulino, Anais do 7º CBPC, IBC-GERCA, 1979, p. 306


Tecnologias questionadas
4- Uso de zinco via solo e toxidez desse micro-
nutriente

Existem indicações de uso de zinco via solo,


especialmente via fórmulas de fertilizantes NPK, já
incorporados desse micro-nutriente.
Efeito de modos de aplicação de zinco em cafeeiros, CEPEC,
Martins Soares-MG, FEX Varginha-MG, e Tres Pontas-Mg, 2002 e 1981

Tratamentos Nível foliar de Produtividade Nível de Zn


Zn (ppm), média média de 6 safras no solo
de 3 anos (scs/ha) (ppm)

6 Kg de sulf Zn/ha, solo 7,5 b 53,5 5,3


24 Kg de sulf Zn/ha, solo 9,5 b 43,9 5,8
96 Kg de sulf Zn/ha, solo 10,5 b 58,1 9,4
Sulf. Zn foliar a 0,6%, 2 pulv 20,5 a 47,1 4,1
Tratamentos média de 3 safras

10 g de Sulf de Zn por planta 7,3 b 35,5 6,0


20 g de Sulf de Zn por planta 8,6 b 31,0 8,8
80 g de Sulf de Zn por planta 9,7 b 31,2 16,6
Sulf. Zn foliar a 0,6%, 3 pulv 22,5 a 31,1 1,8
Tratamentos Média de 4 safras

10 g de Sulf de Zn por planta 7,6 b 33,7 19,7


20 g de Sulf de Zn por planta 7,2 b 40,1 11,9
40 g de Sulf de Zn por planta 8,4 b 36,9 18,9
Sulf. Zn foliar a 0,6%, 3 pulv 12,0 a 41,3 2,3
Fontes – Matiello et alli, Anais do 28º CBPC, Mapa/Procafé, 2002, p. 45, Kupper et alli, Anais do 9º
CBPC, IBC-Gerca, 1981, p. 399 e Garcia et alli, anais do 28º CBPC, Mapa Fundação Procafé, 2002, p. 71
Teor de zinco em amostras de solo de cafezais, em 4 profundidades
e 3 posições. Varginha-MG, 2012

Profundidades do Posições na lavoura


solo nas amostras
Sob a saia Na projeção Meio da Média
da saia rua

0-5 cm 11,3 16,2 18,5 15,3

5-10 cm 9,3 10,5 14,1 11,3

10-20 cm 4,3 5,1 7,6 5,7

20-40 cm 3,3 3,4 5,0 3,9

Média 7,1 8,8 11,3

Fonte – Paiva, Matiello e Garcia, Anais do 38º CBPC, Fundação Procafé, 2012, p. 111.
Teores de Zn, nas folhas e no solo, e crescimento em mudas de café, com adição
de doses de sulfato de zinco ao solo, em vasos. Martins Soares-MG, 1998

Tratamentos Teor de Teor de Zn Crescimento das mudas, aos 10


Zn foliar no meses
(ppm) solo(ppm) Altura (cm) Numero de
ramos plagiotr.
por muda
Testemunha 16 1 37 6
0,75 g de Sulf 21 18 24 1,3
Zn por vaso

1,5 g de Sulf 29 48 14 0
Zn por vaso

Fonte – Matiello, Barros e Barbosa, Anais do 24º CBPC, Mapa/Procafé, 1998, p. 19.
Conclusões

Zinco via solo - prejudicado pelo baixo caminhamento


em profundidade, em solos argilosos. Só a longo prazo.
Pode-se usar dentro do sulco ou em solos com menos
15-20% de argila.

Melhor uso, via foliar - 2-4 apl ao ano

Zinco em excesso causa toxidez, especialmente em


cafeeiros novos, com sintomas mais típicos nas raizes.

Maior toxidez - acumulo no solo, pela reciclagem de


folhas, e sua incorporação, por ocasião de novo plantio
de café. Também em áreas de milho e horta.
Tecnologias questionadas
5- Desequilibrio do cálcio, magnésio e potássio e a sua
retirada na adubação

É necessário identificar corretamente as condições de


desequilíbrio nutricional.

Para corrigir e re-equilibrar os nutrientes, inclusive com


a sua supressão da adubação, quando necessário.

O equilíbrio entre as bases (Mg, Ca e K) é importante, o


excesso de um prejudicando a absorção do outro, pelo
seu efeito antagônico.

Situação ideal Ca ocupando 40-60% da CTC, o Mg 15-


20% e o K 3-5%.
Dificuldades com o Mg
Nutriente mais em falta na lavoura cafeeira, com níveis
baixos, no solo e nas plantas.

Fonte mais usual – calcário(baixo teor de Mg e/ou baixa


solubilidade).

Lavouras adultas -calcário só aplicado em cobertura -


caminhamento lento em profundidade.

Por outro lado, ocorrem aplicações anuais de K, em


formulas como 20-05-20 e similares.

Técnicos experientes se mostram receosos em reduzir


ou suprimir o K da adubação.
Mesmo em teores adequados no solo, ou até
superiores, em análises sequenciais, em anos seguidos.
Produção de café, na 1ª. safra útil após às adubações, e teores de K, Ca e
Mg no solo em ensaio de doses de K2O, Martins Soares – MG, 2004.

Tratamentos Produção Teores de K no Teores de Ca e


2004 solo (ppm) Mg no solo em
(scs/ha) 2004
2003 2004 (cmolc/dm3)

100 kg de K2O/ha/ano 50,8 b 198 125 2,0 0,6


como Kcl

200 kg de K2O/ha/ano 56,9 b 242 210 2,0 0,7


como Kcl

400 kg de K2O/ha/ano 51,9 b 220 240 2,0 0,8


como Kcl

Testemunha, sem K 65,6 a 70 39 2,0 0,6


Fonte- Matiello et alli, Anais do 30º CBPC, Mapa/Procafe, 2004, p. 35
Produtividade em cafeeiros sob diferentes saturações e doses de K
aplicadas, teores médios de K no solo e nas folhas, em solos com baixa CTC
(6,0 cmolc/dm3).. Varginha-MG, 2004.

Tratamentos K no solo % Produtividade


(doses de K Maio de 2002 K Scs/ha
aplicadas para a Foliar
saturação do solo mg/dm3 % K/T Média de 5
em diferentes obtida safras
percentuais)

Sem adição K 67,0 2,3 1,5 b 56,1 a

Doses para 1,5 % 77,7 3,6 1,6 b 50,1 a

Doses para 3 % 75,5 3,6 1,8 a 64,3 a

Doses para 6 % 97,7 4,4 1,9 a 63,2 a

Doses para 12 % 118,7 5,4 2,1 a 53,6 a

Fonte: Garcia, et alli, Anais do 30º CBPC. São Lourenço, MG. 2004
Conclusões

Na falta ou desequilíbrio do Mg (análises solo e folhas)


– comparar dados em relação aos padrões de
interpretação.

Solo com nível inferior a 15-20% da CTC e folha inferior


a 0,35% - suplementar fontes adequadas de Mg (óxido,
sulfato, sulfato duplo e cal dolomítica, tipo Geox), para
suprir e reequilibrar a relação entre Ca, Mg e K.

Com forte desequilíbrio K – Mg reduzir ou eliminar,


temporariamente, aplicação de fonte de K.
Tecnologias questionadas
6- Uso de fósforo, cálcio, boro e zinco na florada

A indicação de nutrientes como o fósforo, o cálcio, o


boro e o zinco, em aplicações foliares, na pré e pós
florada, visa melhor pegamento da florada .

Recomendação feita independentemente de haver ou


não a deficiência na planta.

A pesquisa tem demonstrado que não ocorrem


respostas positivas na produtividade do cafeeiro.
Efeito de pulverizações com MAP e combinações com Ca e B, na
pré-florada de cafeeiros, CEPEC, Martins Soares-MG, 2004

Tratamentos Produtividade média de 2 safras


(scs/ha)
2 pulv. de MAP a 1,5%, jul e 77,3
set
2 pulv. de Ca e B a 1,0%, jul e 94,4
set
2 pulv. de MAP + Ca e B, jul 81,8
set
2 pulv de B 88,4

Testemunha 89,6 NS

Fonte- Matiello et alli, Anais do 30º CBPC, Mapa/Procafé, 2004, p. 32


Efeito de aplicações foliares de Ca e B na pé e pós florada
de cafeeiros sobre sua produtividade. Varginha-MG, 2004

Tratamentos Produtividade média


de 4 safras (scs/ha)

Testemunha 51,6

Apl. Foliar de Ca, média de 3 épocas 47,7

Apl. Foliar de B, média de 3 épocas 50,8

Apl. Foliar de Ca+B, média de 3 épocas 45,4

Apl. Foliar de Ca+B+P, média de 3 épocas 46,6


NS

Obs. – Épocas = 15 dias antes, 15 D depois e 15 D antes+15 depois da florada


Fonte – Garcia e Fioravante, Anais do 30º CBPC, Mapa/Procafé, 2004, p.55.
Produtividade em cafeeiros sob efeito da aplicação de cálcio
e boro na pré e pós florada, Patrocínio – MG, 2000

Produtividade na safra
seguinte à aplicação,(em scs/ha)

Tratamentos
Teores de Ca no solo

Baixo Alto

Testemunha (sem Ca e B) 14,50 a 86,60 a

Aplicação de Ca 13,75 a 67,25 a


Aplicação de Ca + B 14,00 a 72,00 a

Fonte: Guimarães et alli, Anais do 26º CBPC, Mapa/Procafé 2000, p. 321.


Conclusão

A recomendação da aplicação de nutrientes em


cafeeiros, na pré e pós florada, pouco afeta o seu
pegamento, não se justificando economicamente.
Tecnologias questionadas
7- Uso de fósforo via foliar

Solos usados em cafezais são pobres em P, sendo


muito fixado (fosfatos com Fe, Al e Mn, em solos ácidos)
ou Ca (solos alcalinos) - compostos de baixa
solubilidade.

Pouca mobilidade do P - aplicação mais junto às


raízes(mistura de cova ou sulco) ou, em lavouras
adultas, bem localizado, sob a saia dos cafeeiros, raízes
mais superficialmente.

Alternativa - uso do P via foliar, 4 vezes mais absorvido


e translocado pelas folhas do que pelas raizes (Malavolta,
Saruge, Camargo e Medcalf).
Necessidade de P é pequena -

Necessidade de P é a menor em relação aos demais


macro-nutrientes(0,6 Kg/sc) = 18 kg para 30 scs/ha.
Em lavoura adulta - reciclagem anual de folhas supre o
P para vegetação, restando, apenas, 0,23 kg de P por
saca, para a produção.
Produção de 30 scs/ha = 6,9 kg de P/ha. Com MAP a
2% em 400 l dagua seriam aplicados, por pulverizacao,
3,6 kg de P2O5 ou cerca de 1,6 kg de P.
Em 4 aplicações anuais = 6,4 kg de P. Com
aproveitamento de 70% teriamos 4,7 kg de P, ou 67%
do P necessário para a produção anual.
Usar grande parte do P via pulverizações normais, junto
e sempre que houver compatibilidade com os demais
componentes das pulverizações usuais na lavoura.
Uso via água de irrigação em pivôs -

Adubos fosfatados via água de irrigação, - no sistema


pivô-lepa, em pelo menos 20 parcelamentos no ciclo,
parte seria absorvida via foliar, pelo molhamento da
folhagem.

Usar MAP (solubilidade de 0,36 kg por litro d’água).


Para 30-40 sacas por há apenas cerca de 70-90 kg por
ha, sendo que o normal , via solo, seria aplicar, em
média, 130-180 kg de MAP por ha.

Em fazendas que vem usando a adubação fosfatada via


pivô-lepa, com muitos parcelamentos (via lepa), as
análises foliares tem mostrado níveis foliares de P
sempre adequados.
Tecnologias questionadas
8- Manejo de mato excessivo na lavoura
Ervas concorrem em água, nutrientes e luz com os
cafeeiros - controlar para minimizar competição.

O mato também apresenta vantagens - melhoria física e


biológica do solo, sua proteção, abertura de canaliculos,
arejando o solo e aumenta a infiltração de água e
produz matéria orgânica. Recicla nutrientes e pode
ajudar na sua fixação e liberação, por ácidos
radiculares.
Orientação de manter ervas de forma constante na
lavoura, até cultivando plantas daninhas no meio do
cafezal (brachiaria).
As pesquisas e a prática tem mostrado melhores
resultados produtivos nos sistemas de controle onde o
mato é bem controlado.
Produtividade em cafeeiros no ensaio sobre sistemas de controle do mato nas ruas
de cafeeiros, no período de formação, até as 2 primeiras safras.
S.S. do Paraíso-MG, 2009.

Tratamento nas ruas (entre Produtividade (scs/ha)


linhas)
2008 2009 Média

1-Roçadeira 8,0 ab 26,0 ab 17,0 e

2-Grade 11,7 ab 20,7 ab 16,2 f

3-Enxada rotativa 17,0 bc 25,7 ab 21,3 b

4-Herb. Pós-emergemcia 14,0 ab 25,0 ab 19,5 b

5-Herb. Pré-emergemcia 31.4 a 33,0 a 32,2 a

6-Capina manual 17,7 ab 24,0 ab 20,9 c

7-Sem capina 4,0 c 19,0 a 11,5 g

Fonte – Alcantara et alli, Anais do 35º CBPC, Fundação Procafé, 2009, p. 339
Influência da cobertura vegetal do solo (sistemas de controle do mato), no
desenvolvimento e produtividade de cafeeiros, conduzido no sistema orgânico,
aos 54 meses. S. A. Amparo-MG, 2008 .

Tratamentos na rua Altura das Diâmetro do Produção


plantas (m) caule (cm) (scs/ha)

Mato/roçada,ruas alternadas 1,53 c 4,2 d 12,2 c

Roçada total 1,63 b 4,6 c 23,7 b

Capina/Mato, ruas alternadas 1,66 b 4,7 c 13,3 c

Mato total 1,68 b 4,8 b 12,5 c

Capina total 1,75 a 5,2 a 35,4 a

Fonte: Silva, R.A. et alli, Anais do 34º CBPC, Mapa/Procafé, 2008, p. 144.
Perda de produção em cafezal em função de época de controle do mato.
Caratinga-MG – 1980

Épocas de capinas % de perda de produção

Sempre no limpo 0

Capina, out. a fev. 7

Capina, dez. a abr. 12

Capina, dez. a set. 13

Capina, dez. a fev. 18

Capina, maio a set. 37

Sempre no mato 43
Fonte - Oliveira, Matiello e Carvalho – Anais do 7º CBPC, p. 350-2
Períodos de crescimento do cafeeiro e de uso de nutrientes na
frutificação ( em % do total)
Extração de nutrientes pelas ervas
Estudo na ZM-MG
• Lavoura com 4,6 milhões de ervas por ha, com massa de
22,8 t de peso verde e 3 t de p. s., extraindo do solo (ou dos
adubos) - equivalente a 96 kg de N, 60 kg de K20, 7 kg de
P2O5, 42 kg de CaO e 9 kg de MgO e outros nutrientes por
hectare.
Em Varginha, em 2012-13(nov-abr), avaliou-se 3 cortes do
mato de uma área, sendo com mato comum (capins,
trapoeraba, picão e caruru) e com brachiária. 6,5 M de ervas
RESULTADOS –
• Mato comum – 7,75 t PS por ha – 2,5% N, 0,38% P e 3,5%
de K - extraiu 193 kg de N, 58 kg de P2O5 e 320 kg de K2O.
• Brachiaria - 9,0 t PS por ha - 2,0% de N, 0,20 % de P e
3,0% de K - extraiu 180 kg de N, 36 kg de P2O5 e 320 kg de
K2O.
• Essa extração ocorreu em níveis semelhantes aos que a
própria lavoura de café extrai para uma produção equivalente
a 20 - 30 scs/ha. Aproveitamento do N do mato nos 5 meses,
3-10%.
Recomendações
Cafezais novos - manter no limpo uma faixa na linha e o
meio da rua bem roçado - combinar com aplicações de
herbicidas de pré e pós-emergência, sempre que
necessário.

Cafezais adultos - combinar roçadas com aplicações de


herbicidas em área total, deixando a lavoura no limpo,
completamente, a partir de dezembro, na época de
granação dos frutos.

O sistema de cultivo de brachiaria e-ou de leguminosas


precisa de novos estudos, que venham a mostrar,
efetivamente, suas vantagens ou efeitos positivos sobre
a produtividade dos cafeeiros.
Tecnologias questionadas
9- Uso de glifosato no controle do mato e efeito no
cafeeiro

Corrente de Técnicos vinha considerando prejudicial o


uso de glifosato na lavoura cafeeira, - o herbicida estaria
provocando efeitos fito-tóxicos e maior susceptibilidade
dos cafeeiros a doenças.

Atuação na desativação do Mn e no bloqueio da via do


chiquimato e os resíduos do glifosato seriam absorvidos
do solo e na rizosfera, no contato entre raízes do mato e
do cafeeiro.
Altura média de mudas de café em vasos aplicados com diferentes doses de
round-up no solo, em 2 épocas de plantio de mudas orelha de onça.
Caratinga-MG, 1977.

Tratamentos (doses de round-up e épocas de Altura média


transplante das mudas) das mudas (cm)
Plantio após aplicação, dose 2 l/ha 7,9 b
“ “ “ , dose 4 l/ha 8,5 ab
“ “ “ , dose 8 l/ha 6,1 c
“ “ “ , dose 16 l/ha 6,5 bc
Testemunha, sem aplicação. 9,2 a
Plantio 30 dias após apl. , dose 2 l/ha 8,2
“ “ “ “ , dose 4 l/ha 7,2
“ “ “ “ , dose 8 l/ha 6,9
“ “ “ “ , dose 16 l/ha 7,2
Testemunha, sem aplicação 8,0 N.S

Fonte: Miguel, Oliveira, Matiello e Carvalho, Anais 5º CBPC, IBC-GERCA,1977, p. 300-2


Produções, em 3 safras, em cafeeiros sob diferentes sistemas de controle
do mato e trato nutricional, Martins Soares-MG, 2009.

Sistemas Produção ( scs/ha)

2007 2008 2009 Média

Controle com gliphosate 44,15 71,13 41,0 52,1 a

Controle com roçadeira 48,37 53,25 47,1 49,6 a

Testemunha, com adubo 25,03 51,26 19,6 32,0 b

Testemunha, sem adubo 25,15 24,53 3,1 17,6 c

Redução de 39% pela falta de controle do mato


- de 69% pela falta de controle mais falta da adubação.
- e aumento de 3% pelo uso do herbicida.

Fonte: Matiello, J.B. et alli, anais do 35º CBPC, Mapa/Procafé, 2009, p. 8.


Crescimento de mudas de café Mundo Novo cultivadas em vasos sob diferentes
doses e modos de controle de B. decumbens com Gliphosate.
Varginha- MG, 2008.

Tratamentos Altura das Comprimento Diâmetro


plantas (cm) dos ramos (cm) do caule (cm)

Capina manual 58,4 b 23,4 b 1,4 a

Glifosate, 6 l/ha 59,6 b 25,7 b 1,5 a

Glifosate, 18 l/ha 58,9 b 25,0 b 1,6 a

Glifosate, 18 l, no solo 55,3 a 21,3 a 1,6 a

Glif. 6 l + gesso 1 t/ha 55,2 a 24,1 b 1,3 a

Glif. 6 l + fosfito 58,8 b 25,0 b 1,3 a

Fonte: Garcia, Padilha e Reis, Anais do 34º CBPC, MAPA/Procafé, 2008, p.65.
Produtividade de cafeeiros, nas 2 primeiras safras, sob doses crescentes
de Glifosato, aplicado ao solo. Araxá-MG, 2009

Tratamentos
(l/ha, glifosato) Produtividade nas safras (scs/ha)
1ª safra 2ª safra, Média
Testemunha capinada 68,3 a 19,2 a 43,7
1 l/ha/ano, 2 l período 62,8 a 25,9 a 43,9
2 l/ha/ano, 4 l período 64,6 a 21,0 a 47,3
4 l/ha/ano, 8 l período 71,4 a 19,1 a 45,2
8 l/ha/ano, 16 l período 60,8 a 21,7 a 41,2
16 l/há/ano, 32 l período 61,9 a 25,0 a 43,4
32 l/ha/ano, 62 l período 62,7 a 27,7 a 45,2
64 l/ha/ano, 128 l período 65,2 a 24,3 a 44,7

Fonte: Santinato, R. et alli, Anais do 35º CBPC, Mapa/Procafé, 2009, p 265


Conclusões
Pesquisas mostraram que as aplicações de glifosato
não afetam a produtividade dos cafeeiros.

Na prática, depois de muitos anos de uso do glifosato,


não se tem observado efeitos prejudiciais sobre o
desenvolvimento e a produtividade das lavouras.

Sobre o efeito do manganês em doenças - Ensaio com 2


tratamentos, 1- aplicações quinzenais de sulfato de
manganês foliar, 9 vezes, de dezembro a março, (600
ppm). 2- Sem aplicação de manganês.

No final 39 e 36 %, respectivamente de fls infectadas,


indicando que o manganês não influiu na
susceptiibilidade da planta à ferrugem(Matiello et alli, Anais do 32º
CBPC, 2006, p. 19).
Tecnologias questionadas
10- Modos de condução das podas em cafeeiros

Depois das podas(recepa, decote, esqueletamento) - no


retorno da brotação é preciso adotar a condução
adequada.

A forma de condução (com ou sem desbrota) e a


definição do número de brotos a conduzir, estão
relacionadas ao tipo e freqüência da poda, ao
espaçamento e, ainda, à variedade.

Também influi o tamanho da área podada, considerando


as dificuldades de desbrota.
Época de desbrota -
A época de desbrota depende da época da poda.

A poda deve ser feita entre junho e setembro, quanto


mais cedo melhor, para melhor produtividade na 1ª
safra.

Em dez-jan, deve ser feita a 1ª desbrota, com brotos de


15-30 cm.

Após cerca de 90 dias, a 2ª operação de repasse, com


menor uso de mão de obra.
Modo de desbrota -
Pode ser feita de 3 formas - sem desbrota, com desbrota
parcial, ou total.
Na recepa ou decote baixo (menos de 1,6 m) - desbrotar
visando conduzir e estruturar, novamente, a copa, com
menor número de hastes.
No decote e esqueletamento altos - condução sem
desbrota, pelas dificuldades de mão de obra. No ciclo
seguinte de poda, corta-se um pouco abaixo, ou mesmo
acima, para eliminar o excesso de hastes do topo.
O decote com desbrota total do topo só em casos
especiais, e por curtos períodos, por prejudicar muito a
produtividade.
Para safra zero um sistema novo vem sendo estudado,
com desbrota mecânica a posteriori, para eliminar o
crescimento de parte do topo, para concentrar reservas
para produção.
Número de brotos -
O número de plantas e de hastes por área é importante
na produtividade.

Um estande entre 5000 e 7000 plantas por hectare é o


ideal .

Na condução - deixar um número de hastes próximo ao


estande ideal. O número de hastes não tem o mesmo
efeitodo número de plantas (espaçamento no plantio).
Espaçamento, número de hastes iniciais e número de
brotos por cova/ha a conduzir após a desbrota.

Espaçamento Estande Estande após poda-


da lavoura original/ha- condução
( mxm) Número de
Número de Numero de
plantas
brotos por hastes/ha
planta
4 x 2 (2M) 2500 2 5000
4x1 2500 2 5000
4 x 0,7 3571 1-2 5357
4 x 0,5 5000 1 5000
3,5 x 1,0 2857 2 5714
Tecnologias questionadas
11- Diferenciação no ataque de Phoma e Pseudomonas

A Phoma e a Pseudomonas ocorrem com maior


gravidade nas regiões mais frias e umidas, de altitudes
mais elevadas e mais sujeitas a ventos.

É comum as duas doenças ocorrerem simultaneamente


e com sintomas parecidos.

A adequada caracterização do problema fito-sanitário é


importante, pois nela vai ser baseado o controle, que,
por sinal, é bastante distinto entre as duas doenças em
análise.
Phoma-Ascochyta –
Lesões escuras, quase negras, em folhas novas,
principalmente nas margens das folhas. Na Ascochyta,
também lesões ocorrem em folhas mais velhas, sendo
de cor marron claro, com anéis concêntricos.

Nas lesões de Phoma, quase sempre, ocorre


encurvamento das folhas, especialmente quando elas
se localizam na margem das folhas novas.

Raramente se observam halos amarelados em volta das


lesões.

O ataque à folhagem provoca desfolha, principalmente


das folhas novas.
Phoma-Ascochyta –

Ataca ramos, a partir de aberturas, principalmente


daquelas deixadas pela queda de folhas novas
atingidas.
Causa morte descendente de apenas 3-5 nós do ramo
afetado, contados a partir da ponta do ramo, de tecido
ainda tenro.
Ataca botões florais e frutos pequenos, chumbinhos,
munificando-os, principalmente a partir do seu
pedunculo, danificando, assim, vários frutinhos de uma
só vez, da mesma roseta. Este é o dano mais severo da
Phoma-Ascochyta.
Raramente ataca plantas novas no campo,
especialmente o ataque na sua haste principal.
Pseudomonas –
Causa lesões típicas, acinzentadas no centro, escuras
na margem, com halo amarelado em volta e
característico – nome mancha aureolada.

Em boa parte das lesões, observa-se, em sua margem


externa, um pequeno fio transparente, quando se
observa contra a luz.

As lesões ocorrem, especialmente, em folhas velhas,


nas margens ou em todo o limbo foliar, sendo em
grande numero por folha.

Como ataca folhas adultas, não causa seu


encurvamento.
Pseudomonas –
Provoca desfolha mais lenta, das folhas velhas.

Ataca ramos laterais e ponteiro e causa sua morte, as


lesões atingindo partes lenhosas dos ramos e a partir do
estrangulamento seca grande extensão do ramo
atacado, até quase todo ele.

Pode atingir rosetas de frutos.

Atinge a haste principal de plantas novas e velhas no


campo, provocando a seca da parte superior à lesão.

Pode ocorrer ataque em plantas só em folhas ou só em


ramos, neste caso mesmo sem a presença de sintomas
foliares.
Tecnologias questionadas
12- Definição da época de controle da ferrugem tardia

Condições de gravidade da ferrugem e sistemas de


controle químico - bem estudados.

Duvidas como tratar a ferrugem tardia - infecção que


escapa dos programas usuais de controle.

Período infectivo da ferrugem (penetração do fungo na


folha) - entre nov-dez e mar-abril, quando coincidem
condições climáticas(temperaturas mais altas e umidade
das chuvas) com maior susceptibilidade das plantas,
devida à transferência de reservas, das folhas para os
frutos, na sua granação.
Infecção tardia

Função da incubação do fungo, a maior infecção


aparece de mai-jul, e desfolha jul-set.

Controle bem feito, infecção final na faixa de 10-20% de


e desfolha de 20-30%, não ocorrendo perdas
significativas de produtividade na safra seguinte.

Ferrugem tardia - infecção se prolonga até mais tarde,


os níveis finais atingem até 40-50% de fls infectadas,
mesmo diante do controle quimico usual, com desfolhas
superiores a 50-60%, prejudiciais à produtividade.
Condicionantes da ferrugem tardia

Programas iniciando cedo(dez) e terminando cedo(fev).


Com 3 aplicações pode-se coincidir melhor a final
próxima ao fim do período infectivo (final março –
meados abril).

Adubações insuficientes ou lavadas (excesso de chuvas


nas 1ªs parcelas) e reduzidas ou canceladas (última
parcela), tornam as plantas mais fracas e
susceptíveis.(interação fer/cerc.).

Período chuvoso se estende e temperaturas demoram a


cair, mantendo um tempo adicional propício à infecção.
Controle da ferrugem tardia
1ª opção - Iniciar com uma aplicação protetiva (cobre ou
estrobilurina) junto com a usual de micronutrientes,
seguindo-se 2 aplicações de triazol mais estrobirulinas,
estas duas iniciando e terminando mais tarde.

2ª opção - Iniciar as aplicações dos sistêmicos mais tarde


e adequar um numero apropriado de aplicações, 2-3,
conforme a necessidade, sempre com a preocupação do
fim de ciclo.
Inicio mais tarde (1ª) é adequado nas áreas com
proteção da florada (fungicidas propiciam, também,
controle regular da ferrugem). Fazer 2 aplicações
adicionais para ferrugem, com uso da maior dose de
registro.
Áreas tratadas no período infectivo (jan-abr) - doença
frestrita a poucas folhas velhas. Em infecção maior e em
lavouras que vão produzir ou novas, aplicar um triazól
curativo.

Infecção pela ferrugem (% de fls. Infectadas) em cafeeiros sob diferentes épocas de
inicio e término das aplicações, com fungicida cuprico. Venda Nova-ES, 1975

Épocas e número de aplicações (meses) % de fls infectadas pela


ferrugem, em julho

Set., out., nov., dez., jan. (5) 72

Set., nov., jan. (3) 53

Out., dez., jan., fev. (4) 37

Nov., jan., mar. (3) 21

Dez., jan., fev., mar., abr. (5) 3

Dez., jan., fev., mar., abr. (5) 66

Fonte: Mansk, Matiello e Andrade – Anais 3º CBPC, IBC-Gerca, 1975p. 318-20


Infecção pela ferrugem em cafeeiros sob diferentes
épocas de uso dos fungicidas Jeriquara-SP, 2009

% de fls infectadas
Programas de controle por ferrugem

Fev Mar Abr Mai

Cyproc solo NOV, 0,7 3,7 8,7 45,0


Cypr + Azoxistr foliar, DEZ e FEV

Thiametoxan solo NOV, 0,2 2,0 4,5 12,0


Cypr + Azoxistr foliar, DEZ, FEV e
ABR
Testemunha 22,0 44,0 96,2 100,0

Fonte- Becker et alli, Anais do 35º CBPC, Fundação Procafe, 2009


Infecção pela ferrugem em cafeeiros sob diferentes tratamentos com aplicação
adicional de fungicidas, para controle da doença tardia- Varginha-MG, 2013

Infecção pela ferrugem


(% de fls infectadas

TRATAMENTOS Em Em
30/04/2013 12/06/2013
1-TESTEMUNHA 13,0 48,0 b
2-OPERA 1,5 L/ha 10,5 11,0 a
3-COMET 0,7 L/ha 9,5 17,5 a
4-COMET 0,7 L/ha + OXICL. Cu - 2,0Kg/ha 13,5 16,5 a
Fonte- Matiello, Paiva e Lacerda - 39º CBPC, Fundação Procafé ,2013,,no prelo
Tecnologias questionadas
13- Espaçamento de plantio e tombamento de
cafeeiros

Tombamento de cafeeiros - onde se usa melhores níveis


tecnológicos, adubações pesadas, irrigação e
espaçamentos menores nas linhas de plantio (renque),
visando maior produtividade e facilidade de tratos
mecanizados.

Pelo rápido crescimento das plantas, associado a


troncos finos.

A produção se concentra na parte alta das plantas, que


tombam, dificultando a passagem de tratores.
Controle do tombamento –
Pode ser efetuado, com os conhecimentos atuais, de 2
maneiras:
a) Preventivamente - plantando largo, pelo menos 1,25
m entre plantas. Perde-se em produtividade.
b) Corretivamente - amarrio de plantas, ou bambus
entremeados na linha, entre as plantas.
Outras tentativas - decote (herbáceo ou lenhoso) ,
variedades de menor crescimento, menores níveis de
trato durante a formação da lavoura.
Acauã e Sabiá, compactas e de tronco grosso, não
tombam. Plantas de porte alto tombam menos.
Plantio em sulcos com terra compactada e desbrotas e
eliminação de ramos ladrões
Diâmetro do tronco, em 2 alturas, em cafeeiros de porte alto e baixo,
em lavouras em Pirapora-MG, 2010

Lavouras-Variedades Diâmetro médio do Diâmetro médio do


caule a 10 cm do chão caule a 1,5 m do chão
(cm) (cm)

Catucai amarelo, plantas 8,3 6,4


porte alto

Catucai amarelo, plantas 5,2 4,1


porte baixo

Diferencial (%) 59 56
Mundo Novo 12,2 9,7
Catuai vermelho 144 7,1 5,5
Diferencial (%) 71 76

Fonte- Matiello J.B et alli, Anais do 36º CBPC, Funprocafe, 2010


Tecnologias questionadas
14- Plantio mecanizado de mudas de café.
O questionamento é - a muda não ficaria bem plantada,
como no sistema manual, podendo apresentar
problemas futuros na lavoura.
Projetos empresariais, plantios em grande escala, têm
necessidade de poupar mão de obra, tempo e dinheiro,
indicando o caminho da mecanização.
Milhões de cafeeiros assim plantados, resultaram em
cafezais altamente produtivos.

Cuidados
Para a boa operação da máquina - solo do sulco bem
pulverizado, e o plantio feito com solo pouco úmido.
Em mudas em sacolinhas plásticas normais, cortar
fundo antes de colocar nas caixas e na plataforma.
Sacolas super furadas e de TNT.

Para facilitar mais no rendimento, usar sacolas super-


furadas, contendo 60-80 furos, as quais não precisam
ser retiradas, pois as raízes saem lateralmente, pelos
furos.

As sacolas de TNT, ou agropotes, possuem a parede


com trama de tecido, por onde as raízes saem,
lateralmente, sem problemas, cerca de 15% delas
saindo mesmo antes do plantio. Cada caixa possui 77
mudas, nas dimensões de 4,5 x 12 cm, com volume de
260 cc,
Tecnologias questionadas
15 - Critérios na escolha das variedades para plantio-
renovação

Duas cultivares mais plantadas- a partir do Plano de


Renovação do ex-IBC, 1970-80 - Catuai e Mundo Novo,
ocupando, atualmente, cerca de 90% da área cafeeira
no pais.

A questão que se apresenta, aos técnicos de AT, é


como estas cultivares devem continuar sendo
indicadas, como optar entre elas, e como introduzir as
novas variedades, lançadas mais recentemente.
Catuai versus Mundo Novo

Catuai - se apresenta, em média, um pouco mais


produtiva que a Mundo-Novo, e se adapta melhor a
regiões montanhosas, a condições de stress (calor, frio,
deficit hídrico, ataque de ferrugem, stress nutricional),
sendo bem adequada para sistemas-produtores de
menor tecnologia.

Mundo Novo - se adapta bem a sistemas com poda, sob


condições boas de manejo e, pela sua maior
uniformidade de maturação, permite facilidade na
colheita mecânica, e, ainda, no preparo de cafés de
melhor qualidade, razão pela qual seu plantio tem
crescido ultimamente.
É muito adequada a combinação, na propriedade, das 2
cultivares, tendo em vista a sua maturação em períodos
diferenciados, o que facilita a programação de colheita.
Características vegetativas e produtivas comparadas entre
as cultivares Catuaí e Mundo Novo-Acaiá

Características diferenciais Catuai Mundo Novo-


Acaiá
Porte Baixo Alto
Vigor Bom Bom
Produtividade Alta, maior Boa
Tolerância à ferrugem Maior Menor
Desfolha Lenta, menor Rapida, maior
Maturação Tardia, desigual Média-precoce,
mais uniforme
Recuperação pós-poda Regular Boa
Necessidade de podas Menor Maior
Tolerância a deficit hidrico Maior Menor
Tolerância a calor e frio Maior Menor
Deficiência de magnésio Menor Maior
Deficiência de zinco Menor Maior
Deficiência de boro Maior Menor
Aproveitamento do P e transl.do N Maior Menor
Facilidade na colheita mecânica Menor Maior
Facilidade na colheita manual Maior Menor
Tamanho dos frutos-grãos Menor Maior
Novas Variedades –
características seletivas

Alta capacidade produtiva


 Arara, Catucai amarelo 24/137, Sabiá e Acauã novo.

Alta resistência à ferrugem


 Acauãs, IBC-Palma, Arara, Japi

Resistência à Phoma
 Catucai A 2SL, 20-15 c 479, Japi, Palma 2.

Resistência a M exigua
 Acauã, Acauã novo, Catucai 785-15 V. e A.
Novas variedades –
características seletivas
Resistência a Pseudomonas
 Catucai vermelho 20-15.

Tolerância a seca
 Acauã, Palma 2, Azulão, Catucai 20-15 cerrado

Resistência múltipla - BM, ferrugem e seca


 Siriema

Maturação diferencial
 Catucai 785-15 e Maracatiá(P). Catucais amarelos
(M), Acauãs, IBC-Palma, Arara (T)
Tecnologias questionadas
16 - Stress hídrico na floração do cafeeiro.

A questão de dar ou não um stress hídrico, no período


de colheita e antes da próxima floração do cafeeiro, é
antiga, da época do Dr A.P.Camargo, quem, na
definição das fases fenologicas do cafeeiro, citava,
nesse período, a existência de uma fase de dormência
das gemas, de stresse hídrico e de repouso natural da
planta.

Mais importante com a ampliação na área de


cafeicultura irrigada, cerca de 300 mil hectares, sendo
incluidas regiões cafeeiras com inverno mais quente.
Quando irrigar –
Os critérios de quando irrigar devem ser adotados a
condição de clima e da fisiologia do cafeeiro, conforme a
região –
a)Em regiões mais frias, a planta quase não vegeta no
inverno, entrando em quase repouso. A condição de
stress já é natural nessas regiões de inverno seco,
resultando em floradas mais uniformes na retomada das
chuvas ou irrigação. Pode-se, então, parar a irrigação
por 2-3 meses, correspondendo a um stress inferior a
100mm, no período frio (junho/julho), sem problemas.
b)Em regiões de temperaturas médias mais altas,
+ de19ºC todos os meses, o crescimento é mantido
durante todo o ano. A evapotranspiração é mais alto e
os solos armazenam menos água. A regra seria manter
a irrigação, conforme a necessidade, durante todo o
ano.
Stress benéfico no conjunto –

Como a irrigação dificulta a operação de recolhimento


dos frutos do chão e piora sua qualidade, alem da água
aumentar a sua queda.
Como a ausência de stress promove uma floração
desuniforme e consequente maturação dos frutos
desigualada, o que prejudica a colheita e a qualidade do
café também da safra seguinte.
Como pode-se economizar no uso de água e energia.

Indica-se usar um período sem irrigaçãoo, bem


controlado, sem excessos, o que prejudicaria a
produtividade por excessiva desfolha.
Efeito da suspensão da irrigação, em vários períodos, sobre a produção do
cafeeiro– cafezal MN 379/19, 6/7 anos, espaç. 4 x 1m, solo LVE, irrig. por gotejo.
Planaltina de Goiás – 1994

Tratamentos Produtividade
média,
4 safras (scs/ha)
Irrigado o ano todo 42,7
Menos setembro 37,4
Menos agosto e setembro 32,8
Menos julho, agosto e setembro 28,9
Menos junho, julho, agosto e setembro 26,8
Menos maio, junho, julho, agosto e setembro 29,7
Menos abril, maio, junho, julho, agosto e setembro 25,7
Menos outubro a março 34,1
Testemunha, sem irrigação 19,6
Fonte:
Santinato et alli – Anais 24º CBPC, p. 309-0
Efeito de diferentes períodos de stress hídrico na maturação de frutos
do cafeeiro, em 2 variedades. C. Paranaiba-MG, 2008

Tratamentos % de frutos cereja

Catuai Bourbom
amarelo

Sem stress hídrico 41 49

Com stress, media de 5 per. 45-90 d, 68 72


jun-set
Produtividade em cafeeiros submetidos a stress controlado em 2
épocas, com retomada da irrigação mais cedo. Pirapora-MG, 2008

Tratamentos Produtividade em
2008(scs/ha)
Stress em julho 2007 37,4 b

Stress em agosto 2007 50,2 a

Sem stress 26,3 c

Fonte – Matiello et alli, Anais do 34º CBPC, Mapa/Procafé,2008,p.37


Tecnologias questionadas
17 - Cultivo de cafeeiros arábica em regiões
quentes e de robusta em zonas mais frias

Duas espécies de café são mais cultivadas, no mundo e


no Brasil, a C. arabica, e C.canephora. No Brasil a
produção de arábica correspondea cerca de 74% da
safra anual.

As variedades arábica são mais adaptadas às regiões


de clima mais ameno, com temperaturas médias anuais
de 19-22º C, enquanto o robusta é adaptado a climas
mais quentes, em zonas mais baixas, com temperaturas
médias na faixa de 22-26º C.
Arábicas em regiões quentes -

Cultivar café de variedades arabica em zonas quentes


sempre foi um tabu para os técnicos tradicionais, que
costumam olhar, unicamente, os parâmetros de
temperatura indicados nos estudos de zoneamento.

Mas, a prática tem mostrado que, com irrigação e


medidas paralelas de proteção das plantas, tem sido
possível obter altas produtividades, mesmo em regiões
mais quentes, como é o exemplo de uma cafeicultura
empresarial explorada no Norte de Minas Gerais.
Arábicas em regiões quentes -

Projeto pioneiro em Pirapora a 500m alt, ta média 24,5º


C - na 9ª safra em 2013, em 480 ha, em 6 pivos-lepa,
plantio circular, com catuai e catucai amarelo, 3,7 X 0,5
m.

Controle de produtividade - na catação, com 1,5 ano =


12 scs por ha, aos 2,5 anos = 89 sos, aos 3,5 anos = 72
scs, aos 4,5 anos = 67,3 scs, aos 5,5 anos = 68 scs, aos
6,5 anos = 42 scs, aos 7,5 anos = 70 scs, aos 8,5 anos
= 35 scs e aos 9,5 anos = 87 scs/ha, com a média de
66,2 scs por ha nas 8 safras.
Produtividade em cafeeiros, na média de 6 safras, de diferentes cultivares
de café arábica em relação ao robusta conillon, Pirapora-MG, 2012

Cultivares em ensaio Produtividade média de


7 safras (2006-12)
(em scs por ha)

Catucai Anarelo 3-5 72,8


Catucai Amarelo fruto graudo 71,5
Topazio 70,0
Catuai vermelho IAC 144 65,5
Acaua 75,5
IBC-Palma 2 66,3
Conillon, 1 haste 73,7
Conillon, 3-4 hastes 83,3

Fonte – Matiello et alli, Anais do 38º CBPC, Fundação Procafé, 2012, p. 38


Catucai A, 3 SM c 15,
Piraporora
Catucai A, 3 SM c 15,
Piraporora
Robusta em regiões frias -

No Brasil o café robusta-conilon é cultivado nas regiões


de baixa altitude, no estado do ES, pouco no Vale do
Rio Doce em MG, Extremo Sul da Bahia e em RO.

Tem havido interesse na expansão do cultivo, em outras


regiões, muitas já tradicionais em arábica,
especialmente nas zonas vizinhas das áreas de conillon.

Em regiões de altitude mais elevada no Sul do Espirito


Santo e Vale do Rio Doce e Zona da Mata em Minas.
Produção, nas 5 primeiras safras, em cafeeiros Catuaí e Conillon,
em 2 pisos altitudinais – em Mutum, 240m e Martins Soares, 740m de
altitude– 2004.

Tratamentos Produção (scs/ha)

Média
Variedades Locais 2000 2001 2002 2003 2004
5 safras

Mutum
56,0 14,0 50,0 35,0 49,0 41,0
Catuaí Martins
84,0 30,0 42,0 16,0 75,0 49,0
Soares

Mutum
140,0 88,0 87,0 120,0 74,0 102,0
Conillon Martins
94,0 27,0 120,0 80,0 79,0 78,0
Soares

Fonte: Matiello et alli, Anais 30ºCBPC, MAPA/PROCAFÉ, 2004, p.15.


Produtividade,em 3 safras, em sacas por ha, em cafeeiros Conillon, de sementes e de
diferentes clones, em 3 locais na Zona da Mata de Minas, S.D. das Dores-MG, 2012
Produtividade média das 3 primeiras safras(sc/há), nos 3 locais
São Domingos das
Tratamentos
Inhapim(*) Imbé de Minas(**) dores(***)
2010 2011 2012 Média 2010 2011 2012 Média 2010 2011 2012 Média

Clone 02 106,6 108,9 67,3 94,3 aA 78,4 84,3 69,1 77,3 aB 44,4 47,1 92,9 61,5 aB

Clone 03 73,9 124,1 38,2 78,7 bA 64,4 113,7 28,5 68,9 aA 28,8 57,8 97,0 61,2 aA

Clone 08 59,5 117,4 38,5 71,8 bA 66,7 104,6 33,0 68,1 aA 18,0 69,9 72,0 53,5 aA

Clone 14 36,0 105,4 71,8 71,1 bA 41,8 106,2 48,3 65,4 aA 20,5 49,0 40,4 36,6 bB

Clone 120 73,2 137,8 84,7 98,6 aA 78,4 85,0 32,0 65,1 aB 24,2 84,3 69,7 59,4 aB

Clone 23 55,2 120,6 64,6 80,1 bA 60,1 108,2 38,1 68,8 aA 37,3 94,1 84,1 71,8 aA
Super tardio-
Ipiranga 51,6 102,2 38,9 64,2 bA 32,0 71,2 20,8 41,3 bB 17,3 39,9 40,4 32,5 bB

Seminal 32,0 116,5 56,6 68,4 bA 27,5 88,9 31,6 49,3 bB 6,8 70,6 47,1 41,5 bB

* 550 m com irrigação, ** 580 m com irrigação , *** 790 m sem irrigação.Rendimento: 340 L/saco de 60 kg.
Tecnologias questionadas
18 - Uso de produtos hormonais e bio-estimulantes.

Varios produtos no mercado, para uso, principalmente,


em pulverização na folhagem, com o objetivo de
melhorar o desempenho fisioloógico das
plantas(crescimento e-ou produtividade).
Trabalhos de pesquisa confirmando a ação no
pegamento da florada do Stimulate, ( 0.009% de
Cinetina, 0,005% de Ácido giberélico e 0,005% de Ácido
indolbutirico). Resultados positivos no crescimento dos
ramos e na produtividade, após poda de
esqueletamento, efetuando aplicaçõesna dose de 0,1 a
0,3%.
Amino-ácidos
Compostos de natureza orgânica, como Aminon e
Ribumim
Indutores de resistência – Bion e Fosfitos
Silicato de K e agro-silicio
Produtos à base de humus e-ou ácido fúlvico.
Extratos de algas
Penergetic
Ethrel e Mathury

Colocação de novos produtos no mercado, novas


tecnologias disponíveis, deveria ser precedida de sua
avaliação pela experimentação - caracterizar,
adequadamente, seus efeitos.
CONTATO

35 – 3214-1411 (Fundação Procafé)


Jb.matiello@yahoo.com.br

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