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Metafísica

Metafísica (do grego μετα [meta] = depois de/além de/ entre/ através de e Φυσις
[physis] = natureza ou físico) é um ramo da filosofia que estuda a essência do mundo.
O saber é o estudo do ser ou da realidade. Ocupa-se em procurar responder perguntas
tais como:
O que é real (veja realidade)? O que é natural (veja naturalismo)? O que é sobrenatural
(veja milagre)? O ramo central da metafísica é a ontologia, que investiga em
quais categorias as coisas estão no mundo e quais as relações dessas coisas entre si. A
metafísica também tenta esclarecer as noções de como as pessoas entendem o mundo,
incluindo a existência e a natureza do relacionamento entre objectos e suas
propriedades, espaço, tempo, causalidade, e possibilidade.

Abordagem platónica

Segundo o principio de não contradição, o fundamento ultimo de todo saber e de toda


realidade das coisas. É constituída por algo transcendente segundo o pensamento de
Platão.
Por vários motivos Aristóteles não julga plausível a teoria do seu grande mestre Platão
O sistema metafísico de Platão centraliza-se e culmina no mundo divino das ideias; e
estas contrapõem a matéria obscura e incriada. Entre as ideias e a matéria estão o
Demiurgo e as almas, através de que desce das ideias à matéria aquilo de racionalidade
que nesta matéria aparece.
O divino platónico é representado pelo mundo das ideias e especialmente pela ideia do
Bem, que está no vértice. A existência desse mundo ideal seria provada pela
necessidade de estabelecer uma base ontológica, um objecto adequado ao conhecimento
conceptual. Esse conhecimento, aliás, se impõe ao lado e acima do conhecimento
sensível, para poder explicar verdadeiramente o conhecimento humano na sua efectiva
realidade. E, em geral, o mundo ideal é provado pela necessidade de justificar os
valores, o dever ser, de que este nosso mundo imperfeito participa e a que aspira.
Abordagem Aristotélica

O termo "Metafísica" não é aristotélico; o que hoje chamamos de metafísica era


chamado por Aristóteles de filosofia primeira. Esta é a ciência que se ocupa com
realidades que estão além das realidades físicas que possuem fácil e imediata apreensão
sensorial.
O conceito de metafísica em Aristóteles é extremamente complexo e não há uma
definição única. O filósofo deu quatro definições para metafísica:

1. A ciência que indaga e reflecte acerca dos princípios e primeiras causas;


2. A ciência que indaga o ente enquanto aquilo que o constitui, enquanto
o ser do ente;
3. A ciência que investiga as substâncias;
4. A ciência que investiga a substância supra-sensível, ou seja, que excede o
que é percebido através da materialidade e da experiência sensível.

Os conceitos de ato e potência, matéria e forma, substância e acidente possuem


especial importância na metafísica aristotélica.

As quatro causas

Para Aristóteles, existem quatro causas implicadas na existência de algo:

 A causa material (aquilo do qual é feita alguma coisa, a argila, por exemplo);
 A causa formal (a coisa em si, como um vaso de argila);
 A causa eficiente (aquilo que dá origem ao processo em que a coisa surge, como
as mãos de quem trabalha a argila);
 A causa final (aquilo para o qual a coisa é feita, cite-se portar arranjos para
enfeitar um ambiente).

A teoria aristotélica sobre as causas estende-se sobre toda a Natureza, que é como um
artista que age no interior das coisas.

Ontologia: o conceito de ser e seus significados

Ontologia é a ciência do ser em geral.


O ser é o conceito fundamental da metafísica e não pode definir-se, porque carece do
género próximo.
Mas pode esclarar-se este conceito.
Ser engloba tudo o que existe (ou é) resolvente ou pode vir a existir. A negação do ser é
o nada.

Há diversas formas de ser:


Física
Substancia
a) Real moral (ou espiritual)
Acidente
Ser
b) Ideal (ou entre da razão)

Seus significados

O ser real é o que existe, de facto, fará do nosso pensamento (v. g. esta mesa, a alma
humana).

Ao ser ideal, também chamado «ente da razão, correspondem os conceitos e os seres


possíveis, cuja existência não envolve contradição.

Ao ser real corresponde uma realidade objectiva (v. g. o pensamento) ou mesmo


puramente hipotética. Os seres possíveis logo que passem á existência são já seres reais.

Propriedades transcendentais só ente (ou ser)

Há atributos lógicos do ser, que sempre o acompanham, embora nada lhe juntem, mas
que abarcam todos os seres.

Esses atributos são três (3)


a) Unidade;
b) Verdade;
c) Bondade.

• Todo o ser, é por si mesmo, uns (v. g. um homem, um astro, uma célula)
• Todo os ser, como tal, é verdadeiro, isto é tem uma maneira de ser, ou seja é o
que é (este é o conceito metafísico de verdade)
• Finalmente, todo o ser é bom.

Substancia, acto e potência

Substancia é o que existe em si e não noutro, segundo Aristóteles, isto, aquilo que tem
o ser em si mesmo (sendo, por isso, sempre sujeito)

A substancia opõe-se o acidente, que é o que existe noutro e não em si, isto é, aquilo
que não existe nem pode existir por si só, mas necessita um sujeito (a substancia) para
existir (v. g. o vinho) que esta dentro disso garrafa, é branco (acidentes) – situação,
lugar e qualidade.
A substância só pode conhecer-se indirectamente, isto é, através dos acidentes que
impressionam os nossos órgãos sensoriais.

Acto e Potencia

Na concepção aristotélica, as coisas irreais não são passiveis de tornarem-se ato,


pois, “ato” pressupõe-se uma “realidade integral” (ARISTÓTELES. 1969). O ato é
uma pressuposição de movimento e, isso equivale dizer que sem o movimento não se
pode chegar ao ato. O movimento não é atribuído aos seres inexistentes, pois, tendo
em vista que, deles se podem dizer objetos de reflexão e mesmo de desejo
(ARISTÓTELES. 1969), todavia não podem mover-se porque não existem em ato
condição necessárias para haver o movimento e serem movidos. Somente pode-se
afirmar que existem em potencia, mas não em ato, porque isso significa uma
existência real – a “realidade integral”.
Diferente de seu mestre Platão, Aristóteles acreditava que as coisas do mundo real
são por si perfeitas, assim sua interpretação do mundo é imanentista. Não havendo,
dessa forma, um mundo perfeito das idéias independente do tempo e espaço material
(transcendental), difere da concepção Platônica. Destarte, para Aristóteles apenas o
mundo real e sensível - este que vivemos – seria o mundo real, não havendo nada
além deste. Como conseqüência tudo que podemos compreender através da
intelecção é uma abstração deste mundo real.
Cabe dessa forma o questionamento, tentando ir mais além de Aristóteles: dos seres
objetos da reflexão e do desejo é possível chegarem ao ato? Aristóteles esquivou-se a
essa questão? Refletir sobre algo se pressupõe um fim, da mesma maneira desejar
algo, pressupõe-se também que esse desejo, deseja algo tendo em vista um fim, nada
nas coisas mesmo conceituais são sem um fim determinado, pois, são produtos dos
sujeitos que abstraem, e estes indivíduos que abstraem subprodutos de outras coisas
maiores até chegar-se ao menorconceito, à essência universal. Tudo se relaciona a
algo e muitas são funções de algo. Por isso, as coisas inexistentes podem dir-se-á
chegar ao ato, porém, sempre que produto de outras “coisas”: o desejo de comer é
ato quando se concretiza o alimentar-se, dessa forma o ato é o alimentar quando
concretizado. Todavia, é por demais complexo tentar delimitar e, sobretudo,
compreender quando um desejo é ato ou apenas potência e em que ponto é um ou
outro, porque é sempre potência-ato, isto é, possui um fim determinado e está em
estado de ato quando atinge a consciência. “Ter” um desejo é ato tendo em vista uma
necessidade, mesmo ela fisiológica, entretanto, essa necessidade é anterior ao desejo
ou a necessidade e desejos constituem dois atos? Ou o desejo é intrínseco e básico
não precisando da necessidade de fato? Dessa forma a necessidade seria o ato?
Tem-se antes o primeiro ou o segundo? Talvez seja uma resposta que não cabe
aqui, porque poderia até mesmo constituir uma fuga da metafísica de Aristóteles.
Questão mais simples de desenvolver concerne às abstrações simples, estas diversas
aos desejos, pois os desejos “compreendem-se de dentro pra fora”, as abstrações a
partir das percepções, porém considerando as expectativas predecessores dessa
reflexão. Só é possível haver a abstração do que já é ato, do que se percebe como
ato? Ou abstraímos os atributos enquanto potência apenas? Esses atributos do sujeito
no momento abstrativo são abstraídos enquanto potência-ato? Só se prever em base a
outras “potências-ato”. Só há abstração de atributos em um instante podendo ser ele
potência ou ato e, a intelecção faz todo o processo restante de ligação de causa e
efeito compreendendo a potência que se tornou ato. Por exemplo: quando se faz a
abstração de um conceito como à beleza, há várias formas de dizer o que é a beleza,
há a beleza branca, oriental, negra, beleza da vida e etc. Todavia, é um conceito em
ato e que, possuem uma determinada potência. É possível abstrair o conceito de
beleza jovem, mas isto significa que é ato, porém, potência da velhice.

Substancia supra sensível

Além disso, temos dito que a essência não é senão a substância, enquanto passível de
Ser definida num conceito. Ora, o que na substância é susceptível de conceito é
precisamente a
Forma – a qual é expressa na definição da essência – e não a matéria. Mas a forma, por
sua
Vez, é o que coloca dado grupo de substâncias numa determinada espécie. Por
conseguinte,
Pelo conceito, conseguimos conceber da substância, aquilo – e somente aquilo – que ela
tem
De comum com as demais substâncias da mesma espécie, qual seja, a sua forma.13
11 Idem. Ibidem: “Deus é o que há de mais nobre entre os entes, como foi explicado.
Ora, é impossível que um
Corpo seja o mais nobre dos entes. Pois um corpo é vivo ou não vivo. (...) Por outro
lado, o corpo vivo não vive
Por ser corpo, visto se assim fosse todo corpo viveria; é preciso que viva por alguma
outra coisa, como nosso
Corpo vive pela alma. Ora, o que leva o corpo a viver é mais nobre do que ele. Por
conseguinte, é impossível
Deus ser um corpo.”
12 Idem. Ibidem. I, 3, 2, C: “É impossível haver em Deus alguma matéria. Porque a
matéria é o que está em
Potência. Já se demonstrou que Deus é ato puro, nele não existindo nada de potencial.
Impossível, por
Conseguinte, que Deus seja composto de matéria e de forma.”
13 GILSON. LP. cit. p. 130: “Tal como la hemos definido, la esencia es la sustancia
misma, en cuanto es
inteligible por modo de concepto y susceptible de definición. Así, entendida, la esencia
expresa ante de todo la
forma, ou naturaleza, de la sustancia. Incluye pues en sí todo lo que entra en la
definición de la especie, y
Solamente esto.” “Tal como a temos definido, a essência é a substância mesma,
enquanto é inteligível por modo
De conceito e susceptível de definição. Assim entendida, a essência expressa antes de
tudo a forma, ou natureza,
Da substância. Inclui, pois, em si tudo o que entra na definição da espécie, e somente
isto.” (A tradução é nossa)
Introdução

A filosofia ciência do saber, que estuda as causas das coisas, esta sempre presente nas
nossas vidas no dia-a-dia dos seres vivos não só o homem,
Muita gente vê a filosofia como uma disciplina chata, ou um bicho-de-sete-cabeças,
mas o necessário é só querer saber e gostar da disciplina, poder praticar a filosofia
(filosofar).
Conclusão

O presente trabalho de investigação, de filosofia que tem como tema principal a


Metafísica. Não só ira valer como uma avaliação mas também servira de um manual de
consulta para mi nas classes mais avançadas e também para os que ainda estão em
classes atrasadas.
O trabalho foi feito por mi, com muita atenção e dedicação embora a falta de varias
fontes de consulta devido a vários motivos. Sem mais dizer agradecer o senhor
professor e desejar um bom trabalho. Obrigado.
Índice

Introdução
Metafísica--------------------------------------------------------------------------------------1
Abordagem platónica da metafísica -----------------------------------------------------1.1
Abordagem aristotélica da metafísica -----------------------------------------------------2
As quatro (4) causais -----------------------------------------------------------------------2.1
Ontologia o conceito do ser e seus significados ----------------------------------------2.2
Seus significados ------------------------------------------------------------------------------3
Propriedades transcendentais do só -------------------------------------------------------3.1
Substancia, acto e potencia -------------------------------------------------------------------4
Acto e potencia -------------------------------------------------------------------------------4.1
Substancia supra sensível ---------------------------------------------------------------------5
Bibliografia -------------------------------------------------------------------------------------7
Conclusão ---------------------------------------------------------------------------------------8
ESCOLA SECUNDÁRIA DE
MOCUBA

TRABALHO DE INVESTIGAÇAO DE
FILOSOFIA

Nome: José Carlos José


Turma: B/B
Nº: 31.
12ª Classe
Curso Diurno

Mocuba, 18/08/2010
Bibliografia

www.google.com

www.wikipwdia.com

Livro do aluno 12ª classe. Emergência de filosofar

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