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IEEE LATIN AMERICA TRANSACTIONS, VOL. 9, NO.

7, DECEMBER 2011 991

Cost Analysis in Optical Burst Switching


Networks with Optical Label Processing
F. R. Durand, M. L. F. Abbade, F. Rudge and E. Moschim
1
Abstract— The aim of this work is the analysis of optical burst rótulo para definir os pacotes de controle de redes OBS em
switching (OBS) networks with optical label processing based on virtude da utilização do GMPLS (Generalized Multiprotocol
optical code division multiplexing (OCDM) technology. An Label Switching) para roteamento e sinalização no
architecture of resource reservation based on just-in-time (JIT)
estabelecimento dos caminhos ópticos [5]. Apesar das
was proposed and the blocking probability of burst loss
considering the number of wavelength and traffic characteristics. vantagens apresentadas pelas redes OBS, estudos recentes
Also, a cost model to compare the traditional electronic indicam que o atraso ocorrido em função do processamento
processing and optical processing was developed. The main eletrônico dos rótulos pode tornar-se crítico em redes que
results have showed the decrease of burst loss and economy of trabalham com altas taxas de transmissão [5]. No intuito de
network resources when optical processing is utilized.. superar estas limitações estão sendo propostos recursos como
grooming [6], roteamento por deflexão [7] e novas técnicas de
Keywords— Optical Burst Switching, Optical Code Division
Multiplexing e Just-in-Time.
montagem das rajadas [8]. Uma alternativa é o emprego do
processamento óptico dos rótulos ópticos como uma forma de
I. INTRODUÇÃO aumentar a velocidade de processamento e a taxa de utilização
destas redes [9][10]. Este tipo de processamento é baseado no
O CONSTANTE crescimento da Internet está resultando
em um aumento de demanda por altas taxas de
transmissão e tecnologias de comutação que apresentam
emprego de rótulos compostos por códigos ópticos da
tecnologia de multiplexação por divisão de código OCDM
(Optical Code Division Multiplexing) [11]. Em [9] foram
elevada velocidade de chaveamento [1]. A tecnologia da
empregados rótulos baseados em códigos ópticos coerentes
multiplexação por divisão de comprimentos de onda WDM que empregam a modulação de fase e intensidade e são de alta
(Wavelength Division Multiplexing) tem fornecido uma complexidade para implementação [11]. Já em [10] eram
elevadíssima largura de banda. Porém, as tecnologias empregados rótulos baseados em códigos ópticos não-
utilizadas na comutação eletrônica ainda não apresentam uma
coerentes que utilizam somente a modulação em intensidade e
velocidade de comutação compatível [2]. Para tornar eficiente apresentam menor complexidade de implementação [12]. A
o uso da tecnologia WDM é preciso o emprego de técnicas análise do desempenho da utilização de redes OBS com
que permitam o roteamento e o encaminhamento de pacotes processamento óptico de rótulos OCDM foi realizada em
numa taxa de Tbps. Uma solução é a utilização das redes
[13][14], porém não foi considerada a análise do custo deste
óptica comutadas por rajadas OBS (Optical Burst Switching) sistema. Neste contexto, o objetivo deste trabalho é realizar
[3]. Nestas redes os pacotes de controle e as rajadas de dados uma análise comparativa do desempenho de redes OBS com
são transportados em comprimentos de onda distintos, processamento eletrônico e processamento óptico de rótulos
conforme ilustra a Fig.1. Desta forma, enquanto os pacotes de
baseados em códigos ópticos não-coerentes, considerando
dados são agregados em rajadas no roteador de borda, o pacote características das rajadas como comprimento e taxa de
de controle é enviado para fazer a reserva de recursos na rede chegada. Por outro lado, também são analisados os custos da
[3]. Os pacotes de controle são processados eletronicamente implementação das redes OBS. O restante deste trabalho está
nos OXCs da rede para efetuar a reserva de recursos somente organizado da seguinte forma. Na Seção II ilustra-se a
por um intervalo de tempo determinado [4].
arquitetura da rede OBS analisada. Na Seção III é apresentada
Assim, o caminho óptico estabelecido entre os nós de a metodologia de análise de custos. Na Seção IV apresenta-se
ingresso e egresso da rede é desconectado após o transporte da a metodologia de análise de desempenho. Na Seção V são
rajada. Esta separação entre os pacotes de controle e de dados ilustrados os resultados obtidos e finalmente, na Seção VI
fornece às redes OBS uma grande flexibilidade e facilidade de
discutem-se as principais conclusões do trabalho.
gerenciamento [4]. Neste trabalho, será empregado o termo

_________________________________
F. R. Durand, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, UTFPR,
Campus Campo Mourão, Brazil, fabiodurand@utfpr.edu.br
F. Rudge Barbosa, Faculdade de Engenharia Elétrica e da Computação,
UNICAMP, Campinas, Brazil, rudge@dsif.fee.unicamp.br
E. Moschim, Faculdade de Engenharia Elétrica e da Computação,
UNICAMP, Campinas, Brazil, moschim@dsif.fee.unicamp.br
M. L. F. Abbade, Faculdade de Engenharia Elétrica, PUC-Campinas,
Campinas SP, Brazil (e-mail: abbade@puc-campinas.edu.br
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Rótulo
Processamento Processamento Processamento
λ0 - Controle

TOffset

λi - Dados
Rajada de
dados
Comutador Óptico Comutador Óptico Comutador Óptico

Figura 1. Esquema de uma rede OBS com transmissão de rótulos (GMPLS) para reserva de recursos.

II. REDES ÓPTICAS OBS


A Fig. 1 ilustra o tempo de offset (Toffset), que pode ser
calculado por meio de [4]:

Toffset = NTSetup + TOXC (1)

sendo que N é o número de nós da rota óptica, TOXC representa


o tempo necessário para a configuração da conexão entre a
entrada e a saída do comutador óptico. TSetup representa o
tempo de processamento dos rótulos. Nas redes OBS são
fundamentais os processos de sinalização, roteamento e
alocação de comprimentos de onda. O roteamento é
empregado para definir a trajetória que a rajada terá ao longo
da rede. Já a alocação de comprimento de onda determina o
comprimento de onda que será utilizado para a transmissão da
rajada. Por outro lado, a sinalização específica qual o tipo de
protocolo será utilizado para realizar a reserva de recursos ao
longo da rede. Neste processo, ocorre a transmissão do rótulo
Figura 2. Processo de reserva de recursos em função do tempo para o
pelo nó OBS de ingresso na rede, antes da transmissão da protocolo JIT.
informação. O rótulo possui informações sobre a rajada, sendo
processado no nó de ingresso e nos demais nós da rede. Os Neste trabalho os rótulos são compostos por códigos ópticos
principais protocolos que vem sendo utilizados são o JIT não-coerentes baseados em números primos. Este tipo de
(Just-in-Time) e o JET (Just-Enough-Time) [3][15]. Na código é gerado por meio de codificadores e decodificadores
sinalização tipo JET o rótulo possui informações sobre a que utilizam linhas de retardo [12][18]. O emprego de linhas
rajada como duração, destino e prioridade, sendo processado de retardo consiste da forma mais simples e econômica de
no nó de ingresso e nos demais nós da rede. Assim, ocorre a geração de códigos ópticos. Por outro lado, os códigos
liberação dos recursos após o tempo previsto de utilização pela baseados em número primos suportam um maior número de
rajada. Este tipo de sinalização apresenta um efeito positivo na usuários que os tradicionais códigos ópticos não-coerentes
diminuição da probabilidade de perdas de rajadas [5]. Porém, ortogonais OOC (Optical Orthogonal Codes) [12]. Os códigos
apresenta a complexidade de necessitar do controle exato de OOC são códigos longos comparados com códigos primos e
todos os tempos envolvidos no processo. Assim, esta necessitam de algoritmos mais complexos para sua construção
sinalização pode apresentar dificuldade de implementação em [19].
redes legadas [15]. Na sinalização tipo JIT após a transmissão Os códigos ópticos baseados em número primos possuem
da rajada é enviado um rótulo para efetuar a liberação dos comprimento dado por L = P2 e peso w = P, sendo P um
recursos. Desta forma, a sinalização tipo JIT aumenta a número primo. Estes códigos são obtidos por meio de
quantidade de rótulos na rede, porém requer menos seqüências Si = {si0,…, sij,…, si(P-1)}, onde i ∈ GF(P) – Campo
complexidade com relação à predição dos tempos envolvidos de Galois, e sij ={i ⋅ j} com modulo P [17].Um código primo
no processo de sinalização [15]. Em [13][14] foram analisadas
com seqüências distintas, ci = {ci0, ci1,…, cij,…, ci(L-1)} para k
redes ópticas com processamento óptico OCDM considerando
= 0, 1, 2, 3, …, L – 1, são construídos por meio de [17]:
o protocolo JET e suas variações. Neste trabalho será
empregada a sinalização tipo JIT para obtenção de menor k = s ij + jP e j ∈ GF (P )
1,
complexidade na rede, principalmente em termos de c ik =  (2)
equipamentos de predição dos tempos de reserva de recursos 0, caso contrário
[15][16]. O processamento óptico de rótulos possui como
principal objetivo a diminuição do tempo de processamento Os códigos primos gerados inicialmente por (2) podem ser
nos OXCs do núcleo da rede. A Fig. 2 ilustra o processo de alterados para obtenção de códigos que apresentam
reserva de recursos em função do tempo para o protocolo JIT.
DURAND : COST ANALYSIS IN OPTICAL BURST SWITCHING 993

desempenho superior como códigos primos modificados e com o decodificador é extraído e passa pelo dispositivo de
códigos primos estendidos, entre outros [18]. Neste sentido, limiar óptico baseado em um TOAD (Terahertz Optical
com intuito de aumentar a capacidade com relação ao número Asymmetric Demultiplexer). Este dispositivo realiza o
de usuários, vem sendo investigadas técnicas como controle de condicionamento do sinal. O sinal condicionado é codificado
potência e cancelamento de interferência [20][21]. Estas com um novo código de acordo com a tabela de rótulos do
técnicas podem duplicar a capacidade de número de usuários. GMPLS.
O desempenho dos sistemas OCDM podem ser obtido por
meio da probabilidade de erro de bit (Pe) que é calculada de Dados Codificados Dados Decodificados Bit Dados Codificados

MAI
forma aproximada por [22][23]:
T T T T
 −P 
Pe = Θ  (3)
 4(M − 1)σ  Ci Cj
  Correlator
Óptico
Codificador
Óptico

sendo M o número de usuários, σ a variância média em função Seleção de Código Geração de Código

da interferência de múltiplos usuários (MAI) e Dispositivo de Limiar (Thresholding)

Θ( x ) = 1 2π 
x

−∞
( )
exp − y 2 2 . A variância é igual a 1,67 e Figura 4. Conversor de códigos ópticos com correlator óptico, dispositivo de
limiar (thresholding) e codificador óptico.
0,75 para códigos primos e códigos primos estendidos,
respectivamente [22]. Neste intuito, para exemplificar o O estudo realizado em [24] mostrou que o desempenho de
desempenho dos códigos primos verifica-se que o número de roteadores OCDM com estrutura de troca de rótulos, baseado
usuários suportados a uma taxa de erro de bit de 10-9 para P = em códigos primos, similar a ilustrada nas Fig. 3 e 4, pode ser
13 é de aproximadamente 7, sendo aumentado para 14 no caso aproximada pela metodologia desenvolvida em [23].
de códigos primos estendidos [23]. De forma similar, para P =
31 o número de usuários suportados seriam 31 e 70, III. MODELO DE CUSTOS
respectivamente. Com intuito de analisar o custo de utilização do
Para implementação da sinalização JIT baseada em processamento óptico e eletrônico dos rótulos será
processamento óptico é preciso empregar um processador estabelecido o custo da camada de transporte WDM e da
óptico sinal. A Fig. 3 ilustra a proposta de uma arquitetura de sinalização. Inicialmente, será analisado o custo de uma rota
processamento óptico. óptica WDM. A rota óptica é definida pelo laser em
determinado comprimento de onda (λ), enlaces entre OXCs e
Óptico
C1 C1 Eletrônico
recepção no nó de destino com a conversão EO do sinal
Troca de Rótulos
Rótulo no
comprimento de onda de controle λ0
Cj → CK recebido. Os elementos de uma rota óptica são ilustrados na
Fig 5.

λ1 λ1
Transponders

Transponders
C1
Roteamento
Atribuição de λs
λ2 λ2
λ3 λ3

Rajada de dados no λn EDFA OXC OXC EDFA λn


comprimento de onda λi
Mux/Demux Mux/Demux
Rajada
Figura 5. Rota óptica.
Comutador Óptico
Figura 3. Arquitetura do processador óptico OCDM. O custo (CRota) de uma rota óptica é dado por:

Neste processador óptico ocorre a divisão de potência do CRota = Nλ ⋅ Cλ + NMux/Demux ⋅ CMux/Demux + NEDFA ⋅ CEDFA +
rótulo Cj que chega ao processador. Esta divisão fornece duas (4)
NOXC ⋅ COXC
cópias do rótulo, sendo uma utilizada para atribuição dos
comprimentos de onda e determinação da rota estabelecida e a sendo Nλ e Cλ o número de transponders bidirecionais e o seu
outra cópia é utilizada na troca de rótulos. Na atribuição de respectivo custo, NMux/Demux e CMux/Demux representa o número de
comprimentos de onda e roteamento ocorre a correlação óptica multiplexadores/demultiplexadores e seu respectivo custo,
dos rótulos. Neste processo será extraído o sinal que NEDFA e CEDFA representam o número de EDFAs (Erbium
apresentar a maior correlação com o decodificador e a Dopad Fiber Amplifier) e o seu respectivo custo e, finalmente
potência do código será convertida em sinal elétrico por meio NOXC ⋅ COXC ilustram o número de OXCs e seu respectivo
de conversão eletro-óptica (EO). Os recursos do enlace como custo. O custo dos equipamentos é normalizado com relação
posição de comutação e comprimento de onda ficam ao custo de um sistema transponder com taxa de transmissão
reservados até a chegada do rótulo de liberação dos recursos. de 10 Gbps e alcance de 750 km. Os custos que serão
A troca de rótulos é realizada no domínio óptico por meio de ilustrados representam valor de mercado atual [25].
um conversor de código óptico ilustrado na Fig. 4. No
conversor de códigos o sinal que apresentar a maior correlação
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Transponders: São os equipamentos com laser transmissor e


fotodiodo no receptor. No custo do transponders considera-se CO = N ⋅ Cλ + N ⋅ CÓptico (6)
a taxa de transmissão e distância sem utilizar regeneração EO.
A Tabela I ilustra o custo deste tipo de equipamento. Para obtenção do custo de cada unidade de processador óptico,
conforme ilustrado nas Fig. 3 e 4, considera-se que o
Tabela I. Custo de Transponders conversor de códigos incluindo o TOAD e as fibras de retardo
Transponders Cλ é 2,32. Este custo é baseado na estrutura do TOAD que é
2,5 Gbps – 750 km 0,33 composto por um SOA (Semicontuctor Optical Amplifier).
10 Gbps – 750 km 1,00
IV. METODOLOGIA DE ANÁLISE DE DESEMPENHO
40 Gbps – 750 km 3,75
Agora será analisado o esquema de reserva de comprimentos
Mux/Demux: São equipamentos que efetuam a multiplexação de onda empregando a sinalização JIT. A sinalização tipo JIT
e demultiplexação dos comprimentos de onda. Nestes também foi escolhida em função da exatidão dos resultados
equipamentos são inclusos os amplificadores boosters e pré- obtidos de forma analítica [16]. Neste esquema devem-se
amplificadores na recepção. A Tabela II ilustra o custo deste considerar dois pontos importantes. O primeiro é a
tipo de equipamento. possibilidade de uma rajada se sobrepor sobre o tempo de
TOffset de uma ou mais rajadas. O segundo diz respeito à
Tabela II. Custo de MUX/DEMUX disciplina empregada nos nós OBS que não prevêem
MUX/DEMUX CMux/Demux prioridade para a primeira rajada que chega ao nó. A
40 Comprimentos de onda 7,50 determinação do tempo de serviço efetivo de rajada para a
80 Comprimentos de onda 10,83 sinalização JIT está indicada na Fig. 6. Esta figura ilustra que
para uma rajada o comprimento de onda é reservado para a
EDFA: O EDFA atua na amplificação óptica do sinal e duração da rajada que é igual à soma de dois períodos de
também possuiu equalizadores de ganho e as fibras ópticas tempo. A duração do primeiro período é igual ao TOffset e a
compensadoras de dispersão. A Tabela III ilustra o custo deste duração do segundo período é igual a duração da rajada. A
bloco de equipamentos que devem ser instalados a cada 80 duração da rajada possui uma média igual a 1/μ. Assim, tempo
km. de serviço efetivo das rajadas é dada por (TOffset + 1/μ) [27].
A Tabela III Custo do bloco EDFA
Taxa de chegada Taxa de chegada
Tipo do equipamento CEDFA dos rótulos (Rajadai) dos rótulos (Rajadai+1)
EDFA/ Equalizador/ 40 λs – 80 4,94
km
EDFA/ Equalizador/ 80 λs – 80 5,34 OOCi OOCi+1

km
Rajada i Rajada i +1
t1 t2 t3 t4 t5 t6 Tempo
OXC: O OXC é responsável pela comutação óptica e é
baseado em matrizes de MEM (Micro-Electro-Mechanical Livre Reservado Livre Reservado Livre
Systems). O seu custo depende do número de fibras (F) de Figura 6. Diagrama de tempo do processo de reserva empregando JIT.
entrada e saída. A Tabela IV ilustra o custo deste tipo de
equipamento. Baseada nestas informações, a porta de saída do nó OBS
A Tabela IV. Custo do OXC comporta-se como um sistema de perdas M/M/W/W, sendo W
Tipo do equipamento COXC o número de comprimentos de onda disponíveis na porta e a
40 λs – N° de fibras (F) 2,5 + 7,08 F intensidade de tráfego é dada por:
80 λs – N° de fibras (F) 2,75 + 9,17 F
1 
ρ = λ  + TOffset  (7)
Agora será considerado o custo em função do tipo de μ 
processamento empregado. No caso do processamento
eletrônico será considerado que em cada nó da rede é realizada Sendo λ taxa média de chegada das rajadas considerando um
a conversão EO do rótulo. Este rótulo é processado processo de Poisson. O limite superior da probabilidade de
eletronicamente. Desta forma, o custo do processamento perdas de rajadas (BBP) considerando um sistema M/M/W/W é
eletrônico (CE) é dado por: determinado empregando a formulação de Erlang [16][28],
com r = ρ ⋅ W:
CE = N ⋅ Cλ + N ⋅ CEletrônico (5)

sendo Cλ o custo de um transponder entre cada nó da rede e 1 W !⋅ r W


BBP =
CEletrônico o custo dos circuitos eletrônicos que realizam o k
(8)
processamento da informação contida no rótulo. Neste
trabalho será considerada uma estrutura eletrônica similar a
1 m!⋅ r
m =0
m

empregada em [19] com custo CEletrônico = 3,26.


O custo do processamento óptico (CO) é dado por:
DURAND : COST ANALYSIS IN OPTICAL BURST SWITCHING 995

V. RESULTADOS A Fig. 8 ilustra que a probabilidade de perdas de rajadas


A seguir realiza-se o estudo da probabilidade de perdas de aumenta em função do número de enlaces quando se emprega
rajadas em função do número de comprimentos de onda o processamento eletrônico, porém se mantém constante
disponíveis. Neste estudo foi considerado o comprimento quando se emprega o processamento óptico. Desta forma, se
médio das rajadas (1/μ) de 100 kbytes (80μs). O tempo de verifica que empregando o processamento eletrônico haveria a
configuração do OXC (TOXC) de 1 ms, tempo de perda de rajadas quando ocorrer o aumento do número de
processamento óptico considerado foi de 0,1 ns para uma taxa enlaces.
de transmissão de 10 Gbps [14]. Por outro lado, o tempo de Um dos parâmetros que influenciam no projeto de redes
processamento eletrônico foi de 50 µs [26]. A Fig. 7 ilustra a OBS é o comprimento das rajadas aceitas pela rede, pois em
probabilidade de perdas de rajadas em função do número de redes OBS convencionais os pacotes de pequeno comprimento
que chegam aos nós de ingresso são agregados com pacotes de
comprimento de onda para λ = 2 e 4 µ para rotas com 5, 10 e
mesmo destino para que a rajada tenha o comprimento
15 enlaces, considerando o processamento eletrônico e o
adequado para ser transportada. Como foi ilustrado em [14]
processamento óptico.
1
uma das vantagens do emprego do processamento óptico é a
0,1
possibilidade da rede aceitar rajadas com menor comprimento
e mesmo assim conseguir uma boa utilização da rede. Desta
Probabilidade de perdas de rajadas

0,01

1E-3
forma, a Fig. 9 ilustra a probabilidade de perdas de rajadas em
λ = 4μ
1E-4 λ = 2μ
função do comprimento médio das rajadas para uma taxa
1E-5 Eletrônico média de chegada 2 e 4μ para rotas com 5, 10 e 15 enlaces,
1E-6
N=5
N = 10 considerando 64 comprimentos de onda disponíveis.
N = 15
1E-7
Óptico 1
1E-8
N=5
0,1 λ = 4μ
1E-9 N = 10

Probabilidade de perdas de rajadas


N = 15 0,01
1E-10
0 10 20 30 40 50 60 70 80 90 100 110 120 130 140 150 160 1E-3
Número de comprimentos de onda
1E-4 λ = 2μ
Figura 7. Probabilidade de perdas de rajadas em função do número de
1E-5
comprimentos de onda.
1E-6

1E-7
Por meio da Fig. 7 se verifica que a probabilidade de perdas Eletrônico Óptico
1E-8 N=5 N=5
de rajadas é menor quando se emprega o processamento óptico N = 10 N = 10
1E-9
comparado com o processamento eletrônico. Também, se N = 15 N = 15
1E-10
observa que a probabilidade de perdas de rajadas apresenta o 0 100 200 300 400 500 600 700 800

mesmo valor no caso do processamento óptico, Comprimento médio das rajadas (μs)

independentemente do número de enlaces que a rota possui. Figura 9. Probabilidade de perdas de rajadas em função do comprimento das
rajadas.
Este comportamento é explicado pelo pequeno tempo utilizado
pelo processamento óptico (~0,1 ns), pois dependerá Por meio da Fig. 9 se observa que a probabilidade de perdas
diretamente do número de enlaces multiplicado pelo tempo de de rajadas aumenta em função do aumento do comprimento
processamento. Considerando um aumento de tráfego, ou seja, médio das rajadas. Porém, se verifica que a probabilidade de
λ = 4µ também se verifica que a probabilidade de perdas de perdas de rajadas é menor quando se emprega o
rajadas é menor quando se emprega o processamento óptico processamento óptico dos rótulos, principalmente para rajadas
comparado com o processamento eletrônico. Para analisar o de pequeno comprimento. Assim, obtém-se uma granularidade
efeito do número de enlaces numa rota, a probabilidade de maior empregando o processamento óptico de rótulos.
perdas de rajadas em função do número de enlaces é ilustrada Para visualizar o efeito da economia de comprimentos de
na Fig. 8. Neste estudo foram considerados os mesmos dados onda, no caso da utilização do processamento óptico, será
anteriores, porém emprega-se um número fixo de 64 empregada a métrica da economia relativa de custo de
comprimentos de onda. comprimentos de onda, definida como:
1

0,1 (C E + W E ⋅ C Rota ) − (C O + W O ⋅ C Rota ) (9)


Economia (% ) = 100
(C E + W E ⋅ C Rota )
Probabilidade de perdas de rajadas

0,01
λ = 4μ
1E-3

Eletrônico
1E-4
Óptico sendo WE e WO o número de comprimentos de onda
1E-5
necessários para obtenção de uma probabilidade de perdas de
1E-6
λ = 2μ rajadas de 10-6, empregando o processamento eletrônico e
1E-7
processamento óptico, respectivamente. As Fig. 10(a) e (b)
1E-8
ilustram a economia relativa de custo de comprimentos de
1E-9
onda para rotas ópticas com 5, 10 e 15 enlaces considerando
rajadas com comprimento de 100 kbytes (80 μs) e 522 bytes
1E-10
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
Número de enlaces em uma rota
(0,42μs), respectivamente. A taxa de transmissão considerada
Figura 8. Probabilidade de perdas de rajadas em função do número enlaces em foi de 10 Gbps.
uma rota.
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rede. Os principais resultados obtidos mostram a vantagem do


50
emprego do processamento óptico dos rótulos comparado com
45 λ = 2μ o processamento eletrônico com respeito à diminuição da
40 λ = 4μ probabilidade de perdas de rajadas, principalmente para
35
rajadas de pequeno comprimento. Neste intuito, também se
observa uma economia nos recursos da rede, que neste caso
30
são os comprimentos de onda. Uma análise global mostra que
Economia (%)

25 a rede OBS com processamento óptico de rótulos possui


20 granularidade próxima a das redes comutadas por pacotes,
15
porém sem as suas principais limitações.
10

5
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conforme foi ilustrado anteriormente. Por outro lado, ocorre Transactions Fundamentals, Vol. E82 A, n. 12, pp. 2616 – 2626,
dezembro 1999.
uma economia maior no caso de rajadas de menor [12] F. Chung, J. Salehi e V. Wei, “Optical Orthogonal Codes: Design,
comprimento como no caso da Fig. 10(b). Este Analysis, and Applications”, IEEE Transaction on Information Theory,
comportamento melhor visualizado por meio da Fig. 9, onde vol. 35, no. 3, 595 – 604, maio 1989.
se verifica que rajadas de menor comprimento apresentam [13] S. Arakawa, M. Murata e K. Kitayama, “One-Way Reservation Scheme
Using Optical Code Processing For Fast Data Transfer In Wdm
maior probabilidade de perdas no caso do processamento Networks” in Proc. Conference on Optical Network Design and
eletrônico. Porém, quando ocorre o aumento do comprimento Modeling (ONDM), pp. 1073 – 1088, 2003.
das rajadas a probabilidade de perdas se aproxima. [14] F. Durand, M. Abbade, F. Rudge and E. Moschim, “Analysis of Optical
Burst Switching Network with Code-Based Label Processing”, Journal
of Microwaves and Optoelectronics, vol.6, pp.111 – 126, junho 2007.
VI. CONCLUSÕES [15] Baldine, G. Rouskas, H. Perros e D. Stevenson, “Jumpstart: A Just-in-
Neste trabalho foi analisado o efeito da utilização da Time Signaling Architecture for WDM Burst-Switched Networks”,
IEEE Communications Magazine, pp. 82 – 89, fevereiro 2002
sinalização baseada no processamento óptico de rótulos [16] K. Dolzer, C.M. Gauger, J. Späth e S. Bodamer, “Evaluation of
OCDM em redes OBS. Esta análise considerou o desempenho reservation mechanisms for optical burst switching”, AEÜ International
da rede e o custo dos recursos empregados. Foi considerada a Journal of Electronics and Communicatios, Vol. 55, No. 1, pp. 1 – 6,
utilização da sinalização de reserva de recursos empregando o janeiro 2001.
[17] P. R. Prucnal, M. A. Santoro, and T. R. Fan, “Spread spectrum fiber-
protocolo JIT que apresenta maior viabilidade de
optic local area network using optical processing,” J. Lightwave
implementação e também resultados mais precisos quando se Technol., vol. LT-4, pp. 547–554, May 1986
empregam modelos analíticos de análise de desempenho da
DURAND : COST ANALYSIS IN OPTICAL BURST SWITCHING 997

[18] H. Yin and D. Richardson, Optical Code Division Multiple Access A, Journal of Communication and Information Systems (SBrT) e Journal of
Communication Networks: Theory and Applications, Springer Berlin Microwaves, Optoelectronics and Electromagnetic Applications (SBMO).
Heidelberg New York, 2007.
[19] Neto, A.D. ; Moschim, E. . New optical orthogonal codes by using É bacharel (B.Sc.) em Fisica pela Pontifícia Universidade
diophantine equations. Revista IEEE América Latina, vol. 3, p. 225- Católica do Rio de Janeiro (1976), Mestre em Física
232, 2005. (M.Sc.) pela Universidade Estadual de Campinas (1979) e
[20] M. E. N. Tarhuni, T. Korhonen and E. Mutafungwa, “Power control of doutor (Ph.D.) em Engenharia Elétrica pela Universidade
optical cdma star networks,” Optics Communications, vol. 259, pp. Estadual de Campinas (1992). É professor colaborador na
655–664, 2006. Faculdade de Engenharia Elétrica e de Computaçao, da
[21] T. Eltaif, H. M. H. Shalaby, S. Shaari, and M. M. N. Hamarsheh, Universidade Estadual de Campinas (FEEC-Unicamp); e
"Analytical comparison of optical code-division multiple-access pesquisador senior do INCT-Namitec, no Centro de
systems with and without a successive interference cancellation scheme Tecnologia da Informaçao -- MCT/CTI, em Campinas SP. Tem ampla
using modified prime-sequence codes," SPIE Opt. Eng., vol. 47. no.9, experiência nos ambientes academico e empresarial, nas áreas de Engenharia
pp. 095001(1-6), Sept. 2008. Elétrica e Física da Matéria Condensada, com ênfase em Lasers, Fibras Óticas
[22] José Valdemir dos Reis Junior , Modelagem de redes CDMA-PON e suas aplicaçoes, e Sistemas de Telecomunicações. Atua em P&D e inovaçao
baseadas em técnicas de cancelamento paralelo e códigos corretores de tecnologica, com atividades de ensino e consultoria como especialista em
erros, Dissertação de Mestrado, Escola de Engenharia de São Carlos da sistemas de Comunicaçoes Ópticas, Redes óticas metropolitanas e acesso,
Universidade Estadual de São Paulo, 2009. Disponível em chaveamento fotonico (photonic switching), dispositivos semicondutores,
http://www.teses.usp.br/teses/disponiveis/18/18155/tde-14122009- componentes óticos e optoeletronicos, e opto-mecanica de precisão. Possui
105507/pt-br.php dezenas de trabalhos publicados em conferencias e periodicos nacionais e
[23] Yang, G.C.; and Kwong, W.C. Performance analysis of optical CDMA internacionais. É membro da SBF, da SBrT, membro e conselheiro da SBMO,
with prime codes. Electron. Lett. 31: 569-70. 1995. consultor do ITU-T, e membro da OSA e da IEEE ComSoc. Recebeu dois
[24] F. Durand, E. Moschim and F. Rudge, “Performance analysis of optical premios profissionais. Atualmente bolsista DTI-1 do CNPq.
code switching router”. European Transactions on
Telecommunications, vol. 21, p. 101-107, 2010. Edson Moschim, Formou-se em Engenharia Eletrônica,
[25] Report: Migration Guidelines with Economic Assessment and New em 1975 na UNISANTA, Santos, São Paulo. Obteve o
Business Opportunities Generated by NOBEL phase 2. http://www.ist- grau de Mestre em Engenharia Elétrica na UNICAMP,
nobel.org Campinas, São Paulo, em 1983 e Doutor em Ciências
[26] Y. Sun, T. Hashiguchi, V. Minh, X. Wang, H. Morikawa e T. Aoyama, Físicas na Universidade de Paris XI, França, em 1989,
“Design and Implementation of an Optical Burst-Switched Network tendo desenvolvido seu trabalho de tese na Ecole
Testbed”, IEEE Optical Communications, S48 – S55, novembro de Supérieure d´Electricité (SUPELEC). Durante o período
2005. de 1978 - 1985 trabalhou com o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da
[27] J. Teng e G. Rouskas, “A Comparison of the JIT, JET and Horizon Telebrás (CPqD), Campinas, São Paulo, na área de simulação e projeto de
Wavelength Reservation Schemes on a Single OBS Node”, in Proc. sistemas de comunicação por fibra óptica. Participou do desenvolvimento do
The First International Workshop on Optical Burst Switching (WOBS), primeiro sistema de comunicação por fibra óptica brasileiro, o ELO 34. Desde
2003. 1985 é professor da Universidade Estadual de Campinas. Atualmente é
[28] J. Jue and V. Vokkarane, Optical Burst Switched Networks, Springer professor titular (MS-6). Foi diretor associado do Centro de Componentes de
Berlin Heidelberg New York, 2005. Semicondutores (CCS) na gestão 2001-2002 Foi chefe do Departamento de
Semicondutores, Instrumentos e Fotônica (DSIF) da Faculdade de Engenharia
Fabio Renan Durand é graduado em Engenharia Elétrica Elétrica e de Computação (FEEC), na gestão 2002-2004. Ministrou vários
pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul cursos (graduação e pós graduação) na área de sistemas de comunicação.
(UFMS, 1999), Mestre em Engenharia Elétrica pela Publicou mais de uma centena de artigos técnicos em congressos e revistas
Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de nacionais e internacionais. Publicou e orientou várias teses de mestrado e de
São Paulo (EESC/USP, 2002) e Doutor em Engenharia doutorado na área de sistemas de comunicação por fibra óptica. Atualmente
Elétrica pela Universidade Estadual de Campinas suas atividades de pesquisa concentram-se em desenvolvimento de modelos e
(UNICAMP, 2007). Atua como professor na software para simulação de sistemas de comunicação e softwares educacionais
Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), para ensino de telecomunicações. Foi candidato a reitor na gestão 2005-2008,
Campus Campo Mourão. As principais áreas de interesse são comunicações obtendo 4,74% de votos válidos, e participou da lista tríplice, enviada ao
ópticas, OCDMA, Comunicação Via Satélite e desenvolvimento de novas governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Professor Visitante (dentro do
metodologias para o ensino de Engenharia. programa Cátedra Espanhola), na Universidade Politécnica de Madrid (UPM),
durante o período de outubro – janeiro de 2006.
Possui graduação (1993) e mestrado (1996) em Física
pela Universidade Estadual de Campinas e doutorado em
Engenharia Elétrica pela Universidade Estadual de
Campinas (2001). Desde 1998 dedica-se ao estudo e à
aplicação de efeitos não-lineares a dispositivos fotônicos.
Em 2001, trabalhou na Fundação CPqD onde participou
ativamente da implementação do primeiro test-bed
brasileiro de redes totalmentes ópticas em convênio com a Ericsson. Em 2002
foi contratado como professor pela PUC-Campinas, onde implementou os
laboratórios de Meios de Transmissão (2003) e de Tecnologias Fotônicas
(2006), sendo coordenador do primeiro destes de 2003 a 2005. Iniciou suas
atividades de pesquisa nesta instituição em agosto de 2003, tendo sido
coordenador do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Engneharia
Elétrica da PUC-Campinas entre setembro de 2003 e janeiro de 2006 e entre
agosto de 2008 e os dias atuais. Coordenou o projeto "Conversor Óptico de
Comprimentos de Onda" durante toda sua execução (2004-2009). Em 2004,
um de seus artigos foi premiado no Simpósio Brasileiro de Telecomunicações
por uma proposta de utilização de efeitos não-lineares em fibras ópticas para
geração de pacotes ópticos. Em 2008 tornou-se líder da PUC-Campinas junto
ao Programa Fotonicom associado aos Institutos Nacionais de Ciência e
Tecnologia, co-financiado pelo CNPq e pela FAPESP. Em 2009, tornou-se
Bolsista de Produtividade do CNPq. Atulamente, o pesquisador é revisor dos
periódicos Journal of Lightwave Technology (IEEE/ OSA), Photonics
Technology Letters (IEEE/PS), Journal of Optical Society of America (OSA)

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