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F. R. Durand, Universidade Tecnológica Federal do Paraná, UTFPR,
Campus Campo Mourão, Brazil, fabiodurand@utfpr.edu.br
F. Rudge Barbosa, Faculdade de Engenharia Elétrica e da Computação,
UNICAMP, Campinas, Brazil, rudge@dsif.fee.unicamp.br
E. Moschim, Faculdade de Engenharia Elétrica e da Computação,
UNICAMP, Campinas, Brazil, moschim@dsif.fee.unicamp.br
M. L. F. Abbade, Faculdade de Engenharia Elétrica, PUC-Campinas,
Campinas SP, Brazil (e-mail: abbade@puc-campinas.edu.br
992 IEEE LATIN AMERICA TRANSACTIONS, VOL. 9, NO. 7, DECEMBER 2011
Rótulo
Processamento Processamento Processamento
λ0 - Controle
TOffset
λi - Dados
Rajada de
dados
Comutador Óptico Comutador Óptico Comutador Óptico
Figura 1. Esquema de uma rede OBS com transmissão de rótulos (GMPLS) para reserva de recursos.
desempenho superior como códigos primos modificados e com o decodificador é extraído e passa pelo dispositivo de
códigos primos estendidos, entre outros [18]. Neste sentido, limiar óptico baseado em um TOAD (Terahertz Optical
com intuito de aumentar a capacidade com relação ao número Asymmetric Demultiplexer). Este dispositivo realiza o
de usuários, vem sendo investigadas técnicas como controle de condicionamento do sinal. O sinal condicionado é codificado
potência e cancelamento de interferência [20][21]. Estas com um novo código de acordo com a tabela de rótulos do
técnicas podem duplicar a capacidade de número de usuários. GMPLS.
O desempenho dos sistemas OCDM podem ser obtido por
meio da probabilidade de erro de bit (Pe) que é calculada de Dados Codificados Dados Decodificados Bit Dados Codificados
MAI
forma aproximada por [22][23]:
T T T T
−P
Pe = Θ (3)
4(M − 1)σ Ci Cj
Correlator
Óptico
Codificador
Óptico
sendo M o número de usuários, σ a variância média em função Seleção de Código Geração de Código
Θ( x ) = 1 2π
x
−∞
( )
exp − y 2 2 . A variância é igual a 1,67 e Figura 4. Conversor de códigos ópticos com correlator óptico, dispositivo de
limiar (thresholding) e codificador óptico.
0,75 para códigos primos e códigos primos estendidos,
respectivamente [22]. Neste intuito, para exemplificar o O estudo realizado em [24] mostrou que o desempenho de
desempenho dos códigos primos verifica-se que o número de roteadores OCDM com estrutura de troca de rótulos, baseado
usuários suportados a uma taxa de erro de bit de 10-9 para P = em códigos primos, similar a ilustrada nas Fig. 3 e 4, pode ser
13 é de aproximadamente 7, sendo aumentado para 14 no caso aproximada pela metodologia desenvolvida em [23].
de códigos primos estendidos [23]. De forma similar, para P =
31 o número de usuários suportados seriam 31 e 70, III. MODELO DE CUSTOS
respectivamente. Com intuito de analisar o custo de utilização do
Para implementação da sinalização JIT baseada em processamento óptico e eletrônico dos rótulos será
processamento óptico é preciso empregar um processador estabelecido o custo da camada de transporte WDM e da
óptico sinal. A Fig. 3 ilustra a proposta de uma arquitetura de sinalização. Inicialmente, será analisado o custo de uma rota
processamento óptico. óptica WDM. A rota óptica é definida pelo laser em
determinado comprimento de onda (λ), enlaces entre OXCs e
Óptico
C1 C1 Eletrônico
recepção no nó de destino com a conversão EO do sinal
Troca de Rótulos
Rótulo no
comprimento de onda de controle λ0
Cj → CK recebido. Os elementos de uma rota óptica são ilustrados na
Fig 5.
λ1 λ1
Transponders
Transponders
C1
Roteamento
Atribuição de λs
λ2 λ2
λ3 λ3
Neste processador óptico ocorre a divisão de potência do CRota = Nλ ⋅ Cλ + NMux/Demux ⋅ CMux/Demux + NEDFA ⋅ CEDFA +
rótulo Cj que chega ao processador. Esta divisão fornece duas (4)
NOXC ⋅ COXC
cópias do rótulo, sendo uma utilizada para atribuição dos
comprimentos de onda e determinação da rota estabelecida e a sendo Nλ e Cλ o número de transponders bidirecionais e o seu
outra cópia é utilizada na troca de rótulos. Na atribuição de respectivo custo, NMux/Demux e CMux/Demux representa o número de
comprimentos de onda e roteamento ocorre a correlação óptica multiplexadores/demultiplexadores e seu respectivo custo,
dos rótulos. Neste processo será extraído o sinal que NEDFA e CEDFA representam o número de EDFAs (Erbium
apresentar a maior correlação com o decodificador e a Dopad Fiber Amplifier) e o seu respectivo custo e, finalmente
potência do código será convertida em sinal elétrico por meio NOXC ⋅ COXC ilustram o número de OXCs e seu respectivo
de conversão eletro-óptica (EO). Os recursos do enlace como custo. O custo dos equipamentos é normalizado com relação
posição de comutação e comprimento de onda ficam ao custo de um sistema transponder com taxa de transmissão
reservados até a chegada do rótulo de liberação dos recursos. de 10 Gbps e alcance de 750 km. Os custos que serão
A troca de rótulos é realizada no domínio óptico por meio de ilustrados representam valor de mercado atual [25].
um conversor de código óptico ilustrado na Fig. 4. No
conversor de códigos o sinal que apresentar a maior correlação
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km
Rajada i Rajada i +1
t1 t2 t3 t4 t5 t6 Tempo
OXC: O OXC é responsável pela comutação óptica e é
baseado em matrizes de MEM (Micro-Electro-Mechanical Livre Reservado Livre Reservado Livre
Systems). O seu custo depende do número de fibras (F) de Figura 6. Diagrama de tempo do processo de reserva empregando JIT.
entrada e saída. A Tabela IV ilustra o custo deste tipo de
equipamento. Baseada nestas informações, a porta de saída do nó OBS
A Tabela IV. Custo do OXC comporta-se como um sistema de perdas M/M/W/W, sendo W
Tipo do equipamento COXC o número de comprimentos de onda disponíveis na porta e a
40 λs – N° de fibras (F) 2,5 + 7,08 F intensidade de tráfego é dada por:
80 λs – N° de fibras (F) 2,75 + 9,17 F
1
ρ = λ + TOffset (7)
Agora será considerado o custo em função do tipo de μ
processamento empregado. No caso do processamento
eletrônico será considerado que em cada nó da rede é realizada Sendo λ taxa média de chegada das rajadas considerando um
a conversão EO do rótulo. Este rótulo é processado processo de Poisson. O limite superior da probabilidade de
eletronicamente. Desta forma, o custo do processamento perdas de rajadas (BBP) considerando um sistema M/M/W/W é
eletrônico (CE) é dado por: determinado empregando a formulação de Erlang [16][28],
com r = ρ ⋅ W:
CE = N ⋅ Cλ + N ⋅ CEletrônico (5)
0,01
1E-3
forma, a Fig. 9 ilustra a probabilidade de perdas de rajadas em
λ = 4μ
1E-4 λ = 2μ
função do comprimento médio das rajadas para uma taxa
1E-5 Eletrônico média de chegada 2 e 4μ para rotas com 5, 10 e 15 enlaces,
1E-6
N=5
N = 10 considerando 64 comprimentos de onda disponíveis.
N = 15
1E-7
Óptico 1
1E-8
N=5
0,1 λ = 4μ
1E-9 N = 10
1E-7
Por meio da Fig. 7 se verifica que a probabilidade de perdas Eletrônico Óptico
1E-8 N=5 N=5
de rajadas é menor quando se emprega o processamento óptico N = 10 N = 10
1E-9
comparado com o processamento eletrônico. Também, se N = 15 N = 15
1E-10
observa que a probabilidade de perdas de rajadas apresenta o 0 100 200 300 400 500 600 700 800
mesmo valor no caso do processamento óptico, Comprimento médio das rajadas (μs)
independentemente do número de enlaces que a rota possui. Figura 9. Probabilidade de perdas de rajadas em função do comprimento das
rajadas.
Este comportamento é explicado pelo pequeno tempo utilizado
pelo processamento óptico (~0,1 ns), pois dependerá Por meio da Fig. 9 se observa que a probabilidade de perdas
diretamente do número de enlaces multiplicado pelo tempo de de rajadas aumenta em função do aumento do comprimento
processamento. Considerando um aumento de tráfego, ou seja, médio das rajadas. Porém, se verifica que a probabilidade de
λ = 4µ também se verifica que a probabilidade de perdas de perdas de rajadas é menor quando se emprega o
rajadas é menor quando se emprega o processamento óptico processamento óptico dos rótulos, principalmente para rajadas
comparado com o processamento eletrônico. Para analisar o de pequeno comprimento. Assim, obtém-se uma granularidade
efeito do número de enlaces numa rota, a probabilidade de maior empregando o processamento óptico de rótulos.
perdas de rajadas em função do número de enlaces é ilustrada Para visualizar o efeito da economia de comprimentos de
na Fig. 8. Neste estudo foram considerados os mesmos dados onda, no caso da utilização do processamento óptico, será
anteriores, porém emprega-se um número fixo de 64 empregada a métrica da economia relativa de custo de
comprimentos de onda. comprimentos de onda, definida como:
1
0,01
λ = 4μ
1E-3
Eletrônico
1E-4
Óptico sendo WE e WO o número de comprimentos de onda
1E-5
necessários para obtenção de uma probabilidade de perdas de
1E-6
λ = 2μ rajadas de 10-6, empregando o processamento eletrônico e
1E-7
processamento óptico, respectivamente. As Fig. 10(a) e (b)
1E-8
ilustram a economia relativa de custo de comprimentos de
1E-9
onda para rotas ópticas com 5, 10 e 15 enlaces considerando
rajadas com comprimento de 100 kbytes (80 μs) e 522 bytes
1E-10
1 2 3 4 5 6 7 8 9 10 11 12 13 14 15
Número de enlaces em uma rota
(0,42μs), respectivamente. A taxa de transmissão considerada
Figura 8. Probabilidade de perdas de rajadas em função do número enlaces em foi de 10 Gbps.
uma rota.
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5
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nobel.org Campinas, São Paulo, em 1983 e Doutor em Ciências
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“Design and Implementation of an Optical Burst-Switched Network tendo desenvolvido seu trabalho de tese na Ecole
Testbed”, IEEE Optical Communications, S48 – S55, novembro de Supérieure d´Electricité (SUPELEC). Durante o período
2005. de 1978 - 1985 trabalhou com o Centro de Pesquisa e Desenvolvimento da
[27] J. Teng e G. Rouskas, “A Comparison of the JIT, JET and Horizon Telebrás (CPqD), Campinas, São Paulo, na área de simulação e projeto de
Wavelength Reservation Schemes on a Single OBS Node”, in Proc. sistemas de comunicação por fibra óptica. Participou do desenvolvimento do
The First International Workshop on Optical Burst Switching (WOBS), primeiro sistema de comunicação por fibra óptica brasileiro, o ELO 34. Desde
2003. 1985 é professor da Universidade Estadual de Campinas. Atualmente é
[28] J. Jue and V. Vokkarane, Optical Burst Switched Networks, Springer professor titular (MS-6). Foi diretor associado do Centro de Componentes de
Berlin Heidelberg New York, 2005. Semicondutores (CCS) na gestão 2001-2002 Foi chefe do Departamento de
Semicondutores, Instrumentos e Fotônica (DSIF) da Faculdade de Engenharia
Fabio Renan Durand é graduado em Engenharia Elétrica Elétrica e de Computação (FEEC), na gestão 2002-2004. Ministrou vários
pela Universidade Federal de Mato Grosso do Sul cursos (graduação e pós graduação) na área de sistemas de comunicação.
(UFMS, 1999), Mestre em Engenharia Elétrica pela Publicou mais de uma centena de artigos técnicos em congressos e revistas
Escola de Engenharia de São Carlos da Universidade de nacionais e internacionais. Publicou e orientou várias teses de mestrado e de
São Paulo (EESC/USP, 2002) e Doutor em Engenharia doutorado na área de sistemas de comunicação por fibra óptica. Atualmente
Elétrica pela Universidade Estadual de Campinas suas atividades de pesquisa concentram-se em desenvolvimento de modelos e
(UNICAMP, 2007). Atua como professor na software para simulação de sistemas de comunicação e softwares educacionais
Universidade Tecnológica Federal do Paraná (UTFPR), para ensino de telecomunicações. Foi candidato a reitor na gestão 2005-2008,
Campus Campo Mourão. As principais áreas de interesse são comunicações obtendo 4,74% de votos válidos, e participou da lista tríplice, enviada ao
ópticas, OCDMA, Comunicação Via Satélite e desenvolvimento de novas governador de São Paulo, Geraldo Alckmin. Professor Visitante (dentro do
metodologias para o ensino de Engenharia. programa Cátedra Espanhola), na Universidade Politécnica de Madrid (UPM),
durante o período de outubro – janeiro de 2006.
Possui graduação (1993) e mestrado (1996) em Física
pela Universidade Estadual de Campinas e doutorado em
Engenharia Elétrica pela Universidade Estadual de
Campinas (2001). Desde 1998 dedica-se ao estudo e à
aplicação de efeitos não-lineares a dispositivos fotônicos.
Em 2001, trabalhou na Fundação CPqD onde participou
ativamente da implementação do primeiro test-bed
brasileiro de redes totalmentes ópticas em convênio com a Ericsson. Em 2002
foi contratado como professor pela PUC-Campinas, onde implementou os
laboratórios de Meios de Transmissão (2003) e de Tecnologias Fotônicas
(2006), sendo coordenador do primeiro destes de 2003 a 2005. Iniciou suas
atividades de pesquisa nesta instituição em agosto de 2003, tendo sido
coordenador do Programa de Pós-Graduação Stricto Sensu em Engneharia
Elétrica da PUC-Campinas entre setembro de 2003 e janeiro de 2006 e entre
agosto de 2008 e os dias atuais. Coordenou o projeto "Conversor Óptico de
Comprimentos de Onda" durante toda sua execução (2004-2009). Em 2004,
um de seus artigos foi premiado no Simpósio Brasileiro de Telecomunicações
por uma proposta de utilização de efeitos não-lineares em fibras ópticas para
geração de pacotes ópticos. Em 2008 tornou-se líder da PUC-Campinas junto
ao Programa Fotonicom associado aos Institutos Nacionais de Ciência e
Tecnologia, co-financiado pelo CNPq e pela FAPESP. Em 2009, tornou-se
Bolsista de Produtividade do CNPq. Atulamente, o pesquisador é revisor dos
periódicos Journal of Lightwave Technology (IEEE/ OSA), Photonics
Technology Letters (IEEE/PS), Journal of Optical Society of America (OSA)