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O Caminho Da Servidão - Wikipédia, A Enciclopédia Livre
O Caminho Da Servidão - Wikipédia, A Enciclopédia Livre
O Caminho da Servidão
Origem: Wikipédia, a enciclopédia livre.
Pior que isto, advoga Hayek, é o fato de que o fracasso das políticas
instituídas pelos planejadores centrais seria, segundo ele, sempre Friedrich Hayek.
justificado pela falta de poder estatal para vencer as resistências aos
planos, o que acaba levando ao uso ainda mais extensivo da violência contra os divergentes e à imposição
de restrições à população em geral. A esta, por sua vez, era passada a mensagem de que o planejamento
central só funcionaria sob um governo muito forte, o único capaz de fazer as coisas funcionarem. Frente
aos repetidos fracassos do planejamento central, devidos à impossibilidade de planejadores racionais
dominarem o número de informações necessário para controlar todas as relações econômicas de uma
sociedade complexa, o uso da força crescia como falsa solução para os problemas de desabastecimento e
miséria, num círculo vicioso que levava estes países fatalmente ao totalitarismo.
https://pt.wikipedia.org/wiki/O_Caminho_da_Servid%C3%A3o 1/3
1/6/2018 O Caminho da Servidão – Wikipédia, a enciclopédia livre
Índice [esconder]
1 Críticas
2 Resposta às críticas
3 Ver também
4 Referências
5 Bibliografia
O Caminho da Servidão tem sido criticado tanto nas suas bases teóricas quanto nas suas bases empíricas.
A principal crítica empírica às sombrias previsões de Hayek de que a implementação do programa
socialista do Partido Trabalhista inglês, ao qual ele se opôs ferozmente (e por causa do qual escreveu seu
livro, para combatê-lo), foi implementado após a Segunda Guerra Mundial e seus elementos centrais
estiveram em vigor por décadas na Grã-Bretanha, sem ter sido notada diminuição alguma dos direitos
políticos, ou liberdades individuais. O simples fato de a Inglaterra não ter se movido rapidamente em
direção a uma ditadura, a ausência da criação na Inglaterra de um aparato totalitário nas décadas de 1950
e 1960 demonstrou claramente que o planejamento estatal não conduz, necessariamente, de uma forma
determinista, a reduções nas liberdades sociais e políticas. Entretanto a situação sócio-econômica do país
acabou decaindo durante a década de 1970, defasado a estrutura política e a liberdade econômica,
consequência do aparelhamento estatal. Crise que só foi interrompida nos anos 80, durante as reformas
liberais no governo da primeira-ministra Margaret Thatcher, do Partido Conservador Inglês.
Mais recentemente, em outubro de 2006, uma crítica das idéias do livro foram publicadas no Scientific
American por Jeffrey Sachs em um artigo intitulado O Estado de Bem Estar Social além da ideologia [3].
Os entusiastas do pensamento de Hayek rebatem as críticas dizendo que os seus autores não sabem
diferenciar investimentos sociais de planejamento econômico. São formas de intervenção estatal
totalmente diferentes, e no livro "O Caminho da Servidão" Hayek busca demonstrar que o planejamento
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econômico centralizado é que leva ao totalitarismo, jamais tendo afirmado que os investimentos sociais
teriam o mesmo efeito.
Ademais, complementam os adeptos das teorias de Hayek, os países escandinavos não são exemplos de
modelos de países que deram certo sem liberdade econômica. Esta não é medida apenas pela carga
tributária, sendo certo que nestes países, apesar dos tributos, há uma grande liberdade econômica na
facilidade de abertura de negócios, pouca regulamentação e quase nenhuma burocracia. Explica o liberal
Leandro Roque:[4]
”
tal política reduz o desemprego. Estrovengas como a CLT(inventada por Mussolini e
rapidamente copiada por Getúlio Vargas) nunca seriam levadas a sério por ali.
Referências
1. ↑ The Great Transformation, Karl Polanyi
2. ↑ Freedom, Democracy, and Economic Welfare , Tullock, pág. 61
3. ↑ The Social Welfare State, beyond Ideology , Jeffrey Sachs, Scientific American, outubro de 2006
4. ↑ Roque, Leandro (26 de abril de 2010). «Imposto de renda vs. imposto sobre o consumo - uma abordagem
liberal clássica»
5. ↑ Como o assistencialismo corrompeu a Suécia , Per Bylund, junho de 2008
6. ↑ O mito do assistencialismo escandinavo reexaminado , Lucas Danneskjöld, março de 2010
Hayek, Friedrich A. O Caminho da Servidão . Traduzido por Anna Maria Capovilla, José Ítalo Stelle e
Liane de Morais Ribeiro para o Instituto Liberal.
O Caminho da Servidão Ilustrado . Reproduzido da cartilha distribuída pela General
Motors em Detroit. Publicado originalmente pela revista Look em fevereiro de 1945.
https://pt.wikipedia.org/wiki/O_Caminho_da_Servid%C3%A3o 3/3