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Disparou o número de casas de penhores a fazer empréstimos sobre ouro. Mas os juros cobrados são muito
superiores aos previstos na lei. Falta regulamentação e fiscalização do sector.
nas várias lojas de penhores contactadas pelo sol, um pouco por todo o
país, um mesmo anel de ouro, de 9,1 gramas e 18 quilates, obteve
avaliações totalmente distintas. o preço para a jóia variou entre os 100 e os
300 euros, uma diferença de 66%. isto, apesar de a cotação oficial para o
metal nesse dia ser de 23,4 euros por grama, o que significa que a peça vale,
pelo menos, 211 euros.
a maioria das lojas de penhores não faz empréstimos sobre o valor total da
peça de ouro, mas sim sobre uma percentagem que é geralmente de 60%. e
em todas o juro mensal exigido foi de 3% sobre o valor do empréstimo,
variando o total cobrado ao sol entre os 3 e os 5,7 euros por mês.
no entanto, paulo martinho admite que a taxa pode atingir 7%, uma vez
que há juristas que defendem que, quando existe um bem físico dado como
garantia, pode-se acrescentar àquele valor base (4%) um juro de 3%.
a lei define que, após o leilão, a casa de penhores deve apenas ficar com o
correspondente ao valor da dívida, devolvendo o restante ao cliente. “mas
esse valor raramente chega ao destinatário”, diz a deputada do ps,
falta de fiscalização
joana.f.costa@sol.pt (mailto:joana.f.costa@sol.pt)