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Recupere a sua Auto-Estima

Recupere a sua Auto-Estima

TÍTULO

Recupere a sua Auto-Estima

2017, Mafalda Almeida

© Todos os direitos reservados

2ª edição

www.mafaldaalmeida.com

Mafalda@mafaldaalmeida.com

Fotografia: www.brunorato.com
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Recupere a sua Auto-Estima

ÍNDICE

Comigo foi assim __________________________________________________________Pág. 4

Sistema “Os três C’s do novo Eu”______________________________________________Pág. 8

Contexto Actual (aquilo que deseja mudar) ____________________________________Pág. 9

Exercícios práticos ________________________________________________________Pág. 10

Consciência (interna e externa) _____________________________________________Pág. 13

Exercícios práticos ________________________________________________________Pág. 13

Consistência (na mudança) _________________________________________________Pág. 15

Exercícios práticos ________________________________________________________Pág. 16

Conclusão ______________________________________________________________Pág. 17

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COMIGO FOI ASSIM


“A mente é tudo. Tornas-te naquilo que pensas”

Buddha

Se este Livro lhe chegou às mãos, de certeza que não foi por acaso. Eu não acredito em acasos
da vida, você acredita?

Este livro foi escrito para si, que está a atravessar uma fase menos confiante. Este livro existe
porque eu já passei por fases em que não havia auto-estima, nem confiança, e muito menos me
achava uma pessoa com algum valor.

A minha vida tem sido marcada por mudanças, por desafios, e realidades criadas essencialmente
por mim. Sim, sou defensora da ideia de que nós criamos a nossa realidade através dos nossos
pensamentos. Aquilo em que acreditamos torna-se a nossa realidade, e por isso a minha
realidade não é igual à sua. Você tem as suas experiências, as suas vivências, e eu tenho as
minhas. No entanto o seu poder é igual ao meu, só não o utiliza se não quiser. Ou melhor: se
calhar não está a utilizar as suas capacidades e o seu poder em si própria simplesmente porque
não sabe que elas existem dentro de si.

Tenho verificado através dessas experiências, e acima de tudo através da minha mente aberta
(ainda bem que a tenho!), que a vida dá-nos aquilo que pedimos. Sempre fui bastante receptiva
ao que ia surgindo, pelo menos dava uma hipótese e experimentava para verificar se era ou não
benéfico para mim. E a vida tem-me provado que vale a pena acreditar, vale a pena dar um
“salto de fé” de vez em quando, que tudo vai correr bem. A vida tem-me mostrado que é possível
sermos melhores para nós próprias todos os dias. Basta acreditar que sim, e será meio caminho
andado!

Sendo o mais concreta possível: Se somos boas alunas é porque é dessa forma que nos vemos,
definimos a nossa fasquia nesse sentido. Se temos peso a mais, é porque os nossos pensamentos
não são pensamentos de pessoa magra. Se nunca conseguimos arranjar um namorado decente
é porque achamos possivelmente que os homens “bons” já estão acompanhados (ocupados, vá
lá!). E por aí em diante. O Universo dá-nos aquilo em que nos focamos, e recebemos o que
pedimos. Depois não há lugar para queixas, ok?

Se você passa uma tarde inteira aflita a pensar para si mesma (ou a dizer às pessoas que a
rodeiam): “hoje tenho um compromisso às 19h00 e não me posso atrasar!”. Repete isto tantas
vezes que as pessoas já nem a podem ouvir. A mente do ser humano não filtra a palavra “não”.

Pois, tenho uma má notícia para si: a probabilidade de se atrasar é altíssima. O seu cérebro não
está a filtrar o “não” e é bem possível que chegue atrasada a esse compromisso tão importante.
E o mesmo se passa com outros momentos. Conhece a célebre frase “não vou conseguir”?
Repete-a muitas vezes? O que está a esperar da realidade que quer criar? Se diz que não
consegue, então acredite que muito provavelmente não vai conseguir. É a simplicidade do
Universo e da energia que nos rodeia.

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Ora, tenho agora uma boa notícia para si. Pode mudar esse contexto rapidamente, basta querer
e trabalhar para isso. Eu mudei. Por isso, você também consegue.

O meu contexto de há uns anos atrás não era de todo favorável ao sucesso.

Eu já tive excesso de peso, sofri bullying na escola, sei bem como me senti... As raparigas mais
velhas encostavam-me à parede da escola, encurralavam-me e gozavam comigo até eu chorar
tanto tanto tanto que se iam embora a rir. E eu ficava ali encostada sozinha, era da turma dos
mais novos, e essencialmente sentia-me sozinha, sem amigos, sem qualquer apoio e com
vergonha de falar.

Como consequência do excesso de peso também já ocupei o inglório lugar de patinho feio da
turma, e também nos meus grupos de amigos.

Com 12 anos vestia o tamanho 42, não era nada popular entre os rapazes (porque será?), as
aulas de educação física eram uma tortura. Eu era sempre a última a chegar nas provas de
corrida. Cansava-me imenso. Detestava aquilo!

Pior ainda era ver as minhas colegas a começarem a arranjar namorados, a serem populares e a
receberem bilhetinhos de pedido de namoro no meio das aulas e eu nunca recebia nada disso.
Ficava a ver e a fingir que isso não me afectava… Depois ia para casa e comia coisas. Tudo o que
houvesse e que me soubesse bem à alma naquele momento, mas que fazia muito mal ao corpo.
Quando comia sentia-me bem no primeiro segundo. O cérebro “apagava”, e só o estômago
mandava em mim. Depois disso… sentia-me a minha pior inimiga, ia-me muito a baixo, sentia-
me uma inútil, uma fraca por afogar os meus sentimentos numa coisa que me fazia tão mal.

Evitava a todo o custo ir para a praia ou piscina com os meus colegas. O meu corpo era
completamente disforme, e sentia-me mal com isso. Por isso comecei a evitar esse tipo de
convívios no Verão. Isolava-me e comia. E era feliz assim, pensava eu. Era gorda mas era
inteligente, era o que eu pensava. E uma coisa compensava a outra. Iludia-me com esta ideia e
era infeliz.

Aproveito para lhe dizer que na esmagadora maioria dos casos, o excesso de peso tem uma
razão emocional. E foi exactamente isso que se passou comigo.

Também num contexto profissional enfrentei momentos (prolongados!) em que a minha auto-
estima era praticamente inexistente. Já lhe dou um exemplo mais à frente.

Passei por várias fases, e ultrapassei todos esses monstros que existiam na minha cabeça, e que
de alguma forma me estavam a limitar a felicidade, e a limitar também a forma como eu me via,
e como consequência a forma como o Mundo me via.

Sim, acredite que a forma como o Mundo a vê começa em si. Aquilo que pensamos torna-se a
nossa realidade, está mais do que provado! E eu sei que funciona, porque utilizei uma série de
ferramentas em mim que resultaram em mudanças muito positivas na forma como me vejo
como ser humano, e acima de tudo como Mulher.

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Decidi contar-lhe como ultrapassei tudo, acreditando que a poderei ajudar no processo de
recuperação do seu amor-próprio. Poderá estar a atravessar uma fase em que não está a gostar
de si própria, e isso também não permite que o Mundo a veja da forma como merece.

Quer estejamos a falar de excesso de peso, peso a menos, ou outra situação qualquer, a verdade
é que somos peritas em ter baixa auto-estima, e muitas das vezes este é um problema que nos
acompanha ao longo da vida inteira, comprometendo o nosso bem-estar social, profissional e
interior (conseguimos ser a nossa pior inimiga na grande maioria das vezes).

A questão é: vale a pena viver assim? Não. E muitas vezes a resposta e a solução são muito
simples e já existem… Nós, como sempre complicamos tudo! Você é assim, não é? Complicada!
Está no sangue! Não é a única, fique descansada. Há remédio. Tenho a certeza que tem a força
necessária dentro de si! Eu tive e tenho essa força, e você também a tem.

Eu já estive nesse “buraco”. Era gorda (desculpe a palavra!), era baixa, tinha acne, o cabelo
frisava por tudo e por nada, tinha a voz de desenho-animado (e ainda tenho, mas já o aceito), e
em tempos nunca fui popular entre o sexo masculino.

Tive empregos em que as colegas eram tão cruéis que conseguiram simplesmente arrasar
comigo e com a minha força interior. O meu primeiro emprego depois de ter terminado a minha
Licenciatura foi numa agência de design. Concorri para Marketing e colocaram-me a atender
telefones e a fazer secretariado. Eu agarrei-me à oportunidade, era a minha primeira, e não
ganhava assim tão mal. O pior foi quando comecei a perceber que efectivamente ninguém se
aguentava naquele lugar porque a dona da empresa tratava muito mal as pessoas,
principalmente as raparigas. Chamava-me burra ao telefone, muitas vezes. Não me sentia nada
bem com isso, claro. O meu dia-a-dia era de humilhação. Chorei, senti-me incapaz. Cheguei a
pensar que o problema ali era mesmo eu, que se calhar não tinha jeito nem feitio para trabalhar
para os outros, e pensava que estava perdida! O que iria ser de mim sem conseguir lidar com o
contexto empresarial? Obviamente que quem estava errada não era eu. Ainda hoje a empresa
existe, mas penso que somente lá trabalhem os donos.

Quando começamos a trabalhar (quer seja para ganhar uns trocos enquanto estudamos, ou no
nosso primeiro emprego), a confiança já é escassa, e é praticamente garantido que vamos
encontrar pessoas prontas a arrasarem com a sua (pouca) confiança.

Passei por situações em que fui humilhada, outras em que me trataram como se não existisse,
simplesmente. Desprezo, má educação, é só escolher! Chorei, emagreci, engordei. Quase
estraguei relações, tive depressões.

Mas temos de conseguir ver o aspecto positivo, e a verdade é que cedo comecei a perceber o
que não queria para mim.

Dei a volta. Sozinha. Houve um momento que me recordo, e que serve como exemplo ao que
lhe estou a dizer. Estava na Universidade, era Natal, e eu estava a trabalhar num part-time numa
perfumaria, para fazer algum dinheiro para viajar e comprar algumas prendas. Não sei se já se
apercebeu disso, mas nas perfumarias as empregadas andam sempre muito bem maquilhadas,
bem penteadas, e cheirosas. E lá estava eu, no meio disso tudo: a gorda, a baixa, a que não vinha
maquilhada, e a que tinha o cabelo frisado pela humidade do inverno.

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Rapidamente fui colocada de parte, rapidamente a Gerente da loja me apanhou o fraco.


Rapidamente me espezinharam, e inclusive tentaram culpar-me por um roubo que tinha
acontecido na loja. Eu, uma rapariga certinha, que apenas ali estava para aumentar as vendas
de uma marca de perfumes na altura do Natal. Como se costuma dizer “pus-me a jeito”, e
rapidamente me tornei o patinho feio da perfumaria. Claro que se provou rapidamente que eu
não tinha sido responsável por roubo nenhum, e também é claro que ninguém me veio pedir
desculpas por tal humilhação.

Ela chamava-se Joana, e ainda hoje me recordo do seu aspecto aparentemente muito confiante,
mas com certeza que o seu interior tinha graves lacunas como ser humano.

Dei a volta. Disse para mim que nunca mais trabalharia num contexto semelhante (as vendas na
altura do Natal são muito agressivas), e também ergui forças para estar mais preparada para as
possíveis Joanas que se voltassem a cruzar no meu caminho. Encontrei forças dentro de mim.
A humilhação foi tanta, que tinha de o fazer. Temos de passar pelas situações, às vezes temos
de bater bem no fundo para depois nos levantarmos com uma luz só nossa, que só nós
percebemos.

Esta foi uma situação, e existem muitas mais na minha vida.

Noutra situação, cheguei a ter peso a menos (a chamada anorexia). Deixei de comer por uma
questão nervosa. Estive vários meses assim, até que fui convidada para um dia de canoagem,
onde obviamente me senti mal, sem forças, e não fui capaz de concluir a tarefa. Senti-me muito
mal com isso, física e psicologicamente. Sabe qual foi o momento de viragem? Quando, dias
depois, me enviaram as fotografias desse dia de canoagem. Eu era um autêntico esqueleto
andante. Horrível. No que eu me tinha tornado! Mais uma vez fez-se luz, o meu interruptor
acendeu. E eu disse “basta”.

Praticamente todas as Clientes que tenho começam com o tema da auto-estima, ou então dão
de caras com ele lá mais para o meio das sessões. Todas lidamos com a baixa auto-estima em
algum momento da nossa vida, e é incrível verificar a força que temos, os recursos que já cá
estão, e que voltamos a usar depois de algumas reflexões, e de planos de acção iniciados nas
sessões de Coaching.

Este é um E-book, não se quer muito extenso, mas tenho muitas mais histórias para contar.
Todas elas com final feliz.

Se eu consegui,você também consegue! É isto que quero que entenda. Quando perceber isto,
está a dar o primeiro passo para assumir a Mulher linda que é, e a Mulher fantástica que vai ser!

Ninguém me ajudou nestes processos de melhoria da auto-estima. Mas elaborei este E-book
porque não quero que você passe pelo mesmo, estou aqui para a ajudar.

Hoje sinto-me forte, hoje sei como se faz. Sofri tudo isto na pele, sei bem o que é. Estudei o
tema, dediquei-me a estas questões que tanto mexem connosco. Senti-o e estudei-o, e por isso
estou aqui hoje.

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E quero acima de tudo dar-lhe algumas ferramentas para que também você comece a construir
e sedimentar a sua auto-estima.

O meu interruptor existe e está afinado, muito baseado na minha intuição, que se foi
desenvolvendo à medida que as situações foram ultrapassadas.

Você também tem esse interruptor. Talvez esteja enferrujado, mas nada que não se consiga
resolver!

Quer recuperar ou melhorar a sua auto-estima, a sua auto-confiança? Está no sítio certo. A
minha história é real. E tal como eu, você também tem o poder de mudar a sua realidade.

SISTEMA “OS 3 C’S DO NOVO EU”


“Só existem dois dias no ano que nada pode ser feito. Um chama-se ontem e o outro chama-se
amanhã, portanto hoje é o dia certo para amar, acreditar, fazer e principalmente viver. “

Dalai Lama

Para a ajudar a alterar a forma como se vê (e por isso a forma como se apresenta aos outros e
como está a criar a sua realidade), elaborei este sistema baseado nos meus casos de sucesso, e
porque acredito que, se o aplicar em si, também conseguirá alterar alguns aspectos na sua vida,
que se prendem sobretudo com baixa auto-estima e baixa auto-confiança.

Sei perfeitamente o que está a sentir, porque já aí estive também. Não gastei dinheiro em
psicólogos para tratar a minha baixa auto-estima (não menosprezando o trabalho destes
Profissionais!), nem gastei dinheiro em Nutricionistas (excelentes Profissionais também).

Eu consegui melhorar o meu contexto através da alteração dos meus pensamentos sobre mim
mesma, e através do compromisso que fiz. Todo o processo foi difícil, quem me dera a mim ter
sabido lidar com todas as situações, perdi muito tempo a cair e ainda mais tempo a me levantar.
A recuperação de todas as situações referidas implicou dedicação, esforço, estudo, empenho,
fé em mim (o “músculo da fé” é complicado de trabalhar!), vontade e coragem.

Mas para você ter bons resultados, e para que consiga criar uma realidade duradoura e
consistente, tem de tomar consciência da sua vontade real para mudar, porque mudar dá
trabalho. Tem de criar novos hábitos em si para mudar a sua realidade e para verificar benefícios
concretos na sua vida. Terá de criar um compromisso para consigo mesma, está pronta para
isso?

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O sistema é muito simples, e poderá ser representado da seguinte forma:

São três simples passos para mudar, que serão explicados de seguida.

Contexto actual (aquilo que você deseja mudar)


Para começar este processo de mudança, terá sempre de perceber qual é o seu contexto actual.
Há que analisar a sangue frio, o seu estado actual, o seu contexto neste momento, com os
factores favoráveis e os desfavoráveis (aqueles que estão a criar vontade de mudar).

No meu caso este passo foi fundamental. Fiz várias listas (eu sou uma pessoa de listas!), sobre
os factores a favor e os factores contra de me manter com a auto-estima arrasada, nas várias
situações da minha vida. As listas ajudam-nos de forma muito simples, a visualizar o impacto, a
quantidade do que escrevemos, e o seu significado mais profundo.

Como referi no início do E-Book, não foi só uma vez na minha vida em que me deparei com a
auto-estima bastante em baixo. Quer fosse nos empregos que fui tendo, na escola, na
Universidade, com namorados, com amigos… Recordo-me das situações onde me vi com a auto-
estima completamente arrasada, como se fosse hoje. O sentimento é forte, e sinceramente,
faço esforços por não me recordar. No entanto, tenho plena consciência de que cresci muito
com base nesta insatisfação com a forma como me via, como sentia o Mundo.

Nesta fase analisei acima de tudo a forma como me sentia. O que era melhor para mim? Será
que me devia permitir ser a “vítima” das circunstâncias da vida, e entregar-me à certeza de que
iria ser o patinho feito (perante mim mesma e perante o Mundo) para todo o sempre? Era
pesado de mais. Não, nem pensar!

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Eu podia tê-lo feito. Podia ter-me entregue ao mais fácil, ao mais simples de atingir, áquilo que
já era meu, adquirido e confortável. Podia ter-me entregue à pena das pessoas, da família, dos
amigos. Assim é fácil aceitarem-nos, estamos lá como sempre nos viram, e não desafiamos os
nossos sentimentos, nem os sentimentos das pessoas que nos rodeiam. Vivemos a vida que
todos querem, menos aquela que queremos para nós.

Por vezes enganamo-nos a nós próprias, arranjamos desculpas, as chamadas crenças


limitadoras, que servem para nos mantermos como estamos, e vivermos uma vida sem graça,
só porque é mais seguro pensar e viver dessa forma. Toda a gente pensa assim, os seus amigos,
e a sua família. Todos pensam assim, por isso você é encorajada a pensar como eles. Sente-se
acompanhada, percebida, e mantém-se assim devido ao apoio que sente das restantes pessoas
que a rodeiam.

Comigo foi assim também. “Sou gorda mas não faz mal, porque sou a mais inteligente da turma,
e a minha família fica contente assim, por isso eu também fico e está tudo bem!”. Parece que
me estou a ver neste contexto de novo, e sinceramente só me apetece fugir a sete pés…

Ou então: “Aquela colega é tão gira, tão carismática, tão magra, tão confiante! Nunca na vida
hei-de lá chegar. Deixa-me cá continuar no meu canto, e rezar para que ninguém repare na
pessoa fraca e apagada que sou. E vou rezar também para que ninguém peça a minha opinião
na reunião de equipa”. Quer isto para si?

Nesta fase terá de fazer um levantamento exaustivo e consciente da sua situação actual. Tem
de assumir o que quer mudar em si. Aceite-se como é neste momento, agradeça tudo o que tem
de bom (acredito que sejam imensas coisas!), e assuma perante si mesma que vai mudar e nada
nem ninguém a vai impedir.

Sugiro então que faça os seguintes exercícios de reflexão:

1. Na escala de 0-10 (em que 0 é totalmente insatisfeita e 10 é totalmente satisfeita),


avalie por favor qual o grau de satisfação com a sua auto-estima.

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2. Utilizando a mesma escala, de 0-10, onde se gostaria de posicionar relativamente à


sua auto-estima no futuro?

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3. Esse futuro em que se vai sentir melhor relativamente à sua auto-estima, acontece
quando? Escreva um ano, um mês, e se possível um dia.

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4. Faça uma análise SWOT de si mesma, baseando as respostas na sua auto-estima


actual.

Se não conhece esta ferramenta (muito utilizada em Marketing e Vendas, por exemplo, mas
transversal a muitas áreas!), bastará indicar, sob a forma de lista:

a) Quais as suas forças?

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b) Quais as suas fraquezas?

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c) Quais os seus pontos de melhoria? (em Marketing chamam-se de ameaças. Em


Coaching focamo-nos sempre no positivo, e assim dizemos que não existem ameaças
mas sim pontos de melhoria!)

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d) Quais as suas oportunidades? (relativas ao que não pode controlar, tudo aquilo que
pode interferir positivamente na sua auto-estima, e que não depende de si).

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Que tal correu? Conseguiu completar estas listas? Olhe para elas e pense um pouco, mude o
que tiver de mudar.

Uma coisa eu sei: você vai conseguir mudar aquilo que não a está a fazer sentir bem! Tem toda
a força dentro de si.

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Recupere a sua Auto-Estima

Sou Coach Certificada pela ICC, especializada em Desenvolvimento Feminino. Se acha que seria
mais fácil para si percorrer este caminho com ajuda, basta enviar um mail para
Mafalda@mafaldaalmeida.com com o assunto “Quero marcar a minha sessão de Coaching para
melhorar a minha auto-estima”, e entrarei em contacto consigo. A primeira Sessão (a que
chamo de Sessão Estratégica) é gratuita.

A tomada de consciência é essencial, porque assume o compromisso de mudar. Assume consigo


própria que precisa de mudar, para seu bem. Esta é a razão pela qual a consciência aparece
como o segundo factor a considerar neste processo de mudança. Acredito que após a realização
do exercício anterior, está a começar a ficar consciente do que está a falhar quando o tema é a
sua auto-estima.

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Consciência (interna e externa)


Foi preciso chegar ao meu limite psicológico para dizer “basta!” em todas as situações de baixa
auto-estima que enfrentei. Acredito que consigo seja algo semelhante.

Só conseguirá criar o seu contexto futuro (mais favorável para si), se tiver plena consciência da
sua situação actual, tanto interna como externa. Ou seja, tem de analisar como se sente por
dentro e por fora. Tem de conseguir entender os seus sentimentos, de forma objectiva, para
que os possa mudar. Aquilo que sentimos e pensamos torna-se na nossa realidade, não se
esqueça disso.

A consciência externa não é mais do que ter noção daquilo que pode mudar, do que só depende
de si. Chegou a este ponto no exercício anterior, onde identificou as oportunidades. Este factor
é externo a si, e contribui para a melhoria da sua auto-estima.

Vai usar também aquilo que não depende de si a seu favor.

Para isso, acima de tudo terá de continuar a ser sincera consigo mesma, só assim se conseguirá
comprometer com as mudanças que deseja implementar na sua vida!

1. Vamos fazer uma grelha, onde vai ter oportunidade de analisar o seu contexto actual
ao pormenor. Preencha por favor:

Este quadro foi-me apresentado na minha certificação em Coaching pela ICC – International
Coaching Community, acho-o bastante útil para aplicar ao objectivo que estamos a tratar: “Eu
quero melhorar a minha auto-estima”. Conseguimos perfeitamente perceber qual é o nosso
contexto actual. E começamos a olhar para o contexto desejado com olhos de quem o consegue
(e vai!) atingir. Mais uma vez, estamos a fazer listas!

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Recupere a sua Auto-Estima

Vai então preencher cada área (manter, eliminar, obter ou evitar) com aquilo que pensa que
pode favorecer ou não o seu objectivo. Vai então perceber o que tem neste momento em si que
seja uma força, ou aquilo que ainda não tem mas que vai lutar por ter.

Vou-lhe dar um exemplo:

- Se deseja melhorar a sua auto-estima (objectivo aqui tratado), o que deseja manter? Talvez
queira manter as características da sua personalidade, ou aquelas amigas verdadeiras que
realmente puxam por si quando se encontra a enfrentar momentos mais difíceis ou desafiantes.

- O que quer eliminar da sua vida, que a ajude nesta caminhada rumo a uma melhor auto-
estima? Quer eliminar aquelas pessoas tóxicas da sua vida, provavelmente. O que vai fazer
relativamente a isto? Também poderá querer eliminar todas as comidas “gordurosas” que tem
na dispensa. Quem sabe! Vai eliminar o que não lhe interessa, o que não a favorece, aquilo que
não lhe traz valor acrescentado.

E assim por diante.

2. Peço agora que faça o balanço sincero deste quadro, que escreva nas linhas que se
seguem o que está a sentir após a sua análise e o seu preenchimento.

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É natural que se sinta um pouco confusa com todas as conclusões a que está a chegar neste
momento sobre o seu contexto actual.

Nas minhas sessões de Coaching conseguiremos trabalhar esta questão. Não está sozinha, tem
uma Coach ao seu lado para a ajudar a encontrar as respostas dentro de si. Se precisar de ajuda,
envie um e-mail para Mafalda@mafaldaalmeida.com com o assunto “Quero marcar a minha
sessão de Coaching para melhorar a minha auto-estima”, e entrarei em contacto consigo para
verificar em que áreas está a precisar de ajuda. Relembro que a Sessão Estratégica é gratuita.

Com a utilização das ferramentas de Coaching, conseguiremos com certeza dar início a uma linda
caminhada onde só você importa, só o seu futuro interessa, no qual será uma Mulher
extremamente confiante!

A próxima fase (última deste sistema), fala-nos de um princípio básico. Nunca vamos conseguir
mudar completamente, e a longo prazo, se não formos consistentes.

Existem pessoas que adoptam dietas de emagrecimento, por exemplo, e efectivamente


conseguem emagrecer em tempo record. No entanto, voltam a engordar também em tempo
record, porque não existiu consistência na mundança, não existiu compromisso com elas
próprias, e não existiu a identificação do contexto actual, exercício que já fizemos
anteriormente.

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Recupere a sua Auto-Estima

Passamos assim à última fase do Sistema “Os três C’s do novo Eu”.

Consistência (na mudança)


A soma de todas estas acções resulta num objectivo atingido, e no seu “novo EU”.

No meu caso, todas as mudanças que fiz tiveram origem num compromisso comigo mesma, e
isso fez toda a diferença. Sofri na pele, e quis mudar. A vida é bela e curta de mais para a
estarmos a viver em sofrimento! Quanto mais rapidamente assumirmos o compromisso, mais
rapidamente vamos conseguir mudar a nosso favor.

A minha consistência revelou-se, por exemplo, na forma como consegui ter um peso equilibrado
e saudável. Mudei há muitos anos, o meu compromisso não foi feito ontem! Assumi-o há
bastante tempo, e a verdade é que o consegui manter. É algo natural para mim, porque nem me
passa pela cabeça faltar-me ao respeito! E enganar-me a mim própria. Por isso, se decidi atingir
um peso ideal e saudável, foi isso que fiz, e foi isso que consegui manter até hoje (e para
sempre).

Peço então que volte ao quadro do exercício anterior. Vamos trabalhar com base nele para
desenhar o seu Plano de Acção a longo prazo.

Responda então às seguintes questões, sempre com base no seu objectivo.

1. O que está disposta a manter na sua vida?

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_____________________________________________________________________________
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2. O que está disposta a eliminar da sua vida, que esteja a prejudicar a sua auto-estima?

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_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________

3. O que vai evitar, que não a favoreça nesse crescimento, e na melhoria da sua auto-
estima?

_____________________________________________________________________________
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_____________________________________________________________________________
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Recupere a sua Auto-Estima

4. O que está disposta a fazer para obter o que escreveu no quadro, e que irá contribuir
para a melhoria da sua auto-estima?

_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________

5. O que pode fazer já hoje, que dependa só de si (e que lhe seja favorável!), que servirá
como alavanca, para dar início a esta mudança tão poderosa na sua vida?

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_____________________________________________________________________________
_____________________________________________________________________________

6. Pode? (sim ou não)

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7. Consegue? (sim ou não)

_____________________________________________________________________________

8. Merece? (sim ou não)

_____________________________________________________________________________

Não estou perto de si neste momento para ver as suas respostas, mas também não preciso.

Sei perfeitamente que deseja muito aumentar e melhorar a sua auto-estima, caso contrário não
estaria a ler este E-book que preparei para si com tanto carinho.

Sei que pode mudar, sei que consegue, e sei acima de tudo que mereces por isso nada a impede.

Você é uma fonte de força, e tem energia dentro de si mais do que suficiente para mudar o seu
Mundo. Por isso, comece já hoje!

Se teve alguma dificuldade em organizar o seu plano de acção, se está com alguma dúvida, ou
se mesmo assim não encontra maneira de melhorar a sua auto-estima, envie um e-mail para
Mafalda@mafaldaalmeida.com, com o assunto “Quero marcar a minha sessão de Coaching
para melhorar a minha auto-estima”, e entrarei em contacto consigo para acertarmos todos os
detalhes. Acredito que com as ferramentas que utilizo em Coaching, definidas pela ICC –
International Coaching Community, e adaptadas ao seu contexto, conseguiremos excelentes
resultados.

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Recupere a sua Auto-Estima

CONCLUSÃO
“Cada sonho que deixas para trás, é um pedaço do teu futuro que deixa de existir.”

Steve Jobs

O tempo é relativo, mas uma coisa é certa: a sua baixa auto-estima já faz parte do seu passado.
A partir de hoje vai trabalhar o máximo, vai dar tudo para ser fiel ao compromisso que
estabeleceu consigo própria.

Repita para si as vezes que forem necessárias: “Eu quero, Eu posso, Eu consigo”. Diga a frase
em voz alta, grite com toda a força que tem dentro de si.

Espero sinceramente que este E-book a tenha ajudado a decidir o que quer fazer relativamente
à sua auto-estima, e quando deseja implementar as mudanças. Espero que tenha ajudado a
encontrar algumas respostas.

Os meus contactos estão à sua disposição. Sou especializada em Desenvolvimento Feminino, e


o tema da auto-estima é muito frequente nas minhas sessões.

Para marcar uma sessão comigo basta enviar um mail para Mafalda@mafaldaalmeida.com, e
entrarei em contacto consigo logo que possível. Definimos o seu objectivo, trabalhamos nele, e
estabelecemos um plano de acção que a ajudará a encontrar as respostas que tanto procura, e
que já existem dentro de si! Relembro que a primeira Sessão de Coaching comigo (a que chamo
Sessão Estratégica) é gratuita.

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A minha história pode ser interessante mas acredito que a sua poderá ser muito mais!

Mafalda Almeida
Career and Life Management for Women

A Coach Pioneira em Portugal em Desenvolvimento Feminino

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