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Concurso - EPPGG – 2013

Prof. Leonardo Ferreira


Turma EPPGG-2013
Aulas 13 e 14
Conteúdo Programático
Tema 6: 10. Gestão por resultado. 6. Formas de gestão de serviços
públicos: formas de supervisão e contratualização de resultados -
parcerias estado e sociedade; horizontalização; pluralismo
institucional; redes interorganizacionais. 7. mecanismos de rede.

Comentários: Temas alinhados com o Modelo de Administração


Pública Gerencial. Serão abordados as temáticas da gestão por
resultados, contratualização de resultados, parceriais estado
sociedade, pluralismo institucional, bem como a questão das
redes de governança.

2
Referências Bibliográficas...(P6)
Tema 6: 10. Gestão por resultado. 6. Formas de gestão de serviços
públicos: formas de supervisão e contratualização de resultados - parcerias
estado e sociedade; horizontalização; pluralismo institucional; redes
interorganizacionais. 7. mecanismos de rede.

• PEREIRA, José Matias. Manual de Gestão Pública.


• PEREIRA, José Matias. Governança no Setor Público.
• O desafio da gestão de redes públicas. Sônia Maria Fleury Teixeira.
• Contratualização de resultados no setor público: a experiência
brasileira e o debate internacional. Regina Silvia Pacheco.
• Gestão de recursos públicos: orientação para resultados e
accountability - Humberto Falcão Martins.
• Agenda Nacional de Gestão Pública – MPOG/2009.
• Agenda União-Estados – MPOG/2013.

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Gestão por Resultados...Notas...Iniciais

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Gestão por Resultados...Notas...Iniciais

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Gestão por Resultados...Notas...Iniciais

6
Gestão por Resultados...Notas...Iniciais

7
Gestão por Resultados...Notas...Iniciais

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Gestão por Resultados...Notas...Iniciais

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Gestão por Resultados...Resumo...Prova

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Gestão por Resultados...Resumo...Prova

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Gestão por Resultados...Resumo...Prova

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Gestão por Resultados...Metodologias de Gestão

13
Gestão por Resultados...Metodologias de Gestão

14
Gestão por Resultados...Metodologias de Gestão

15
Gestão por Resultados...Metodologias de Gestão

16
Gestão por Resultados...Metodologias de Gestão

17
Gestão por Resultados...Metodologias de Gestão

18
Gestão por Resultados...Metodologias de Gestão

19
Gestão por Resultados...Metodologias de Gestão

20
Gestão por Resultados...Metodologias de Gestão

21
Gestão por Resultados...Metodologias de Gestão

22
Gestão por Resultados...Metodologias de Gestão

23
Gestão por Resultados...Metodologias de Gestão

24
Gestão por Resultados...Metodologias de Gestão

25
Gestão por Resultados...Metodologias de Gestão

26
Gestão por Resultados...Metodologias de Gestão

27
Gestão por Resultados...Metodologias de Gestão

28
Gestão por Resultados...Metodologias de Gestão

29
Gestão por Resultados...Metodologias de Gestão

30
Gestão por Resultados...Metodologias de Gestão

31
Gestão por Resultados...Metodologias de Gestão

32
Gestão por Resultados...Metodologias de Gestão

33
Gestão por Resultados...Metodologias de Gestão

34
Gestão por Resultados...Metodologias de Gestão

35
Gestão por Resultados...Metodologias de Gestão

36
Gestão por Resultados...Metodologias de Gestão

37
Gestão por Resultados...Metodologias de Gestão

38
Gestão por Resultados...Metodologias de Gestão

39
Gestão por Resultados...Metodologias de Gestão

40
Gestão por Resultados...Metodologias de Gestão

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Formas de supervisão e
contratualização de resultados...Notas...Iniciais

A percepção de que é preciso melhorar o desempenho


da gestão pública é cada vez mais evidente no Brasil. A
administração pública na atualidade, que tem como
referência o modelo de gestão privada, não pode
desconsiderar que o setor privado busca o lucro e a
administração pública visa realizar sua função social. Esta
função social deve ser alcançada com maior qualidade
possível na sua prestação de serviços, ou seja, sendo
realizada de forma eficiente, eficaz e efetiva.

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Formas de supervisão e
contratualização de resultados...Notas...Iniciais

A modernização da administração pública, em sentido


amplo, deve buscar de forma permanente a
estruturação de um modelo de gestão que possa
alcançar diversos objetivos, como, por exemplo:
melhorar a qualidade da oferta de serviços à
população, aperfeiçoar o sistema de controle social da
administração pública, elevar a transparência,
combater a corrupção, promover a valorização do
servidor público, entre outros.

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Formas de supervisão e
contratualização de resultados...Notas...Iniciais

A contratualização de desempenho institucional na


administração pública é um procedimento de ajustes de
condições específicas no relacionamento entre órgãos e
entidades públicos e privadas, que envolve a pactuação
de metas de desempenho para o exercício da atividade
pública, orientadas ao alcance dos objetivos das políticas
públicas. Em alguns casos, a contratualização pode
proporcionar flexibilidades e autonomias de gestão que
simplificam processos internos das instituições
partícipes, de acordo com o estabelecido no art. 37,
parágrafo 8º da Constituição Federal.

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Formas de supervisão e
contratualização de resultados...Notas...Iniciais

Segundo a definição da Secretaria de Gestão do Ministério do


Planejamento, Orçamento e Gestão, contratualização é o
procedimento de ajuste de condições específicas no relacionamento
entre o Poder Público e seus órgãos e entidades de direito público e
privado ou entre o Poder Público e entidades da sociedade civil, em
que há a negociação e o estabelecimento de metas de desempenho. A
característica central dos contratos de gestão, termos de parceria e
outros instrumentos do gênero é o pacto que se estabelece entre o
Poder Público e a entidade signatária da pactuação de resultados, pois
os contratos de gestão, termos de parceira e outros instrumentos do
gênero podem variar quanto às suas finalidades.

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Formas de supervisão e
contratualização de resultados...Notas...Iniciais

Quando firmada dentro do próprio Poder Público, a


contratualização visa ampliar a capacidade interna do
governo de implantar políticas públicas setoriais, de
forma coordenada e sinérgica. Quando ocorre entre o
Poder Público e terceiros, visa estabelecer uma relação
de fomento e parceria entre Estado e sociedade civil,
para a execução de atividades que, por sua
essencialidade ou relevância para a coletividade, possam
ser assumidas de forma compartilhada, observadas a
eficácia, a eficiência e a efetividade da ação pública.
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Formas de supervisão e
contratualização de resultados...Notas...Iniciais

De acordo com a SEGES, existem no Brasil situações


diferenciadas de contratualização, formalizadas por meio de
acordos de desempenho, termos de compromisso, termos de
parceria, contratos de gestão e outros. A contratualização
decorre, normalmente, de uma autorização legal prévia, que
estabelece, dentre outras disposições, as finalidades do ajuste,
os partícipes e as condições em que deve ser realizado. Não há
uma lei específica que trate, de forma geral, sobre o tema e
conceitue contrato de gestão. Esse conceito tem sido tratado, no
ordenamento jurídico brasileiro, de diversas formas, relacionado
sempre à categoria jurídica da entidade com a qual o Poder
Público estabelece a pactuação de metas.

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Formas de supervisão e
contratualização de resultados...Modalidades
Contratualização Interna
O contrato assinado dentro da própria administração, entre o
Poder Público e os administradores de seus órgãos e
entidades tem, geralmente, o objetivo específico de conceder
autonomias em contrapartida ao alcance de resultados,
mensurados objetivamente por meio de indicadores. Esse
contrato está fundamentado no art. 37-§ 8º da Constituição
Brasileira que dispõe que “A autonomia gerencial,
orçamentária e financeira dos órgãos e entidades da
administração direta e indireta poderá ser ampliada mediante
contrato, a ser firmado entre seus administradores e o poder
público, que tenha por objeto a fixação de metas de
desempenho para o órgão ou entidade”.

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Formas de supervisão e
contratualização de resultados...Modalidades

Entre o poder público e entidades do Terceiro Setor (1)

A contratualização de desempenho institucional entre o Poder


Público e entidades civis sem fins lucrativos é utilizada para
estabelecer o vínculo formal de cooperação entre o Governo
e a Sociedade Civil Organizada, para o desenvolvimento de
atividades de interesse público. Nesse caso, o contrato de
gestão é o instrumento legal que estabelece a parceria e
estipula as condições do fomento, atrelando o pagamento dos
recursos financeiros pelo Poder Público ao cumprimento das
metas de desempenho da entidade.

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Formas de supervisão e
contratualização de resultados...Modalidades

Entre o poder público e entidades do Terceiro Setor (2)

No ordenamento jurídico do Governo Federal, a assinatura de


contrato de gestão entre o Estado e entidades civis está prevista na
qualificação de organizações sociais; na qualificação das agências de
águas e na instituição de serviços sociais autônomos. Há, também,
o caso das Organizações da Sociedade Civil de Interesse Público –
OSCIP, que têm sua relação de fomento e parceria com o Poder
Publico estabelecida por meio da assinatura de “termo de parceria”,
cuja natureza e objetivo são semelhantes aos do contrato de
gestão.

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Formas de supervisão e
contratualização de resultados...Fases
Fases (1)
No processo de contratualização de resultados existem 3
(três) fases importantes que são imprescindíveis ao bom
resultado da prática e não podem deixar de existir:

Negociação – esta fase inicia com a intenção de contratar os


serviços por um órgão estatal e a elaboração do rol de atividades a
serem contratadas. A partir daí, identifica-se o outro órgão ou
entidade a ser contratada e se inicia o processo de negociação, que
vai da identificação dos indicadores de desempenho, estipulação
das metas e a respectiva orçamentação, que é a parte financeira do
Contrato de Resultados e contém as despesas e receitas da
organização contratada, refletindo as obrigações de parte a parte.

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Formas de supervisão e
contratualização de resultados...Fases
Fases (2)
No processo de contratualização de resultados existem 3
(três) fases importantes que são imprescindíveis ao bom
resultado da prática e não podem deixar de existir:

Construção do Instrumento – esta fase consiste na


formalização de tudo o que foi negociado, aperfeiçoando-se e
aferindo-se todos os pontos acordados. Um passo importante
para a construção do instrumento é estabelecer as sanções e
métodos de fiscalização e prestação de contas dos resultados
do instrumento contratual.

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Formas de supervisão e
contratualização de resultados...Fases
Fases (3)
No processo de contratualização de resultados existem 3
(três) fases importantes que são imprescindíveis ao bom
resultado da prática e não podem deixar de existir:

Gerenciamento – esta fase é permanente, após a assinatura


do instrumento contratual, compreendendo todas as
atividades de supervisão da entidade, monitoramento dos
indicadores de desempenho pactuados e avaliação dos
resultados alcançados pela parte contratada. Essa fase é
realizada diretamente pelo órgão público contratante.

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Formas de supervisão e
contratualização de resultados...Disfunções
Fragilidades/disfunções (1)

Sabe-se que existem várias fragilidades na aplicação do


modelo de contratualização:

a) a ausência de uma conceituação clara e objetiva a respeito


de contratualização de desempenho institucional que
estabeleça seus objetivos, instrumentos e situações em que
sua aplicação é recomendável.
b) a falta de clareza quanto ao papel de cada partícipe da
contratualização de desempenho institucional e natureza das
relações jurídicas entre eles.

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Formas de supervisão e
contratualização de resultados...Disfunções
Fragilidades/disfunções (2)

Sabe-se que existem várias fragilidades na aplicação do


modelo de contratualização:

c) a falta de orientação técnica para a etapa de planejamento


da contratualização de desempenho, que afeta o alinhamento
das metas à missão da instituição contratada e aos objetivos e
diretrizes setoriais do ministério e das macro-orientações de
governo; a qualidade das metas quanto à sua natureza
desafiadora (mas factível); a geração de indicadores
pertinentes, entre outros;

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Formas de supervisão e
contratualização de resultados...Disfunções
Fragilidades/disfunções (3)
Sabe-se que existem várias fragilidades na aplicação do modelo de
contratualização:

d) preparo técnico insuficiente dos órgãos e entidades contratados para a


implantação do modelo de gestão por resultados, do qual a
contratualização de desempenho institucional é apenas instrumento.

e) falta de orientação técnica aos órgãos supervisores para aplicação de


metodologias adequadas para a condução da etapa de avaliação do
desempenho e dos resultados obtidos pela contratada e sua relação com
as metas acordadas.

f) falta de orientação técnica aos órgãos supervisores para as etapas de


fiscalização e de relacionamento com os órgãos de controle interno e
externo;

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Formas de supervisão e
contratualização de resultados...Atores...Instrumentos

Contratualização:

• Agências Executivas.
• Organizações Sociais.
• Organizações da Sociedade Civil de Interesse
Público (OSCIP).
• Contrato Gestão.
• Termo Parceria.

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Parcerias Estado – Sociedade (1)
Horizontalização

58
Parcerias Estado – Sociedade (2)

A discussão sobre a descentralização fundamenta-se em dois


planos: um jurídico e um político-institucional. No plano
jurídico, a descentralização é concebida como um processo
de transferência de competências e de poderes entre órgãos,
ou dentro de um mesmo órgão, enquanto sujeitos de
imputação jurídica, vinculada à idéia de desconcentração, ou
delegação de funções. De outro modo, a descentralização é
concebida como ruptura de um vínculo hierárquico pré-
existente e relaciona-se basicamente à idéia de competências
exclusivas. Nesse caso, descentralização implica a ausência de
intervenção de qualquer outro órgão ou instância.

59
Parcerias Estado – Sociedade (3)

No plano político–institucional, a descentralização é


concebida como desagregação do poder público,
através de diversas modalidades, que vão de uma
simples desconcentração de atividades até a
descentralização de poder decisório, ou seja, da
transferência de competências ou poderes do centro
para a periferia. Neste plano, é possível identificar três
dimensões complementares: a administrativa, a social
e a política.

60
Parcerias Estado – Sociedade (4)

Na dimensão administrativa, a descentralização refere-se à


delegação, ou seja, à transferência de competências e de funções
entre unidades, entre esferas de governo ou entre órgãos. Esta
concepção de descentralização é justificada em função da
necessidade de se buscar maior eficácia na gestão pública,
eliminação de intermediações burocráticas e possibilidade de um
contato mais próximo com o cidadão, o que geraria maior
fidelidade às demandas sociais e melhor adequação da
administração ao cumprimento de seus objetivos. Assim, a
descentralização facilita a relação do usuário com o Estado,
simplificando a tramitação burocrática e permitindo canalizar cada
demanda de forma mais singularizada e mais adaptada às suas
especificidades.

61
Parcerias Estado – Sociedade (5)

Na dimensão social, a descentralização traduz-se como


participação social na gestão pública. Trata-se de uma
passagem de parcelas de poder, competências e funções,
segundo o caso, da administração pública para a sociedade
civil. Pode ocorrer sob diversas formas e com diversas
combinações. Desse modo, a descentralização é tratada como
estratégia de capacitação de grupos sociais para decidirem
sobre problemas da gestão pública local, seja estruturando
formas institucionais capazes de expressar a vontade coletiva
nas instâncias de tomada de decisão, seja como forma de
possibilitar à população exercer funções de fiscalização e
controle sobre a gestão dos serviços públicos. (1)

62
Parcerias Estado – Sociedade (6)

Além disso, a descentralização é também concebida como


estratégia para o estabelecimento de modalidades de
parcerias com os setores sociais, assim como de transferência,
para o setor privado, da execução de tarefas antes
consideradas de competência exclusiva do setor público. Esta
concepção de descentralização é justificada pela necessidade
de se reverter práticas paternalistas de Estado, através da
democratização da gestão pública e da eliminação de
intermediações burocráticas, criando novas possibilidades
institucionais de participação da população organizada na
prestação de serviços públicos.(2)
63
Parcerias Estado – Sociedade (7)

Na dimensão política, a descentralização é uma estratégia para


redistribuição do poder político do Estado, do nível central para
os níveis periféricos. Baseia-se na concepção de que a
descentralização afeta as relações de poder e introduz novos
conflitos nas relações entre esferas de governo e na distribuição
de poder e bens entre diferentes grupos na sociedade. Este
entendimento fundamenta-se no conceito de descentralização
enquanto processo político e é justificada como estratégia para
democratização do poder, através da ampliação dos níveis de
participação cidadã e da multiplicação de estruturas de poder,
com vistas à melhoria da eficiência da gestão pública.

64
Parcerias Estado – Sociedade (8) Modalidades

• Concessões.
• Permissões.
• Autorizações.
• Parcerias Público Privadas.
• Convênios.
• Contratos de Repasse.
• Conselhos Gestores de Políticas Públicas.
• Orçamento Participativo.

65
Parcerias Estado – Sociedade (9)

No Brasil, a legislação que regula as Parcerias Público-


Privadas (PPPs) é a Lei n.º 11.079, sancionada em 30 de
dezembro de 2004. O texto da Lei incorporou conceitos
aplaudidos pela experiência internacional e garante que
as parcerias público-privadas sejam um instrumento
efetivo na viabilização de projetos fundamentais ao
crescimento do País e sejam balizadas na atuação
transparente da Administração Pública e nas regras de
responsabilidade fiscal.

66
Parcerias Estado – Sociedade (10)

Entende-se como parceria público-privada um contrato de


prestação de serviços de médio e longo prazo (de 5 a 35 anos)
firmado pela Administração Pública, cujo valor não seja
inferior a vinte milhões de reais, sendo vedada a celebração
de contratos que tenham por objeto único o fornecimento de
mão-de-obra, equipamentos ou execução de obra pública. Na
PPP, a implantação da infra-estrutura necessária para a
prestação do serviço contratado pela Administração
dependerá de iniciativas de financiamento do setor privado e
a remuneração do particular será fixada com base em padrões
de performance e será devida somente quando o serviço
estiver à disposição do Estado ou dos usuários.

67
Parcerias Estado – Sociedade (11)

A lei traz a possibilidade de combinar a remuneração tarifária


com o pagamento de contraprestações públicas e define PPP
como contrato administrativo de concessão, na modalidade
patrocinada ou administrativa. Na concessão patrocinada a
remuneração do parceiro privado vai envolver,
adicionalmente à tarifa cobrada dos usuários, contraprestação
pecuniária do parceiro público. A concessão administrativa,
por sua vez, envolve tão somente contraprestação pública,
pois se aplica nos casos em que não houver possibilidade de
cobrança de tarifa dos usuários.

68
Pluralismo Institucional – Conceitos

Pluralismo é definido como pensamento, doutrina ou


conjunto de ideias segundo as quais os sistemas políticos,
sociais e culturais podem ser interpretados como o
resultado de uma multiplicidade de fatores ou concebidos
como integrados por uma pluralidade de grupos
autônomos, porém interdependentes.

Institucional: relativo ou pertencente a uma instituição. Ou


seja, refere-se a uma determinada instituição que poderá
ser uma organização pública, privada ou do terceiro setor
(ONG).

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Pluralismo Institucional – NPM – Origens

Contratualização de resultados - Consumerism inglês


Esse modelo possui três dimensões:

a) Extensão das relações contratuais no fornecimento de serviços


públicos entre o setor público, o setor privado e o voluntário/não
lucrativo, criando uma nova estrutura de pluralismo institucional,
contraposta ao antigo modelo de monopólio estatal.
b) Extensão das relações contratuais para dentro do setor público,
envolvendo descentralização, delegação e mecanismos de quasi
market.
c) Desenvolvimento de contratos de qualidade entre os provedores
de serviço e os consumidores/clientes.

70
Pluralismo Institucional – PDRAE - Origens

PDRAE - Objetivos Globais:

• Aumentar a governança do Estado, ou seja, sua capacidade


administrativa de governar com efetividade e eficiência,
voltando a ação dos serviços do Estado para o atendimento
dos cidadãos.

• Limitar a ação do Estado àquelas funções que lhe são


próprias, reservando, em princípio, os serviços não-exclusivos
para a propriedade pública não-estatal, e a produção de bens
e serviços para o mercado para a iniciativa privada.

71
Pluralismo Institucional – PDRAE - Origens

PDRAE - Objetivos Globais:

• Transferir da União para os estados e municípios as ações


de caráter local: só em casos de emergência cabe a ação
direta da União.

• Transferir parcialmente da União para os estados as


ações de caráter regional, de forma a permitir uma maior
parceria entre os estados e a União.

72
Pluralismo Institucional – PDRAE - Origens

PDRAE - Objetivos para as Atividades Exclusivas:

Transformar as autarquias e fundações que possuem poder


de Estado em agências autônomas, administradas segundo
um contrato de gestão; o dirigente escolhido pelo Ministro
segundo critérios rigorosamente profissionais, mas não
necessariamente de dentro do Estado, terá ampla liberdade
para administrar os recursos humanos, materiais e
financeiros colocados à sua disposição, desde que atinja os
objetivos qualitativos e quantitativos (indicadores de
desempenho) previamente acordados.

73
Pluralismo Institucional – PDRAE - Origens

PDRAE - Objetivos para os Serviços Não-exclusivos:

Transferir para o setor publico não-estatal estes serviços,


através de um programa de “publicização”,
transformando as atuais fundações públicas em
organizações sociais, ou seja, em entidades de direito
privado, sem fins lucrativos, que tenham autorização
específica do poder legislativo para celebrar contrato de
gestão com o poder executivo e assim ter direito a
dotação orçamentária.

74
Pluralismo Institucional – PDRAE - Origens

PDRAE - Objetivos para Produção para Mercado:

• Dar continuidade ao processo de privatização através


do Conselho de Desestatização.

• Reorganizar e fortalecer os órgãos de regulação dos


monopólios naturais que forem privatizados.

• Implantar contratos de gestão nas empresas que não


puderem ser privatizadas.
75
Pluralismo Institucional – ANGP - PROVA - EPPGG

1. Problemas:

Direito Administrativo – As estruturas organizacionais,


previstas no Direito Administrativo brasileiro, não
correspondem às necessidades de política pública do Brasil
nem oferecem espaço para controle democrático e social de
tais políticas. A incapacidade de o Direito Administrativo
reformar-se e de sucessivos governos – e respectivas
legislaturas - dedicarem-se à sua atualização é grave obstáculo
à criação de ambiente propício para o desenvolvimento do
país e para o surgimento de cultura empreendedora no setor
público.

76
Pluralismo Institucional - ANGP

1. Problemas:

O agravamento da polarização organizacional – O aparato


legal e jurídico brasileiro já não se entende mais sobre a
estrutura administrativa do Estado. A sobreposição das
legislações já ultrapassadas gerou um quadro confuso,
inconsistente e mal digerido pelo Judiciário, pelos órgãos de
controle e pelos próprios dirigentes da administração pública.
A incapacidade de assimilação do conceito de público-não-
estatal tem bloqueado iniciativas e reformas justamente
quando se multiplicam arranjos inovadores destinados a
incentivar a provisão de serviços públicos.

77
Pluralismo Institucional - ANGP

1. Problemas:

Instituições – Percepção negativa arraigada sobre criação


e extinção de forma desnecessária de instituições ao
longo da história.

Flexibilidade institucional – Atualmente o Estado não


dispõe de flexibilidade e nem de capacidade de inovação
institucional para reagir aos impactos gerados pelas
mudanças cotidianas.

78
Pluralismo Institucional - ANGP

1. Problemas:
Engessamento das políticas públicas – As instituições
legalmente estabelecidas implementam políticas de larga
escala e baixa qualidade, desconsiderando as diferenças
regionais, e não acompanham o dinamismo social, político e
econômico exigido pelos contextos nacionais e internacionais.
Experimentalismo – Não há possibilidade legal de se garantir
instituições plurais e experimentais suficientes que atendam a
demandas futuras, geradas a partir de crises ou situações que
quebrem paradigmas e ensejem mudanças vigentes.

79
Pluralismo Institucional - ANGP

1. Problemas:

Morosidade na resolução dos conflitos – A judicialização


das políticas públicas e dos assuntos relacionados à
organização administrativa do Estado brasileiro tem
gerado sobrecarga à Justiça. A tempestividade é
característica essencial da moderna administração
pública no mundo que funciona em tempo real.

80
Pluralismo Institucional - ANGP

2. Soluções:

Arbitragem – Instalação de instâncias recursais para


arbitragem entre interesses públicos e privados e flexibilidade
de negociação dentro de parâmetros de governança claros,
em especial para a Agências Reguladoras.

Sociedade civil – Envolvimento efetivo da sociedade civil na


prestação de serviços públicos de menor complexidade de
forma plural, competitiva e experimental, sendo estes
organizados, financiados e monitorados pelo Estado.

81
Pluralismo Institucional - ANGP

2. Soluções:

Pactuação de resultados – Criação e suporte às instituições


com autonomia administrativa e financeira para firmar
resultado e explicitar metas de performance com o Governo.
Criação de estruturas claras de governança e mecanismos que
possibilitem à sociedade monitorar e cobrar aquilo que lhe é
de direito. Estabelecimento de mecanismos sustentáveis para
o país, modelados juridicamente pelo sistema político
nacional, capazes de gerar estruturas de incentivos que dêem
suporte e favoreçam o processo de geração de valor público
de forma efetiva e transparente.

82
Pluralismo Institucional - ANGP

2. Soluções:

Quadro jurídico para organizações privadas com


finalidade pública – Definição de um quadro jurídico
próprio para as organizações privadas com finalidades
públicas conduzidas pela sociedade. Organizações com
regime especial de gestão para os serviços públicos
que permitam combinar finalidade pública e critérios
de gestão privada.

83
Pluralismo Institucional - ANGP

2. Soluções:

Instituições permanentes e temporárias – Desenvolvimento e


diferenciação de tipos de instituições que tenham atribuições
de Estado daquelas que surgem a partir de uma necessidade
estratégica de mudanças, com prazo e meios definidos,
subordinados ao seu desempenho e com criação e dissolução.
O país precisa forjar novos formatos de instituições, ajustadas
às necessidades contemporâneas da sociedade brasileira,
mais modernas, capazes de lidar com os desafios
internacionais, tecnológicos, sociais, econômicos e políticos
contemporâneos.

84
Pluralismo Institucional - ANGP

2. Soluções:

Relações entre público e privado – O setor público precisa


criar formas de viabilizar parcerias com o setor privado que
não sejam pautadas por visões policialescas. O pressuposto da
ação estatal como benigna e o do privado como nocivo ao
interesse público precisa ser superado. Não há tampouco uma
porta de entrada única para o setor privado lidar com o setor
público. A fragmentação da interlocução aumenta os custos
de transação e os custos de oportunidade dos negócios.

85
Pluralismo Institucional - ANGP

2. Soluções:

Solução de conflitos – Há que se trabalhar no sentido da


criação de instâncias recursais dotadas de procedimentos
flexíveis, para arbitragens de interesses públicos e
privados, dentro de parâmetros de governança claros e
transparentes.

Sobreposição – Definição de instituições em que não


haja redundância de atribuições, sendo estas
constituídas sobre base estratégica.

86
Pluralismo Institucional - ANGP

3. Desafios:

• Investir, discutir e propor mudanças de estruturação e


inovação permanente do Estado com a garantia e
respaldo político necessários.

• Reverter a atual cultura de desconfiança dos órgãos de


controle quanto a qualquer inovação institucional.

87
Pluralismo Institucional - ANGP

3. Desafios:

• Fomentar a utilização de novas tecnologias que assegurem


transparência nos resultados obtidos, criando instituições
com o objetivo de aproximar a sociedade.

• Produzir novo arcabouço jurídico que permita o exercício da


cooperação e da confiança entre a sociedade e as instâncias
de governo. As instituições governamentais são vistas de
forma estática e não são percebidas e nem se percebem como
partes de um projeto nacional, de uma estratégia de país.

88
Pluralismo Institucional - ANGP

3. Desafios:

• Estruturar propostas distintas de organizações a partir


das especificidades demandadas pelas políticas
públicas que precisam de regras diferenciadas para
cumprirem seus papeis. A padronização das
instituições priva a administração pública da
discricionariedade necessária para contemplar as
necessidades e os interesses públicos.

89
Redes Interorganizacionais – Notas...Iniciais

Um fenômeno recente, cada vez mais freqüentemente


observado, é a existência de redes, ou estruturas
policêntricas, envolvendo diferentes atores, organizações
ou nódulos, vinculados entre si a partir do estabelecimento
e manutenção de objetivos comuns e de uma dinâmica
gerencial compatível e adequada. Este fenômeno
apresenta-se igualmente em diferentes campos gerenciais,
manifestando-se na existência de redes empresariais, redes
de políticas, redes de movimentos sociais, redes de apoio
sócio-psicológico, etc.

90
Redes Interorganizacionais – Notas...Iniciais

Na administração de empresas a rede é vista como a


combinação de pessoas – tecnologia –conhecimento que
substituiu a corporação hierarquizada do modelo
fordista, baseado em trabalho – capital - gerenciamento.

Na gestão intergovernamental é vista como um tópico


emergente de junção das disciplinas de política e
administração, como um modelo estratégico de gestão
de políticas ou ainda como um novo modelo de
governança que envolve os níveis local e global .

91
Redes Interorganizacionais – Notas...Iniciais

Proliferação de redes de gestão é explicada por uma multiplicidade


de fatores que incidem, simultaneamente, conformando uma nova
realidade administrativa. A globalização econômica alterou os
processos produtivos e administrativos em direção à maior
flexibilização, integração e interdependência.

Por outro lado, as transformações recentes no papel do estado e


em suas relações com a sociedade, impõem novos modelos de
gestão que comportem a interação de estruturas descentralizadas e
modalidades inovadoras de parcerias entre entes estatais e
organizações empresariais ou sociais.

92
Redes Interorganizacionais – Vantagens (1)

• Dada a pluralidade de atores envolvidos nas redes é possível a


maior mobilização de recursos e garante-se a diversidade de
opiniões sobre o problema.

• Devido à capilaridade apresentada pelas redes, a definição de


prioridades é feita de forma mais democrática, envolvendo
organizações de pequeno porte e mais próximas dos da origem dos
problemas.

• Por envolver, conjuntamente, governo e organizações não-


governamentais, pode-se criar uma presença pública sem criar uma
estrutura burocrática.

93
Redes Interorganizacionais – Vantagens (2)

• Devido à flexibilidade inerente à dinâmica das redes elas seriam mais


aptas a desenvolver uma gestão adaptativa que está conectada a uma
realidade social volátil, tendo que articular as ações de planejamento,
execução, retroalimentação e redesenho, adotando o monitoramento
como instrumento de gestão, e não de controle.

• Por serem estruturas horizontalizadas em que os participantes preservam


sua autonomia, os objetivos e estratégias estabelecidos pela rede são
fruto dos consensos obtidos através de processos de negociação entre
seus participantes, o que geraria maior compromisso e responsabilidade
destes com as metas compartilhadas e maior sustentabilidade.

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Redes Interorganizacionais – Desvantagens (1)

• As redes de políticas apresentariam novos desafios para garantir a


rendição de contas (accountability) em relação ao uso dos recursos
públicos, pelo fato de envolverem numerosos participantes
governamentais e privados.

• O processo de geração de consensos e negociação pode ser


demasiadamente lento criando dificuldades para enfrentar
questões que requerem uma ação imediata.

• As metas compartilhadas não garantem a eficácia no cumprimentos


dos objetivos já que as responsabilidades são muito diluídas.

95
Redes Interorganizacionais – Desvantagens (2)

• A dinâmica flexível pode terminar afastando os participantes


dos objetivos iniciais ou comprometer a ação da rede pela
deserção de alguns atores em momentos cruciais.

• Os critérios para participação na rede não são explícitos e


universais e podem provocar marginalização de grupos,
instituições, pessoas e mesmo regiões, podendo deixar a
política apenas nas mãos de uma elite.

• As dificuldades de controle e coordenação das


interdependências tende a gerar problemas gestão das redes.
96
Redes Interorganizacionais
Fatores de Sucesso

• Despender grande esforço para chegar a


entendimentos comuns.
• Alcançar situações em que todos ganham.
• Envolver os reais decisores políticos e
administrativos.
• Focalizar questões específicas.
• Avaliar permanentemente e negociar as soluções.
• Criar um marco para a ação cotidiana.

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Redes Interorganizacionais
Fatores de Sucesso

• Ativar seletivamente atores e recursos.


• Limitar os custos da interação.
• Buscar compromisso dos participantes.
• Oportuna atenção a aspectos políticos e
administrativos.
• Qualidade e abertura da interação.
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Provocações...Agenda...União...Estados

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