Você está na página 1de 27

[ARTIGO] Inner Game Levado a Sério

[ARTIGO] Inner Game Levado a Sério


Parte I - Introdução

Fala, moçada! Este artigo tem o objetivo de dar diretivas para que você descubra o que
fortalece seu jogo interno, e com isso desenvolver de uma forma definitiva o seu inner
game.

Para isso, vamos começar definindo o que é inner game (ou jogo interno - já que eu
abomino jargões de P.U.).

Jogo interno é tudo aquilo que você tem dentro da sua mente, que pode ajudar ou atrapalhar
você a atingir determinado objetivo (como conquistar determinada mulher). Faz parte do
jogo interno o seu estado de espírito, assim como o seu ânimo, suas crenças pessoais, seus
medos, seus desejos, seus valores, seu senso de merecimento, seus sentimentos, sua relação
com o mundo e com você mesmo.

Você está feliz? Isso faz parte do seu jogo interno. Você está louco de tesão por determinada
mulher? Pois isso também faz parte do seu jogo interno. Você acredita que pode pegar ela?
Sente que ela também o deseja? Você realmente acredita que merece uma mulher como ela?
Todas estas coisas fazem parte do seu jogo interno.

Assim como quando você está chateado, desanimado, sem tesão... Quando você duvida de
si mesmo, quando tem muitas questões sobre seu merecimento, quando não a deseja tanto
assim, ou sente-se sob pressão de alguma maneira. Isso tudo também é jogo interno.

Logo, como você pode ver, seu jogo interno não é uma coisa estática, que você vai
aprimorando e ele se torna inviolável. Ao contrário, ele é extremamente dinâmico, e varia
conforme uma infinidade de circunstâncias.

Algumas destas variáveis podem ser controladas diretamente por você. Outras não. Quer
um exemplo? Você se sentiria capaz de seduzir alguém no enterro de sua mãe?

E na saída da Caixa Econômica, logo após receber seu prêmio da mega-sena?

Claro que são situações extremas. Mas vamos, ao longo deste artigo, analisar diferentes
componentes desta caixa preta que chamamos de inner game.

Vamos observar quais são os que estão sob nosso controle e como controlá-los, assim como
quais são os fora de nosso controle que mais nos afetam, e como fortalecer nossa imunidade
mental contra eles.

Não é uma receita de bolo definitiva. Haverão sugestões aqui que servirão para você, assim
como sugestões que você vai achar desnecessárias. Haverão, ainda, sugestões que não serão
exatamente o seu caso, mas que inspirarão você a ter idéias melhores, e com isso construir
seu próprio conjunto de ferramentas para fortalecer seu jogo interno.

Aguarde o próximo capítulo deste artigo.

Abração!
[ARTIGO] Inner Game Levado a Sério
Parte II - Ingredientes

Vou falar um pouco sobre o que eu considero ingredientes de um inner game sedutor. Auto-
estima, auto valorização, afeto (por si mesmo e pelos outros), empatia, desejo, objetivo (no
sentido de meta), diversão, alegria, tesão (no sentido de desejo sexual mesmo), cara de pau
(desinibição levada ao extremo), erotomania, entusiasmo, motivação, alto astral, bom
humor, adrenalina... São alguns dentre tantos.

Na comunidade fala-se muito sobre auto-estima e erotomania. São assuntos quase exaustos.
Mas não são tudo. Não mesmo!

Acreditar que todas as mulheres querem dar pra você e ter a certeza de que você é o cara
são fatores que não vão ajudar muito se você estiver com uma puta dor de dente, louco para
pegar o primeiro taxi e correr para uma farmácia.

É um caso extremo, mas vamos pegar outras questões comuns, como a Ansiedade de
Aproximação (A.A.), ou então vamos chamá-la pelo nome verdadeiro deste sentimento: o
medo da rejeição, naquela intensidade que o impede de agir. De que adianta erotomania e
auto-estima diante deste sentimento?

Tem muita coisa no inner game que precisa ser trabalhada. Assim como existem muitos
músculos no seu corpo para você malhar na academia. Um conjunto razoável faz melhor do
que um par de bíceps hipertrofiados em um corpo com todo o restante atrofiado.

Vamos malhar cada parte fundamental do inner game. Deixe-me mostrá-lo como.
[ARTIGO] Inner Game Levado a Sério
Parte III - Erotomania

Erotomania é o sentimento de que todas as mulheres têm uma queda por você. Mais que
uma queda - elas realmente estão a fim.

Segundo o Playtool, trata-se de uma patologia psiquiátrica, cujo principal sintoma é


encontrar em todos os pequenos detalhes de uma interação algum tipo de sinal que, para o
indivíduo em questão, evidencie irrefutavelmente sua crença de que este pensamento é
verdade.

Ele menciona, no Seduzindo Beldades, o caso de um paciente que acreditava que a


jornalista da televisão apresentava o telejornal efetivamente para ele, pois ela era
perdidamente apaixonada pelo tal paciente.

Claro que este nível de erotomania é patológico e torna-se um problema. Não é este nível
que buscamos.

O que na verdade chamamos de erotomania, para efeitos de inner game ligado à sedução,
está muito mais relacionado ao sentir-se dígno de conquistar qualquer mulher, e saber que
as mulheres são capazes de perceber este mérito e, mais que isso, tenderem a reagir
positivamente e favoravelmente a ele.

Há um material antigo - mas muito efetivo - na comunidade sobre como desenvolver este
sentimento em um patamar saudável e favorável. São as "raízes da erotomania", do
Razorjack. Boa parte das mudanças que se realizaram na minha vida após meu bootcamp
com o Dionísio (da extinta U.S.) se deve a um puta trabalho e a um material muito bacana
que ele produziu com base neste primeiro, e enriquecido com técnicas que ele trouxe da
psicologia, da programação neurolinguística e da hipinose eriksoniana (especialidades dele
na vida profissional). E foi com base na minha experiência pessoal com estas mudanças que
elaborei algumas daquelas missões que se encontram na área de material prático do forum
(as missões Gugásticas). Se você não tem acesso ao material do Razorjack e nem dispõe de
condições que permitam um bootcamp com o Dionísio (sei que o Vinícius Santucci, aqui do
forum, faz um trabalho incrível também com estas técnicas profissionais), você pode dispor
destas missões para ter um ponto de partida.

Mas o intuito deste artigo é trazer uma forma de você desenvolver isso de uma maneira que
se adeque a você, e não necessariamente seguir o meu roteiro ou o roteiro de alguém.
Assim, vou dar alguns passos que podem ajudar você nessa caminhada.

Primeiro de tudo, você precisa se convencer de que isso tudo é verdade: de que as mulheres
realmente o querem, o admiram e o desejam. Isso é erotomania.

Aí vem a pergunta (como já vi em outro tópico): mas como vou me convencer de que isso é
verdade se eu sei que não é?

A única possibilidade de resposta para esta pergunta é: provando o contrário a si mesmo.

Logo, a melhor forma de desenvolver esta tal erotomania é provando a si mesmo de


maneira irrefutável que as mulheres realmente sentem desejo, admiração e atração acima do
comum por você.

Aposto que você quer saber como...

Bom, vamos lá... Você já se perguntou o que uma mulher quer? E já se perguntou por que
uma mulher poderia querer você? Já se perguntou o que você tem de bom que poderia
interessar a uma mulher, ou que a faria querer estar ao seu lado?

Não seja humilde nesta resposta, e muito menos modesto. Você precisa responder com uma
puta sinceridade quais são as suas qualidades, ou os seus pontos fortes, que fariam uma
mulher querer estar com você.

Você é divertido? É inteligente? Consegue conversar de maneira interessante sobre muitos


assuntos por horas a fio? É carinhoso? Beija bem? Sabe satisfazer uma mulher na cama?
Conhece lugares incríveis para levá-la? Pratica atividades de tirar o fôlego, nas quais você
poderia incluí-la? Sabe resolver com maestria problemas do dia a dia? É bem relacionado e
conhece pessoas incríveis? Sabe cozinhar alguns pratos deliciosos? Veste-se bem? É
vaidoso com seus cabelos? Tem um corpo atraente? Você é uma ótima companhia para
viajar? Ou para pegar uma balada? Ou para beber? Ou para praticar esportes? Você sabe
dançar? Sabe surfar?

Se você já fez essa lição de casa e já tem presentes na sua consciência alguns bons motivos
para as mulheres o quererem, agora vem o segundo ponto: quanto vale tudo isso?
Sim, pois você não vai sair por aí distribuindo de graça suas qualidades e as coisas que você
está disposto a fazer por uma mulher. Então, o que você espera como contrapartida de tudo
o que você pode levar para um relacionamento (por mais curto e efêmero que ele possa
ser)?

Você pode esperar que a garota seja divertida, simpática, criativa, linda, que vista-se bem,
que seja expontânea, que tenha um espírito aventureiro... Você certamente tem uma série de
critérios aos quais uma mulher precisa necessariamente atender para que seja dígna de
receber o que você tem a oferecer, certo?

Bom, se você não tem estes critérios, então está na hora de começar a pensar nisso. Ou é
qualquer mulher que serve para você? Pois se for, então você está perdendo seu tempo em
comunidades que discutem sedução. Cai pro funk da periferia ou então corre pro puteiro de
R$20 pratas que você se dá melhor.

Mas se você tem bem estabelecidos quais são os seus pontos fortes, o que você tem e está
disposto a oferecer e quais são os seus critérios para escolher as mulheres que merecem
isso, você já atingiu o primeiro nível da erotomania, que é o senso de merecimento.

Você já sabe - e já evidenciou a si mesmo de forma irrefutável - que você merece mulheres
incríveis, pois você também é um cara incrível, e tudo que se pode trocar num
relacionamento a dois será perfeitamente equilibrado para ambos.

Agora, se isso é tão óbvio, por que uma mulher em sã consciência rejeitaria a oportunidade
de ter um cara como você? Será que é porque ela ainda não sabe que você tem tudo isso a
oferecer? Ora, e como fazer com que ela saiba?

As mulheres são absurdamente emocionais. Elas "raciocinam" pouco (raciocinar no sentido


de estabelecer linhas de decisão baseadas na razão e na lógica - elas baseiam muito mais em
emoções e sentimentos). É aí que entra o senso de valor.

Lá atrás, nos primórdios da comunidade, haviam linhas de estratégias que ensinavam


técnicas de projetar e demonstrar valor. Apesar de atingir resultados razoáveis, estas
técnicas perdem feio para aquele valor autêntico, subcomunicado de maneira subliminar e
completamente inconsciente, tanto da parte de quem transmite quanto da parte de quem
percebe. Isso é o que acontece no jogo natural.

Como internalizar isso? Tendo consciência do próprio valor. Tendo consciência do valor
das outras pessoas (as mulheres e os outros caras). Sabendo quem você é e tendo a
convicção de que você tem tanto (ou mais) valor quanto eles.

É como o Playtool diz: valor não se demonstra, mas se presume. Você presume que seu
valor é alto - mais alto do que o de todo mundo. Afinal, você já provou a si mesmo que é
um cara incrível, e que para merecer você é necessário atender a uma série de critérios seus.

Pondo isso na balança, você sempre terá mais a oferecer do que qualquer outro cara.
Sempre terá mais a oferecer do que o quanto a mulher merece de fato (afinal, não deve ser
simples atender a 100% dos seus critérios). Logo, você presume convictamente e do fundo
do seu coração o quanto o seu valor é mais alto do que o de todo mundo.

Sabe o que acontece quando você faz isso? Sua mente se transforma, e reflete isso em todas
as suas atitudes, de forma automática e natural.

Seus pequenos gestos, movimentos, sorrisos, olhares... Todas as suas ações ganham
naturalmente mais firmeza, confiança e convicção. O seu tom de voz, o seu toque, os seus
passos, a distribuição do seu peso sobre as suas pernas... Tudo isso flui de uma maneira
carismática e persuasiva.

Então você esquece da sua linguagem corporal (body language / BL), pois seu inconsciente
já está tomando conta disso de forma natural. E tudo isso subcomunica de forma autêntica e
persuasiva a todos (homens e mulheres) que você é alguém a quem devem investir atenção.

Ela já sabe que você dança, cozinha e é bom de cama? Não, não sabe. A única coisa que ela
sabe neste momento é que você é um cara intrigante, sobre quem ela quer descobrir e
conhecer mais. E os olhares e reações femininas começam a fuzilar você a partir deste
momento, ainda que veladamente (é comum que você não perceba, mas seus amigos e
outras pessoas ao seu redor perceberão e lhe dirão).

Elas podem não saber por que ainda. Mas elas querem você. Querem por uma razão que
elas desconhecem. Elas percebem sua presença, ainda que não tenham reparado
conscientemente em você. Elas desejam você, ainda que este desejo seja apenas uma
pequena semente no terreno fértil da mente feminina, precisando ser regada por uma
interação divertida e sexual.

Elas o querem. E você começa a tomar consciência disso. Começa a notar este desejo delas,
e saber disso começa a persuadir sua mente de que você é um cara foda.
Isso é a erotomania. Autêntica, natural e mágica.

Você começa a notá-la de forma mais consciente quanto as pessoas - principalmente as


mulheres - começam a sentir sua relação "valor X desapego" e verbalizar este sentimento
em expressões do tipo "nossa, você se acha!" ou "meu, você se sente demais!".

Claro que um inner game fodástico tem outros elementos além da erotomania. Um deles é o
carisma, que você precisa desenvolver para contrabalancear esta impressão de se achar ou
se sentir.
[ARTIGO] Inner Game Levado a Sério
Parte IV - Carisma

Uma parte importante do jogo interno é o carisma.

Carisma significa, em uma interpretação literal, um "dom", ou um "presente", ou um


"talento muito notável".

Este dom ou talento notável, dentro do contexto de relações interpessoais, trata-se de uma
capacidade magnética de cativar e encantar outras pessoas.

Uma personalidade magnética é galante e sedutora. É cativante. É encantadora. E tudo isso


se constrói simplesmente assimilando uma série de hábitos, que refletem em sentimentos e
emoções que se auto transmitem às pessoas.

Vamos nesta parte do artigo discutir estes hábitos, sentimentos e emoções.

Vou começar por um sentimento importante: o amor.

Uma personalidade carismática não tem necessariamente este sentimento, mas você nutrí-lo
vai fortalecer notavelmente seu carisma na direção de uma personalidade sedutora.

Logo, é importante nutrir um amor imenso dentro de você. Amor pela vida, amor por si
mesmo, amor pela família, amor pelos amigos, amor pelas mulheres, amor pelos seres
humanos. E amar no sentido mais philos e ágape possível (embora no sentido eros também
seja interessante dentro de determinados contextos).

Amar a tudo, a todos, a si mesmo. Querer bem, desejar o melhor, cuidar, proteger, educar,
corrigir, muitas vezes beirar o sofrimento por empatia. Colocar-se no lugar do outro. Ser
capaz de praticar determinado altruísmo. Amar desta maneira, mas também sentir-se digno
do mesmo amor em contrapartida. De si mesmo, de todos, do mundo.

Este sentimento requer uma maturidade emocional grande, e não dá para debater com
profundidade aqui. Mas tenho certeza de que você já entendeu o espírito da coisa.

Outro sentimento necessário é o da empatia.

Empatia significa a capacidade de se colocar no lugar da outra pessoa e ser capaz de sentir
o que ela sente, em termos de prazer, dor, sentimentos, emoções, vontades, desejos, etc. É
ser capaz de enxergar o mundo e as situações pela ótica do outro.

Este sentimento vem junto com o amor, mas também pode se fortalecer à medida em que
desenvolvemos os hábitos ligados ao carisma.

E hábitos nada mais são do que ações, atitudes e reações que repetidamente tomamos em
determinadas circunstâncias. Podem ser assimilados por meio da repetição contínua.
Eis alguns hábitos que considero importante cultivar em prol do desenvolvimento do
carisma:

- O hábito de informar-se. Estar ao menos superficialmente ciente de questões importantes


ou pertinentes a uma determinada conversa. Por exemplo, para conversar sobre música com
uma garota é conveniente que você domine pelo menos um mínimo de informação a
respeito de música.
- O hábito de ser cortêz e educado. Utilizar expressões como "por favor", "com licença",
"obrigado"... Cumprimentar as pessoas antes de entrar no assunto - "bom dia/boa tarde/boa
noite", ou um cordial e amigável "olá!", sempre com um sorriso.
- Perguntar o nome das pessoas. Repetí-lo, para confirmar que entendeu. Guardar o nome.
E apresentar-se a elas.
- Nunca negligenciar as pessoas mais próximas (amigos, irmãos, pais, etc).
- Reconhecer as realizações e os feitos notáveis dos outros.
- Ser gentil.
- Agir com honestidade e integridade moral e ética.
- Manter olhos e ouvidos sempre atentos (não ficar "viajando" ou divagando quando
conversa com as pessoas).
- Evitar constrangimentos aos outros.
- Manter contato visual confiante.
- Ter bom humor.
- Agir com classe e elegância.
- Pronunciar corretamente as palavras.

Minha lista pessoal de hábitos é bem mais extensa do que isso. Ficaria gigante se eu
colocasse aqui. Um ou outro membro do site que tenha meu livro (edição de 2010 - não o
promovo já a alguns anos e não tenho o hábito de divulgá-lo aqui ou nos foruns) encontrará
esta lista na página 31, no capítulo sobre características da personalidade sedutora. Mas esta
pequena lista, se levada a sério, pode ser transformadora com relação a mudanças de
hábitos ligados ao carisma.

Um carisma bem desenvolvido contrabalanceia perfeitamente qualquer impressão que as


pessoas (e principalmente as mulheres) possam ter de que você se acha ou se sente, em
efeito ao desenvolvimento da erotomania.
[ARTIGO] Inner Game Levado a Sério
Parte V - Diversão

Ser um cara divertido e estar sempre se divertindo é um dos componentes mais incríveis de
um inner game sólido, além de tornar você uma pessoa muito mais interessante.

Importante lembrar que ser divertido não é sinônimo de ser palhaço - mas um pouco de
palhaçada na dose certa e nos contextos certos é extremamente contagiante.

Bom humor é a chave. Mas entusiasmo e aventura são o caminho.

Divertir-se, antes de qualquer coisa, e deixar-se contagiar de felicidade e alegria enquanto


se pratica alguma atividade que traga prazer.

Praticar um esporte pode ser divertido. Assistir a um filme pode ser divertido. Ficar bêbado
pode ser divertido.

Uma equação legal para formar uma personalidade divertida é procurar ser interessante,
desenvolver sua criatividade, agir de forma inusitada e contagiar as pessoas ao seu redor -
tudo isso de forma bem humorada.

Mas o que é ser interessante?

Ser interessante tem a ver com a quantidade de interesse que você é capaz de produzir em
seus interlocutores dutante uma interação. E isso está diretamente ligado ao que você é
capaz de transmitir. Vou dar um exemplo em forma de exercícios:

Responda para mim quais são os desafios do seu trabalho ou da sua área de estudo. Quais
são as partes fáceis e bobas do seu dia a dia? Como seus colegas e amigos descreveriam
você? Pense em uma lembrança realmente antiga da sua infância... Ou uma lembrança legal
da época de colégio. Ou me fale de uma época na sua vida na qual você tenha sido mais
popular. Ou sobre a primeira vez na vida em que você esteve realmente apaixonado.

Ok, pouquíssimos destes temas seria realmente utilizado em uma interação com uma
mulher que você está seduzindo. Mas o ponto aqui é demonstrar que existem coisas na sua
vida capazes de gerar assunto, de movimentar uma conversa. Estas coisas prenderiam a
atenção de outras pessoas?

Se a resposta for sim, então você já deve estar tendo um gostinho do que é ser alguém
interessante.

Se você pegar este seu material, essa bagagem de histórias para contar, e conseguir levar
para um lado criativo onde você seja capaz de contagiar as pessoas e trazê-las para a sua
história, você já avançou mais um passo. Você estará compartilhando não apenas elementos
pessoais da sua história, mas estará compartilhando visões de mundo e sentimentos a
respeito de diversas circunstâncias. Estará trocando isso com alguém. Eis um início de
conexão completamente natural, sem rotinas, sem enlatados e sem material decorado.

Agora pegue tudo isso e coloque uma capacidade de olhar de fora e rir de si mesmo. Ou de
rir da situação, em seus aspectos tolos, seus aspectos inusitados, seus aspectos
surpreendentes. Ou pelo menos a capacidade de olhar para o lado bom de cada coisa e tirar
uma lição ou uma moral da história de forma bem humorada.

Viu só? Você não precisa bancar o paspalho para ser um cara divertido.

Já tem uns anos que eu tenho curtido muito o humor no formato stand-up. Acho as sacadas
deles incrivelmente divertidas. E procuro trazer aquele espírito para a minha vida, nos
âmbitos profissional, afetivo, familiar, social, etc.

Eu também gosto do estilo "Cocky Commedy" do David deAngelo (que se tornou o


famigerado estilo "Cocky'n'Funny" da comunidade).

Claro que você não precisa devorar o material dele fazendo disso um estilo definitivo de
sedução, mas se até o momento você ainda não entendeu de forma clara que características
desenvolver e como desenvolvê-las a partir deste tópico, este material é bem interessante.

Sugiro também o artigo do Rods a respeito do Vampiro Venusiano, no que envolve a


personalidade C&F. Ele faz uma abordagem bem ilustrada sobre o jeito divertido de ser dos
sedutores de sucesso.

Mas o fundamental é não bitolar. Um cara bitolado não é divertido.

Divertido é aquele cara que contagia as pessoas com sua presença, fazendo-as se
divertirem.

E isso vem de dentro. Vem da personalidade. Logo, mais do que aquilo que você fala,
importa aquilo que você vive.

Portanto, pratique coisas divertidas na sua vida. Atividades de lazer, viagens, esportes,
hobbies, cultura... Atividades como leituras, ou assistir a filmes, teatro...

Pratique a variedade (gosto desta expressão). Faça coisas fora da sua rotina. Jogue futebol
no sabão. Pilote um kart. Mergulhe. Vá a um parque temático. Salte de paraquedas. Voe de
asa delta. Esquie. Compre um skate ou um par de patins. Pesque. Corra uma maratona.
Brinque de pega-pega (ou pique-pega) e esconde-esconde com crianças. Aprenda um
instrumento musical. Leia uma revista de fofocas. Aprenda a surfar. Viaje sozinho para
algum lugar. Faça um curso de alguma coisa nova - pode ser um idioma, uma
especialização profissional, uma determinada arte...

Pratique a variedade. Não há forma melhor de se tornar alguém extremamente interessante -


e por consequência, divertido.

Além disso, divertir-se é um aspecto fundamental do jogo interno.


[ARTIGO] Inner Game Levado a Sério
Parte VI - Tenha objetivos ousados

Metas. Quais são as suas?

A curto prazo, por exemplo. "Organizar um churrasco para assistir ao jogo no domingo".
"Aprender a fazer massa de pizza e juntar uma galera no espaço gourmet do meu prédio".
"Perder 12kg fazendo dieta e academia".

Ou a médio prazo. "Tirar férias e viajar pelo leste europeu". "Estudar francês". "Praticar
uma arte marcial".

Ou a longo prazo. "Quitar o financiamento do meu carro". "Mudar de apartamento, ou de


cidade, ou de país". "Consolidar uma empresa de importação e exportação de ração para
cavalos".

Quais são seus objetivos?

Você tem planos de como alcançá-los? Tem idéia das etapas de cada um? Está se
preparando para elas? Com que garra você os persegue?

Alcançar os objetivos é legal. Mas mais do que isso, sonhar, perseguir, acreditar, traçar
planos, elaborar estratégias, viver a realização de cada pequena etapa, comemorar isso...
São coisas que fazem com que sua vida seja promissora.

Olhar para o futuro com expectativa é um elemento essencial do inner game.

Viver a esperança, a expectativa, a luta para conquistar algo... Isso tudo é essencial para que
você esteja bem consigo mesmo.

Costumo dizer que uma pessoa sem sonhos é uma pessoa frustrada. E essa frustração tende
a se espalhar para diversas áreas da vida.

Esta parte do artigo é relativamente curta. Não há muito o que dizer. Mas o pouco a ser dito
é extremamente importante.

Tenha objetivos. Tenha sonhos. Ouse neles. E persiga-os com toda a força do seu coração.
[ARTIGO] Inner Game Levado a Sério
Parte VII - Vaidade

Muita gente começa por aqui. E não está errado.

Eu preferi deixar para a sétima parte por se tratar de um assunto bastante exaustivo, que
engloba muito mais do que cortar o cabelo, usar roupas legais e passar perfume.

Sentir-se bonito e cultivar uma boa relação com a vaidade é potencial para o jogo interno.
Nesta parte vou dar algumas dicas a este respeito. Algumas são até bem manjadas, mas vale
a pena citar novamente.

É incrível como os caras se arrumam, se preparam psicologicamente, gastam tempo e


dedicação para se aprontarem para ir a uma festa, mas não têm a menor intenção de serem
atraentes ao sair para comprar pão na padaria ou ao pegar um ônibus para ir trabalhar.

Há uma triste verdade que estes caras não percebem: estão deixando passar oportunidades
incríveis de conhecerem mulheres com um grande potencial para serem seduzidas por eles.

Você já teve, por exemplo, a desagradável sensação de acordar pela manhã, barbear-se,
tomar banho, escovar os dentes e, ao sair para trabalhar entrar em um ônibus onde ao seu
redor estão pessoas desleixadas, sujas e com maus odores?

Desagradável é pouco!!!

Cara, o que faz você pensar que aquela tremenda gostosa vai curtir você chegando de
qualquer jeito nela no seu day game pelo shopping ou pela avenida central?

Leitor: "Guga, então eu tenho que me preparar no visual mais galático do mundo para
sair à rua em qualquer ocasião?"

Claro que não... Bom, não da maneira que a comunidade tem entendido o tal "visual
galático"...

Um pouco de história... Um dia, em uma conversa de bar com o Playtool, ele me contou
um pouco sobre como os amigos pegadores dele o influenciaram a mudar determinados
comportamentos e a modelar suas atitudes para si.

Ele e seus amigos comparavam-se às estrelas do futebol europeu, em questão de valor, de


merecimento, de superioridade. Assim como tinha a "galáxia do Real Madrid", eles eram as
estrelas da "galáxia de Jurerê".

Uma mulher que era dígna de uma destas estrelas era uma mulher "galática". Uma camisa,
uma jóia ou um acessório dignos de serem utilizados por uma destas estrelas era um objeto
"galático". Um visual congruente com um cara neste nível de estrela era um visual
"galático".
Agora, acredite em mim... Jurerê não é só noite e festa. Jurerê é praia. É esporte. É passear
com o cachorro na rua. É ir ao mercado e à padaria. E os caras desta "galáxia", as "estrelas
de Jurerê" não vivem apenas vestidos à caráter para festas noturnas o tempo todo. Final da
história!

O que eu quero dizer com isso?

Vestir-se bem não quer dizer necessariamente usar roupas caras ou de marcas famosas. Mas
significa sim cuidar bem das suas roupar, utilizar a quantidade certa de sabão em pó de
qualidade, um bom amaciante e cuidar para que sejam bem passadas. Aquelas velhas
camisetas desbotadas podem ser excelentes para que você se sinta à vontade no conforto de
casa, mas para seduzir elas não servem como demonstração de higiene.

O livro Brazilian Natural Game e os DVDs do Seduzindo Beldades, ambos do Playtool, dão
uma dica de ouro para comprar roupas. Experimentar, tirar foto da roupa e da etiqueta (com
número de referência, etc), e comprar pelo e-bay ou outros sites que ajudam a importar sem
impostos (ou ao menos sem as margens abusivas do comércio nacional).

Cabelos são a moldura do rosto. Estão diretamente ligados à beleza. A moda


freqüentemente cria novos estilos, cada um se identificando com uma determinada tribo.
Cabelos que dêem ao rosto uma aparência não ameaçadora e de cidadão correto são sempre
mais indicados que cortes moicanos ou estilos que denotem personalidade em grupos de
rap, times de basquete, funkeiros da periferia ou fã clube do Neymar.

Os dentes são sem dúvida nenhuma o cartão de visitas da sua higiene. Uma pessoa com os
dentes mal cuidados ou com mau hálito tem suas chances de sedução reduzidas a um
patamar que somente um capricho do acaso pode garantir o sucesso. Afinal de contas, que
mulher beijaria um cara cujo sorriso que desperta a sensação de nojo?

Perfumes do dia são para se usar durante o dia – eles não despertam as mesmas sensações
que um perfume noturno. Perfumes noturnos são para se usar à noite – eles causam uma
sensação demasiadamente apelativa para serem usados durante o dia.

Tons em couro ou amadeirados são para a noite e em climas mais frios. Tons cítricos ou
florais são para o dia ou em climas mais quentes. E nem todo perfume combina com todas
as peles.

O ideal é entrar em uma loja e experimentar. Ter um bom perfume, de fragrância presente e
permanente para a noite, e um bom desodorante ou loção, com fragrância leve e discreta
para o dia.

E o seu banho, como anda? Muita punheta e pouca higiene? Ou você realmente cuida com
carinho do seu corpo?

Corta essa de usar sabonete genérico. Gaste R$0,50 centavos a mais e compre um sabonete
masculino com uma boa fragrância e um bom nível de hidratação. E esfrega essa porra com
vontade pela pele, principalmente no sovaco e ao redor do saco, porra!!! É foda ter que
ensinar isso!

Xampú também é um caralho! Você usa aquele que sua mãe comprou, ou aquele que sua ex
esqueceu no seu box, ou então aquele que estava em promoção no mercado, certo? Pois
joga essa merda fora agora mesmo!

Xampú normalmente é assunto de mulher. Então ninguém melhor do que uma mulher para
ensinar você a usar.

Procure pedir opinião a mulheres que tenham os cabelos com características semelhantes
aos seus. Se seu cabelo for seco, ou oleoso, se for liso ou cacheado, se tem determinado
tom ou cor... Procure uma garota que tenha o cabelo semelhante nestes aspectos.

Pode ser sua irmã. Ou pode ser sua prima. Pode ser até aquela puta que você come naquele
prostíbulo perto da quadra de society. Qualquer uma delas manja mais do que você.

Se você tem caspa, utilize um anti-caspa, porra. Precisa ensinar???

Se você usa gel ou pomada no cabelo, tome um puta banho antes de dormir e lave essa
porra! Não durma com estes produtos no cabelo, pois sua química os resseca.

Tenha uma porra de uma mochila no carro, com seu xampú, seu sabonete e com cuecas
limpas. A mochila da academia ou do futebol serve. Esta mochila é a mesma que você vai
levar para o motel ou para a casa daquela mulher com quem você vai dormir. Para de usar
aquele xampú sem vergonha que tem no motel ou o xampú de cerejas silvestres da garota.

Por fim, vaidade não é apenas roupa, perfume e cabelo. Tem muito mais!!!

Cultura é vaidade. Estilo de vida é vaidade. Alimentação é vaidade. Academia e esportes


são vaidade. Sono bem dormido é vaidade. Cuidar da saúde é vaidade.

Você não precisa ser um bitolado com o corpo e com a aparência, mas convenhamos: cuidar
bem de si mesmo e sentir-se bem apresentável dá uma levantada monstro na auto-estima, e,
consequentemente, no jogo interno.
[ARTIGO] Inner Game Levado a Sério
Parte VIII - Desejo sexual

Cara, o que motiva você a seduzir uma mulher se você não tem o menor tesão por ela?

Sua sedução vai ser uma bosta se, lá dentro do seu íntimo, você não sentir um desejo sexual
ardente por ela.

Falta de desejo fode totalmente com o jogo interno. E manter acesa a chama do desejo
sexual é uma arte, principalmente quando você passa a elevar seu nível de exigência para
com as mulheres, graças aos seus critérios cada vez mais refinados.

Sabe qual é o segredo de um apetite sexual voráz? Testosterona.

Não estou falando de bombas anabólicas. Estou falando daquele testosterona que o seu
corpo produz quando incitado para isso. Logo, precisamos fazer coisas que levem nosso
corpor a produzir testosterona.

Comer bem, dormir e praticar esportes são algumas maneiras. Mas não são as únicas.

Competir, principalmente em esportes que gastam energia, é uma atividade que leva o
cérebro a ordenar ao corpo uma grande produção de testosterona. Neste quesito, o futebol e
as artes marciais são incríveis. Estas atividades também liberam oxitocina, uma substância
que proporciona uma sensação incrível de felicidade e bem estar, fortalecendo o jogo
interno.

Uma boa alimentação também favorece a produção de testosterona. O consumo de


proteínas, principalmente de origem animal (carnes! Dããã!!!), ajuda muito.

A cafeína é outro estimulante que ajuda muito. Apenas sugiro que este consumo não
ultrapasse o horário das 18hs, a menos que você pretenda virar a madrugada acordado.

E finalmente, gastar o testosterona faz seu corpo permanecer sempre produzindo mais.

Não entendeu essa parte? Deixa eu traduzir pra você: comer boceta faz com que você
queira sempre comer mais boceta.

Transar muito leva você a sempre querer transar mais ainda. É um ciclo no qual quanto
mais você sacia o desejo, mais desejo você tem.

Mas vamos falar de uma forma de aplicar este desejo todo em benefício do seu jogo
interno.

Eu já falei sobre isso em outros artigos, mas não custa repetir. Interaja com mulheres que
realmente despertem desejo em você.
Isso significa que você não deve interagir com aquela garota que você xaveca só pra
treinar? Claro que não! Seduza-a pelo prazer de fortalecer sua erotomania. E para diminuir
sua ansiedade em outras interações.

Mas desafie-se. Aborde, interaja e seduza aquelas mulheres que realmente fazem bater
aquele puta tesão em você. Aquelas que você bate o olho e, instantaneamente, deseja comer
ela com um louco. Nunca fuja delas.

Você tem a obrigação moral de interagir com as mulheres que despertam desejo em você.

E seu jogo interno sempre fica mais forte naquela interação onde você deposita seu desejo.
[ARTIGO] Inner Game Levado a Sério
Parte XI - Crenças Pessoais

Vou reproduzir aqui um artigo que postei em outro tópico, mas que é pertinente a esta
questão de jogo interno.

Trata-se de um material escrito dentro de outro artigo (O que eu combino de cada "Método"
no meu jogo), então pode soar um pouco repetitivo quanto a algumas coisas que já foram
ditas aqui. Mas vale a pena lembrar!

Crenças:
Gosto muito dos textos do Robert Greene sobre sedução.

Em “As Leis da Sedução” ele coloca muitas coisas que, conforme eu constatei na minha
vida pessoal, são verdades. Claro, guardadas as devidas proporções.

As classificações que ele descreve no capítulo sobre “a escolha da vítima” são incríveis. É
como se qualquer mulher, em qualquer situação e em qualquer lugar estivesse, de uma
maneira ou de outra, vulnerável. Eu acredito nisso.

Eu acredito que todas as mulheres em todas as situações possuem algum tipo de


vulnerabilidade emocional, ou alguma fantasia, ou algum ponto fraco que, se eu conseguir
atingir, ela sucumbe. Acreditar nisso me dá autoridade sobre a minha ansiedade. Me dá
autoridade sobre os meus ciclos inconscientes de auto sabotagem. Me torna mais sedutor.

Ok, não tenho pleno domínio sobre o conhecimento dos tipos de vulnerabilidade e como
identificá-las logo de cara, mas nem preciso disso. Pra que bitolar? Tudo o que eu preciso
fazer é seguir o melhor ensinamento que o Ross Jeffries passou (o único descente do
material dele), que é “deixe-as sempre melhores do que como as encontrou”.

Eu sou um doador. Eu faço o bem às pessoas. Eu sou solícito, e proporciono bem estar para
quem está em minha companhia. É inevitável a contrapartida deste comportamento, que
desperta nas pessoas o prazer de conversar comigo. E, ao longo da conversa, as
vulnerabilidades para que elas sejam seduzidas aparecem.

Eu também acredito na abordagem fisiológica da autora Leil Lowndes a respeito da


sedução. Ter comportamentos que disparem nas outras pessoas sensações e emoções
antropologicamente primitivas fazem com que seus cérebros inundem suas correntes
sanguíneas com enzimas e substâncias como feniletilamina, oxitocina, dopamina,
norepinefrina e outras (fodam-se os nomes... Leil chama carinhosamente de “fel”, e eu
gosto de chamar de “poção do amor”).

Quando o cérebro da pessoa dispara doses da “poção do amor” no sangue, as pessoas não
conseguem controlar as sensações de atração por quem causou este estímulo.

Eu uso e abuso destes comportamentos, como carregar de emoções legítimas o meu contato
visual e o tom da minha voz. E emoções positivas ou negativas, tanto faz.

Eu olho e falo com surpresa, com saudades, com doçura, com carinho, com ternura, com
inocência, com orgulho, mas também com raiva, com nojo, com frustração, com petulância,
com malícia, com mágoa... Eu busco “enfeitiçar” as pessoas com as emoções que eu sinto
(e isso independente de estar seduzindo uma mulher, conversando com um brother,
brincando com uma criança, negociando um contrato, entrevistando um candidato, jantando
com os meus pais ou qualquer tipo de interação). Eu considero isso um gesto de sinceridade
para comigo mesmo e para com as pessoas.

Eu assumo (por assimilação de experiência) que esse meu jeito tem carisma, e que isso
conquista as pessoas – e principalmente as mulheres.

O meu cuidado, claro, está em procurar sentir sempre (ou pelo menos na maioria das vezes)
emoções positivas – mas porque eu gosto de me sentir assim, e não porque as emoções
negativas não servem.

Eu ouvi, no depoimento de uma mulher, que uma das coisas mais marcantes que ela já
viveu ao meu lado e que realmente mexeu com ela e fortaleceu o que ela sente por mim foi
uma vez que estávamos no meu carro, parados no semáforo e uma criança veio me pedir
dinheiro. Ela se contagiou e se encantou pelo diálogo que eu tive com aquela criança, que
não foi nada demais em si. Tudo o que eu perguntei foi do que ela gostava de brincar, e ela
me respondeu que gostava de subir em árvores. E eu disse à criança, com os olhos
carregados de saudades (saudades autênticas – eu me lembro exatamente como me senti
naquele momento), que quando eu era criança, em uma cidade muito longe, o que eu mais
gostava de brincar também era subir em árvores.

E outra coisa que eu trago comigo, que vem muito do livro da Leil Lowndes mas que
também é um ponto praticamente ignorado do Mystery Method (e pra quem gosta de
Mystery Method eu digo: a essência está justamente aqui) é que você se torna uma pessoa
mais interessante se você praticar coisas interessantes na sua vida, se você viver de um jeito
interessante.

Caras, eu amo ler. Eu amo ver filmes e ver televisão. Eu sou capaz de passar horas
discutindo novelas, músicas e Harry Potter. Eu falo com paixão do meu trabalho, pois
realmente sou apaixonado pelo que faço. As minhas histórias da época de faculdade são
incríveis porque eu realmente vivi aquela época de uma forma intensa e incrível. Quando
eu viajo eu gosto de mergulhar de tal maneira na história, na cultura e nos valores daquele
lugar que eu realmente volto apaixonado pelo local (ou verdadeiramente frustrado – e é
com essa emoção que eu vou falar sobre o lugar depois). Eu me abro a atividades novas. As
que eu gosto, passam a fazer parte da minha vida, e as que eu não gosto, eu sou capaz de
dizer qual foi a minha experiência e porque eu não gostei.

Eu amo o lugar que eu moro, e sou capaz de contar milhares de histórias interessantes sobre
ele. Eu também tenho lugares que odeio, e sou capaz de contar histórias sobre eles também.

Eu tenho aventuras legais na minha bagagem, mas também tenho desventuras – umas
engraçadas, outras me ensinaram algo valioso. Eu falo abertamente sobre (quase) todas
elas.

Eu me deixo fascinar pelas coisas que ME TORNAM fascinante.

Eu sei que sou interessante. Esta é uma crença com raízes em fatos.

Por último, para encerrar o item “crenças”, eu também curto muito o material “raízes da
erotomania”.

Eu já o tinha encontrado, baixado e lido, mas não tinha dado muito valor. Foi num
workshop particular com o Dionísio da US (um dos caras que eu mais admiro na
comunidade da sedução) que eu realmente “descobri” como este material é interessante.

O Dionísio me passou os textos e praticamente me obrigou a responder àquelas questões. E


tudo aquilo me fez enxergar coisas em mim e nas mulheres que eu realmente não via. Eu
antes “demonstrava valor” (DHV), o que era bom e útil. Agora eu “deixo transparecer o
meu valor”. Entendem a diferença?

Eu tinha uma certa modéstia quanto aos meus valores verdadeiros, e por outro lado
procurava “emular comportamentos alpha” para demonstrar valor.

Caras, bastou uma visão de fora para eu perceber que eu não precisava de nada daquilo. Eu
não tiro o mérito das rotinas de DHV, pois eu realmente comprovei que elas funcionam sim,
e enquanto eu não tinha estas crenças as rotinas me foram muito úteis (sei que muitos aqui
não concordam com este ponto de vista).

Mas as minhas rotinas hoje são as minhas próprias histórias. São as minhas próprias
bagagens. São os carimbos do meu próprio “passaporte da vida”, como eu gosto de dizer.

E outra coisa que me ajudou a “afixar” estes valores na minha realidade foram os áudios do
Dionísio. São um material muito útil e interessante, e se aplicaram muito bem à minha vida.
[ARTIGO] Inner Game Levado a Sério
Parte X - Entusiasmo e Motivação
Motivação. Que bicho é esse?

Você já deve estar familiarizado com o termo. Deve até ter idéia do que se trata, por já ter
sido bombardeado por livros, palestras, programas, artigos e outros materiais chamados
"motivacionais". Provavelmente associa o termo com uma espécie de subtema de auto-
ajuda, e há uma grande chance de que você confunda o termo com entusiasmo.

Afinal, quem tem motivação tem entusiasmo, certo? E quem tem entusiasmo tem
motivação, certo? Logo, ambas as palavras querem dizer a mesma coisa, não é verdade?

Será mesmo? Vamos fazer uma análise.

Motivação é uma palavra que, em sua etimologia, combina motivo e ação. Opa... Já temos
uma pré idéia do que realmente quer dizer motivação.

Imagina que uma certa manhã você acorda sem a menor vontade de arrumar sua cama.
Você até está entusiasmado para fazer alguma coisa naquele dia. Digamos que seja
embarcar em uma determinada viagem de lazer, ou algo semelhante.

Você acorda, portanto, entusiasmado. Está motivado a levantar da sua cama. Está motivado
a carregar suas bagagens pela escada, até o taxi. Está motivado a passar 40 minutos
esperando na sala de embarque de um aeroporto (40 minutos porque eu fui legal). Mas você
olha para a sua cama bagunçada, seus lençóis amarrotados, seu travesseiro amassado e
babado... E simplesmente não tem a menor vontade de arrumá-la.

Percebe que entusiasmo não significa necessariamente motivação? Você está entusiasmado,
mas não sente no seu íntimo que tem um bom motivo que o leve a tomar a ação de arrumar
a sua cama.

Você deve ter percebido que eu utilizei o termo "motivo". O que é um bom motivo para
fazer alguma coisa? Isso varia de situação para situação.

Pode ser que dinheiro seja um bom motivo para você trabalhar, mas (assim espero) não seja
um motivo forte o bastante para você dar o rabo num filme pornô. Pode ser que o
sentimento de amor seja um motivo forte o bastante para que você visite sua avó, mas não é
motivo para que você trabalhe de graça para o seu chefe.

Pode ser que o medo de ser demitido seja um excelente motivo para que você faça horas
extra, mas não é um grande motivo para que você faça um boquete para o seu gerente
(assim espero, mais uma vez).

O que leva você a fazer alguma coisa? É uma recompensa? É a persuasão de um medo ou
de uma insegurança? É uma necessidade financeira? É ambição? É tesão? O que é?
Freud, pai da psicanálise, deixou concluído que o ser humano tem fundamentalmente dois
tipos de motivação: aquela que traz algum tipo de prazer como recompensa e aquela que
previne ou afasta algum tipo de sofrimento.

Prazer e sofrimento - estas são as bases psicológicas da motivação. Mas não relaxe agora,
pois este não é um conceito tão simplista assim.

Muitas vezes - na maioria delas - a motivação é algo que pode ir além do caráter emocional.
Você pode sentir motivação, mas não na forma explícita de emoção, mas na forma de uma
conclusão racional, ou mesmo de um comportamento habitual.

Por exemplo, você pode se sentir motivado a ler os seus e-mails profissionais logo depois
do almoço, e esta motivação se dá simplesmente por ter criado este hábito. Ou então você
se sente motivado a chamar um eletricista para consertar seu chuveiro elétrico ao invés de
fazê-lo você mesmo, motivado simplesmente pela prudência racional de quem não tem
experiência mexendo com eletricidade.

Mas isso não exclui de forma alguma o poder da motivação emocional. Se pensássemos
assim, não haveriam crimes passionais ou motivados por vingança, por exemplo.

Já o entusiasmo (que é frequentemente confundido com a motivação) tem um papel


complementar. De fato, o entusiasmo pode ser um "motivo para ação", e por conta disso
servir de motivação para algo.

No entanto, o conceito de entusiasmo está muito mais ligado à antecipação de um


sentimento de satisfação. Está muito mais ligado a uma forte expectativa de algo que será
alcançado ou realizado por determinada ação ou conjunto de ações. Não se trata meramente
de um motivo para agir, mas sim de uma forte energia emocional que cataliza os motivos
das ações (motivação).

Mas motivação e entusiasmo, embora se complementem, são coisas diferentes.

Por exemplo, é possível sentir entusiasmo sem ter motivação. Lembra-se do exemplo de
arrumar a sua cama? E que tal aquele entusiasmo que você sente quando um amigo o
chama para sair, mas sua situação financeira não lhe traz motivação para pisar fora de casa?

E o inverso? A motivação sem o entusiasmo?

Vejamos o exemplo em que um bombeiro precisa descer de rapel a uma caverna que está
em chamas para salvar a vida de um cidadão, que por coincidência é seu vizinho, o mesmo
que andou comendo sua mulher durante alguns de seus plantões.

Ele tem a motivação do dever e da responsabilidade para entrar lá e arriscá-lo. Mas quem
aqui diria que ele está entusiasmado em fazer isso?

Claro que eu coloquei alguns exemplos esdrúxulos e extremos, mas é para que se tenha
uma boa compreensão do que é cada coisa. E essa teoria toda tem uma motivação
entusiasmante: a forma de aplicar tudo isso na prática proporciona um jogo interno
realmente poderoso.

Afinal, nada como uma forte dose de motivação e entusiasmo para fazer com que você
supere sua ansiedade de aproximação, ou que você passe por cima de suas crenças
limitantes e entre em ação mesmo quando você tem problemas com sua fé em si mesmo.

Acontece que encontrar os motivos fortes (motivação) e despertar sobre estes motivos a
sensação antecipada de recompensa (entusiasmo) que o levam a superar suas faltas de
motivação (como ansiedade, timidez, medo) e seus estímulos de auto-sabotagem ao
entusiasmo (como o pensamento negativo sobre o que pode dar errado e a antecipação do
sentimento de perda ou punição, ao invez do sentimento de recompensa) não é uma tarefa
simples e quotidiana.

É preciso se conhecer e se entender muito bem para que identificar onde acender as
fagulhas de motivação e entusiasmo que inflamarão em você aquela série de ações e
sentimentos que o levam ao sucesso.

Mas a boa notícia é que uma vez que conhecemos estes caminhos, fica muito fácil segui-lo,
e passa a ser parte de um conjunto de hábitos e certezas - essência do natural game.

Agora faça uma pausa e pergunte-se: o que motiva você? E o que entusiasma você?

Independente de se tratar de assuntos ligados à sedução propriamente.

Vou ser um pouco invasivo e citar o exemplo do nosso colega Darth Cleff. Ele sente um
entusiasmo incrível por atividades ligadas à pesca. Ações ligadas a esta atividade (como ir a
eventos, ir às compras, preparar pratos baseados em pescados, reunir-se com amigos que
compartilham deste interesse) trazem-lhe uma grande motivação. Como ele já me disse
algumas vezes, ele é capaz de acordar bem cedo depois de ter dormido pouco, enfrentar
horas de viagem, dormir com pouco ou nenhum conforto, encarar banhos gelados por um
feriado inteiro e tomar até outras ações para pescar que certamente ele não faria com a
mesma boa vontade se fosse, digamos, para ir a uma reunião de trabalho.

Você certamente já ouviu falar de caras que são entusiasmados (e levam até a alcunha de
"entusiastas") por alguma atividade específica.

Eu tenho algumas. Mergulho, danças de salão, corridas de kart (influência do Jamiroquai


aqui), viagens para alguns lugares que eu amo, comprar bugigangas eletrônicas, cavalgar,
pedalar... São atividades que me proporcionam entusiasmo e motivação. Certamente eu sou
capaz de tomar, de boa vontade, ações ligadas à realização destas atividades que,
certamente, eu não teria se fosse para atividades com as quais eu não tenho afinidade, como
acordar cedo para correr uma maratona.

Você certamente tem uma série de atividades que o entusiasmam e o motivam. Umas mais,
outras menos, mas certamente tem algumas.
Se você estivesse sob o intenso calor do verão na região do pantanal e alguém o convidasse
para tomar um milk shake gelado, qual seria o seu entusiasmo? Será que seria o mesmo
entusiasmo para tomar um sorvete nas serras gaúchas durante o dia mais frio do inverno?

Aí então, consciente das coisas que o entusiasmam e o motivam, você pode estabelecer
regras de auto-recompensa para que o mesmo entusiasmo sirva de motivação em outras
atividades.

Por exemplo, eu tenho planejada uma saída de 4 dias para mergulhar assim que eu terminar
um projeto profissional que está me consumindo mais ânimo do que eu estava disposto.
Mas quando me falta motivação para as tarefas chatas deste projeto eu me lembro do meu
mergulho que eu me darei de presente, e com isso qualquer possibilidade de auto
sabotagem se dissipa imediatamente.

Algumas regras de punição também ajudam a encontrar motivação. Por exemplo, o Rods.
Ele tem uma regra que diz que cada vez que ele leva um flake de uma mulher, ele é
obrigado a iniciar três novas interações.

Claro que isso não é uma punição propriamente dita, com um caráter penoso. Mas é uma
forma de ele se obrigar a permanecer sempre bem consigo mesmo quando algo sai dos
trilhos em sua vida afetiva.
[ARTIGO] Inner Game Levado a Sério
Parte X - Entusiasmo e Motivação (continuação)

Vou até desenterrar um zumbi aqui e mencionar uma orientação bem antiga do Mystery.

Lá bem antes do Mystery Method, no seu primeiro livro de dinâmica social (o Artes
Venusianas), ele propõe aos iniciantes que sempre que entrarem em uma balada entreguem
ao seu amigo 10 dólares, trocados em notas de 1 dólar. A tarefa do amigo é devolver-lhe 1
dólar por cada grupo que abrir ou iniciar uma interação, de forma que se o iniciante não
iniciar dez interações ele literalmente perde dinheiro.

Existem motivações mais entusiasmantes do que essa? Com toda a certeza.

Você pode se propor qualquer regra de premiação ou de punição, em qualquer campo da


sua vida.

Exemplos:
- Se eu terminar meus trabalhos de mestrado até quinta-feira e revisá-los na sexta-feira, vou
me presentear com um final de semana em um resort.
- Se eu reduzir meus carboidratos e gorduras nas refeições e aumentar minhas fibras e
proteinas magras ao longo da semana, vou tirar o sábado para me deliciar sem miséria em
uma churrascaria.
- Vou levar aquela delícia para almoçar no final de semana. Assim, se eu não acordar cedo
no sábado para lavar meu carro, vou sofrer a punição de causar uma péssima impressão
nela com meu carro imundo.

Para terminar esta parte do artigo, vou conduzir você à conclusão que realmente é o
objetivo aqui, pois estamos falando de inner game.

Quando você pratica ao longo do seu dia a dia diversas atividades que, cada uma em sua
proporção, lhe trazem motivação e entusiasmo, as demais atividades tendem a ser mais
prazerosas também. Mesmo aquelas mais chatas.

Você já reparou que as pessoas com maior índice de felicidade e auto-estima são
geralmente bastante disciplinadas com suas tarefas chatas?

É fácil ter disciplina com algo que antes não o motivava quando você já está recebendo
recompensas (emocionais) por atividades que o motivam.

É como se você sentisse uma enorme gratidão para consigo mesmo, por estar se fazendo tão
bem, e aí você se recompensa realizando aquelas coisas que antes eram difíceis e
arrastadas.

Acho que não preciso entrar em detalhes do quanto isso impacta positivamente no seu jogo
interno, preciso?

Você também pode gostar