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Finanças Corporativas
Belém – Pará
Julho/2012
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UNIVERSIDADE FEDERAL DO PARÁ
INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO
ESPECIALIZAÇÃO LATO SENSU EM GESTÃO EMPRESARIAL
MODALIDADE SEMIPRESENCIAL
SUMÁRIO
INTRODUÇÃO 3
1.0 CONSIDERAÇÕES GERAIS SOBRE A GESTÃO FINANCIRA 4
1.1 O GERENTE FINANCEIRO FUNÇÕES, HABILIDADES E COMPETÊNCIAS. 4
1.1.1 As Funções Administrativas dos Gerentes 4
1.1.2 Os Papéis dos Gerentes 4
1.1.3 As Habilidades de um Gerente 5
1.1.4 Indicadores de Desempenho dos Gerentes 6
1.1.5 As Atividades dos gerentes Financeiros 7
1.1.6 A Organização da Função Financeira 7
1.1.7 Áreas de Conhecimento da Gestão Financeira 8
1.1.8 As Metas do Gestor Financeiro 9
1.2 INSTITUIÇÕES FINANCEIRAS, MERCADOS E TÍTULOS NEGOCIADOS. 10
1.2.1 Instituições Financeiras 10
1.2.2 Instituições Auxiliares do Sistema Financeiro 14
1.3 MERCADOS FINANCEIROS 15
1.3.1 Tipos de Mercados 16
1.4 TITULOS NEGOCIADOS NO MERCADO 20
1.4.1 Títulos Públicos Federais 20
1.4.2 Títulos Privados 22
1.5 INDICADORES DE MERCADO 24
1.5.1 Indicadores Econômicos 24
1.5.2 Índices de Inflação 25
1.5.3 Taxa de Câmbio 26
1.5.4 Índices de Referência - Benchmarks 27
2.0 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS, ANÁLISE E TRIBUTAÇÃO. 31
2.1 RELATÓRIO DOS ACIONISTAS 32
2.2 DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 32
2.2.1 Demonstração de Resultado 32
2.2.2 Balanço Patrimonial 34
2.2.3 Demonstração de Lucros e Prejuízos acumulados 37
2.2.4 Demonstração de Fluxo de Caixa 37
2.3 ANÁLISE DAS DEMONSTRAÇÕES FINANCEIRAS 40
2.3.1 Índices de Liquidez 43
2.3.2 Índices de Atividade 44
2.3.3 Índices de Endividamento 48
2.3.4 Índices de Lucratividade 49
2.4 FORMAS DE TRIBUTAÇÃO DA PESSOA JURÍDICA 51
2.4.1 Simples Nacional 52
2.4.2 Lucro Presumido 52
2.4.3 Lucro Arbitrado 53
2.4.4 Lucro Real 54
3.0 PLANEJAMENTO E CONTROLE FINANCEIRO 55
3.1 PLANEJAMENTO INCREMENTAL 57
3.1.1 Planejamento do Caixa 57
3.1.2 Planejamento do lucro 61
3.1.3 Projeção do Balanço Patrimonial 64
3.2 ALAVANCAGEM OPERACIONAL 66
3.2.1 Conceitos Básicos 66
3.2.2 O Ponto de Equilíbrio 66
3.2.3 Realidades sobre o Ponto de Equilíbrio 70
3.2.4 Avaliação do Grau de Alavancagem Operacional 71
4.0 DECISÕES DE INVESTIMENTOS 74
4.1 CONSIDERAÇÕES GERAIS 74
4.1.1 Principais Motivos Para Investimentos 75
4.1.2 O Processo de Orçamento de Capital 75
4.1.3 Terminologia Básica 76
4.1.4 Tipos de Fluxo de Caixa 77
4.2 FLUXO DE CAIXA DOS INVESTIMENTOS 77
4.2.1 Componentes do Fluxo de Caixa 78
4.2.2 Fluxo de Caixa de Expansão e Substituição 78
4.2.3 Fluxos de Caixa e depreciação 79
4.2.4 Custos Relevantes 83
4.2.5 Orçamento de Capital Internacional, Considerações Gerais. 84
4.3 O PROCESSO DE CÁLCULO DO INVESTIMENTO INICIAL 85
4.3.1 Custo do Ativo Instalado 85
4.3.2 Venda do Ativo Substituído 86
4.3.3 Variação no Capital de Giro da Empresa 88
4.3.4 Cálculo do Investimento Inicial 90
4.3.5 Cálculo das Entradas Operacionais de Caixa 91
4.4 O CUSTO DO CAPITAL 94
4.4.1 Fontes Específicas de Capital 95
4.4.2 Custo do Capital Próprio 98
4.5 AVALIAÇÃO DOS INVESTIMENTOS 107
4.5.1 Período de Retorno - Payback 107
4.5.2 Valor Presente Líquido - VPL 110
4.5.3 Taxa Interna de Retorno - TIR 112
4.6 PERFIS DO VPL 114
4.7 DECISÕES DE INVESTIMENTO EM CONDIÇÕES DE RISCO 119
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INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO
ESPECIALIZAÇÃO LATO SENSU EM GESTÃO EMPRESARIAL
MODALIDADE SEMIPRESENCIAL
INTRODUÇÃO
Na pratica a gestão evoluiu nas ultimas décadas de uma visão de tarefas para uma
visão de processo. Isso aconteceu principalmente em função da evolução na Tecnologia da
Informação. Os modernos sistemas gerenciais do tipo ERP (enterprise resource planning) ou
planejamento de recursos empresariais exigem dos profissionais um conhecimento além do
trivial.
Este paradigma precisa ser quebrado, o uso dos sistemas operacionais integrados para
processamento de informações, exige um conhecimento básico de finanças para todos os
funcionários de uma instituição.
Este módulo de estudos está dividido em cinco unidades. A primeira unidade mostra,
alguns conceitos sobre gestor financeiro, suas funções e habilidades, em seguida são mostradas
as instituições financeiras e mercados financeiros e os títulos nele negociados. Na segunda
unidade são mostradas as principais demonstrações financeiras, analise e formas de tributação.
Na terceira unidade, vamos enfocamos o planejamento e controle financeiro, mostrando a
importância do orçamento de caixa, do orçamento do lucro. .Na quarta unidade vamos discorrer
sobre a gestão do capital de giro das empresas, enfatizando a importância da gestão dos ciclos,
operacional e financeiro. Na quita unidade, vamos aprender a planejar um investimento de
capital, realizando o orçamento de investimento, o custo de capital próprio e de terceiros, os
fluxos de caixa - convencional e não convencional, e os métodos de avaliação de investimentos.
Os trabalhos executados por gerentes estão sendo reformulados pelos mesmos fatores que
estão alterando a economia, as organizações e outros trabalhos. Ao contrário de apenas 20
anos atrás, o trabalho do gerente de hoje se parece mais com o de um treinador do que com o
de um chefe, e a permanência e estabilidade no emprego estão desaparecendo. O gerente do
futuro tende cada vez mais a ser um “capataz" contratado para resolver problemas específicos.
• Organização abrange a determinação das tarefas que serão realizadas, quem irá executá-
las, como agrupá-las, quem se reportará a quem e quem tomará as decisões.
Segundo Henry Mintzberg, os gerentes desempenham dez papéis que podem ser
agrupados em torno de três temas: relações interpessoais, transferência de informações e
tomada de decisões.
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Os papéis interpessoais
Os papéis informacionais
Os papéis decisórios
Habilidades gerais
• Habilidades conceituais dizem respeito à aptidão mental para analisar e diagnosticar situações
complexas.
• Habilidades políticas referem-se à capacidade para construir uma base de poder e fazer
contatos corretos.
Habilidades específicas
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As mudanças ocorridas nos últimos anos exigem que dos gestores e colaboradores da área
financeira uma maior interação com os gestores e colaboradores das demais áreas das
empresas, para que todos possam fazer suas previsões e tomar decisões úteis.
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PRESIDENTE
GERENTE DE GERENTE DE
TESOURARIA CONTROLE
Uma empresa não pode prescindir do crédito concedido por seus fornecedores e pelas
instituições financeiras, entretanto a insolvência de uma empresa pode surgir devido a excessos
de imobilizações ou de estoques, a concessão aos clientes de prazos muito longos para
pagamento ou, ainda, à utilização de fontes de financiamento inadequadas.
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Para finalizar podemos afirmar que o tesoureiro trabalha e zela pela liquidez da
empresa aos menores custos possíveis. Dessa forma captando recursos com custos menores e
aplicando os recursos excedentes sempre buscando a melhor rentabilidade possível
Dessa forma podemos afirmar que a missão da controladoria é dar suporte à gestão
dos negócios da empresa, de modo a assegurar que esta atinja seus objetivos, cumprindo
assim sua missão.
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Exemplo:
O Valor Econômico Adicionado - EVA (Economic Value Added) é a medida usada por
muitas empresas para determinar se um investimento – proposto ou existente – contribui
positivamente para a riqueza dos proprietários.
Recentemente muitas empresas ampliaram o seu enfoque para incluir os interesses dos
parceiros da mesma formas que os acionistas. Os parceiros (stakeholders) são grupos como os
empregados, fornecedores, credores que têm uma ligação direta com a empresa.
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Instituições
Operadoras do Sistema Instituições Financeiras
não Bancárias Bolsas de Valores
Outros Intermediários
Financeiros e
Administradores de
Recursos de Terceiros
A) Instituições Normativas
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É a entidade criada para atuar como órgão executivo central do sistema financeiro
cabendo-lhe a responsabilidade de cumprir e fazer cumprir as disposições que regulam o
funcionamento do sistema e as normas expedidas pela CMN. A missão do Banco Central do
Brasil é assegurar a estabilidade do poder de compra da moeda e a solidez do sistema
financeiro nacional.
Bancos Múltiplos
Bancos Comerciais
Bancos Cooperativos
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O Banco Central deu autorização para que as cooperativas de crédito abrissem seus
próprios bancos comerciais, podendo fazer tudo o que qualquer outro banco comercial já faz.
Cooperativas de Crédito
São instituições que captam recursos através da emissão de títulos para emprestar e,
portanto, realizam intermediação de moeda.
Bancos de Investimento
Foram criados para canalizar recursos de médio e longo prazos para suprimento de
capital fixo ou de giro das empresas. Seu objetivo maior é o de fortalecer o processo de
capitalização das empresas, através da compra de máquinas e equipamentos e da subscrição
de debêntures e ações.
Sua função é financiar bens de consumo duráveis por meio do “crediário” ou crédito
direto ao consumidor.
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Neste mercado, atuam ainda os agentes autônomos de investimentos, que são pessoas
físicas credenciadas pelo BI, Financeiras, CCVM e DTVM, que, sem vínculo empregatício e em
caráter individual, exercem, por conta das instituições credenciadas, a colocação de títulos e
valores mobiliários, cotas de fundos de investimento e outras atividades de intermediação
autorizadas pelo BC.
Bolsa de valores
As bolsas de valores são associações privadas civis, sem finalidade lucrativa, com o
objetivo de manter ambiente adequado ao encontro de seus membros e a realização, entre
eles, de transações de compra e venda de títulos e valores mobiliários, em mercado livre e
abertos, especialmente organizados e fiscalizados por seus membros e pela Comissão de
Valores mobiliários.
A Bolsa de Valores de São Paulo é uma entidade auto-reguladora que opera sob a
supervisão da Comissão de Valores Mobiliários – CVM
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estas razões orientadas, a aplicar parte de suas reservas técnicas no mercado financeiro de
capitais.
Seguradoras
E) Entidades de Auto-Regulação
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A nova opção oferece maior segurança e agilidade em relação aos cheques e DOCs,
que continuam a ser processados normalmente no atual Sistema de Compensação.
1. através da instituição financeira que capta a poupança e a transfere para aqueles que
necessitam de recursos.
2. através dos mercados financeiros, espaços organizados nos quais os fornecedores e
tomadores de recursos fazem transações.
3. através da colocação privada, emissão de ações e títulos de divida para investidores no
mercado.
As Instituições financeiras
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· indivíduos,
· empresas, e
· governos.
Os indivíduos não apenas fornecem recursos para instituições financeiras, mas também
demandam recursos delas na forma de empréstimos. No entanto os indivíduos enquanto grupos
são os fornecedores de liquidez para as instituições financeiras: eles poupam mais dinheiro do
que tomam emprestados.
· Mercado monetário
· Mercado de capitais
· Mercado primário
· Mercado secundário
· Mercado interbancário
· Mercado de títulos públicos federais
· Mercado de juros
· Mercado a termo
· Mercados futuros
· Mercado de opões
· Mercado de derivativos
· Mercado de ações
· Mercado futuro de ações
Por exemplo:
O Banco Central utiliza esse mercado como parâmetro para a formação do custo do
dinheiro e para gerenciamento da liquidez da economia.
O Mercado a Termo o comprador tem o direto de adquirir o ativo objeto (ação) por
um preço acertado entre as partes, e o vendedor tem a obrigação de entregar o contrato na
data correta e com o preço definido.
No Brasil as operações mais realizadas nos mercados futuros são: índices de ações,
taxa de juros, dólar, ouro e commodities (boi, bezerro, café, algodão, soja, açúcar)
· opções de compra e,
· opções de venda.
O ativo objeto de uma operação de opção não precisa ser negociado em Bolsa, desde
que as partes concordem com as suas características.
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O mercado de ações é formado pelas várias bolsas de valores que geram um fórum
para transações de títulos de dívidas e ações. O bom funcionamento do mercado de capitais é
importante para o crescimento dos a longo prazo dos negócios.
Existem várias classificações para os mais variados tipos de papéis que são negociados
no mercado financeiro. Adotamos a classificação em função de sua principal destinação, ou
seja, a finalidade para a qual o titulo é emitido.
O Governo Federal emite títulos de dívida pública para captar recursos. São títulos de
grande aceitação e liquidez, considerados como os de melhor risco de crédito do mercado.
As Notas do Tesouro Nacional possuem uma notação por série. O que diferencia uma série
da outra, identificada por uma letra, é o índice de correção do capital. Acompanhe a seguir:
Remuneração: variação do GP-M do mês anterior, acrescida de juros definidos pelo mercado
no momento da compra.
A rentabilidade é prefixada pela taxa interna de retorno (TIR) do fluxo de pagamentos dos
cupons de juros e do deságio ou ágio sobre o valor nominal do título.
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Título de renda fixa, representativo de depósito a prazo emitido por bancos múltiplos,
de investimentos e comerciais. É uma modalidade de aplicação que proporciona ao cliente
remuneração sobre seu capital, sendo obrigatoriamente emitido, na forma nominativa, ou seja,
com a identificação do investidor. É admitida sua negociação antes do vencimento, de acordo
com as condições estabelecidas pela instituição emissora e terá seu valor de mercado apurado
em função da taxa de juros corrente.
Letra Hipotecária
Conferem aos seus investidores direito de crédito pelo valor nominal, atualização monetária
e juros nela estipulados.
Debêntures
· Podem ser emitidas por empresas de capital aberto e/ou fechado. Entretanto, somente
sociedades anônimas de capital aberto (ou seja, registradas na CVM como tais) podem
fazer colocação pública de debêntures.
· Debêntures Conversíveis
Nas DCA a opção de receber o capital de volta em ações é um direito (não uma
obrigação) do debenturista.
Ao emitir DCA a companhia deve dar preferência aos acionistas na subscrição dos
papéis.
Nota Promissória
A nota promissória emitida por sociedade por ações, destinada à oferta pública, é
considerada como valor mobiliário.
Prazos
· Mínimo 30 dias
· Máximo 180 dias para S/A de capital fechado.
· Máximo 360 dias para S/A de capital aberto.
Remuneração
Forma de Emissão
Ações
São títulos emitidos por sociedades anônimas que representam a propriedade de uma fração
do capital social da companhia. Na prática, quem investe em ações é proprietário de uma parte
da sociedade anônima, tornando-se acionista e participando de seus resultados.
Ação Ordinária
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Ação Preferencial
As ações proporcionam aos seus investidores alguns direitos e proventos, chamados também
de benefícios que as empresas proporcionam as seus acionistas, tais como.
· Dividendos
· Bonificações ( em ações e em dinheiro)
· Subscrição de ações
· Venda de direito de subscrição
· Juros sobre o capital próprio
· Ganho de capital
Política Econômica pode ser definida como sendo o conjunto de medidas adotadas pelo
governo para controle da economia.
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MODALIDADE SEMIPRESENCIAL
· O valor dos bens intermediários não é computado no cálculo do PIB, visto que está
incluído dentro do valor dos bens finais.
· Com o objetivo de computar o valor dos bens e serviços finais, soma-se o valor
adicionado ou agregado em cada etapa de produção a preços de mercado.
Consumo(C )
Investimento (I )
Despesas do Governo (G)
Exportações Liquidas (NX)
PIB = C + I + .G + NX
Consumo: refere-se a todos os bens e serviços comprados pelas famílias e divide-se em três
subcategorias: bens não-duráveis, bens duráveis e serviços.
Investimento: consiste nos bens adquiridos para uso futuro. Essa categoria divide-se em duas
subcategorias: investimento fixo das empresas (formação bruta de capital fixo) e variação de
estoques.
Despesa do Governo: são os bens ou serviços adquiridos pelos governos federal, estadual ou
municipal.
A inflação é a taxa média de variação dos preços de bens e serviços, por um período de
tempo, em uma determinada economia (ou em determinado país).
O preço de referida cesta varia ao longo do tempo e nos mostra que em determinados
momentos o nosso poder de compra aumenta e que em outros momentos o nosso poder de
compra diminui ou permanece inalterado.
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IPCA (Índice de Preços ao Consumidor Amplo): calculado pelo IBGE, reflete a variação
dos produtos e serviços consumidos pelas famílias com rendas. de 1 a 40 salários mínimos, nas
11 principais metrópoles do Brasil. As coletas são feitas entre o primeiro e o último dia do mês
corrente ( ou seja do dia 01 a 30 do mês de 'referência).
O IPCA é um índice utilizado pelo Banco Central do Brasil, mais precisamente seu
colegiado de diretores, conhecido como COPOM - Comitê de Política Monetária, para o
acompanhamento dos objetivos estabelecidos no sistema de metas de inflação, adotado a partir
de julho de 1999, para o balizamento da política monetária.
Variáveis investigadas
A taxa de câmbio é a equivalência de uma moeda em relação a outra. Como cada país
tem sua própria moeda, torna-se necessário estabelecer o valor da moeda de um país em
relação à moeda do
outro.
O que provoca uma desvalorização cambial do Real é aumento da procura por dólares. Os
detentores de reais querem trocá-lo por dólares, portanto compram cada vez mais a moeda
estrangeira.
O Comitê de Política Monetária (Copom) estabelece a meta para a taxa SELIC, tomando
como base a previsão de inflação ajustada para o exercício.
É expressa na forma anual para 252 dias úteis e representa o nível de taxa de juros que
o governo considera adequada para atingir a meta de inflação definida pelo CMN.
É a taxa calculada diariamente, representa a taxa média ponderada pelo volume das
operações de financiamento por um dia, lastreadas em títulos públicos federais e registradas no
SELIC, na forma de operações compromissadas.
Expressa na forma anual para 252 dias úteis, é a taxa efetivamente praticada no
mercado, que irá remunerar os títulos indexados à taxa SELIC.
Taxa média ponderada das operações realizadas entre instituições financeiras pelo
prazo de um dia, com lastro em emissão de CDI - Certificado de Depósito Interfinanceiro que é
um título privado. São excluídas da média apurada eventuais operações que tenham sido
realizadas entre instituições do mesmo grupo.
Taxa CETIP
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A taxa média do CDI, divulgada diariamente pela CETIP, tem como base as operações
de Depósitos Interfinanceiros prefixadas, pactuadas por um dia útil e registradas no sistema da
CETIP. Sua taxa é expressa ao ano, considerando 252 dias úteis.
Sua metodologia de cálculo tem como base a taxa média mensal ponderada ajustada
da taxa utilizada para captação de recursos a prazo (CDB e RDB) das 30 instituições financeiras
selecionadas.
Para cada dia do mês - dia de referência, o Banco Central deve calcular e divulgar Taxa
Básica Financeira, para o período de um mês, com início no próprio dia de referência e término
no dia correspondente ao dia de referência no mês seguinte.
Para cada TBF obtida deve ser calculada a correspondente TR, pela aplicação de um
redutor.
Ela serve como parâmetro para indexação dos títulos e fundos de investimento
atrelados à variação cambial. Essa variação cambial é medida de venda do dia da compra do
título com a PTAX do dia anterior de sua liquidação.
Índice BOVESPA – IBOVESPA
O IBOVESPA avalia o retorno total da carteira, ou seja, reflete não apenas as variações de
preço das ações como também a distribuição de dividendos e demais eventos proporcionados
ao acionista.
O atendimento dessas condições deve ser simultâneo e em relação aos últimos doze meses.
Sendo assim, notamos que a quantidade de ações que integram o IBOVESPA também
demonstra a representatividade, em termos de negociação, de cada papel no período
considerado para seleção das ações.
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Uma vez definida a carteira teórica, ficará inalterada por um quadrimestre, somente
sofrendo ajustes nas quantidades teóricas se houver a ocorrência de algum evento como
pagamento de dividendos, bonificações, etc. Depois de selecionada para integrar o IBOVESPA,
uma ação somente será excluída, se não atender a pelo menos dois critérios na época da
próxima reavaliação.
A reavaliação periódica é feita, com base nos últimos doze meses, visando manter a
representatividade do índice ao longo do tempo. Logo é possível detectar alterações no
mercado a vista e assim, definir nova participação relativa de cada ação no IBOVESP A.
Tempo 1 Tempo 2
QTD.
AÇÃO Preço de Total da Preço de Total da Variação
TEÓRICA
Mercado Carteira Mercado Carteira no preço
Empresa X 40.000 100 4.000.000,00 110,00 4.400.000,00 10,00%
Empresa B 2.000 210 420.000,00 190,00 380.000,00 -9,52%
Empresa Y 1.500 550 825.000,00 600,00 900.000,00 9,09%
Empresa Z 25.000 7,00 175.000,00 10,00 250.000,00 42,86%
Empresa A 13.000 20,00 260.000,00 15,00 195.000,00 -25,00%
Total de pontos ou índice 5.680.000,00 6.125.000,00 7,83%
Índice = É calculado com base nas variações individuais das ações que compõem a carteira,
ponderado pela quantidade de cada ação.
Quando olhamos a variação do IBOVESPA estamos vendo o comportamento "médio" das ações
que o compõem, o que significa que, dependendo da composição que os investidores possuam,
inclusive os fundos de investimentos, será possível identificar oscilações percentuais diferentes.
Num caso extremo, se o investidor possuir apenas uma ação, o comportamento dessa ação
pode ser bem diferente do índice.
Por exemplo, se o investidor tivesse somente ações "E" em sua carteira, teria uma
desvalorização de 25%, enquanto o índice teria se valorizado 7,83%.
Taxa de Juros
A taxa de juros é vista de duas maneiras, pelos que emprestam recursos ela representa
um retorno de seus investimentos, ou seja, por assumirem riscos, caracterizando o spread. Os
que tomam recursos emprestado, ela representa um custo um custo financeiro importante na
condução de seus negócios.
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MODALIDADE SEMIPRESENCIAL
A) Taxa Nominal
É a taxa que encontramos nas operações correntes, ou seja a taxa que é visível aos
participantes de uma transação, por exemplo de um CDB.
A segunda parte refere-se ao ganho acima da inflação que visa remunerar também o
RISCO de investimento. Chamamos esta segunda parte de rendimento real.
Veja a fórmula:
Exemplo:
Dada a taxa de juros real de 3,80% ao mês e um índice de inflação de 3,22% ao mês, vamos
calcular a taxa nominal de juros.
B) Taxa Real
Exemplo 1:
1 + 0,0714
_____________________________
Taxa real = [ ( ) - 1 ] x 100 Taxa real = 3,80
1+ 0,0322
Exemplo 2:
Considere a Taxa SELIC de 18% ao ano (taxa nominal) e um índice de inflação previsto para o
ano de 5%. Calcule a taxa real de juros prevista.
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MODALIDADE SEMIPRESENCIAL
lembre-se!
Quando dizemos que um investimento teve uma rentabilidade de 20% a.a. estamos nos
referindo a um conceito nominal. Se a inflação do período foi inferior a 20% trata-se de um
investimento cujo retorno real foi positivo. Se a inflação do período foi superior a 20% estamos
falando em rentabilidade negativa.
Representa a taxa básica de juros com diferentes riscos assumidos. Existem três teorias
que procuram explicar a estrutura temporal da taxa de juros.
1) Teoria das expectativas sem, distorções
Taxa forward - taxa de juros relativa a um período que se inicia e termina no futuro
Taxa spot - Taxa de juros equivalente a yeld to maturity ( idade dos títulos, traduzido a valor
presente à determinada taxa atual)
A yeld to maturity de um título – representa os juros que o investidor tem direito, até o
vencimento, sobre o título adquirido, tendo como base o valor financeiro contratado.
As diretrizes usadas para preparar e manter registros e relatórios são conhecidos como
princípios contábeis geralmente aceitos. As práticas e os procedimentos contábeis são
autorizados pelo organismo de regulamentação do exercício profissional da contabilidade.
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Demonstrações Financeiras
Outras informações
As demonstrações básicas que devem constar dos relatórios dos acionistas são:
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Dividindo-se o lucro liquido disponível aos acionistas ordinários pelo numero de ações ordinárias
subscritas, resulta no lucro por ação (LPA)
O lucro por ação – LPA representa o montante ganho durante o período contábil sobre
cada ação ordinária emitida.
Na tabela mostrada abaixo se pode ver que a Empresa X mostra um LPA de $ 2,90 e $
1,91, respectivamente. Sabendo-se que Empresa X possui de ações ordinárias subscritas -
76.262 em 2.000 e 76.244 em 1999. O cálculo do LPA ´s realizado da seguinte maneira:
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Todos os outros ativos e passivos, juntamente com o patrimônio dos acionistas, que se
presume que tenham prazo indefinido, são considerados em longo prazo, ou permanentes, pois
é esperado que permaneça da empresa por 1 ano ou mais.
Os ativos são listados começando com os mais líquidos até os menos líquidos. Vamos
explicar de forma mais detalhada, cada um dos mais importantes ativos, constantes do balanço
das empresas.
As Duplicatas a receber representam o total de caixa devido à empresa por seus clientes em
vendas a crédito.
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Outras contas a pagar, representam valores devidos opor serviços, tais como: impostos devidos
aos governos, salários devidos aos empregados e seus respectivos encargos.
O Exigível de longo prazo representa financiamentos realizados acima de um ano, tais como
financiamentos junto ao BNDES, ou bancos de fomento, como Banco da Amazônia, ou em
bancos internacionais de fomento.
O montante pago pelos compradores originais de ações ordinárias é mostrado por dois registros
– ações ordinárias e ágio na venda de ações ordinárias.
Os lucros retidos representam o total cumulativo de todos os lucros, menos os dividendos que
foram emitidos e reinvestidos na empresa desde seu início.
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Ações ordinárias - $2,50 – valor nominal 1000 mil ações 191,00 190,00
autorizadas, ações emitidas e subscritas em 2.000:
76.262; em 1999: 76.244.
Ágio na venda de ações ordinárias 428,00 418,00
Lucro retido 1.135,00 1.012,00
Total do patrimônio liquido 1.954,00 1.820,00
Total do passivo e patrimônio liquido 3.597,00 3.270,00
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Métodos de depreciação
Existe uma variedade de métodos para depreciar ativos, entretanto os mais conhecidos
são o sistema modificado de recuperação acelerada de custo (MACRS) utilizado para fins fiscais
nos Estados Unidos e o sistema linear ou em linha reta, utilizado no Brasil.
O método mais acelerado consiste em depreciar o ativo de forma mais rápida, tem
como base a vida útil do ativo, mas dependendo da vida útil, uma parte significativa do ativo é
recuperada já nos primeiros anos. Por exemplo: um ativo com vida útil de 3 anos, recupera
33% no primeiro ano, e 45% no segundo ano.
O Fluxo de Caixa
O gestor financeiro utiliza mais o fluxo de caixa, em vez do lucro liquido da forma como é
apresentada na demonstração de resultado do exercício. Para ajustar a demonstração de
resultado do exercício com o fim de obter o fluxo de caixa das operações, todos os encargos
não – financeiros devem ser adicionados de volta ao lucro após o imposto de renda da
empresa.
Fluxo de caixa das operações = lucro líquido após o imposto de renda + encargos não desembolsáveis
1. Uma diminuição em um ativo, TAM como o saldo de caixa da empresa, é uma origem
de fluxo de caixa, pois o caixa vinculado ao ativo é liberado e pode ser usado para
outra finalidade., tal como quitar um empréstimo. Por ouro lado, um aumento no saldo
de caixa da empresa é uma aplicação de fluxo de caixa, pois um montante de caixa
adicional está sendo vinculado ao saldo de caixa da empresa.
2. A depreciação e outros ativos não financeiros são apenas lançamento, este permite a
empresa deduzir a depreciação de seus ativos de seus lucros, mas não significam saída
efetivas de caixa, portanto eles devem ser somados ao lucro líquido para que seja
considerado um fluxo de caixa.
É importante observar que a empresa pode ter um prejuízo líquido(lucro líquido após o
imposto de renda negativo) e ainda assim ter um caixa de operações positivo, quanto encargos
não – desembolsáveis, (tipicamente depreciação) durante o período são. Maiores que o prejuízo
liquido. Na demonstração de fluxos de caixa, o lucro líquido após o imposto de renda (ou
prejuízo) e os encargos não – desembolsáveis são conseqüentemente tratados como
lançamentos em separado.
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3. Tendo em vista que a depreciação é tratada como uma origem em separado de caixa,
somente variações brutas em ativos fixos aparecem na demonstração de fluxo de caixa.
Esse tratamento evita a contagem dupla da depreciação.
4. Lançamentos diretos de variações em lucros retidos não são incluídos na demonstração
de fluxos de caixa. Em vez disso, lançamentos para itens que afetam o lucro retido
aparecem como lucros ou perdas após o importo de renda e os dividendos pagos.
A interpretação da demonstração
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Partes Interessadas
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O analista deve reconhecer também que índices com grandes desvios da média são
apenas os sintomas de um problema. Uma análise posterior é tipicamente necessária para isolar
as causas do problema. Uma vez que a razão que a razão para o problema é conhecida, a alta
administração pode desenvolver ações prescritivas para eliminá-la. O ponto fundamental é o
seguinte: a análise de índices meramente dirige a atenção para áreas de preocupação
potencial; ela não fornece uma prova conclusiva com relação à existência de um problema.
Análise Combinada
A abordagem mais informativa com relação à análise de índices é aquela que combina as
análises cross-sectional e de séries temporais. Uma visão combinada permite a avaliação de
uma tendência no comportamento de um índice em relação à tendência para o setor.
1. Um único índice não fornece geralmente informação suficiente para que se possa julgar
o desempenho global da empresa. Apenas quando um grupo de índices é usado,
podem ser feitos julgamentos razoáveis. No entanto, se a análise for centrada somente
em aspectos específicos da posição financeira de uma empresa, um ou dois índices
podem ser suficiente.
4. Os dados financeiros que estão sendo comparados devem ter sido desenvolvidos como
os mesmos critérios. O uso de tratamentos contábeis diferentes - especial mente em
relação ao estoque e à depreciação – pode distorcer os resultados da análise de
índices, independentemente se a análise for cross-sectional ou temporal.
5. Quando os índices de uma empresa são comparados com aqueles de outra, ou com os
da própria empresa através do tempo, os resultados podem ser distorcidos devido à
inflação. A inflação pode fazer com que os valores contábeis do estoque e ativos
depreciáveis sejam bastante diferentes de seus valores verdadeiros (de reposição).
Adicionalmente, custos de estoque e abatimentos de depreciação podem ser diferentes
de seus valores verdadeiros, por conseguinte, distorcendo lucros. Esses efeitos da
inflação geralmente têm um impacto maior quanto maiores forem às diferenças nas
idades dos ativos das empresas sendo comparadas. Sem um ajuste, a inflação tende a
levar empresas mais velhas (ativos mais velhos) a ser aparentemente mais eficientes e
lucrativas do que empresas mais nova (ativos mais novos). Um cuidado deve ser
tomado ao se comparar índices de empresas mais velhas com mais novas, ou uma
empresa consigo mesma, através de um longo período de tempo.
Índices financeiros podem ser divididos por conveniência em quatro categorias básicas:
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de endividamento são úteis principalmente quando o analista está certo de que a empresa
vai sobreviver com sucesso em curto prazo.
Como regra, os insumos necessários para uma análise financeira efetiva incluem, no
mínimo, a demonstração de resultado do exercício e o balanço patrimonial.
A liquidez de uma empresa de negócio é mensurada por sua capacidade de atender a suas
obrigações em curto prazo, no vencimento. A liquidez diz respeito à solvência da situação
financeira global da empresa – a facilidade com que ela pode pagar suas contas.
O capital circulante líquido, apesar de não ser realmente um índice, é uma medida comum
da liquidez global de uma empresa. Ele é calculado como a seguir:
Este número não é útil para comparar o desempenho de diferentes empresas, mas ele pode
ser bastante útil para o controle interno. Muitas vezes, uma cláusula restritiva incluída no
contrato de um título de dívida vai especificar o nível mínimo de capital circulante líquido que
uma empresa deve manter. Essa exigência protege os credores ao forçar a empresa a manter
uma liquidez adequada. Uma comparação de séries temporais do capital circulante líquido da
empresa é muitas vezes útil para avaliar suas operações.
O índice de liquidez corrente, um dos índices financeiros mais comumente utilizados, mensura a
capacidade da empresa de atender suas obrigações em curto prazo. Ele é expresso como a
seguir:
Ativo Circulante
_______________________
Índice de liquidez corrente =
Passivo Circulante
$ 1.223.000
__________________
Índice de liquidez corrente = = 1,97
$ 620.000
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Se uma empresa tiver um índice de liquidez corrente menor que 1,0 vamos ter um capital
circulante líquido negativo. O capital circulante líquido é útil apenas para comparar a liquidez da
mesma empresa através do tempo. Ele não deve ser usado para comparar a liquidez de
diferentes empresas; o índice de liquidez corrente deve ser usado em seu lugar.
Índice de Liquidez Seca
O índice de liquidez seca é similar ao índice de liquidez corrente, exceto que ele exclui o
estoque, que é geralmente o ativo circulante menos líquido. A liquidez geralmente baixa do
estoque resulta de dois fatores:
(1) muitos tipos de estoque não podem ser facilmente vendidos, pois eles são itens
parcialmente completos, itens para fins específicos e outros similares; e
(2) o estoque é tipicamente vendido a crédito, o que significa que ele se torna uma
conta a receber antes de ser convertido em dinheiro. O índice de liquidez seca será
calculado como a seguir:
$ 1.223.000,00 - $ 289.000,00
________________________________________
Índice de liquidez corrente = = 1,51
$ 620.000,00
Os índices de atividade mensuram a rapidez com que várias contas são convertidas em
vendas ou caixa. Com relação às contas circulantes, medidas de liquidez são geralmente
inadequadas, pois diferenças na composição das contas circulantes da empresa podem afetar
de forma significativa sua “real” liquidez.
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Exemplo:
Empresa A (em $)
Caixa 0 Duplicatas a pagar 0
Bancos 0 Títulos a pagar 10.000,00
Duplicatas a receber 0 Outras contas a pagar 0
Estoques 20.000,00
Total do circulante 20.000,00 Total do passivo circulante 10.000,00
Empresa B (em $)
Caixa 5.000,00 Duplicatas a pagar 5.000,00
Bancos 5.000,00 Títulos a pagar 3.000,00
Duplicatas a receber 5.000,00 Outras contas a pagar 2.000,00
Estoques 5.000,00
Total do circulante 20.000,00 Total do passivo circulante 10.000,00
Fonte: Lawrence Gitman
(1) A empresa B tem mais ativos líquidos na forma de caixa e bancos do que a
empresa A
(2) O passivo circulante da empresa B é em geral mais flexível do que o único
passivo circulante da empresa A.
É importante olhar além das medidas de liquidez global e avaliar a atividade (liquidez)
de contas circulantes específicas. Um número de índices está disponível para mensurar a
atividade das contas circulantes mais importantes, que incluem estoque, duplicatas a receber e
duplicatas a pagar. A atividade (eficiência de utilização) do total de ativos também pode ser
avaliada.
Giro de Estoque
$ 2.088.000,00
_____________________
Giro de estoque = = 7,2
$ 289.000,00
O giro resultante faz sentido somente quando ele é comparado com o de outras empresas
no mesmo setor, ou com o giro de estoque passado da empresa. Um giro de 20,0 não seria
fora do contexto para um armazém, enquanto um giro de estoque comum para um fabricante
de aviões seria de 4,0.
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O giro de estoque pode ser facilmente convertido na idade média do estoque ao dividi-lo
por 360 – o número de dias em um ano. . O da empresa X é de 50,0 dias (360 ÷ 7,2). Esse
valor pode ser visto também como a média do número de dias de vendas em estoque
O período médio de cobrança, ou idade média das duplicatas a receber, é útil para se
avaliar políticas de crédito e cobrança. Ele é conseguindo ao se dividir a média das vendas
diárias pelo saldo de contas a receber:
Duplicatas a receber
______________________________
Período médio de cobrança =
Média de vendas por dia
Duplicatas a receber
______________________________
Média de vendas por dia =
Vendas anuais
_____________________
360 dias
O período médio de cobrança da Empresa X é de:
$ 503.000,00 $ 503.000,00
_____________________ ___________________
Média de vendas por dia = = = 58,9 dias
$ 3.074.000,00 $ 8.539
_____________________
360 dias
Na média, a empresa leva 58,9 dias para cobrar uma duplicata a receber.
O período médio de cobrança tem significado apenas em relação aos termos de crédito
da empresa. Se uma empresa estende termos de crédito de 30 dias para seus clientes, um
período médio de cobrança de 58,9 dias pode indicar um departamento de crédito ou de
cobrança gerenciado de forma incompetente, ou ambos. Por outro lado, há a possibilidade de
que o período de cobrança alongado seja um relaxamento intencional da política de cobrança
de termos de crédito em resposta a pressões da competição.
O período médio de pagamento, ou idade média das duplicatas a pagar, é calculado da mesma
forma que o período médio de cobrança:
Duplicatas a pagar
Período médio de pagamento = ______________________________
Média de compras por dia
Duplicatas a pagar
______________________________
Média de compras por dia =
Compras anuais
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_____________________
360 dias
$ 382.000,00 $ 382.000,00
Período médio de pagamento = _____________________________ = ___________________
= 58,9 dias
0,70 x $ 2.088.000,00 $ 4.060,00
_____________________
360 dias
Esse número tem significado somente em relação à média dos termos de crédito estendidos
para a empresa. Se a mesma tivesse termos de crédito estendidos geralmente por 90 dias, seu
crédito seria aceitável. Prováveis financiadores e fornecedores de crédito para o comércio estão
especialmente interessados no período médio de pagamento, pois ele lhes fornece uma
indicação dos padrões de pagamento de duplicatas da empresa.
O giro do ativo total indica a eficiência com a qual a empresa usa seus ativos para gerar
vendas. Geralmente, quanto maior for o giro do ativo total, mais eficiente será o uso dos seus
ativos. Essa medida é provavelmente de maior interesse para a alta administração, pois ela
indica se as operações da empresa foram financeiramente eficientes.
Vendas
____________________
Giro do Ativo total =
Total de Ativos
$ 3.074.000,00
______________________
Giro do Ativo total = = 0,85
$ 3.597.000,00
Isto significa que a empresa gira um montante igual ao total de seus ativos 0,85 vezes
ao ano.
Este índice não pode ser utilizado sempre para fins comparativos, pois é baseado no
custo histórico do total dos ativos. Tendo em vista que algumas empresas têm ativos mais
novos ou mais velhos que outras, compararem o giro do ativo total dessas empresas pode ser
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enganoso. Empresas com ativos mais novos tenderão a ter giros menores do que aquelas com
ativos mais velhos.
Em geral, quanto mais dívidas a empresa usa em relação ao seu total de ativos, maior é
a sua alavancagem financeira. Alavancagem financeira é o aumento do risco e retorno
ocasionado pelo uso de financiamento a custo fixo, tal como divida e ações preferenciais.
Quanto mais dívida a custo fixo ou alavancagem financeira uma empresa pode usar, maior será
seu risco e retorno esperado.
Índice de Endividamento Geral
$ 1.643.000,00
_______________________
Índice de endividamento geral = = 0,457 = 45,7%
$ 3.597.000,00
Isso indica que a empresa financiou perto da metade de seus ativos com dívidas.
Quanto maior esse índice, maior será o grau de endividamento da empresa, assim como mais
alavancagem financeira a empresa X terá.
$ 418.000,00
_____________________
Índice de cobertura de juros = = 4,5
$ 93.000,00
Neste caso é bom um índice entre 3,0 e 5,0. Conclui-se que o índice da Empresa X é
aceitável. Quanto menor for o índice, maior o risco, tanto para os financiadores como para os
proprietários.
Margem Bruta
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Margem Operacional
Lucro operacional
________________________
Margem operacional =
Vendas
$ 418.000,00
________________________
Margem operacional = = 13,6%
$ 3.074.000,00
Margem Liquida
A margem líquida mensura a percentagem de cada real, proveniente das vendas, que
resta após todos os custos e despesas, incluindo os juros e imposto de renda. Quanto maior for
a margem líquida da empresa, melhor. A margem liquida é uma medida usualmente em
relação ao sucesso da empresa a respeito do lucro sobre as vendas. A margem líquida difere de
forma considerável entre os setores. Uma margem líquida de 5% seria comum para um
supermercado, enquanto uma margem líquida de 10% seria baixa para uma joalheria. A
margem líquida é calculada da seguinte maneira.
$ 231.000,00
________________________
Margem Liquida = = 7,5%
$ 3.074.000,00
A taxa de retorno sobre o ativo total (ROA), também chamada de retorno sobre o
investimento (ROI), mensura a eficiência global da empresa em gerar lucros com seus ativos
disponíveis. Quanto maior for o rendimento da empresa sobre o total de ativos, melhor. A taxa
de retorno sobre o ativo é calculada da seguinte maneira:
$ 231.000,00
_____________________
Taxa de retorno sobre o ativo total = = 6,4%
$ 3.074.000,00
$ 231.000,00
_____________________
Taxa de retorno sobre o Patrimônio Liquido = = 11,8%
$ 1.954.000,00
Empresas, da mesma forma que os indivíduos, devem pagar impostos sobre a sua
renda. Sem levar em consideração a forma legal, todas as empresas podem gerar dois tipos de
renda – lucro operacional de capital. Neste tópico procuramos mostrar de forma geral as formas
de tributação das empresas, dando maior atenção a tributação com base no lucro real, por
estar mais presente nos exemplos apresentados neste módulo de ensino.
Segundo o professor José Luiz Nunes Fernandes, em seu livro Planejamento Tributário,
com base em estudos da Receita Federal do Brasil, a carga tributária brasileira em 2006, foi de
37,37% do PIB (Produto Interno Bruto), que corresponde, na parcela relativa à União, um
acréscimo de 1,18 ponto percentual em relação ao ano anterior. A tendência de acréscimo foi
confirmada e projetada para os anos seguintes. Esse comentário por si, mostra a importância
que o gestor financeiro deve dar ao planejamento tributário das empresas.
· Simples Nacional,
· Lucro Presumido,
· Lucro Arbitrado,
· Lucro Real
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Poderão optar pelo lucro presumido as pessoas jurídicas que não estejam obrigadas à
tributação com base no lucro real e cuja receita bruta no ano-calendário anterior, tenha sido
igual ou inferior a R$ 48.000.000, com limite proporcional a R$ 4.000.000,00 multiplicados pelo
numero de meses de atividade, se inferior a 12. A Tributação com base no lucro presumido
observa períodos de apuração trimestral.
Os percentuais acima são utilizados para encontrar a base para cálculo do Imposto
devido. Após ter sido encontrada a base, aplica-se a alíquota de acordo com o tipo da
atividade.
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Sobre o imposto devido podem ser realizadas deduções, tais como, o IRRF sobre
importâncias pagas ou creditadas por pessoas jurídicas, imposto retido na fonte sobre
importâncias recebidas da administração pública federal, pelo fornecimento de bens e serviços.
· Quando a empresa obrigada à tributação com base no lucro não mantiver escrituração
na forma das leis comerciais e fiscais ou deixar de elaborar as demonstrações contábeis
exigidas pela legislação fiscal.
· Quando a escrituração revelar evidentes intuitos de fraudes ou contiver vícios, erros ou
deficiências que as tornem impróprias.
· Quando a empresa deixar de apresentar ao fisco os livros e os documentos da
escrituração comercial e fiscal (se submetida a tributação pelo lucro real) ou livro –
caixa (se houver optado pela tributação com base no lucro presumido e não mantiver
escrituração comercial)
· Quando optar indevidamente pela tributação com base no lucro presumido, por estar
obrigada à tributação com base no lucro real.
· Quando não mantiver, em boa ordem e segundo as normas contábeis recomendadas,
livro razão ou fichas atualizadas para resumir ou totalizar, por conta e subconta, os
lançamentos efetivados no diário, exceto se tendo optado pela tributação com base no
lucro presumido, escriturar no livro – caixa toda a movimentação financeira, inclusive a
bancária.
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Sobre o imposto devido podem ser realizadas deduções, tais como: o Imposto de
Renda Retido na Fonte sobre a receita computada na base de cálculo ou imposto de renda
pago indevidamente em anos anteriores.
Do imposto devido com base no lucro arbitrado é vedada qualquer dedução sob o título
de incentivo fiscal.
O contribuinte de IRPJ, com base no lucro real, deverá elaborar demonstrações do lucro
real que deverá ser transcrita no Lalur.
A empresa tributada com base no lucro real é permitido apurar o lucro real e,
conseqüentemente, determinar o imposto de renda efetivamente devido, nos seguintes
períodos:
· Trimestral, ou
· Anual
Trimestralmente, com base no valor efetivamente apurado e devido no trimestre,
O imposto devido sobre o lucro real é calculado à alíquota de 15% incidente sobre o
lucro real, acrescido de um adicional de 10% incidente sobre a parcela do lucro real que
ultrapassar o limite de R$ 20.000,00 multiplicado pelo numero de meses do respectivo período
de apuração (art. 541 e 542 do RIR/99)
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O planejamento base zero, ou orçamento base zero OBZ o orçamento inteiro começa do
nada e cada item deve ser justificado. Nenhuma referencia é feita a autorizações e dispêndios
anteriores. Todos os programas , projetos e atividades e serem incluídas são avaliados em
termos de custos e benefícios. Em outras palavras é parte de um processo crítico sobre os
itens do orçamento, os gastos anteriores são questionados sobre a sua necessidade e utilidade.
Neste curso será abordado o processo de orçamento incremental por ser o mais usual
pelas organizações.
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Geralmente, empresas que são sujeitas a altos graus de incerteza operacional, ciclos de
produção relativamente curtos, ou ambos, tendem a usar horizontes de planejamen¬tos mais
curtos.
Planos financeiros a longo prazo são parte de uma estratégia integrada que,
juntamente com os planos de marketing e produção, guiam a empresa em direção à realização
de suas metas estratégicas.
Esses planos a longo prazo consideram dispêndios de capital, atividades de pesquisa e
desenvolvimento, ações de marketing e desenvolvimento de produto, estrutura de capital e
fontes principais de financiamento. Também incluídas estariam a liquidação de projetos
existentes, as linhas de produtos, ou as linhas de negócios; pagamento de dívidas ativas; e
quaisquer aquisições planejadas. Tais planos tendem a ser apoiados por uma série de
orçamentos anuais e planos de lucros anuais.
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A Previsão de Vendas
O orçamento de caixa dá ao gerente financeiro uma clara visão do momento exato das
entradas e saídas de caixa esperadas através de um dado período.
fluxo de caixa, o orçamento de caixa é muitas vezes apresentado em base mensal. Empresas
com padrões estáveis de fluxo de caixa podem usar intervalos de tempo anuais ou trimestrais.
O Processo de Orçamento de Caixa
Previsão de vendas neste caso é meramente informativa. Ela é colocada como uma ajuda
para calcular outros itens relacionados a vendas.
Vendas à vista são mostradas para cada mês representam 20% do total da previsão para
aquele mês.
Defasado 1 mês Estes números representam as vendas feitas no mês anterior que geraram
duplicatas a receber cobradas no mês corrente. Devido ao fato de 50% das vendas do mês
corren¬te serem cobradas 1 mês depois, as duplicatas a receber cobradas com um mês de
defasagem mostradas para setembro representam 50% das vendas em agosto, 50% das
vendas em setembro e por aí adiante.
Defasado 2 meses Estes números representam vendas feitas 2 meses antes que geraram
duplicatas a receber cobradas no mês corrente. Devido ao fato de que 30% das vendas são
cobradas 2 meses depois, as duplicatas a receber com defasagem de 2 meses mostradas para
Outubro, representam 30% das vendas em Agosto e por aí adiante.
Outros recebimentos são recebimentos esperados de fontes outras que as vendas. Juros
recebidos, dividendos recebidos, receitas vindas da venda de equipamentos, receitas da venda
de ações e títulos e receitas de aluguéis podem aparecer aqui.
Pagamentos
Pagamentos incluem todas as despesas feitas pela empresa durante um dado período
financeiro. Os pagamentos mais comuns de caixa são:
· Compras à vista
· Pagamentos de duplicatas a pagar Folha de pagamentos
· Pagamentos de impostos Pagamentos para ativo permanente Pagamentos de
dividendos de caixa Amortizações (empréstimos) Recompra de ações
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Compras: as compras da empresa representam 70% das vendas. Desse montante, 10% é
pago à vista, 70% é pago no mês imediatamente seguinte ao mês da compra e os restantes
20% são pagos nos 2 meses seguintes ao mês da compra.
Folha de pagamentos: o custo fixo de salário para o ano é de $ 96 mil ou $ 8 mil por mês.
Adicionalmente, a mão-de-obra variável é estimada em 10% das vendas mensais.
Pagamentos de ativo permanente: novas máquinas custando $ 130 mil serão compradas e
pagas em novembro.
Compras: esta entrada é meramente informativa. Os números representam 70% das vendas
previstas para cada mês. Elas foram incluídas para facilitar o cálculo das compras em espécie e
os pagamentos relacionados.
Compras à vista: as compras de caixa para cada mês representam 10% das compras do mês.
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MODALIDADE SEMIPRESENCIAL
Defasado 1 mês: estes números representam compras feitas no mês precedente que são
pagas no mês corrente. Devido ao fato de 70% das compras da empresa serem pagas 1 mês
depois, os pagamentos com uma defasagem de um mês mostrados com relação a setembro,
outu¬bro, novembro e dezembro representam 70% das compras de setembro e por aí adiante.
Defasado 2 meses: estes números representam compras feitas 2 meses antes que são pagas
no mês corrente. Devido ao fato de 20% das compras da empresa serem pagas nos 2 meses
posteriores, os pagamentos com uma defasagem de 2 meses para outubro representam 20%
das compras de agosto e por aí adiante.
Folha de pagamentos: esses montantes são obtidos ao se adicionar $ 8 mil aos 10% das
vendas de cada mês. Os $ 8 mil representam o componente fixo do salário; o resto representa
mão-de-obra variável.
Os itens restantes da programação dos desembolsos de caixa
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Se o saldo de caixa final for menor do que o mínimo saldo em caixa, um financiamento
é necessário. Tal financiamento é visto como a curto prazo e portanto representado por
empréstimos bancários.
Se o saldo de caixa final é maior do que o saldo mínimo em caixa, existe excesso em
caixa. Qualquer excesso em caixa é presumido que seja colocado em um investimento a curto
prazo, líquido e que pague juros - isto é, em títulos negociáveis.
São utilizados também modelos baseados nos dados de mercado, como por exemplo, o
tamanho do mercado, mostrando a participação de cada empresa no mercado e partir deste
dado a empresa arbitra uma meta de crescimento de suas vendas e implementa esse intendo
realizando investimentos em seu composto mercadológico.
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Uma gama de hipóteses também deve ser feita. A instituição que nós vamos usar para
ilustrar as formas simplificadas usadas para a preparação de demonstrativos projetados é a
Empresa
Exemplo, que manufatura e vende um produto básico. O produto tem dois modelos básicos – X
e Y - que são produzidos pelo mesmo processo, mas requerem diferentes montantes de
matéria-prima e trabalho.
Vendas de produtos
Modelo X (1.000 unidades a $20 a unidade) 20.000
Modelo Y (2.000 unidades a $40 a unidade) 80.000 100.000
Total de vendas
(-) Menos Custo dos Produtos Vendidos
Mão- de- obra direta 28.500
Materiais 13.500
Custos indiretos de fabricação 38.000 80.000
= Lucro Bruto 20.000
(-) Despesas operacionais 10.000
= Lucro operacional 10.000
(-) Despesas com juros 1.000
= Lucro liquido antes do I. de Renda 9.000
(-) Imposto de Renda 1.350
= Lucro liquido do exercício 7.650
(-) Dividendos a pagar 4.000
= Transferência para lucros retidos 3.650
Previsão de Vendas
As percentagens usadas serão as de venda para esses itens no ano anterior. Para a
Empresa Exemplo em percentagens são:
Após a determinação dos percentuais para obtenção dos Custos dos Produtos
Vendidos, das despesas operacionais e das despesas financeiras (juros e outras), é realizada a
montagem da Demonstração de Resultados para a empresa, mostrada abaixo.
Uma implicação abrangente dessa abordagem é o fato de que a empresa não tem
custos fixos, ela não vai receber os benefícios que muitas vezes resultam deles. Portanto, o uso
de custos passados e proporções de despesas geralmente tende a subestimar os lucros quando
as vendas estão aumentando e superestima os lucros quando as vendas estão caindo.
Evidentemente, se a empresa tem custos fixos, esses custos não mudam quando as vendas
aumentam; o resultado é um aumento dos lucros. Ao permanecerem imutáveis quando as
vendas caem, esses custos tendem a diminuir os lucros. A melhor forma de ajustar a presença
de custos fixos na preparação de uma demonstração de resultados projetados é desdobrar os
custos e despesas históricos da empresa em componentes fixos e variáveis.
Sob a abordagem criteriosa, os valores de certas contas do balanço são estimados e outros
calculados. O financiamento externo da empresa é usado como uma cifra de equilíbrio ou
"tampão" para "fechar" o balanço.
4. O estoque final deveria permanecer em um nível aproximado de $ 16 mil, dos quais 25%
(aproximadamente $ 4 mil) devem ser de matéria-prima e os 75% restantes
(aproximada¬mente $ 12 mil) devem consistir de produtos finais.
5. Uma nova máquina custando $ 20 mil será comprada. A depreciação total para o ano é de $
8 mil. Adicionando a aquisição de $ 20 mil aos ativos líquidos existentes de $ 51 mil e
subtraindo a depreciação de $ 8 mil, restam ativos líquidos de $ 63 mil.
6. É esperado que as compras representem aproximadamente 30% das vendas anuais, as quais
nesse caso são de aproximadamente $ 40.500 (0,30 x $ 135 mil). A empresa estima que ela
pode levar 72 dias em média para satisfazer suas duplicatas a pagar. Portanto, as duplicatas a
pagar deveriam ser iguais a um quinto (72 dias divididos por 360 dias) das compras da
empresa, ou $ 8.100 (115 x $ 40.500).
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7. Impostos a pagar são esperados que igualem um quarto dos impostos devido do ano
corrente, o que significa $ 455 (um quarto dos impostos devidos de $ 1.823 mostrados na
demonstração de resultado projetada).
8. Presume-se que os títulos a pagar permaneçam como estão com relação ao nível atual de $
8.300.
9. Nenhuma mudança com relação a outros passivos circulantes é esperado. Eles permanecem
no mesmo nível do ano passado: $ 3.400.
10. O exigível a longo prazo da empresa e seu capital social são esperados que permaneçam
como estão em $ 18 mil e $ 30 mil respectivamente; não há planos de nenhuma
recompra de capital social da própria empresa.
11. Lucros retidos vão aumentar de seu nível inicial de $ 23 mil (do balanço de 31 de dezembro
de 2000, na Tabela 14.7) para $ 29.327. O aumento de $ 6.327 representa o montante de
reservas de lucros calculados na demonstração de resultado projetada do final do ano de 2001.
Um valor negativo para o financiamento externo necessário indica que o financiamento previsto
da empresa está em excesso com relação às suas necessidades. Nesse caso, fundos estariam
disponíveis para pagar dívidas, recomprar ações ou aumentar os dividendos.
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Uma vez que ações específicas são determinadas, o "financiamento externo necessário" é
trocado no balanço projetado com as reduções planejadas nas contas de patrimônio líquido
e/ou dívidas.
Obviamente, além de ser usada para preparar o balanço projetado, a abordagem criteriosa
também é freqüentemente usada especificamente para estimar as necessidades de
financiamento da empresa.
A alavancagem resulta do uso de recursos do custo fixo para aumentar os retornos aos
proprietários da empresa. Geralmente, aumentos na alavancagem resultam em um crescimento
no retorno e no risco, ao passo que diminuição na alavancagem resultam em uma diminuição
no retorno e no risco.
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Custos fixos
Custos variáveis
A análise do ponto de equilíbrio também chamada de análise de custo – volume- lucro é usada
pela empresa para:
LAIR = (P x Q) - F - (V x Q)
Simplificando a equação:
LAJIR = Q x (P – V) – F
No ponto de equilíbrio os custos se igualam aos lucros, ou seja o LAJIR é igual a zero.
Resolvendo a equação, Temos:
0 = Q x (P – V) - F
Sendo:
Exemplo:
Suponha que uma empresa industrial tenha custos fixos de $2.500, seu preço de venda
por unidade é de $ 10 e seu custo variável por unidade é de $5.
$2.500
_______________________
Q= = 500 unidades
$ 10 - $5
Nas vendas de 500 unidades, o lucro antes do imposto de renda deve ser igual a $ 0 .
A empresa terá um LAIR positivo para vendas maiores que 500 unidades e negativo ou perda
para vendas menores que 500 unidades.
$2.500
_______________________
(2) Q= = 333 1/3 unidades
$ 12,50 - $5
$2.500
_______________________
(3) Q= = 1.000 unidades
$ 10 - $7,50
$3.000
_______________________
(4) Q= = 500 unidades
$ 12,50 - $7,50
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F
PE =
æ TV ö
ç1 - ÷
è S ø
Vamos considerar que no caso de uma empresa que só possuíssemos informações
sobre os custos e faturamento da empresa no mês 1, conforme consta do Quadro.
Custo fixo = 452.000 e Custo variável total = 1.090.000 Receita total no mês 1 = 1.700.000
O Ponto de Equilíbrio é a divisão dos custos fixos pela margem de contribuição. Assim,
ponto de equilíbrio em termos monetários, será:
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Área de significância
Não obstante a análise do ponto de equilíbrio seja utilizada de forma intensa pelas
empresas, existem algumas deficiências, (que chamamos de realidades), pois na prática é o
que realmente acontece. As principais deficiências são; a suposição de linearidade, as
classificações dos custos e a natureza de curto prazo.
A suposição de linearidade
Geralmente, nem o preço de venda unitário e nem o custo variável unitário independem
do nível do volume de vendas. Na maioria dos casos, os aumentos em vendas além de certo
ponto só conseguem mediante a redução do preço unitário. Isto resulta numa função de receita
curva e não reta. Normalmente, o custo operacional variável unitário cresce a medida que a
empresa aproxima-se de sua capacidade plena. Isto pode resultar de uma queda da eficiência
da mão-de-obra ou de um aumento no custo das horas extras. O gráfico abaixo ilustra melhor a
explicação:
Classificação de custos
Outra deficiência da análise do ponto de equilíbrio é da dificuldade de classificar custos
semivariáveis que são fixos dentro de certas faixas de volume embora variem entre elas.
Natureza de curto prazo
Já o benefício desses dispêndios não serão recebidos no período corrente, pode-se questionar a
sua inclusão na análise do ponto de equilíbrio referente a este período. Itens como gastos com
propaganda e pesquisa e desenvolvimento se enquadram nessa categoria.
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Convém esclarecer, por oportuno, que o grau de alavancagem operacional não é único,
devendo ser calculado para cada ponto em que se encontra a empresa. Assim, no nível de
venda de 5 mil unidades podemos determinar o grau de alavancagem da empresa nesse
ponto. Se o referencial passa a ser, por exemplo, de 7 mil unidades, a alavancagem seria
diferente.
Exemplo:
Utilizando o exemplo anterior, onde a empresa vende seu produto ao preço $10 a
unidade e tem custos operacionais variáveis de $5 por unidade e custos fixos operacionais de
$2.500 por mês.
2. Uma diminuição de 50% nas vendas (de 1.000 para 500 unidades)
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+100
_________
Situação 1: = 2,0
+ 50
- 100
_________
Situação 2: = 2,0
- 50
Existe uma fórmula direta para calcular o grau de alavancagem operacional em nível base de
vendas:
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Q x (P – V)
GAO no nível base de vendas Q = __________________
Q x (P – V) - F
O modelo a seguir é utilizado para empresas que trabalham com vários produtos ou
uma linhas de produtos:
RT - CVT
_________________
GAO em dinheiro RT =
RT – CVT - F
Sendo:
RT = nível base de vendas em dinheiro
CVT = custos operacionais variáveis totais em dinheiro
F = custos operacionais fixos em dinheiro
Utilizando o exemplo anterior onde as vendas em dinheiro são de 10.000 ($10 x 1.000 u), os
custos variáveis são $5.000 ($5 x 1.000u) e os custos fixos 2.500 e substituindo na equação,
temos:
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· Geração de propostas
· Avaliação e análise
· Tomada de decisão – ( nossa ênfase)
· Implementação
· Acompanhamento
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• Investimento Inicial;
• Fluxos de entrada de caixa operacionais;
• Fluxo de caixa terminal ou residual.
O que é a Depreciação?
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Métodos de depreciação
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Depreciação linear
Recurso Vida útil - % anual
anos
Obras civis 25 3,50
Instalações 10 10,00
Software 4 25,00
Equipamentos 5 20,00
Máquinas 10 10,00
Móveis e 10 10,00
utensílios
Veículos 5 20,00
Pergunta-se:
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Resposta:
EXEMPLO:
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= Investimento Inicial
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É o preço pelo qual o ativo velho foi instalado (preço de compra + gastos
com instalação)
O valor contábil de um ativo é o valor pelo qual ele foi contabilizado, deduzida a
depreciação acumulada.
Sem levar em consideração por quanto tempo o ativo foi mantido o ganho
de capital é tributado como lucro normal.
Situação 2 – Venda do ativo por mais do que seu valor contábil, mas por
menos do valor de compra inicial.
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MODALIDADE SEMIPRESENCIAL
Suponha que o ativo seja vendido por R$ 30.000,00 ou seja, por menos
que o seu valor contábil, ela realiza uma perda de $18.000 ($48.000 - $30.000).
Exemplo:
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MODALIDADE SEMIPRESENCIAL
Cálculo da depreciação
Depreciação
Custo Taxa depreciação
Ano (1) x (2)
(1) (2)
(3)
Com a máquina proposta
1 $ 400.000 20% $ 80.000
2 400.000 32% 128.000
3 400.000 19% 76.000
4 400.000 12% 48.000
5 400.000 12% 48.000
6 400.000 5% 20.000
Totais 100% 400.000
Com a máquina atual
1 $ 240.000 12% $ 28.800
2 240.000 12% 28.800
3 240.000 5% 12.000
4 Como a máquina atual está no final do terceiro 0
5 Ano da recuperação do seu custo, no momento em que a 0
6 análise é feita, ela só tem três anos finais de depreciação. 0
Total 69.600
$ 69.600 representa o valor contábil da máquina no final do terceiro ano.
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Considerações Gerais
Exemplo 1
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Exemplo 2
Balanço Patrimonial
Passivos Circulantes
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EXEMPLO:
Uma empresa vai emitir obrigações com taxa de juros de 9%, prazo de 20 anos
e valor de face de R$ 1.000 ao preço de R$ 980. Além disso, os custos de
lançamento correspondem a 2% do valor de face. Qual o seu custo de capital?
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Dados Função
20 n
960 PV
90 CHS PMT
1.000 CHS PV
i 9,452
ki = k d ´ (1 - T )
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MODALIDADE SEMIPRESENCIAL
K P = DP / (PP - F ) = DP / N P
Onde:
Kp = custo das ações preferenciais
Dp = dividendo anual em reais na equação
Np = recebimento líquido com a venda das ações
F = custo de lançamento
EXEMPLO
$8,70
KP = = 10,6%
($82)
D1
Ks = + g
Po
Sendo:
Po = Valor da ação
D1 = dividendo por ação esperado ao final do ano 1
Ks = retorno exigido da ação ordinária
g = taxa
EXEMPLO
Ano Dividendo
2003 3,80
2002 3,62
2001 3,47
2000 3,33
1999 3,12
1998 2,97
99
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MODALIDADE SEMIPRESENCIAL
x
y 1,05
1 - 0,05
100 x 5,05
D1
2º Passo Aplicar o modelo de Gordon Ks = + g
Po
$4
Ks = + 5 = 8% + 5% = 13%
$50
K S = RF + b ´ (k M + RF )
Sendo:
Ks = retorno exigido
RF = taxa de retorno livre de risco
Km = retorno da carteira de mercado de ativos (retorno do mercado)
EXEMPLO:
Uma empresa deseja agora calcular seu custo de capital próprio, utilizando o
modelo de formação de preços de ativos (CAPM). A empresa considera que a
taxa livre de risco é igual a 7%, o beta da empresa é igual a 1,5; e que o
retorno do mercado é igual a 11%.
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D1
Kn = + g
Nn
Onde:
Kn = Custo de emissão
D1 = dividendo esperado de $ 4
Nn = valor dos recebimentos líquidos descontado o underpricing
g = taxa de crescimento dos dividendos
Supondo que as ações serão vendidas por $47, ($50 - $3) considerando um
underpricing de $3. . os custos de lançamento estão estimados a $2,50 por
ação. No total, o underpricing e custos de lançamento chegam a $5,50.
Subtraindo $5.50 do preço atual da ação, chegamos a recebimentos líquidos
de $44,50 por ação.
$4,00
Kn = + 0,05 = 0,09 + 0,05 = 0,140 x 100 = 14%
$44,50
Onde:
EXEMPLO:
VF j
PQ =
Wj
Onde:
PQj = ponto de quebra da fonte de financiamento
VFj = volume de fundos disponível da fonte de financiamento j a um dado custo
Wj = peso da fonte de financiamento j na estrutura de capital (em formato decimal)
EXEMPLO
VF j
PQ =
Wj
$300.000
PQ capital próprio = = $ 600.000
0,50
$400.000
PQ capital de terceiros de longo prazo = = $ 1.000.000
0,40
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Cálculo do CMgPC
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Escala do CMgPC
CMPC
A
B
15%
C
D
13,0%
E
11,5%
11,5%
F
10,3%
G
10,58 9,8%
9,5%
A análise deve ser realizada começando por aquele que tiver maior
diferença entre a TIR e o custo do capital, descendo até aquele em que a TIR
é igual ao custo do capital que resulta no VPL máximo para os projetos
independentes o que é coerente com os objetivos do acionistas da empresa.
Entendendo melhor:
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MODALIDADE SEMIPRESENCIAL
Projeto A
42.000
Projeto B
45.000
EXEMPLO:
for positivo, o projeto deve ser aceito, ao passo que, se o VPL for negativo,
deve ser rejeitado. Se os dois projetos são mutuamente exclusivos, aquele com
o VPL mais alto deve ser o escolhido, desde que o VPL seja positivo.
n
FCt
VPL = å - FC 0
t =1 (1 + k )t
Critérios de decisão
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Aplicando o modelo:
n
FCt
VPL = å - FC 0
t =1 (1 + k )t
14.000 14.000 14.000 14.000 14.000
VPL A = + + + + - 42.000 = 11.071
(1 + 0,1) (1 + 0,1) (1 + 0,1) (1 + 0,1) (1 + 0,1)5
1 2 3 4
Projeto A
Dados Função
- 42.000 CHS CF0
14.000 CF1
5 nj
10 i
NPV 11.071,01
Projeto B
Dados Função
- 45.000 CHS CF0
28.000 CF1
12.000 CF2
10.000 CF3
3 Nj
10 i
NPV 10.924,40
TIR deve ser comparada com a TMA ou CMPC para a conclusão a respeito da
aceitação ou não do projeto. Uma TIR maior que a TMA indica projeto atrativo.
Se a TIR é menor que a TMA, o projeto analisado passa a não ser mais
interessante.
Critérios de decisão
Cálculo da TIR
Projeto A
Dados Função
- 42.000 CHS CF0
14.000 CF1
5 nj
10 i
NPV 11.071,01
f IRR 19,9%
Projeto B
Dados Função
- 45.000 CHS CF0
28.000 CF1
12.000 CF2
10.000 CF3
3 Nj
10 i
NPV 10.924,40
F IRR 21,7%
114
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INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO
ESPECIALIZAÇÃO LATO SENSU EM GESTÃO EMPRESARIAL
MODALIDADE SEMIPRESENCIAL
Projeto A
Projeto B
Classificações Conflitantes
115
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FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO
ESPECIALIZAÇÃO LATO SENSU EM GESTÃO EMPRESARIAL
MODALIDADE SEMIPRESENCIAL
EXEMPLO:
116
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FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO
ESPECIALIZAÇÃO LATO SENSU EM GESTÃO EMPRESARIAL
MODALIDADE SEMIPRESENCIAL
10% 15%
Investimento inicial $ 170.000
Ano Entradas operacionais de caixa
1 $ 0 $ 0
2 0 0
3 248.720 258.496
117
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FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO
ESPECIALIZAÇÃO LATO SENSU EM GESTÃO EMPRESARIAL
MODALIDADE SEMIPRESENCIAL
EXEMPLO
118
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FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO
ESPECIALIZAÇÃO LATO SENSU EM GESTÃO EMPRESARIAL
MODALIDADE SEMIPRESENCIAL
EXEMPLO:
119
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INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO
ESPECIALIZAÇÃO LATO SENSU EM GESTÃO EMPRESARIAL
MODALIDADE SEMIPRESENCIAL
Para que algum dos projetos sejam aceitáveis, de acordo com a técnica do
Valor Presente Liquido – VPL, este precisa ser maior que zero .
Usando a HP 12C
Dados Função
10.000 CHS PV
14.000 CF1
15 n
10 i
PMT 1.314,74
b) Análise de Sensibilidade
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FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO
ESPECIALIZAÇÃO LATO SENSU EM GESTÃO EMPRESARIAL
MODALIDADE SEMIPRESENCIAL
EXEMPLO:
Projeto A Projeto B
Investimento R$ 10.000 R$ 10.000
inicial
Pessimista R$ 1.500 R$ 0
Mais provável R$ 2.000 R$ 2.000
Otimista R$ 1.000 R$ 4.000
Cenários Valores Presentes Líquido
Pessimista R$ 1.409 (R$ 10.000)
Mais provável R$ 5.212 R$ 5.212
Otimista R$ 9.015 R$ 20.424
Amplitude R$ 7.606 R$ 30.424
121
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INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO
ESPECIALIZAÇÃO LATO SENSU EM GESTÃO EMPRESARIAL
MODALIDADE SEMIPRESENCIAL
c) Análise de cenários
d) Simulação
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INSTITUTO DE CIÊNCIAS SOCIAIS APLICADAS
FACULDADE DE ADMINISTRAÇÃO
ESPECIALIZAÇÃO LATO SENSU EM GESTÃO EMPRESARIAL
MODALIDADE SEMIPRESENCIAL
BIBLIOGRAFIA
§ Básica:
§ Gitman, L. J. Princípios de Administração Financeira. 12ª Ed.
São Paulo: Pearson Addison Wesley, 2009. (Cap. 10).
§
§ Complementar:
§ Assaf Neto, A. Curso de Administração Financeira . São
Paulo: Atlas, 2009.
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