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ANA KASSYELI BUENO LIMA

Trabalho de Segurança no Trabalho

Ponta Grossa - Paraná


2017
Trabalho de Segurança no trabalho

Trabalho apresentado
para avaliação na disciplina de
Segurança no Trabalho, do curso de
Engenharia Civil, das Faculdades
Ponta Grossa.

Prof. AngeloKuhn

Ponta Grossa - Paraná


2017
INTRODUÇÃO
A palavra “trabalho” surgiu a partir do vocábulo latino tripaliu – denominação
de um instrumento de tortura formado por três (tri) paus (paliu).
Desde a Antiguidade até a Idade Média o trabalho sempre esteve aliado a um
sentido negativo, de castigo e sofrimento. Aristóteles dizia que a “escravidão de uns
é necessária para que outros possam ser virtuosos”. Em outras palavras, o homem
deveria ser livre para se dedicar à própria perfeição. O trabalho o impede de
consegui-lo. Só a vida contemplativa, e não a vida ativa leva o homem à dignidade.
Percebemos então que a ociosidade era o valor e o trabalho, o desvalor.
Somente a partir do Renascimento, a noção negativa associada ao trabalho vai aos
poucos tomando uma feição positiva, quando surgiram as ideias de valorização do
trabalho como manifestação da cultura, e este começou timidamente a ser visto
como um valor da sociedade e do próprio homem.
Sabe-se que a relação existente entre trabalho-saúde-doença já era
percebida desde a Antiguidade. Porém, como somente os escravos trabalhavam
(considerados não-cidadãos) eram eles que estavam expostos aos riscos do
trabalho. Por este motivo, não havia uma preocupação efetiva no sentido de se
garantir proteção ao trabalho, já que a mão de obra era abundante.
O que se via naquela época eram alguns estudos isolados de investigação das
doenças do trabalho, como aqueles realizados pelo médico e filósofo grego
Hipócrates (460-375 a.c.), que em um de seus trabalhos descreveu um quadro de
“intoxicação saturnina” em um mineiro (o saturnismo é o nome dado à intoxicação
causada pelo chumbo).
Plínio, O Velho, escritor e naturalista romano, que viveu no início da era Cristã (23-
79 d.C.), descreveu, em seu tratado “De Historia Naturalis”, as condições de saúde
dos trabalhadores com exposição ao chumbo e poeiras. Ele fez uma descrição dos
primeiros equipamentos de proteção conhecidos, como panos ou membranas de
bexiga de animais para o rosto (improvisados pelos próprios escravos), como forma
de atenuar a inalação de poeiras nocivas; também descreveu diversas moléstias do
pulmão entre mineiros e envenenamento devido ao manuseio de compostos de
enxofre e zinco.
DESENVOLVIMENTO
Em meados do século XVI, o pesquisador alemão George Bauer publicou um
livro chamado “De Re Metallica”, no qual que apresentava os problemas
relacionados à extração de minerais e à fundição da prata e do ouro, com destaque
para uma doença chamada “asma dos mineiros”, que sabemos hoje tratar da
silicose (doença pulmonar caracterizada pela formação de tecido cicatricial, causada
pela inalação de poeira de sílica, por anos seguidos – os pulmões perdem sua
característica elástica, requerendo mais esforço para respirar; é uma das mais
antigas doenças ocupacionais). Vejam que a maioria das observações se
concentrava principalmente nas atividades de extração mineral.
Em 1700, um médico italiano chamado Bernardino Ramazzini, publicou um
trabalho sobre doenças ocupacionais chamado De Morbis Artificum Diatriba
(Doenças do Trabalho), no qual relacionou os riscos à saúde ocasionados por
produtos químicos, poeira, metais e outros agentes encontrados nas atividades
exercidas por trabalhadores em várias ocupações. Ele orientava os demais médicos
a fazer a seguinte pergunta ao paciente: “Qual o seu trabalho?” Por sua vida
dedicada a este assunto, Ramazzini ficou conhecido como o pai da Medicina
Ocupacional.
Ao longo dos anos, vários médicos e higienistas se ocuparam
da observação do trabalho (qualitativa, e não quantitativa ainda, devido às
limitações tecnológicas da época) em diversas atividades e conseguiram chegar a
várias descobertas importantes, como o médico francês Patissier que recomendava
aos ourives levantar a cabeça de vez em quando e olhar para o infinito como modo
de evitar a fadiga visual; e também Rene Villermé, médico francês que foi além dos
ambientes de trabalho insalubres e associou a influência das jornadas excessivas,
as péssimas condições dos alojamentos, a qualidade da alimentação e o “salário
abaixo das necessidades reais”, sobre o mau estado de saúde dos trabalhadores.

Revolução Industrial
A Revolução industrial foi um processo de grandes transformações
econômicas, tecnológicas e sociais, que se iniciou em meados do século XVIII na
Europa Ocidental, mais precisamente na Inglaterra e que revolucionou o modo como
trabalhamos e vemos o mundo.
Entretanto, o avanço tecnológico dos meios de produção se contrastava com
o crescimento das doenças e mortes entre os trabalhadores assalariados devido às
precárias condições de trabalho.
Via-se também a utilização em massa do trabalho de mulheres e crianças,
(uma vez que a maioria da mão de obra masculina trabalhava nas minas de carvão),
todas elas submetidas a jornadas exaustivas de trabalho, que não raro chegava a
quatorze ou até dezesseis horas de trabalho diário.
Naquela época surgiram os primeiros movimentos operários contra as péssimas
condições de trabalho e ambientes insalubres. Os trabalhadores passaram a se
organizar em sindicatos para melhor defenderem os seus interesses.
Apesar de vários riscos de várias atividades serem conhecidos, até então
pouco ou quase nada era feito para combatê-los ou reduzi-los. Somente após muitos
conflitos e revoltas, começaram a surgir as primeiras leis de proteção ao trabalho,
inicialmente das mulheres e crianças.
Um dos marcos da legislação internacional relativa à proteção do trabalho foi
a aprovação, pelo parlamento britânico, a partir de 1802, de várias leis conhecidas
como Leis das Fábricas (do inglês, Factory Law ou Factory Acts)com o objetivo de
proteção do trabalho de mulheres e crianças, tanto no que se refere a ambiente de
trabalho quanto às jornadas excessivas, comumente praticadas. Esta lei abrangia
inicialmente as indústrias têxteis, principal atividade industrial naquela época, e
somente em 1878 passou a valer para todas as indústrias.
Uma destas primeiras leis chamada Factories Act 1802 (também conhecida
como Lei da Moral e Saúde dos Aprendizes) trazia as seguintes obrigações para os
proprietários das fábricas: (não se assustem com a lista a seguir, ela dos dá uma
ideia das condições de trabalho da época):
 Todos os ambientes da fábrica devem ser ventilados
 O “limo” – sujeira deve ser removido duas vezes por ano
 As crianças(!) devem receber duas mudas completas de roupa
 A jornada diária de crianças entre 9 e 13 anos deve ser no máximo 8 (oito)
horas, e no caso de adolescentes entre 14 e 18 anos a jornada não deve
ultrapassar 12 (doze) horas.
 É proibido o trabalho de crianças menores de 9 (nove) anos, que deverão
frequentar as escolas a serem abertas e mantidas pelos empregadores
 Crianças devem ocupar quartos de dormir separados por sexo, sendo que
cada cama deve ser ocupada por no máximo duas crianças
 Os empregadores são responsáveis pelo tratamento de doenças infecciosas.
Apesar de ser considerado um avanço sobre a proteção do trabalho, o Ato de
1802 não regulamentou a inspeção nas fábricas para verificação do cumprimento de
suas disposições, o que aconteceu somente em 1833.
Se por um lado os proprietários das fábricas, detentores dos meios de
produção, faziam forte oposição à aprovação desta lei, por outro lado eles sabiam da
necessidade de se preservar o potencial humano como forma de garantir a
produção.
Anos mais tarde, foi publicado o Ato 1831, que proibia o trabalho noturno para
jovens menores de 21 (vinte e um) anos.
Em 1833, foi aprovado o Labour of Children, etc., in Factories Act, com as seguintes
determinações:
 Obrigação de concessão de uma hora de almoço para crianças – mantendo-
se a jornada máxima de doze horas para crianças entre 14 e 18 anos e oito
horas para crianças entre 9 e 13 anos.
 Crianças entre 9 e 13 anos deve ter duas horas de aulas por dia
 Proibição do trabalho noturno para menores de 18 (dezoito) anos
 Introdução de rotinas de inspeção do trabalho nas fábricas
Em 1844 houve novamente um grande “avanço” (!) na legislação britânica,
com a publicação do Factories Law 1844, com a inclusão de requisitos expressos de
proteção do trabalho das mulheres, obrigatoriedade de comunicação e investigação
de acidentes fatais e de proteção de máquinas. É claro que a proteção das
máquinas era tão precária quanto a própria redação da lei que obrigava sua
implantação, mas de qualquer modo, já era um avanço.
Nesta época também surgiam na Alemanha as primeiras leis de acidente do
trabalho, o que também começou a acontecer nos outros países da Europa.

SST no Brasil
Enquanto no início do século XIX, a Inglaterra já se preocupava com a
proteção dos trabalhadores das indústrias têxteis, (ainda que com obrigações
absurdas para a nossa referência atual, porém aplicáveis à época), somente no final
daquele século, por volta de 1870 é que se tem notícia da instalação da primeira
indústria têxtil no Brasil, no estado de Minas Gerais.
E somente vinte anos depois é que surgiria no Brasil um dos primeiros
dispositivos legais relativos à proteção do trabalho, mais precisamente em 1891,
com a publicação do Decreto 1.313 que tratava da proteção do trabalho de menores.
Os trabalhadores adultos não eram abrangidos por este decreto.
Estávamos nos primeiros anos da república velha e o Brasil começava a dar os
primeiros passos, ainda bastante tímidos, em direção à proteção do trabalho.
Enquanto isso, na Inglaterra já havia, há mais de oitenta anos, uma regulamentação
sobre o trabalho infantil, através da Factory Law!..

Diferenças – Segurança do Trabalho e Higiene Ocupacional


Segurança do Trabalho ou Segurança Ocupacional (o segundo é pouco
utilizado): É o conjunto de ações utilizadas para evitar acidentes e doenças do
trabalho. Tornando o ambiente de trabalho compatível com a saúde e a preservação
da vida.
– Higiene do Trabalho ou Higiene Ocupacional: É a ciência dedicada ao
reconhecimento, avaliação e controle dos agentes ambientais existentes no
ambiente de trabalho que podem causar danos à saúde do trabalhador e a todos
que interajam no ambiente.
Qual a relação ?
Para chegar ao seu objetivo de promover um ambiente de trabalho mais
seguro e harmonioso a Segurança do Trabalho tem o apoio de vários braços, ou
vários galhos que a ajudam a chegar mais perto do seu objetivo e, portanto, tem
ligação direta com ela.
A relação de Segurança do Trabalho é como se fosse uma árvore. Ela é o
centro das ações de Segurança do Trabalho, a higiene do ocupacional ou do
Trabalho de um de seus galhos.
Outros galhos da nossa árvore Segurança do Trabalho seriam, por exemplo,
Medicina do trabalho, Legislação de Segurança, Ergonomia, Prevenção e combate a
Incêndio, Prevenção e controle de Risco em Máquinas, etc.
Todos esses galhos existem e colaboram para a árvore segurança do
trabalho chegue ao seu objetivo que trazer mais segurança para o ambiente de
trabalho conforme a mini descrição que fizemos acima.
Segurança do Trabalho - Conceitos Para Fernandes (2011), a definição de
segurança do trabalho é o conjunto de métodos de prevenção que são adotados
com a finalidade de minimizar os acidentes de trabalho e doenças ocupacionais e
também proteger a integridade e a capacidade de trabalho do trabalhador. Já o
acidente de trabalho é aquele que ocorre no exercício do trabalho em serviço da
empresa, causando lesão corporal ou perturbação funcional, podendo causar a
morte, perda ou redução permanente ou temporária da capacidade de trabalho.
De acordo com Chiavenato apud Monteiro, Lima e Souza (2005), a segurança
do trabalho corresponde a um conjunto de conceitos técnicos, educacionais,
médicos e psicológicos empregados para evitar acidentes, sendo pela eliminação
das condições inseguras do ambiente de trabalho e também pela instrução e
conscientização das pessoas sobre a implantação de métodos de prevenção. 3ª
SIEF – Semana Internacional das Engenharias da FAHOR 7º Seminário Estadual de
Engenharia Mecânica e Industrial Conforme Zocchio apud Camfield et al. (2005),
segurança do trabalho é uma forma ampla de prevenção que vincula dois pontos de
convergência das ações e medidas preventivas: as doenças ocupacionais e os
acidentes de trabalho. Lago et al. apud Camfield et al. (2005), completa que
procurando prevenir acidentes de trabalho, deve-se também buscar a prevenção de
doenças ocupacionais. Sendo assim, a segurança do trabalho pode ser definida
como um conjunto de medidas e ações aplicadas para prevenir acidentes e doenças
ocupacionais em atividades empresariais. Para Cardella apud Camfield et al. (2005),
a segurança do trabalho é definida como sendo uma variável de estado dos
sistemas vivos, organizações, comunidade e sociedade, sendo ampla e holística.
Se a segurança for maior, a probabilidade de ocorrências de danos ao
homem, ao meio ambiente e ao patrimônio será menor. Ainda, a segurança do
trabalho envolve fenômenos físicos, biológicos, psicológicos, culturais e sociais.
Desta forma vem ao encontro da atual abordagem prática do projeto de
trabalho, que induz a produtividade e a qualidade através da valorização das
pessoas envolvidas no processo produtivo. 2.2 Segurança do Trabalho -
Características É importante destacar que o objetivo principal da segurança do
trabalho é garantir que as atividades se desenvolvam da forma como estavam
previstas, sem oferecer riscos, eliminando também fatores que possam levar o
trabalhador a sofrer acidentes ou incidentes. O incidente é entendido como toda
circunstância acidental ou episódio que não gere lesão ou perturbação funcional,
não resulte na morte ou incapacidade temporária ou permanente do empregado
(FERREIRA apud FARIA; GRAEF; SANCHES, 2006). Durante muito tempo, a
segurança do trabalho foi vista apenas como um tema que se relacionava ao uso de
equipamentos de proteção individual (EPI).
A evolução tecnológica gerou novos ambientes de trabalho e riscos
associados, e hoje, o setor de segurança no trabalho é multidisciplinar e tem como
objetivo principal a prevenção dos riscos profissionais. A Legislação Trabalhista
Brasileira reconhece a importância da segurança do trabalho com a finalidade de
preservar a saúde e a integridade física do trabalhador (MATTOS, 2012). Segundo
Fatureto apud Arruda, Merino e Gontijo (2006), os benefícios esperados com a
implantação de um sistema de gestão de segurança e saúde no trabalho são:
 Redução nas perdas, redução de custos de produção e acidentes, sem
comprometer os lucros;
 Aprimoramento da gerência de riscos e maior compromisso no cumprimento
da legislação;
 Iniciação sistemática de técnicas de análise de acidentes, incidentes, danos
em propriedades e perdas no processo industrial;
 Valorização da implantação de um sistema de gestão e saúde e de
procedimentos padrões;
 3ª SIEF – Semana Internacional das Engenharias da FAHOR 7º Seminário
Estadual de Engenharia Mecânica e Industrial Melhoria na qualidade,
produtividade, motivação, imagem da empresa e das condições de
segurança no trabalho.
Ergonomia - Conceitos IIda apud Barros e Resende (2008), aponta que a
ergonomia é uma ciência relativamente nova, embora o homem tenha buscado
adaptar as ferramentas e utensílios de uso cotidiano desde as antigas civilizações,
no entanto a origem e evolução foram definidas pelas transformações
socioeconômicas e principalmente pela evolução tecnológica.
Em 1949, a ergonomia foi marcada como ciência, pelo fato de se caracterizar
como campo de saber específico, com objetivos próprios e particulares. O aspecto
histórico da evolução ergonômica possibilita fundamentar os princípios que a
definem.
Já Moraes e Mont’alvão apud Barros e Resende (2008), entendem que a
ergonomia tem sua ação através da interação entre os fatores humanos e
tecnológicos. Que procura fornecer bases para adaptar o homem aos meios de
produção e solucionar conflitos entre a relação da inteligência natural e artificial.
A literatura científica apresenta várias definições para este campo do saber, e,
portanto, todos os conceitos oferecem o comum propósito da adaptação das
condições de trabalho às características do homem a fim de atingir através de
métodos de segurança, eficiência, satisfação e bem estar dos trabalhadores a
mudança da relação com os sistemas de produção. Desta forma, a ergonomia é
uma ciência que visa proporcionar o conforto e segurança nas atividades e busca a
produtividade no processo.
A ergonomia apresentou grande crescimento nos últimos anos em função do
aparecimento de muitos casos de Lesão Por Esforço Repetitivo (LER) e Doenças
Osteomusculares Relacionadas ao Trabalho (DORT). Os fatores de risco geralmente
encontrados de acordo com Junior (2006) são:
 trabalho repetitivo;
 postura inadequada;
 esforço em excesso;
 velocidade;
 duração;
 vibração;
 calor;
 ruído;
 iluminamento.
O conjunto de conhecimentos científicos referentes ao homem é fundamental
para a concepção de ferramentas, máquinas e dispositivos que possam ser usados
com o máximo de segurança, conforto e eficácia. Assim, com a análise do trabalho
real, fica possível à ergonomia determinar informações que um operador dispõe para
executar seu trabalho, definindo os atributos necessários de uma nova situação de
3ª SIEF – Semana Internacional das Engenharias da FAHOR 7º Seminário Estadual
de Engenharia Mecânica e Industrial trabalho, ou seja, os dispositivos técnicos, os
meios de trabalho, o ambiente e a organização do trabalho, e por fim as
competências e representações dos operadores.
Características Para Vidal apud Barros e Resende (2008), atualmente, a
ergonomia propõe-se a gerar um entendimento com fundamentação científica para
ser aplicável e viável no setor industrial. Esta relação entre a ciência e aplicabilidade
que revela o caráter útil por tratar com eficiência os problemas que outras
abordagens, têm deixado a desejar, o caráter científico por configurar o cruzamento
interdisciplinar; prático pelo fato de buscar soluções adequadas aos usuários e de
caráter aplicado por trazer os resultados para a compreensão dos sistemas
produtivos.
Durante as atividades no ambiente de trabalho, é comum as pessoas
sentirem desconfortos. Isso ocorre em função de posturas erradas, movimentos
repetitivos, iluminação inadequada e equipamentos inadequados para quem os
utiliza. A ergonomia é extremamente importante dentro das organizações, em busca
da melhoria da qualidade de vida, e deve ser desenvolvida por um profissional
qualificado que inspeciona o ambiente de trabalho para avaliar a postura,
movimento, mobília para assim aplicar a ergonomia de acordo com a necessidade
(GOES et al., 2011). De acordo com Silva ([s.d.]), a importância da ergonomia está
na contribuição para promover a segurança e bem estar das pessoas e
consequentemente a eficácia dos sistemas nos quais estão envolvidas.
O Ministério do Trabalho, através da NR 17 (1990), estabelece os parâmetros
que permitem a adaptação das condições de trabalho ás características
psicofisiológicas dos trabalhadores. As condições de trabalho incluem aspectos
relacionados ao levantamento de peso, transporte e descarga de materiais,
mobiliário, equipamentos e condições do posto de trabalho e à própria organização
do trabalho. Moraes apud Ramos et al. (2011), designa a primeira etapa de uma
intervenção ergonômica como uma análise, definida por uma fase exploratória,
envolvendo o mapeamento dos problemas ergonômicos.
A análise ergonômica consiste na sistematização homem-tarefa-máquina e na
delimitação dos problemas ergonômico-posturais, informacionais, acionais,
cognitivos, de deslocamento, movimentação e operação. A finalização desta etapa é
a hierarquização dos problemas, priorização dos postos a serem diagnosticados e
modificados, e também sugestões de melhoria. 3. Métodos e Técnicas Esta
pesquisa tem a característica de um estudo teórico, uma vez que se utilizam apenas
materiais resultantes da pesquisa bibliográfica, ou seja, livros, artigos, dissertações,
sites, etc.
A pesquisa bibliográfica, segundo Marconi e Lakatos (1990), abrange toda
bibliografia já tornada pública em relação ao tema de estudo. Os livros constituem as
fontes bibliográficas por excelência. Isso permite ao investigador a cobertura de uma
gama de fenômenos muito mais ampla do que aquela que poderia pesquisar 3ª SIEF
– Semana Internacional das Engenharias da FAHOR 7º Seminário Estadual de
Engenharia Mecânica e Industrial diretamente (GIL, 2002, p. 45).
Nesta pesquisa, conforme Cervo e Bervian apud Polacinski, Schenatto e
Abreu (2009), utilizou-se uma abordagem de visão sincrética, sendo a leitura de
reconhecimento que tem propósito de localizar fontes em aproximação com o tema;
a visão analítica, caracterizada como uma leitura crítico reflexiva dos textos
selecionados e a visão sintética, interpretativa e de síntese. Desta forma, buscou-se
através da revisão bibliográfica, identificar teorias semelhantes, com abordagens
diferentes a respeito da Importância da ergonomia para a segurança do trabalho,
assim como encontrar na literatura teorias diferentes e contrastantes a respeito
dessa metodologia, organizando esses conceitos para um melhor entendimento. 4.
Resultados e discussões Um estudo ergonômico não é garantia de que os
problemas de postura, saúde e segurança no trabalho estejam resolvidos.
Assim, é fundamental que haja determinação da empresa em promover
mudanças e em criar uma cultura de segurança do trabalho, aliada com os conceitos
de ergonomia como fatores chaves para a melhora na qualidade de vida e trabalho
dos funcionários.
As mudanças tecnológicas poderiam resolver alguns problemas encontrados
no chão de fábrica, relativos à ergonomia. Pode-se citar o uso de robôs nas áreas de
solda, dispositivos que fixam as peças na altura do operador, pontes-rolantes que
facilitam o manuseio de aparelhos de parafusar, entre outros itens que são
pensados somente como intuito de não gerar desconforto ao trabalhador ou
amenizar o mesmo. Para isso, os engenheiros têm um papel fundamental nesse
âmbito, pois devem garantir que as normas sejam utilizadas e que a segurança e a
ergonomia de todos os novos projetos e instalações de produtos e processos sejam
revisadas antes da liberação da produção. São eles os principais responsáveis por
resolver os problemas de ergonomia, garantir treinamentos necessários de como
utilizar novas ferramentas e de como manusear as peças da melhor forma possível.
Ainda, a engenharia pode desenvolver e implementar soluções que auxiliem a
melhorar a ergonomia do trabalhador em seu posto de trabalho.
Devem auxiliar com avaliações de riscos proativas e garantir que problemas
de ergonomia sejam resolvidos com ações corretivas adequadas, com foco em
soluções de engenharia. Assim, evitar a fadiga, o cansaço, o desconforto, e o
incomodo no local de trabalho é papel fundamental da ergonomia. Melhorar o
ambiente de trabalho é fator chave da ergonomia, no momento que faz com que o
funcionário se sinta motivado para trabalhar, realizando seu trabalho de maneira
segura e atenta, a fim de evitar acidentes, incidentes e lesões. 5.
A ergonomia, situada no âmbito da segurança do trabalho, é fator chave de
saúde e produtividade para os funcionários e para a organização. Ela possibilita que
o trabalho seja bem dimensionado, otimizando sua eficácia, e prevenindo acidentes,
3ª SIEF – Semana Internacional das Engenharias da FAHOR 7º Seminário Estadual
de Engenharia Mecânica e Industrial incidentes e doenças ocupacionais. Com isso,
utilizar os conceitos de ergonomia nas práticas empresariais e nos processos de
engenharia é uma forma de amenizarmos as lesões e transtornos ocasionados pelo
mau uso dos equipamentos e movimentos nos processos fabris.
No entanto, a atual tecnologia, apesar de ter facilitado muito a vida das
pessoas, também as tornou mais sedentárias, e este padrão de vida sedentário da
população mundial acarreta muitos malefícios na empresa, contribuindo assim para
o aumento das lesões no trabalho. Isto se dá em função de que, para a execução de
uma tarefa, muitas vezes, o trabalhador acaba gerando sobrecargas mecânicas em
suas estruturas ósteomioarticulares, principalmente quando assumem posturas
ocupacionais ou funcionais inadequadas em função de um posto de trabalho mal
projetado.
Ainda, o estrese, a fadiga, e o incômodo, geram o desânimo no trabalhador
desse posto de trabalho, provocando distrações que podem ocasionar acidentes.
Desta forma, conclui-se que é de grande valia a aplicação da ergonomia dentro das
empresas, pois assim, a integridade dos colaboradores estará sempre em pauta,
protegendo-o de doenças ocupacionais ou danos maiores. Ainda, salienta-se que a
empresa também ganha com isso, pois elimina movimentos desnecessários,
resultando em ganho de tempo, eliminação de desperdícios e elevação da sua
produtividade.

Higiene e segurança no trabalho


Higiene do trabalho é um conjunto de normas e procedimentos que visa à
proteção da integridade física e mental do trabalhador, preservando-o dos riscos de
saúde inerentes às tarefas do cargo e ao ambiente físico onde são executadas.
A higiene do trabalho tem caráter eminentemente preventivo, pois objetiva a
saúde e o conforto do trabalhador, evitando que adoeça e se ausente provisória ou
definitivamente do trabalho.
Os principais objetivos são:
1 - Eliminação das causas das doenças profissionais;
2 - Reduções dos efeitos prejudiciais provocados pelo trabalho em pessoas doentes
ou portadoras de defeitos físicos;
3 - Prevenção de agravamento de doenças e de lesões;
4 - Manutenção da saúde dos trabalhadores e aumento da produtividade por meio
de controle do ambiente de trabalho.

O programa de higiene no trabalho envolve:


1-Ambiente físico de trabalho: a iluminação, ventilação, temperatura e ruídos;
2-Ambiente psicológico: os relacionamentos humanos agradáveis, tipos de atividade
agradável e motivadora, estilo de gerência democrático e participativo e eliminação
de possíveis fontes de estresse;
3-Aplicação de princípios de ergonomia: máquinas e equipamentos adequados às
características humanas, mesas e instalações ajustadas ao tamanho das pessoas e
ferramentas que reduzam a necessidade de esforço físico humano;
4-Saúde ocupacional: ausência de doenças por meio da assistência médica
preventiva.
A Lei Nº 24/94 instituiu o Programa de Controle Médico de Saúde
Ocupacional – PCMSO. Por meio do PCMSO é exigido o exame médico pré-
admissional e o exame médico periódico. Os exames médicos são exigidos quando
houver retorno ao trabalho, no caso de afastamento superior a 30 dias, e também
quando ocorrer a mudança efetiva de função (deve ser feito antes de ocorrer a
transferência).
No caso de afastamento definitivo da empresa, deve-se exigir o exame
médico demissional, nos 15 dias que antecedem o desligamento do funcionário.

O que é Qualidade de Vida no Trabalho


A sigla QVT significa Qualidade de Vida no Trabalho e conquistá-la se tornou
um dos maiores desafios das empresas nos dias atuais.
A sigla QVT é muito usada no ambiente corporativo para falar sobre qualidade de
vida no trabalho. Mas o que isso quer dizer exatamente? Há muito anos, as
sociedades industriais deixaram de lado alguns valores humanos e ambientais
visando apenas favorecer os avanços tecnológicos, de produtividade e de
crescimento econômico. Isso resultou em trabalhadores estressados, desmotivados
e, por muitas vezes, em doenças e acidentes ocasionados pela falta da preocupação
com a qualidade de vida no trabalho.
Mas foi apenas em meados dos anos 60 que o termo qualidade de vida no
ambiente de trabalho (QVT) começou a ganhar força, quando cientistas sociais,
sindicalistas e empresários perceberam que a qualidade de vida influenciava, e
muito, na produtividade e no rendimento dos funcionários. A partir do momento que
houve o entendimento de que um funcionário motivado e feliz produz mais e melhor,
gerando resultados positivos para as empresas, a preocupação com o bem-estar
dos trabalhadores começou a se tornar mais constante. E não demorou muito para
que isso deixasse de ser apenas um termo e ganhasse formas reais, colocando em
prática técnicas de promoção da saúde e do bem-estar ocupacional.
Por isso, podemos considerar a qualidade de vida no trabalho como um
conjunto de práticas adotadas como uma forma de melhoria do ambiente de
trabalho, visando melhorar a produtividade por meio da satisfação dos funcionários.

Quais ações promovem a Qualidade de Vida no ambiente de Trabalho?


Com o objetivo de melhorar a qualidade de vida dos trabalhadores,
algumas ações foram desenvolvidas e hoje fazem parte da QVT.
A área de recursos humanos é uma das mais importantes nesse sentido. São
eles os profissionais responsáveis por selecionar pessoas adequadas para cada
função, acompanhar a evolução e o desempenho de cada um e garantir benefícios e
condições justas de trabalho junto a diretoria da empresa.
Hoje em dia, é bem comum o RH das empresas disponibilizarem à seus
colaboradores informações relevantes através de uma palestra de qualidade de
vida onde o foco seja ajudar os funcionários a identificarem os causadores de
estresse e ansiedade e combatê-los na raiz para evitar problemas futuros.
Outras atividades como ginástica laboral e Quick Massage se tornaram bem
comuns nas empresas onde a saúde e segurança do funcionário é respeitada.
O RH também é responsável por colocar em prática as ações que visam a
melhora na qualidade de vida no trabalho.
Algumas delas são:
Uso e desenvolvimento de capacidades: Visa melhorar o aproveitamento das
habilidades, a autonomia na atividade desenvolvida e a percepção do significado do
trabalho.
Integração social e interna: Tem como objetivo promover o senso comunitário e
diminuir as chances de preconceitos, através da criação de áreas comuns para
integração dos servidores e da promoção de relacionamentos interpessoais.
Respeito à legislação: Garante ao funcionário o direito à liberdade de expressão,
privacidade pessoal e tratamento imparcial.
Condições de segurança e saúde no trabalho: Essa é uma das ações mais
importantes, que garante a existência da Comissão Interna de Prevenção de
Acidentes (CIPA), a promoção da saúde ocupacional, o controle da jornada de
trabalho, a salubridade dos ambientes, o acesso para portadores de deficiência
física, a ergonomia de equipamentos e mobiliário, além da promoção de grupos de
apoio antitabagismo, alcoolismo, drogas e neuroses diversas, orientação nutricional,
ginástica laboral e outras atividades.
O que o funcionário pode fazer para garantir a qualidade de vida no ambiente
de trabalho?
As empresas são as grandes responsáveis por garantir a qualidade de vida
no trabalho, promovendo algumas das ações que citamos acima. Apesar disso,
existem algumas atitudes que devem partir dos funcionários para que se possa
garantir o bom convívio, a satisfação dos colaboradores e um ambiente de trabalho
saudável.
Ser pontual e cumprir seus prazos é uma delas. Dessa forma você evitará
desgastes com o acumulo de tarefas e será bem visto pelos seus supervisores.
Pessoas que não cumprem suas tarefas básicas, como chegar no horário e entregar
tarefas no prazo determinado, reduzem suas chances de promoção e de
reconhecimento profissional. Portanto, se você busca esse reconhecimento, mostre
sua responsabilidade e compromisso com o trabalho e suas chances serão maiores.
Outra atitude importante para garantir a qualidade de vida no trabalho é o
trabalho em equipe. Pessoas que sabem trabalhar em conjunto alcançam os
objetivos mais facilmente, tronam o trabalho muito mais produtivo, além de estreitar
os laços afetivos e de confiança com os colegas. Com isso, o ambiente se torna
mais leve e agradável, resultando em maior capacidade de produtividade.
Por último, mas não menos importante, não se envolva em fofocas. Esse é
um dos maiores venenos de um ambiente de trabalho. Além de ser antiético, você
demonstrará sua falta de profissionalismo e poderá se envolver em confusões e
problemas. Fofocas apenas geram inimizades, deixam o ambiente de trabalho
pesado e criar rivalidades desnecessárias. Ao invés disso, procure ajudar a quem
precisa. Pessoas que têm capacidade de estender a mão ao próximo são vistas
como líderes em ambientes de trabalho.
Qualidade de Vida no Trabalho e os Resultados
Em suma, a Qualidade de Vida no Trabalho não é importante apenas para as
empresas que buscam funcionários mais produtivos e motivados, como também
para os próprios colaboradores, que buscam realizações e crescimento profissional.
Os resultados positivos serão sentidos por ambos os lados. Como dizia Max
Weber, o trabalho dignifica o homem.
De forma sucinta e objetiva, Qualidade de Vida no Trabalho é o grau de
satisfação que um colaborador tem com as funções exercidas e com o ambiente em
que trabalha. Diferente do que muitos acreditam, a satisfação de um profissional
no ambiente de trabalho não é algo que diz respeito somente a ele. Esta, aliás, é
uma questão que deve ser vista e ter a devida atenção por parte da gestão da
organização. Afinal, a satisfação do colaborador está diretamente ligada aos bons
resultados que a empresa obtém ou deseja obter em um futuro próximo.
Empresas são feitas por pessoas. Nada melhor que ter pessoas motivadas,
felizes e engajadas, prontas para colocar os seus talentos profissionais à disposição
da empresa para que juntos todos possam colher bons frutos, não é mesmo?
Garantir um alto nível de Qualidade de Vida no Trabalho faz parte da ação conjunta
entre gestores, proprietários e equipe de Gestão de Pessoas. Investir em
equipamentos e maquinários, estimular a cordialidade e gentileza entre
colaboradores para criar uma cultura organizacional amistosa e agradável são
algumas das muitas iniciativas que a organização pode ter para que todos tenham
qualidade de vida no trabalho.
O colaborador também pode contribuir para que haja Qualidade de Vida no
Trabalho. Listei abaixo algumas ações que podem contribuir positivamente com esta
questão.
1- Foco: um profissional focado e comprometido com seu trabalho sofre menos
interferências negativas do ambiente;
2- Afaste-se das fofocas: conversas fúteis sobre a vida dos colegas e superiores
só alimentam um ambiente hostil. Afaste-se delas e procure eliminar esta conduta do
seu dia a dia;
3- Aprenda a trabalhar em equipe: o trabalho em equipe é uma das principais
habilidades exigidas pelas empresas. Colabore com seus colegas e aprenda com
eles também;
4- Cumpra prazos e horários: atender suas demandas com qualidade e cumprir
prazos e horários evita estresses e que seu desempenho seja questionado;
5- Cultive bons relacionamentos: mantenha boas relações interpessoais com
seus colegas e superiores. Isso torna o ambiente melhor e mais favorável. Assim
como no aspecto pessoal, a QVT é essencial para o desenvolvimento dos
colaboradores, tanto dentro como fora do ambiente da empresa. Neste sentido, é
importante salientar o papel social das organizações também na formação de
cidadãos mais conscientes de seu papel na sociedade.
O que é acidente de trabalho?
Conforme dispõe o art. 19 da Lei nº 8.213/91, "acidente de trabalho é o que
ocorre pelo exercício do trabalho a serviço da empresa ou pelo exercício do trabalho
dos segurados referidos no inciso VII do art. 11 desta lei, provocando lesão corporal
ou perturbação funcional que cause a morte ou a perda ou redução, permanente ou
temporária, da capacidade para o trabalho".
Ao lado da conceituação acima, de acidente de trabalho típico, por expressa
determinação legal, as doenças profissionais e/ou ocupacionais equiparam-se a
acidentes de trabalho. Os incisos do art. 20 da Lei nº 8.213/91 as conceitua:
- doença profissional, assim entendida a produzida ou desencadeada pelo
exercício do trabalho peculiar a determinada atividade e constante da respectiva
relação elaborada pelo Ministério do Trabalho e da Previdência Social;
- doença do trabalho, assim entendida a adquirida ou desencadeada em função
de condições especiais em que o trabalho é realizado e com ele se relacione
diretamente, constante da relação mencionada no inciso I.
Como se revela inviável listar todas as hipóteses dessas doenças, o § 2º do
mencionado artigo da Lei nº 8.213/91 estabelece que, "em caso excepcional,
constatando-se que a doença não incluída na relação prevista nos incisos I e II deste
artigo resultou das condições especiais em que o trabalho é executado e com ele se
relaciona diretamente, a Previdência Social deve considerá-la acidente do trabalho".
O art. 21 da Lei nº 8.213/91 equipara ainda a acidente de trabalho:
I - o acidente ligado ao trabalho que, embora não tenha sido a causa única, haja
contribuído diretamente para a morte do segurado, para redução ou perda da sua
capacidade para o trabalho, ou produzido lesão que exija atenção médica para a sua
recuperação;
II - o acidente sofrido pelo segurado no local e no horário do trabalho, em
consequência de:
a) ato de agressão, sabotagem ou terrorismo praticado por terceiro ou companheiro
de trabalho;
b) ofensa física intencional, inclusive de terceiro, por motivo de disputa relacionada
ao trabalho;
c) ato de imprudência, de negligência ou de imperícia de terceiro ou de companheiro
de trabalho;
d) ato de pessoa privada do uso da razão;
e) desabamento, inundação, incêndio e outros casos fortuitos ou decorrentes de
força maior;
III - a doença proveniente de contaminação acidental do empregado no exercício de
sua atividade;
IV - o acidente sofrido pelo segurado ainda que fora do local e horário de trabalho:
a) na execução de ordem ou na realização de serviço sob a autoridade da empresa;
b) na prestação espontânea de qualquer serviço à empresa para lhe evitar prejuízo
ou proporcionar proveito;
c) em viagem a serviço da empresa, inclusive para estudo quando financiada por
esta dentro de seus planos para melhor capacitação da mão de obra,
independentemente do meio de locomoção utilizado, inclusive veículo de
propriedade do segurado;
d) no percurso da residência para o local de trabalho ou deste para aquela, qualquer
que seja o meio de locomoção, inclusive veículo de propriedade do segurado.
§ 1º Nos períodos destinados a refeição ou descanso, ou por ocasião da satisfação
de outras necessidades fisiológicas, no local do trabalho ou durante este, o
empregado é considerado no exercício do trabalho.
Esses acidentes não causam repercussões apenas de ordem jurídica. Nos
acidentes menos graves, em que o empregado tenha que se ausentar por período
inferior a quinze dias, o empregador deixa de contar com a mão de obra
temporariamente afastada em decorrência do acidente e tem que arcar com os
custos econômicos da relação de empregado. O acidente repercutirá ao empregador
também no cálculo do Fator Acidentário de Prevenção - FAP da empresa, nos
termos do art. 10 da Lei nº 10.666/2003.
Os acidentes de trabalho geram custos também para o Estado. Incumbe ao
Instituto Nacional do Seguro Social – INSS administrar a prestação de benefícios,
tais como auxílio-doença acidentário, auxílio-acidente, habilitação e reabilitação
profissional e pessoal, aposentadoria por invalidez e pensão por morte. Estima-se
que a Previdência Social gastou, só em 2010, cerca de 17 bilhões de reais com
esses benefícios.
Acidentes de Trabalho Mais Comuns
Entender os acidentes de trabalho mais comuns é fundamental para poder
preveni-los. Afinal, não tem defesa melhor que a informação.
A cada ano, cerca de 700 mil acidentes de trabalho são registrados no Brasil,
sem contar os casos que acabam sem notificação oficial.

Acidentes de trabalho mais comuns no Brasil


Lideram o ranking de acidentes de trabalho mais comuns – segundo o Ministério da
Previdência Social – quedas, choques contra objetos, golpes provocados por
ferramentas, cortes e fraturas. São distúrbios físicos que afetam diversos
trabalhadores, famílias e empresas, seja por negligência, más condições ou
dificuldade em cumprir ou exigir protocolos importantes, como por exemplo o uso do
EPI correto.
Acidentes de Trabalho Mais Comuns: Doenças Ocupacionais
Segundo o Ministério da Previdência Social, entre os acidentes de trabalho
mais comuns que resultaram em doenças ocupacionais destacam-se as doenças de
pele, alergias e irritações. As DORT (osteomusculares), que apresentam
comprometimento da coluna e dos membros superiores lideram a lista.
Recentemente, percebeu-se um significativo aumento em casos
de câncer e distúrbios psiquiátricos nos registros.
A Lesão por Esforço Repetitivo (LER) é a segunda colocada no ranking
de doenças ocupacionais, podendo levar o trabalhador à aposentadoria por
invalidez.

Acidentes de Trabalho Mais comuns: Doenças Emocionais


Ansiedade, stress e depressão têm sido percebidas com uma frequência cada
vez maior nos registros do Ministério da Previdência Social.
São problemas de caráter psicológico, muitas vezes ocasionados pelo excesso de
pressão, cada dia mais comum nos mais diversos ambientes de trabalho. Há casos,
inclusive, em que essas doenças acabam afastando profissionais definitiva ou
provisoriamente.

A Importância do Técnico de Segurança no Trabalho


O técnico de segurança no trabalho tem o dever de avaliar
riscos para prevenir desde os acidentes de trabalho mais comuns até aqueles que
desafiam a realidade. O investimento nesse profissional é infinitamente menor que
os custos financeiros e emocionais acarretados por acidentes de trabalho.
Contar com um EPI específico e de qualidade e com um bom técnico de
segurança no trabalho são as primeiras medidas para minimizar riscos, tanto no
tocante a perigos causados pelo homem como por máquinas. Essa é a única
maneira de diminuir os números desse ranking tão indesejável a trabalhadores e
empregadores.
REFERÊNCIA
http://ww2.soc.com.br/2014/11/entenda-a-importancia-da-politica-de-seguranca-em-
uma-empresa/
http://falandodeprotecao.com.br/acidentes-de-trabalho-mais-comuns/
http://areasst.com/acidentes-de-trabalho-no-brasil/
http://www.tst.jus.br/web/trabalhoseguro/o-que-e-acidente-de-trabalho
http://www.ibccoaching.com.br/portal/qualidade-de-vida/qualidade-de-vida-trabalho-
dicas-conceitos/
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/enfermagem/higiene-e-
seguranca-no-trabalho/36332ualidade%20de%20vida%20no%20trabalho
https://www.portaleducacao.com.br/conteudo/artigos/enfermagem/higiene-e-
seguranca-no-trabalho/36332
http://www.conceitozen.com.br/o-que-e-qualidade-de-vida-no-trabalho.html
https://www.administradores.com.br/artigos/carreira/voce-sabe-o-que-e-qualidade-
de-vida-no-trabalho/98682/
https://www.salpinx.com.br/qualidade-de-vida-no-trabalho/

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