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Barroco religioso em Minas Gerais

Nas Minas Gerais, o Ciclo do Ouro favoreceu a atividade construtora durante todo o século XVIII, dando
origem a alguns dos mais interessantes monumentos arquitetônicos coloniais brasileiros. Como em outras
regiões, quase todas as igrejas foram construídas seguindo plantas maneiristas chãs, como por exemplo a
Catedral de Mariana, construída na primeira metade do século XVIII, que além da planta retangular tem uma
fachada bidimensional com frontão triangular, lembrando os templos jesuítas do século anterior.

Muito inovadora é a Igreja Matriz Nossa Senhora do Pilar em Ouro Preto, concluída por volta de 1733
segundo o projeto do engenheiro-militar Pedro Gomes Chaves. O interior da igreja apresenta forma decagonal
dada pela exuberante talha dourada de Antônio Francisco Pombal, conferindo a essa igreja uma ousada
organização interna. A forma decagonal está integralmente dada pela talha interior: exteriormente a Matriz do
Pilar apresenta forma retangular.[30]

Mais tarde apareceram igrejas ainda mais ousadas, como a Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos de
Ouro Preto (começada em 1757) e a Igreja e São Pedro dos Clérigos de Mariana, ambas de autoria de Antônio
Pereira de Sousa Calheiros. As plantas dessas igrejas, sem paralelos exatos na arquitetura portuguesa da
época, estão formadas por três elipses justapostas, flanqueadas, no caso da igreja ouropretana, por torres
circulares. A entrada se faz por uma galilé curvilínea de três arcos. É provável que a planta da igreja tenha
sido concebida sob a influência da Igreja de São Pedro dos Clérigos do Rio de Janeiro, começada duas
décadas antes. Também é possível a influência de edifícios da Europa Central, através de gravuras de tratados
de arquitetura que circulavam em Minas Gerais no século XVIII.[31]
Igreja São Francisco de Assis (Ouro Preto)

Fachada da Igreja da Ordem Terceira de São Francisco de Ouro Preto (começada em 1765).

A Igreja de São Francisco de Assis, é uma igreja da cidade de Ouro Preto construída em estilo barroco, que
constitui uma etapa posterior, na evolução do barroco mineiro.

Foi classificada, em 2009, como uma das Sete Maravilhas de Origem Portuguesa no Mundo.

Sua construção teve início em 1766, com projeto arquitetônico, risco da portada e elementos ornamentais como
púlpitos, retábulo-mor, lavabo e teto da capela-mor da lavra de Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, e pinturas de
Manuel da Costa Ataíde.
Igreja Nossa Senhora do Carmo (Ouro Preto)

Fachada da Igreja Nossa Senhora do Carmo de Ouro Preto (começada em 1766).

Sua construção ocorreu entre 1766 e 1772 e a igreja era freqüentada pela aristocracia de Vila Rica. Participaram de
sua ornamentação Aleijadinho, Manoel da Costa Ataíde, entre outros artistas de renome. A decoração deste templo
mostra toda a elegância do período barroco-rococó da arte colonial mineira. Suas obras foram arrematadas por José
Pereira dos Santos e Manuel Francisco Lisboa, pai do grande mestre Aleijadinho, que foi o responsável pelo risco
elaborado em 1766. Provavelmente, foi sua última grande obra, pois veio a falecer um ano depois.
Santuário do Bom Jesus de Matosinhos

Vista do adro dos profetas (1777-1790) e igreja (1757-c.1773) do Santuário de Congonhas.

O Santuário de Bom Jesus de Matosinhos é um conjunto arquitetônico e paisagístico formado por uma
basílica, um adro com esculturas de Doze Profetas feitas por Aleijadinho e seis capelas com cenas da Paixão
de Cristo. O santuário está localizado no morro do Maranhão, no município brasileiro de Congonhas, estado
de Minas Gerais.

O conjunto foi construído em várias etapas, nos séculos XVIII e XIX,[1][2] por vários mestres, artesãos e
pintores, como Antônio Francisco Lisboa, o Aleijadinho, e Manuel da Costa Ataíde.[1]

Tombado pelo SPHAN, atual IPHAN, em 1939, como patrimônio histórico nacional, foi considerado
Patrimônio Mundial da Unesco em 1985.
Igreja de Nossa Senhora do Rosário (Ouro Preto)

Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Pretos de Ouro Preto (começada em 1757), com superfícies curvas da fachada
e torres.

A Igreja Nossa Senhora do Rosário localizada em Ouro Preto, Minas Gerais, teve sua construção iniciada
em 1785, em substituição da primitiva capela que havia no mesmo local. Foi onde esteve guardado o
Santíssimo Sacramento da Paróquia entre 1731 a 1733, durante a construção da Igreja Matriz de Nossa
Senhora do Pilar.

Com a fachada em forma circular, possui semelhanças com as igrejas do norte da Europa. Seu interior, ao
contrário da parte externa é bastante simples.

A escultura de Santa Helena é atribuída a Aleijadinho e as imagens de Santo Antônio e São Benedito a seu
irmão, padre Félix. A autoria da planta em ovais intersecantes é desconhecida. O risco do frontispício e da
empena é atribuído à Manuel Francisco de Araújo.

A igreja foi reformada em 1930, com o acréscimo de ladrilhos hidráulicos franceses coloridos no piso.
Igreja Matriz de Nossa Senhora do Pilar

Igreja Matriz Nossa Senhora do Pilar

A Igreja Matriz de Nossa Senhora do Pilar de Ouro Preto, Minas Gerais, é um das edificações católicas
mais conhecidas entre as que foram erguidas durante o Ciclo do Ouro.[1]

Foi construída em torno de uma capela erguida a partir de 1696[2] ou nos primeiros anos do século XVIII e
ampliada em 1712 com recursos dos devotos, embora as intervenções principais tenham seguido até o final do
século.[3]

Já a devoção de Nossa Senhora do Pilar foi trazida provavelmente de São Paulo, na bandeira de Bartolomeu
Bueno, tendo a imagem sido entronizada na primitiva capelinha que antecedeu o templo.[2]

A Paróquia do Pilar foi a mais rica e populosa em Vila Rica, já que reuniu o maior número de irmandades e,
por isso, a Matriz recebeu mais ornamentos em preparação para uma "boa morte".[3] As irmandades tinham
lugares específicos dentro do templo, uma forma de representar e expressar a hierarquia social dos fieis.[4]

O "livro de compromissos" relacionava a participação das irmandades Santíssimo Sacramento (1712), Nossa
Senhora do Pilar (1712), São Miguel e Almas (1712), Rosário dos Pretos (1715), Senhor dos Passos (1715),
Sant'Anna (primeiro quartel) e Nossa Senhora da Conceição (até o primeiro terço do século XVIII).[5]

A igreja está localizada na Praça Monsenhor Castilho Barbosa.


Igreja de São Pedro dos Clérigos

Igreja de São Pedro dos Clérigos

A Igreja de São Pedro dos Clérigos está situada no município de Mariana, Minas Gerais.

O projeto arquitetônico é de Antônio Ferreira Calheiros, responsável também pela Igreja Nossa Senhora do
Rosário, em Ouro Preto.

O ínicio das construções se deu em 1752 e 1753, no entanto, nunca foi terminada.

Igreja de São Francisco de Assis (São João del-Rei)

Vista frontal da Igreja de São Francisco de Assis de São João del-Rei

A Igreja de São Francisco de Assis de São João del-Rei é um templo católico fundado pela Venerável
Ordem Terceira de São Francisco de Assis. A igreja, começada em 1774, é um dos principais marcos da
arquitetura colonial mineira.

A Venerável Ordem Terceira de São Francisco de Assis, ou ainda Venerável Ordem Terceira da Penitência de
São Francisco de Assis, foi fundada em 8 de março de 1749 na então Vila de São João del-Rei. A ordem foi
canonicamente ereta pelo então Bispo de Mariana Dom Frei Manoel da Cruz.

A igreja da ordem é um majestoso templo, um dos mais belos do Barroco Mineiro. Nesta obra trabalharam os
mestres Francisco de Lima Cerqueira, Aniceto de Sousa Lopes e Antonio Francisco Lisboa, o Aleijadinho,
autor da portada principal.

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