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Relatório Sobre A Situação Das Estradas
Relatório Sobre A Situação Das Estradas
RELATÓRIO DE AVALIAÇÃO
CONCESSÕES RODOVIÁRIAS NO ESTADO DO PARANÁ
ENTIDADES:
SINDICATO DOS ENGENHEIROS NO ESTADO DO PARANÁ – SENGE-PR
CONSELHO REGIONAL DE ENGENHARIA E AGRONOMIA DO PARANÁ CREA-PR
APRESENTAÇÃO
OBSERVAÇÃO 1 – Geral
Por outro lado, o DER/PR conta com uma equipe técnica reduzida para a
execução das tarefas que são exclusivas de Estado e que não podem, ou não
poderiam, ser terceirizadas.
Neste sentido, é exemplar os baixos salários pagos aos engenheiros do
Estado que executam serviços de igual relevância aos engenheiros
pertencentes aos quadros de funcionários da empresas Concessionárias, mas
recebem salários em média iguais a um terço de seus colegas.
Os relatórios mensais entregues aos membros da Comissão Tripartite
demonstram que a maioria dos trabalhos de verificação de conformidade da
execução de obrigações contratuais, é realizada por técnicos de empresas
terceirizadas, o que não nos parece ser a forma mais adequada do Estado
desempenhar o papel que lhe é atribuído pelos Contratos de Concessão,
inclusive sob o viés de sua legalidade.
Além disso, a forma de encaminhamento desses relatórios mensais aos
membros da Comissão, não produziu os resultados que poderiam produzir,
caso existissem instruções específicas para a sua incorporação aos
procedimentos de avaliação dos trabalhos da Comissão.
Observamos que, após 14 anos de vigência dos contratos de concessão,
há a necessidade de revisão dos termos pactuados em, ao menos, dois aspec-
tos importantes: i) o conjunto de obras de melhorias e ampliação da capacida -
de das vias do Anel de Integração definidas inicialmente dentro do PER deve
ser ratificado ou modificadas tendo por base estudos de projeção do carrega-
mento atual e futuro do Anel de Integração; ii) Os valores da Taxa Interna de
Retorno –TIR devem ser reduzidos a valores compatíveis à taxa de oportunida-
de dos capitais na economia brasileira nos dias atuais, que é inferior às prati -
cadas à época da assinatura dos contratos.
No entanto, as inúmeras ações judiciais, em especial, sobre o equilíbrio
econômico-financeiro dos contratos, evidenciam a extrema dificuldade da ob-
tenção de acordos e revisões dos instrumentos contratuais que beneficiem os
usuários e a economia paranaense.
Por último, consideramos que os termos aditivos realizados sobre os
Contratos, na forma como foram efetuados, desde o primeiro, no qual o
Governo do Estado reduziu unilateralmente o valor das tarifas, aos dois
seguintes, que procuraram sanar os problemas causados pelo primeiro termo
aditivo, geraram enorme insegurança para os usuários e são a principal causa
da redução da eficácia dos contratos de concessão em atingir os objetivos a
que se propunham inicialmente. E ainda que a elaboração desses termos
aditivos careceu de maior discussão e transparência para com a sociedade
paranaense.