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SISTEMA GENITOURINÁRIO

O sistema urinário é composto por dois rins, dois ureteres, bexiga urinária e uma uretra.
Já o sistema genital é dividido em dois, o masculino é composto pelos testículos, as
glândulas sexuais acessórias (próstata e glândula seminal), ductos deferentes, e
estruturas de sustentação que correspondem ao escroto e o pênis, por exemplo; o
feminino é composto pelos ovários, tubas uterinas, útero e vagina.
(https://books.google.com.br/books?hl=pt-
BR&lr=&id=mV_uCgAAQBAJ&oi=fnd&pg=PP1&dq=sistema+geniturin%C3%A1rio+ana
tomia&ots=x_l9N4LFRL&sig=OaDYlsEJRY42G2OP8O4cQb_mIyI#v=onepage&q=siste
ma%20geniturin%C3%A1rio%20anatomia&f=false)

Antes da realização de qualquer exame deve-se explicar para o paciente os


procedimentos, tirar dúvidas se elas existirem e verificar se o paciente tem alergias e a
obtenção do consentimento do paciente para a realização do exame. Após essa fase
padrão cada protocolo pode ter alguma especificidade.

PROTOCOLO DE PRÓSTATA (imunocintigrafia prostática)

É feito principalmente com as hipóteses diagnósticas de câncer e verificação do avanço


de câncer de próstata.

No caso desse exame é necessário que antes da aplicação do radiofármaco a pressão


do paciente seja aferida e depois continue sendo monitorada.

São aplicados anticorpos monoclonais específicos que se ligam ao epitélio da próstata,


com intensidade maior em tecido neoplásico, mesmo que no início de seu
desenvolvimento isso é usado como rádio fármaco, que tem meia vida de
aproximadamente 6h. (nome)

Esse protocolo é realizado com SPECT em gama-camaras de dois canais. As imagens


são obtidas normalmente 1h depois da aplicação do radiofármaco.

O paciente fica posicionado de forma que as câmera fiquem sob as nádegas, apontando
45º anteriormente, para que os rins entram no modo de exibição.

PROTOCOLO DE CINTILOGRAFIA TESTICULAR


Usado principalmente com as hipóteses diagnósticas de dor aguda em bolsa escrotal
causada por torção testicular ou inflamação (do epidídimo, por exemplo), além de
verificar a presença de câncer testicular.

Os principais radiofármacos usados nesse tipo de exame são o pertecnetato de sódio,


que é um traçado de fluxo e de compartimento vascular, ele é tomado via oral de 15 a
30 minutos antes da obtenção da imagem.

O paciente deve ser posicionado com os joelhos próximos para dar sustentação ao
escroto, que deve estar o mais próximo possível do colimador, são utilizadas placas de
chumbo revestidas de borracha para evitar a radiação de fundo que vem das coxas do
paciente, elas são posicionadas atrás dos testículos. Na fase tissular da imagem é
indicado o uso de um marcador quente próximo ao testículo comprometido e o uso de
uma régua de chumbo para separar os testículos e melhorar a visualização da imagem
posteriormente.

PROTOCOLO DE CISTOGRAFIA RADIONUCLÍDICA

É usada para detectar o funcionamento da válvula de uretra posterior de homens e


verificar se não há alteração anatomica ou outras causas que promovam refluxo. Auxilia
na determinação de anormalidade com a bexiga, mas isso ainda é muito difícil de ser
notado pois os radiofármacos tendem a ficar mais marcados na urina, atrapalhando o
sinal da bexiga. Normalmente feito em crianças.

O paciente é posicionado deitado, em decúbito dorsal, com a bexiga, ureteres e rim no


campo de visão (do processo xifoide à sínfise púbica).

Pode ser feito de forma indireta ou direta. No caso da indireta no caso é necessário que
a bexiga esteja cheia. São feitas uma imagem pré micção, imagens dinâmicas durante
o ato (com o auxílio de um cateter) e uma imagem pós micção. Permite a avaliação de
refluxo somente na fase de eliminação.

Já quando o exame é feito de forma direta as imagens são adquiridas de forma contínua
durante as fases de enchimento da bexiga, da micção propriamente dita e após ela.
Esse procedimento permite medir o resíduo pós-miccional e determinar se há refluxo
nas fases de enchimento e eliminação.

O fármaco utilizado é o Tc-enxofre-coloidal ou Tc-DTPA no caso da analise direta, e


DTPA ou Tc-MAG3 na indireta.

PROTOCOLO VISUALIZAÇÃO DE ÚTERO E OVÁRIOS


É utilizada principalmente para a detecção de cistos ovarianos ou uterinos.

As pacientes tiveram que jejuar por aproximadamente 5h, e os níveis de glicose delas
foi monitorado antes da injeção do radiofármaco e depois, sendo que o radiofármaco
utilizado foi o 18F-FDG, o exame foi realizado aproximadamente 1h depois da injeção
do radiofármaco. Foi usado o PET/TC para a realização do exame e as doses de
radiação emitidas durante a TC foram as mais baixas possíveis

A paciente é posicionada em decúbito dorsal de forma que o colimador fique em direção


ao útero e aos ovários. (file:///C:/Users/dell/Downloads/nishizawa2004.pdf)

PROTOCOLOS RENAIS

OS protocolos a seguir são feitos para a verificação de: hipertensão renovascular,


obstrução do trato geniturinário

Renograma dinâmico:

Protocolo indicado para avaliação morfofuncional renal, avaliação de hidronefrose,


diagnóstico e acompanhamento de patologia renal obstrutiva.

Os pacientes devem estar hidratados antes do estudo como parte do preparo do


paciente, caso isso não ocorra o exame pode ser prejudicado e indicar baixa função
renal, mesmo que ela não esteja alterada, mas o paciente deve estar com a bexiga vazia
na hora da realização do exame. Não é necessário jejum.

O paciente deve estar em decúbito dorsal, e a imagem é obtida na direção ínfero-lateral.


O radiofarmaco utilizado é o Tc-DTPA, Tc-GH ou o Tc-MAG3 aplicado por via
intravenosa. As imagens são obtidas imediatamente após a aplicação do radiofármacos.

Pode ser feita também acompanhada infusão de um diurético, como a furosemida,


durante 60s antes da aquisição da imagem.

Nessa analise traçam-se curvas de atividade/tempo destinadas a avaliação da função


renal. Nelas é possível destacar três fases: fase de fluxo que é compreendida por uma
ascensão rápida no gráfico, fase de captação com ascensão menos rápida e fase de
excreção que é representada por queda da curva à medida que o traçador é eliminado
do córtex renal.

Renograma com inibidor da enzima conversora de angiotensina


Esse protocolo é utilizado para detectar hipertensão arterial e renovascular.

O paciente deve estar em jejum, podendo beber apenas líquidos na manhã do exame,
e não pode ter consumido inibidores de ECA por pelo menos 5 dias, a pressão do
paciente é medida antes da injeção dos medicamentos e é monitorada. Antes da injeção
do radiofármacos o paciente precisa tomar soro por pelo menos 1h e o inibidor da ECA
é administrado 1h antes da realização do exame. O radiofármaco usado é o Tc-MAG3
por via intravenosa e é administrado de 15min – 1h depois da injeção do inibidor de
ECA, variando conforme o fármaco que foi usado.

Cintilografia do córtex renal

Protocolo indicado em casos de avaliação morfológica, como suspeitas de


malformações, ectopias e displasias. Além disso também avalia função renal diferencial
e faz analise cortical verificando casos de pielonefrite aguda ou lesões corticais
(traumatismo renal, estudo de proteinúria, refluxo vésico-uretral)

As imagens corticais obtidas normalmente são planar tardia ou tomográfica (SPECT),


sendo que são obtidas imagens posterior, obliqua posterior direita, obliqua posterior
esquerda, e é usado um colimador com furo único. Os radiofármacos que podem ser
utilizados são Tc-GH ou Tc-DMSA aplicado por via intravenosa e a imagem só é obtida
2h após a aplicação do radiofármaco.

O paciente deve estar de bexiga vazia para a realização desse exame.

REFERÊNCIAS

FERNANDES, Ana Rita Oliveira. Imagem do aparelho urinário: Lisboa: Sociedade


Portuguesa de Nefrologia Pediátrica, 2017. Color. Disponível em:
<http://www.spp.pt/UserFiles/file/Seccao_Nefrologia/9.20-A Medicina Nuclear_Ana Rita
Fernandes.pdf>. Acesso em: 24 out. 2017.

(FERNANDES, 2017)

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