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CAPÍTULO I – PROBLEMÁTICA DA INVESTIGAÇÃO

1.1 - Problema de Investigação

Os alunos possuem poucos conhecimentos sobre a prevenção das infecções urinárias assim
como as doenças do sistema urinário humano. Fomos constatando a nível da juventude que
não sabem ao certo como fazer a sua higiene íntima, baseando estas práticas de higiene
através dos conhecimentos transmitidos pelos vizinhos e amigos que acabam por várias vezes
passar as informações erradas sobre o assunto, facto este que tem aumentado os casos de
infecções urinárias, por outra, a prática frequente de relações sexuais também é outro factor
que induz as infecções urinárias. Para várias famílias é um tabu e não têm nenhuma iniciativa
para informarem seus filhos nesta matéria.

Por isso, achamos melhor tratar deste tema que é de extrema importância no âmbito de
melhorar o conhecimento dos alunos da 12ª classe Biologia e Química da escola de
Magistério de Mbanza Kongo sobre a prevenção das infecções urinárias.

Pergunta científica

Como contribuir para a prevenção das infecções urinárias aos alunos da 12ª classe Biologia e
Química da Escola de Magistério Daniel Vemba, Mbanza Kongo/Zaire?

Ideia científica a defender

Com a elaboração de acções educativas contribuir-se-á para a prevenção das infecções


urinárias dos alunos de 12ª classe Biologia e Química da Escola de Magistério Daniel Vemba,
Mbanza Kongo/Zaire.

1.2 - Objecto de estudo: Educação para saúde no processo de ensino e aprendizagem.

1.3 - Campo de acção: Prevenção de infecções urinárias aos alunos da 12ªclasses Biologia e
Química.

1.4 – Objectivos do tema

a) - Objectivo geral

 Propor acções educativas para a prevenção das infecções urinárias aos alunos da 12ª
classe Biologia e Química da Escola de Magistério Daniel Vemba, Mbanza
Kongo/Zaire.
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b) – Objectivos Específicos

1º Fundamentar teoricamente os pressupostos que sustentam o tema, sobre a prevenção das


infecções urinárias.

2º Diagnosticar o nível de conhecimentos dos alunos da 12ª classe Biologia e Química da


Escola de Magistério Daniel Vemba, Mbanza Kongo/Zaire, sobre a prevenção das infecções
urinárias.

3º Elaborar propostas de acções educativas para prevenção de infecções urinárias aos alunos
da 12ª classe Biologia e Química da Escola de Magistério Daniel Vemba, Mbanza
Kongo/Zaire.

1.5 - Limitação e delimitação do tema

Limitamos o nosso tema sobre a prevenção de infecções urinárias e delimitamos aos alunos da
12ª classe Biologia e Química da Escola de Magistério Daniel Vemba, Mbanza Kongo/Zaire.

1.6 – Relevância teórico-prática do assunto

A relevância teórica deste trabalho será uma obra de consulta para todos indivíduos
interessados em aprofundar os seus conhecimentos sobre a prevenção das infecções urinárias.

O contributo prático radica na elaboração de propostas de acções educativas para prevenção


das infecções urinárias.

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CAPÍTULO II: FUNDAMENTAÇÃO TEORICA

2.1- Definição de termos e conceitos

 Educação: é a acção que se desenvolve sobre as pessoas que formam a sociedade, a


fim de capacitá-las de maneira integral, consciente, eficiente e eficaz, que lhes permita
formar um valor dos conteúdos adquiridos, significando-os em vínculo directo com
seu quotidiano (Calleja, 2008).

 Educação para saúde: é uma das actividades realizadas por profissionais com o
objectivo de promover a saúde (Stanhope & Lancaster, 2011 citado por Durão 2014).

 Sistema urinário: é um conjunto de órgãos situados na cavidade abdominal que


filtram o sangue e eliminam os produtos tóxicos e os produtos em excesso (Miguel,
2010).

 Doenças: do latim dolentĭa = sentir dor. É a alteração do estado de saúde de um ser,


que se manifesta por sinais ou sintomas, que podem ser perceptíveis ou não (Porto
editora, 2021).

 Infecções urinárias: referem-se a multiplicação bacteriana em qualquer segmento do


aparelho urinário (Mota, 2011).

 Prevenção: refere-se a uma acção antecipada e focada em medidas com o intuito de


evitar o surgimento de uma determinada doença (Meireles, 2006 citado por Brito,
2010).

2.2 - Sistema urinário

O sistema urinário é um conjunto de órgãos que filtram o sangue, produzem e excretam a


urina que é o principal líquido de excreção do organismo contribuindo deste modo para a
manutenção da homeostase (Câmara, 2014; Montanari, 2016).

Estrutura do sistema urinário: este sistema é constituído por dois (2) rins, dois (2) ureteres,
bexiga urinária e uretra.

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Figura 1: Constituição do sistema urinário. Fonte: Adaptado em Mattos (2019) disponível em https://anatomia-
papel-e-caneta.com/sistema-urinário/.

2.2.1 - Rins

Para Oliveira e Neto (2015), os rins são órgãos que desempenham duas funções primordiais
no organismo: eliminação de produtos finais do metabolismo orgânico (ureia, creatinina e
ácido úrico) e o controle das concentrações de água e da maioria dos electrólitos e solutos
dissolvidos líquidos do organismo (como sódio, potássio, cloro, bicarbonato e fosfatos).

São também órgãos responsáveis pela regulação do meio interno, excreção de resíduos e de
toxinas exógenas, controle da pressão arterial, produção de hormônios e outras substâncias e
pelo metabolismo de substâncias (Kayser, s.d.).

O rim é um órgão abdominal de cor marrom-avermelhada, cujo formato lembra o feijão e que
apresenta duas (2) partes principais: o córtex e a medula. O córtex é a região mais externa do
rim, possui estruturas vasculares, os corpúsculos renais. A medula é a região central situada
internamente ao córtex. É nela onde se encontram as alças de Henle, os vasos, os ductos
coletores, as pirâmides renais, cálices e pelve renal. As papilas se localizam no vértice de cada
pirâmide e são envolvidas por estruturas em forma de taça denominados cálices renais
menores. Estes últimos, por sua vez, drenam para os cálices renais maiores. A junção dos
cálices renais forma a pelve renal. A pelve renal após atravessar o hilo passa a denominar-se
uréter (Amabis & Martho, 2004; Corrêa, 2011; Montanari, 2016).

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Figura 2: Rim e suas partes. Fonte: Mattos (2019) disponível em https://anatomia-papel-e-caneta.com/sistema-
urinário/

A unidade funcional dos rins é o túbulo urinífero, composto pelo néfron e pelo tubo coletor. O
néfron é constituído por: corpúsculo renal (ou de Malpighi) e túbulo néfrico que apresenta três
regiões distintas: túbulo proximal ou túbulo contorcido proximal, alça de Henle ou túbulo
recto e túbulo distal ou túbulo contorcido distal.

O corpúsculo renal é constituído por glomérulo (do latim glomerulus, pequena bola), um
enovelamento de capilares, e a cápsula de Bowman ou cápsula renal. O corpúsculo renal
apresenta um polo vascular, pelo qual entra a arteríola aferente, que origina os capilares do
glomérulo, e sai a arteríola eferente, resultante desses capilares, e um polo urinário, por onde
sai o filtrado. Vários néfrons desembocam em um tubo coletor (Amabis & Martho, 2004;
Montanari, 2016).

Cada rim é formado de tecido conjuntivo, que sustenta e dá forma ao órgão, e por milhares ou
milhões de unidades filtradoras chamadas néfrons.

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Figura 3: Túbulo urinífero. Fonte: Mattos (2019) disponível em https://anatomia-papel-e-caneta.com/sistema-
urinário/

2.2.2 - Ureteres

Após a filtração do sangue, a reabsorção de diversas substâncias e a respectiva secreção das


mesmas nos néfrons, as substâncias restantes as quais formam o excreto chamado urina, são
conduzidos dos tubos colectores para cálices menores que se encontrem logo após aos ápices
de pirâmides (papila), dos cálices menores, a urina passa para aos cálices maiores a seguir
para a pelve renal e logo depois chega aos ureteres.

Os ureteres são ductos musculares que partem das pelves renais, são responsáveis por
conduzir a urina formada até a bexiga urinária. Os ureteres apresentam duas porções
(abdominal e pélvica), e a urina é conduzida à bexiga através do peristaltismo (Coutinho,
2017; Jesus & Silveira, 2019).

2.2.3 - Bexiga

A bexiga urinária é um órgão muscular em forma de bolsa que funciona como um reservatório
de urina até que esta seja eliminada. Quando cheia, a bexiga pode conter mais de ¼ de litro
(250 ml) de urina, que é eliminada periodicamente através da uretra. Para que essas funções
ocorram adequadamente, é necessário que a musculatura lisa vesical (detrusor) relaxe e haja
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aumento coordenado do tônus esfincteriano uretral durante a fase de enchimento da bexiga e o
oposto durante a micção. A região da bexiga urinária é delimitada pelos dois óstios que
recebem os ureteres e o óstio interno da uretra. (Câmara, 2014; Gomes & Hisano, 2010).

2.2.4 - Uretra

A uretra é o canal que liga a bexiga ao meio externa, possibilitando a expulsão da urina do
organismo. Ela termina em um orifício chamado meato urinário.

Apresenta dois esfíncteres: o esfíncter interno da uretra e o esfíncter externo da uretra. O


primeiro localiza-se no início da uretra, sua contração é involuntária e impede a saída da urina
da bexiga. O segundo apresenta contração voluntária, portanto, é responsável pelo controle
voluntário da micção até um certo limite.

No homem, a uretra é longa (aproximadamente 20cm) e passa através da próstata entra no


pênis e, além da urina, transporta o sêmen para o meio externo. Na mulher, a uretra é curta
(aproximadamente 3 a 5 cm) e serve apenas para excreção da urina. A uretra masculina possui
um esfíncter musculoso que controla a passagem da urina e do sémen (Correa, 2011;
Montanari, 2016).

2.3 - Doenças do sistema urinário

São doenças que afectam o sistema urinário. Para além das infecções urinárias, o sistema
urinário também pode ter outras doenças como: insuficiência renal, cálculos renais, câncer de
bexiga, câncer de rim entre outras.

 Insuficiência renal: é a incapacidade dos rins em remover os produtos de degradação


metabólica do corpo ou de realizar as funções reguladoras. As substâncias
normalmente eliminadas na urina acumulam-se nos líquidos corporais em
consequência da excreção renal comprometida, e levam a uma ruptura nas funções
endócrinas e metabólicas, bem como os distúrbios de hidroeletróliticos e ácido-
básicos.

A insuficiência renal é uma doença sistémica e pode agravar-se para a insuficiência renal
aguda (IRA) que é a redução aguda da função renal em horas ou dias. Refere-se,
principalmente, diminuição do ritmo de filtração glomerular, porém ocorrem também
disfunções no controle do equilíbrio hidroeletrolitico e ácido-básico, ou para insuficiência

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renal crónica (IRC) refere-se a um diagnóstico sindrómico de perda progressiva e geralmente
irreversível da função renal de filtração glomerular, tubular e endócrina (Ribeiro et all., 2007).

 Cálculos renais: é uma massa sólida formada por pequenos cristais, que podem ser
encontrados nos rins ou noutra parte do sistema urinário. Também é conhecido como
pedras nos rins ou litiase.
 Câncer de rim: é um tipo de câncer que afecta células renais, essas células sofrem
mutações em seu DNA, e passam a crescer e se multiplicar rapidamente. Se não for
tratado com antecedência pode causar mais complicação.
 Câncer de bexiga: é um tipo de câncer que afecta as células que revestem a bexiga.

2.3.1 - Infecções urinárias

As infecções urinárias definem-se como a presença, crescimento e multiplicação de


microrganismos no sistema urinário, causando inflamação com o aparecimento de sinais e
sintomas (Nicolle, 2002 citado por González, 2018).

Infecção urinária é a presença anormal de patogênicos em alguma região do sistema urinário.


Algumas pessoas, especialmente mulheres, podem apresentar bactérias no sistema urinário e
não desenvolverem infecção urinária, chamadas de bacteriúria assintomática.

Os microrganismos que afectam o sistema urinário

A B C

Figura 4: A. Trichomonas vaginalis, B. Candida albicans, C. Escherichia coli. Lowa (2020).

A infecção urinária pode ainda ser definida como a colonização ou invasão microbiana de
estruturas do sistema urinário, abrangendo desde a uretra até os rins.

As vias que os micro-organismos utilizam para atingir o sistema urinário são:

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 A via ascendente, que é a mais comum, em especial nas mulheres devido à uretra
curta, isto é, ter origem na bexiga urinária e ascender pelos ureteres até os rins;
 A via hematogênica, tendo as infecções sistémicas como um importante meio de
infecção renal, na qual, em decorrência da alta vascularização do rim, pode ser
afectado em qualquer infecção sistémica;
 A via linfática, que é uma via pouco frequente de infecção (Costa, 2010 citado em
Imada, 2017; Salzani et all., 2019).

Caracterizam-se pela presença de microrganismos nas vias urinárias, habitualmente, bactérias,


a flora normal da área peri-uretral é substituída por bactérias uro-patogênicas, que ascendem
pelo sistema urinário.

A infecção ocorre devido a factores ligados à virulência da bactéria e suscetibilidade do


hospedeiro, que permitem melhor aderência e colonização dos microrganismos. Infecções por
fungos são incomuns, e costumam acometer pacientes imunossuprimidos, principalmente
transplantados e portadores da Síndrome da Imunodeficiência Adquirida. Raramente, ocorrem
infecções por vírus, ou mesmo acometimento do sistema urinário na esquistossomose.
(Haddad & Fernandes, 2018; Neto, 2003).

2.3.1.1 - Epidemiologia

Anualmente, estima-se que ocorram em todo o mundo cerca de 150 milhões de episódios de
infecção urinária, envolvendo gastos na ordem dos 6 biliões de dólares. A infecção urinária é
responsável por 15% dos antibióticos prescritos em ambulatório e estima-se que os custos
anuais relacionados com infecções urinárias rondem os 1600 milhões de dólares. As infecções
urinárias, a seguir às infecções respiratórias, são as mais frequentes na comunidade.

A incidência de infecção urinária é de 80% a 90% em mulheres, é mais prevalente na idade


reprodutiva e nas mulheres que estão na menopausa, devido à queda do estrogênio e de
alterações no tipo e quantidade de micro-organismos que protegem a vagina.

A infecção urinária pode ocorrer em ambos os sexos e tem prevalência variada, de acordo
com a faixa etária e as situações individuais em relação à idade e ao sexo. Variações
epidemiológicas acontecem em decorrência de vários factores: flora bacteriana habitual de
áreas anatómicas específicas, factores antibacterianos e iatrogênicos (sondagens) e doenças
associadas congênitas e adquiridas (diabetes) (Figueiredo, 2010).

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Durante o período neonatal, a incidência de infecção urinária é ligeiramente superior em
crianças do sexo masculino devido à maior ocorrência de anomalias congénitas do sistema
urinário que podem provocar, entre outras condições, refluxo vesical. A partir deste período,
durante toda a infância e principalmente na fase pré-escolar, as meninas são acometidas por
infecções urinárias de 10 a 20 vezes mais do que os meninos.

Entre 1 ano e aproximadamente os 50 anos de idade, as infecções urinárias são patologias


predominantemente femininas.

Na mulher, a susceptibilidade à infecções urinárias se deve à uretra mais curta e a maior


proximidade do ânus com o vestíbulo vaginal e uretra. Estima-se que uma em cada duas
mulheres tenha, pelo menos, uma infecção urinária e, pelo menos, uma recidiva em 12 a 18
meses. No sexo feminino, uma grande proporção terá apresentado um episódio de cistite antes
dos 40 anos e entre 50 e 80% das mulheres em fase de pré-menopausa, terá tido, pelo menos,
um episódio de infecção urinária ao longo da vida e destas 90%, será uma cistite. Até aos 24
anos, aproximadamente uma em cada 3 mulheres desenvolve um episódio de infecção
urinária. Em relação à recorrência, cerca de 20 a 30% das mulheres que têm uma infecção
urinária desenvolvem episódios recorrentes. A probabilidade de recorrência diminui com o
aumento do tempo desde a última infecção. O pico de incidência de infecções não
complicadas do sistema urinário inferior em mulheres observa-se entre os 18 e os 39 anos
(coincidindo com a idade de máxima actividade sexual na mulher).

Na gravidez, as infecções urinárias representam as infecções bacterianas mais frequentes,


complicando cerca de 20% das gestações e sendo responsáveis por 10% dos internamentos.
Ainda em relação ao sexo feminino, durante a gestação, ocorrem modificações anatómicas e
funcionais do sistema urinário que resultam em maior incidência de bacteriúria, de 4 a 7%,
como também maior gravidade e risco de pielonefrite. Essas complicações são mais
frequentes no terceiro trimestre da gravidez e o melhor período para verificação de possível
bacteriúria é na 16ª semana (Vidal, 2015; Figueiredo, 2010).

No homem adulto, a contaminação é inferior em virtude do comprimento uretral, ao maior


fluxo urinário e também devido à secreção prostática de factores antibacterianos que
protegem de algumas invasões patogénicas.

As taxas de infecções urinárias em homens são superiores nos homossexuais (masculinos),


estando relacionadas com a prática mais frequente de sexo anal não protegido e também nos
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indivíduos com prepúcio intacto. Nos indivíduos com diabetes ocorre um aumento de risco
para infecções urinárias, especialmente nos casos de recorrência, prejudicando a qualidade de
vida desses pacientes e aumentando as complicações no tratamento

Após os 50 anos, a obstrução urinária decorrente de hipertrofia prostática torna-se comum no


homem elevando a incidência de infecção urinária para níveis quase tão elevados como na
mulher (Salzani et all., 2019).

Figura 5: Semana Mundial dos rins; Infecção urinária é mais comum em mulheres. Adaptado de Campello
(2020). https://www.google.com/search?q=mapa+epidemiologico+da+infec%C3%A7%C3%A3o+urinaria+mun
dial&tbm=isch&client=a

2.3.1.2 Causas

Segundo Bezerra (2021), as infecções urinárias são normalmente causadas por:

 Alterações no equilíbrio da microbiota


As alterações no equilíbrio da microbiota da região genital, favorecem o desenvolvimento de
microrganismos e levam ao aparecimento de sinais e sintomas de infecção urinária, como dor
e ardor ao urinar, vontade frequente de urinar, mas em pouca quantidade e urina turva.
 Higiene íntima incorreta

Um dos locais que possui mais bactérias capazes de causar uma infecção urinária é o
intestino, por isso, para limpar a região íntima deve-se sempre passar o papel higiênico da
frente para trás, evitando trazer bactérias que estejam na região do ânus, especialmente após
utilizar a casa de banho. Embora esta seja uma das maiores causas da infecção urinária nas

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mulheres, também pode acontecer no homem, especialmente durante o banho, quando se lava
primeiro a região dos glúteos antes do pênis, por exemplo.

 Segurar urina (xixi) por muito tempo

Além de permitir eliminar o excesso de líquidos e toxinas do corpo, a urina ajuda a limpar as
paredes da uretra, eliminando bactérias que podem estar subindo até a bexiga. Por isso,
segurar a urina impede que esse processo de limpeza natural aconteça, facilitando o
desenvolvimento de bactérias.

Além disso, quando se acumula muita urina, a bexiga fica mais dilatada e não consegue
contrair completamente quando finalmente se utiliza o banheiro. Quando isso acontece, um
pouco de urina pode ficar ainda dentro da bexiga, aumentando o risco de crescimento dos
microrganismos e desenvolvimento da infecção.

 Beber pouca água durante o dia

Beber pouca água, durante o dia, também pode ter o mesmo efeito negativo para o organismo.
Isso acontece porque o corpo deixa de produzir urina suficiente para se utilizar a casa de
banho várias vezes durante o dia, permitindo que os microrganismos que seriam eliminadas
pela urina continuem subindo até à bexiga.

Assim, é aconselhado que se beba, pelo menos, cerca de 2 litros de água por dia para manter o
sistema urinário saudável.

 Utilizar absorventes (pensos higiénicos) por muito tempo

Os absorventes internos, assim como os protetores de calcinha, são uma ótima forma de
manter a higiene durante o período menstrual. No entanto, quando ficam sujos facilitam o
desenvolvimento de bactérias que podem chegar até ao sistema urinário, provocando a
infecção urinária.

Para evitar este problema, deve-se substituir o absorvente ou o protetor frequentemente,


preferencialmente a cada 4 horas ou quando já estão sujos, fazendo-se lavagem da região
antes de trocar.

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 Ter pedras nos rins

Pessoas com pedras nos rins, normalmente, apresentam crises de infecção urinária frequentes,
pois a presença das pedras pode fazer com que as vias urinárias fiquem mais entupidas e, por
isso, a urina não pode ser completamente eliminada. Quando isso acontece, as bactérias que
podem estar crescendo na urina, dentro da bexiga, têm mais tempo para se desenvolver e
causar uma infecção.

Muitas vezes esta infecção passa despercebida e o corpo consegue combatê-la naturalmente,


mas quando surgem sintomas de dor ou ardor ao urinar, por exemplo, é necessário procurar
um clínico geral ou urologista e iniciar o tratamento adequado, que pode ser feito com
antibióticos ou antifúngicos.

2.3.1.3 - Classificação das infecções urinárias

A infecção urinária não é contagiosa e por isso não tem como uma pessoa passar para outra,
seja pelo uso de casa de banhos públicos ou durante a relação sexual. No entanto, a relação
sexual pode facilitar o seu desenvolvimento, especialmente quando existe contato com o látex
da camisinha, espermicidas ou brinquedos sexuais que podem alterar a flora vaginal, fazendo
com que as bactérias que causam a infecção urinária possam se multiplicar mais facilmente.
Depende do local da infecção:

a) Pielonefrite

Pielonefrite: é a inflamação que ocorre nos rins, podendo causar lesão permanente (cicatriz
renal pielonefrítica), hipertensão arterial alta ou mesmo insuficiência renal crónica. É a
progressão da cistite, se estendendo aos ureteres, à pélvis e ao parênquima renal (Hooton,
2000 citado em Matos, 2012).

Maior parte dos casos de pielonefrites, são causadas pela bactéria Escherichia coli, que entra
no organismo pela uretra, segue para bexiga e posteriormente chega aos rins, causando danos
ao funcionamento de todo o corpo. A pielonefrite também pode ser causada por outras
bactérias como: Proteus, Klebsiella, Enterobacter, Pseudomonas e Staphylococcus aureus.
Diferente dos outros agentes infecciosos citados, a Staphylococcus aureus é uma bactéria
oriunda de infecções em outros órgãos. Ela pode se espalhar pela corrente sanguínea o que
pode causar a sepse ou infecção generalizada (Renal quality, 2019).

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Tipos de pielonefrite

A pielonefrite pode ser classificada em dois tipos principais de acordo com a forma como se
desenvolve:

 Pielonefrite aguda: quando a infecção surge de forma repentina e intensa,


desaparecendo ao fim de algumas semanas ou dias e comprometendo o funcionamento
do rim, que pode ser reversível desde que o tratamento seja realizado corretamente;

 Pielonefrite crónica: que é caracterizada por infecções bacterianas recorrentes e que


não foram bem curadas, provocando inflamação prolongada e progressiva no rim e
lesões graves que podem levar a insuficiência renal e, posteriormente, falência dos
rins.

Assim, na presença de sinais e sintomas indicativos de pielonefrite, é importante que o


urologista seja consultado para que sejam feitos exames que ajudem a confirmar o diagnóstico
e identificar o microrganismo responsável pela infecção.

Sinais e sintomas da Pielonefrite

Quando afecta o sistema urinário superior, pielonefrite, os sinas e sintomas são:

 Sensação de queimação ou ardência à micção;


 Urgência miccional;
 Maior frequência urinária com volume de urina reduzido;
 Dor suprapúbica ou pélvica;
 Vômito e náuseas e mal-estar;
 Alteração da coloração, odor e aspecto da urina (hematúria e piúria).
 Febre elevada (>38ºC) e calafrios;
 Dor lombar uni ou bilateral.

Febre, calafrios dor lombar uni ou bilateral formam a tríade de sintomas característicos da
pielonefrite, presentes na maioria dos casos, excepto em imunodeprimidos (Alencar, 2011;
Costa et all., 2019).

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Diagnóstico da pielonefrite

O diagnóstico da pielonefrite é feito pelo urologista ou ginecolista por meio da avaliação dos
sintomas apresentados pela pessoa, exame físico e resultado de exame de urina para
identificar a presença de sangue, leucócitos e bactérias na urina. Além disso, em alguns casos
o médico pode indicar a realização de exames de imagem como raio-X e ultrassom. A
urocultura também pode ser solicitada pelo médico com o objetivo de identificar qual o
agente causador da pielonefrite e estabelecer a melhor linha de tratamento (Hinrichsen, 2021).

Prevenção da pielonefrite

A prevenção da pielonefrite é baseada na higiene íntima, hábitos de micção, uso de


preservativos e na ingestão adequada de líquidos.

b) Cistite

Cistete: é a inflamação do uroepitélio da bexiga, sem afectar o parênquima renal. A cistite


geralmente é acompanhada da inflamação da uretra (uretrite).

A cistite é uma infecção que tem como principal agente patógeno a Escherichia coli que é
uma bactéria entérica ao ascender para uretra e posteriormente para bexiga levando ao
aparecimento de sinais e sintomas que podem progredir para casos mais complicados. Devido
ao pouco cumprimento da uretra, a cistite é muito frequente nas mulheres.

Sinais e sintomas da cistite

A cistite apresenta habitualmente os seguintes sinais e sintomas:

 Sensação de queimação ou ardência à micção;


 Urgência miccional;
 Maior frequência urinária com volume de urina reduzido;
 Dor suprapúbica ou pélvica;
 Alteração da coloração, odor e aspecto da urina (hematúria e piúria).

Os sinais e sintomas na criança dependem principalmente da idade do paciente. Crianças


menores apresentam sinais e sintomas menos específicos. Febre é o sintoma mais frequente
no lactente. A incidência de pielonefrite é maior em crianças menores de um ano e diminui
gradativamente quando se aproxima da idade escolar podendo, porém, ocorrer em qualquer

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idade. Outros sinais e sintomas que nesta faixa etária devem ser levados em conta são:
irritabilidade, recusa alimentar, icterícia, distensão abdominal e baixo ganho ponderal.

Após os dois anos de idade aparecem sintomas mais relacionados ao trato urinário inferior tais
como: ardência ao urinar, maior frequência urinária com volume de urina reduzido, urge-
incontinência e saída involuntária da urina durante a noite. Importante observar que estes
quadros pois, podem evoluir para pielonefrite. No indivíduo idoso é comum dor abdominal ou
distúrbio de comportamento na infecção urinária. Em algumas situações, observam-se
infecções urinárias graves, em que a sintomatologia pode não refletir a gravidade clínica,
como em crianças até dois anos de idade, gestantes e idosos por isso, é necessário consultar o
médico ao notar alguns sinais e sintomas. (Bresolin, 2016; Figueiredo, 2010; Heilberg &
Schor, 2003).

Tipos de cistites

 Cistite bacteriana (aguda) é causada quando bactérias entram no sistema urinário e se


instalam na bexiga;
 Cistite fúngica;
 Cistite intersticial (crônica);
 Cistite eosinofílica;
 Cistite por radiação;
 Cistite hemorrágica;
 Cistite glandular;
 Cistite infecciosas.

Diagnóstico da cistite

O diagnóstico da cistite é feito pelos mesmos especialistas que diagnosticam a uretrite


começando por ouvir o histórico do paciente descrevendo os sintomas, estes que serão
avaliados, a seguir o médico solicita um exame de urina, caso seja necessário também pode se
fazer exame de urocultura para identificar a espécie do microrganismo causadora da cistite, no
entanto também pode se realizar ultrassom da bexiga para verificar inflamação na bexiga.

Prevenção da cistite

A prevenção da cistite para além de hábitos miccionais e o uso de preservativo, também é


feita através da higiene íntima e da ingestão adequada de líquido
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 Higiene íntima

Como já referimos, na idade adulta, os casos de infecções urinárias nos homens são raros.
Para as mulheres, devido a questões anatómicas, a higiene íntima deve ser constante e bem
cuidada para evitar a ascensão do material anal para vulva (Caproni, 2021).

c) Uretrite

Uretrite: é a inflamação da uretra. No homem a uretrite adquire-se por transmissão sexual


enquanto na mulher é clinicamente indistinguível da cistite.

Quando se trata de infecção urinária, a uretrite é causada maioritariamente pela bactéria


Escherichia coli. Entretanto a uretrite também pode ser causada por Chlamydia trachomatis,
Candida albicans, entre outros.

Existem 2 tipos principais de uretrite:

 Uretrite gonocócica: surge por infecção com a bactéria Neisseria gonorrhoeae,


responsável pela gonorreia e, por isso, existe risco de também ter gonorreia;

 Uretrite não-gonocócica: é causada pela infecção por outras bactérias, como


a Chlamydia trachomatis ou E. coli, por exemplo.

Dependendo da sua causa, os sintomas podem variar e, da mesma forma, o tratamento


também deve ser feito de forma diferente, para garantir a cura. Assim, sempre que surgem
sintomas de problemas urinários deve-se consultar o ginecologista ou o urologista para iniciar
o tratamento adequado.

Principais sintomas

Os sintomas da uretrite gonocócica incluem:

 Corrimento amarelo-esverdeado, em grande quantidade, purulento e com mau


cheiro proveniente da uretra;

 Dificuldade e ardor em urinar;


 Vontade de urinar frequente com pouca quantidade de urina.

28
Os sintomas da uretrite não-gonocócica incluem:

 Pouco corrimento esbranquiçado, que se acumula após urinar;


 Ardor ao urinar e coceira no pênis;
 Coceira na uretra;
 Discreta dificuldade em urinar.

Geralmente a uretrite não-gonocócica é assintomática, isto é, não gera sintomas, o que pode
levar a determinadas complicações pela falta de tratamento adequado.

Diagnóstico da uretrite

O diagnóstico clínico da uretrite é feito por um especialista (urologista, ginecologista ou


infectologista), através da observação dos sintomas seguido de uma solicitação de exames de
laboratório para determinar e confirmar qual é o microrganismo responsável pela uretrite,
ajudando assim na selecção da medicação adequada a ser administrada (Imam, 2020)

Prevenção da uretrite

 Hábitos de micção: urinar em intervalos de 2 a 3 horas e urinar sempre antes de


deitar (ir dormir) ou após relação sexual;
 Uso de preservativos: é mais recomendado aos homens já que evita o contacto
entre o material genital feminino e a uretra masculina.

d) Vulvite e Vulvovaginite

São inflamações da parte externa do órgão genital feminino (chamada vulva). A vulvite é a
irritação da vulva, e a vulvovaginite, da vulva e da vagina.

Principais causas

A vulvovaginite pode acontecer como consequência de diversas situações, sendo as


principais:

 Excesso de fungos, como candidíase;

 Infecção por vírus ou bactérias; Clamídia;

 Falta de higiene ou uso de roupa íntima muito apertada;

29
 Uso de produtos alergênicos, como cuecas de tecido sintético, amaciantes, papel
higiênico colorido ou perfumado, sabonetes perfumados, e também pelo hábito
diário, como o uso do chuveirinho como ducha vaginal;

 Infecção por parasitas-protozoários, como o Trichomonas vaginalis;

 Alterações hormonais;

 As mulheres grávidas podem desenvolver vulvites crônicas após o parto, devido a


sua sensibilidade com determinados produtos químicos, o látex da camisinha,
tampões vaginais e sabonetes íntimos. A imunidade baixa propicia o
desenvolvimento das infecções anais, o que pode provocar o desbalanço da flora
vaginal e favorecer a inflamação.

Além disso, algumas mulheres também podem desenvolver vulvovaginite devido a


hipersensibilidade a algumas substâncias químicas como parabenos ou sulfato de sódio que
estão presentes em sabonetes, detergentes para roupa ou cremes. Nestes casos, os sintomas
surgem pouco tempo após usar o produto e melhoram quando a região é lavada com água
morna e um sabonete íntimo adequado (Sedicias, 2021).

A vagina é um órgão autolimpante, isto é, faz a sua devida limpeza, ao fazer a higiene íntima
feminina, deve se evitar introduzir o dedo ou outros produtos no interior da vagina, o foco da
limpeza deve ser a vulva e a região perianal. As duchas vaginas não são aconselhadas excepto
sob recomendação médica.

Para a higienização, é aconselhável o uso de água corrente pois favorece a remoção mecânica
das secreções e de produtos específicos de higiene íntima.

Na vulva os movimentos devem ser circulares e leves, a limpeza deve ser feita da vulva para o
ânus ou ainda de cima para baixo, com os dedos na horizontal para que não haja contacto do
material anal com o genital. Após a lavagem, deve se secar cuidadosamente as partes lavadas
com toalhas de algodão secas e limpas que não agridam a região.

De modo geral, a frequência diária de higienização depende do clima, deste modo, no clima
quente deve se lavar pelo menos três vezes por dia e no clima frio apenas uma vez por dia.
Nos casos em que a rotina não permite o asseio constante, aconselha-se a limpeza com lenços
humedecidos e mudança de roupa íntima para que restos de papel e sujeiras orgânicas não

30
fiquem acumulados na vulva. O tempo de higienização não deve ser superior a três minutos
para evitar o ressecamento. (Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e
Obstetrícia, 2009; Toledo, 2010).

Sintomas de vulvovaginite

Os sintomas de vulvovaginite surgem à medida que ocorre a inflamação da vulva e da vagina,


podendo ser bastante desconfortáveis, sendo os principais:

 Irritação e vermelhidão da região íntima;


 Coceira constante;
 Inchaço da região íntima;
 Corrimento com cheiro forte;
 Sangramento ligeiro na cueca;
 Desconforto ou queimação ao urinar.

Na presença de sinais e sintomas indicativos de vulvovaginite, é importante que o


ginecologista seja consultado para que possa ser feito o diagnóstico e iniciado o tratamento
mais adequado (Sedicias, 2021).

Prevenção

 Higiene íntima

Os produtos apropriados para a higiene genital feminino devem preferencialmente ser


hipoalérgicos, com pH ácido variando 4,2 a 5,6 e de formulação líquida, pois os produtos
sólidos, geralmente apresentam pH alcalino.

 Deve se evitar o uso de sabonetes comuns porque além do pH alcalino, também têm
maior probabilidade do uso compartilhado por outras pessoas do domicílio,
aumentando o risco de contaminação e a desestabilização da região.

 Após urinar, é aconselhável enxugar as gotículas restantes com um papel higiénico


sempre no sentido da frente para trás. E não repita. Se precisar de mais papel, pegue
um novo pedaço. Isso tudo para evitar a contaminação da vulva por resíduos
microscópicos de fezes. Também, após cada evacuação, além de limpar, deve lavar a
região genital. Para os homens também recomenda-se enxugar as gotículas restantes

31
com um papel higiénico para evitar que gotículas de urina causem humidade e
propicie a multiplicação de microrganismos.

 Após o acto sexual, deve-se lavar a área genital. Vale lembrar que espermicidas,
lubrificantes e preservativos podem provocar irritações, deixando a região genital
feminina vulnerável ao ataque de microrganismo. Para os homens, também devem
lavar sua genitália após a relação sexual para evitar a aderência e possível invasão dos
microrganismos à sua uretra.

 Após exercícios físicos, fazer a higiene dos genitais, logo após o término das
actividades físicas para evitar que o suor e outras secreções irritem a pele da vulva.
Para os exercícios, escolha roupas feitas com tecidos próprios para desporto, que
permitem a circulação de ar e evitam o abafamento que pode causar odores
indesejados.

 No período menstrual, a higiene deve ser feita com menor intervalo, para aumentar a
remoção mecânica dos resíduos e melhorar a ventilação genital com consequente
redução da humidade prolongada. Os absorventes devem ser trocados de acordo com o
fluxo menstrual de cada mulher, se for normal, devem ser trocados de quatro a quatro
horas e se forem intensos, devem ser trocados de hora em hora. Depois do uso, o
absorvente deve se colocar num saco e a seguir no balde de lixo. Deve se evitar o uso
de absorventes (diários), fora do período menstrual, excepto por indicação médica.

 Durante a gestação, há aumento de secreções vaginais e alterações de pH. É


aconselhável higienizar-se duas a três vezes por dia. No puerpério, maior frequência
da higienização é recomendada devido hipoestrogenismo, a constante loquiação e
maior sudorese, próprios do período puerperal.

 Na infância, os cuidados devem ser especiais, as fraldas devem ser trocadas


regularmente após urinar, a lavagem é necessária após cada evacuação, a secagem e o
uso de produtos para essa faixa etária é fundamental.

 Durante a menopausa, devido a menor espessura do epitélio, recomenda-se lavar, no


máximo, duas vezes ao dia, usando produtos com pH próximo ao fisiológico para
evitar maior ressecamento e consequente prurido.

32
 Quanto as roupas, as apertadas e/ou sintéticas impedem a circulação de ar na região, o
que gera aquecimento do local, propiciando a alteração de pH. Esses factores
associados podem levar a proliferação de fungos e/ou bactérias, além de poderem
gerar maus odores. As calcinhas, têm de ser de algodão, na praia, se o biquíni estiver
cheio de areia, deve se tira e deve se evitar ficar com roupa íntima molhada. Após a
lavagem, a calcinha deve se colocar a secar no sol e passar o ferro antes de usá-la.
(Federação Brasileira das Associações de Ginecologia e Obstetrícia, 2009; Toledo,
2010).

 Ingestão adequada de líquidos.

A água é um constituinte essencial do corpo humano. É um nutriente que actua no controle da


temperatura corporal, no transporte de nutrientes e na eliminação de substâncias não utilizadas
pelo organismo, e ainda participa activamente dos processos digestivos, respiratório,
cardiovascular e renal (Philippi, 2008 citado em Carvalho & Zanardo, 2010).

A quantidade de água necessária para o bom funcionamento do organismo é variável,


considerando que essa pode ser afectada pelo clima, roupas, actividades físicas ou outros
factores. A ingestão adequada de água para adultos, o Institute of Medicine (IOM),
recomenda 3,7 L / dia para homens e 2,7 L para mulheres. O volume total ingerido é obtido
pela ingestão de água (81%) mais aquela contida nos alimentos (19%).

O IOM recomenda que haja um aumento no consumo em torno de 0,3 L por dia para
gestantes e 1,1 L por dia para mulheres em amamentação (Azevedo et all., 2016; Pereira et
all., 2017).

2.4 - Factores de risco para as infecções urinárias

Para Heilberg e Schor (2003) e Matos (2012), existem diversos factores que participam na
ocorrência de infecção urinária:

 Obstrução do trato urinário: a obstrução à passagem da urina e a estase urinária,


facilita a proliferação bacteriana e a distensão vesical diminui a capacidade bactericida
da mucosa.
 Refluxo vésico-ureteral: o fluxo retrógrado, de urina da bexiga para uréter e pelves
renal causada pela constrição inadequada durante a contracção do detrusor enquanto
ocorre a micção propícia a proliferação das bactérias.
33
 Gravidez: durante a gravidez, ocorrem algumas mudanças anatómicas e fisiológicas.
Observa-se a prevalência de bacteriúria assintomática e quando não tratadas, evoluem
para infecção sintomática, inclusive a pielonefrite, devido a dilatação do uréter e pelve
renal facilitando o refluxo. A infecção urinária em gravidez se associa ao maior índice
de prematuridade, baixo peso, mortalidade perinatal e materna.
 Crianças não circuncidadas: em crianças com menos de um ano e não circuncidadas,
são susceptíveis a colonização por microrganismos no prepúcio, somado ao sistema
imune imaturo, facilita a proliferação dos mesmos e a presença de infecção urinária.
 Cateterização urinária: no paciente cateterizado, os microrganismos podem chegar a
bexiga no momento da inserção do cateter ou durante a manutenção do mesmo, e isto
predispõe à bacteriúria.
 Diabetes Mellitus: as alterações nos mecanismos de defesa do hospedeiro diabético,
propicia complicações decorrentes.
 Relação Sexual: a troca frequente de parceiros sexuais e a prática frequente de
relações sexuais, propicia a bacteriúria pós-coito (cistite de lua de mel).
 Métodos contraceptivos: o uso do diafragma pode causar uma discreta obstrução
uretral que não aumenta o risco para infecções mas quando associado com a geleia
espermicida, ocorrem alterações do pH e da flora vaginal que podem favorecer a
ascendência de microrganismos no sistema urinário. Preservativos que contêm
espermicidas também propiciam infecções urinárias.
 Menopausa: a redução ou falta do estrogéneo aumenta o risco de infecção urinária
devido a redução de glicogénio, ausência de lactobacilos e elevação do pH vaginal. A
colonização vaginal por microrganismo facilita a sua ascendência para o sistema
urinário.
 Prostatismo: obstrução ao fluxo urinário causada pela a hipertrofia prostática e a
necessidade frequente de cateterização urinária, facilitam a ocorrência de infecção
urinária.
 Idade avançada: a infecção urinária é recorrente nesta faixa etária em ambos os sexos
devido a presença de patologias como diabetes, acidentes vasculares cerebrais,
demência, alterações a resposta imune e hospitalização e instrumentação frequente. Na
mulher idosa, essas patologias associam-se à menopausa e no homem idoso associam-
se a doença prostáticas.

34
 Transplante Renal: os pacientes que sofrem transplante renal são susceptíveis a
infecções urinárias através de agentes infecciosos adquiridos a partir do doador,
cateterização, ambiente hospitalar, ferida cirúrgica ou ainda devido a microrganismos
que se reactivam com o uso de drogas imunossupressores.

35
CAPITULO III: METODOLOGIAS, APRESENTAÇÃO, ANÁLISE E
TRATAMENTO DOS RESULTADOS

3.1 - Tipo e modelo da pesquisa

Trata-se de estudo descritivo-exploratório, baseado na recolha de opiniões dos professores e


alunos da 12ª classe Biologia e Química da Escola de Magistério Daniel Vemba de Mbanza
Kongo/Zaire sobre a prevenção das infecções urinárias. O modelo de pesquisa é quantitativo e
qualitativo.

3.2 - População e Amostra

Tabela 1: Extracto da população e amostra em estudo

Extracto População Amostra Percentagem

Alunos 32 31 96,87%

Professores 2 2 100%

A população para o presente estudo é de 32 alunos da 12ª Classe do curso de Biologia e


Química e 2 professores de Biologia da Escola de Magistério Daniel Vemba de Mbanza
Kongo/Zaire. Desta população, seleccionamos de forma sistemática uma amostra de 31 alunos
que corresponde 96,87% e de forma intencional 2 professores que corresponde 100%.

3.3 - Caracterização do local da investigação

O estudo foi realizado na escola do IIº ciclo de ensino secundário Magistério Daniel Vemba,
localizada no bairro sagrada esperança na capital da província do Zaire, Mbanza Kongo. Esta
instituição de ensino existe desde 1983, de modo geral possui 13 salas de aulas com turmas de
10ª, 11ª, 12ª e 13ªclasse. É uma instituição constituída por um Director geral, subdirector
pedagógico, subdirector administrativo e ainda conta com a secretaria - geral. Funciona em
dois períodos, matinal e vespertino, possui uma totalidade de 81 professores dos quais 77
efectivos e 4 colaboradores, dos efectivos, 67 do sexo masculino e 10 do sexo feminino,
quanto aos colaboradores, são todos do sexo masculino. No presente ano lectivo 2021/2022,
foram matriculados 1394 alunos dos quais 896 do sexo masculino e 498 do sexo feminino.

36
Figura 6: Escola de Magistério Daniel Vemba. Fonte: Lukau, 2021.

3.4 – Métodos de investigação

Métodos teóricos

Pesquisa bibliografia: baseou-se na recolha de dados bibliográficos, utilizando as diferentes


obras publicadas sobre a prevenção de infecções urinárias;

Analítico-sintético: permitiu fazer um estudo detalhado das fontes sobre as infecções


urinárias.

Indutivo-dedutivo: ajudou a recolher as opiniões dos alunos e dos professores sobre os


diferentes assuntos relacionados com a infecção urinária como a definição, os agentes
etiológicos, os sintomas, a prevenção, entre outros. Estes factos foram estudados partindo das
considerações básicas dos alunos aos mais generalizados e vice-versa.

Histórico-Lógico: permitiu constituir o historial da escola Magistério Daniel Vemba de


Mbanza kongo, local onde decorreu a investigação.

Métodos práticos ou empíricos

Questionário de inquérito: ajudou a recolher as informações necessárias na elaboração do


presente trabalho, por meio das perguntas dirigidas aos alunos da 12ªclasse Biologia e
Química e professores de Biologia da Escola Magistério Daniel Vemba de Mbanza
Kongo/Zaire avaliando o nível de conhecimento dos alunos sobre as infecções urinárias.

37
Observação directa: ajudou na recolha de dados a partir do contacto directo com os sujeitos de
inquérito;

Métodos estatísticos

Análise percentual: permitiu a quantificação dos dados de pesquisa e a sua conversão em


percentagem.

3.5 - Análise e interpretação dos resultados

Resultados da amostra dos professores

Tabela 2: Distribuição da amostra dos professores em função das variáveis idade e sexo

Sexo Frequência
Idade
M F Fas Frs

38 1 0 1 50%

45 1 0 1 50%

Total 2 0 2 100%

Pelo que se pode constatar na tabela acima, a nossa amostra é de 2 professores dos quais um
de 38 anos correspondente a 50% sendo esta a idade mínima e outro de 45 anos
correspondente a 50% sendo esta a idade máxima.

Referentemente ao sexo, os dois professores inquiridos são do sexo masculino, o que


corresponde a 100%.

38
Tabela 3: Distribuição da amostra dos professores em função das variáveis habilitações literárias e

tempo de serviço

Habilitações Tempo de serviço Frequência

literárias 1 ano 2 anos 3 anos Mais de 3 anos Fas Frs

Técnico médio 0 0 0 0 0 0%

Licenciado 0 0 0 2 2 100%

Mestre 0 0 0 0 0 0%

Total 0 0 0 2 2 100%

Relativamente às habilitações literárias, os 2 professores inqueridos são licenciados,


correspondendo a 100%.

Quanto ao tempo de serviço, os 2 professores inqueridos já acumularam mais de 3 anos de


experiência profissional correspondendo a 100%.

Tabela 4: Distribuição da amostra dos professores em função das respostas a pergunta 1

Frequência
Pergunta 1 Resposta
Fas Frs

Já alguma vez abordou o tema sobre Sim 2 100%


infecções urinárias?
Não 0 0%

Total 2 100%

Pelo que se pode ver nesta tabela, os 2 professores, isto é, 100% já abordaram sobre infecções
urinárias.

39
Tabela 5: Distribuição da amostra dos professores em função das respostas a pergunta 2

Frequência
Pergunta 2 Resposta
Fas Frs

Definição 0 0%

Agentes etiológicos 0 0%
Na abordagem do tema
Prevenção 0 0%
falou sobre:
Todos acima citados 2 100%

Nunca abordei estes assuntos 0 0%

Total 2 100%

Na abordagem das infecções urinárias, os dois professores equivalentes a 100% têm destacado
sobre a definição, agentes etiológicos e prevenção.

Tabela 6: Distribuição da amostra dos professores em função das respostas a pergunta 3

Frequência
Pergunta 3 Resposta
Fas Frs

Ao leccionar tem planificado as suas Sim 2 100%


aulas sobre sistema urinário? Não 0 0%

Total 2 100%

A tabela 6 revela que os 2 professores, isto é, 100% ao leccionar têm planificado.

40
Tabela 7: Distribuição da amostra dos professores em função das respostas a pergunta 4

Frequência
Pergunta 4 Resposta
Fas Frs

Em relação a formulação dos objectivos 0 0%


Se sim, em que
Em relação a escolha de conteúdos 0 0%
tem encontrado
dificuldades? Em relação aos meios de ensino 2 100%

Em relação a metodologia/estratégias de ensino 0 0%

Total 2 100%

A tabela 7 mostra-nos que os 2 professores correspondentes a 100% têm encontrado


dificuldades em relação aos meios de ensino.

Tabela 8: Distribuição da amostra dos professores em função das respostas a pergunta 5

Frequência
Pergunta 5 Resposta
Fas Frs

Expositivo/ Explicativo 2 100%

Elaboração conjunta 0 0%
Assinale os métodos de
ensino que mais aplica Demonstrativo/ Ilustrativo 0 0%

Trabalho com o manual de


0 0%
biologia/Trabalho independente

Total 2 100%

Quanto aos métodos mais usados, 2 professores equivalentes a 100%, têm aplicado o
expositivo/explicativo.

41
Tabela 9: Distribuição da amostra dos professores em função das respostas a pergunta 6

Frequência
Pergunta 6 Resposta
Fas Frs

Gravuras em cartolina 2 100%


Ao leccionar quais os meios de
Quadro/ giz apagador 0 0%
ensino que utiliza
Modelos didácticos 0 0%

Total 2 100%

Pelo que se pode ver nesta tabela, os 2 professores, isto é, 100% têm usado gravuras em
cartolina como meios de ensino.

Tabela 10: Distribuição da amostra dos professores em função das respostas a pergunta 7

Frequência
Pergunta 7 Resposta
Fas Frs

Muito bom 0 0%

Como avalias os teus alunos? Bom 1 50%

Regular 1 50%

Medíocre 0 0%

Total 2 100%

Como descritos na tabela, 1 professor correspondente a 50% avalia os alunos como bons e 1
professor, equivalente a 50% avalia-os como regulares.

42
Tabela 11: Distribuição da amostra dos professores em função das respostas a pergunta 8

Frequência
Pergunta 8 Resposta
Fas Frs

Em relação aos temas sobre doenças tem Sim 2 100%


referido da educação para saúde? Não 0 0%

Total 2 100%

Relativamente a tabela 11, os 2 professores, isto é, 100% têm referido da educação para
saúde.

Tabela 12: Distribuição da amostra dos professores em função das respostas a pergunta 9

Frequência
Pergunta 9 Resposta
Fas Frs

Sobre a prevenção e as medidas tomadas para evitar a 1 50%


actuação dos agentes patológicos no organismo.
Se sim o
que realça Falamos sobre a limpeza dos quartos ou casas de banho, 1 50%
consumir muitos líquidos, tratamento de água antes de beber
ou banhar e se no caso de relações sexuais, é bom sempre o
uso de preservativo.

Total 2 100%

Dos 2 professores inquiridos sobre a pergunta da tabela acima, 1 equivalente a 50% tem
destacado sobre a prevenção e as medidas tomadas para evitar a actuação dos agentes
patológicos no organismo e 1 professor correspondente a 50% tem falado sobre a limpeza dos
quartos ou casas de banho, consumir muitos líquidos, tratamento de água antes de beber ou
banhar e se no caso de relações sexuais, é bom sempre o uso de preservativo.

43
Resultados da amostra dos alunos

Tabela 13: Distribuição da amostra dos alunos em função das variávei s idade e sexo

Sexo Frequência
Idade
Masculino Feminino Fas Frs

17 3 2 5 16,13%

18 7 4 11 35,48%

19 3 3 6 19,35%

20 2 1 3 9,68%

21 4 1 5 16,13%

22 0 1 1 3,23%

Total 19 12 31 100%

Os dados nesta tabela ilustram que a idade mínima dos alunos inquiridos é de 17 anos e a
idade máxima é de 22 anos. A idade de 17 anos apresenta uma frequência absoluta simples de
5 alunos, o que corresponde a 16,13%; a de 18 anos apresenta a maior frequência absoluta
simples equivalente a 11 alunos que corresponde a 35,48%; a de 19 anos apresenta uma
frequência absoluta simples de 6 alunos corresponde a 19,35%; a de 20 anos apresenta uma
frequência absoluta simples de 3 alunos que corresponde a 9,68%; a de 21 anos apresenta uma
frequência absoluta simples de 5 alunos que corresponde a 16,13% e a de 22 anos apresenta a
menor frequência absoluta simples equivalente a 1 aluno que corresponde a 3,23%.

Relativamente ao sexo, a maior frequência absoluta simples é de 19 alunos do sexo


masculino, o que corresponde a 61,29% e a menor frequência absoluta simples é de 12 alunas
o que corresponde a 38,71%.

44
Tabela 14: Distribuição da amostra dos alunos em função das respostas a pergunta 1

Frequência
Pergunta 1 Resposta
Fas Frs

Já ouviu falar de infecções Sim 31 100%


urinárias? Não 0 0%

Total 31 100%

Em relação a tabela 14, 31 alunos respondera que já ouviram falar das infecções urinárias, o
que corresponde a 100% da amostra.

Tabela 15: Distribuição da amostra dos alunos em função das respostas da línea a) da
pergunta 1

Frequência
Pergunta 1 línea a) Resposta
Fas Frs
Na escola 19 61,29%
Na igreja 0 0%

Se sim onde? No bairro com amigos 5 16,13%

Em casa com pais 1 3,23%

No hospital/posto médico 6 19,35%

Total 31 100%

Pelo que se pode ver na tabela acima, 19 alunos responderam que ouviram na escola, o que
corresponde a 61,29%, 5 alunos ouviram no bairro com amigos correspondente a 16,13%, 1
aluno ouviu em casa com os pais correspondente a 3,23% e 6 alunos ouviram no hospital o
que equivale a 19,35%.

45
Tabela 16: Distribuição da amostra dos alunos em função das respostas a pergunta 2

Pré-teste Pós-teste
Pergunta 2 Resposta
Fas Frs Fas Frs

São doenças que se transmitem através


2 6,45% 3 9,68%
da relação sexual

São doenças caracterizadas pela


83,87
O que são multiplicação de microrganismos no 25 80,65% 26
%
infecções sistema urinário
urinárias?
São doenças que afectam o sistema 0 0%
2 6,45%
urinário transmitidas através da urina

São doenças caracterizadas pela 0 0%


4 12,9%
disseminação de protozoários nos rins

Total 31 100% 31 100%

Na tabela 16, no pré-teste 2 alunos equivalente a 6,45% responderam que as infecções


urinárias são doenças que se transmitem através da relação sexual, 25 alunos, isto é, 80,65%
disseram que são doenças caracterizadas pela multiplicação de microrganismos no sistema
urinário e 4 alunos isto é 12,9% responderam que são doenças caracterizadas pela
disseminação de protozoários nos rins enquanto no pós-teste, 3 alunos isto é 9,68%
responderam que as infecções urinárias são doenças que se transmitem através da relação
sexual, 26 alunos isto é, 83,87% responderam que São doenças caracterizadas pela
multiplicação de microrganismos no sistema urinário e 2 anos isto é, 6,45% disseram que São
doenças caracterizadas pela disseminação de protozoários nos rins.

46
Tabela 17: Distribuição da amostra dos alunos em função das respostas a pergunta 3

Pré-teste Pós-teste
Pergunta 3 Resposta
Fas Frs Fas Frs

Vírus 6 19,35% 0 0%
Os agentes etiológicos
Bactérias 22 70,97% 30 96,77%
das infecções urinárias
são: Protozoários 2 6,45% 0 0%

Fungos 1 3,23% 1 3,23%

Total 31 100% 31 100%

Quanto aos agentes etiológicos descritos na tabela acima, no pré-teste 6 alunos


correspondentes a 19,35% disseram que são vírus, 22 alunos correspondente a 70,97%
escolheram bactérias, 2 alunos correspondentes a 6, 45% responderam protozoários e 1 aluno
correspondente a 3,23% disse fungos, já no pós-teste, 30 alunos equivalente a 96,77%
escolheram bactérias e 1 aluno equivalente a 3,23% respondeu fungo.

Tabela 18: Distribuição da amostra dos alunos em função das respostas a pergunta 4

Pré-teste Pós-teste
Pergunta 4 Resposta
Fas Frs Fas Frs
Quais são os Ardência ao urinar, desejo 13 41,94% 26 83,87%
sintomas das incontrolável de urinar, dor lombar
infecções
Corrimento, ardência ao urinar, 4 12,9% 4 12,9%
urinárias?
desejo incontrolável de urinar

Dor lombar, Coceira, ardência ao 12 38,71% 1 3,23%


urinar
47
Coceira, corrimento, ardência ao 2 6,45% 0 0%
urinar

Total 31 100% 31 100%

Relativamente aos sintomas, no pré-teste 13 alunos, isto é, 41,94% afirmaram serem ardência
ao urinar, desejo incontrolável de urinar, dor lombar; 4 alunos equivalentes a 12,9% disseram
corrimento, ardência ao urinar, desejo incontrolável de urinar; 12 alunos, isto é, 38,71%
disseram dor lombar, coceira, ardência ao urinar e 2 alunos que correspondem a 6,45%
preferiram coceira, corrimento, ardência ao urinar. Tendo no pós-teste 26 alunos, isto é, 83,87
dito ardência ao urinar, desejo incontrolável de urinar, dor lombar; 4 alunos, isto é, 12,9% dito
corrimento, ardência ao urinar, desejo incontrolável de urinar e 1 aluno, isto é, 3,23 tendo dito
dor lombar, coceira, ardência ao urinar.

Tabela 19: Distribuição da amostra dos alunos em função das respostas a pergunta 5

Pré-teste Pós-teste
Pergunta 5 Resposta
Fas Frs Fas Frs

Usar preservativo 2 6,45% 13 41,94%


Como podemos nos
Higiene íntima correcta 27 87,1% 18 58,06%
prevenir das infecções
urinárias? Saneamento básico 2 6,45% 0 0%

Ter um parceiro sexual 0 0% 0 0%

Total 31 100% 31 100%

Quanto a prevenção, no pré-teste 2 alunos isto é 6,45% consideram o uso do preservativo, 27


alunos equivalentes a 87,1% consideram a higiene íntima correcta e 2 alunos, isto é, 6,45%
destacam o saneamento básico. Sendo que no pós-teste, 13 alunos equivalentes a 41,94%
responderam uso de preservativo e 18 alunos correspondente a 58,06% responderam higiene
íntima correcta.

Tabela 20: Distribuição da amostra dos alunos em função das respostas a pergunta 6

Pergunta 6 Sexo Resposta Faz Frs

Já teve infecções M SIM 3 9,68%

48
NÃO 16 51,61%

urinárias? F SIM 7 22,58%

NÃO 5 16,13%

Total 31 100%

Os alunos inquiridos sobre a pergunta acima, 3 do sexo masculino correspondente a 9,685


disseram que sim, 16 do sexo masculino, isto é, 51,61% responderam não, enquanto que 7 do
sexo feminino equivalente a 22,58% responderam que sim e 5 do sexo feminino equivalentes
a 16,13% responderam que não.

3.6 – Acções educativas desenvolvidas:

Actividade 1

Realização de palestras

 A primeira palestra realizou-se no dia 26 de Outubro de 2021, no complexo escolar


privado progresso com o tema Higiene íntima na prevenção das infecções urinárias,
teve como público-alvo os alunos da 11ªclasse do curso de ciências físicas e biológica,
onde destacamos o modo correcto de higienizar a genitália a fim de evitar as infecções
urinárias.

A B

Figura 7: Palestra ministrada aos alunos da 11classe do curso de ciências físicas e biológica no Complexo
Escolar Privado Progresso, Mbanza Kongo/Zaire. Fonte: Lukau, 2021.

49
 A segunda palestra realizou-se no dia 9 de Novembro de 2021, na Escola Magistério
Daniel Vemba, com o mesmo tema tendo como público-alvo, as alunas da 11ªclasse
Língua portuguesa/EMC, 11ª e 12ªclasse Biologia/Química.

A B

Figura 8: Palestra ministra às alunas da 11ªclasse Língua Portuguesa/EMC, 11ª e 12ªclasse Biologia e Química
da Escola do Magistério Daniel Vemba, Mbanza Kongo/Zaire. Fonte: Lukau, 2021.

 A terceira palestra realizou-se no dia 4 de Dezembro de 2021, no Colégio Mfumu com


o tema Prevenção das infecções urinárias, tendo como público-alvo, os alunos da 9ªB e
C. Onde frisamos as diversas formas para evitar as infecções urinárias.

A B

Figura 9: Palestra que ocorreu no Colégio Mfumu, Mbanza Kongo. Fonte: Lukau, 2021.

50
Actividade 2

 Realizamos uma aula aos alunos da 12ªclasse Biologia e Química, onde abordamos
sobre as infecções urinárias, destacando a definição, os agentes etiológicos, os
sintomas e a prevenção.

A B

Figura 10: Momento que estávamos usando os meios de ensino durante uma aula aos 12ªclasse Biologia e
Química da Escola do Magistério Daniel Vemba, Mbanza Kongo/Zaire. Fonte: Lukau, 2021.

Actividade 3

 Organizamos uma campanha de sensibilização aos alunos, com a distribuição de


folhetos com relatos das principais medidas de prevenção das infecções urinárias.

51
A B C

Figura 11: Distribuição de folhetos informativos aos alunos dos diversos cursos da Escola de Magistério Daniel
Vemba, Mbanza Kongo. Fonte: Lukau, 2021.

3.7 - Propostas das acções educativas para a prevenção das infecções urinárias aos
alunos da 12ª classe Biologia e Química da Escola Magistério Daniel Vemba

Objectivo da proposta: Contribuir para o melhoramento do nível de conhecimento sobre a


prevenção das infecções urinárias dos alunos da 12ªclasse Biologia e Química da Escola
Magistério Daniel Vemba.

Fundamentação da proposta

As infecções urinárias são muito frequentes principalmente em mulheres, a elaboração da


proposta visará no aperfeiçoamento dos conhecimentos dos alunos sobre a prevenção das
infecções urinárias, permitindo assim amenizar os casos e estimular hábitos saudáveis nos
alunos, colocando em prática o adágio popular que diz «melhor é prevenir que remediar».

Tendo em conta ao objectivo desta, repartimos esta proposta por acções dirigidas à escola e
aos pais e encarregados de educação.

Acções educativas dirigidas à escola

 A escola incentive o diálogo entre os pais ou encarregados de educação e os alunos


principalmente em assuntos ligados a educação para a saúde, em particular sobre a
prevenção das infecções urinárias;

52
 Promova palestras relacionadas a educação para saúde com temas como infecções
urinárias, prevenção de infecções urinárias, entre outros;
 Realização de actividades lúdicas como teatro e poesia, com temas relacionados a
infecções urinárias, tal como a importância do uso do preservativo, cuidados a ter com
o corpo e a roupa para prevenção de infecções urinárias...

Acções educativas dirigidas aos pais e encarregados de educação

 Os pais e encarregados de educação sendo indivíduos que estão em contacto directo e


constante com os alunos, é importante que mantenham o diálogo com os seus filhos
principalmente em assuntos ligados a prevenção de infecções urinárias.
 Incentivem os filhos a terem bons cuidados de higiene, transmitindo-lhes
conhecimentos sobre o assunto, como por exemplo as principais medidas de higiene
íntima.

Acções educativas dirigidas aos alunos

 Os alunos ponham em prática as medidas preventivas das infecções urinarias.

 Incluam no seu dia-a-dia as boas práticas de higiene íntima afim de prevenir as


infecções urinarias.

 Nos casos de não haver água corrente, é aconselhável que tenham um balde particular
para o banho.

53
CONCLUSÕES

Tendo em vista os objectivos programados e com base o problema levantado e dos resultados
obtidos do inquérito aplicado, concluímos que:

1- Os fundamentos teóricos do estudo feito sobre as infecções urinárias permitem-nos


afirmar que as infecções urinárias são a presença e colonização de microrganismos nos
compartimentos do sistema urinário causando inflamação aos órgãos que constituem o
sistema urinário.
2- O diagnóstico feito sobre as infecções urinárias, aos alunos da 12ªclasse Biologia e
Química da Escola Magistério Daniel Vemba/Mbanza Kongo, revelou que os alunos
possuíam poucos conhecimentos, mas depois das aulas ministradas, palestra e
sensibilização feito e aplicado o pós-teste melhoraram seus conhecimentos sobre a
prevenção das infecções urinárias.
3- Foi elaborada uma proposta de acções educativas, cujo objectivo é de melhorar o nível
de conhecimento dos alunos da 12ªclasse Biologia e Química da Escola Magistério
Daniel Vemba sobre a prevenção das infecções urinárias.

54
SUGESTÕES

Tendo em conta as conclusões extraídas na abordagem deste tema, sugerimos que:

1. Os professores de Biologia no ensino do sistema urinário humano, aproveitem ao máximo


para abordar assuntos relacionados a prevenção das doenças do sistema urinário e realçar
os cuidados a ter sobre o sistema urinário para prevenção das infecções.
2. A Direcção da Escola Magistério Daniel Vemba promova seminários de capacitação para
os professores de Biologia sobre a educação para saúde na prevenção de diversas doenças
do sistema urinário de modos a aprofundarem os conhecimentos sobre as mesmas
convidando médicos ou especialistas como palestrantes.
3. Os professores do Magistério Daniel Vemba apliquem a presente proposta que visa
orientar o ensino e aprendizagem sobre a prevenção das infecções urinárias.

55
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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Nefrologia
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14. Coutinho, J. V. (2017). Anatomia do sistema urinário. Victória.
15. Durão, V. S. G. T. (2014). Educação para saúde como estratégia, para promoção de um
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condutas higiene genital feminina - dicas para manter a região íntima feminina saudável.
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na%2520educacao%2520Superior%2520caminhos%2520para%2520uma%2520praxis
%2520transformadora/EDUCACAO%2520ESCOLA%2520E%2520DIDATICA%2520UMA
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11 - https://www.infopedia.pt/dicionário/língua portuguesa/doença
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14 - https://www.google.com/amp/s/docplayer.com.br/amp/4688463-Higiene-intimasemtabu.
html

59
ANEXOS

Anexo1: Ficha de inquérito para os professores.

Caro professor, o documento apresentado é um questionário e tem como objectivo obter


contribuições para a elaboração de um trabalho de fim de curso em Ensino de Biologia, o
mesmo tem como tema: Educação para saúde na prevenção das infecções urinárias. Desde já,
agradeço a sua colaboração.

A – Identificação

Idade_____ Género: M_____ F_____

Habilitações literárias

Técnico médio_____ Licenciado_____ Mestre_____

Anos de Serviço 1 ano_____ 2anos_____ 3 anos_____ Mais de 3 anos_____

B. Questionário

Assinale com X a opção que achares correcta nas respectivas perguntas.

1. Já alguma vez abordou o tema sobre infecções urinárias?

a) Sim_____ b) Não_____
60
2. Na abordagem do tema falou sobre:

a) Definição_____
b) Agentes etiológicos_____
c) Prevenção_____
d) Todos acima citados_____
e) Nunca abordei estes assuntos_____

3. Ao leccionar tem planificado as suas aulas?

Sim_____ Não_____

4. Se Sim. Em que tem encontrado dificuldades?

a) Em relação a formulação dos objectivos_____


b) Em relação a escolha de conteúdos_____
c) Em relação aos meios de ensino_____
d) Em relação a metodologia/estratégias de ensino_____

5. Assinale os métodos de ensino que mais aplica.

a) Expositivo/ Explicativo_____
b) Elaboração conjunta_____
c) Demonstrativo/ Ilustrativo_____
d) Trabalho com o manual de biologia/Trabalho independente_____

6. Ao leccionar quais os meios de ensino que utiliza.

a) Gravuras em cartolina_____
b) Quadro/ giz apagador_____
c) Modelos didácticos_____

7. Como avalias os teus alunos?

a) Muito bom_____ Bom_____ Regular_____ Medíocre_____

8. Em relação aos temas sobre doenças tem referido da educação para saúde?

Sim_____ Não_____

9- Se sim o que realça


61
___________________________________________________________________________

A inquiridora

Maria Margarida Lukau

Anexo 2: Ficha de inquérito para os alunos

Caro aluno(a), o documento que tens em tua mão é um questionário e tem como objetivo
obter a sua contribuição para elaboração de um trabalho de final de curso, o mesmo tem
como tema: Educação para saúde na prevenção das infecções urinárias. Desde já,
agradecemos a sua amável colaboração.

A. Identificação

Idade: _____

Género: M_____ F_____

B. Questionário

Assinale com X a opção que achares correcta nas respectivas perguntas.

1. Já ouviu falar de infecções urinárias?

Sim_____ Não_____

a) Se sim onde?
 Na escola_____
 Na igreja_____
 No bairro com amigos_____

62
 Em casa com pais_____
 No hospital/posto médico_____
2. O que são infecções urinárias?
 São doenças que se transmitem através da relação sexual_____
 São doenças caracterizadas pela multiplicação de microrganismos no sistema
urinário_____
 São doenças que afectam o sistema urinário transmitidas através da urina _____
 São doenças caracterizadas pela disseminação de protozoários nos rins_____
3. Os agentes etiológicos das infecções urinárias são:
 Vírus_____
 Bactérias_____
 Protozoários_____
 Fungos_____
4. Quais são os sintomas das infecções urinárias?
 Ardência ao urinar, desejo incontrolável de urinar, dor lombar_____
 Corrimento, ardência ao urinar, desejo incontrolável de urinar _____
 Dor lombar, Coceira, ardência ao urinar _____
 Coceira, corrimento, ardência ao urinar _____
5. Como podemos nos prevenir das infecções urinárias?
 Usar preservativo_____
 Higiene íntima correcta_____
 Saneamento básico_____
 Ter um parceiro sexual_____
6. Já teve infecção urinária?

Sim_____Não_____Talvez_____

63
A inquiridora

____________________________

Maria Margarida Lukau

Anexo 3: Ilustram as actividades realizadas

Figura 12: Momento de distribuição do pré-teste aos 12ªclasse Biologia e Química da Escola do Magistério
Daniel Vemba, Mbanza Kongo/Zaire. Fonte: Lukau, 2021.

64
Figura 13: Descrição do conteúdo do folheto distribuído aos diversos alunos Fonte: Lukau, 2021.

Anexo 4: Plano de aula

Disciplina: Biologia Data: 25/11/2021

Tema: Morfofisiologia dos vertebrados Escola de Magistério Daniel Vemba

Subtema: Sistema excretor Classe: 12ª

Sumário: Infecções urinárias Turma: Única

Opção: Biologia e Química

Tipo de aula: Nova

Maria Margarida Lukau

Objectivo geral: Compreender as implicações do conhecimento biológico sobre os problemas


que mais afectam o homem e a sociedade.
65
Objectivos específicos:

1- Definir as infecções urinárias;


2- Identificar os agentes etiológicos e os sintomas das infecções urinárias;
3- Descrever as medidas de prevenção das infecções urinárias.

Métodos: Expositivo, Interrogativo, ilustrativo e elaboração conjunta

Meios didácticos: Mapa do sistema urinário e imagens.

Actividades
Tempo Fases didácticas Conteúdo O.B.S
Professor Aluno

Saudação e Responder a
apresentação saudação e
ouvir a
apresentação.

Distribuir o
Receber e
pré-teste
Conhecimentos responder as
10 Introdução prévios dos questões do
alunos inquérito

Fazer
perguntas e Responder as
anunciar o perguntas e
sujeito contribuir no
anúncio do
sujeito.

30 Desenvolvimento 1-Definição Explicar a Acompanhar


matéria a explicação
2-Agentes
etiológicos

3-Sintomas Mostrar Observar as

66
4-Prevenção
imagens imagens

Ver em anexo

Resumo

Hoje falamos
das infecções
urinárias, Acompanhar

destacamos a o professor
Resumir a
definição, os
aula
agentes
etiológicos, os
sintomas e a
prevenção.

10 Conclusão Distribuir o Receber e


Aplicação do responder as
pós-teste
inquérito questões

Ver em anexo do inquérito

Tarefa para casa


Ditar a
1-Cite 2 animais
tarefa
que podem
Escrever a
adquirir as
tarefa no
infecções
caderno
urinárias.

Infecções urinárias

1- Definição

67
A infecção urinária é definida como a colonização ou invasão de microrganismos em
estruturas do sistema urinário, abrangendo desde a uretra até os rins. Quando os
microrganismos colonizam a uretra trata-se de uma uretrite, bexiga trata-se de cistite e os rins
trata-se de pielonefrites. As infecções urinárias podem ocorrer em todas faixas etárias e em
ambos os sexos, mas predominam no sexo feminino.

2- Agentes etiológicos

Os maiores responsáveis pelas infecções urinárias são as bactérias entéricas como a


Escherichia coli, Klebsiela, Enterobácter, Proteus mirabilis, Staphylococcus e também
fungos como Candida albicans.

3- Sintomas

As infecções urinárias podem manifestar-se clinicamente de várias formas como:

 Ardência ao urinar
 Desejo incontrolável de urinar
 Maior frequência urinária com volume de urina reduzido
 Dor pélvica
 Alteração da coloração, odor e aspectos da urina
 Febre
 Calafrios
 Dor lombar
4- Prevenção

A prevenção das infecções urinários é feita através de:

 Higiene íntima
 Ingestão adequadas de líquidos
 Hábitos de micção
 Uso de preservativo

68

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