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PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO

DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA
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SECRETARIA DE VIAS PÚBLICAS
SUPERINTENDÊNCIAS DE PROJETOS E DE OBRAS

REFERÊNCIA ASSUNTO: DIRETRIZES DE PROJETO DE HIDRÁULICA E DRENAGEM DATA

DP-H11 Diretrizes de Projeto para Bueiros 30/06/99

DP-H11
DIRETRIZES DE PROJETO PARA BUEIROS

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ÍNDICE
PÁG.

1. OBJETIVO ..................................................................................................................243

2. DEFINIÇÕES...............................................................................................................243

3. BUEIROS EM ÁREAS URBANAS ..............................................................................244

4. METODOLOGIA..........................................................................................................244

5. IMPORTÂNCIA DA ENTRADA....................................................................................245
5.1 ENTRADAS DE BUEIROS .................................................................................................245
5.2 ENTRADAS DE CONDUTOS LONGOS ................................................................................245

6. CONCEITOS HIDRÁULICOS BÁSICOS .....................................................................245


6.1 PERDAS DE ENERGIA ...............................................................................................246
6.2 LINHA DE ENERGIA E LINHA PIEZOMÉTRICA .....................................................................248
6.3 HIDRÁULICA DOS BUEIROS .............................................................................................248

7. ESTRUTURAS DE ENTRADA DE SISTEMAS DE DRENAGEM ................................254


7.1 ENTRADAS PROJETANTES ..............................................................................................254
7.2 ENTRADAS COM MUROS DE TESTA .................................................................................257

8. PROJETO DE BUEIROS E ENTRADAS.....................................................................261


8.1 INFORMAÇÕES NECESSÁRIAS DE PROJETO ......................................................................262
8.2 DIMENSÃO DOS BUEIROS ...............................................................................................262
8.3 PROCEDIMENTO GERAL PARA O PROJETO DE BUEIROS ....................................................271

9. CONSIDERAÇÕES ESPECIAIS SOBRE BUEIROS...................................................280


9.1 EROSÃO E SEDIMENTAÇÃO.............................................................................................280

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9.2 CANAIS OBLÍQUOS AOS BUEIROS....................................................................................281


9.3 TOMBAMENTO DA ENTRADA............................................................................................282

10. ENTRADAS DE GALERIAS DE CONCRETO .............................................................282


10.1 ENTRADAS COMUNS DE BUEIROS ...................................................................................283
10.2 ENTRADAS ESPECIAIS PARA BUEIROS .............................................................................283

11. ENTRADAS DE CONDUTOS LONGOS......................................................................284


11.1 ENTRADAS ESPECIAIS ....................................................................................................284

12. CONSIDERAÇÕES GERAIS.......................................................................................284


12.1 ENTRADAS DE CANAIS ABERTOS ....................................................................................284
12.2 TRANSIÇÕES .................................................................................................................285

13. GRADES .....................................................................................................................285


13.1 GRADES PASSÍVEIS DE TOMBAMENTO .............................................................................286
13.2 GRADES SITUADAS A MONTANTE ....................................................................................286

14. GRÁFICOS DE CAPACIDADE E NOMOGRAMAS.....................................................286


14.1 DISPOSIÇÃO DAS CURVAS ..............................................................................................287

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1. OBJETIVO

Esta diretriz tem por objetivo estabelecer métodos e parâmetros de cálculo para o
dimensionamento de bueiros a serem utilizados nos projetos da SVP/PMSP.

2. DEFINIÇÕES

Nos projetos de drenagem são considerados bueiros as galerias de águas pluviais de curta
extensão, geralmente utilizadas na transposição de via sobre um curso d’água. A posição mais
favorável para o bueiro é quando cruza transversalmente a via, mas em muitos casos o
cruzamento é oblíquo.

Na presente diretriz de projeto são apresentados os seguintes símbolos:

3
Q = Descarga total a ser transportada pelo bueiro ou canal (m /s).
n = Coeficiente de rugosidade de Manning.
2
A = Área da seção transversal do canal ou bueiro (m ).
R = Raio hidráulico (m).
i = Declividade do bueiro ou canal (m/m).
V = Velocidade média do escoamento (m/s).
2
g = Aceleração da gravidade (9,8 m /s).
2
P = Pressão (kgf/m ).
Z = Elevação do fundo de um canal ou bueiro acima de um plano arbitrário (m).
W = Peso específico da água (g/cm3).
C = Coeficiente de descarga do orifício.
He = Perda de carga na entrada ( m).
Ke = Coeficiente de perda de carga na entrada.

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Hf = Perda de carga por atrito (m).


f = Coeficiente de atrito.
L = Comprimento do bueiro (m).
D = Diâmetro do bueiro (cm ou m).
Hw = Altura d’água acima do fundo na entrada do bueiro (m).
ho, Hs, Tw = Altura d’água, acima do fundo, na saída do bueiro (m).
H = Perda total de energia através do bueiro, da entrada até a saída (m).
hc = Altura crítica (m).

3. BUEIROS EM ÁREAS URBANAS

As metodologias para dimensionamento dos bueiros são desenvolvidas geralmente para


projeto de estradas, e sua aplicação em drenagem urbana exige um cuidado adicional quanto à
carga hidráulica admissível a montante. O levantamento topográfico deve necessariamente
conter as soleiras dos imóveis situados junto ao curso d’água em estudo e ainda, a cota de
fundo e diâmetro das galerias que deságuam nesse mesmo córrego. Com esses dados, pode
ser estabelecido o nível máximo d’água a montante, que deve estar 1,0 m abaixo da soleira mais
baixa, e abaixo da geratriz superior das galerias que deságuam no córrego. Caso a área esteja
ainda em urbanização, o mesmo critério deve ser adotado com relação à cota de lotes
particulares. Em geral, essas condicionantes levam a se considerar o nível d’água a montante
igual à cota da geratriz superior na entrada do bueiro.

4. METODOLOGIA

Para o dimensionamento dos bueiros, recomenda-se utilizar a metodologia apresentada em


“Drenagem Urbana – Manual de Projeto, CETESB, 1986”. Essa metodologia deve ser aplicada
nos projetos de bueiros, no dimensionamento das embocaduras de galerias pluviais e na
verificação de projetos quando se planeja a sua implantação em etapas.

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5. IMPORTÂNCIA DA ENTRADA

Um bueiro tem sua capacidade limitada pela descarga admitida em sua entrada.
Freqüentemente, bueiros e canais abertos são cuidadosamente projetados com grande atenção
quanto à declividade, seção transversal e rugosidade, mas sem o devido cuidado quanto às
limitações de entrada. Bueiros projetados com o auxílio das equações do regime uniforme
raramente têm condições de transportar a descarga de projeto devido às limitações impostas
pelas entradas.

5.1 ENTRADAS DE BUEIROS

Entradas de bueiros com vários formatos e diferentes características podem ser projetadas
para objetivos específicos. As vantagens e desvantagens dos vários tipos de entrada devem ser
pesadas, cuidadosamente, antes da seleção de um determinado tipo em particular, devendo-se
incluir considerações de ordem hidráulica, topográfica, bem como as que levem em conta o
custo total da instalação.

5.2 ENTRADAS DE CONDUTOS LONGOS

As entradas são importantes no projeto de bueiros para a travessia de estradas, entretanto,


elas têm igualmente grande importância no projeto econômico de bueiros longos e outros
condutos. Um bueiro longo que não tenha sua capacidade de transporte plenamente utilizada
resulta em investimento parcialmente perdido.

6. CONCEITOS HIDRÁULICOS BÁSICOS

A importância das entradas pode ser melhor ilustrada, através da revisão das considerações
hidráulicas necessárias para o projeto de bueiros. Com vistas a esta revisão, pressupõe-se que
o leitor conheça os conceitos básicos de hidráulica envolvidos nas equações:

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1 2 1
Manning Q= .A.Rh 3 .i 2 ................................................. (6.1)
n

Continuidade Q = V1A1 = V2 A2 ................................................... (6.2)

V2 P
Energia + + Z + perdas = constante ...................... (6.3)
2g W

Um bueiro é definido como um conduto utilizado para dar passagem livre às águas
provenientes de drenagem superficial, sob uma rodovia, ferrovia, canal ou qualquer tipo de
aterro.

6.1 PERDAS DE ENERGIA

Em condutos curtos, como bueiros, as perdas de energia devidas à forma da entrada podem
ser tão importantes quanto as perdas por atrito ao longo do conduto. Para a determinação da
capacidade do bueiro, devem ser avaliadas as perdas de carga na entrada e na saída, bem
como aquelas resultantes do atrito ao longo do conduto.

Perdas na entrada

As equações que regem o fenômeno são:

Q = C .A. 2.g .He .............................................................................. (6.4)

V2
He = Ke. ..................................................................................... (6.5)
2g

onde Ke é o coeficiente de perda de carga na entrada.

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Perdas na saída

As equações que permitem o cálculo da perda de carga na saída do bueiro são expressas
em função da diferença entre as cargas cinéticas no conduto e no canal de jusante, podendo ser
vistas na DP-H08 – Perda de carga em Singularidades de Canais e Galerias da SVP/PMSP, em
especial, alargamentos e rebaixamentos de nível.

Perdas por atrito

Para condutos trabalhando à seção plena, as perdas de carga devido ao atrito podem ser
determinadas através da equação:

L V2
Hf = f . . .................................................................................... (6.6)
D 2g

f = coeficiente de atrito
L = comprimento do bueiro
D = diâmetro do bueiro
V2
= carga cinética do escoamento
2g

Os manuais de hidráulica apresentam tabelas que permitem avaliar o coeficiente de atrito.


Entretanto, normalmente, são utilizados gráficos que permitem uma determinação direta das
perdas de carga por atrito. Para as obras da SVP/PMSP, podem ser utilizados os coeficientes
apresentados no documento DP-H13 – Coeficientes de Rugosidade da SVP-PMSP, associados
à fórmula de Manning.

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6.2 LINHA DE ENERGIA E LINHA PIEZOMÉTRICA

As Figuras 6.1 e 6.2 ilustram as linhas de energia e piezométrica, bem como os termos a elas
relacionados.

A linha de energia (L.E.), também conhecida como linha de carga total, é a soma da carga
2
cinética V /2g, da profundidade do escoamento ou carga de pressão P/W e da cota, medida em
relação a um plano arbitrário de referência, representada pela distância Z. A linha de energia
inclina-se na direção do escoamento de uma razão igual ao gradiente de energia HL/L, onde HL
é a perda total de energia ao longo do percurso L. A linha piezométrica ( L.P.), é a soma da
elevação Z e da profundidade do escoamento ou carga de pressão P/W.

Para escoamento em canal aberto, o termo P/W é equivalente à profundidade do


escoamento, e a linha piezométrica coincide com a superfície do nível d’água. Para escoamento
sob pressão, em condutos fechados, P/W é a carga de pressão, e a linha piezométrica decresce
acima do topo do conduto, enquanto a pressão se mantiver acima da pressão atmosférica.

6.3 HIDRÁULICA DOS BUEIROS

A aproximação da entrada de um bueiro (ponto 1 da Figura 6.1) ocorre em regime uniforme e


as linhas piezométrica e de energia são praticamente coincidentes. Ao atingir o bueiro, o
escoamento sofre inicialmente uma contração e, em seguida, uma expansão provocada pelas
características geométricas da entrada, causando uma perda de energia no ponto 2.

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2
2g
He=Ke v

LINHA DE ENERGIA

LINHA PIEZOMÉTRICA
2
2g
v

2
H f= f L v
Hw

D 2g
W
P

v2
Hx = K x 2g
Z

Z=0

1 2 3 4

Figura 6.1
Definição de termos para escoamento em condutos fechados.

Em bueiros curtos, as perdas de carga devidas à entrada podem ser tão altas quanto as
perdas por atrito. Na saída, ponto 4, uma perda adicional ocorre provocada pela turbulência,
pois o escoamento se expande no canal a jusante. No ponto 5 da Figura 6.2, o escoamento em
canal aberto é restabelecido e a linha piezométrica coincide com a linha d’água.

A capacidade de descarga de um bueiro é determinada pela localização de sua seção de


controle. A influência de uma seção de controle pode ser ilustrada através do exemplo de uma
válvula, cujo ajuste controla a vazão em um conduto. Desta forma, a capacidade de descarga do
conduto é superior à permitida pela válvula. De modo análogo, a seção de controle de um bueiro
é aquela que opera com máxima capacidade. Somente em sistemas hidráulicos muito simples,
todos os seus componentes operam com mesma capacidade de descarga. Assim sendo, o
escoamento em um bueiro é controlado pela capacidade hidráulica de uma determinada seção,
que pode estar localizada na entrada ou na saída do bueiro.

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v2 LINHA DE ENERGIA
2g
W LINHA DE PIEZOMÉTRICA
P
Z

Z=0

Figura 6.2
Definição de termos para escoamento em canal aberto.

Em geral, o controle na entrada ocorre quando a capacidade de escoamento do bueiro, para


uma certa vazão, é superior à capacidade de admissão de água pela entrada. Neste caso, a
descarga torna-se independente do comprimento, declividade e rugosidade do conduto. Quando
a capacidade hidráulica do conduto for inferior à capacidade de admissão de água pela entrada,
configura-se o controle na saída. Neste caso, a descarga será afetada por todos os fatores
hidráulicos existentes a montante da saída, ou seja: carga hidráulica, geometria da entrada,
diâmetro do conduto, rugosidade das paredes, comprimento e declividade do bueiro. A
localização da seção de controle pode ser alterada, à medida que as capacidades hidráulicas da
entrada e do conduto mudem com o aumento ou diminuição da descarga.

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Controle na entrada

O controle na entrada de bueiros pode ocorrer sob duas condições. A menos freqüente
ocorre quando o nível d’água a montante não é suficiente para afogar o topo do bueiro e a
declividade de fundo do bueiro é supercrítica, como mostrado na Figura 6.3. 0 controle na
entrada mais comum ocorre quando o nível d’água a montante afoga o topo do bueiro, Figura
6.4, e o conduto não trabalha à seção plena. Um bueiro trabalhando sob controle na entrada é
definido como conduto hidraulicamente curto.

Controle na saída

Se o nível d’água a montante é suficientemente elevado, a declividade do bueiro é bastante


suave e o conduto suficientemente longo, o controle será transferido para a saída. Nestas
condições, a descarga é uma função das perdas de carga na entrada, da profundidade do nível
d’água a montante, da rugosidade, comprimento e diâmetro do bueiro, além da declividade e,
em alguns casos, do nível d’água a jusante.

O controle na saída poderá existir sob duas condições. A primeira, menos comum, ocorre
quando o nível d’água a montante é insuficiente para afogar o topo do bueiro e a declividade de
fundo é subcrítica (Figura 6.5). A situação mais comum ocorre quando o bueiro trabalha à seção
plena (Figura 6.6). Um bueiro trabalhando sob controle na saída é definido como um conduto
hidraulicamente longo.

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L IN H A D E E N E R G IA
w
H

H
dc

D
D E C L IV I D A D E S U P E R C R Í T IC A

Figura 6.3
Controle na entrada – entrada não afogada.
H

L IN H A D E E N E R G IA
Hw

H
D

D O IS C A S O S P O S S ÍV E IS :
a ) D E C L IV ID A D E S U P E R C R ÍT IC A
b ) D E C L IV ID A D E S U B -C R ÍT IC A

Figura 6.4
Controle na entrada – entrada afogada.

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L IN H A D E E N E R G IA
Hw

H
dc

Tw
D O IS C A S O S P O S S ÍV E IS :
a ) T w > d c N A S A ÍD A D E C L IV ID A D E S U B -C R ÍT IC A

b ) T < d N A S A ÍD A
w c

Figura 6.5
Controle na saída – conduto parcialmente cheio.

L I N H A D E E N E R G IA
w

H
H

Tw

D O IS C A S O S P O S S ÍV E IS :
a) T > d c N A S A ÍD A
w
b ) T w < d N A S A ÍD A
c

Figura 6.6
Controle na saída – conduto cheio.

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7. ESTRUTURAS DE ENTRADA DE SISTEMAS DE DRENAGEM

O projeto de um bueiro, incluindo as estruturas de entrada e saída, requer uma análise dos
custos, eficiência hidráulica, objetivos e condições topográficas do local de implantação.
Quando as condições permitirem um nível elevado d’água a montante, a escolha de um
determinado tipo de entrada poderá não ser o ponto crítico, mas se o nível for limitado e/ou os
processos de sedimentação e erosão forem apreciáveis, a escolha de uma entrada mais
eficiente deve ser providenciada para se obter a necessária capacidade de descarga pelo
bueiro.

O objetivo principal de um bueiro é conduzir uma determinada vazão. Um bueiro pode


também ser utilizado para limitar uma vazão, isto é, para descarregar um volume controlado de
água, enquanto a bacia a montante do mesmo é utilizada como reservatório de detenção, a fim
de reduzir a vazão de pico de enchente. Neste caso, é desejável a escolha de uma entrada que
apresente baixa eficiência hidráulica.

Os tipos de entrada, a seguir descritos, podem ser relacionados para satisfazer qualquer uma
das exigências mencionadas, dependendo da topografia ou das condições impostas pelo
projetista. O coeficiente de entrada, Ke, que foi definido pela equação 6.5 é uma medida da
eficiência hidráulica do tipo de entrada escolhido, sendo os valores mais baixos indicadores de
maior eficiência.

Os coeficientes de entrada recomendados são apresentados na Tabela 7.1.

7.1 ENTRADAS PROJETANTES

Este tipo de entrada apresenta grande variação quanto à eficiência hidráulica, bem como
quanto à sua adaptabilidade em relação ao tipo de material utilizado na confecção do tubo. A
Figura 7.1 ilustra este tipo de entrada.

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Tabela 7.1
Coeficientes de entrada (Ke) para controle na saída
TIPO DE ENTRADA COEFICIENTE DE ENTRADA
(Ke)
Entrada do tubo com muro de testa
• Borda ranhurada 0,20
• Borda arredondada (raio = 0,15D) 0,15
• Borda arredondada (raio = 0,25D) 0,10
• Borda em ângulo reto (concreto e TMC) 0,40
Entrada do tubo com muro de testa e muro de ala a 45°
• Borda ranhurada 0,20
• Borda em ângulo reto 0,35
Muro de testa com muros de ala paralelos, espaçados
de 1,25D.
• Borda ranhurada 0,30
• Borda em ângulo reto 0,40
Entrada projetante
• Borda ranhurada 0,25
• Borda em ângulo reto 0,50
• Borda delgada, parede fina 0,90

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ATERRO

1,5

D
0,5.D

ATERRO

ENTRADA PROJETANTE - TUBO DE PAREDE FINA 1,5

D
0,6.D

ENTRADA PROJETANTE - TUBO DE CONCRETO COM


EXTREMIDADE RANHURADA

Figura 7.1
Definição de termos para escoamento em condutos fechados

Tubo de concreto

Tubo de concreto do tipo ponta e bolsa, ou do tipo macho e fêmea com extremidade em
bolsa ou com extremidade ranhurada, utilizado como entrada, apresenta alta eficiência
hidráulica, com um coeficiente de entrada em torno de 0,25. Quando o tubo for secionado,
apresentando a entrada com aresta em canto vivo, o coeficiente de entrada passa a ser de 0,50.

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Tubo de metal corrugado

Uma entrada projetante constituída por tubo de metal corrugado (TMC) comporta-se de modo
semelhante a uma entrada de borda delgada com parede fina e apresenta um coeficiente de
entrada em torno de 0,9.

Comentários sobre as entradas projetantes

A principal vantagem na utilização de entradas projetantes está no seu baixo custo.


Considerando-se que este tipo de entrada fica sujeita a danos provocados por ocasião da
manutenção do aterro, bem como da rodovia, além de acidentes que aí possam ocorrer, a
utilização da mesma deve levar em conta o tipo de material utilizado na sua construção.

As entradas projetantes, constituídas por tubos de metal corrugado, apresentam limitações


que incluem baixa eficiência, danos que podem ser provocados pela manutenção do canal e
dificuldades encontradas pelo pessoal de manutenção para operar nas proximidades. A
eficiência hidráulica dos tubos de concreto com a bolsa como entrada é boa e, por esta razão, a
única restrição quanto a este tipo de entrada diz respeito à necessidade de manutenção do
canal e do aterro nas vizinhanças da entrada. Quando for necessária a manutenção do aterro,
não é recomendável o uso de qualquer tipo de entrada projetante.

7.2 ENTRADAS COM MUROS DE TESTA

Os muros de testa, conforme visualizado na Figura 7.2, podem ser usados por várias razões,
como aumento da eficiência da entrada e da estabilidade do aterro, além de proteger o mesmo
contra a erosão. A eficiência da entrada varia em função do tipo de material utilizado na
execução do conduto. A Figura 7.2. ilustra um tipo de muro de testa, provido de muros de ala.

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M URO DE ALA

M U RO D E TE STA

PLAN TA

SEÇÃO

Figura 7.2
Entrada com muro de testa e muros de ala

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Tubo de metal corrugado

Este tipo de tubo, provido de muro de testa, constitui essencialmente uma entrada com aresta
em canto vivo, com coeficiente de entrada em torno de 0,40. As perdas na entrada podem ser
reduzidas pelo arredondamento dos bordos da entrada. O coeficiente de entrada pode ser
reduzido para 0,15, caso o raio do arredondamento seja de 0,15 vez o diâmetro do bueiro, e
para 0,10 para o raio igual 0,25 vez o diâmetro do bueiro.

Tubo de concreto

Para tubo de concreto do tipo macho e fêmea ou com extremidade em bolsa, a utilização de
muro de testa permite um pequeno aumento na eficiência hidráulica. A principal razão para o
uso do muro de testa está na proteção do aterro e na facilidade de manutenção. 0 coeficiente de
entrada é da ordem de 0,20 para tubos terminando em bolsa ou ranhurados, e de 0,40 para
tubos secionados (borda em ângulo reto).

Muros de ala

São utilizados quando os taludes laterais do canal adjacente à entrada são instáveis e
quando o bueiro é oblíquo ao escoamento normal no canal. O uso de muros de ala produz um
pequeno aumento na eficiência hidráulica, independentemente do tipo de material usado na
confecção do tubo. Portanto, o uso de muros de ala é justificável, por outras razões que não o
aumento da eficiência hidráulica, como por exemplo a proteção do aterro contra erosões. A
Figura 7.3 ilustra vários casos, onde estes elementos são utilizados. Para muros de ala
paralelos, a distância mínima entre eles deve ser de 1,25 vez o diâmetro do conduto.

-259-
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ESCOAMENTO OBLÍQUO AO ATERRO

ESCOAMENTO NORMAL AO ATERRO

ESCOAMENTO PARALELO AO ATERRO

ESCOAMENTO E BUEIRO OBLÍQUOS AO ATERRO

Figura 7.3
Configurações típicas de muro de testa e de muro de ala

-260-
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Revestimento

Se houver a possibilidade de ocorrência de níveis d’água elevados a montante da entrada, ou


se a velocidade de aproximação no canal puder provocar erosão, deve ser providenciado o
revestimento do canal junto ao pé do muro de testa. Este revestimento deve ter uma extensão
mínima correspondente a um diâmetro do conduto, a montante da entrada, e seu topo não deve
estar saliente em relação ao fundo do canal.

Bueiros providos de muros de ala devem ser projetados com revestimento de concreto entre
os referidos muros. Este revestimento deve ser reforçado, a fim de se evitar rupturas. Como
está ilustrado na Figura 7.3, a configuração dos muros de ala varia em função da direção do
escoamento e pode também variar de acordo com as condições topográficas do local.

Quando as altas velocidades de aproximação aliadas a condições especiais de solos, como


no caso de solos aluvionares, provocarem erosões intensas, é freqüentemente desejável um
muro posicionado na base do talude, além da construção do revestimento.

8. PROJETO DE BUEIROS E ENTRADAS

As informações e publicações necessárias para o projeto de bueiros, de acordo com a


metodologia apresentada nesta diretriz, podem ser encontradas nos trabalhos "Hydraulic Charts
for Selection of Highway Culverts", Hydraulic Engineering Circular n° 5, December 5, 1965 e
"Capacity Charts for the Hydraulic Design of Highway Culverts", Hydraulic Engineering Circular
nº 10, march, 1965. Estes dois trabalhos são publicações do “U.S. Bureau of Public Roads
(B.P.R.)”. Esta diretriz apresenta alguns gráficos e nomogramas relativos aos casos mais
comuns. No item 14 são encontrados gráficos que abrangem toda a faixa de aplicações
comumente encontrada em drenagem urbana. Estes gráficos foram adaptados ao sistema
métrico de unidades. As indicações e diâmetros de condutos, embora em unidades métricas,

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referem-se a valores originariamente em polegadas. Para casos especiais, podem ser utilizadas
as publicações do “BRP – Bureau of Public Roads”.

8.1 INFORMAÇÕES NECESSÁRIAS DE PROJETO

Várias informações necessárias para projeto de bueiros são obtidas em outras diretrizes,
oportunamente indicadas. Os elementos seguintes devem ser determinados, antes que o bueiro
possa ser projetado:

• Cota do nível d’água a montante


• Cota do nível d’água a jusante
• Vazão de projeto
• Cotas do fundo do bueiro

8.2 DIMENSÃO DOS BUEIROS

O método empregado cobre a maior parte dos casos encontrados nos projetos e é baseado
nas publicações do “Bureau of Public Roads”, previamente mencionadas.

Descrição dos gráficos de capacidade

A Figura 8.1 fornece o exemplo de um gráfico de capacidade utilizado na determinação da


dimensão de um bueiro.

Cada gráfico contém uma série de curvas que mostram a capacidade de descarga por
3
conduto, em m /s, para diversos diâmetros de bueiros similares, em função dos níveis d’água a
montante da entrada referidos ao fundo do bueiro. Este é definido como sendo o ponto mais
baixo da transversal do bueiro.

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2,50
76

2,25 61

2,00 46 91

1,75
CARGA HIDRÁULICA (m)

1,50 L(m) 366


6
70

49
366

36 6
36
30

100 i 105
1,25

1,00

0,75

0,50

0,25
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 2,2

5,0
137
4,5
122
154
4,0
107
91
3,5
CARGA HIDRÁULICA (m)

167
3,0

3
2,5 L(m) 18
259
6
2
5

36

213 457
366

12
10

100 i 2 6
36
6 15 36 457
2,0

1,5

1,0

0,5
0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 7,0 8,0 9,0 10

DESCARGA (m³/s)

EXEMPLO PARA PROJETO USE OS GRÁFICOS E


NOMOGRAMAS DO ITEM 14
DADO
* CAPACIDADE DE BUEIRO
Q = 1,22m³/s Hw = 1,65m
TUBO CIRCULAR DE CONCRETO
L = 37m i = 0,002
ENTRADA COM BORDA RANHURADA
SELECIONADO
46 a 168
Hw = 1,43m DIÂMETROS cm cm
D= 76

Figura 8.1
Exemplo de gráfico de capacidade de bueiro

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Cada diâmetro é limitado por duas linhas, uma cheia e outra tracejada. Os números
associados a essas linhas são a relação entre o comprimento L, em metros, e 100 x i, sendo i
dado em metro por metro. As linhas tracejadas representam a máxima relação L/(100i), para a
qual a curva pode ser utilizada sem alterações. A linha cheia representa o limite entre a
operação com controle na saída e na entrada. Para valores de L/(100i) menores que os
indicados na linha cheia, o bueiro irá operar com controle na entrada e a profundidade do nível
d’água a montante será determinada através da relação L/(100i) dada pela linha cheia, a qual é
traçada a partir de resultados obtidos em modelos.

As curvas tracejadas (controle na saída) foram computadas para bueiros de diversos


comprimentos com pequenas declividades, admitindo descarga livre a jusante, ou seja, o nível
d’água a jusante não influi no comportamento do bueiro.

Para bueiros operando sob controle na saída, as perdas de carga na entrada foram
calculadas utilizando os coeficientes dados anteriormente, sendo que a rugosidade hidráulica
dos vários materiais usados na fabricação dos tubos foi levada em consideração no cálculo das
perdas por atrito, para escoamento com seção parcial ou totalmente cheia. Os valores do
coeficiente n de Manning usados para cada tipo de bueiro variaram de 0,012 a 0,032.

Com exceção dos condutos de grande diâmetro, as profundidades da linha d’água a


montante, nos gráficos, atingem até três vezes a altura do bueiro.

A linha pontilhada passando através dos gráficos mostra profundidades da linha d’água a
montante correspondente a cerca de duas vezes a altura dos condutos, e indica o limite superior
de uso recomendável dos gráficos. Acima desta linha, os níveis d’água devem ser confrontados
com os resultados obtidos dos nomogramas apresentados adiante.

A profundidade da linha d’água a montante, dada pelos gráficos, é na realidade a diferença


de cotas entre o fundo do bueiro na entrada e a carga total, isto é, a profundidade somada à

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carga cinética do escoamento no canal de aproximação. Na maioria dos casos, pode-se tomar a
indicação dada no gráfico como altura do escoamento a montante da entrada.

Quando a velocidade de aproximação exceder a 1,0 m/s, a carga cinética precisa ser
descontada do valor obtido do gráfico, a fim de se obter a profundidade real.

Utilização dos gráficos de capacidade

Para minimizar os efeitos advindos da erosão ou sedimentação, devem ser levados em


consideração os problemas relacionados no item 9.1. O procedimento a ser seguido para se
dimensionar um bueiro é sumarizado abaixo, com os dados devendo ser tabulados em planilhas
para cálculo.

3
a) Listar os dados de projeto: Q (m /s), L (m), carga hidráulica admissível a montante
Hw (m), declividade i (m/m), tipo de bueiro e de entrada.

b) Selecionar o gráfico apropriado (item 14) em função do tipo de bueiro e de entrada.


Em vários casos, para que seja possível uma comparação econômica, devem ser
selecionados diferentes tipos de bueiros e de entradas.

c) Entrar no gráfico com a descarga Q e subir até encontrar o valor da carga hidráulica
admissível. Este ponto é indicado no gráfico, através de um exemplo, pelo símbolo ⊕.

• A primeira linha cheia, abaixo deste ponto ⊕, fornece o diâmetro de bueiro e a


carga hidráulica, se L/100i, para as condições locais, não for superior ao valor
indicado na curva. A linha cheia será aplicada para qualquer comprimento de bueiro
que forneça L/100i igual ou menor que o valor indicado pela curva.

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• Para qualquer valor superior de L/100i, existe a possibilidade de que a carga


hidráulica real, para este diâmetro, possa superar a carga admissível. Se L/100i,
para as condições locais, for superior ao valor indicado pela linha cheia do passo
anterior, a carga hidráulica real é lida por interpolação ao longo da ordenada para o
valor de Q. Se este valor for superior ao da carga hidráulica admissível a montante,
então o diâmetro estudado é muito pequeno, devendo ser pesquisado um bueiro de
diâmetro imediatamente superior.

Se o nível d’água a jusante afogar o topo da saída do bueiro, os gráficos de capacidade não
podem ser utilizados. Nestas condições, o gráfico de capacidade apropriado deve ser
selecionado com o objetivo de fornecer um diâmetro aproximado de bueiro. A seguir, deve ser
utilizado o nomograma para o bueiro escolhido escoando à seção plena.

Quando a saída não é afogada, mas o valor de L/100i é superior ao apresentado no gráfico
para um determinado tipo de bueiro, pode ser utilizado o nomograma para este tipo de bueiro
escoando à seção plena. Aqui, novamente, o diâmetro de bueiro, inicialmente escolhido para o
uso do nomograma, pode ser obtido do gráfico de capacidade apropriado. Em seguida, devem
ser observadas as instruções para uso de nomograma para bueiros escoando à seção plena.
Deve ser ressaltado que, no caso do bueiro operar com pequenas descargas e saída não
afogada, ocorrerá uma superfície d’água livre no interior do mesmo, decrescendo em
profundidade para jusante e aproximando-se da profundidade crítica próximo à saída. Como
neste caso não ocorre escoamento à seção plena, a solução do nomograma apresentará uma
carga hidráulica a montante, superior à necessária. Nestes casos, uma melhor estimativa da
carga hidráulica real pode ser obtida através dos gráficos de capacidade, pela extrapolação de
uma curva correspondente ao valor de L/100i para as condições locais.

Quando a carga hidráulica admissível for superior àquela que pode ser lida das curvas dos
gráficos de capacidade, deve ser utilizado um dos nomogramas.

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• Usar o nomograma apropriado, para controle na entrada, quando L/100i for igual ou menor
que o valor dado pela curva de controle na entrada (linha cheia do gráfico de capacidade).

• Usar o nomograma apropriado para bueiro escoando à seção plena, quando L/100i for
superior ao valor indicado pela curva de controle na entrada.

Utilização dos nomogramas

Nas figuras 8.2 e 8.3 apresentam-se exemplos de dois nomogramas utilizados para projeto
de bueiros. O uso desses nomogramas está limitado ao caso em que a altura do nível d’água a
jusante for superior à profundidade crítica de escoamento no bueiro. A vantagem na utilização
dos gráficos de capacidade, em relação aos nomogramas, está em que os primeiros fornecem
diretamente os resultados procurados, ao passo que os nomogramas pressupõem um
procedimento de aproximações sucessivas. Os gráficos de capacidade não podem ser usados
quando o nível d’água a jusante afoga o topo do bueiro na saída. Os nomogramas devem ser
utilizados sempre que o nível d’água a jusante for superior à profundidade crítica do escoamento
na saída; entretanto, ambos apresentarão o mesmo resultado quando tanto um como outro
método puder ser utilizado. O procedimento para uso dos nomogramas é descrito a seguir.

3
a) Listar os dados de projeto: Q (m /s), L (m), cotas do fundo do bueiro na entrada e na
saída, Hw (m) admissível, velocidade média e máxima do escoamento no canal natural
(m/s), assim como o tipo de bueiro e de entrada para a primeira tentativa.

b) Adotar, como tentativa, um diâmetro de tubo assumindo uma velocidade média baseada
nas características do canal e calcular a área A = Q/V.

c) Determinar Hw para o bueiro escolhido, admitindo-se, primeiro, controle na entrada e


depois controle na saída. Para controle na entrada utilizar a Figura 8.2. Ligar com uma
reta o diâmetro (D) e descarga (Q) e marcar a intercessão desta linha com a escala (1)
de Hw/D. Caso sejam utilizadas as escalas (2) ou (3), estender horizontalmente o ponto

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de intercessão com (1) para escala (2) ou (3). Calcular o valor de Hw; se este for muito
elevado ou baixo, adotar outro diâmetro antes de calcular Hw para controle na saída.

A seguir, deve-se calcular Hw para controle na saída, a partir da Figura 8.3. Para tanto, entrar
no gráfico com o comprimento, coeficiente de entrada e diâmetro do tubo adotado. Por meio de
uma reta, ligar os pontos correspondentes nas escalas de comprimento e de diâmetro, para se
determinar o ponto de cruzamento na linha base. Ligar esse ponto da linha – base com a
descarga e ler a carga na escala H. Calcula-se, a seguir, Hw pela equação:

Hw = H + ho – L.i (8.1.)

Para Tw superior ou igual ao topo do bueiro ho = Tw, e para Tw menor que o topo do bueiro.

ho = (hc + D)/2 ou Tw, qual seja o mais elevado.

Se Tw for menor que hc, os nomogramas não deverão ser usados. Na equação acima, D é o
diâmetro do bueiro e hc a altura crítica que pode ser obtida a partir das diretrizes de projeto DP-
H14 – “Hidráulica em Drenagem Urbana”, da SVP/PMSP.

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(cm) (m³/s) EXEMPLO

450 300,00 D = 120cm


(1) (2) (3)
200,00 Q = 4m³/s 6
400 6
5
Hw 6
350 TIPO Hw (m) 5
100,00 D
4
5 4
( 1 ) 2,00 2,40
300
( 2 ) 1,70 2,04 4
50,00 3
( 3 ) 1,74 2,08 3
40,00
250
30,00 3

20,00
2
2
200
2
180 10,00
1,5
DIÂMETRO DA TUBULAÇÃO

O 1,5
MP L
160 EXE
1,5
5,00
140 4,00
CARGA HIDRÁULICA EM DIÂMETROS (Hw/D)

3,00
120
DESCARGA

2,00
1,0
1,0
100 1,0
Hw
1,00 ESCALA TIPO DE ENTRADA 0,9
90 D 0,9
0,9
( 1 ) BORDA EM ÂNGULO RETO
80 COM MURO DE TESTA
0,50 0,8 0,8
( 2 ) EXTREMIDADE RANHURADA 0,8
0,40
70 COM MURO DE TESTA
0,30
( 3 ) EXTREMIDADE RANHURADA
0,7 0,7
PROJETANTE
60 0,20 0,7

55

50 0,10 0,6 0,6


0,6
45 0,07
0,06 PARA PROJETO USE GRÁFICOS E
0,05 NOMOGRAMAS DO ITEM 14
40
0,04
0,5
0,5 0,5
35 0,03

30

Figura 8.2
Exemplo de nomograma para controle na entrada.

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H
Hw
ho

SEÇÃO PLENA, SAÍDA AFOGADA


(m³/s) Hw = H + ho - L.i

PARA SAÍDA NÃO AFOGADA, CALCULE Hw (m)


50,00
PELOS MÉTODOS DESCRITOS NO
LINHA BASE

40,00 0,1
PROCEDIMENTO DE PROJETO.

30,00
(cm)

20,00 300
0,2
270

240
0,3
10,00 210
0,4
8,00
180
C
O 0,5
6,00 ) 20
M

(m
P

30
0,6
R

CARGA H
150
IM
5,00
40
EN
0,7
TO

4,00 0,8
20 60
(L
DIÂMETRO DA TUBULAÇÃO

30 0,9
)

120
EM

3,00 40 80 1,0
DESCARGA

110
ME

60 10
0
100
TR

80 0
OS

2,00 12
90 0
10 0
14
0 0
80 12 15 2
0
14
ke=

0
15
ke=

70
0,2

1,00
0,5

3
0,80
60
0,70
0,60 4

0,50 50
5
0,40
6

0,30 40

PARA PROJETO USE GRÁFICOS E

0,20 NOMOGRAMAS DO ITEM 14

30

0,10

Figura 8.3
Exemplo de nomograma para controle na saída.

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d) Comparar os valores calculados de carga hidráulica e usar o valor mais elevado de Hw


para determinar se o bueiro está sob controle na entrada ou na saída. Se ocorrer
controle na saída e Hw for inaceitável, deve-se escolher um diâmetro maior e calcular o
correspondente valor de Hw através dos nomogramas de controle na saída. Caso o
menor diâmetro de bueiro tenha sido selecionado, satisfazendo o valor admissível de
Hw através dos nomogramas de controle na entrada, este controle não precisará ser
verificado para tubos com diâmetros superiores.

8.3 PROCEDIMENTO GERAL PARA O PROJETO DE BUEIROS

Considerando-se os problemas resultantes da topografia e outros que deverão ser levados


em consideração, o projeto completo de um bueiro oferece maiores dificuldades que o simples
processo para seu dimensionamento. As informações que serão fornecidas servirão apenas
como orientação para o projeto, uma vez que os problemas encontrados são muito variados e
numerosos para serem generalizados. Entretanto, o procedimento apresentado deverá ser
seguido para que nenhum problema especial seja relegado. Diversas combinações de tipos de
entrada, cotas de fundo e diâmetros de tubos deverão ser pesquisados, até que seja obtido o
projeto mais econômico, tendo em vista as condições impostas pela topografia e pela solução
técnica adotada.

Planilhas para cálculo de projeto

O uso de planilhas de cálculo torna possível a obtenção de um projeto consistente, com um


custo mínimo de bueiro. Um exemplo de planilha é apresentado na Figura 8.4.

Cotas do fundo do bueiro

Após a determinação da carga hidráulica admissível a montante, da altura d’água a jusante e


do comprimento aproximado, as cotas do bueiro deverão ser fixadas. Havendo ou não

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afogamento da entrada do bueiro, não é desejável a erosão das paredes do canal quer para a
condição de escoamento da vazão de projeto, quer para vazões menores. Para reduzir as
possibilidades de erosão no canal a montante, deve-se, numa primeira tentativa, fixar a
declividade do bueiro como sendo idêntica à do canal. Para canais naturais, as condições de
escoamento a montante do bueiro devem ser investigadas, para que seja verificada a ocorrência
de erosão. Os bueiros devem ser implantados, considerando-se o critério apresentado no item
9.1 (canais naturais).

Diâmetro do bueiro

Após a determinação da declividade do bueiro e usando-se as planilhas de cálculo, gráficos


de capacidade e nomogramas, deve-se determinar o diâmetro do conduto que satisfaça a
imposição de carga admissível a montante. O diâmetro mínimo apresentado nos gráficos de
capacidade e nomogramas é de 0,30 metros. Nas obras de drenagem no Município de São
Paulo o diâmetro mínimo a ser utilizado em bueiros é de 0,60 m. Tendo em vista que a
rugosidade do tubo influi no diâmetro do bueiro, devem ser considerados no projeto os
coeficientes de rugosidade estabelecidos na DP-H13 – Coeficiente de Rugosidade da
SVP/PMSP.

Limitação da carga hidráulica a montante

Se a carga hidráulica for insuficiente para proporcionar a descarga exigida, será necessário
considerar uma das seguintes soluções: aumentar o diâmetro do tubo, rebaixar o fundo da
entrada, adotar uma seção transversal irregular, utilizar tubos múltiplos ou bueiros celulares, ou
ainda, qualquer combinação das soluções apresentadas. Se o fundo da entrada for rebaixado,
deve-se considerar um possível solapamento, e verificar a necessidade de adotar medidas
contra essa erosão, tais como enrocamentos, estruturas verticais de concreto, gabiões, muros
de testa com soleiras e muretas de pé.

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Saída do bueiro

Deverá ser verificada a possibilidade de erosão provocada por velocidades elevadas na saída
do bueiro. Se esta possibilidade for verificada, será necessário incluir no custo do bueiro a
construção de uma seção terminal alargada, de uma estrutura de dissipação de energia, ou
então, de proteção do canal com enrocamento.

Declividade mínima

Para evitar uma possível sedimentação que iria provocar entupimento do bueiro, sua
declividade deverá ser suficiente para que seja mantida uma velocidade que proporcione sua
auto-limpeza. A declividade deverá ser verificada para cada projeto, e caso a velocidade mínima
não seja atingida, poderá ser adotada uma das seguintes soluções: aumento da declividade do
tubo, aumento do diâmetro do tubo, utilização de tubo com menor rugosidade, ou então, uma
combinação dessas soluções.

Exemplos de projeto

Os problemas-exemplos apresentados adiante ilustram os procedimentos a serem seguidos


nos projetos de bueiros.

Exemplo de bueiro sob um aterro

3
Dados: Vazão com período de retorno de 5 anos: Q5 = 0,57 m /s.

3
Vazão com período de retorno de 100 anos: Q100 = 1,00 m /s.

Comprimento: L = 29 metros

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PROJETO: PROJETISTA:
DATA:

HIDROLOGIA E DADOS PARA PROJETO CROQUIS


COTA __________ ESTACA

Q1= HS= L/100i = __


Hw
Q2= HS=

D Hs
( Q1 = VAZÃO DE PROJETO, P/EX Q25 OU Q5) COTA DECL. i
( Q2 = VAZÃO P/ VERIFICAÇÃO, P/EX Q50 OU Q100) i = _______ VEL. REAL: _______
L = _______ VEL. MÁX.: _______

DESCRIÇÃO SEÇÃO CÁLCULO DA ALTURA NA ENTRADA


GRÁFICOS DE VERIFICA
DO BUEIRO TRANSV. CONT.ENTR. CONTROLE SAÍDA Hw = H + ho + L.i ÇÃO VELOCIDADE CUSTO OBS.:
CAPACIDADE
TIPO DE Q D Hw / D Hw Ke H hc (hc + D) / 2 Hs ho L.i Hw Hw Hw NA SAÍDA
3 3
ENTRADA (m /s) (m) (m) (m) (m) (m) (m) (m) (m) (m) (m) (m) (m/s) (x 10 R$ )

SUMÁRIO E RECOMENDAÇÕES:

FIGURA 8.4 - PLANILHA PARA CÁLCULO DE BUEIROS

A cota correspondente à máxima carga hidráulica admissível a montante é fixada em


611,48 m para enchente com período de retorno de 5 anos e 612,09 m para a de 100 anos.

As cotas de fundo do canal natural são 610,41 m e 609,80 m na entrada e na saída, respec-
tivamente.

As alturas do nível d’água a jusante são de 0,76 m e 0,91 m para as vazões com 5 e 100
anos de período de retorno.

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SOLUÇÃO:

PASSO 1: Preencher os dados básicos (Figura 8.5).


Q1 = Vazão com período de retorno de 5 anos.
Q2 = Vazão com período de retorno de 100 anos.
Cota do nível d água a montante.
Cota do nível d’água a jusante.

PASSO 2: Fixar as cotas de fundo do bueiro, procurando-se evitar problemas de erosão.


Calcular a declividade i e a relação L/(100i).

PASSO 3: Admitir, inicialmente, um diâmetro de bueiro e um tipo de entrada que permitam o


escoamento da vazão com período de retorno de 5 anos, adotando uma velocidade de 2 m/s.
Neste caso, o primeiro diâmetro foi estimado através do cálculo da área da seção transversal.

A= Q/V ou seja: A = 0,57/2 = 0,29 m2, resultando um bueiro com D = 0,61 m (24 polegadas).

PASSO 4: Como a saída está afogada, o bueiro estará operando com controle na saída, não
se devendo considerar os nomogramas de controle na entrada. Adotando-se Ke = 0,5, o valor
de H encontrado é de 1,07 m, para tubo de metal corrugado.

PASSO 5: A diretriz de Macrodrenagem (DP-H16 da SVP/PMSP) fornece uma profundidade


crítica de 0,43 m e ho = Tw, resultando Hw = 1,22 m, que é muito elevada.

PASSO 6: Repetir o Passo 5 para diferentes tipos de entradas e diâmetros de bueiros, até
que seja obtido um projeto satisfatório.

PASSO 7: Calcular as velocidades de saída para cada alternativa.

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PASSO 8: Verificar o valor de Hw correspondente a descarga com período de retorno de 100


anos, para os bueiros que satisfazem as exigências da descarga com períodos de retorno de 5
anos.

PASSO 9: Calcular os custos de cada alternativa.

PASSO 10: Fazer as recomendações necessárias.

Exemplo de bueiro sob um aterro, com carga limitada

DADOS:
Q5 = 0,57 m3/s
Q100 = 1,00 m3 /s
Comprimento: L = 29 metros

A cota correspondente à máxima carga hidráulica admissível a montante é fixada em


610,56 m para a descarga com período de retorno de 5 anos, e 610,99 m para a descarga de
100 anos.

As cotas do fundo do canal são de 610,10 m na entrada e 609,34 m na saída.

SOLUÇÃO:

PASSO 1: Preencher os dados básicos.


Q1 = Vazão com período de retorno de 5 anos.
Q2 = Vazão com período de retorno de 100 anos.
Cota do nível d’água a montante.
Cota do nível d’água a jusante.

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PASSO 2: Fixar as cotas de fundo do bueiro, procurando-se evitar problemas de erosão.


Calcular a declividade de i e L/100i.

PASSO 3: Iniciar com o primeiro tipo de entrada para se obter o diâmetro do bueiro e Hw
através das curvas de capacidade, para a descarga com 5 anos de período de retorno (Figura
8.6).

PASSO 4: Verificar o valor de hc para o tubo, a fim de determinar se as curvas de capacidade


podem ser usadas.

PASSO 5: Pesquisar outros diâmetros e tipos de tubos para o valor admissível de Hw. Neste
caso, ficou clara a impossibilidade de se conseguir um tubo de diâmetro suficientemente
pequeno para manter o bueiro coroado sob o aterro, usando as cotas do canal natural e
satisfazendo os requisitos de carga hidráulica a montante.

PASSO 6: Considerando-se um rebaixamento da entrada do bueiro, verifica-se que com 0,30


m adicionais de queda ficam satisfeitos os requisitos de carga hidráulica na entrada. Esta
solução requer uma comparação de custos para as várias alternativas, como o uso de gabiões,
enrocamento, etc. (Figura 8.7).

PASSO 7: Calcular as velocidades de saída para cada alternativa.

PASSO 8: Verificar o valor de Hw correspondente à descarga com período de retorno de 100


anos, para os bueiros que satisfazem as condições impostas pela descarga com período de
retorno de 5 anos.

PASSO 9: Calcular os custos de cada alternativa.

PASSO 10: Fazer as recomendações necessárias.

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PROJETO: EXEMPLO PROJETISTA:


DATA:

HIDROLOGIA E DADOS PARA PROJETO CROQUIS


COTA 611,48 / 612,09 ESTACA

3
Q 1= 0,57 m /s HS= 0,76 m L/100i = 11
Hw= 1,07
3
Q 2= 1,00 m /s HS= 0,91 m

D Hs=0,76
( Q1 = VAZÃO DE PROJETO, P/EX Q25 OU Q5) COTA 610,41 DECL. i
( Q2 = VAZÃO P/ VERIFICAÇÃO, P/EX Q50 OU Q100) i = 0,021 VEL. REAL: 1,10 m/s
L = 29 m VEL. MÁX.: 1,65 m/s

DESCRIÇÃO SEÇÃO CÁLCULO DA ALTURA NA ENTRADA


GRÁFICOS DE VERIFICA
DO BUEIRO TRANSV. CONT.ENTR. CONTROLE SAÍDA Hw = H + ho + L.i ÇÃO
VELOCIDADE CUSTO OBS.:
CAPACIDADE
TIPO DE Q D Hw / D Hw Ke H hc (hc + D) / 2 Hs ho L.i Hw Hw Hw NA SAÍDA
3 3
ENTRADA (m /s) (m) (m) (m) (m) (m) (m) (m) (m) (m) (m) (m) (m/s) (x 10 R$ )
tubo de metal saída do bueiro
corrugado 0,57 0,61 0,50 1,07 0,43 0,52 0,76 0,76 0,61 1,22 não afogada contr. saida
tubo de metal
corrugado 0,56 0,69 0,50 0,60 0,46 0,58 0,76 0,76 0,61 0,75 0,75 1,50 16,50 "
tubo de c/ enroc.
concreto 0,57 0,61 0,43 0,52 0,76 0,76 0,61 0,59 0,59 1,95 16,50 "
tubo de c/ enroc.
concreto 0,57 0,53 0,76 0,76 0,61 0,94 0,94 2,58 19,00 "
tubo de metal
corrugado 1,00 0,69 0,91 0,91 0,61 2,13 2,13 "
tubo de
concreto 1,00 0,61 0,91 0,91 0,61 1,65 1,65 "
SUMÁRIO E RECOMENDAÇÕES:
É recomendado o uso de tubo de concreto (D=0,61m=24") pela maior segurança oferecida para a enchente com 100 anos
de período de retorno, por um custo equivalente ao tubo demetal corrugado

FIGURA 8.5 - PLANILHA PARA CÁLCULO DE BUEIROS

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PROJETO: EXEMPLO PROJETISTA:


DATA:

HIDROLOGIA E DADOS PARA PROJETO CROQUIS


COTA 610,56/610,99 ESTACA
3
Q1= 0,57 m /s HS= 0,30 m L/100i = 11
Hw= 0,46
3
Q2= 1,00 m /s HS= 0,43 m

D Hs=0,30
( Q1 = VAZÃO DE PROJETO, P/EX Q25 OU Q5) COTA 610,00 DECL. i
( Q2 = VAZÃO P/ VERIFICAÇÃO, P/EX Q50 OU Q100) i = 0,0262 VEL. REAL:0,94 m/s
L = 29 m VEL. MÁX.:1,22 m/s

DESCRIÇÃO SEÇÃO CÁLCULO DA ALTURA NA ENTRADA


GRÁFICOS DE VERIFICA
DO BUEIRO TRANSV. CONT.ENTR. CONTROLE SAÍDA Hw = H + ho + L.i CAPACIDADE ÇÃO VELOCIDADE CUSTO OBS.:
TIPO DE Q D Hw / D Hw Ke H hc (hc + D) / 2 Hs ho L.i Hw Hw Hw NA SAÍDA
3 3
ENTRADA (m /s) (m) (m) (m) (m) (m) (m) (m) (m) (m) (m) (m) (m/s) (x 10 R$ )
tubo de metal
corrugado 0,57 0,69 1,13 0,77

tubo de metal Não existe conduto


corrugado 0,57 0,76 0,7 p/ Hw suficiente baixo

tubo de
concreto 0,57 0,69 0,67

SUMÁRIO E RECOMENDAÇÕES:
Não usar nenhuma destas indicações; veja a folha seguinte.

FIGURA 8.6 - PLANILHA PARA CÁLCULO DE BUEIROS

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PROJETO: EXEMPLO PROJETISTA:


DATA:
HIDROLOGIA E DADOS PARA PROJETO CROQUIS
COTA 610,56 ESTACA
3
Q 1= 0,57 m /s H S= 0,30 m L/100i = 18
Hw= 0,76
3
Q 2= 1,00 m /s H S= 0,43 m

D Hs=0,30
( Q 1 = VAZÃO DE PROJETO, P/EX Q 25 OU Q 5 ) COTA 609,80 DECL. i
( Q 2 = VAZÃO P/ VERIFICAÇÃO, P/EX Q 50 OU Q 100 ) i = 0,0158 VEL. REAL: 0,94 m /s
L = 29 m VEL. MÁX.: 1,22 m /s

DESCRIÇÃO SEÇÃO CÁLCULO DA ALTURA NA ENTRADA


GRÁFICOS DE VERIFICA
DO BUEIRO TRANSV. CONT.ENTR. CONTROLE SAÍDA Hw = H + ho + L.i ÇÃO
VELOCIDADE CUSTO OBS.:
CAPACIDADE
TIPO DE Q D Hw / D Hw Ke H hc (hc + D) / 2 Hs ho L.i Hw Hw Hw NA SAÍDA
ENTRADA (m 3/s) (m) (m) (m) (m) (m) (m) (m) (m) (m) (m) (m) (m/s) (x 10 3R$ )
tubo metal corrug.
entr.vert.c/gabiões 0,57 0,69 0,46 0,76 0,76 1,52 18,60
tubo metal corrug.
com enrocamento 0,57 0,69 0,46 0,76 0,76 1,52 18,60
muro de testa e
enrocamento 0,57 0,69 0,46 0,76 0,76 1,52 21,50
tubo de concreto
entr.vert.c/gabiões 0,57 0,61 0,43 0,82
tubo de concreto
entr.vert.c/gabiões 0,57 0,69 0,46 0,70 0,70 1,52 20,00
tubo metal corrug.
entr.vert.c/gabiões 1,00 0,69 1,13
tubo de concreto
entr.vert.c/gabiões 1,00 0,69 1,07
SUMÁRIO E RECOMENDAÇÕES:
O uso de gabiões oferece maior proteção contra erosão, a montante, além de reduzir a sedimentação na entrada do bueiro. A redução de Hw provocada pelo tubo de concreto é
insignificante. Deve-se usar tubo metal corrugado (D = 0,69m = 27") , com gabiões.

FIGURA 8.7 - PLANILHA PARA CÁLCULO DE BUEIROS

9. CONSIDERAÇÕES ESPECIAIS SOBRE BUEIROS

9.1 EROSÃO E SEDIMENTAÇÃO

Os fenômenos de erosão e sedimentação são de difícil análise, não sendo suscetíveis de


sistematização através de tabelas ou fórmulas. Nos casos em que houver dúvida quanto à
possibilidade de ocorrência de erosão ou sedimentação, deve ser proporcionada suficiente
proteção compatível com a importância da estrutura e das propriedades vizinhas.

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Canais artificiais

A declividade e a geometria de um canal artificial devem ser fixadas de maneira que os


processos de erosão ou sedimentação que eventualmente ocorram sejam significativamente
inferiores aos que seriam observados, admitindo-se a situação de canal natural. Para impedir
erosão e deposição, as cotas do fundo do bueiro devem ser fixadas após uma análise detalhada
da linha de energia.

Canais naturais

Os canais naturais representam um sério desafio para o bom desempenho de um bueiro.


Quando a declividade do canal a montante se reduz, existe grande possibilidade de ocorrer
sedimentação. No caso de ocorrer suficiente cobertura do aterro, o bueiro pode ser elevado de
cerca da metade do seu diâmetro sobre o greide do canal, desde que o conseqüente aumento
do nível d’água a montante seja aceitável. Não sendo possível esta elevação, deve-se
selecionar um bueiro de maior diâmetro. Por outro lado, quando houver um aumento da
declividade nas proximidades do bueiro, deve ser providenciada proteção contra a erosão que aí
possa ocorrer.

A implantação de um bueiro em um canal natural deve ser precedida de uma inspeção local,
para que fique estabelecido se as condições naturais do canal são de deposição, erosão ou de
estabilidade.

9.2 CANAIS OBLÍQUOS AOS BUEIROS

Um bueiro, sempre que possível, deve ter o mesmo alinhamento do canal. Freqüentemente,
essa situação não ocorre, sendo necessário o uso de muros de ala e de testa, além de
revestimento de fundo com configurações semelhantes às da Figura 7.3. Estes dispositivos têm
o objetivo de proteger o canal contra a erosão, além de tornar a entrada mais eficiente.

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9.3 TOMBAMENTO DA ENTRADA

Nos bueiros funcionando em regime livre (portanto sem pressão interna), porém com altas
cargas desequilibradas, é comum surgirem grandes momentos de tombamento na estrutura de
entrada, devido à predominância das forças de pressão. Este problema merece especial
atenção, nos casos em que as profundidades a montante do bueiro atingem 5 metros ou mais. É
conveniente, nesses casos, escolher um bueiro com menor diâmetro e que funcione em carga,
de maneira que, as pressões internas e externas não sejam apreciavelmente diferentes,
garantindo melhores condições de estabilidade à estrutura.

10. ENTRADAS DE GALERIAS DE CONCRETO

Os projetos de entradas de galerias de concreto devem, quanto aos aspectos hidráulicos,


dispensar tantos cuidados quantos para o caso de bueiros circulares. Quanto mais elevado for o
aterro e mais longo o conduto, tanto mais importante deve ser o projeto da entrada, tendo em
vista reduzir os custos de implantação. Nos casos de aterros elevados, sob o ponto de vista
estrutural, um bueiro de seção transversal reduzida representa sensível economia de
investimento. Para condutos longos, a importância do custo do metro linear se torna ainda mais
significativa.

O projetista, ao analisar as possibilidades de redução das dimensões do conduto, deve ter


em conta os seguintes aspectos:

• Custo de entradas especiais;


• Pressões internas admissíveis no conduto;
• Sedimentação a montante;

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• Velocidade na saída e erosão a jusante;


• Deposição de detritos na entrada;
• Carga hidráulica admissível a montante.

10.1 ENTRADAS COMUNS DE BUEIROS

Em geral, os bueiros são relativamente curtos, e o custo relativo de uma entrada é alto se
comparado com o mesmo custo para o caso de um bueiro longo. Assim sendo, a entrada de um
bueiro deve ser dimensionada de forma a oferecer proteção suficiente, a um custo relativamente
baixo. Esta solução pode ser obtida através de muros de ala similares aos apresentados no
item 7.

Tendo-se em vista suas dimensões, as entradas de bueiros devem ser projetadas como
muros de arrimo, e caso seja necessário, o uso de lajes de fundo a montante para impedir
erosão do canal, estas devem resistir à subpressão.

10.2 ENTRADAS ESPECIAIS PARA BUEIROS

Entradas para bueiros não podem ser caracterizadas de forma geral, sendo impossível
apresentar coeficientes, curvas ou tabelas para o projeto das mesmas. Uma entrada especial,
freqüentemente é escolhida, tendo em vista, uma função específica, como a redução das perdas
de carga na entrada a valores bem abaixo dos obtidos com entradas comuns, ou proporcionar a
conversão de energia potencial (nível d’água elevado, a montante) em energia cinética
(velocidade). Entradas especiais são também utilizadas para limitar a descarga no conduto,
provocando armazenamento a montante e reduzindo a descarga de pico.

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11. ENTRADAS DE CONDUTOS LONGOS

Os condutos longos apresentam custos elevados e exigem um trabalho detalhado de


engenharia, planejamento e projeto. Nestes casos, as entradas são extremamente importantes
para o perfeito funcionamento do conduto e devem receber especial atenção no seu projeto.

11.1 ENTRADAS ESPECIAIS

A maior parte dos condutos longos requer considerações especiais quanto à estrutura de
entrada, para satisfazer as características hidráulicas particulares do conduto. Geralmente,
testes em modelos hidráulicos resultarão na construção de uma entrada mais eficiente e menos
dispendiosa.

12. CONSIDERAÇÕES GERAIS

12.1 ENTRADAS DE CANAIS ABERTOS

As entradas de canais abertos freqüentemente exigem planejamento e projeto tão


cuidadosos quanto o dispensado aos bueiros e condutos longos, para que seja alcançado o
necessário desempenho hidráulico.

O projetista deve analisar as características do gradiente de energia para que sejam


asseguradas condições para uma equilibrada distribuição de energia, além de um controle de
velocidade e perda de energia que, juntamente com outros fatores, controlam as características
do escoamento a jusante. As confluências de canais, em particular, devem ter cuidadoso projeto
hidráulico para eliminar problemas de erosão, reduzir a ocorrência de ondas e minimizar os
efeitos de remanso.

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12.2 TRANSIÇÕES

As transições de condutos fechados para canais abertos, ou de regimes subcríticos para


supercríticos, devem ser projetadas com base nos conceitos de conservação de energia e de
hidráulica de canais abertos. Normalmente, o projetista deverá ter como objetivo evitar
excessiva perda de energia, ondas transversais e turbulência. São necessários, também,
cuidados especiais com vista a evitar erosão e extravasamento do canal.

As transições em regime supercrítico devem receber maior atenção que a dedicada


normalmente às transições em regime subcrítico. Em geral, se o escoamento for tranqüilo,
pode-se utilizar uma transição ao longo da qual os eixos dos condutos se mantenham alinhados,
com suas paredes formando um ângulo de cerca de 12°30'. Devem ser tomados cuidados
contra a formação de ressalto hidráulico e de velocidades que possam proporcionar o
surgimento de altura crítica. Escoamentos com números de Froude entre 0,9 e 1,1 devem ser
evitados.

13. GRADES

A única função das grades nas entradas de bueiros é evitar a admissão de material que
possa provocar a obstrução do mesmo. Observa-se, no entanto, que durante a ocorrência de
grandes descargas, as grades se encontram bloqueadas por detritos, reduzindo drasticamente a
capacidade do bueiro. Para que este fato não ocorra, o vão entre as suas barras deve ser
suficientemente grande para permitir a passagem fácil, entre elas, dos materiais de menor porte.
Um vão entre as barras de no mínimo metade a um terço da menor dimensão do bueiro será
suficiente.

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13.1 GRADES PASSÍVEIS DE TOMBAMENTO

Em grandes bueiros onde as grades sejam necessárias, o uso do tipo passível de


tombamento é o mais recomendado. Estas grades devem ser cuidadosamente projetadas, sob o
ponto de vista estrutural, para que o tombamento se dê com uma carga hidrostática de cerca de
metade da máxima carga admissível a montante. Este tombamento da grade deve desobstruir a
seção do canal de forma a permitir uma operação adequada da entrada do bueiro. Isto pode ser
obtido, por exemplo, usando-se como apoio um eixo descentrado na vertical, o que provoca o
tombamento da grade quando da atuação de um empuxo em toda a vertical.

13.2 GRADES SITUADAS A MONTANTE

Em substituição às grades passíveis de tombamento e quando houver risco à segurança,


uma grade situada a montante da tomada, a uma distância razoável, é freqüentemente a
solução mais satisfatória. Este tipo de grade pode ser constituído por uma série de tubos
verticais ou de postes cravados no canal de aproximação. Quando ocorrer bloqueio da grade, a
água ficará represada até atingir níveis suficientes para passar por cima da mesma, atingindo o
bueiro.

14. GRÁFICOS DE CAPACIDADE E NOMOGRAMAS

Cada gráfico de capacidade apresenta uma série de diâmetros de um determinado tipo de


bueiro, com respectiva entrada, para uma certa gama de vazões. Para cada diâmetro, é
apresentada uma curva em linha cheia, que indica controle de entrada, e uma ou mais curvas
tracejadas, indicando controle na saída. Todas as curvas são identificadas por um número
índice, L/100i, onde L é o comprimento do conduto, em metros, e i é a declividade do bueiro em
m/m.

A linha cheia, para um determinado diâmetro, fornece a máxima descarga possível para uma
determinada carga a montante do bueiro. Não haverá redução na carga hidráulica a montante,
para uma dada vazão, caso o valor de L/100i seja inferior ao indicado pela linha cheia. No

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entanto, a comparação de curvas para os vários tipos de entrada mostrará diferentes cargas
hidráulicas a montante para uma dada vazão. Para qualquer ponto sobre a linha cheia, pode ser
admitido que o bueiro esteja operando com controle na entrada, isto é, a carga hidráulica
dependerá somente do tipo de entrada adotado.

As curvas tracejadas indicam a relação carga hidráulica-vazão para bueiros operando com
controle na saída. Neste caso, a carga a montante irá depender do comprimento, declividade e
perdas no conduto. O bueiro irá operar parcialmente cheio, enquanto o nível d’água a montante,
estiver substancialmente abaixo do topo do bueiro na entrada. Nos gráficos onde não existir
linha tracejada para um determinado diâmetro, a carga hidráulica operacional para controle na
saída será tão próxima da carga para controle na entrada, que a curva cheia poderá ser
utilizada, sem que se incorra em erro significativo.

14.1 DISPOSIÇÃO DAS CURVAS

As curvas são dispostas, de modo que a interpolação linear para o cálculo da carga hidráulica
possa ser feita entre as curvas de controle na entrada e na saída, de acordo com o valor de
L/100i obtido para um dado diâmetro de bueiro. Assim, se o valor numérico de L/100i (baseado
nas condições locais) estiver situado à meia distância entre a curva cheia e a tracejada relativas
a um diâmetro, o valor de Hw para um determinado Q pode ser obtido por interpolação, tomando
o ponto, a meia distância, entre as referidas curvas. A interpolação pode também ser feita, caso
se deseje obter uma determinada vazão Q para um dado Hw, seguindo o procedimento descrito
anteriormente.

É possível, também, efetuar uma interpolação linear para diâmetros intermediários aos
fornecidos pelos gráficos. Neste caso, se L/100i for igual ou menor que o indicado pelas linhas
cheias, para os dois diâmetros adjacentes, deve-se interpolar diretamente entre estas duas
linhas, em função do diâmetro do bueiro escolhido. Quando L/100i for superior ao indicado pelas
duas linhas cheias adjacentes, deve-se interpolar, inicialmente, L/100i para cada diâmetro
adjacente e, a seguir, fazer a interpolação entre esses pontos para localizar o valor de Hw em

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função do diâmetro escolhido. A precisão não é essencial, uma vez que o diâmetro selecionado
para a descarga de projeto raramente requer a carga total proporcionada pelas condições locais.

Os gráficos podem também ser aplicados para a seleção de um bueiro quando sua
declividade for nula. Neste caso, o valor de L/l00i não pode ser calculado. Esta dificuldade pode
ser facilmente contornada admitindo-se uma pequena declividade para o conduto, com o
propósito de se calcular o valor de L/100i. Em geral, usa-se i=0,002 para condutos de concreto e
i=0,004 para tubos de metal corrugado. Inicialmente, deve ser obtido Hw do gráfico para o valor
hipotético de L/100i. Este valor de Hw deve ser acrescido de Li, que representa a queda do
conduto admitido no cálculo.

As linhas pontilhadas são traçadas para valores de Hw equivalentes ao dobro do diâmetro do


conduto. O uso dos gráficos de capacidade oferece grande precisão, sempre que os valores de
Hw obtidos estejam abaixo da linha pontilhada. Por outro lado, para valores de Hw acima da
referida linha, nos casos de controle na saída, a precisão diminui para certas combinações de
comprimento, declividade e rugosidade do conduto. Neste caso, Hw pode ser calculado com
segurança através do uso dos nomogramas para escoamento à seção plena, utilizando o
diâmetro determinado por estes gráficos de capacidade.

Para os casos de baixa carga hidráulica, os gráficos de capacidade apresentados são


bastante precisos. Eles abrangem uma faixa de valores que incluem cargas inferiores à altura do
conduto. É justamente nesta faixa de valores de vazões que os nomogramas para escoamento
à seção plena têm menos aplicação.

A seguir, são apresentados os gráficos de capacidade e os nomogramas, que cobrem toda a


gama de aplicações comumente encontradas em drenagem urbana. Estes gráficos foram
transcritos de publicações do “U.S. Bureau of Public Roads”, mencionadas no item 8.

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2,6

2,4
61 76
2,2
46 91
2,0

1,8

1,6 L(m)
CARGA HIDRÁULICA (m)

137

100 i
46

7
46
137

46

7
13

46
13
1,4

1,2

1,0

0,8

0,6

0,4

0,2
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6

DESCARGA (m³/s)

2,6
UTILIZAR O GRÁFICO ACIMA
2,4 PARA VALORES SUPERIORES DE
L
2,2 100 i
61 76
2,0
46
1,8
91
1,6
CARGA HIDRÁULICA (m)

1,4 L(m)
5 46
46

6
46

100 i
3

46
2

1,2

1,0

0,8

0,6

0,4

0,2
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6

DESCARGA (m³/s)

EXEMPLO

DADO
CAPACIDADE DE BUEIRO
Q = 1,22m³/s TUBO CIRCULAR DE METAL CORRUGADO
Hw =* CARGA HIDRÁULUICA ENTRADA COM MURO DE TESTA
ADMISS VEL A MONTANTE = 1,50m
46 91
L = 22m i = 0,003 DIÂMETROS cm a cm

SELECIONADO
Hw = 1,34m
D= 91

Figura 14.1

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5,2

4,8 152
137 168
4,4

4,0
91 107 122
3,6

3,2
CARGA HIDRÁULICA (m)

2,8 L(m) 7
7
137

137

13 1
46
13

61
3 61

7
18
46

100 i
46

13
6
2,4

2,0

1,6

1,2

0,8

0,4
0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 7,0 8,0 9,0 10,0

DESCARGA (m³/s)

5,2
UTILIZAR O GRÁFICO ACIMA
4,8 152
PARA VALORES SUPERIORES DE
L
4,4
100 i 137

4,0 168
122
107
3,6
91
3,2
CARGA HIDRÁULICA (m)

2,8 L(m)
61 21
61
46

15 46
12
46

18
46

100 i
2,4

2,0

1,6

1,2

0,8

0,4
0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 7,0 8,0 9,0 10,0

DESCARGA (m³/s)
EXEMPLO

DADO
CAPACIDADE DE BUEIRO
Q = 3,70m³/s Hw = 1,90m *
TUBO CIRCULAR DE METAL CORRUGADO
ENTRADA COM MURO DE TESTA
L = 37m i = 0,025
91 168
DIÂMETROS cm a cm

SELECIONADO
Hw = 1,70m

D= 137

Figura 14.2

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7,6

7,2
213 244 274
6,8
305
6,4 183

6,0

5,6
L(m)
305

5 64

52
3
34
183

30

18

43
5
100 i

5
5,2
30

30
305
183

24

4,8
CARGA HIDRÁULICA (m)

4,4

4,0

3,6
EXTENSÃO DO GRÁFICO INFERIOR
3,2

2,8

2,4

2,2
3 6 9 12 15 18 21 24 27 30 33 36

DESCARGA (m³/s)

3,6
183 213
3,2 244
5 83 34
L(m) 30 1 274
5 183
30
3

2,8
18

100 i 24
CARGA HIDRÁULICA (m)

305
30

52
2,4 305 305
43 64

2,0

1,6 305
274
1,2 244

0,8

0,4
0 2 4 6 8 10 12 14 16

DESCARGA (m³/s)
EXEMPLO

DADO
CAPACIDADE DE BUEIRO
Q = 10,8m³/s Hw = 2,90m * TUBO CIRCULAR DE METAL CORRUGADO
ENTRADA COM MURO DE TESTA
L = 37m i = 0,0083
183 305
DIÂMETROS cm a cm
SELECIONADO
Hw = 2,68m

D= 213

Figura 14.3

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2,6
91
76
2,4
61
2,2
46
2,0

1,8

1,6
CARGA HIDRÁULICA (m)

L(m)

137
137

7 76

7
13

61
46
46

13
100 i
1,4

1,2

1,0

0,8

0,6

0,4

0,2
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6

DESCARGA (m³/s)

2,6

2,4 76

2,2 61

2,0 91
46

1,8

1,6
CARGA HIDRÁULICA (m)

L(m)
76 15
46

61
46
3

9
6

100 i
1,4

1,2

1,0

0,8

0,6

0,4

0,2
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6

DESCARGA (m³/s)

EXEMPLO

DADO
CAPACIDADE DE BUEIRO
*
Q = 0,93m³/s Hw = 1,60m TUBO CIRCULAR DE METAL CORRUGADO
ENTRADA PROJETANTE
L = 21m i = 0,005
46 a 91
DIÂMETROS cm cm

SELECIONADO
Hw = 1,50m

D= 76

Figura 14.4

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5,2
152 168
4,8
137
4,4

4,0
107 122
3,6
91
3,2
CARGA HIDRÁULICA (m)

L(m)

7
183
76

183
3

91
7

18

10

3
18 10

7
91

18
137

13
2,8 100 i

2,4

2,0

1,6

1,2

0,8

0,4
0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 7,0 8,0 9,0 10,0

DESCARGA (m³/s)

5,2
UTILIZAR O GRÁFICO ACIMA 152
168
4,8 PARA VALORES SUPERIORES DE 137
L
4,4
100 i

4,0
122
3,6 91 107

3,2
CARGA HIDRÁULICA (m)

2,8 L(m) 7
13
15
76

91

40
7

7
91

46
23
18

13
10

30

100 i
2,4

2,0

1,6

1,2

0,8

0,4
0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 7,0 8,0 9,0 10,0

DESCARGA (m³/s)

EXEMPLO

DADO
CAPACIDADE DE BUEIRO
Q = 3,26m³/s Hw = 2,87m * TUBO CIRCULAR DE METAL CORRUGADO
ENTRADA PROJETANTE
L = 41m i = 0,0034

DIÂMETROS 91 a 168
cm cm
SELECIONADO
Hw = 2,62m

D= 122

Figura 14.5

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7,6

7,2
213 244 274 305
6,8

183
6,4

6,0
CARGA HIDRÁULICA (m)

5,6 L(m)
52

305
305

70

5
305

91
183

30 7
183

30

3
13 100 i

18

11
5,2

4,8

4,4

4,0

3,6
EXTENSÃO DO GRÁFICO INFERIOR
3,2

2,8

2,4
9 12 15 18 21 24 27 30 33 36 39 42

DESCARGA (m³/s)

3,6
183 213 244
3,2 274
L(m)
3 0 1 83 91
52 5 70
3

30 18 30 305
5

113 305
18

100 i 305
30

2,8
CARGA HIDRÁULICA (m)

137
2,4

2,0

1,6 305

274
1,2 244

0,8

0,4
0 2 4 6 8 10 12 14 16

DESCARGA (m³/s)
EXEMPLO

DADO
CAPACIDADE DE BUEIRO
Q = 15,0m³/s Hw = 4,21m *
TUBO CIRCULAR DE METAL CORRUGADO
ENTRADA PROJETANTE
L = 82m i = 0,0060
183 a 305
DIÂMETROS cm cm
SELECIONADO
Hw = 3,96m

D= 229

Figura 14.6

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2,6
76
2,4
61 91
2,2

2,0 46

1,8

1,6
CARGA HIDRÁULICA (m)

L(m)
7

70
6 13
43
366

1
366 36

10
6
100 i
1,4

36
1,2

1,0

0,8

0,6

0,4

0,2
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 2,2

DESCARGA (m³/s)

5,2

4,8 152

137
4,4
168
4,0 122
107
3,6
91
3,2
CARGA HIDRÁULICA (m)

2,8 L(m)
4 5 6
7
9

0 36
366

33
137

0 27
6

42
22

61 61 610
18
36

100 i
2,4

2,0

1,6

1,2

0,8

0,4
0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 7,0 8,0 9,0 10,0

DESCARGA (m³/s)
EXEMPLO

DADO CAPACIDADE DE BUEIRO


TUBO CIRCULAR DE CONCRETO
Q = 1,36m³/s Hw = 1,46m *
ENTRADA COM BORDA EM ÂNGULO RETO

L = 18m i = 0,003
46 a 168
DIÂMETROS cm cm

SELECIONADO
Hw = 1,20m

D= 91

Figura 14.7

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8,5

8,0 274 305 335


366
244
7,5
395
7,0
213
6,5

6,0
CARGA HIDRÁULICA (m)

457
671

183
5,5
823

06

58
549

24

41
10

11 81 L(m)
15

13
5,0 19
100 i
427

4,5

4,0
EXTENSÃO DO GRÁFICO INFERIOR

3,5

3,0
15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75 80

DESCARGA (m³/s)

4,5

152 183 213 244 274 305 335


4,0
366
3,5
396
CARGA HIDRÁULICA (m)

457
L(m)
3,0
7

1
134 1524
33510

8
42

100 i 3 100
6 115 1981
6

1 82
0

67
9
61

54

2,5

2,0

1,5

1,0
3 6 9 12 15 18 21 24 27 30 33

DESCARGA (m³/s)
EXEMPLO

DADO
CAPACIDADE DE BUEIRO
Q = 26,9m³/s Hw = 4,90m * TUBO CIRCULAR DE CONCRETO
ENTRADA COM BORDA EM ÂNGULO RETO
L = 146m i = 0,040

DIÂMETROS 152 a 457


cm cm
SELECIONADO
Hw = 4,57m
D= 274

Figura 14.8

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DP-H11 Diretrizes de Projeto para Bueiros 30/06/99


2,6

2,4 76

2,2
61
2,0 91
46
1,8

1,6
CARGA HIDRÁULICA (m)

L(m)
6 91

49
36
366

366
70
30

6
100 i

36
1,4

1,2

1,0

0,8

0,6

0,4

0,2
0,0 0,2 0,4 0,6 0,8 1,0 1,2 1,4 1,6 1,8 2,0 2,2

DESCARGA (m³/s)

5,2

4,8
137

4,4 152
122
4,0
107
3,6
91
168
3,2
CARGA HIDRÁULICA (m)

2,8 L(m) 3
6 3 45
7 21 457 259
6

36
366

2
91

18
36
36

15
12

100 i
2,4

2,0

1,6

1,2

0,8

0,4
0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 7,0 8,0 9,0 10,0

DESCARGA (m³/s)
EXEMPLO

DADO CAPACIDADE DE BUEIRO


* TUBO CIRCULAR DE CONCRETO
Q = 1,22m³/s Hw = 1,65m
ENTRADA COM BORDA RANHURADA
L = 37m i = 0,002

DIÂMETROS 46 a 168
cm cm
SELECIONADO
Hw = 1,43m
D= 76

Figura 14.9

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8,5

8,0
274 305 335 366

7,5 244

7,0
396
6,5 213
CARGA HIDRÁULICA (m)

6,0

3
605
97

83
10

5
183

97
73
5,5
457
488
396

2
5,0 137
305

L(m)
100 i
4,5

4,0
EXTENSÃO DO GRÁFICO INFERIOR
3,5

3,0
15 20 25 30 35 40 45 50 55 60 65 70 75

DESCARGA (m³/s)

4,5
183 213 305
152 274 335
4,0
244
366
3,5 396
CARGA HIDRÁULICA (m)

L(m)
213
610

30 0

8 975 1097 457


61

853
5

48 732
6

100 i
610
39

3,0 1352

2,5

2,0

1,5

1,0
3 6 9 12 15 18 21 24 27 30 33 36

DESCARGA (m³/s)

EXEMPLO

DADO CAPACIDADE DE BUEIRO


TUBO CIRCULAR DE CONCRETO
Q = 13,9m³/s Hw = 2,93m * ENTRADA COM BORDA RANHURADA

L = 18m i = 0,000
152 457
DIÂMETROS cm a cm

SELECIONADO
Hw = 2,80m

D= 229

Figura 14.10

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D = 120cm
480
300,00
Q = 4m³/s (1)
420 200,00
Hw (2)
TIPO Hw (m) 6
360 D (3)
5 6
100,00
330 ( 1 ) 1,90 2,20
80,00 5 6
( 2 ) 2,22 2,66 4
300 60,00 5
50,00 ( 3 ) 2,28 2,74 4
270 4
40,00 3

240 30,00 3
3
20,00
210 2

10,00 2
180 2
O
MPL
EXE 1,5

150 5,00 1,5 1,5


4,00
DIÂMETRO DA TUBULAÇÃO

CARGA HIDRÁULICA EM DIÂMETROS (Hw/D)


3,00
120
2,00
DESCARGA

108 1,0 1,0


Hw 1,0
96 1,00 ESCALA TIPO DE ENTRADA
D 0,9 0,9
0,80
84 0,60 0,9
( 1 ) MURO DE TESTA 0,8
0,50 0,8
0,40 ( 2 ) INCLINADA PARA SE
72 0,8
0,30 AJUSTAR AO TALUDE
0,7 0,7
( 3 ) PROJETANTE
60 0,20
0,7
54
0,10 0,6
0,6
48
0,08 0,6
0,06
42
0,05
PARA USAR A ESCALA (2) ou (3)
0,04 PROJETE HORIZONTALMENTE O 0,5
36 PONTO DA ESCALA (1)
0,5
0,03 0,5
33

30

(1) (2) (3)

Figura 14.11
Carga hidráulica a montante para tubos de metal corrugado com controle na entrada

-299-
PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO

DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA
EMITENTE
SECRETARIA DE VIAS PÚBLICAS
SUPERINTENDÊNCIAS DE PROJETOS E DE OBRAS

REFERÊNCIA ASSUNTO: DIRETRIZES DE PROJETO DE HIDRÁULICA E DRENAGEM DATA

DP-H11 Diretrizes de Projeto para Bueiros 30/06/99

EXEMPLO
(m³/s)
(cm) D = 90cm
300,00 (2)
Q = 2m³/s (3)
420
200,00 6
(1) 6
Hw
360 TIPO Hw (m) 5
D 6 5
100,00
( 1 ) 2,00 1,80 4
5 4
80,00
300
60,00 ( 2 ) 1,70 1,53
4
270 50,00 3
( 3 ) 1,75 1,58 3
40,00
240 30,00 3

210 20,00 2
2

2
180
10,00
165 1,5
1,5
DIÂMETRO DA TUBULAÇÃO

150 PLO 1,5


5,00 EM
EX
135 4,00

3,00
120
CARGA HIDRÁULICA EM DIÂMETROS (Hw/D)

2,00
105 1,0 1,0
1,0
1,00 0,9 0,9
90
DESCARGA

0,80 0,9
Hw
0,60 ESCALA TIPO DE ENTRADA
D 0,8 0,8
75 0,50
0,8
0,40
( 1 ) BORDA EM ÂNGULO RETO
66 0,30 COM MURO DE TESTA
0,7 0,7
60 ( 2 ) EXTREMIDADE RANHURADA 0,7
0,20
COM MURO DE TESTA
54
( 3 ) EXTREMIDADE RANHURADA

0,10 PROJETANTE 0,6


48 0,6
0,6
0,08
42 0,06 PARA USAR A ESCALA (2) ou (3)
0,05 PROJETE HORIZONTALMENTE O
PONTO DA ESCALA (1)
0,04
36 0,5
0,5 0,5
0,03

30

Figura 14.12
Carga hidráulica a montante para tubos de concreto com controle na entrada

-300-
PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO

DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA
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SECRETARIA DE VIAS PÚBLICAS
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REFERÊNCIA ASSUNTO: DIRETRIZES DE PROJETO DE HIDRÁULICA E DRENAGEM DATA

DP-H11 Diretrizes de Projeto para Bueiros 30/06/99

(cm) b e c d TIPO DE
480 D D D D ENTRADA

0,042 0,063 0,042 0,082 A


420 0,083 0,125 0,042 0,125 B

ANEL CHANFRADO
360 (m³/s) A B
ÂNGULO MÍN. 300º
330

LINHA BASE
80,00 c
300 60,00 d 3,6 3
b
50,00
270 3
40,00
e
240 30,00
DIÂM.= D
2
20,00
210 2

PLO
180 10,00 EM 1,5
EX
168 8,00 1,5
156 6,00
5,00
144
4,00
DIÂMETRO DA TUBULAÇÃO

132
3,00
120
2,00 1,0
1,0
DESCARGA

108

CARGA HIDRÁULICA EM DIÂMETROS (Hw/D)


96 0,9
1,00 0,9
0,80
84
0,60 0,8
0,8
0,50
0,40
72
0,30
0,7 0,7

60 0,20

54
0,6 0,6
0,10
48
0,08
0,06
42
0,05 0,52 0,52
0,04
36
0,03
33

30

Figura 14.13
Carga hidráulica para tubos circulares com anel chanfrado com controle na entrada

-301-
PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO

DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA
EMITENTE
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REFERÊNCIA ASSUNTO: DIRETRIZES DE PROJETO DE HIDRÁULICA E DRENAGEM DATA

DP-H11 Diretrizes de Projeto para Bueiros 30/06/99

H
Hw
ho

SEÇÃO PLENA, SAÍDA AFOGADA


Hw = H + ho - L.i
PARA SAÍDA NÃO AFOGADA, CALCULE Hw
PELOS MÉTODOS DESCRITOS NO
PROCEDIMENTO DE PROJETO.
(m³/s) (m)
50,00
0,1
40,00
LINHA BASE

30,00

(cm)
20,00
0,2
300

270
0,3
10,00 240
ke
8,00 210 0,4
0,2
5 20
6,00 180 0,5 0,5
CO

5,00 0,9 30 0,6

CARGA
MP

4,00
RI

150 0,7
40
ME

20 0,8
NT

3,00
50
O

30 0,9
( L)

120 1,0
DIÂMETRO DA TUBULAÇÃO

40 60
2,00
DESCARGA

EM

50 70
108
ME

60 1,5
80
TR O

90 70
90
S

1,00 80 100 2
80
90
0,80 110
70 100
120
110
0,60 3
120 130
0,50 60 130 140
140 150 4
0,40
150
50 5
0,30

6
0,20
40

0,10 30
0,08
0,06
0,05
0,04

Figura 14.14
Carga hidráulica para bueiro de metal corrugado, escoando à seção plena n=0,024

-302-
PREFEITURA DO MUNICÍPIO DE SÃO PAULO

DOCUMENTAÇÃO TÉCNICA
EMITENTE
SECRETARIA DE VIAS PÚBLICAS
SUPERINTENDÊNCIAS DE PROJETOS E DE OBRAS

REFERÊNCIA ASSUNTO: DIRETRIZES DE PROJETO DE HIDRÁULICA E DRENAGEM DATA

DP-H11 Diretrizes de Projeto para Bueiros 30/06/99

H
Hw
ho

SEÇÃO PLENA, SAÍDA AFOGADA


(m³/s) Hw = H + ho - L.i

PARA SAÍDA NÃO AFOGADA, CALCULE Hw (m)


50,00
PELOS MÉTODOS DESCRITOS NO
LINHA BASE

40,00 0,1
PROCEDIMENTO DE PROJETO.

30,00
(cm)

20,00 300
0,2
270

240
0,3
10,00 210
0,4
8,00
180
C
O 0,5
6,00 ) 20 M
(m
P
150 30 R 0,6

CARGA H
5,00 IM
40 EN
TO
4,00 0,8
20 60 (L
DIÂMETRO DA TUBULAÇÃO

30
)
120 EM
3,00 80 1,0
40
DESCARGA

ME

60 10
0
100
TR

80
O

0
2,00 12
S

90 0
10 0
14
0 0
80 12 15 2
0
14
ke=

0
15
ke=

70
0,2

1,00
0,5

3
0,80
60
0,70
0,60 4

0,50 50
5
0,40
6

0,30 40

0,20
30

0,10

Figura 14.15
Carga hidráulica para bueiros de concreto, escoando à seção plena n=0,012

-303-

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