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CENTRO UNIVERSITÁRIO UNIFAVIP | WYDEN

CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA

LETÍCIA GOMES DE OLIVEIRA

DIMENSIONAMENTO ESTRUTURAL DE TANQUE DE ARMAZENAMENTO


METÁLICO COM TETO FIXO E MEZANINO PARA INDÚSTRIA DE POLÍMEROS

Caruaru – PE
2020
Letícia Gomes de Oliveira

DIMENSIONAMENTO ESTRUTURAL DE TANQUE DE ARMAZENAMENTO


METÁLICO COM TETO FIXO E MEZANINO PARA INDÚSTRIA DE POLÍMEROS

Monografia apresentada ao Curso de


Engenharia Mecânica – Centro Universitário
Unifavip | Wyden como requisito parcial para
a obtenção do grau de bacharel em
Engenharia Mecânica.

Orientador: Eduardo Corte Real Fernandes.

Caruaru – PE
2020
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação
Centro Universitário Favip Wyden
Gerado automaticamente mediante os dados fornecidos pelo(a) autor(a)

O48d Oliveira, Letícia Gomes de.

Dimensionamento estrutural de tanque de armazenamento metálico com teto fixo e


mezanino para indústria de polímeros / Letícia Gomes de Oliveira. - 2020.

93 f.: il. color.

Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação) - Centro Universitário Favip Wyden,


Graduação em Engenharia Mecânica, Campus Indianópolis, Caruaru, 2020 Orientador:
Prof. Me. Eduardo Corte Real Fernandes..

1. Tanque de Teto Fixo Pequeno. 2. Mezanino Básico. 3. Projeto. 4. CYPE. 5. AutoDesk


Inventor.
Letícia Gomes de Oliveira

DIMENSIONAMENTO ESTRUTURAL DE TANQUE DE ARMAZENAMENTO


METÁLICO COM TETO FIXO E MEZANINO PARA INDÚSTRIA DE POLÍMEROS

Monografia apresentada ao Curso de


Engenharia Mecânica da Unifavip – Centro
Universitário Unifavip | Wyden como requisito
parcial para a obtenção do grau de bacharel
em Engenharia Mecânica.

Orientador: Eduardo Corte Real Fernandes.

APROVADO EM 01/07/2020

BANCA EXAMINADORA

Eduardo Corte Real Fernandes


Eduardo Corte Real Fernandes
Orientador

Allysson Daniel de Oliveira Ramos


Allysson Daniel de Oliveira Ramos
Examinador

Allan Cavalcante Belo


Allan Cavalcante Belo
Examinador
“A ciência humana de maneira nenhuma nega a
existência de Deus. Quando considero quantas e
quão maravilhosas coisas o homem compreende,
pesquisa e consegue realizar, então reconheço
claramente que o espírito humano é obra de
Deus, e a mais notável.” Galileu Galilei.
AGRADECIMENTOS
Primeiramente e sempre à Deus, pela minha vida, e por de todas as formas
possíveis cuidar de mim, mesmo quando não entendia, sua mão me sustentou e me
direcionou ao que sou hoje, tudo que sou e tudo que conquistei devo a Ele.
A minha mãe, Mellina, e minha família, por serem tão incríveis, e nos meus
piores momentos sempre enchergarem o meu melhor. Por me educar, e me moldar.
Por me ensinar a ser o que sou. Por sempre me apoiar.
A meu tio, Waldner, por todo seu amor, todo seu suporte e todo seu
ensinamento. Por me inspirar e sempre acreditar em mim.
Ao meu orientador, professor Eduardo Corte Real Fernandes, por todo
suporte e auxílio, por ter aceitado o convite e todo apoio desde o início do projeto.
A todos, que contribuiram de alguma para este trabalho, por todo apoio, força
e suporte neste.
RESUMO

Uma das maiores necessidades das indústrias atualmente é conseguir ser produtiva,
com qualidade e baixos custos. Para fábricas com produção em linha, essas
condições estão diremente ligadas às paradas de máquina, incluindo paradas por falta
de matéria-prima. A estocagem é um processo de extrema importância para essas
linhas de produção. Os tanques de armazenamento são muito utilizados para
estocagem de produtos como gasolina, petróleo, etanol, produtos alimentícios e
matéria-prima em geral e tem sua produção e desenvolvimento intimimamente ligada
ao seu tipo de estocagem, necessidades, peso e pressão, podendo ser de diversos
tipos e materiais e, dependendo do tamanho destes tanques e de sua funcionalidade
e localidade, poderá haver a necessidade de uma estrutura de sustentação e suporte.
Neste contexto as estruturas metálicas são amplamente utilizadas no âmbito industrial
por serem relativamente rápidas de construção, de baixo custo e geralmente com
suporte à altas cargas, pesos e tensões. O estudo aqui apresentado faz uso das
normas API-650, N-270 e NBR 8800 para cálculo e desenvolvimento de um tanque
na categoria de pequeno costado, teto fixo e um mezanino do tipo básico, afim de
corrigir a necessidade de estoque de matéria-prima de uma empresa. Foi utilizado o
modelo de cronoanálise para obtenção de dados e direcionamento do projeto e o
mesmo foi desenvolvido através de softwares como o AutoDesk Inventor e CYPE para
simulações numéricas e comprovação de que as estruturas atendem as condições e
necessidades da empresa.

Palavras-chave: Tanque de Teto Fixo Pequeno, Mezanino Básico, Indústria de


Polímeros, Simulação Numérica, Projeto, Equipamentos Estáticos. CYPE. AutoDesk
Inventor.
ABSTRACT

One of the biggest needs of industries today is to be productive, with quality and low
costs. For factories with in-line production, these conditions are directly linked to
machine downtime, including downtime due to lack of raw material. Storage is an
extremely important process for these production lines. Storage tanks are widely used
to store products such as gasoline, oil, ethanol, food products and raw materials in
general and their production and development is closely linked to their type of storage,
needs, weight and pressure, and can be of various types and materials and, depending
on the size of these tanks and their functionality and location, there may be a need for
a support and support structure. In this context, metal structures are widely used in the
industrial sphere because they are relatively fast to build, low cost and generally
support high loads, weights and stresses. The study presented here makes use of the
API-650, N-270 and NBR 8800 standards to calculate and develop a tank in the
category of small berth, fixed roof and a mezzanine of the basic type, in order to correct
the need for stock of raw material. cousin of a company. The chronoanalysis model
was used to obtain data and direct the project and it was developed using software
such as AutoDesk Inventor and CYPE for numerical simulations and proof that the
structures meet the conditions and needs of the company.
Keywords: Small Fixed Roof Tank. Basic Mezzanine. Polymer Industry. Numerical
Simulation. Project. Static Equipment. CYPE. AutoDesk Inventor.
LISTA DE FIGURAS
Figura 1 – Principais componentes de um tanque de armazenamento ..................... 16
Figura 2 – Tanques de armazenamento contruídos pela BR Distribuidora ............... 17
Figura 3 – Tanque cilíndrico vertical de teto fixo (cônico) ......................................... 18
Figura 4 – Tanque de teto fixo curvo ......................................................................... 18
Figura 5 – Tanque de teto fixo em gomas ................................................................. 19
Figura 6 – Tanque de teto móvel............................................................................... 19
Figura 7 – Teto móvel. Sistema de selagem. a) Selagem líquida. B) Selagem seca 20
Figura 8 – Teto com diafragma flexível ..................................................................... 20
Figura 9 – Tanque de teto flutuante simples ............................................................. 21
Figura 10 – Tanque de teto flutuante tipo Pontão Convencional ............................... 22
Figura 11 – Tanque de teto flutuante Pantoon .......................................................... 22
Figura 12 – Disposição de chapas anulares ............................................................. 28
Figura 13 – Modelo de proteção de região de rodo................................................... 31
Figura 14 – Detalhamento das junções de cascas .................................................... 38
Figura 15 – Colunas de base, padrões aceitáveis ..................................................... 39
Figura 16 – Mezanino ................................................................................................ 41
Figura 17 – Principais tipos de aço laminado ............................................................ 41
Figura 18 – Exemplos de barras prismáticas ............................................................ 47
Figura 19 - Espaçamentos s e g entre os furos 1 e 2 ................................................ 49
Figura 20 – Fluxograma do processo de desenvolvimento de projeto ...................... 56
Figura 21 – Propriedades do Material ....................................................................... 63
Figura 22 – Aplicação das tensões atuantes ............................................................. 76
Figura 23 – Vista da malha........................................................................................ 77
Figura 24 – Tensões máximas e mínimas ................................................................. 77
Figura 25 – Desenho do mezanino em software ....................................................... 78
Figura 26 – Modelo 3D CYPE ................................................................................... 79
Figura 27 – Respostas de solicitações aplicadas em barras e ligações .................... 79
Figura 28 – Demostração das deformações.............................................................. 80
LISTA DE TABELAS
Tabela 1 – Tamanhos típicos e capacidades correspondentes nominais (m3) para
tanques com 1.800 mm de Curso ............................................................................. 25
Tabela 2 – Tamanhos típicos e capacidades correspondentes nominais (m3) para
tanques com 2.400 mm de Curso ............................................................................. 25
Tabela 3 – Dimensões de chapas anulares .............................................................. 30
Tabela 4 – Resumo das dimensões e disposições das chapas de fundo ................. 30
Tabela 5 – Dimensões gerais consideradas para projeto de costado ....................... 32
Tabela 6 – Tensões máximas toleradas pelas chapas do costado ........................... 32
Tabela 7 – Espessuras de placa-casca (mm) de tamanhos típicos de tanques com
1.800mm de Curso e 2.400mm respectivamente ...................................................... 35
Tabela 8 – Especificação das chapas ....................................................................... 42
Tabela 9 – Propriedades mecânicas dos aços-carbonos .......................................... 42
Tabela 10 – Propriedades mecânicas para ligas padrão .......................................... 42
Tabela 11 – Relação tempo x produção de máquina ................................................ 58
Tabela 12 – Valores em energia por mês ................................................................. 58
LISTA DE QUADROS
Quadro 1 – Recomendações dos tipos usuais de tanques ....................................... 23
Quadro 2 – Tipos de chapas e especificações .......................................................... 26
Quadro 3 – Grupos de chapas por especificação ..................................................... 27
Quadro 4 – Tensões para o ASTM A 36M ................................................................ 33
Quadro 5 - Valores dos coeficientes de ponderação das ações 𝛾𝑓 = 𝛾𝑓1 . 𝛾𝑓3 (ações
permanentes) ........................................................................................................... 44
Quadro 6 - Valores dos coeficientes de ponderação das ações 𝛾𝑓 = 𝛾𝑓1 . 𝛾𝑓3 (ações
variáveis) .................................................................................................................. 45
Quadro 7 - Valores dos fatores de combinação ψo e de redução ψ1 e ψ2 para as
ações variáveis.......................................................................................................... 45
Quadro 8 - Valores dos coeficientes de ponderação das resistências 𝛾𝑚 ................. 46
Quadro 9 – Valores das flambagens para respectivas seções.................................. 51
Quadro 10 – Análise de produção média diária da máquina ..................................... 57
Quadro 11 – Propriedades aço ASTM A 36 .............................................................. 63
Quadro 12 – Coeficientes de aproveitamento barra N5 e N6 .................................... 72
Quadro 13 – Coeficientes de aproveitamento barra N1 e N2 .................................... 72
Quadro 14 – Coeficientes de aproveitamento barra N4 e N3 .................................... 73
Quadro 15 – Coeficientes de aproveitamento barra N8 e N7 .................................... 73
Quadro 16 - Coeficientes de aproveitamento barra N2 e N10 .................................. 73
Quadro 17 - Coeficientes de aproveitamento barra N10 e N3 .................................. 74
Quadro 18 - Coeficientes de aproveitamento barra N5 e N9 .................................... 74
Quadro 19 - Coeficientes de aproveitamento barra N9 e N7 .................................... 74
Quadro 20 - Coeficientes de aproveitamento barra N5 e N2 .................................... 75
Quadro 21 - Coeficientes de aproveitamento barra N9 e N10 .................................. 75
Quadro 22 - Coeficientes de aproveitamento barra N7 e N3 .................................... 76
SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 14
1.1 Objetivos ............................................................................................................ 15
1.1.1 Objetivo Geral .................................................................................................. 15
1.1.2 Objetivo Específico ........................................................................................... 15
1.2 Justificativa ......................................................................................................... 15
2. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA................................................................................. 16
2.1 Tanques de Armazenamento ........................................................................... 16
2.1.1 Surgimento e histórico ...................................................................................... 16
2.1.2 Disposição ........................................................................................................ 16
2.2 Classificação dos Tanque ................................................................................ 17
2.2.1 Tanques de teto fixo ......................................................................................... 17
2.2.2 Tanques de teto móvel ..................................................................................... 19
2.2.3 Tanques de teto diafragma flexível .................................................................. 20
2.2.4 Tanques de teto flutuante ................................................................................. 21
2.2.4.1 Teto flutuante simples (single deck Pan-Type Floating-Roof) ....................... 21
2.2.4.2 Teto flutuante com flutuador na periferia (Pontoon Floating-Roof) ................ 21
2.2.4.3 Teto flutuante duplo (Double-Deck Floating-Roof) ........................................ 22
2.3 Normas para seleção do tanque de armazenamento ..................................... 23
2.4 Análise capacitativa do tanque ........................................................................ 24
2.5 Análise do material para estrutura .................................................................. 26
2.6 Análise do fundo do tanque de armazenamento ............................................ 27
2.6.1 Declividade ....................................................................................................... 27
2.6.2 Disposição de chapas, material e dimensões .................................................. 28
2.6.3 Diâmetro do fundo ............................................................................................ 30
2.6.4 Reforços de fundo ............................................................................................ 31
2.7 Projeto do costado ............................................................................................ 31
2.8 Projeto do teto ................................................................................................... 36
2.8.1 Dos materiais ................................................................................................... 37
2.8.2 Dos cálculos autoportantes .............................................................................. 37
2.9 Mezanino ............................................................................................................ 40
2.9.1 Estrutura ........................................................................................................... 41
2.9.2 Materiais ........................................................................................................... 41
2.9.3 Ações nas estruturas ........................................................................................ 43
2.9.3.1 Ações permanentes....................................................................................... 43
2.9.3.2 Ações variáveis ............................................................................................. 43
2.9.3.3 Ações excepcionais ....................................................................................... 44
2.9.3.4 Combinação de ações ................................................................................... 44
2.9.4 Barras prismáticas ............................................................................................ 46
2.9.4.1 Barras prismáticas submetidas à tração........................................................ 47
2.9.4.1.1 Área liquida ................................................................................................ 48
2.9.4.1.2 Coeficiente de redução............................................................................... 49
2.9.4.2 Barras prismáticas submetidas a compressão .............................................. 49
2.9.4.3 Barras prismáticas submetidas a flexão e força cortante .............................. 50
2.9.4.4 Barras prismáticas submetidas a combinação de esforços ........................... 53
3. METODOLOGIA ................................................................................................... 55
3.1 Classificação da pesquisa ................................................................................ 55
3.2 Cenário e participantes da pesquisa ............................................................... 55
3.3 Instrumento e coleta de dados ......................................................................... 55
3.4 Organização e análise de dados ...................................................................... 56
3.5 Coleta de dados ................................................................................................. 57
3.6 Análise de dados ............................................................................................... 57
3.7 Entrada de dados do tanque ............................................................................ 58
3.8 Cálculo da capacidade do tanque de armazenamento .................................. 59
3.9 Espessura e determinação da chapa de fundo do Tanque ........................... 60
3.10 Dimensionamento de costado do Tanque .................................................... 60
3.11 Projeto do teto do Tanque .............................................................................. 61
3.12 Projeto do Mezanino ....................................................................................... 62
3.13 Cálculo da barra .............................................................................................. 63
3.13.1 Resistência à compressão ............................................................................. 64
3.13.2 Cálculo da resistência de flexão e cortante .................................................... 65
3.13.3 Cálculo da resistência o esforço axial e flexão combinados........................... 68
3.13.4 Cálculo da resistência a interações de esforços e momento de torção .......... 68
3.13.5 Cálculo de resistência à tração ...................................................................... 70
3.13.6 Cálculo de resistência à torção ...................................................................... 70
2. INTRODUÇÃO ...................................................................................................... 14
1.1 Objetivos ............................................................................................................ 15
1.1.1 Objetivo Geral .................................................................................................. 15
1.1.2 Objetivo Específico ........................................................................................... 15
1.3 Justificativa ......................................................................................................... 15
3. REVISÃO BIBLIOGRÁFICA................................................................................. 16
2.2 Tanques de Armazenamento ........................................................................... 16
2.1.1 Surgimento e histórico ...................................................................................... 16
2.1.2 Disposição ........................................................................................................ 16
2.2 Classificação dos Tanque ................................................................................ 17
2.2.1 Tanques de teto fixo ......................................................................................... 17
2.2.2 Tanques de teto móvel ..................................................................................... 19
2.2.3 Tanques de teto diafragma flexível .................................................................. 20
2.2.4 Tanques de teto flutuante ................................................................................. 21
2.2.4.1 Teto flutuante simples (single deck Pan-Type Floating-Roof) ....................... 21
2.2.4.2 Teto flutuante com flutuador na periferia (Pontoon Floating-Roof) ................ 21
2.2.4.3 Teto flutuante duplo (Double-Deck Floating-Roof) ........................................ 22
2.3 Normas para seleção do tanque de armazenamento ..................................... 23
2.4 Análise capacitativa do tanque ........................................................................ 24
2.5 Análise do material para estrutura .................................................................. 26
2.6 Análise do fundo do tanque de armazenamento ............................................ 27
2.6.1 Declividade ....................................................................................................... 27
2.6.2 Disposição de chapas, material e dimensões .................................................. 28
2.6.3 Diâmetro do fundo ............................................................................................ 30
2.6.4 Reforços de fundo ............................................................................................ 31
2.7 Projeto do acostado .......................................................................................... 31
2.8 Projeto do teto ................................................................................................... 36
2.8.1 Dos materiais ................................................................................................... 37
2.8.2 Dos cálculos autoportantes .............................................................................. 37
2.9 Mezanino ............................................................................................................ 40
2.9.1 Estrutura ........................................................................................................... 41
2.9.2 Materiais ........................................................................................................... 41
2.9.3 Ações nas estruturas ........................................................................................ 43
2.9.3.1 Ações permanentes....................................................................................... 43
2.9.3.2 Ações variáveis ............................................................................................. 43
2.9.3.3 Ações excepcionais ....................................................................................... 44
2.9.3.4 Combinação de ações ................................................................................... 44
2.9.4 Barras prismáticas ............................................................................................ 46
2.9.4.1 Barras prismáticas submetidas à tração........................................................ 47
2.9.4.1.1 Área liquida ................................................................................................ 48
2.9.4.1.2 Coeficiente de redução............................................................................... 49
2.9.4.2 Barras prismáticas submetidas a compressão .............................................. 49
2.9.4.3 Barras prismáticas submetidas a flexão e força cortante .............................. 50
2.9.4.4 Barras prismáticas submetidas a combinação de esforços ........................... 53
3. METODOLOGIA ................................................................................................... 55
3.1 Classificação da pesquisa ................................................................................ 55
3.2 Cenário e participantes da pesquisa ............................................................... 55
3.3 Instrumento e coleta de dados ......................................................................... 55
3.4 Organização e análise de dados ...................................................................... 56
3.5 Coleta de dados ................................................................................................. 57
3.6 Análise de dados ............................................................................................... 57
3.7 Entrada de dados do tanque ............................................................................ 58
3.8 Cálculo da capacidade do tanque de armazenamento .................................. 59
3.9 Espessura e determinação da chapa de fundo do Tanque ........................... 60
3.10 Dimensionamento de costado do Tanque .................................................... 60
3.11 Projeto do teto do Tanque .............................................................................. 61
3.12 Projeto do Mezanino ....................................................................................... 62
3.13 Cálculo da barra .............................................................................................. 63
3.13.1 Resistência à compressão ............................................................................. 64
3.13.2 Cálculo da resistência de flexão e cortante .................................................... 65
3.13.3 Cálculo da resistência o esforço axial e flexão combinados........................... 68
3.13.4 Cálculo da resistência a interações de esforços e momento de torção .......... 68
3.13.5 Cálculo de resistência à tração ...................................................................... 70
3.13.6 Cálculo de resistência à torção ...................................................................... 70
4. RESULTADOS ...................................................................................................... 72
4.1 Análise dos cálculos de mezanino.................................................................................. 72
4.2 Modelos 3D de tanque através de software .................................................... 76
4.3 Modelos 3D de mezanino em software ............................................................ 78
5. CONCLUSÕES FINAIS ........................................................................................ 81
REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS ......................................................................... 82
APÊNDICES ............................................................................................................. 85
14

1. INTRODUÇÃO

Segundo Barros (2010) e Viana (2019), tanques de armazenamento são


recipientes, usualmente metálicos, cuja finalidade é a estocagem de material à
pressão atmosférica. São bastante utilizados para armazenamento de combustíveis,
petróleo, alimentos e diversos materiais, entre eles, plástico como materia prima. São
constantemente encontrados em refinarias, petroquímicas, industrias alimentícias e
nos mais diversos lugares. O tanques são estruturas cilindricas e verticais que podem
chegar a 50m de diâmetro ou mais, comportando 159.000m³ ou mais.
Através de Fonseca (2005), compreendemos que essas estruturas
normalmente são desenvolvidas e projetadas com a utilização do aço-carbono e
outros materiais são incomuns. Por se tratarem de estruturas caras, as quais
armazenam estoques de materias primas ou até mesmo produtos de riscos à vida,
devem ser calculadas minuciosamente, através das normas, dentro dos padrões
descritos. O cálculo e projeção errônios deste material pode ocasionar em grandes
prejuizos financeiros e/ou acidentes que coloquem a vida de utilizadores em risco. O
aço estrutural, utilizado nessas estruturas garantem uma alta precisão milimétrica,
com alto controle de qualidade, resistência a choques e vibrações, obras bem mais
rápidas e limpas, alta resistência estrutural e possibilidade de reaproveitamente de
materiais.
As normas voltadas para o calculo e projeção de tanques de armazenamento
são as Norma americana API 650 “welded Steel Tanks for Oil Storage” e a norma
brasileira da Petrobrás N-270. Para o mezanino é utilizada a NBR 8800.
O presente trabalho busca apresentar o dimensionamento de um tanque de
armazenamento de teto fixo para plástico triturado como materia prima, juntamente
com uma mezanino de suporte e sustentação, através da quantidade necessária de
estocagem do material e ambiente. Será utilizado no mesmo para projeção as normas
técnicas reconhecidas para cálculo deste tipo de estrutura, a API 650, a Petrobrás N-
270 e para o mezanino NBR 8800.
15

1.1 Objetivos

1.1.1 Objetivo Geral

Realizar o dimensionamento de um tanque de teto fixo para estocagem de


matéria prima em cima de uma extrusora deitada e um mezanino para colocação do
tanque acima da máquina.

1.1.2 Objetivo Específico

 Dimensionar a capacidade de armazenamento do material através das


variáveis presentes no projeto como altura, diâmetro, carga estimada e
materiais necessários;
 Verificar conformidade e qualidade da estrutura, garantindo que a
mesma esteja dentro das normas API 650 e Petrobrás N-270;
 Desenhar o modelo do tanque em software AutoDesk Inventor.
 Dimensionar mezanino basico para colocação do tanque de
armazenamento acima da máquina selecionada.
 Desenha o modelo do mezanino no software CYPE, garantindo que o
mesmo esteja dentro das conformidades da norma e com qualidade
estrutural.

1.2 Justificativa
A grande demanda do mercado capitalista atual vem gerando uma
concorrência entre empresas e indústrias. Produzir mais em menos tempo com alta
qualidade é fundamental para garantir permanência no mercado.
Uma das maneiras de garantir um bom processo produtivo é a diminuição de
paradas de máquinas e equipamentos da linha, para que não impactem diretamente
na produtividade final da empresa, principalmente indústrias que apresentam modelo
em linha de produção. Essa correção de paradas, a depender do caso, pode vim a ser
com análises de manutenção, pcm, melhorias de máquinas, estoques, melhorias no
fluxo de produção e outras diversas maneiras.
Manter os gargalos de uma indústria em linha em boas condições de
funcionamento é fundamental para correção de perdas produtivas, o que impacta
diretamente na lucratividade da empresa.
16

2 REVISÃO BIBLIOGRÁFICA

2.1 Tanques de Armazenamento

2.1.1 Surgimento e histórico

Segundo Costa (2011), a humanidade tem lidado com problemas de


armazenamento de materiais desdo século XIX, os materiais eram armazenados em
barris que pequenos e apenas por volta de 1920 surgiram os primeiros tanques de
aço.
O homem tem lidado com as dificuldades de armazenamento de petróleo e
seus derivados a mais de 140 anos. Inicialmente armazenavam-se esses produtos em
barris de madeira. Os primeiros tanques de aço eram pequenos, feitos de aço
galvanizados e rebitados. Os primeiros tanques de aço surgiram entre 1920 e 1930
(COSTA, 2011)
Os barris de madeira, apesar de desempenharem o papel armazenativo, nem
sempre eram eficazes dependendo do material e quantidade. Segundo Costa (2011)
com a chegada da segunda guerra mundial e o crescente surgimento de indústrias fez
crescer a necessidade de inovação na área, principalemente devido aos riscos
causados pela evaporação do petróleo e seus derivados.

2.1.2 Disposição

Tanques de armazenamento são equipamentos de caldeiraria pesada, sujeitos


à pressão aproximadamente atmosférica e destinados, principalmente, ao
armazenamento de petróleo e seus derivados. (BARROS, 2010)
A figura 1 mostra a disposição de um tanque de armazenamento segundo
Barros (2010)

Figura 1 - Principais componentes de um tanque de armazenamento.

Fonte: (BARROS, 2010)


17

Segundo Costa (2011), os tanques ainda apresentam diversos equipamentos


auxiliares que garante a regulagem de pressão e uma maior segurança a estrutura.
Os tanques são equipamentos providos de acessórios ou equipamentos e
sistemas auxiliares, como, sistemas de drenagens, indicadores de nível, radar,
válvulas de alívio e vácuo, sistemas de combate e proteção contra fogo. Alguns
possuem unidades para recuperação de voláteis, sistemas de detecção de
vazamento, sistemas de proteção catódica, aquecedores, misturadores etc. Um dos
mais importantes dos acessórios são os sistemas de selagem interna, que tem a
proposta de evitar a vaporização dos fluidos armazenados, para tratar este item o API-
650 traz o Appendix-H, (Internal Floating Roof). (COSTA, 2011)
A figura 2 mostra um tanque de armazenamento da BR DISTRIBUIDORA com
teto flutuante, quesito que será visto no presente trabalho.

Figura 2 – Tanques de armazenamento contruídos pela BR Distribuidora

Fonte: (PETRO NOTÍCIAS, 2014)

2.2 Classificação dos tanques

Os tanques são classificados de uma forma geral quanto a estrutura do seu teto,
podendo ser:
1. Tanques de Teto Fixo;
2. Tanques de Teto Móvel;
3. Tanques de Teto com Diafragma Flexível;
4. Tanques de Teto Flutuante.

2.2.1 Tanque de Teto Fixo

São os tanques em que seu teto está ligado diretamente ao costado. Não há
movimentação do teto. O teto fixo pode ser ainda cônico, curvo ou em gomas.
Segundo Costa (2011), o teto cônico é o mais simples e consecutivamente o mais
18

utilizado, apresentando a forma de um cone reto. O teto curvo apresentam sua forma
de superfície esférica e os em goma provém de uma modificação do teto curvo onde
qualquer corte na seção horizontal será um polígono regular. A figura 3 apresenta um
tanque de teto fixo cônico.

Figura 3 - Tanque cilíndrico vertical de teto fixo (cônico).

Fonte: (PUC-RIO, 2018)

Os tanques de teto fixo em formato curvo, apresentam uma forma semalhante


ao de uma calota, enquanto os de teto fixo em goma apresentam uma forma adaptada
do curvo, em formato de guarda-chuva, onde toda seção transversal terá a forma de
um polígono regular de lados iguais.
A figura 4 e 5 demonstram exemplos de tetos curvos e em goma
respectivamente.

Figura 4 – Tanque de teto fixo curvo

Fonte: (ENATIN S.A, 2009)


19

Figura 5 – Tanque de teto fixo em gomas

Fonte: (OLIVARES, 2016)

2.2.2 Tanques de teto móvel

Em função da pressão, os tetos deste tipo de tanques movem-se


externamente ao costado. Como não deve haver presença de vapor do material,
estes tanques necessitam de uma sistema próprio de vedação, com válvulas de
alívio de pressão e outros dispositivos de segurança.

Figura 6 – Tanque de teto móvel

Fonte: (VALE, 2013)


20

Figura 7 – Teto móvel. Sistema de selagem. a) Selagem líquida. B) Selagem seca.

Fonte: (BARROS, 2010)

2.2.3 Tanques de teto diafragma flexível

Estes tetos podem ter seu espaço vapor variado através de sua pressão
mesmo com tetos fixos no costado. O processo ocorre atrás de uma deformação de
um revestimento interno, que funciona como uma membrana flexível. Normalmente é
utilizado plástico para a fabricação destas membranas, o que proporciona o suporte
da expanção através da variação de vapor. Normalmente estes são usados em
sistemas fechados. A figura a seguir apresenta um teto de diafragma flexível.

Figura 8 – Teto com diafragma flexível

Fonte: (BARROS, 2010)


21

2.2.4 Tanques de teto flutuante

Os tetos deste tipo de tanques são apoiados diretamente no líquido ou material


prima presente internamente. São reguláveis e se ajustam de maneira que não haja
presença de ar na parte interna do tanque. Movem-se internamente ao costado. Como
não deve haver presença de vapor do material, estes tanques necessitam de uma
sistema próprio de vedação, com válvulas de alívio de pressão e outros dispositivos
de segurança.
Barros (2010), classifica os tetos flutuantes podendo ser externos ou internos a
um teto fixo. Dentro dos tanques de teto flutuante externo podemos classificá-los
segundo Costa (2011) em tanques de teto flutuante simples, com flutuador e duplo.

2.2.4.1 Teto flutuante simples (Single Deck Pan-Type Floating-Roof)

Este teto apresenta um conjunto de chapas sobrepostas as quais flutuam sobre


o líquido. Para melhor estabilidade o teto é enrijecido com uma estrutura metálica na
parte superior. Essa construção é a mais simples e mais barata porém esta em desuso
pois apresenta pouca flutuabilidade e grandes perdas por evaporação. Observa-se
através da figura 9 este modelo de teto.

Figura 9 – Tanque de teto flutuante simples.

Fonte: (COSTA, 2011)

2.2.4.2 Teto flutuante com flutuador na periferia (Pontoon Floating-Roof)

Esta estrutura possui em seu centro um disco, os lençois de chapas, e um


flutuador ao redor (Figura 10). Apesar deste teto conter uma melhor flutuabilidade e
perda de evaporação que o flutuante simples, seu custo é bem mais elevado que o
anterior, apresenta problemas de drenagem e há possibilidade de colapso caso não
bem calculado. Pode ser usado em grandes tanques.
22

Figura 10 - Tanque de teto flutuante tipo Pontão Convencional

Fonte (N-1742, 2010)

2.2.4.3 Teto flutuante duplo (Double-Deck Floating-Roof)

Apresenta uma dupla camada de lençois de chapa, ligados internamente à


estrutura metálica (Figura 11). Tem boa flutuabilidade e geralmente é uma estrutura
maior que as demais. Oferece menor perda evaporativa, pois seus lençois funcionam
como um colchão de isolamento.Entretanto esta estrutura além de apresentar um
custo geral maior que as demais, apresenta fundações caras e uma grande
quantidade de material sem mobilização, e a rigidez da estrutura pode gerar fadiga e
consecutivamente e nucleação e propagação de trincas, gerando até mesmo
afundamento do teto. Além disso devido a movimentação constante, trincas em toda
a estrutura podem surgir.

Figura 11 – Tanque de teto flutuante Pantoon

Fonte: (COSTA, 2011)


23

2.3 Normas para seleção do tanque de armazenamento

Através da Petrobrás N-270 norma regulamentadora para desenvolvimento e


projeção de tanques, podemos selecionar o tipo de tanque através do tipo de material
estocado, Quadro 1. (Tabela A-1).
Para o trabalho aqui desenvolvido foi escolhido o tanque de teto fixo simples
(Figura 3), por se tratar de plástico triturado, material leve, sem risco de combustão
ou explosões; Além disso a perda evaporativa é despresível uma vez que a humidade
do material para análise do tanque em si é mínima, apresentando apenas
temperaturas um pouco elevadas.

Quadro 1 – Recomendações dos tipos usuais de tanques

Fonte: (N-270, 2013)


24

Selecionado o tipo de tanque faz-se necessário a avaliação e conhecimento da


capacidade de armazenamento, altura, diâmetro, tipo de material a ser empregado na
construção estrutural e todo o cálculo de fundação, costado e demais partes do
tanque.

2.4 Análise capacitativa do tanque

Para projeções de tanques de armazenamento é necessário calcular-se


diâmetro e altura do cilindro. Nestes casos, comumente é utilizados diâmetros entre 3
e 67 metros e alturas de 2 à 20 metros. Segundo Brownell e Young (1959), podemos
adotar para tanques pequenos e médios:
𝐷 = 𝐻𝑡 (1)
Para tanques de grande porte Brownell e Young (1959) ainda determinam a
seguinte equação:
8 (2)
𝐷= .𝐻
3
Para cálculo do volume, podemos utilizar a equação:
𝜋 . 𝐷² (3)
𝑉= .𝐻
4
Ou ainda:
𝑉 = 𝜋. 𝑟 2 . 𝐻 (4)
Segundo a API-650 podemos calcular a capacidade nominal de tanques de
armazenamento de pequeno porte de acordo com a seguinte equação e tabela:
𝐶 = 0785𝐷2 𝐻 (5)
Onde C é a capacidade do tanque em 𝑚3 , D é o diâmetro do reservatório em
m e H é a altura do mesmo em metros. Pela tabela 1 e 2 temos:
25

Tabela 1 - Tamanhos típicos e capacidades correspondentes nominais (m3) para tanques com 1.800
mm de Curso

Fonte: (API-650, 2007)

Tabela 2 - Tamanhos típicos e capacidades correspondentes nominais (m3) para tanques com 2.400
mm de Curso

Fonte: (API-650, 2007)


26

2.5 Análise do material para estrutura

As chapas fabricadas nas siderúrgicas brasileiras podem ser de dois tipos;


1
Grossas, com expessura igual ou maior que 4’’ ou seja 6,35mm e finas, com espessura
1
menor que 4’’. Estas chapas possuem as seguintes dimensões segundo Barros

(2014):
 Espessura até 4,75mm (chapas finas laminadas à quente): 1500mm x 6000mm
ou 1800mm x 6000mm com bordas aparadas;
 Espessura 6,35mm, 8,00mm, 9,50mm, 12,50mm, 16,00mm, 19,00mm,
22,40mm ou acima (chapas grossas laminadas a quente): 2440mm x
12000mm, com bordas aparadas.
A norma API-650 (2007) estabele ainda os tipos de chapas a serem utilizadas
nesse tipo de projeto (Quadro 2).

Quadro 2 – Tipos de chapas e especificações

Fonte: (API – 650, 2007)


27

Segundo Barros (2014) podemos classificar as chapas em grupos através da


norma, conforme Quadro 3.

Quadro 3 – Grupos de chapas por especificação.

Fonte: (API- 650, 2013)

2.6 Análise do fundo do tanque de armazenamento.

Segundo Barros (2011) para o dimensionamento do fundo do tanque alguns


parâmetros devem ser levados em consideração:

2.6.1 Declividade

Os tanques de armazenamento devem ter o fundo cônico, com caimento


mínimo de 1:120 do centro para a periferia. Os tanques pequenos, com diâmetro até
6 m, podem ter o fundo plano. (BARROS, 2011)
Para armazenamento de produtos que precisam ter qualidade extremamente
controlada, o fundo do tanque precisa ser cônico com caimento na periferia ao centro
do dreno. Esse decaimento normalmente é de 1:25.hb.
28

2.6.2 Disposição das chapas, material e dimensões

Das disposições do fundo, temos o contorno, que pode ser feito com dois tipos
de chapas:
 Chapas anulares (Anular plates); Estas chapas são obrigatórias para fundos
que contenham diâmetro superior a 15m. Essas chapas têm suas espessuras
calculadas pela API 650.
 Chapas recortadas (sketch plates); Que normalmente são chapas cortadas sob
medidas para o desenvolvimento e construção dos mais varidos produtos, sob
várias aplicações.
A N-270 especifica ainda que as chapas devem ter espessura mínima de
6,30mm e largura mínima de 1.800mm, exceto as anulares. Para chapas recortadas
que tenham formato retangular, essa largura deve ser analisada. Para as chapas
anulares esses diâmetros são determinados pela API 650 e apresenta valor mínimo
de 750mm para qualquer diâmetro. As chapas devem ser no mínimo de aço carbono
ASTM A 283 Gr. C ou ASTM A 36. A figura 12 mostra a disposição de chapas anulares
no fundo de um tanque de armazenamento.

Figura 12 - Disposição de chapas anulares


29

Fonte: (N-270, 2013)

As chapas do fundo devem apresentar as bordas aparadas e espessura mínima


de ¼’’ (6 mm), excluída qualquer sobre-espessura de corrosão. A sobre-espessura
para corrosão só deve ser adotada quando o produto armazenado provocar corrosão
uniforme no fundo do equipamento. Caso a corrosão seja localizada, a proteção do
fundo normalmente é realizada por pintura ou outro tipo de revestimento anticorrosivo
adequado. Caso haja necessidade, complementa-se com proteção catódica.
(BARROS, 2010)
A tabela 3 mostra as espessuras de chapas anulares conforme definição da
API 650 que são citadas também na N-270
30

Tabela 3 – Dimensões de chapas anulares

Fonte: (N-270, 2013)

A tabela 4 desenvolvida por Barros (2010), resumi as características e


necessidades fundamentais das chapas anulares e recortadas segundos a N-270 e a
API 650.

Tabela 4 – Resumo das dimensões e disposições das chapas de fundo

Fonte: (BARROS, 2010)

2.6.3 Diâmetro do fundo

Segundo Barros (2010), podemos atribuir dois diâmetros para fundos a fim de
evitar a penetração de água pluvial e permitir a soldagem da maneira correta entre o
fundo e o primeiro anel do costado. As chapas da periferia do fundo devem sobresair
31

à margem de solda externa que une o fundo ao aocstado. Logo, quanto aos diâmetros
podem ser:
 25 mm: para a disposição com chapas recortadas;
 50 mm: para a disposição com chapas anulares.
A figura 13 mostra o modelo de proteção contra água pluviais em diâmetro de
chapa de fundo.

Figura 13 – Modelo de proteção de região de rodo.

Fonte: (BARROS, 2010)

2.6.4 Reforços do fundo

São utilizados em tanques de teto fixo, em regiões de apoio da estrutura de


sustentação do suportado (19mm de espessura). São utilizados também em tetos
flutuantes, nas regiões de apoio de pernas de sustentação (6,3mm) e em áreas onde
houver presença de acessórios.
Nas regiões do fundo, afetadas pela ação de misturadores mecânicos,
recomenda-se a utilização de chapas com 2mm a mais de espessura. (BARROS,
2010).

2.7 Projeto do Costado

O calculo para o projeto do costado de um tanque de armazenamento pode ser


determinado pela NBR 7821, BSI BS EN 14015 e API 650. Para projetos industriais
de tanque de armazenamento atualmente é utilizado mais comumente a API 650. Para
o projeto e desenvolvimento neste trabalho, será adotada a API 650 como parâmetro
de cálculo. Algumas mudanças sobre costado ocorreram na API 650, desde sua 7ª
32

edição (1980) até sua 11ª edição (2008) aos quais foram modificados e retirados
alguns apêndices, e está esquematizada na ultima edição citada da seguinte forma
através do addendum 1:
 API 650 corpo de norma e método básico;
 API 650 corpo de norma e método do ponto variável de projeto;
 API 650 Apêndice A (método básico).
De acordo com as considerações gerais da API-650, as espessuras devem ser
consideradas as maiores possíveis dentro da norma, que deve incluir corrosão ou
espessura da casca de teste hidráulico, conforme mostrado na tabela 5. A tabela 6
demonstra as tensões máximas suportadas pelas chapas.

Tabela 5 – Dimensões gerais consideradas para projeto de costado.


NominaI Tank Diameter
Diâmetro nominal do tanque
(m) (ft) (mm) (in) (pol.)
< 15 < 50 5 3/16
15 to < 36 50 to < 120 6 ¼
36 to 60 120 to 200 8 5.0/16
> 60 > 200 10 3/8

Fonte: (API-650, 2007)

Tabela 6 – Tensões máximas toleradas pelas chapas do costado


Piate Grade Nominal Minimu m Minim Product Hydrostatic
Specification Piate Yield um Design Test Stress
Thickness Strengtb Tensile Stress Sr
t mm MPa Strength Sd M Pa MPa
M Pa

ASTM Specifications
A283M C 205 380 137 154
A285M C 205 380 137 154
A,B, CS
Al 31M 235 400 157 171
A,B,(CS)
A36M 250 400 160 171
Al 31M EH 36 360 490ª 196 2 10
A573M 400 220 400 147 165
A573M 450 240 450 160 180
A573M 485 290 485ª 193 208
A516M 380 205 380 137 154
A516M 415 220 415 147 165
A516M 450 240 450 160 180
A516M 485 260 485 173 195
33

A662M B(B) 275 450 180 193


A662M C© 295 485ª 194 208
1 ≤ 65 345 485ª 194 208
A537M 1
65 < t ≤ 100 310 450ᵇ 180 193
1 ≤ 65 415 550ª 220 236
A537M 2
65 < t ≤ 100 380 515ᵇ 206 221
1 ≤ 65 345 485ª 194 208
A633M C,D
65 < t ≤ 100 315 450ᵇ 180 193
A678M A 345 485ª 194 208
A678M B 415 550ª 220 236
A737M B 345 485ª 194 208
A841 M Class 1 345 485ª 194 208
A841 M Class 2 415 550ª 220 236
Fonte: (API-650, 2007)

Analisando as necessidades do projeto abordado neste trabalho, foi escolhida


a API-650 corpo de norma e método básico o tanque, por se tratar de um tanque de
armazenamento consideravelmente pequeno, de estocagem para uma máquina
dentro de um setor. Este método é exclusive para tanques de até 200ft, em torno de
61m de diâmento e utiliza como base um ponto fixo de projeto localizado a 1ft acima
da extremidade inferior de cada anel. Além disso, de acordo com as especificações
dos tipos e características das chapas pela API-650 (2007), foi selecionado para este
projeto a ASTM A 36M, por ser considerada uma das mais apropriadas para tanques
e por não exceder a espessura máxima de 40mm. Adotando a A 36M além de
viabilizarmos uma redução nos custos do projeto, não há a necessidade de tratamento
térmico.
As chapas do costado com espessura acima de 1.1/2’’ (40 mm) devem receber
os tratamentos térmicos de normalização ou têmpera, devem ser revenidas,
acalmadas, fabricadas com a técnica de grão fino e testadas com impacto. (BARROS,
2014)
Através da chapa escolhida podemos citar alguns parâmetros definidos pela
API-650, conforme quadro 4.

Quadro 4 – Tensões para o ASTM A 36M


CHAPA ASTM A36M
Mínimo escoamento: 250Mpa (Psi)
Mínima resistência a tração 400Mpa (Psi)
Teste hidroestático de
Tensão Sd 160Mpa (Psi)
Fonte: (AUTORA, 2020)
34

Utilizando o método de corpo de norma e método básico tem-se que a


espessura mínima da chapa do reservatório deverá ser o maior valor das seguintes
fórmulas:
4.9𝐷(𝐻 − 0.3)𝐺 (6)
𝑡𝑑 = + 𝐶𝐴
𝑆𝑑

4.9𝐷(𝐻 − 0.3)𝐺 (7)


𝑡𝑡 =
𝑆𝑡
Onde 𝑡𝑑 é o projeto de espessura da casca em mm, 𝑡𝑡 é o teste hidroestático
de espessura de casca em mm, D é o diâmetro nominal do reservatório em m, H é o
projeto do nível de líquido em metros. Nesta altura deverá ser considera as
angulações de teto e chão, caso houver ou qualquer outro nível solicitado pelo
comprador. G é o projeto específico da gravidade do liquido a ser armazenado em
g/𝑐𝑚3 , CA é a tolerância à corrosão em mm, solicitada pelo comprador, 𝑆𝑑 é a tensão
admissível para condição de projeto em Mpa e 𝑆𝑡 é a tensão admissível para condição
de teste hidroestático em Mpa.
Considerando os padrões americanos para medidas, poderíamos transformas
estas equações para polegadas. Tem-se assim:
2.6𝐷(𝐻 − 1)𝐺 (8)
𝑡𝑑 = + 𝐶𝐴
𝑆𝑑

2.6𝐷(𝐻 − 1)𝐺 (9)


𝑡𝑡 =
𝑆𝑡
Considerando 𝑡𝑑 , 𝑡𝑡 e CA em polegadas, D em pés, H em metros e 𝑆𝑑 e 𝑆𝑡 em
lbf/𝑝𝑜𝑙 2 . Através do apêndice A da API-650 podemos definir alguns critérios para
dimensionamento de tanques pequenos, caso sendo estudado neste trabalho. Ainda
de acordo com o apêndice A da API-650 que determina parâmetros e regras
essênciais para o calculo de tanques de pequeno porte, podemos diretamente
considerar as seguintes medidas para tanques com até 60m em média de diâmetro.
A tabela 7 mostra as medidas de espessuras mínimas para este tipo de tanque.
35

Tabela 7 – Espessuras de placa-casca (mm) de tamanhos típicos de tanques com até 1.800mm de
Curso e 2.400mm de curso respectivamente.
Coluna Colu Colu Colu Colu Colu Coli Colu Colu Colu Colu Coluna
1 na 2 na 3 na 4 na 5 na 6 na 7 na 8 na 9 na na 12
10 11
Tauk Tank Heigbt (m) I Number of Courses in Completed Tank Altura
Diame Altura do tanque (m) / Número de colunas em tanque concluído máxima
ter m / admissí
Diame vel para
tro do o
tanqu diâmetr
e em o em m
m 1.8/1 3.6/ 5.4/3 7.2/4 9.0/5 10.8 12.6/ 14.4/ 16.2/ 18.0/
2 /6 7 8 9 10

3 5 5 5 5 5 5
4,5 5 5 5 5 5 5
6 5 5 5 5 5 5 5 5
7.5 5 5 5 5 5 5 5 5 5 5.3
9 5 5 5 5 5 5 5 5 5.7 6.3
10.5 5 5 5 5 5 5 5.1 5.9 6.6 7.4
12 5 5 5 5 5 5 5.9 6.7 7.6 8.4
13.5 5 5 5 5 5 5.6 6.6 7.6 8.5 9.5
15 6 6 6 6 6 6.3 7.3 8.4 9.5 10.6
18 6 6 6 6 6.2 7.5 8.8 10.1 11.4 17.8
21 6 6 6 6 7.3 8.8 10.3 11.8 15.3
24 6 6 6 6.6 8.3 10 11.7 13.4
27 6 6 6 7.4 9.3 11.3 11.9
30 6 6 6 8.2 10.4 12.5 10.8
36 8 8 8 9.9 12.5 9
42 8 8 8.5 11.5 7.8
48 8 8 9.7 .6.9
54 8 8 10.9 6.1
60 8 8 12.2 5.5
66 10 10 5.1

Coluna Colu Colu Colu Colu Colu Coli Colu Colu Colu Colu Coluna
1 na 2 na 3 na 4 na 5 na 6 na 7 na 8 na 9 na na 12
10 11
Tauk Tank Heigbt (m) I Number of Courses in Completed Tank Altura
Diame Altura do tanque (m) / Número de colunas em tanque concluído máxima
ter m / admissí
Diame vel para
tro do o
36

tanqu diâmetr
e em o em m
m 2.4/1 4.8/2 7.2/3 9.6/4 12.0/ 14.4 16.8/ 19.1/
5 /6 7 8

6 5 5 5 5 5 5
7.5 5 5 5 5 5 5 5 5
9 5 5 5 5 5 5 5 5
10.5 5 5 5 5 5 5 5.1 5.9
12 5 5 5 5 5 5 5.9 6.7
13.5 5 5 5 5 5 5.6 6.6 7.6
15 6 6 6 6 6 6.3 7.3 8.4
18 6 6 6 6 6.2 7.5 8.8 10.1 17.8
21 6 6 6 6 7.3 8.8 10.3 11.8 15.3
24 6 6 6 6.6 8.3 10 11.7 13.4
27 6 6 6 7.4 9.3 11.3 11.9
30 6 6 6 8.2 10.4 12.5 10.8
36 8 8 8 9.9 12.5 9
42 8 8 8.5 11.5 7.8
48 8 8 9.7 .6.9
54 8 8 10.9 6.1
60 8 8 12.2 5.5
66 10 10 5.1

Fonte: (API-650, 2007)

2.8 Projeto do teto

Barros (2014), difere os tetos dos tanques de armazenamento em cinco, são


eles, tanque de teto fixo cônico suportado, fixo cônico autoportante, fixo curvo
autoportante, flutuante externo e fixo flutuante interno. Todos esses tetos devem ser
projetados para suportar, além de seu próprio peso estrutural, a carga do material
presente em seu interior e uma possível carga viva seja ela, homem, máquina ou
carga leve. Normalmente é adotado um peso 120 kgf/m² como sobrecarga de área
projetada do teto.
De acordo com a API-650 e a N-270 recomenda-se que para até 6m de
diâmetro de tanque seja utilizado o teto fixo cônico autoportante. Esses telhados
apresentam aproximadamente o formato de um cone de direito que é suportado
apenas em sua periferia.
37

2.8.1 Dos materiais

Segundo a N-270 (2013) o material deve ser sempre ASTM A 1011 Gr 33 ou


ASTM A 283 Gr C, com largura mínima de 1500 mm. A espessura mínima nominal
deve ser de 4,75mm (3/16 pol.). Maiores espessuras podem ser consideradas para
tanques autoportantes.

2.8.2 Dos cálculos Autoportantes

Segundo a API-650 (2007) este tipo de telhado deve obedecer as seguintes


definições:
 θ ≤ 37 graus (inclinação = 9:12)
 θ ≥ 9,5 graus (inclinação = 2:12)
Logo, podemos considerar para o calculo da espessura mínima:
(10)
𝐷 𝑇
√ ≥ 5𝑚𝑚
4.8 𝑆𝑒𝑛𝜃 2.2

Onde D é o diâmetro nomial da estrutura (m), T é a maior combinação de carga


proveniente das equações de gravidade de carga; 1) (DL + (Lr ou S) + 0.4Pe) e 2) (DL
+ Pe + 0,4 (Lr ou S)) em Kpa e 𝜃 o ângulo de elementos do cone na horizontal em
graus.
Para a espessura máxima deve ser adotado o valor de 12,5mm exclusivamente
ao subsídio de corrosão.
Em medidas internacionais podemos escrever a equação como:
(11)
𝐷 𝑇 3
√ ≥ 𝑝𝑜𝑙
400 𝑆𝑒𝑛𝜃 45 16

Com D em ft, T em lbf/ft² e 𝜃 em graus e a espessura máxima de subsídio de


corrosão de ½ pol.
A junção da casca deve ser calculada conforme a figura 14.
38

Figura 14 – Detalhamento das junções de cascas

Fonte: (API-650, 2007)

As juntas de cascas devem ser igual ou superior a equação 12.


𝐷2 𝑇 (12)
.( )
0.432. 𝑆𝑒𝑛𝜃 2.2
39

Cujas nomenclaturas já foram citadas acima. A área calculada nesta equação


acima é baseada na espessura do material menos o subsídio de corrosão. A equação
abaixo atribui o mesmo cálculo à padrões americanos usuais.
𝐷2 𝑇 (13)
.( )
300. 𝑆𝑒𝑛𝜃 45
Com D em ft, T em lbf/ft² e 𝜃 em graus e a espessura máxima de subsídio de
corrosão de ½ pol. A figura 15 mostra alguns padrões de colunas de base.

Figura 15 – Colunas de base, padrões aceitáveis.


40

Fonte: (API-650, 2007)

Barros ( 2010) especifica ainda alguns parâmetros basicos para pressão interna
para tanques de teto fixo, os quais não são aplicáveis pata tanques sem teto ou de
teto flutuante externo. Segundo o mesmo, para tanques de teto fixo a pressão interna
seria a máxima pressão de operação. Para tanques de chapas 3/16’’ ou 4,75mm a
pressão interna é de 37mm de coluna de água ou seja, 0363 kPa.
Seguindo as normas estabelecidas na API-650 e na N-270, foi verificado que o
tanque em questão a ser projetado não excede os parâmetros de pressão interna
estipulados pela norma, sendo assim, poderá ser adotado o modelo básico de
designer.

2.9 Mezanino

O mezanino é uma solução conhecida por ampliar a área util de um ambiente


de forma econômica e prática. Os mezaninos industriais são amplamente conhecidos
por utilizarem a área util de um setor de forma eficaz, podendo inclusive dispor de
máquinas sobre máquinas. Os mesmo, são andares intermediários entre o piso e o
teto de uma construção. Será adota nesta parte de projeto a norma NBR 8800/2005,
para os cálculos de dimensionamento.
Mezanino é denominado a estrutura metálica que remete a uma plataforma,
podendo ser desmontável ao qual permite o trâfego de pessoas e equipamentos. Essa
passagem pode ser feita na parte superior como inferior do mezanino, sendo para
parte superior feita através de uma escada geralmente metálica.
41

2.9.1 Estrutura

Segundo Fernandes (1981), a estrutura de uma mezanino é normalmente feita


de aço inox ou ferro, podendo até ser de madeira.
Para a definição desse sistema é inicialmente considerado as cargas, massas
e pesos do sistema, possibilitando o dimensionamento das vigas posteriormente e em
seguida do pórtico principal.
A figura 16 representa a ideia de mezanino que será contemplado neste
trabalho.

Figura 16 - Mezanino

Fonte: (FELIPE JACOB, 2016)

2.9.2 Materiais

De acordo com a NBR 8800 (2008), os elementos que rejem este trabalho são
os aços estruturais do tipo, laminado, forjado e soldado. Os produtos laminados são
definidos conforma a figura 17 e podem ser em barras, chapas, perfis, trilhos e tubos.

Figura 17 – Principais tipos de aço laminado.

Fonte: (PFEIL-PFEIL, 2010)


42

As chapas ainda podem ser grossas ou finas, de acordo com Pfeil, 2010 a
tabela 8 mostras as especificações atribuidas a cada uma.

Tabela 8 – Especificação das chapas.

Fonte: (PFEIL-PFEIL, 2010)

A tabela 9 mostra as propriedades mecânicas dos aços-carbonos, os quais são


os tipos mais utilizados para essas estruturas, pois apresentam aumento da
resistência em relação ao ferro puro. A tabela 10 mostra as propriedades de aços em
gerais mais utilizados, incluindo os de baixa liga.

Tabela 9 – Propriedades mecânicas dos aços-carbonos.


Especificação Teor de Limite de Resistência à
carbooo fk: escoamento ruptura
fy, (MPa) fu (MPa)
ABNT MR250 baixo 250 400
ASTMA7 240 370 500
ASTMA36 025 - 0.29 250 (36 ksi) 400 500
ASTM A307 (parafuso) baixo 0 415
ASTMA325 (parafuso) médio 635 (min) 825 (min)
EN 5235 baixo 235 360

Fonte: (PFEIL-PFEIL, 2010)

Tabela 10 – Propriedades mecânicas para ligas padrão.

Fonte: (PFEIL-PFEIL, 2010)


43

De acordo com a NBR 8800, 2008 devem ser considerados os seguintes


valores para propriedades mecânicas:
a) Módulo de elasticidade; → E = Es = 200.000 Mpa
b) Coeficiente de Poisson → Ѵ = 0,3
c) Módulo de elasticidade transversal → G = 77000 Mpa
d) Coeficiente de dilatação térmica → β𝑎 = 1,2 x 10−5 °𝐶 −1
e) Massa específica → ρ𝑎 = 7850 Kg/m 7850 Kg/𝑚3

2.9.3 Ações nas estruturas

De acordo com a NBR 8800 algumas ações devem ser consideradas no cálculo
de estruturas, estas são as que podem produzir efeitos nas estruturas de forma
significativa.
As ações podem ser: Permanentes, variáveis e excepcionais.

2.9.3.1 Ações permanentes

Estas são caracterizadas por influenciarem à estrutura de forma quase que


constante em todo o seu ciclo de vida. As permanente diretas são aquelas que atuam
diretamente na estrutura de forma continua ao longo de todo a vida do projeto, como
o próprio peso da estrutura, instalações permanente e peso de elementos construtivos
por exemplo. Já as ações permanentes indiretas são aquelas que ocorrem ao longo
da vida da estrutura e permacem o fim do ciclo de vida, como por exemplo,
deformações por retração, deslocamento de apoios e imperfeições geométricas.

2.9.3.2 Ações variáveis

São ações que variam ao longo do ciclo de vida do projeto ou material.


Normalmente estas ações remetem a sobrecargas e ao uso das edificações como
peso de carros, de pessoas, movitações no projeto, pisos, coberturas, móveis, ação
dos ventos e outros. No estudo aqui em desenvolvimento, não será detalhado sobre
ação dos ventos por se tratar de um mezanino pequeno, localizado dentro de outra
edificação, ao qual não terá contato direto nem influência direta com o vento.
44

2.9.3.3 Ações excepcionais

Estas são caracterizadas por terem duração extremamente curta e de baixa


ocorrência mas que precisam ser consideradas no cálculo do projeto. São elas,
choques de veículos, explosões, incêncios, abalos sismicos, furacões, enchentes,
entre outros.

2.9.3.4 Combinação de Ações

A combinação de ações nos garante um cálculo preciso e eficaz das ações


incidentes em uma estrutura, visto que uma edificação está sujeita à um conjunto de
ações simultâneas. De acordo com a NBR 8800, 2008, as combinações são
determinadas pelos quadros 5,6,7 e 8 respectivamente.

Quadro 5 - Valores dos coeficientes de ponderação das ações 𝛾𝑓 = 𝛾𝑓1 . 𝛾𝑓3 (ações
permanentes)
Ações permanentes (γg)^ac
Diretas
Peso
próprio de
estruturas
Peso
moldadas Peso
Peso Peso próprio de
no local e próprio de
Combinaç próprio próprio de
elementos
elementos
ões de de construtivo Indiret
elementos construtiv
estrutu estrutura s as
construtivo os em
ras s industrializa
s geral e
metálic prémolda dos com
industrializa equipame
as das adições in
dos e ntos
loco
empuxos
permanente
s
1,25 1,30 1,35 1,40 1,50 1,20
Normais
(1,00) (1,00) (1,00) (1,00) (1,00) (0)
Especiais
1,15 1,20 1,25 1,30 1,40 1,20
ou de
(1,00) (1,00) (1,00) (1,00) (1,00) (0)
construção
Excepcion 1,10 1,15 1,15 1,20 1,30 0
ais (1,00) (1,00) (1,00) (1,00) (1,00) (0)
Fonte: (NBR 8800, 2008)
45

Quadro 6 - Valores dos coeficientes de ponderação das ações 𝛾𝑓 = 𝛾𝑓1 . 𝛾𝑓3 (ações variáveis)

Ações permanentes (γq)^ad

Diretas
Demais ações
variáveis,
Efeito da
Ação do Ações truncadas ^ incluindo as
temperatura ^
vento e decorrentes do
b
uso e
ocupação

Normais 1,2 1,4 1,2 1,5


Especiais ou
de 1 1,2 1,1 1,3
construção
Excepcionais 1 1 1 1
Fonte: (NBR 8800, 2008)

Quadro 7 - Valores dos fatores de combinação ψo e de redução ψ1 e ψ2 para as ações


variáveis
γf2^a
Ações
ψ0 ψ1^d ψ2^e
Locais em que não há predominância de pesos e
de equipamentos que permanecem fixos por longos
0,5 0,4 0,3
períodos de tempo, nem de elevadas
Ações
concentrações de pessoas (b)
variáveis
Locais em que há predominância de pesos e de
causadas
equipamentos que permanecem fixos por longos
pelo uso e 0,7 0,6 0,4
períodos de tempo, ou de elevadas concentrações
ocupação
de pessoas (c)
Bibliotecas, arquivos, depósitos, oficinas e
0,8 0,7 0,6
garagens e sobrecargas em coberturas

Vento Pressão dinâmica do vento nas estruturas em geral 0,6 0,3 0

Variações uniformes de temperatura em relação à


Temperatura 0,6 0,5 0,3
média anual local

Passarelas de pedestres 0,6 0,4 0,3


Cargas
móveis e Vigas de rolamento de pontes rolantes 1 0,8 0,5
seus efeitos
Pilares e outros elementos ou subestruturas que
dinâmicos 0,7 0,6 0,4
suportam vigas de rolamento de pontes rolantes
46

a Ver alínea c) de 4.7.5.3.


b Edificações residenciais de acesso restrito.
c Edificações comerciais, de escritórios e de acesso público.
d Para estado-limite de fadiga (ver Anexo K), usar ψ1 igual a 1,0.
e Para combinações excepcionais onde a ação principal for sismo, admite-se adotar
para ψ2 o valor zero.
Fonte: (NBR 8800, 2008)

Quadro 8 - Valores dos coeficientes de ponderação das resistências 𝛾𝑚


Aço estrutural ^a
γa

Aço das
Combinações Escoamento, Concreto γc armaduras
flambagem e γs
Ruptura γa2
instabilidade
γa1

Normais 1,1 1,35 1,4 1,15

Especiais ou 1,1 1,35 1,2 1,15


de construção
Excepcionais 1 1,15 1,2 1
a) Inclui o aço de fôrma incorporada, usado nas lajes mistas de aço e concreto, de
pinos e parafusos.
Fonte: (NBR 8800, 2008)

A partir destas combinações podemos assumir a seguinte equação para cada


combicação:
𝑚 𝑛
(14)
𝐹𝑑 = ∑(𝛾𝑔𝑖 . 𝐹𝐺𝑖,𝑘 ) + 𝛾𝑞𝑖 . 𝐹𝑄1,𝑘 + ∑(𝛾𝑞1 . ψ0𝑗,𝑒𝑓 . 𝐹𝑄𝑗,𝑘
𝑖=1 𝑗=2

Onde 𝐹𝐺𝑖,𝑘 são os valores característicos das ações permanentes, 𝐹𝑄1,𝑘 é o valor
característico das ações especiais, 𝐹𝑄𝑗,𝑘 é o valor característico das ações variáveis
que podem atuar juntamente com a ação variável especial. ψ0𝑗,𝑒𝑓 é a combinação de
efetivos de cada uma das ações variáveis que pode atuar juntamente com a ação
variável especial 𝐹𝑄1 .

2.9.4 Barras Prismáticas

Este tipo de barra destáca-se por ser um elemento reto com seção transversal
uniforme. A figura 18 demonstra alguns exemplos de barras prismáticas.
47

Figura 18 – Exemplos de barras prismáticas.

Fonte: (ENGENHARIA CIVIL, 2020)

De acordo com a NBR 8800, 2008, estas barras estaram suscetíveis a diversos
esfoços que seram abordados neste trabalho, com seus respectivos cálculos.

2.9.4.1 Barras prismáticas submetidas à tração

Estas barras submetidas ao esforço axial de tração devem atender a seguinte


condição em seu dimensionamento através da equação abaixo, de acordo com NBR
8800, 2008.
𝑁𝑡,𝑆𝑑 ≤ 𝑁𝑡,𝑅𝑑 (15)

Onde:
𝑁𝑡,𝑆𝑑 é a força axial de tração solicitante de cálculo;
𝑁𝑡,𝑅𝑑 é a força axial resistente de cálculo.
O valor de 𝑁𝑡,𝑅𝑑 pode ser calculado através das seguintes equações, tanto para
escoamento da seção bruta, como para ruptura da seção liquida.
Para escoamento da seção bruta temos:
𝐴𝑔 . 𝐹𝑦 (16)
𝑁𝑡,𝑅𝑑 =
𝑌𝑎𝑙
Para ruptura da seção líquida temos:
𝐴𝑒 . 𝐹𝑢 (17)
𝑁𝑡,𝑅𝑑 =
𝑌𝑎2
Onde:
𝐴𝑔 é a área da seção bruta;
𝐴𝑒 é a área líquida efetiva da seção transversal da barra, conforme equação
18;
𝐹𝑦 é a resistência de escoamento do aço;
𝐹𝑢 é a resistência de ruptura de aço.
48

A área líquida efetiva de uma barra efetiva 𝐴𝑒 é dada por:


𝐴𝑒 = 𝐶𝑡 𝐴𝑛 (18)
Onde:
𝐶𝑡 é um coeficiente de redução da área líquida, conforme seção 2.9.4.1.1;
𝐴𝑛 é a área líquida da barra, conforme seção 2.9.4.1.2.

2.9.4.1.1 Área Líquida

De acordo com a NBR 8800, 2008, a área líquida An de uma barra em regiões
com furos, utilizados para ligação ou para qualquer outra finalidade, é a soma dos
produtos da espessura pela largura líquida de cada um dos elementos. Estas áreas
líquidas podem ser calculadas seguindo algumas determinações que são
especificadas abaixo:
 Em ligações parafusadas, a largura dos furos deve ser considerada 2,0 mm
maior que a dimensão máxima desses furos, perpendicular à direção da força
aplicada (alternativamente, caso se possa garantir que os furos sejam
executados com broca, pode-se usar a largura igual à dimensão máxima);
 No caso de uma série de furos distribuídos transversalmente ao eixo da barra,
em diagonal a esse eixo ou em ziguezague, a largura líquida dessa parte da
barra deve ser calculada deduzindo-se da largura bruta a soma das larguras
de todos os furos em cadeia, e somando-se para cada linha ligando dois furos

a quantidade 𝑠²⁄(4𝑔), sendo s e g, respectivamente, os espaçamentos

longitudinal e transversal (gabarito) entre esses dois furos (Figura 19);


 A largura líquida crítica daquela parte da barra será obtida pela cadeia de furos
que produza a menor das larguras líquidas, para as diferentes possibilidades
de linhas de ruptura;
 Para cantoneiras, o gabarito g dos furos em abas opostas deve ser considerado
igual à soma dos gabaritos, medidos a partir da aresta da cantoneira, subtraída
de sua espessura;
 Na determinação da área líquida de seção que compreenda soldas de tampão
ou soldas de filete em furos, a área do metal da solda deve ser desprezada.
Em regiões em que não existam furos, a área líquida, 𝐴𝑛 , deve ser tomada igual
à área bruta da seção transversal, 𝐴𝑔 .
49

Figura 19 - Espaçamentos s e g entre os furos 1 e 2

Fonte: (NBR 8800, 2008)

Logo podemos descrever a equação de 𝐴𝑛 também da seguinte forma


conforme equação 19
𝑠2 (19)
𝐴𝑛 = 𝐴𝑦 − 𝑛 (𝑑𝑏 + 0,2 + 𝑓𝑜𝑙𝑔𝑎)𝑡 + 𝑖 ( )𝑡
4𝑔
Onde:
𝐴𝑦 é Área bruta;
𝑑𝑏 é Diâmetro parafuso;
t é Espessura da chapa;
i é Número de diagonais na linha;
s é Espaçamento horizontal;
g é Espaçamento vertical.

2.9.4.1.2 Coeficiente de redução

O coeficiente de redução da área líquida 𝐶𝑡 tem valores determinados pelos


seguintes, conforme NBR 8800.
 Quando a força de tração for transmitida diretamente para cada um dos
elementos da seção transversal da barra, por soldas ou parafusos: 𝐶𝑡 = 1,00
 Quando a força de tração for transmitida somente por soldas transversais: 𝐶𝑡 =
𝐴𝑐
⁄𝐴
𝑔

2.9.4.2 Barras prismáticas submetidas à compressão

De acordo com a NBR 8800 este tipo de barra quando submetida a condição
citada deve atender a seguinte equação para dimensionamento.
50

𝑁𝑐,𝑠𝑑 ≤ 𝑁𝑐,𝑟𝑑 (20)

Onde:
𝑁𝑐, 𝑠𝑑 é a força de compressão solicitante de cálculo;
𝑁𝑐, 𝑅𝑑 é a forma de compressão resistente de cálculo.
Podemos ainda associar a compressão de resistência aos estados limites
ultimos de instabilidade por torção, flexão, flambagem entre outros. De acordo com a
NBR 8800 podemos definir através da seguinte equação:
𝑥. 𝑄. 𝐴𝑔 . 𝑓𝑦 (21)
𝑁𝑐,𝑟𝑑 =
𝛾𝑎𝑙
Onde:
x é o fator de redução associado à resistência a compressão, descrito abaixo;
Q é o fator de redução total ligado à flambagem local;
𝐴𝑔 é a área da seção bruta;
𝐹𝑦 é a resistência de escoamento do aço.
O fator de redução x é detalhado da seguinte forma, ainda de acordo com a
norma:
2 0,877
Para 𝜆0 ≤ 1,5 ∶ 𝑥 = 0,658𝜆0 e para 𝜆0 > 1,5 ∶ 𝑥 =
𝜆0 2

Sendo 𝜆0 o índice de esbeltez. 𝜆0 pode ser dado de maneira reduzida como:


𝑄. 𝐴𝑔 . 𝑓𝑦 (22)
𝜆0 =
𝑁𝑒
Sendo 𝑁𝑒 a força de axial de flambagem elástica.

2.9.4.3 Barras prismáticas submetidas a flexão e força cortante.

Estas barras, devem atender conforme a NBR 8800 a seguinte equação:


𝑀𝑠𝑑 ≤ 𝑀𝑟𝑑 ; (23)
V𝑠𝑑 ≤ 𝑉𝑟𝑑
Onde:
𝑀𝑠𝑑 é o momento fletor solicitante de cálculo;
𝑀𝑟𝑑 é o momento fletor resistente de cálculo;
V𝑠𝑑 é a força cortante solicitante de cálculo;
𝑉𝑟𝑑 é a força cortante resistente de cálculo.
A determinação do momento fletor resistente de cálculo é feita primeiramente
através dos estados limites ultimos tanto de flambagem lateral de torção (FLT) como
51

de flambagem local da alma (FLA). O quadro a seguir mostra os cálculos para estes,
de acordo com o tipo de seção utilizada, contemplando também a flambagem local da
mesa comprimida (FLM)

Quadro 9 – Valores das flambagens para respectivas seções.

Fonte: (NBR 8800, 2008)

Seguem notas consideradas pela NBR 8800:


 Nota 1:
1,38.√𝐼𝑦 .𝐽 27.𝐶𝑤 .𝛽1 (24)
𝜆𝑟 = 𝑟𝑦 .𝐽.𝛽1
. √1 + √1 + 𝐼𝑥

𝐶𝑏.𝜋2 .𝐸.𝐼𝑦 𝐶𝑤 𝐽.𝐿𝑏² (25)


𝑀𝑟𝑐 = 𝐿𝑏²
. √ 𝐼 . (1 + 0,039. 𝐶𝑤
𝑦

 Nota 6:
Para perfis laminados segue:

𝑀𝑟𝑐 =
0,69
. 𝑊𝑐 ; 𝜆𝑟 = 0,83. √(𝐹
𝐸 (26)
𝜆² 𝑦 −𝜎𝑟)

Para seção caixão:

𝐸 (27)
𝜆𝑟 = 3,76 . √
𝐹𝑦

Para seções tubulares retangulares:

𝐸 (28)
𝜆𝑟 = 2,42 . √
𝐹𝑦
52

 Nota 8:
A NBR 8800, 2008, diz que 𝑏/𝑡 é relação entre largura e espessura da mesa do
perfil, para as seções I e H com um eixo de simetria 𝑏/𝑡 seria a mesa comprimida (para
mesas de seções I e H, “b” é a metade da largura total para mesas de seções U, a
largura total, para seções tubulares retangulares, a largura da parte plana e para perfis
caixão, a distância livre entre almas).
A norma NBR 8800, 2008, ainda determina que para cálculo do momento fletor
de estado-limite último FLT, pode haver a necessidade de calcular o fator de
modificação para diagramas de momento fletor não-uniforme, chamado de Cb, para o
comprimento Lb. Esse fator na maioria dos casos é dado por:
12,5 𝑀𝑚𝑎𝑥 (29)
𝐶𝑏 = 𝑅 ≤ 3,0
2,5 𝑀𝑚𝑎𝑥 + 3𝑀𝐴 + 4𝑀𝐵 + 3𝑀𝐶 𝑚
Onde:
𝑀𝑚𝑎𝑥 é o valor do momento fletor em seu estado máximo de cálculo em módulo,
no comprimento Lb;
𝑀𝐴 é o momento fletor em módulo, na seção localizada a ¼ de Lb a partir da
extremidade esquerda;
𝑀𝐵 é o momento fletor em módulo, na seção localizada no centro de Lb;
𝑀𝐶 é o momento fletor em módulo, na seção localizada a ¾ de Lb a partir da
extremidade esquerda;
𝑅𝑚 parâmetro de monosimetria da seção transversal, que equivale a
(0,5+2(𝐼𝑦𝑐 /𝐼𝑦 )²) para as seções de eixo simétrico fletidas em relação ao eixo que não
é de simetria, sujeitas à curvatura reversa, e igual a 1,00 em todos os demais casos;
𝐼𝑦𝑐 é o momento de inércia da mesa comprimida em relação ao eixo de simetria;
𝐼𝑦 é o momento de inércia da seção transversal do eixo de simetria.
Atentar-se à trechos em balanço entre uma seção com restrição para
deslocamento lateral e torção, e as extremidades livres temos que Cb = 1,00.
Para esforço cortante em seções I, U e H que estão fletidas em relação ao eixo
central de inércia perpendicular a alma, definimos segundo a NBR 8800, 2008, Vrd é
definido como:
Para 𝜆 ≤ 𝜆𝑝:
𝑉𝑝𝑙 (30)
𝑉𝑟𝑑 =
𝜆𝑎𝑙
Para 𝜆𝑝 < 𝜆 ≤ 𝜆𝑟:
53

𝜆𝑝 𝑉𝑝𝑙 (31)
𝑉𝑟𝑑 =
𝜆 𝜆𝑎𝑙
Para 𝜆 > 𝜆𝑟:
𝜆𝑝 2 𝑉𝑝𝑙 (32)
𝑉𝑟𝑑 = 1,24 ( )
𝜆 𝜆𝑎𝑙
Onde:
ℎ (33)
𝜆𝑝 =
𝑡𝑤

𝐾𝑣. 𝐸 (34)
𝜆𝑝 = 1,10√
𝑓𝑦

𝐾𝑣. 𝐸 (35)
𝜆𝑝 = 1,37√
𝑓𝑦
2
(36)
𝑎 𝑎 260
5,0 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑎𝑙𝑚𝑎𝑠 𝑠𝑒𝑚 𝑒𝑛𝑟𝑖𝑗𝑒𝑐𝑒𝑑𝑜𝑟𝑒𝑠 𝑡𝑟𝑎𝑛𝑠𝑣𝑒𝑟𝑠𝑎𝑖𝑠, 𝑝𝑎𝑟𝑎 > 3 𝑜𝑢 𝑝𝑎𝑟𝑎 > [ ]
ℎ ℎ ℎ
𝐾𝑣 = 𝑡𝑤
5
5+ , 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑡𝑜𝑑𝑜𝑠 𝑜𝑠 𝑜𝑢𝑡𝑟𝑜𝑠 𝑐𝑎𝑠𝑜𝑠.
𝑎 2
{ ( )

Onde:
𝑉𝑝𝑙 é a força cortante do cisalhamento de plastificação na alma;
a é a distância entre as linhas de centro de dois enrijecedores transversais;
h é a altura da alma, tomada igual a distância entre as faces internas da mesa
dos perfis soldados e igual a esse valor menos os dois raios de concordância entre a
mesa e a alma;
tw é a espessura da alma.
Para esforços cortantes através de plastificação da alma:
𝑉𝑝𝑙 = 0,60𝐴𝑤 . 𝑓𝑦 (37)
Onde:
Aw = d.tw, sendo d a altura da seção transversal e tw a espessura da alma.

2.9.4.4 Barras prismáticas submetidas a combinação de esforços.

De acordo com a NBR 8800, 2008, para barras submetidas submetidas


simultaneamente a esforços de tração axial, compressão ou momentos fletores
temos:
𝑁
Para 𝑁𝑠𝑑 > 0,2
𝑟𝑑
54

𝑁𝑠𝑑 8 𝑀𝑥,𝑠𝑑 𝑀𝑦,𝑠𝑑 (38)


+ +( + ) ≤ 1,0
𝑁𝑟𝑑 9 𝑀𝑥,𝑟𝑑 𝑀𝑦,𝑟𝑑
𝑁
Para 𝑁𝑠𝑑 < 0,2
𝑟𝑑

𝑁𝑠𝑑 𝑀𝑥,𝑠𝑑 𝑀𝑦,𝑠𝑑 (39)


+( + ) ≤ 1,0
2𝑁𝑟𝑑 𝑀𝑥,𝑟𝑑 𝑀𝑦,𝑟𝑑
Onde:
𝑁𝑠𝑑 é a força axial solicitante de cálculo de tração ou de compressão;
𝑁𝑟𝑑 é a força axial resistente de cálculo de tração ou de compressão;
𝑀𝑥,𝑠𝑑 e 𝑀𝑦,𝑠𝑑 são os momentos fletores solicitantes de cálculo, respectivamente
em relação aos eixos x e y da seção transversal;
𝑀𝑥,𝑟𝑑 e 𝑀𝑦,𝑟𝑑 são os momentos fletores resistentes de cálculo, respectivamente
em relação aos eixos x e y da seção transversal.
55

3 METODOLOGIA

3.1 Classificação da pesquisa

Quanto a natureza o estudo encaixa-se em pesquisa aplicada pois busca que


o conteúdo aqui presente seja realmente aplicado, de forma a aprimorar,
compreender, quantificar ou desenvolver um fenômeno ou situação.
É quantitativa pois utiliza de dados coletados para aplicabilidade em softwares.
Os dados são analisados de forma objetiva e o estudo é apresentado com auxílio de
ferramentas como gráficos, tabelas e figuras, além de referenciais teóricos.
Pelos procedimentos podemos concluir que este estudo é de natureza
explicativa, pois busca a obtenção de um conhecimento sobre um assunto novo, dado
contexto, juntamente à referenciais e números e dados coletados. Experimental, pois
busca através dos dados obtidos traçar ou desenvolver um modelo.

3.2 Cenário e participantes da pesquisa

O ambiente analisado neste estudo é um ambiente fabril, que atua com


produção de polímeros reciclado. Dentro do contexto, foi averiguado o setor de
fabricação do grão, denominado de recuperação. A análise ocorreu na máquina
recuperadora, para desenvolvimento de um processo de armazamento de matéria-
prima da máquina.

3.3 Intrumento e coleta de dados

Consiste em um levamento de números referente à quantidade diária de


paradas de uma máquina através do método de croanálise que é uma ferramenta de
análise de uma linha de produção, seja análise de tempos, paradas, movimentos,
perdas afim de otimizar os processos.
A partir da análise de dados físicos presentes na empresa e sua necessidade
será utilizado do referencial metodológico para coerência e veracidade de todos os
cálculos presente neste projeto.
Como resultado dos cálculos obtidos será desenvolvido todo o projeto a partir
de desenhos técnicos com softwares prórios para isto como o AutoDesk Inventor e
CYPE que também faz análise de tensões e deformações ao longo da estrutura.
56

3.4 Organização e análise de dados

Com uma análise bibliográfica do conteúdo será possível obter não só as


partes básicas deste estudo como introdução, objetivos e justificativa, mas todo o
processo apresentado abaixo na figura 20.

Figura 20 – Fluxograma do processo de desenvolvimento de projeto.

Fonte: (AUTORA, 2020)


57

3.5 Coleta de Dados

A linha de produção de sacolas plásticas recicláveis é composta por vários


setores, entre eles: Lavagem, aglutinação, recuperação, extrusão e corte e soldagem.
Este estudo foi feito no setor de recuperação, especificamente na máquina
recuperadora, após ser analisado que a mesma necessita de estocagem de material
para que não haja a parada de máquina e consecutivamente a parada da linha.
Analisando a produção da máquina foram registrados os seguintes valores,
conforme Quadro 10.

Quadro 10 – Análise de produção média diária da máquina.

Máquina: Extrusora Deitada (120mm)


Produção por minuto: Méd: 5,5 kg
Tempo de funcionamento diário Méd: 20 horas
Produção Diária: 5,5 toneladas
Fonte: (AUTORA, 2020)

Após a verificação da capacidade de produção da máquina, foi feita a análise


da capacidade necessária para o tanque, ao qual espera-se comportar o valor
produzido em média por dia pela máquina, a fim de não pará-la devido a falta de
material.

3.6 Análise de Dados


A máquina recuperadora apresenta um consumo eficiente de plástico triturado,
onde através dela é obtido o grão que dará forma a sacola. Esta máquina apresenta
uma produção média diária de 5.5 toneladas de grão, conforme quadro 2. A ocorrência
de paradas é ocasionada devido ao seu consumo rápido, e a falta de estocagem de
material. Por mais que a máquina que a antecede, o aglutinador, produza materia
prima suficiente para seu consumo diário efetivo, a mesma precisa trabalhar em ritmo
desacelerado, pois não há como estocar o produto. Logo entre o tempo de batelada
do aglutinador e o consumo da matéria prima pela recuperada, há diversos momentos
de inatividade de máquina. As tabelas a seguir, mostram as relações entre tempos e
cargas de ambas as máquinas, e o valor gasto em energia elétrica por tempo de
máquina ligada porém sem consumo.
58

Tabela 11 – Relação tempo x produção de máquina


Recuperadora Aglutinador

Tempo de 70 kg a cada 20
5.5 kg por min
Consumo/Batelada min
7 min a cada 20 Não há durante
Tempo de min sem horário de
máquina parada consumo. funcionamento
Horas trabalhadas 20 hrs por dia 20 hrs por dia
por dia
Fonte: (AUTORA, 2020)

Analisando os dados temos que todos os dias a máquina recuperadora fica em


média de 7 horas sem utilização, porém ligada. Fazendo a relação de horas por mês
com o custo de energia comercial, temos a tabela 12, que nos mostra a relação de
reais por mês gastos de máquina parada. Nesta tabela foram consideradas as 3
categorias de bandeiras.

Tabela 12 – Valores em energia por mês


Valores gastos por mês com máquina
recuperadora sem consumo.
Valores
Bandeira Taxas Mensais
Bandeira
0.47 R$: 10881.68
Vermelha
Bandeira
0.359 R$: 8311.75
amarela

Bandeira Verde 0.345 R$: 7987.61


Fonte: (AUTORA, 2020)

3.7 Entrada de Dados do Tanque

Primeiramente foram computadas as necessidades volumétricas para o tanque


de armazenamento e seus dados principais, seguindo todas as normas da API 650 e
N-270.
 Material armazenado: Plástico triturado;
 Peso específico relativo: Por tratar-se de reciclagem, há mais de um tipo de
material a ser considerado tais como: PEBD: 0,92g/cm³,
 Pressão de projeto: 37mmH2O;
 Temperatura de projeto: máxima = 45º C e mínima = 20º C;
59

 Capacidade necessária de tanque: 5,5 toneladas. Será considerada 6


toneladas, levando em consideração a produção máxima da máquina
estipulada.
 Coeficiente de Corrosão (CA) = 2mm.

3.8 Cálculo da capacidade do tanque de armazenamento

Para os calculos do tanque que se sucederem neste estudo, utilizaremos como


base o anexo A da API 650 que trata de tanques de pequeno porte, inferiores à 60m
de diâmetro. O tanque a ser desenvolvido neste estudo pode ter sua capacidade
volumétrica necessária definida através da equação 40:

𝑚 (40)
𝑑=
𝑣
Onde:

d = densidade específica, m é a massa do material e v a capacidade


volumétrica em m³. Resolvendo temos:

𝑘𝑔 6000𝑘𝑔 (40)
920 ( 3 ) =
𝑚 𝑣

6000𝑘𝑔 (40)
𝑣=
𝑘𝑔
920 ( 3 )
𝑚

𝑣 = 6,52 𝑚³ (40)
Através da tabela 1 temos o diâmetro mínimo para tanques de pequeno porte
de 3m e altura mínima de 1,8m. Retomando a equação 5 temos:

𝐶 = 0785𝐷2 𝐻 (5)
𝐶 = 0785. 32 . 1,8 (5)
𝐶 = 7,07𝑚³ (5)
Logo, teremos um tanque com 3m x 1,8m com capacidade armazenativa de
7,07m³ e um curso.
60

3.9 Espessura e determinação de chapa de fundo do Tanque.

Por se tratar de um tanque cilíndrico com diâmetro de 3m, podemos considerar


através da norma o fundo plano com chapa em ASTM A 36. De acordo com a tabela
4, definimos o tipo da chapa em recortadas e visto se tratar de um tanque de pequeno
diâmetro classificado na API 650 no anexo A, espessura de 6,3mm em acordo à N –
270.

3.10 Dimensionamento de Costado do Tanque.

De acordo com a tabela 5 e 7 temos que para tanques com com diâmetros
inferiores a 15m utilizaremos como base 5mm de espessura para as chapas do
costado em ASTM A 36, por não exceder 40mm de espessura. Utilizaremos como
base o modelo de corpo de norma e método básico para cálculos por se tratar de
tanque de pequenas dimensões.
Retomando o quadro 4 temos:

Quadro 4 – Tensões para o ASTM A 36M

CHAPA ASTM A36M


Mínimo escoamento: 250Mpa (Psi)
Mínima resistência a tração 400Mpa (Psi)
Teste hidroestático de
Tensão Sd 160Mpa (Psi)
Fonte: (AUTORA, 2020)

Levando em consideração a análise do apêndice A, consideraremos para o


tanque em estudo, por se tratar de um tanque 3m x 1,8m, a espessura de casca de
5mm.
Analisando as condições de projetos pelo método de corpo de norma temos
para a espessura:
4.9𝐷(𝐻 − 0.3)𝐺 (6)
𝑡𝑑 = + 𝐶𝐴
𝑆𝑑

4,9.3(1,8 − 0.3)1 (6)


𝑡𝑑 = +2
160
𝑡𝑑 = 2,14𝑚𝑚 (6)
Pelo método para tanques de pequeno porte no anexo A da API 650 temos:
61

4.9𝐷(𝐻 − 0.3)𝐺 (41)


𝑡𝑑 = + 𝐶𝐴
𝐸. 145
4,9.3(1,8 − 0.3)1 (41)
𝑡𝑑 = +2
0,85.145
𝑡𝑑 = 2,18𝑚𝑚 (41)
Será adotada a espessura estipulada pela norma de 5mm, de acordo com as
especificações de parede de tanques pequenos, anexo A da API-650. Pelo teste
hidroestático temos:
4.9𝐷(𝐻 − 0.3)𝐺 (7)
𝑡𝑡 =
𝑆𝑡
4,9.3(1,8 − 0.3)1 (7)
𝑡𝑡 =
171
𝑡𝑡 = 0,13𝑚𝑚 (7)
Logo, a espessura considerada também satisfaz esta equação. Para o cálculo
da pressão hidroestática no costado foi utilizada a equação 𝑃 = 𝐺. 𝐻. 𝜌, onde P é a
pressão hidroestática, G a força gravitacional, H a altura e 𝜌 a desidade específica.
Resultando o valor de 𝑃 = 0,016 𝑀𝑝𝑎

3.11 Projeto do teto do Tanque.

De acordo com as condições estabelecidas pela API-650 os tanque de teto fixo


cônico autoportante por não possuirem chapas ou vigas de apoio, e por se tratar de
um tanque pequeno, podem ter sua espessura em 5mm ou mais, sendo o valor
máximo de 12,5mm. Consideraremos para o tanque neste estudo a chapa ASTM A-
283 Gr. C, tendo um peso específico de 7.800 kg/m³ e terá espessura mínima de 5mm.
Para o cálculo da espessura primeira é necessário descobrir o maior valor para
combinações de carga possível. Sabemos que:
1. 𝐷𝐿 + (𝐿𝑟 𝑜𝑢 𝑆) + 0.4𝑃𝑒 (43)
𝑇={
2. 𝐷𝐿 + 𝑃𝑒 + 0.4(𝐿𝑟 𝑜𝑢 𝑆)
Onde:
DL é a carga morta, ou seja peso do tanque em kpa ou lb/ft²;
Lr é carga de telhado mínima de àrea projetada em kpa ou lb/ft²;
S é a carga de neve;
Pe a pressão externa em kpa ou lb/ft²
Não consideraremos a carga neve, visto que se trata de um ambiente não
suscetível a esta condição climática.
62

Para T=1, temos:


𝑇 = 90,22 + 23,54 + (0.4𝑥2026,5) (44)
𝑙𝑏 (44)
𝑇 = 924,36 𝑜𝑢 46,22 𝑘𝑝𝑎
𝑓𝑡 2
Para T=2 temos:
𝑇 = 90,22 + 2026,5 + (0.4𝑥23,54) (45)
𝑙𝑏 (45)
𝑇 = 2126,14 𝑜𝑢 106,31 𝑘𝑝𝑎
𝑓𝑡 2
Logo o maior valor para T é 106,31 kpa, considerando 1 kpa = 20lb/ft² segundo
a API-650.
Para o cálculo real de espessura da estrutura temos, considerando a angulação
cônica de 37 graus:
(10)
𝐷 𝑇
√ ≥ 5𝑚𝑚
4.8 𝑆𝑒𝑛𝜃 2.2

(10)
3 106,31
√ ≥ 5𝑚𝑚
4.8 𝑆𝑒𝑛37 2.2

7,22𝑚𝑚 ≥ 5𝑚𝑚 (10)


Para 𝜃 = 9,5 temos:
(10)
3 106,31
√ ≥ 5𝑚𝑚
4.8 𝑆𝑒𝑛9,5 2.2

26,32𝑚𝑚 ≥ 5𝑚𝑚 (10)


Por se tratar de um tanque de pequeno porte e analisando o custo-benefício do
material foi selecionado a angulação cônica de 37 graus, para espessura de 7,22mm.

3.12 Projeto do Mezanino

A estrutura metálica abordada nesse projeto será de âmbito simples, com


elementos simples de vigas e pilares para sustentação do tanque de armazenamento
também desenvolvido neste estudo.
Dados de entrada para considerações do mezanino:
 Comprimento desejável: 4 metros
 Altura mínima: 2,5 metros, devido à máquina abaixo.
63

 Pesos necessários a serem suportados: Tanque, com peso de 7.490kg (tanque


cheio + material de fabricação) e pessoa com peso de 0,785 t/m²

3.13 Cálculo da barra do Mezanino.

Para o cálculo das barras foi considerado barras em perfis CVS 300x47 em
material aço ASTM A 36. O quadro 11 apresenta algumas considerações a cerca das
propriedades do aço A36.

Quadro 11 – Propriedades aço ASTM A 36.


PROPRIEDADES A 36
Peso Esp. 7.850 kg/m³
Limite de
250 Mpa
Escoamento
Resistência a
tração 400 a 550 Mpa
Módulo de
200 Gpa
Elasticidade:
Fonte: (AUTORA, 2020)

A figura abaixo foi desenvolvida com alguns dados fornecidos pela Tecnometal,
fornecedor selecionado para o perfil.

Figura 21 – Propriedades do Material

Fonte: (AUTORA, 2020)

Sendo:
Lx o momento de inércia no eixo x;
Ly o momento de inércia no eixo y;
64

Lt o momento de inércia à torção uniforme;


𝛽 o coeficiente de flambagem;
Lk o comprimento de flambagem;
Cb o fator de modificação para o momento crítico.
O índice de esbeltes da barra deve ser λ ≤ 200, tomado como o maior relação
entre o comprimento de flambagem e o raio de giração e deve obedecer a seguinte
equação:
𝐾𝑥. 𝐿𝑥 (46)
𝑟𝑥
𝜆 = 𝐾𝑦. 𝐿𝑦
{ 𝑟𝑦
2500 (46)
𝜆 = {12.53
2500
4.58
𝜆𝑥 = 19.9 (46)
𝜆= {
𝜆𝑦 = 54.6
Logo o indice de esbeltes da barra atende à solicitação.

3.13.1 Resistência a compressão

De acordo com o quadro 6, as barras serão submetidas à esforços normais de


peso próprio da estrutura e tanque. Tem-se para compressão das barras a equação
47 onde, analisando a barra N6/N5, temos:
𝑁𝑐,𝑠𝑑 (47)
𝜂= ≤1
𝑁𝑐,𝑟𝑑
Atribuido pelo quadro 6 os coeficientes de 1,5 para peso próprio e do tanque
temos que 𝑁𝑐,𝑠𝑑 = 16.101𝑡 o cálculo 𝑁𝑐,𝑟𝑑 provém da equação 21 onde:
0,854.1.60.48.2548.42 (21)
𝑁𝑐,𝑟𝑑 =
1,10
𝑁𝑐,𝑟𝑑 = 119.633𝑡 (21)
Retomando a equação 20 temos:
14.989 ≤ 119.633 (20)

O fator de redução dado pela equação 22 é calculado da seguinte forma,


2
considerando 𝜆0 ≤ 1,5 ∶ 𝑥 = 0,658𝜆0 :
65

1.60,48.2548,42 (22)
𝜆0 =
408182
𝜆0 = 0.614 (22)
De acordo com ABNT NBR 8800:2008, Anexo E, solicita o cálculo de
flambagem axial elástica. A força axial de flambagem elástica, Ne, de uma barra com
seção transversal duplamente simétrica ou simétrica em relação a um ponto, é dada
pelo menor valor entre os obtidos por (a):
(a) Flambagem por flexão em relação ao eixo principal de inércia X, Y e Z da seção
transversal:
(𝜋 2 . 𝐸. 𝐼𝑥) (48)
𝐾𝑦. 𝐿𝑥
(𝜋 2 . 𝐸. 𝐼𝑦)
𝑁𝑒 =
𝐾𝑦. 𝐿𝑦
1 2 2
{(𝑟02 ) . [((𝜋 . 𝐸. 𝐶𝑤)/(𝑘𝑥. 𝐿𝑥) ) + 𝐺. 𝐽
Sendo E o módulo de elasticidade, Cw a constante de empenamento, G o
módulo de elasticidade transversal, J a constante de torção da seção e r0 raio de
giração polar da seção bruta, temos:
(𝜋 2 . 2038736.9499.13) (48)
2500
(𝜋 2 . 2038736.1267.87)
𝑁𝑒 =
2500
1
( ) . [((𝜋 2 . 𝐸. 267488.74)/(0)2 ) + 784913.16.23
{ 13.342
𝑁𝑒𝑥 = 3058.192𝑡 (48)
𝑁𝑒 = { 𝑁𝑒𝑦 = 408.182𝑡
𝑁𝑒𝑧 = ∞
𝑁𝑒 = 408.182𝑡 (48)

Retomando a equação temos:


𝜂 = 0.135 ≤ 1 (47)

Logo a barra selecionada satisfaz as necessidades de compressão.

3.13.2 Cálculo da resistência de flexão e cortante.

Trazendo a tona a equação 23 onde 𝑀𝑠𝑑 ≤ 𝑀𝑟𝑑, podemos obter a equação 49:
𝑀𝑠𝑑
𝜂 = 𝑀𝑟𝑑 ≤ 1 (49)
66

O coeficiente 𝑀𝑠𝑑 também é atribuido pelo o esforço solicitante de cálculo


desfavorável que produz-se num ponto situado a uma distância de 2.200 m do nó N6,
para a combinação de ações 1.5.PP + 1.5.Tanque. Logo 𝑀𝑠𝑑 = 3.294 𝑡. 𝑚. Para o
cálculo de 𝑀𝑟𝑑 será considerado a equação 50 presente no anexo G da NBR 8800,
2008.
𝑀𝑝𝑙
𝑀𝑟𝑑 = 𝑒 𝜆 ≤ 𝜆𝑝 (50)
𝜆𝑎𝑙

Sendo:
𝐵𝑓/2
𝜆= (51)
𝑡𝑓

200 (51)
𝜆= 2
9.5
𝜆 = 10.53 (51)

Sendo Bf Largura da mesa comprimida e tf Espessura da mesa comprimida.


Para 𝜆𝑝 temos:

𝐸 (52)
𝜆𝑝 = 0.38. √
𝐹𝑦

(52)
2038736
𝜆𝑝 = 0.38. √
2548.42

Sendo Fy Resistência ao escoamento do aço.


𝜆𝑝 = 10.75 (52)

Analisando 𝑀𝑟𝑑 precisamos primeiro definir os valores de Mpl, que pode ser
dado como a razão entre o Módulo de resistência plástico e a Resistência ao
escoamento do aço. Logo:
𝑀𝑝𝑙 = 𝑍𝑥. 𝐹𝑦 (53)

𝑀𝑝𝑙 = 709.87.2548.42 (53)

𝑀𝑝𝑙 = 18.091 𝑡 (53)

Retomando a equação 50:


18.091
𝑀𝑟𝑑 = 𝑒 10.53 ≤ 10.75 (50)
1,01

𝑀𝑟𝑑 = 16.446 𝑡. 𝑚 𝑒 10.53 ≤ 10.75 (50)

Retomando a equação 49 temos:


67

𝜂 = 0.200 ≤ 1 (49)

Para o eixo y obtivemos, através dos mesmo cálculos, obtivemos o valor de


𝑀𝑠𝑑 = 0.709 𝑡. 𝑚 e 𝑀𝑟𝑑 = 3.105 𝑡. 𝑚 𝑒 32.12 ≤ 39.60 logo:
𝜂 = 0.225 ≤ 1 (49)

Logo a barra satisfaz as solicitações de flexões.


Analisando novamente a equação 23, temos que 𝑉𝑠𝑑 ≤ 𝑉𝑟𝑑 para os esforços
cortantes. Logo podemos definir para os esforços cortantes também o mesmo modelo
de cálculo:
𝑉𝑠𝑑
𝜂= ≤1
𝑉𝑟𝑑

O valor de 𝑉𝑠𝑑 também é determinado pela combinação de ações


1.5·PP+1.5·Tanque, Logo 𝑉𝑠𝑑 = 0.510𝑡. Para 𝑉𝑟𝑑 temos:
𝑉𝑝𝑙
V𝑟𝑑 = 𝑒 𝜆 ≤ 𝜆𝑝 (50)
𝜆𝑎𝑙

Onde:
𝑉𝑝𝑙 = 0.60. 𝐴𝑤. 𝐹𝑦 (55)

Sendo Aw a area efetiva ao cisalhamento temos:


𝑉𝑝𝑙 = 0.60. 𝐴𝑤. 𝐹𝑦 (55)

𝑉𝑝𝑙 = 0.60. (𝑏𝑓. 𝑡𝑓). 𝐹𝑦 (55)

𝑉𝑝𝑙 = 0.60. (200.9,5).2548.42 (55)

𝑉𝑝𝑙 = 58.104 𝑡 (55)

O cálculo de λ é dado da mesma forma que a equação 51, logo:


𝜆 = 10,53 (51)

Para λp temos:

𝑘𝑣. 𝐸 (56)
𝜆𝑝 = 1,1. √
𝐹𝑦

Onde kv é o coeficiente de flambagem,

(56)
1,2.2038736
𝜆𝑝 = 1,1. √
2548.42
𝜆𝑝 = 34.08 (56)

Retomando a equação 54 temos:


68

𝜂 = 0.010 ≤ 1 (54)

Como 𝜆 apresentou-se menor que 𝜆𝑝 e os valores acima também satisfizeram


a equação 54, logo, a barra também satisfaz as condições de esforços cortantes.
Quando utilizamos o mesmos cálculos para o eixo Y, considerando Aw=d.tw, onde d
é a altura total da seção transversal e tw é a espessura de alma, e 𝜆 = ℎ/𝑡𝑤, onde h é
a altura da alma, temos os seguintes resultados:
𝜂 = 0.067 ≤ 1

𝜆 ≤ 𝜆𝑝 = 35.12 ≤ 69.57

Logo as condições também são satisfeitas.

3.13.3 Cálculo da resistência ao esforço axial e flexão combinados.

𝑁
Retomando a equação 39 temos, para 𝑁 𝑠𝑑 < 0,2:
𝑟𝑑

15.945 3.294 0.709 (39)


+( + ) ≤ 1,0
2. 119.633 16.446 3.150
O esforço solicitante de cálculo desfavorável produz-se num ponto situado a
uma distância de 2.200m do nó analisado, para a combinação de ações 1.5·PP +
1.5·Tanque.

0.492 ≤ 1,0 (39)


Logo a barra analisada também atende às solicitações de esforços combinados
axiais e de flexão.

3.13.4 Cálculo da resistência a interações de esforços e momento de torção.

De acordo com a ABNT NBR 8800:2008, Artigo 5.5.2.3, essas interações


devem seguir as seguintes solicitações:

𝜏𝑠𝑑
𝜂 = 𝜏𝑟𝑑 ≤ 1 (57)

O coeficiente de aproveitamento desfavorável produz-se para a combinação de


ações (1.5.PP + 1.5.Tanque) no ponto da seção transversal de coordenadas X = 0.00
mm, Y = 0.00 mm em relação ao centro de gravidade. Os valores acima 𝜏𝑠𝑑 são as
tensões tangenciais e 𝜏𝑠𝑑 é a tensão resistente de cálculo.

Sabendo que:
69

𝜏𝑠𝑑 = 𝜏𝑉𝑥,𝑆𝑑 + 𝜏𝑉𝑦,𝑆𝑑 + 𝜏 𝑇,𝑆𝑑 (58)

Os valores para o cálculo acima são definidos por:

𝑆
𝑦
𝜏𝑉𝑥,𝑆𝑑 = − 𝐼𝑦.𝑡 . 𝑉𝑥𝑠𝑑 (59)
𝑥𝑆
𝜏𝑉𝑦,𝑆𝑑 = − 𝐼𝑥.𝑡 . 𝑉𝑦𝑠𝑑
𝑡
{ 𝜏 𝑇,𝑆𝑑 = ± 𝑗 . 𝑇, 𝑆𝑑
Onde:

Sy: Momento estático, em relação ao eixo Y, da parte da seção situada a um


lado do ponto de verificação;
Vx,Sd: Esforço cortante solicitante de cálculo, desfavorável;
t: Espessura;
Iy: Momento de inércia da seção transversal em relação ao eixo Y;
Vy,Sd: Esforço cortante solicitante de cálculo, desfavorável;
Sx: Momento estático, em relação ao eixo X, da parte da seção situada a um
lado do ponto de verificação;
Ix: Momento de inércia da seção transversal em relação ao eixo X;
TSd: Momento de torção solicitante de cálculo, desfavorável;
J: Constante de torção da seção transversal;
0
𝜏𝑉𝑥,𝑆𝑑 = − 1267.87.8 . 0.470 (59)
360.37
𝜏𝑉𝑦,𝑆𝑑 = − 9499.13.8 . 2.251
8
{ 𝜏 𝑇,𝑆𝑑 = ± 16.23 . 0
𝜏𝑉𝑥,𝑆𝑑 = 0 (59)
{ 𝑉𝑦,𝑆𝑑 = 106.72
𝜏
𝜏 𝑇,𝑆𝑑 = 0
Logo:

𝜏𝑠𝑑 = 106.72 𝑘𝑔𝑓/𝑐𝑚³ (58)

A tensão resistente de cálculo, 𝜏𝑟𝑑, é dada por:

0,60.𝑋.𝐹𝑦
𝜏𝑟𝑑 = (60)
𝜆𝑎𝑙

𝜏𝑟𝑑 = 1390.05 𝑘𝑔𝑓/𝑐𝑚³ (60)


70

3.13.5 Cálculo de resistência a tração.

As barras que suportam os pesos das placas, estão submetidas também aos
esforços de tração e resistência à torção. Logo esses esforços seram demonstrados
a seguir analisando a barra N2/N10.
Relembandro a equação 15, onde 𝑁𝑡,𝑆𝑑 ≤ 𝑁𝑡,𝑅𝑑 podemos escrever uma nova
equação para os esforços de tração:
𝑁𝑡,𝑆𝑑 (61)
𝜂= ≤1
𝑁𝑡,𝑅𝑑

O esforço solicitante de cálculo desfavorável produz-se num ponto situado a


uma distância de 1.565 m do nó N2, para a combinação de ações 1.5.PP +
1.5.Tanque. Logo 𝑁𝑡,𝑆𝑑 = 25.280 𝑡. Para 𝑁𝑡,𝑅𝑑 :
𝐴𝑔. 𝐹𝑦 (16)
𝑁𝑡,𝑅𝑑 =
𝜆𝑎𝑙

60.48.2548.42 (16)
𝑁𝑡,𝑅𝑑 =
1.10

𝑁𝑡,𝑅𝑑 = 140.117 𝑡 (16)

Retomando a equação 61:


24.001 (61)
𝜂= ≤1
140.117

𝜂 = 0.180 ≤ 1 (61)

Logo, a barra satisfaz aos esforços de tração a que é submetida. A barra


resiste.

3.13.6 Cálculo de resistência a torção.

Já que a norma, ABNT NBR 8800, 2008, Artigo 5.5.2.1 não proporciona uma
verificação geral para seções não tubulares submetidas exclusivamente à torção,
considera-se que este elemento também deve cumprir o seguinte critério:
𝑇𝑆𝑑 (62)
𝜂= ≤1
𝑇𝑅𝑑

O esforço solicitante de cálculo desfavorável produz-se num ponto situado a


uma distância de 1.130 m do nó N2, para a combinação de ações 1.5.PP +
71

1.5.Tanque. Logo 𝑇𝑆𝑑 = 0.001 𝑡. 𝑚 e é o momento de torção solicitante de cálculo,


desfavorável. O valor do momento de torção resistente de cálculo 𝑇𝑅𝑑 é calculado da
seguinte forma:
0.60. 𝑊𝑡. 𝐹𝑦 (63)
𝑇𝑅𝑑 =
𝜆𝑎𝑙

Sendo Wt o Módulo de resistência à torção, temos:


0.60.17.08.2548.42 (63)
𝑇𝑅𝑑 =
1.10

𝑇𝑅𝑑 = 0.237 𝑡. 𝑚 (63)

Assim:
𝜂 = 0.003 ≤ 1 (62)
72

4 RESULTADOS

4.1 Análise dos cálculos de mezanino.

Fazendo a análise dos coeficientes de aproveitamento dos esforços, podemos


gerar o quadro 12, onde foi feita à análise da barra N5 e N6 vertical ao plano.

Quadro 12 – Coeficientes de aproveitamento barra N5 e N6


APROVENTAMENTOS
λ Nt Nc Mx My
λ≤ Não há στf
200.0 axial de x: 0 m x: 2.2 m x: 2.2 m
BARRA Passa tração η = 13.5 η = 20.0 η = 22.5
(N5 e N6)
Vx Vy NMxMy T NMVT
Não há η = 8.4
η=1 η = 6.7 x: 2.2 m Não há
η = 49.2 torçor interação

ESTADO PASSA
η = 49.2
Fonte: (AUTORA, 2020)

Os calculos acima apresentados, com exceção dos cálculos de tração e torção,


visto que as barras estão engastadas e não geram estes esforços, foram utilizados
para as demais barras verticais. As mesmas apresentaram eficiência satisfatória,
ficando abaixo de 50%. O quadro 13 apresenta os aproveitamentos da barra de nós
N1 e N2, respectivamente.

Quadro 13 – Coeficientes de aproveitamento barra N1 e N2

APROVENTAMENTOS
λ Nt Nc Mx My
λ≤ Não há στf
200.0 axial de x: 0m x: 2.2m x: 2.2m
BARRA Passa tração η = 13.5 η = 20.0 η = 22.6
(N1 e N2)
Vx Vy NMxMy T NMVT
Não há η = 8.4
η=1 η = 6.7 x: 2.2m Não há
η = 49.4 torçor interação

ESTADO PASSA
η = 49.4
Fonte: (AUTORA, 2020)

O quadro 14 apresenta os aproveitamentos da barra de nós N4 e N3,


respectivamente.
73

Quadro 14 – Coeficientes de aproveitamento barra N4 e N3

APROVENTAMENTOS
λ Nt Nc Mx My
λ≤ Não há στf
200.0 Axial de x: 0 m x: 2.2 m x: 2.2 m
BARRA Passa tração η = 12.8 η = 20.0 η = 21.0
(N4/N3)
Vx Vy NMxMy T NMVT
Não há η = 8.4
η = 0.9 η = 6.7 x: 2.2 m Não há
η = 47.3 torçor interação

ESTADO PASSA
η = 47.3
Fonte: (AUTORA, 2020)

O quadro 15 apresenta os aproveitamentos da barra de nós N8 e N7,


respectivamente.

Quadro 15 – Coeficientes de aproveitamento barra N8 e N7

APROVENTAMENTOS
λ Nt Nc Mx My
λ≤ στf
Não
200.0 x: 0m x: 2.2m x: 2.2m
BARRA há
Passa η = 12.8 η = 20.1 η = 21.2
(N8 e N7)
Vx Vy NMxMy T NMVT
η= x: 2.2m Não há Não há η = 8.4
η = 0.9
6.8 η = 47.6 torçor interação

ESTADO PASSA
η = 47.6
Fonte: (AUTORA, 2020
Analisando as barras perpendiculares as placas, onde tem-se incidência de
esforços tracionais e torcionais, através dos cálculos respectivos utilizou-se a barra
N2 e N10 que demonstrou satisfazer às solicitações de esforços de torção e tração.
A barra resiste. Desta forma, retornou-se aos quadro de aproveitamento fazendo a
inclusão para estas barras perpendiculares, dos esforços acima calculados. Todas
apresentaram coeficientes de aproveitamento satisfatórios, ficando abaixo de 40%
Com isso, temos o quadro 16 de aproveitamentos da barra N2/N10, perpendicular ao
plano.

Quadro 16 - Coeficientes de aproveitamento barra N2 e N10


APROVENTAMENTOS
λ Nt Nc Mx My
x: 0.15
BARRA m x:
x: 0.15m x: 2m x: 1.13m στf
(N2/N10) λ≤ 1.565m
η = 1.9 η = 13.9 η = 4.8
200.0 η = 18
Passa
74

Vx Vy NMxMy T NMVT x:
x: 1.565m
x: 1.13m x: 0.15m x: 1.13m
1.565m Não
η=1 η = 10.9 η = 0.3 η = 28.2
η = 25 ocorre

ESTADO PASSA
η = 28.2
Fonte: (AUTORA, 2020)

O quadro 17, 18 e 19, apresentam os aproveitamentos das demais barras


submetidas aos mesmo tipos de esforços.

Quadro 17 - Coeficientes de aproveitamento barra N10 e N3


APROVENTAMENTOS
λ Nt Nc Mx My
x:
x: x: στf
1.359m x: 0m x: 0m
1.359m 1.006m
λ ≤ 200.0 η = 18.4 η = 14.3
BARRA η = 2.6 η = 3.9
Passa
(N10/N3)
Vx Vy NMxMy T NMVT x:
x: 0.242m
x: 0m x: 1.85m
x: 0m 1.006m Não
η = 0.8 η = 11.5 η = 36.1
η = 25.1 η = 0.1 ocorre

ESTADO PASSA
η = 36.1
Fonte: (AUTORA, 2020)

Quadro 18 - Coeficientes de aproveitamento barra N5 e N9


APROVENTAMENTOS
λ Nt Nc Mx My
x: 0.15m x: x: στf
x: 0.15m x: 2m
λ ≤ 200.0 1.506m 1.012m
η = 2.3 η = 14
BARRA Passa η = 18 η = 5.4
(N5/N9)
Vx Vy NMxMy T NMVT x:
x: 1.506m
x: 0.15m x:1.012m
1.012m x: 2m Não
η = 12 η = 0.3 η = 26.2
η = 0.9 η = 25.3 ocorre

ESTADO PASSA
η = 26.2
Fonte: (AUTORA, 2020)

Quadro 19 - Coeficientes de aproveitamento barra N9 e N7


APROVENTAMENTOS
λ Nt Nc Mx My
x:
x: x: στf
BARRA 1.307m x: 0m x: 0m
1.307m 0.903m
(N9/N7) λ ≤ 200.0 η = 18 η = 13.9
η = 2.1 η = 4.5
Passa
Vx Vy NMxMy T NMVT
75

x: x: x: 0m
x: 1.85m Não
0.451m x: 0m 0.451m
η = 10.8 ocorre η = 36
η = 0.9 η = 25.2 η = 0.3
PASSA
ESTADO
η = 36
Fonte: (AUTORA, 2020)

Os quadros 20, 21 e 22, representam as barras sob às placas, que são


submetidas aos mesmos esforços e também apresentaram ótimos coeficientes de
aproveitamento, ficando abaixo de 35%.

Quadro 20 - Coeficientes de aproveitamento barra N5 e N2


APROVENTAMENTOS
λ Nt Nc Mx My
Não há
x: στf
força x: 2.01m x: 0.1m
Não há 2.271m
axial de η = 17.4 η = 8.7
BARRA η = 12.4
comp.
(N5/N2)
Vx Vy NMxMy T NMVT x:
x: x: 2.271m
x: 0.1m x: 0.1 m
2.271m 3.499m Não há
η = 2.3 η = 8.1 η = 34.9
η = 24.5 η = 0.5

ESTADO PASSA
η = 34.9
Fonte: (AUTORA, 2020)

A barra N9 e N10 encontra-se exatamente abaixo no meio do mezanino e está


sob às placas, ficando logo abaixo do tanque. Através dos cálculos desenvolvidos
verificou-se a necessidade desta barra estar articulada afim de não transmitir os
momentos para os pilares (vigas verticais). Por este motivo esta barra não apresentou
momento torçor nem força de compressão e foi calculada através da resistência ao
somatório dos esforços axiais e fletores.

Quadro 21 - Coeficientes de aproveitamento barra N9 e N10


APROVENTAMENTOS
λ Nt Nc Mx My
Não há Não há
x: x: στf
força força x: 3.737m
1.63m 1.951m
axial de axial de η = 0.5
BARRA η = 16.7 η = 11.9
comp. comp.
(N9/N10)
Vx Vy NMxMy T NMVT
x: x: 0m
x: 0m Não há Não há η = 2.5
3.737m x: 1.63m
η=2 torçor interação
η = 0.1 η = 20.7

ESTADO PASSA
η = 20.7
Fonte: (AUTORA, 2020)
76

A barra N7 e N3 está submetida aos mesmo esforços da barra N5 e N2.

Quadro 22 - Coeficientes de aproveitamento barra N7 e N3


APROVENTAMENTOS
λ Nt Nc Mx My
Não há Não há
x: x: στf
força força x: 3.9m
1.928m 1.928m
axial de axial de η = 8.6
BARRA η = 16.3 η = 11.6
comp. comp.
(N7/N3)
Vx Vy NMxMy T NMVT x:
x: x: x: 1.928m
x: 3.9m Não há
0.346m 1.928m 0.346m
η = 7.9 interação η = 31.9
η = 1.9 η = 22.1 η = 0.5

ESTADO PASSA
η = 31.9
Fonte: (AUTORA, 2020)

4.2 Modelos 3D de tanque através de software

Analisando o modelo de tanque no AutoDesk Inventor, foi necessário a


conversão da pressão aplicada de (Kpa) para (Mpa), unidade solicitada pelo software.

Figura 22 – Aplicação das tensões atuantes

Fonte: (AUTORA, 2020)


77

Figura 23 – Vista da malha.

Fonte: (AUTORA, 2020)

Malha gerada com 3124777 nós e 1562115 elementos.


Logo, através da aplicação das tenções e forças foi possível fazer a análise de
estresse de Von Mises.
Figura 24 – Tensões máximas e mínimas.

Fonte: (AUTORA, 2020)


78

Através da simulação podemos visualizar o ponto máximo de estresse sendo


de 13,95 Mpa. As chapas apresentas no projeto, solicitadas mediante aplicações de
norma, apresentam suporte máximo de tensão de 160 Mpa. Logo o tanque suporta
todo esforço.

4.3 Modelos 3D de Mezanino em software.

Com base nos dados obtidos foi desenvolvido um mezanino 3D a fim de


satisfazer os valores de resistência obtidos. Através do programa CYPE 3D foi gerado
o mezanino 3D e gerado o cálculo de resistência.

Figura 25 – Desenho do mezanino em software.

Fonte: (AUTORA, 2020)


Na figura acima foram aplicadas todas as cargas que serão submetidas o
mezanino, tanto o tanque, quanto pessoa e peso próprio estrutural.
79

Figura 26 – Modelo 3D CYPE

Fonte: (AUTORA, 2020)

A figura 27 apresenta o resultado da análise de todas as ligações e barras


apresentadas no projeto, considerando as normas.

Figura 27 – Respostas de solicitações aplicadas em barras e ligações.

Fonte: (AUTORA, 2020)


80

Logo, o mezanino atende à solicitação de todos os esforços apresentados.

Figura 28 – Demostração das deformações

Fonte: (AUTORA, 2020)


Através da análise de sotware identificamos que o mezanino atende as
solicitações necessárias. Na análise de deformação foi possível verificar uma maior
deformação no centro, região de maior incidência de peso da estrutura a ser comportada
e sem presença de vigas. Todavia com a colocação e análise destes perfis CVS 300x47
o mezanino é capaz de comportar a carga sem riscos de deformações críticas. O mesmo
apresentou excelentes rendimentos quando submetido a todos os critérios de forças
incidentes, com índices de aproveitamento satisfatório por estarem abaixo de 50%.
81

5 CONCLUSÕES FINAIS
O presente trabalho mostrou a importância das aplicações das normas técnicas
em trabalhos acadêmicos, a fim de dar legitimidade, confiabilidade e veracidade de
argumentos e cálculos neste presente.
Todos os cálculos aqui presentes foram considerados com base nas normas
API – 650 e N 270 para tanques de armazenamento e NBR 8800 para o mezanino.
Com as simulações computacionais podemos verificar que o tanque de teto fixo
apresentado tem tensão máxima em seu costado de 13,95 Mpa analisada pelo
AutoDesk Inventor. Como a tensão máxima suportada pela chapa é de 160 Mpa, o
tanque apresenta o coeficiente de segurança alto, em torno de 91%. Uma análise
posterior pode ser feita para redução do custo, através da diminuição de espessuras
de chapas ou mudança de material. As espessuras e materiais considerados aqui,
foram utilizados visando as características e padrões estabelecidas por norma.
As simulações feitas através do CYPE também nos mostra um alto rendimento
de suporte das barras e perfis selecionados, os mesmo apresentam altos índices de
aproveitamento, abaixo de 50% e baixa deformação ao longo do tempo, estando com
menos de 1mm deformacional. As ligações do mezanino foram consideradas
soldadas, e todas sem exceção, passaram com eficiência pela análise. O mezanino
foi posteriormente suscetido à resistência também de um guarda-corpo em aço ASTM
A 36 atendendo à norma NR-18, e o mesmo apresentou também rendimento
satisfatório.
Podemos assim compreender, que os cálculos presentes neste trabalho, para
tanque de teto fixo cônico autoportante de pequeno porte e mezanino metálico básico,
quando aplicados pelos softwares AutoDesk Inventor e CYPE, respectivamente a
cada, e submetidos às normas repectivas de cada projeto apresentado, atendem
todas as solicitações necessárias com êxito.
82

REFERENCIAS BIBLIOGRÁFICAS

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