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Rio de Janeiro
Agosto de 2015
UNIVERSIDADE FEDERAL DO RIO DE JANEIRO
Departamento de Engenharia Mecânica
DEM/POLI/UFRJ
Aprovado por:
________________________________________________
Prof. Armando Carlos de Pina Filho; DSc (Orientador)
________________________________________________
Profª. Anna Carla Monteiro de Araújo; DSc
________________________________________________
Prof. Sylvio José Ribeiro de Oliveira; Dr. Ing.
iii
Agradecimentos
Aos meu pais, que sempre me deram suporte e a melhor educação possível,
permitindo meu ingresso e formação numa excelente universidade. Com o apoio deles,
pude me dedicar exclusivamente em obter esse diploma e aproveitar as demais
oportunidades acadêmicas.
Aos meus avós, que sempre mostraram interesse na minha formação dando
conselhos, selecionando matérias em jornais sobre assuntos de engenharia e me
atentando quanto a concursos e estágios. Eles foram, com certeza, um dos principais
combustíveis em meu percurso acadêmico.
Ao meu orientador Armando Carlos de Pina Filho, com o qual tive a oportunidade
de realizar uma disciplina e um estágio. Suas aulas foram fundamentais para minha
formação e ajudaram a aperfeiçoar meus conhecimentos na área de Projeto de
Máquinas. Sempre muito atencioso e disponível, sua orientação e ajuda nessa reta final
foi imprescindível para eu concluir o curso de Engenharia Mecânica.
iv
Resumo do Projeto de Graduação apresentado à Escola Politécnica/ UFRJ como parte
dos requisitos necessários para a obtenção do grau de Engenheiro Mecânico.
Agosto/2015
v
Abstract of Undergraduate Project presented to POLI/ UFRJ as a partial fulfillment of
the requirements for the degree of Engineer.
August/2015
In many machines, the use of different spindle speeds is necessary to perform its
various operations. Aiming to apply on these machines, it was designed a variable speed
drive. This mechanism must be coupled to a motor, which will provide the power
required for its operation. It is therefore up to the speed drive to transmit this power
until the machine under different rotation speeds. For the design and selection of
mechanical elements that compose the variable speed drive, it was necessary to first
define the initial data based on requirements of commonly used machine tools in
industry. After the design calculations, technical drawings of all the parts that will be
manufactured and the specification of the items to be purchased were made. Finally, it
was prepared a manufacturing manual and assembly instructions for the mechanical
assembly.
vi
Sumário
1. Introdução ............................................................................................................................ 1
1.1. Objetivo ......................................................................................................................... 1
1.2. Metodologia .................................................................................................................. 1
1.3. Máquinas operatrizes..................................................................................................... 2
1.4. Variador de velocidades ................................................................................................ 3
1.5. Tipos de variadores de velocidades ............................................................................... 3
1.5.1. Variadores escalonados ......................................................................................... 3
1.5.2. Variadores contínuos ............................................................................................. 4
2. Projeto Mecânico ................................................................................................................. 6
2.1. Seleção do motor ........................................................................................................... 6
2.2. Esquema cinemático do variador .................................................................................. 7
2.3. Relações de transmissão ................................................................................................ 8
2.4. Dimensionamento de polias e correias ........................................................................ 10
2.5. Dimensionamento das engrenagens ............................................................................ 11
2.5.1. Determinação do número de dentes .................................................................... 11
2.5.2. Cálculo da largura das engrenagens .................................................................... 13
2.6. Dimensionamento dos eixos........................................................................................ 19
2.6.1. Determinação das cargas e torques atuantes nos eixos ....................................... 19
2.6.2. Cálculo das reações nos apoios e identificação da seção crítica ......................... 20
2.6.3. Especificação do material dos eixos .................................................................... 23
2.6.4. Critério de dimensionamento .............................................................................. 23
2.6.5. Seleção dos diâmetros ......................................................................................... 25
2.7. Dimensionamento de chavetas e estrias ...................................................................... 26
2.7.1. Chavetas .............................................................................................................. 26
2.7.2. Estrias .................................................................................................................. 29
2.8. Seleção dos rolamentos ............................................................................................... 31
2.9. Seleção das demais peças ............................................................................................ 32
2.9.1. Anéis de retenção ................................................................................................ 32
2.9.2. Espaçadores ......................................................................................................... 33
2.9.3. Retentores ............................................................................................................ 33
2.9.4. Carcaça e tampas ................................................................................................. 33
2.9.5. Parafusos, porcas e arruelas................................................................................. 34
2.9.6. Alavancas ............................................................................................................ 34
2.9.7. Outros elementos ................................................................................................. 35
vii
3. Características fundamentais do variador ...................................................................... 36
3.1. Lubrificação ................................................................................................................ 36
3.2. Fixação ........................................................................................................................ 37
3.3. Transporte ................................................................................................................... 37
4. Especificação de ajustes e tolerâncias e acabamento superficial .................................. 38
4.1. Ajustes e tolerâncias dimensionais .............................................................................. 38
4.1.1. Ajustes para os rasgos de chaveta ....................................................................... 39
4.1.2. Ajustes para eixos e rolamentos .......................................................................... 42
4.1.3. Ajustes para eixos estriados e blocos deslizantes ................................................ 45
4.1.4. Ajustes para polias e engrenagens fixas .............................................................. 48
4.1.5. Ajustes para os espaçadores ................................................................................ 50
4.2. Acabamento Superficial .............................................................................................. 50
5. Manual de montagem........................................................................................................ 52
6. Conclusão ........................................................................................................................... 55
7. Referências bibliográficas................................................................................................. 57
7.1. Livros, apostilas, sites e notas de aula ......................................................................... 57
7.2. Normas Técnicas ......................................................................................................... 59
Apêndice A - Memória de Cálculo ........................................................................................... 60
Apêndice B – Especificação de peças a serem compradas e fabricadas ............................. 104
B1. Peças a serem adquiridas de fabricantes especializados ................................................. 104
B2. Peças a serem fabricadas ................................................................................................ 109
Anexo I – Desenhos Técnicos.................................................................................................. 128
viii
Lista de Figuras
ix
Lista de Tabelas
x
1. Introdução
1.1. Objetivo
1.2. Metodologia
1
1.3. Máquinas operatrizes
Uma máquina operatriz é uma máquina usada para moldar ou usinar metais ou
outros materiais rígidos, geralmente por corte, perfuração, ou outras formas de
deformação. Ela realiza esses processos por meio da movimentação mecânica de um
conjunto de ferramentas, sendo assim também chamada de máquina ferramenta.
2
1.4. Variador de velocidades
Uma máquina operatriz deve poder operar a velocidades e torques diferentes para
atender às diversas recomendações que existem num processo de fabricação. Vê-se,
portanto, que o uso de variadores é de grande importância.
3
Figura 3 – Variador escalonado com polias
Fonte: <beaumontmetalworks.com>
Para torques mais altos, opta-se pelo uso de variadores por engrenagens. Esse tipo
de variador consegue garantir uma maior precisão nas rotações de saída, além de
permitir a transmissão de maiores potências. As engrenagens podem ser deslizantes,
“loucas”, de substituição ou fixas. As do tipo deslizante podem ser deslocadas ao longo
do eixo e são normalmente movimentadas por alavancas. As “loucas” conseguem girar
livremente em torno de um eixo e funcionam quando solicitadas por chavetas móveis.
Já as engrenagens de substituição são aquelas que podem ser facilmente desacopladas e
acopladas de forma a respeitar a relação de transmissão desejada, diferentemente das
fixas, que são mantidas sempre numa mesma posição.
4
formadas por discos cônicos que conseguem se deslocar axialmente, possibilitando a
obtenção de diferentes relações de transmissão.
Outro tipo de variador contínuo é o de rodas de fricção, que pode ser no estilo disco-
roda, cone-roda, cone duplo com roda ou cone duplo com correia. Além desses, existe
também o que chamado CVT Toroidal, já utilizado em alguns carros comerciais. Ele é
composto por discos e roletes, e a relação de transmissão varia conforme a alteração do
ângulo entre o rolete e o disco toroidal. Seu funcionamento é exemplificado na figura 5.
5
2. Projeto Mecânico
i. Seleção do motor;
ii. Dimensionamento de polias e correias;
iii. Determinação do esquema cinemático;
iv. Escolha das relações de transmissão;
v. Dimensionamento das engrenagens;
vi. Dimensionamento dos eixos;
vii. Dimensionamento de chavetas e estrias;
viii. Seleção dos rolamentos;
ix. Seleção das demais peças do variador.
O motor deve ser capaz de transmitir a potência desejada pela árvore levando em
conta as perdas nas correias e nas engrenagens. Para isso, foi selecionado um motor
elétrico da fabricante WEG. O motor escolhido foi o WEG QUATTRO W22 de 1,5 HP
de potência e rotação de 1800 RPM, representado na figura 6. Os cálculos realizados
para a escolha do motor encontram-se no apêndice A.
6
Figura 6 – Motor elétrico
Fonte: <weg.net/br>
É possível observar na figura 7 que, para a obtenção das seis rotações de saída, serão
utilizados um bloco duplo e um bloco triplo de engrenagens. Eles irão deslizar num eixo
estriado de modo a estabelecer diferentes relações de transmissão com as engrenagens
fixas sobre os dois outros eixos. Para isso serão necessárias dez engrenagens.
7
2.3. Relações de transmissão
A partir das rotações mínima (n1) e máxima (n6), calcula-se primeiramente a razão
de série ‘φ’ pela seguinte equação:
5 𝑛6 5 1150
𝑛6 = 𝑛1 𝑥 𝜑 5 → 𝜑 = √ =√ → 𝜑 = 1,6 (Eq. 1)
𝑛1 110
Com essa razão calculada, foi possível determinar todas as rotações teóricas de
saídas, apresentadas na tabela 1.
n1 n1 110 10,01
n2 n 1 x φ1 176 11,01
n3 n 1 x φ2 281 12,01
n4 n 1 x φ3 450 13,01
n5 n 1 x φ4 719 14,01
n6 n 1 x φ5 1150 15,01
Fonte: elaborado pelo autor.
8
Figura 8 – Diagrama de Germar.
Fonte: elaborado pelo autor.
𝑖1−2 1,599
Bloco
𝑖3−4 0,625
Triplo
𝑖5−6 1
𝑖7−8 0,391
Bloco
Duplo
𝑖9−10 1,599
Fonte: elaborado pelo autor
Além dessas relações, existe a redução entre o eixo do motor e o eixo de entrada do
variador. Essa redução será proporcionada por polias e correias, que serão
dimensionadas na Seção 2.4. Elas terão que transmitir o torque do motor e reduzir a
rotação de 1800 RPM até uma de 450 RPM, ou seja, estabelecer uma relação de
transmissão 1:4, que é menor que a máxima recomendada [2], de 1:6.
9
2.4. Dimensionamento de polias e correias
Por meio dos cálculos e tabelas, foram obtidos os diâmetros das polias, a distância
entre os seus centros, o tipo de seção da correia, o comprimento da correia e sua
quantidade. Após essa etapa, foi selecionada a correia mais adequada por meio do
catálogo.
10
Por fim, as polias foram dimensionadas com o auxílio da tabela 3, cujas dimensões
estão representadas na figura 9.
As regras ‘i’ e ‘ii’ permitem que a distância entre os eixos seja mantida constante, o
que facilita a fabricação do variador, pois os dois eixos com engrenagens fixas poderão
ser alinhados.
A tabela 4 mostra todas as tentativas realizadas até encontrar uma solução que
respeite as quatro regras citadas.
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Tabela 4 – Quantidade de dentes das engrenagens.
i7-8 = 0,391 i9-10 = 1,6
Z7 Z8 Σ7-8 Z9 Z10 Σ9-10
18 46 64 40 24 64
19 49 68 42 26 68
20 51 71 44 27 71
21 54 75 46 29 75
22 56 78 48 30 78
Para todas as tentativas da tabela 4, foi elaborada outra tabela (5), na qual foi feita a
verificação do erro proporcional entre as rotações ideais e reais. Segundo a referência
[1], esse erro deve ser menor que 2% em módulo e é dado pela seguinte equação:
(𝑛 𝑟𝑒𝑎𝑙 − 𝑛 𝑖𝑑𝑒𝑎𝑙)
𝜀[%] = 100 𝑋 (Eq. 2)
𝑛 𝑟𝑒𝑎𝑙
Relações de Transmissão
n ideal Relações i I-II n real
(engrenagens) ε [%] Verificação
[RPM] Intermediárias (polias) [RPM]
Duplo Triplo (-2< ε[%]< 2)
110 i3-4 x i7-8 22/56 30/48 110,5 0,44 OK
176 i5-6 x i7-8 22/56 39/39 176,8 0,50 OK
281 i1-2 x i7-8 22/56 48/30 282,9 0,56 OK
4
450 i3-4 x i9-10 48/30 30/48 450,0 0,05 OK
719 i5-6 x i9-10 48/30 39/39 720,0 0,11 OK
1150 i1-2 x i9-10 48/30 48/30 1152,0 0,17 OK
Fonte: elaborado pelo autor.
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2.5.2. Cálculo da largura das engrenagens
A partir dos dados do par engrenado 7-8 e propriedades do material, será dado início
aos cálculos que levarão à escolha do módulo e da largura das engrenagens.
𝐹𝑡
𝜎= (Eq. 3)
𝐾𝑣 𝑥 𝑏 𝑥 𝑚 𝑥 𝑌
13
Onde:
𝑏 = largura do dente [mm];
𝐾𝑣 = fator dinâmico;
𝐹𝑡 = carga transmitida [N];
𝑚 = módulo [mm];
𝑌 = fator de Lewis;
Nesta equação têm-se como incógnitas a largura do dente “𝑏” e o módulo “𝑚”.
Como os módulos são padronizados, serão realizados testes com módulos diferentes até
encontrar-se uma largura que esteja no intervalo recomendado, 3𝑝 < 𝑏 < 5𝑝, onde “p”
é o passo da engrenagem. Esses testes serão realizados com o auxílio do programa Excel
2013, baseando-se em equações retiradas da referência [5], e serão registrados como na
tabela 7. Os cálculos podem ser encontrados no Apêndice A. O coeficiente de segurança
(CS) escolhido para o projeto foi igual a 4.
Equações: 𝒎 = 𝟏, 𝟐𝟓 𝒎 = 𝟏, 𝟓 𝒎 = 𝟐, 𝟎
Diâmetro primitivo, 𝑑𝑝 = 𝑚. 𝑧 [𝑚𝑚] 27,5 33,0 44,0
Velocidade escalar, 𝑣 = 𝜋. 𝑑𝑝. 𝑛/60 [𝑚/𝑠] 0,41 0,49 0,65
Efeito Dinâmico, 𝐾𝑣 = (3,56 + √𝑣) /3,56 1,18 1,20 1,23
Tensão Atuante, 𝜎 = 𝑆𝑦/𝐶𝑆 [𝑀𝑃𝑎] 162 162 162
Fator de Lewis, 𝑌 0,331 0,331 0,331
Carga Transmitida, 𝐹𝑡 = 𝑃𝑜𝑡/𝑣 [𝑁] 2455,3 2046,1 1534,6
Largura do dente, 𝑏 = 𝐹𝑡/𝐾𝑣. 𝑚. 𝑌. 𝜎 [𝑚𝑚] 31,1 21,3 11,7
𝑏 = 3𝑝 [𝑚𝑚] 11,8 14,1 18,8
𝑏 = 5𝑝 [𝑚𝑚] 19,6 23,6 31,4
Recomendação: 3𝑝 < 𝑏 < 5𝑝 NÃO OK NÃO
Fonte: elaborado pelo autor.
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Com os resultados obtidos, foram desenvolvidas tabelas iguais à tabela 8. Elas
contêm as dimensões básicas de cada engrenagem, segundo equações da referência [4].
As dimensões principais de uma engrenagem são representadas na figura 10.
Engrenagem 7 Engrenagem 8
Dimensão Sigla Valor Dimensão Sigla Valor
Módulo 𝑴 2 Módulo M 2
Número de dentes 𝒁 22 Número de dentes Z 56
Ângulo de pressão [°] 𝜽 20 Ângulo de pressão [°] θ 20
Cabeça do dente ou adendo 𝑎 2 Cabeça do dente ou adendo a 2
Pé do dente ou dedendo 𝑑 2,5 Pé do dente ou dedendo d 2,5
Diâmetro Primitivo dp 44 Diâmetro Primitivo dp 112
Diâmetro Externo de 48 Diâmetro Externo de 116
Diâmetro Interno di 39 Diâmetro Interno di 107
Diâmetro de Base db 41,35 Diâmetro de Base db 105,25
Passo de Engrenagem p 6,28 Passo de Engrenagem p 6,28
Espessura do dente 𝑒 3,14 Espessura do dente e 3,14
Altura do Dente h 4,5 Altura do Dente h 4,5
Raio do pé r 0,33 Raio do pé r 0,33
Largura do Dente b 16 Largura do Dente b 16
Fonte: elaborado pelo autor.
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O mesmo teste foi realizado em todos os pares engrenados, porém a única incógnita
avaliada foi a largura da engrenagem visto que o módulo será o mesmo para todos. As
tabelas e os cálculos para esses outros pares engrenados podem ser encontrados no
Apêndice A.
Após a escolha do módulo e das larguras, foi realizada uma verificação para
comprovar se essas escolhas eram válidas. Foram utilizados os critérios de fadiga e de
desgaste superficial, que podem ser conferidos na referência [5]. Para a validação dos
pares engrenados, o valor do coeficiente de segurança de cada critério deve ser superior
a unidade.
𝜎𝑎𝑙𝑙
𝜎< (Eq. 4)
𝑆𝑓
Onde:
1 𝐾𝐻 𝐾𝐵
𝜎 = 𝑊 𝑇 𝐾𝑜 𝐾𝑣 𝐾𝑆 (Eq. 5)
𝑏𝑚𝑡 𝑌𝑗
Sendo:
𝜎 – Tensão de flexão [MPa];
𝑊 𝑇 – Força tangencial transmitida [MPa];
𝐾𝑜 – Fator de sobrecarga;
𝐾𝑣 – Fator dinâmico;
𝐾𝑆 – Fator de tamanho;
𝑏 – Largura da face do elemento mais estreito [mm];
𝑚𝑡 – Módulo métrico transversal;
𝐾𝐻 – Fator de distribuição de carga;
𝐾𝐵 – Fator de espessura de aro (de borda);
𝑌𝑗 – Fator geométrico para a resistência flexional.
𝑌𝑁
𝜎𝑎𝑙𝑙 = 𝜎𝑓𝑝 (Eq. 6)
𝑌𝜃 𝑌𝑍
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Sendo:
𝜎𝑎𝑙𝑙 – Tensão de flexão admissível [MPa];
𝜎𝑓𝑝 – Resistência a flexão [MPa];
𝑌𝑁 – Fator de ciclagem;
𝑌𝜃 – Fator de temperatura;
𝑌𝑍 – Fator de confiabilidade.
𝜎𝑎𝑙𝑙
𝑆𝐹 = (Eq. 7)
𝜎
𝜎𝑐,𝑎𝑙𝑙
𝜎𝑐 < (Eq. 8)
𝑆𝐻
Onde:
𝐾𝐻 𝑍𝑅
𝜎𝑐 = 𝑍𝑒 √𝑊 𝑇 𝐾𝑜 𝐾𝑣 𝐾𝑆 (Eq. 9)
𝑏. 𝑑𝑝 𝑍𝑙
Sendo:
𝜎𝑐 – Tensão de contato [MPa];
𝑍𝑒 – coeficiente elástico [√MPa];
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𝑊 𝑇 – Força tangencial transmitida [MPa];
𝐾𝑜 – Fator de sobrecarga;
𝐾𝑣 – Fator dinâmico;
𝐾𝑆 – Fator de tamanho;
𝑏 – Largura da face do elemento mais estreito [mm];
𝑑𝑝 – diâmetro primitivo [mm];
𝐾𝐻 – Fator de distribuição de carga;
𝑍𝑅 – Fator de condição superficial;
𝑍𝑙 – Fator geométrico para a resistência à formação de cavidade.
𝑍𝑁 𝑍𝑊
𝜎𝑐,𝑎𝑙𝑙 = 𝜎𝐻𝑃 (Eq. 10)
𝑌𝜃 𝑌𝑍
Sendo:
𝜎𝑐,𝑎𝑙𝑙 – Tensão de contato admissível [MPa];
𝜎𝐻𝑃 – Resistência a fadiga de contato [MPa];
𝑍𝑁 – Fator de ciclagem;
𝑍𝑊 – Fator de dureza;
𝑌𝜃 – Fator de temperatura;
𝑌𝑍 – Fator de confiabilidade.
Para o cálculo dos fatores apresentados nas equações 9 e 10, seguiu-se as seguintes
considerações: pinhão e coroa com dentes retos de mesmo material (aço), carregamento
uniforme, uso de engrenagens novas de aço grau 2 endurecido por completo, quantidade
de ciclos de carga inferior a 107, confiabilidade de 90% e temperatura inferior a 120°C.
𝜎𝑐,𝑎𝑙𝑙
𝑆𝐻 = (Eq. 11)
𝜎𝑐
Os cálculos desse critério aplicado a todos os pares engrenados podem ser vistos no
Apêndice A. As tabelas e equações utilizadas foram retiradas da referência [5].
Os critérios foram aplicados cinco vezes, uma vez para cada par engrenado. Os
cálculos eram realizados a partir da maior engrenagem do par visto que, apesar de
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apresentar o mesmo coeficiente de segurança a fadiga que a engrenagem menor, a
engrenagem maior terá um menor coeficiente de segurança ao desgaste.
Par Largura do
SF SH
engrenado dente (mm)
1-2 13 8,10 2,90
3-4 13 4,88 1,85
5-6 14 7,00 2,80
7-8 19 3,07 1,13
9-10 13 5,26 2,33
Fonte: elaborado pelo autor.
Nessa etapa será calculada todas as cargas que atuam sobre cada eixo e também o
torque máximo transmitido por cada um. Cada eixo apresenta seus engrenamentos
críticos. Eles são aqueles que apresentam a maior relação de transmissão,
correspondendo, portanto, aos pares engrenados 7-8 e 3-4, com relação de transmissão
0,625 e 0,393, respectivamente. Com os engrenamentos críticos definidos, pôde-se
19
calcular o torque máximo transmitido por cada eixo. Esses valores são apresentados na
tabela 10.
Tabela 10 – Torque máximo transmitido por cada eixo.
Após o cálculo das cargas e tensões atuantes nos eixos, foi montado o diagrama de
corpo livre (DCL) de cada eixo, onde foi definido o local onde as cargas eram aplicadas
e a posição dos apoios. Como as cargas foram decompostas em duas direções
ortogonais, foi preciso fazer dois diagramas para cada eixo, um no plano xz e outro no
plano yz. Para o cálculo das forças de reação nos apoios e construção dos gráficos de
20
força cortante e de momento fletor foi utilizado o software online “Beam Calculator by
SkyCiv” [6]. Será apresentado nas figuras 11 e 12, o resultado obtido para o eixo II, os
demais resultados podem ser vistos no apêndice A.
Figura 11 – DCL e gráficos de força cortante e momento fletor para o eixo II, plano xz.
Fonte: elaborado pelo autor.
21
Figura 12 – DCL e gráficos de força cortante e momento fletor para o eixo II, plano yz.
Fonte: elaborado pelo autor.
22
Na tabela 13 estão representados os valores das forças de reação em cada apoio, que
serão utilizadas na Seção 2.8, na seleção dos rolamentos.
Os eixos devem ser fabricados com material que apresenta boas características
mecânicas, ou seja, alta resistência ao escoamento e à tração, o que possibilitará o uso
de eixos com menores diâmetros e a obtenção de um variador mais compacto. Para
facilitar a compra em atacado será utilizado o mesmo material em todos os eixos.
O material escolhido foi o aço SAE 1050 repuxado a frio, que apresenta as seguintes
propriedades [5]:
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Figura 13 – Diagrama de Fadiga que mostra vários critérios de falha.
Fonte: referência [5].
𝑛 𝑀𝑎 2 𝑇𝑚 2 1 1
𝑑𝑚𝑖𝑛 = ((32 × ) × (( ) + ( ) ) 2 ) 3 (Eq. 12)
𝜋 𝑆𝑒 𝑆𝑦
Onde:
𝑛 – Coeficiente de segurança (recomenda-se um coeficiente de 1,5) [5];
𝑀𝑎 – Momento Fletor no ponto crítico [N.m];
𝑇𝑚 – Torque transmitido pelo eixo [N.m];
𝑆𝑒 - Tensão limite de resistência à fadiga [MPa];
𝑆𝑦 – Tensão limite de escoamento [MPa].
Sendo que:
𝑆𝑒 = 𝑘𝑎 . 𝑘𝑏 . 𝑘𝑐 . 𝑘𝑑 . 𝑘𝑒 . 𝑘𝑓 . 𝑆𝑒 ′ (Eq. 13)
Onde:
𝑆𝑒’ – Limite de resistência do material (𝑆𝑒’ = 0,5 𝑥 𝑆𝑢𝑡) [MPa];
𝑘𝑎 – Fator de Superfície;
𝑘𝑏 – Fator de Tamanho e Dimensão;
𝑘𝑐 – Fator de Confiabilidade;
𝑘𝑑 – Fator de Temperatura;
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𝑘𝑒 – Fator de concentração de Tensões;
𝑘𝑓 – Fator de Efeitos diversos.
Com os diâmetros mínimos calculados, foi possível realizar a escolha dos diâmetros
de cada eixo. Para tal, foi consultada a tabela 15 com diâmetros padronizados para eixos
[7].
Tabela 15 – Diâmetros padronizados para eixos.
25
A partir dessa tabela, foi escolhido o diâmetro de 18 mm para todos os eixos. Apesar
dessa escolha, será visto na Seção de seleção dos rolamentos que o diâmetro interno do
rolamento selecionado será de 17 mm, que ainda é um diâmetro válido pelo critério de
Soderberg. Ou seja, nas regiões do eixo onde terá um rolamento, o diâmetro deve ser
reduzido. É importante ressaltar que o uso de eixos com mesmos diâmetros torna a
usinagem da carcaça mais simples, visto que o alinhamento entre os eixos II e IV estará
garantido, pois será realizado apenas um furo pela mandriladora.
2.7.1. Chavetas
26
Tabela 17 – Dimensões de chavetas e rasgos de chavetas padronizados.
O material escolhido para o dimensionamento das chavetas foi o mesmo que o dos
eixos, o aço SAE 1050 repuxado a frio. Suas propriedades podem ser vistas na Seção
2.6.3.
27
4×𝑇
𝜎𝑐𝑜𝑚𝑝 = (Eq. 14)
𝑑×ℎ×𝐿
2×𝑇
𝜏𝑐𝑖𝑠 = (Eq. 15)
𝑑×𝑏×𝐿
1
2 3 2
𝜎𝑚á𝑥 = (𝜎𝑐𝑜𝑚𝑝 +3× 𝜏𝑐𝑖𝑠 ) (Eq. 16)
Onde:
𝜎𝑚á𝑥 – Tensão máxima [MPa];
𝜎𝑐𝑜𝑚𝑝 – Tensão de compressão [MPa];
𝜏𝑐𝑖𝑠 – Tensão de cisalhamento [MPa];
𝑇 – Torque máximo no eixo [N.m];
𝐿 – Comprimento da chaveta [mm];
𝑑 – Diâmetro do eixo [mm];
ℎ – Altura da chaveta [mm];
𝑏 – Espessura da chaveta [mm];
𝑆𝑦
𝐶𝑆𝑐𝑜𝑚𝑝 = (Eq. 17)
𝜎𝑐𝑜𝑚𝑝
𝑆𝑠𝑦
𝐶𝑆𝑐𝑖𝑠 = (Eq. 18)
𝜏𝑐𝑖𝑠
𝑆𝑦
𝐶𝑆𝑔𝑙𝑜𝑏𝑎𝑙 = (Eq. 19)
𝜎𝑚á𝑥
28
Tabela 18 – Resultados do dimensionamento das chavetas.
2.7.2. Estrias
29
Primeiramente, foi preciso calcular o coeficiente de segurança mínimo, CS.
𝐶𝑆 = 𝑛1 × 𝑛2 × 𝑛3 × 𝑛4 (Eq. 21)
Onde:
𝑛1 - Fator para incerteza do material (1,5 < n1 < 2,5);
𝑛2 - Fator de distribuição de carga ao longo da estria e por estria (1,33 para
estrias planas);
𝑛3 - Fator de choque (1,4 para transmissão com choque);
𝑛4 - Fator para o material do cubo (1,0 para cubo de aço).
0,577 × 𝑆𝑦 × 𝑑1 × 𝑏 × 𝐿 × 𝑍
𝐶𝑆𝐶𝐼𝑆 = (Eq. 22)
2×𝑇
𝑆𝑦 × 𝑑1 × ℎ × 𝐿 × 𝑍
𝐶𝑆𝐶𝑂𝑀𝑃 = (Eq. 23)
2×𝑇
Onde:
𝐶𝑆𝐶𝐼𝑆 – Coeficiente de segurança para cisalhamento;
𝐶𝑆𝐶𝑂𝑀𝑃 – Coeficiente de segurança para compressão;
𝑑1 – Diâmetro menor [mm];
𝑏 – Espessura da estria [mm];
𝐿 – Comprimento estriado [mm];
𝑍 – Quantidade de estrias;
𝑇 – Torque no eixo [N.m];
ℎ – Altura das estrias [mm].
30
Como os dois coeficientes são maiores que o coeficiente de segurança mínimo (CS
= 2,66), a escolha dessa estria é adequada ao projeto.
31
Tabela 20 – Dados do rolamento SKF 6203.
Nesse projeto, haverá peças que não requerem cálculos para o seu
dimensionamento. Essas peças podem ser facilmente compradas ou serem fabricadas
seguindo simples recomendações e tabelas.
32
2.9.2. Espaçadores
2.9.3. Retentores
Em cada uma das tampas que terão um eixo atravessado, será colocado um retentor
para vedação como aquele mostrado na figura 17. Esse retentor impedirá o vazamento
de óleo e deve ser selecionado no catálogo do fabricante conforme o diâmetro do eixo
em que será instalado.
A carcaça a ser fabricada deve ser a mais compacta possível e estar devidamente
vedada para evitar o vazamento de óleo. Para o seu dimensionamento foram utilizadas
tabelas da referência [10], que informam as espessuras recomendadas para a carcaça de
um variador. A carcaça terá três partições que serão unidas por parafusos. Na carcaça
inferior, o fundo deverá ser nivelado de forma que direcione o óleo para a saída,
facilitando o esvaziamento.
Para fechar as regiões abertas da carcaça deverão ser fabricadas cinco tampas.
Dentre as quatro tampas laterais, duas serão atravessadas por um eixo, uma pelo eixo de
entrada do variador (eixo II) e outra pelo eixo de saída (eixo IV). Essas tampas laterais
serão fixadas na carcaça por meio de parafusos e deveram fazer contato com os
rolamentos. Na região superior da carcaça haverá uma tampa no local onde será
introduzido o óleo lubrificante. Suas dimensões também foram obtidas em tabelas da
referência [10].
33
2.9.5. Parafusos, porcas e arruelas
Pode-se dividir os parafusos em quatro grupos. Todos eles serão da classe M6,
porém, os comprimentos serão diferentes:
2.9.6. Alavancas
34
Figura 18 – Funcionamento da alavanca.
Fonte: referência [10]
𝐶𝑢𝑟𝑠𝑜 32,3
𝛼1 = sin−1 ( ) = sin−1 ( ) → 𝛼1 = 40,2° (Eq. 24)
𝑅 50
27,75
𝛼2 = sin−1 ( ) → 𝛼2 = 33,7° (Eq. 25)
50
26,75
𝛼3 = sin−1 ( ) → 𝛼3 = 32,3° (Eq. 26)
50
Fabricar uma vareta de óleo para conferir o nível de óleo lubrificante no interior
da carcaça.
Adquirir um bujão de esvaziamento de óleo.
Fabricar um anel pescador, que será um dos responsáveis por espalhar o óleo
lubrificante pelos elementos do variador.
35
3. Características fundamentais do variador
3.1. Lubrificação
𝜋. 𝑑. 𝑛 𝜋. 96.1152
𝑣= = → 𝑣 = 5,79 𝑚/𝑠 (Eq. 27)
60.1000 60.1000
O nível máximo de óleo dentro da carcaça será definido como sendo aquele que
tangencia inferiormente o diâmetro externo dos rolamentos dos eixos II e IV. Já o nível
mínimo será definido pela tangente do diâmetro primitivo da maior engrenagem do eixo
IV. O nível de óleo deve ser cuidadosamente observado a cada 8 horas e completado se
necessário.
36
Figura 19 – Lubrificação por salpico.
Fonte: referência [9]
3.2. Fixação
Apesar do variador trabalhar em velocidades altas com torques não muito elevados,
será preciso que sua fixação seja feita de forma cuidadosa e precisa. O variador será
fixado com seis parafusos sextavados M10 x 1,25.
3.3. Transporte
Serão rosqueados no topo do variador dois olhais de suspensão do tipo parafuso para
possibilitar seu transporte.
37
4. Especificação de ajustes e tolerâncias e acabamento superficial
Ao se fabricar uma peça, além de ser necessário pensar no mais adequado processo
de fabricação, deve-se levar em consideração outros dois aspectos importantes: o
acabamento superficial e os ajustes e tolerâncias dimensionais. Todas essas informações
serão relatadas nas seções que se seguem.
38
𝐹 = 𝐴𝑠 − 𝑎𝑖 (Eq. 28)
𝑓 = 𝐴𝑖 − 𝑎𝑠 (Eq. 29)
𝑇 =𝐹−𝑓 (Eq. 30)
Onde:
𝐹 – folga máxima
𝑓 – folga mínima
𝐴𝑠 – afastamento superior do furo
𝐴𝑖 – afastamento inferior do furo
𝑎𝑠 – afastamento superior do eixo
𝑎𝑖 – afastamento inferior do eixo
39
Após a consulta da tabela 21, foram definidos os seguintes ajustes:
Dimensões:
Diâmetro (d) = 16 mm
Profundidade do eixo (t1) = 3,0 mm
Profundidade do cubo (t2) = 2,3 mm
Largura (b) = 5 mm
Tolerâncias:
Largura do eixo: N9 → As = 0 ϻm e Ai = - 30 ϻm.
Largura do cubo: JS9 → As = + 15 ϻm e Ai = - 15 ϻm.
Profundidade do eixo: As = + 100 ϻm e Ai = 0 ϻm.
Profundidade do cubo: As = + 100 ϻm e Ai = 0 ϻm.
Dimensões:
Diâmetro (d) = 20 mm
Profundidade do eixo (t1) = 3,5 mm
Profundidade do cubo (t2) = 2,8 mm
Largura (b) = 6 mm
Tolerâncias:
Largura do eixo: N9 → As = 0 ϻm e Ai = - 30 ϻm.
Largura do cubo: JS9 → As = + 15 ϻm e Ai = - 15 ϻm.
Profundidade do eixo: As = + 100 ϻm e Ai = 0 ϻm.
Profundidade do cubo: As = + 100 ϻm e Ai = 0 ϻm.
III. Rasgo para chavetas das engrenagens 1, 3, 5, 8 e 10 nos eixos II e IV, e para
polia menor no eixo I:
40
Dimensões:
Diâmetro (d) = 18 mm
Profundidade do eixo (t1) = 3,5 mm
Profundidade do cubo (t2) = 2,8 mm
Largura (b) = 6 mm
Tolerâncias:
Largura do eixo: N9 → As = 0 ϻm e Ai = - 30 ϻm.
Largura do cubo: JS9 → As = + 15 ϻm e Ai = - 15 ϻm.
Profundidade do eixo: As = + 100 ϻm e Ai = 0 ϻm.
Profundidade do cubo: As = + 100 ϻm e Ai = 0 ϻm.
Dimensões:
Diâmetro (d) = 30 mm
Profundidade do eixo (t1) = 4,0 mm
Profundidade do cubo (t2) = 3,3 mm
Largura (b) = 8 mm
Tolerâncias:
Largura do eixo: N9 → As = 0 ϻm e Ai = - 36 ϻm.
Largura do cubo: JS9 → As = + 18 ϻm e Ai = - 18 ϻm.
Profundidade do eixo: As = + 200 ϻm e Ai = 0 ϻm.
Profundidade do cubo: As = + 200 ϻm e Ai = 0 ϻm.
Dimensões:
Diâmetro (d) = 40 mm
Profundidade do eixo (t1) = 5,0 mm
Profundidade do cubo (t2) = 3,3 mm
Largura (b) = 12 mm
41
Tolerâncias:
Largura do eixo: N9 → As = 0 ϻm e Ai = - 43 ϻm.
Largura do cubo: JS9 → As = + 21 ϻm e Ai = - 22 ϻm.
Profundidade do eixo: As = + 200 ϻm e Ai = 0 ϻm.
Profundidade do cubo: As = + 200 ϻm e Ai = 0 ϻm.
Como os seis rolamentos serão os mesmos, os ajustes entre eles e os eixos serão
iguais. Para definir esses ajustes é preciso ter inicialmente a tolerância do anel interno
do rolamento. A seguir encontra-se a tabela 22, fornecida pela SKF, contendo essa
tolerância.
Tabela 22 – Tolerâncias dimensionais para rolamentos SKF.
Fonte: <skf.com.br>
42
Tabela 23 – Condições de rotação e carga.
Fonte: <skf.com.br>
Fonte: <skf.com.br>
43
Conforme a tabela 23, fornecida pela SKF, para rolamentos não separáveis com o
rolamento rígido de esferas, é recomendado que o anel interno ou o anel externo tenha
um ajuste com folga. A recomendação no caso desse projeto é que o ajuste com
interferência seja no anel interno.
Assim, com as tolerâncias para o anel interno do rolamento e para o eixo, obtidos na
tabela 22, tem-se inicialmente o seguinte ajuste com interferência:
Com o ajuste interno ao rolamento calculado, agora é a vez de definir qual o ajuste
mais apropriado entre o anel externo do rolamento e seu alojamento na carcaça. Para tal,
foi utilizada a tabela 25.
Fonte: <skf.com.br>
44
O alojamento na carcaça será bipartido e irá requerer uma precisão rotacional com
carga entre normal e pesada. Logo, a tolerância recomendada é a M7.
A tolerância do anel externo do rolamento pode ser obtida na tabela 26, também
fornecida pelo fabricante de rolamentos SKF.
Fonte: <skf.com.br>
O ajuste recomendado entre os dois blocos deslizantes e o eixo estriado pode ser
obtido na tabela 27, retirada da referência [11].
45
Tabela 27 – Ajustes para estrias (DIN 5465)
Por essa tabela, consegue-se obter um ajuste para cada dimensão principal de uma
estria. Ou seja, é possível obter o ajuste para os dois diâmetros e para a largura da
ranhura.
46
Figura 20 – Simulador online de tolerâncias e ajustes segundo a norma NBR 6158
Fonte: referência [12]
47
Assim, pode-se dizer que todos os ajustes entre os blocos deslizantes e o eixo
estriado são ajustes com folga.
O ajuste entre os elementos dessa seção e o eixo pode ser escolhido através da
consulta da tabela 28, adaptada da referência [13].
O ajuste H7/k6 foi o ajuste escolhido pois ele apresenta apenas uma interferência
leve, o que facilitará a montagem. Fora isso, esse ajuste é recomendado para máquinas
ferramentas que podem ter suas peças desmontadas periodicamente.
48
Engrenagens 1, 3, 5, 8 e 10 (ajuste 18 H7/k6):
Furo: As = + 25 ϻm e Ai = 0 ϻm.
Eixo: as = + 18 ϻm e ai = + 2 ϻm.
F = 23 ϻm.
f = - 18 ϻm (IM = 18 ϻm).
T = 41 ϻm.
Furo: As = + 21 ϻm e Ai = 0 ϻm.
Eixo: as = + 15 ϻm e ai = + 2 ϻm.
F = 19 ϻm.
f = - 15 ϻm (IM = 15 ϻm).
T = 34 ϻm.
Furo: As = + 21 ϻm e Ai = 0 ϻm.
Eixo: as = + 15 ϻm e ai = +2 ϻm.
F = 19 ϻm.
f = -15 ϻm (IM = 15 ϻm).
T = 34 ϻm.
Furo: As = + 18 ϻm e Ai = 0 ϻm.
Eixo: as = + 12 ϻm e ai = + 1 ϻm.
F = 17 ϻm
f = - 12 ϻm (IM = 12 ϻm).
T = 29 ϻm.
49
4.1.5. Ajustes para os espaçadores
Para que a montagem dos espaçadores nos eixos seja possível, o ajuste entre os dois
deve ser com folga. Como a tolerância do eixo já foi definida na seção anterior, foi
escolhido o ajuste com folga G7/k6 de modo a garantir que essa montagem possa ser
feita manualmente sem grande dificuldade.
50
Tabela 30 – Rugosidades obtidas nos principais processos de fabricação e usinagem.
Com o uso das tabelas 29 e 30, foi possível escolher os acabamentos superficiais
mais adequados para o projeto, e foram incluídos nos desenhos para fabricação das
peças.
51
5. Manual de montagem
52
2 º Procedimento: Montagem da árvore de potência III
53
Introduzir a alavanca (peça 21) no copo.
Na ponta do braço da alavanca, realizar a montagem do encaixe (peça 18) com o
pino cilíndrico (peça 19).
Posicionar o motor (peça 67) de forma que ele possa ser facilmente conectado à
rede elétrica e aparafusá-lo no chão.
Inserir a polia menor (peça 3) no eixo do motor precedida por sua chaveta (peça
4) e presa por uma porca (peça 1) e arruela de pressão (peça 2).
Colocar as correias (peça 5) para em sequência posicionar a primeira partição da
carcaça (peça 13) e aparafusá-la ao chão de forma que a distância entre os
centros das polias seja garantida.
Posicionar as árvores de potência II e IV nos locais apropriados.
Na superfície inferior da carcaça, colocar o bujão de esvaziamento (peça 61)
Fixar a tampa dos rolamentos (peça 64) com os parafusos (peça 68) e arruelas
(peça 9) na carcaça inferior.
Fixar a carcaça intermediária (peça 14) à carcaça inferior (peça 13) com quatro
parafusos maiores (peça 12), seis parafusos menores (peça 10), porcas (peça 11)
e arruelas (peça 9).
Instalar a vareta de óleo (peça 6) e os mecanismos de alavanca.
Fixar as tampas dos eixos II e IV (peças 56 e 33), que devem estar com os
retentores apropriados (peças 51 e 52) posicionados para após serem
devidamente aparafusadas às duas partições da carcaça, com o uso de parafusos
(peça 8) e arruelas (peça 9).
Colocar a árvore de potência III, previamente preparada, posicionando as
engrenagens nos locais indicados na representação.
Posicionar a carcaça superior (peça 15), que também deve ser fixada com quatro
parafusos maiores (peça 12), seis parafusos menores (peça 10), porcas (peça 11)
e arruelas (peça 9).
Aparafusar as tampas para o eixo III (peça 36) utilizando parafusos (peça 8) e
arruelas (peça 9).
No topo da partição superior da carcaça, instalar a tampa para lubrificação (peça
43) e os dois olhais de suspensão (peça 40).
54
6. Conclusão
Todo projeto mecânico exige que várias decisões sejam tomadas pelo projetista.
Muitas vezes consegue-se seguir recomendações ou mesmo se basear em projetos
anteriores, porém, haverá sempre uma decisão que só dependerá dos próprios
projetistas. Em outras palavras, no projeto de uma máquina não existe um passo a passo
do que deve ser feito. O projetista deve estar sempre indo e voltando no seu trabalho,
visto que um simples cálculo de critério de segurança pode fazer, por exemplo, com que
ele retorne até o início de uma extensa etapa de dimensionamento.
O equilíbrio entre tamanho, segurança, facilidade de uso e custo deve ser visado em
todo projeto. Não seria interessante, por exemplo, fabricar um variador muito compacto
que tenha um custo muito elevado. Para garantir a segurança e a confiabilidade, foram
seguidos recomendações e critérios como, por exemplo, aquele de segurança à fadiga
55
das engrenagens e o critério de Soderberg aplicado aos eixos. O levantamento de custos
não foi feito, mas vale lembrar, entretanto, que muitas escolhas foram feitas pensando
em baixar os custos como, por exemplo, na escolha de um mesmo rolamento para todos
os casos, possibilitando sua compra em atacado.
O projeto apresenta algumas restrições quanto ao seu uso e poderá levar possíveis
dificuldades no momento em que o conjunto mecânico for montado. Tudo isso indica
que melhorias ainda podem ser feitas. Como principal restrição, tem-se que esse
variador foi projetado para rotacionar o eixo de saída somente num sentido, ou seja, um
sistema de reversão poderia ser implementado. Já a melhoria que poderia facilitar no
procedimento de montagem seria o dimensionamento de eixos escalonados para
substituir o uso de espaçadores e alguns anéis de retenção. Apesar de serem elementos
facilmente obtidos e dimensionados, o processo de instalação desses espaçadores e anéis
pode ser bastante complexo, demandando muito tempo e esforço da pessoa que irá
montá-los. Um eixo escalonado permitiria, portanto, uma montagem mais simples além
de uma melhor garantia no posicionamento e distanciamento dos demais elementos
mecânicos, o que é de grande importância, por exemplo, no caso das engrenagens fixas.
Desta forma, pode-se afirmar que, após a aplicação dos conhecimentos obtidos
durante o curso de Engenharia Mecânica, o mecanismo projetado está pronto para ser
fabricado e utilizado em máquinas operatrizes que necessitem de torques e velocidades
de rotação fornecidos por esse variador. É evidente, porém, que esse projeto possui suas
limitações, e poderia receber melhorias em certos aspectos, mas o mesmo serviu a seu
propósito primordial, de avaliar a aprendizagem de um aluno em seu projeto final de
graduação.
56
7. Referências bibliográficas
[4] PINA FILHO, A. C., “Apostila de Desenho Técnico para Engenharia Mecânica”,
UFRJ, Rio de Janeiro, 2011.
[6] Beam Calculator by SkyCiv - Software Online para cálculos em Mecânica dos
Sólidos. Disponível em: <http://bendingmomentdiagram.com/free-calculator/>. Acesso
em 15/07/2015.
57
[10] RESHTOV, D. N., Atlas de Construção de Máquinas, Hemus Editora Ltda., São
Paulo, 2005.
[12] Simulador de Ajustes e Tolerâncias segundo a norma NBR 6158. Disponível em:
<http://www.stefanelli.eng.br/webpage/metrologia/p-afastamento-tolerancia-ajuste-nbr-
6158-simulador-autoavaliacao.html>. Acesso em: 27/07/2015.
[13] OBERG, E. et al., Machinery’s Handbook. 29th Ed. New York, Industrial Press,
2012.
[17] SILVEIRA, J. L., “Notas de aula de Usinagem”, UFRJ, 2009. Disponível em:
<http://www.mecanica.ufrj.br/util/b2evolution/media/blogs/joseluis/usinagem.pdf>.
Acesso em: 20/07/2015.
58
[19] GROOVER, M. P., Fundamentals of modern manufacturing: materials,
processes and systems. 4th Edition. United States of America: John Wiley & Sons, Inc.,
2010.
59
Apêndice A - Memória de Cálculo
- Dados do projeto
- Seleção do motor
Para a seleção do motor foi levado em conta a potência transmitida desejada (𝑃𝑝𝑟𝑜𝑗 ), ou
seja, a potência que será fornecida na saída do variador. Além disso, é preciso também
considerar as perdas que ocorrem nas correias e nos engrenamentos. Por conta disso, a
potência necessária para o motor (𝑃𝑚 ) deverá ser um pouco superior à potência
desejada. Ela pode ser dada pela seguinte equação:
𝑃𝑝𝑟𝑜𝑗 𝑃𝑝𝑟𝑜𝑗 1
𝑃𝑚 = = = → 𝑃𝑚 = 1,08 𝑘𝑊 (~1,45 ℎ𝑝)
𝜂 𝜂𝑐𝑜𝑟𝑟 × 𝜂𝑒𝑛𝑔𝑟 𝑘 0,96 × 0,982
Assim, o motor selecionado no catálogo da fabricante WEG foi um motor W22 Quattro
com as seguintes características:
𝑛1 = 110 𝑟𝑝𝑚
60
𝑛2 = 𝑛1 𝑥 𝜑1 = 110 × 1,61 → 𝑛2 = 176 𝑟𝑝𝑚
𝑛6 = 1150 𝑟𝑝𝑚
Diagrama de Germar
Conforme tabela acima, para uma potência de projeto de 1,2 kW e uma rotação de 1800
rpm, o perfil mais indicado da correia é o de seção A. Para essa seção, o diâmetro
mínimo recomendado para a polia menor é dmín = 75 mm.
𝑑 𝜋𝑑𝑛 𝜋×0,075×1800
𝑣 = 𝜔2 = = → 𝑣 = 7,1 𝑚/𝑠
60 60
62
o Cálculo da capacidade de transmissão da correia escolhida:
𝐻𝑝𝑟𝑜𝑗 1,2
𝑁𝑐 = 𝐻 = 0,59 = 2,03 → 𝑁𝑐 = 3 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑖𝑎𝑠
𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑖𝑎
o Detalhamento da correia A:
Como distância entre os centros das duas polias, escolho inicialmente C = 300 mm, que
é a menor distância recomendada.
𝐷+𝑑 300+75
Verificação: = = 187,5 𝑚𝑚 < 𝐶 𝑂𝐾!
2 2
→ 𝐿𝑃 = 1231,24 𝑚𝑚
𝐿 = 𝐿𝑃 − 72 = 1231 − 32 → 𝐿 = 1199 𝑚𝑚
63
- Recalculando a distância entre os centros C:
𝜋 𝜋 2
𝐶 = 0,25 {[𝐿𝑃 − 2 (𝐷 + 𝑑)] + √[𝐿𝑃 − 2 (𝐷 + 𝑑)] − 2(𝐷 − 𝑑)2 }
𝜋 𝜋 2
𝐶 = 0,25 {[1232 − 2 (300 + 75)] + √[1232 − 2 (300 + 75)] − 2(300 − 75)2 }
𝐶 = 300,41 𝑚𝑚
𝐷−𝑑 300−75
= = 0,75 → 𝜃 = 135° → 𝑉𝑉 → 𝐾1 = 0,88 [Tab. 17-13 do Shigley]
𝐶 300,41
𝐻𝑝𝑟𝑜𝑗 1,2
𝑁𝑐 = = 0,50 = 2,4 → 𝑁𝑐 = 3 𝑐𝑜𝑟𝑟𝑒𝑖𝑎𝑠 𝐴
𝐻𝑎
𝛾 = 𝜃2 − 𝜋, onde:
64
𝐷−𝑑 300−75
𝜃1,2 = 𝜋 ± 2. 𝑠𝑒𝑛−1 ( ) = 𝜋 ± 2. 𝑠𝑒𝑛−1 (2.300,41)
2𝐶
𝜃1 = ∅ = 2,37 𝑟𝑎𝑑
𝜃2 = 3,91 𝑟𝑎𝑑
𝑣 2 7,1 2
𝐹𝑐 = 𝐾𝑐 (2,4) = 0,561 (2,4) → 𝐹𝑐 = 4,87 𝑁,
∆𝐹.exp(𝑓∅) 56,59.exp(0,52.2,37)
𝐹1 = 𝐹𝑐 + exp(𝑓∅)−1 = 4,87 + → 𝐹1 = 84,68 𝑁
exp(0,52.2,37)−1
Logo,
𝐹1 +𝐹2 84,68+28,09
𝐹𝑖 = 2
= 2
→ 𝐹𝑖 = 51,52 𝑁
65
- Especificação das polias
- Engrenamento 1-2
o Dados do engrenamento:
66
o Material das engrenagens: Aço AISI 1030 Q&T a 205°C
Resistência ao escoamento (Sy): 648 Mpa;
Resistência à tração (Sut): 848 Mpa;
Dureza: 495 HB.
o Critérios de resistência:
a) Critério de Fadiga
𝜎𝑎𝑙𝑙
𝜎< 𝑆𝑓
67
Tensão de flexão [Mpa]:
1 𝐾𝐻 𝐾𝐵
𝜎 = 𝑊 𝑇 𝐾𝑜 𝐾𝑣 𝐾𝑆 𝑏𝑚 → 𝜎 = 67 𝑀𝑃𝑎
𝑡 𝑌𝑗
𝐵 2
𝐴+√200𝑣
𝐾𝑣 = ( ) , onde 𝐴 = 50 + 56(1 − 𝐵) e 𝐵 = 0,25(12 − 𝑄𝑣 )3
𝐴
68
Tensão de flexão admissível [MPa]:
𝑌𝑁
𝜎𝑎𝑙𝑙 = 𝜎𝑓𝑝 𝑌 → 𝜎𝑎𝑙𝑙 = 542,3 MPa
𝜃 𝑌𝑍
Resistência a flexão [MPa]: σfp = 461 (Aço Grau 2: endurecido por completo)
Fator de ciclagem: YN = 1 (10⁷ ciclos de carga)
Fator de temperatura: Yθ = 1 (T < 120°C)
Fator de confiabilidade: YZ = 0,85 (90% de confiabilidade)
𝜎𝑎𝑙𝑙 542,3
𝑆𝑓 = = → 𝑆𝑓 = 8,10
𝜎 67
𝜎𝑐,𝑎𝑙𝑙
𝜎𝑐 <
𝑆𝐻
𝐾𝐻 𝑍𝑅
𝜎𝑐 = 𝑍𝑒 √𝑊 𝑇 𝐾𝑜 𝐾𝑣 𝐾𝑆 → 𝜎𝑐 = 581 𝑀𝑃𝑎
𝑏. 𝑑𝑝 𝑍𝑙
69
𝑐𝑜𝑠∅ 𝑇 × 𝑠𝑒𝑛∅ 𝑇 𝑚𝐺
𝑍𝑙 = 𝑥
2𝑚𝑛 𝑚𝐺 + 1
𝑍𝑁 𝑍𝑊
𝜎𝑐,𝑎𝑙𝑙 = 𝜎𝐻𝑃 → 𝜎𝑐,𝑎𝑙𝑙 = 1682,3 𝑀𝑃𝑎
𝑌𝜃 𝑌𝑍
Resistência a fadiga de contato [MPa]: σHP = 1430 (Aço Grau 2: endurecido por
completo)
Fator de ciclagem: ZN = 1 (10⁷ ciclos de carga)
Fator de dureza: ZW = 1 (engrenagens do mesmo material)
Fator de temperatura: Yθ = 1 (T < 120°C)
Fator de confiabilidade: YZ = 0,85 (90% de confiabilidade)
𝜎𝑐,𝑎𝑙𝑙 1682,3
𝑆𝐻 = = → 𝑆𝐻 = 2,90
𝜎𝑐 581,0
- Engrenamento 3-4
o Dados do engrenamento:
70
Seleção da largura e módulo dos dentes do par engrenado 3-4.
Equações: m = 1,25 m = 1,5 m = 2,0
Diâmetro primitivo, dp = m.z [mm] 37,5 45,0 60,0
Velocidade escalar, v = π.dp.n/60 [m/s] 0,88 1,06 1,41
Efeito Dinâmico, Kv = (3,56+√v) /3,56 1,26 1,29 1,33
Tensão Atuante, σ = Sy/CS [MPa] 162 162 162
Fator de Lewis, Y 0,359 0,359 0,359
Carga Transmitida, Ft = Pot/v [N] 1131,8 943,1 707,4
Largura do dente, b = Ft/Kv.m.Y.σ [mm] 12,3 8,4 4,6
b = 3p [mm] 11,8 14,1 18,8
b = 5p [mm] 19,6 23,6 31,4
Recomendação: 3p < b < 5p OK NÃO NÃO
o Critérios de resistência:
a) Critério de Fadiga
𝜎𝑎𝑙𝑙
𝜎< 𝑆𝑓
1 𝐾𝐻 𝐾𝐵
𝜎 = 𝑊 𝑇 𝐾𝑜 𝐾𝑣 𝐾𝑆 𝑏𝑚 → 𝜎 = 111,2 𝑀𝑃𝑎
𝑡 𝑌𝑗
71
Força tangencial transmitida [MPa]: WT = 707,4 N
Fator de sobrecarga: Ko = 1,00 (carregamento uniforme)
Fator dinâmico: Kv = 1,18 (Qv = 7 e v = 1,41)
𝐵 2
𝐴+√200𝑣
𝐾𝑣 = ( ) , onde 𝐴 = 50 + 56(1 − 𝐵) e 𝐵 = 0,25(12 − 𝑄𝑣 )3
𝐴
𝑌𝑁
𝜎𝑎𝑙𝑙 = 𝜎𝑓𝑝 𝑌 → 𝜎𝑎𝑙𝑙 = 542,3 MPa
𝜃 𝑌𝑍
Resistência a flexão [MPa]: σfp = 461 (Aço Grau 2: endurecido por completo)
72
Fator de ciclagem: YN = 1 (10⁷ ciclos de carga)
Fator de temperatura: Yθ = 1 (T < 120°C)
Fator de confiabilidade: YZ = 0,85 (90% de confiabilidade)
𝜎𝑎𝑙𝑙 542,3
𝑆𝑓 = = → 𝑆𝑓 = 4,88
𝜎 111,2
𝜎𝑐,𝑎𝑙𝑙
𝜎𝑐 <
𝑆𝐻
𝐾𝐻 𝑍𝑅
𝜎𝑐 = 𝑍𝑒 √𝑊 𝑇 𝐾𝑜 𝐾𝑣 𝐾𝑆 → 𝜎𝑐 = 911,8 𝑀𝑃𝑎
𝑏. 𝑑𝑝 𝑍𝑙
𝑐𝑜𝑠∅ 𝑇 × 𝑠𝑒𝑛∅ 𝑇 𝑚𝐺
𝑍𝑙 = 𝑥
2𝑚𝑛 𝑚𝐺 + 1
73
Tensão de contato admissível [MPa]:
𝑍𝑁 𝑍𝑊
𝜎𝑐,𝑎𝑙𝑙 = 𝜎𝐻𝑃 → 𝜎𝑐,𝑎𝑙𝑙 = 1682,3 𝑀𝑃𝑎
𝑌𝜃 𝑌𝑍
Resistência a fadiga de contato [MPa]: σHP = 1430 (Aço Grau 2: endurecido por
completo)
Fator de ciclagem: ZN = 1 (10⁷ ciclos de carga)
Fator de dureza: ZW = 1 (engrenagens do mesmo material)
Fator de temperatura: Yθ = 1 (T < 120°C)
Fator de confiabilidade: YZ = 0,85 (90% de confiabilidade)
𝜎𝑐,𝑎𝑙𝑙 1682,3
𝑆𝐻 = = → 𝑆𝐻 = 1,85
𝜎𝑐 911,8
- Engrenamento 5-6
o Dados do engrenamento:
74
Assim, com o módulo igual a 2 já selecionado, a largura do dente para esse
engrenamento será de 14 mm.
o Critérios de resistência:
a) Critério de Fadiga
𝜎𝑎𝑙𝑙
𝜎< 𝑆𝑓
1 𝐾𝐻 𝐾𝐵
𝜎 = 𝑊 𝑇 𝐾𝑜 𝐾𝑣 𝐾𝑆 𝑏𝑚 → 𝜎 = 77,5 𝑀𝑃𝑎
𝑡 𝑌𝑗
𝐵 2
𝐴+√200𝑣
𝐾𝑣 = ( ) , onde 𝐴 = 50 + 56(1 − 𝐵) e 𝐵 = 0,25(12 − 𝑄𝑣 )3
𝐴
75
𝐾𝑆 = 1,003(𝑏. 𝑚√𝑌)0,0535 = 1,003(13 × 2 × √0,387)0,0535 = 1,17
Largura da face do elemento mais estreito: b = 13
Módulo métrico transversal: mt = 2
Fator de distribuição de carga: KH = 1,13
𝑌𝑁
𝜎𝑎𝑙𝑙 = 𝜎𝑓𝑝 𝑌 → 𝜎𝑎𝑙𝑙 = 542,3 MPa
𝜃 𝑌𝑍
Resistência a flexão [MPa]: σfp = 461 (Aço Grau 2: endurecido por completo)
Fator de ciclagem: YN = 1 (10⁷ ciclos de carga)
Fator de temperatura: Yθ = 1 (T < 120°C)
Fator de confiabilidade: YZ = 0,85 (90% de confiabilidade)
𝜎𝑎𝑙𝑙 542,3
𝑆𝑓 = = → 𝑆𝑓 = 7,00
𝜎 77,5
76
b) Critério de desgaste superficial
𝜎𝑐,𝑎𝑙𝑙
𝜎𝑐 <
𝑆𝐻
𝐾𝐻 𝑍𝑅
𝜎𝑐 = 𝑍𝑒 √𝑊 𝑇 𝐾𝑜 𝐾𝑣 𝐾𝑆 → 𝜎𝑐 = 600,8 𝑀𝑃𝑎
𝑏. 𝑑𝑝 𝑍𝑙
𝑐𝑜𝑠∅ 𝑇 × 𝑠𝑒𝑛∅ 𝑇 𝑚𝐺
𝑍𝑙 = 𝑥
2𝑚𝑛 𝑚𝐺 + 1
𝑍𝑁 𝑍𝑊
𝜎𝑐,𝑎𝑙𝑙 = 𝜎𝐻𝑃 → 𝜎𝑐,𝑎𝑙𝑙 = 1682,3 𝑀𝑃𝑎
𝑌𝜃 𝑌𝑍
Resistência a fadiga de contato [MPa]: σHP = 1430 (Aço Grau 2: endurecido por
completo)
Fator de ciclagem: ZN = 1 (10⁷ ciclos de carga)
Fator de dureza: ZW = 1 (engrenagens do mesmo material)
Fator de temperatura: Yθ = 1 (T < 120°C)
77
Fator de confiabilidade: YZ = 0,85 (90% de confiabilidade)
𝜎𝑐,𝑎𝑙𝑙 1682,3
𝑆𝐻 = = → 𝑆𝐻 = 2,80
𝜎𝑐 600,8
- Engrenamento 7-8
o Dados do engrenamento:
78
Dados das engrenagens 7-8.
Engrenagem 7 Engrenagem 8
Dimensão Sigla Valor Dimensão Sigla Valor
Módulo M 2 Módulo M 2
Número de dentes Z 22 Número de dentes Z 56
Ângulo de pressão [°] θ 20 Ângulo de pressão [°] θ 20
Cabeça do dente ou adendo a 2 Cabeça do dente ou adendo a 2
Pé do dente ou dedendo d 2,5 Pé do dente ou dedendo d 2,5
Diâmetro Primitivo dp 44 Diâmetro Primitivo dp 112
Diâmetro Externo de 48 Diâmetro Externo de 116
Diâmetro Interno di 39 Diâmetro Interno di 107
Diâmetro de Base db 41,35 Diâmetro de Base db 105,25
Passo de Engrenagem p 6,28 Passo de Engrenagem p 6,28
Espessura do dente e 3,14 Espessura do dente e 3,14
Altura do Dente h 4,5 Altura do Dente h 4,5
Raio do pé r 0,33 Raio do pé r 0,33
Largura do Dente b 19 Largura do Dente b 19
o Critérios de resistência:
a) Critério de Fadiga
𝜎𝑎𝑙𝑙
𝜎< 𝑆𝑓
1 𝐾𝐻 𝐾𝐵
𝜎 = 𝑊 𝑇 𝐾𝑜 𝐾𝑣 𝐾𝑆 𝑏𝑚 → 𝜎 = 176,6 𝑀𝑃𝑎
𝑡 𝑌𝑗
79
𝐾𝐻 = 1 + 𝑐𝑚𝑐 (𝑐𝑝𝑓 𝑐𝑝𝑚 + 𝑐𝑚𝑎 𝑐𝑒 )
𝑌𝑁
𝜎𝑎𝑙𝑙 = 𝜎𝑓𝑝 𝑌 → 𝜎𝑎𝑙𝑙 = 542,3 MPa
𝜃 𝑌𝑍
Resistência a flexão [MPa]: σfp = 461 (Aço Grau 2: endurecido por completo)
Fator de ciclagem: YN = 1 (10⁷ ciclos de carga)
Fator de temperatura: Yθ = 1 (T < 120°C)
Fator de confiabilidade: YZ = 0,85 (90% de confiabilidade)
𝜎𝑎𝑙𝑙 542,3
𝑆𝑓 = = → 𝑆𝑓 = 3,07
𝜎 176,6
𝜎𝑐,𝑎𝑙𝑙
𝜎𝑐 <
𝑆𝐻
𝐾𝐻 𝑍𝑅
𝜎𝑐 = 𝑍𝑒 √𝑊 𝑇 𝐾𝑜 𝐾𝑣 𝐾𝑆 → 𝜎𝑐 = 1492,9 𝑀𝑃𝑎
𝑏. 𝑑𝑝 𝑍𝑙
80
Coeficiente elástico [√MPa]: Ze = 191 (Contato Aço x Aço)
Força tangencial transmitida [MPa]: WT = 1534,6
Fator de sobrecarga: Ko = 1,00 (carregamento uniforme)
Fator dinâmico: Kv = 1,13 (mesmo do critério de fadiga)
Fator de tamanho: KS = 1,18 (mesmo do critério de fadiga)
Largura da face do elemento mais estreito: b = 19
Diâmetro primitivo [mm]: dp = 44,0
Fator de distribuição de carga: KH = 1,13 (mesmo do critério de fadiga)
Fator de condição superficial: ZR = 1 (engrenagem nova)
Fator geométrico para a resistência à formação de cavidade: Zl = 0,045
𝑐𝑜𝑠∅ 𝑇 × 𝑠𝑒𝑛∅ 𝑇 𝑚𝐺
𝑍𝑙 = 𝑥
2𝑚𝑛 𝑚𝐺 + 1
𝑍𝑁 𝑍𝑊
𝜎𝑐,𝑎𝑙𝑙 = 𝜎𝐻𝑃 → 𝜎𝑐,𝑎𝑙𝑙 = 1682,3 𝑀𝑃𝑎
𝑌𝜃 𝑌𝑍
Resistência a fadiga de contato [MPa]: σHP = 1430 (Aço Grau 2: endurecido por
completo)
Fator de ciclagem: ZN = 1 (10⁷ ciclos de carga)
Fator de dureza: ZW = 1 (engrenagens do mesmo material)
Fator de temperatura: Yθ = 1 (T < 120°C)
Fator de confiabilidade: YZ = 0,85 (90% de confiabilidade)
𝜎𝑐,𝑎𝑙𝑙 1682,3
𝑆𝐻 = = → 𝑆𝐻 = 1,13
𝜎𝑐 1492,9
81
- Engrenamento 9-10
o Dados do engrenamento:
82
o Critérios de resistência:
a) Critério de Fadiga
𝜎𝑎𝑙𝑙
𝜎< 𝑆𝑓
1 𝐾𝐻 𝐾𝐵
𝜎 = 𝑊 𝑇 𝐾𝑜 𝐾𝑣 𝐾𝑆 𝑏𝑚 → 𝜎 = 103,1 𝑀𝑃𝑎
𝑡 𝑌𝑗
83
Tensão de flexão admissível [MPa]:
𝑌𝑁
𝜎𝑎𝑙𝑙 = 𝜎𝑓𝑝 𝑌 → 𝜎𝑎𝑙𝑙 = 542,3 MPa
𝜃 𝑌𝑍
Resistência a flexão [MPa]: σfp = 461 (Aço Grau 2: endurecido por completo)
Fator de ciclagem: YN = 1 (10⁷ ciclos de carga)
Fator de temperatura: Yθ = 1 (T < 120°C)
Fator de confiabilidade: YZ = 0,85 (90% de confiabilidade)
𝜎𝑎𝑙𝑙 542,3
𝑆𝑓 = = → 𝑆𝑓 = 5,26
𝜎 103,1
𝜎𝑐,𝑎𝑙𝑙
𝜎𝑐 <
𝑆𝐻
𝐾𝐻 𝑍𝑅
𝜎𝑐 = 𝑍𝑒 √𝑊 𝑇 𝐾𝑜 𝐾𝑣 𝐾𝑆 → 𝜎𝑐 = 720,8 𝑀𝑃𝑎
𝑏. 𝑑𝑝 𝑍𝑙
84
𝑐𝑜𝑠∅ 𝑇 × 𝑠𝑒𝑛∅ 𝑇 𝑚𝐺
𝑍𝑙 = 𝑥
2𝑚𝑛 𝑚𝐺 + 1
𝑍𝑁 𝑍𝑊
𝜎𝑐,𝑎𝑙𝑙 = 𝜎𝐻𝑃 → 𝜎𝑐,𝑎𝑙𝑙 = 1682,3 𝑀𝑃𝑎
𝑌𝜃 𝑌𝑍
Resistência a fadiga de contato [MPa]: σHP = 1430 (Aço Grau 2: endurecido por
completo)
Fator de ciclagem: ZN = 1 (10⁷ ciclos de carga)
Fator de dureza: ZW = 1 (engrenagens do mesmo material)
Fator de temperatura: Yθ = 1 (T < 120°C)
Fator de confiabilidade: YZ = 0,85 (90% de confiabilidade)
𝜎𝑐,𝑎𝑙𝑙 1682,3
𝑆𝐻 = = → 𝑆𝐻 = 2,33
𝜎𝑐 720,8
85
- Determinação do diâmetro mínimo do eixo II
No eixo II, o par engrenado mais crítico é o 3-4. Segundo dados das tabelas acima, W =
903,30 N, Wt = 848,83 N e Wr = 308,95 N. Além disso, existe a força da polia atuando
no eixo II. Como a polia é tripla Ftotal = 3 x 106,69 = 320,08 N.
Diagrama de corpo livre e gráficos da força cortante e do momento fletor para o eixo II, plano xz.
86
Diagrama de corpo livre e gráficos da força cortante e do momento fletor para o eixo II, plano yz.
87
o Momento Fletor Máximo no ponto crítico
𝑀𝑋𝑍 = 5218,5 𝑁. 𝑚𝑚
𝑀𝑌𝑍 = 32466,36 𝑁. 𝑚𝑚
2 2 )
𝑀𝑀Á𝑋 = √(𝑀𝑋𝑍 + 𝑀𝑌𝑍 = 32883,09 𝑁. 𝑚𝑚
o Torque
𝑑𝑝 60
𝑇 = 𝑊𝑡 × ( ) = 848,83 × ( ) = 25464,79 𝑁. 𝑚𝑚
2 2
𝑅𝐴𝑋𝑍 = 560,36 𝑁
𝑅𝐵𝑋𝑍 = 68,67 𝑁
𝑅𝐴𝑌𝑍 = 421,64 𝑁
𝑅𝐵𝑌𝑍 = 427,19 𝑁
o Critério de Soderberg
Fator de dimensão – kb
𝑘𝑏 = 1,24. 𝑑−0,107 = 1,24. 18−0,107 → 𝒌𝒃 = 𝟎, 𝟗𝟏
Para diâmetros 2,79 < d < 51
Fator de confiabilidade - kc
Para confiabilidade de 95% → 𝒌𝒄 = 𝟎, 𝟖𝟔𝟖
88
Fator de temperatura – kd
Para temperaturas inferiores a 350° → 𝒌𝒅 = 𝟏
Como Sut < 1400 MPa → 𝑆𝑒 ′ = 0,5. 𝑆𝑢𝑡 = 0,5.690 → 𝑺𝒆 ′ = 𝟑𝟒𝟓 𝑴𝑷𝒂
Logo,
𝑆𝑒 = 𝑘𝑎 . 𝑘𝑏 . 𝑘𝑐 . 𝑘𝑑 . 𝑘𝑒 . 𝑆𝑒′
= 0,798 . 0,91 . 0,868 . 1 . 0,630 . 345 → 𝑺𝒆 = 𝟏𝟑𝟔, 𝟗 𝑴𝑷𝒂
e,
𝑛 𝑀𝑎 2 𝑇𝑚 2 1 1
1,5 32883,09 2
𝑑𝑚𝑖𝑛 = ((32 × 𝜋 ) × (( 𝑆𝑒 ) + ( 𝑆𝑦 ) ) 2 ) 3 = ((32 × ) × (( ) +
𝜋 136,9
25464,79 2 1 1
( ) ) 2 ) 3 → 𝒅𝒎𝒊𝒏 = 𝟏𝟓, 𝟓𝟏 𝒎𝒎
580
No eixo III, os pares engrenados mais críticos são os 3-4 e 7-8. Segundo dados da tabela
de ‘Forças atuantes nas engrenagens’ (p.110), tem-se para o par 3-4, W = 898,17 N, Wt
= 844,00 N e Wr = 307,19 N e para o par 7-8 tem-se, W = 1970,84 N, Wt = 1851,98 N e
Wr = 674,07 N.
89
Diagrama de corpo livre e gráficos da força cortante e do momento fletor para o eixo III, plano xz.
90
Diagrama de corpo livre e gráficos da força cortante e do momento fletor para o eixo III, plano yz.
91
o Momento Fletor Máximo no ponto crítico
𝑀𝑋𝑍 = 12663,28 𝑁. 𝑚𝑚
𝑀𝑌𝑍 = 34799,67 𝑁. 𝑚𝑚
2 2 )
𝑀𝑀Á𝑋 = √(𝑀𝑋𝑍 + 𝑀𝑌𝑍 = 37032,1 𝑁. 𝑚𝑚
o Torque
𝑑𝑝 96
𝑇 = 𝑊𝑡 × ( ) = 844 × ( ) = 40512,17 𝑁. 𝑚𝑚
2 2
𝑅𝐴𝑋𝑍 = 527,52 𝑁
𝑅𝐵𝑋𝑍 = 164,47 𝑁
𝑅𝐴𝑌𝑍 = 1449,3 𝑁
𝑅𝐵𝑌𝑍 = 451,87 𝑁
o Critério de Soderberg
Fator de dimensão – kb
𝑘𝑏 = 1,24. 𝑑−0,107 = 1,24. 18−0,107 → 𝒌𝒃 = 𝟎, 𝟗𝟏
Para diâmetros 2,79 < d < 51
Fator de confiabilidade - kc
Para confiabilidade de 95% → 𝒌𝒄 = 𝟎, 𝟖𝟔𝟖
92
Fator de temperatura – kd
Para temperaturas inferiores a 350° → 𝒌𝒅 = 𝟏
Como Sut < 1400 MPa → 𝑆𝑒 ′ = 0,5. 𝑆𝑢𝑡 = 0,5.690 → 𝑺𝒆 ′ = 𝟑𝟒𝟓 𝑴𝑷𝒂
Logo,
𝑆𝑒 = 𝑘𝑎 . 𝑘𝑏 . 𝑘𝑐 . 𝑘𝑑 . 𝑘𝑒 . 𝑆𝑒′
= 0,798 . 0,91 . 0,868 . 1 . 0,576 . 345 → 𝑺𝒆 = 𝟏𝟐𝟓, 𝟑 𝑴𝑷𝒂
e,
𝑛 𝑀𝑎 2 𝑇𝑚 2 1 1
1,5 37032,09 2
𝑑𝑚𝑖𝑛 = ((32 × 𝜋 ) × (( 𝑆𝑒 ) + ( 𝑆𝑦 ) ) 2 ) 3 = ((32 × ) × (( ) +
𝜋 125,3
40512,17 2 1 1
( ) ) 2 ) 3 → 𝒅𝒎𝒊𝒏 = 𝟏𝟔, 𝟔𝟖 𝒎𝒎
580
No eixo IV, o par engrenado mais crítico é o 7-8. Segundo dados da tabela de ‘Forças
atuantes nas engrenagens’ (p.110), tem-se para o par 7-8, W = 1970,84 N, Wt = 1851,98
N e Wr = 674,07 N.
93
Diagrama de corpo livre e gráficos da força cortante e do momento fletor para o eixo IV, plano xz.
94
Diagrama de corpo livre e gráficos da força cortante e do momento fletor para o eixo IV, plano yz.
95
o Momento Fletor Máximo no ponto crítico
𝑀𝑋𝑍 = 10635,54 𝑁. 𝑚𝑚
𝑀𝑌𝑍 = 29220,70 𝑁. 𝑚𝑚
2 2 )
𝑀𝑀Á𝑋 = √(𝑀𝑋𝑍 + 𝑀𝑌𝑍 = 31096,05 𝑁. 𝑚𝑚
o Torque
𝑑𝑝 112
𝑇 = 𝑊𝑡 × ( ) = 1851,08 × ( ) = 103711,15 𝑁. 𝑚𝑚
2 2
𝑅𝐴𝑋𝑍 = 518,81 𝑁
𝑅𝐵𝑋𝑍 = 155,26 𝑁
𝑅𝐴𝑌𝑍 = 1425,4 𝑁
𝑅𝐵𝑌𝑍 = 426,58 𝑁
o Critério de Soderberg
Fator de dimensão – kb
𝑘𝑏 = 1,24. 𝑑−0,107 = 1,24. 18−0,107 → 𝒌𝒃 = 𝟎, 𝟗𝟏
Para diâmetros 2,79 < d < 51
Fator de confiabilidade - kc
Para confiabilidade de 95% → 𝒌𝒄 = 𝟎, 𝟖𝟔𝟖
96
Fator de temperatura – kd
Para temperaturas inferiores a 350° → 𝒌𝒅 = 𝟏
1 1
𝑘𝑒 = = → 𝒌𝒆 = 𝟎, 𝟔𝟑𝟎
1 + 𝑞(𝑘𝑡 − 1) 1 + 0,7(1,84 − 1)
Como Sut < 1400 MPa → 𝑆𝑒 ′ = 0,5. 𝑆𝑢𝑡 = 0,5.690 → 𝑺𝒆 ′ = 𝟑𝟒𝟓 𝑴𝑷𝒂
Logo,
𝑆𝑒 = 𝑘𝑎 . 𝑘𝑏 . 𝑘𝑐 . 𝑘𝑑 . 𝑘𝑒 . 𝑆𝑒′
= 0,798 . 0,91 . 0,868 . 1 . 0,576 . 345 → 𝑺𝒆 = 𝟏𝟑𝟔, 𝟗 𝑴𝑷𝒂
e,
𝑛 𝑀𝑎 2 𝑇𝑚 2 1 1
1,5 31096,05 2
𝑑𝑚𝑖𝑛 = ((32 × 𝜋 ) × (( 𝑆𝑒 ) + ( 𝑆𝑦 ) ) 2 ) 3 = ((32 × ) × (( ) +
𝜋 136,9
103711,15 2 1 1
( ) ) 2 ) 3 → 𝒅𝒎𝒊𝒏 = 𝟏𝟔, 𝟒𝟏 𝒎𝒎
580
97
o Chaveta da polia
𝑑 = 16 𝑚𝑚
𝐿 = 21 𝑚𝑚
𝑏 = 5 𝑚𝑚
ℎ = 5 𝑚𝑚
4×𝑇 4 × 25464,8
𝜎𝑐𝑜𝑚𝑝 = = → 𝜎𝑐𝑜𝑚𝑝 = 60,6 𝑀𝑃𝑎
𝑑 × ℎ × 𝐿 16 × 5 × 21
2×𝑇 2 × 25464,8
𝜏𝑐𝑖𝑠 = = → 𝜏𝑐𝑖𝑠 = 30,3 𝑀𝑃𝑎
𝑑 × 𝑏 × 𝐿 16 × 5 × 21
1 1
2 3 2
𝜎𝑚á𝑥 = (𝜎𝑐𝑜𝑚𝑝 + 3 × 𝜏𝑐𝑖𝑠 ) = (60,62 + 3 × 30,33 )2 → 𝜎𝑚á𝑥 = 80,2 𝑀𝑃𝑎
𝑆𝑦 580
𝐶𝑆 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 = = → 𝐶𝑆 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 = 9,6
𝜎𝑐𝑜𝑚𝑝 60,6
𝑆𝑠𝑦 335
𝐶𝑆 𝑐𝑖𝑠𝑎𝑙ℎ𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = = → 𝐶𝑆 𝑐𝑖𝑠𝑎𝑙ℎ𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = 11
𝜏𝑐𝑖𝑠 30,3
𝑆𝑦 580
𝐶𝑆 𝑔𝑙𝑜𝑏𝑎𝑙 = = → 𝑪𝑺 𝒈𝒍𝒐𝒃𝒂𝒍 = 𝟕, 𝟐
𝜎𝑚á𝑥 80,2
𝑑 = 18 𝑚𝑚
𝐿 = 14 𝑚𝑚
𝑏 = 6 𝑚𝑚
ℎ = 6 𝑚𝑚
4×𝑇 4 × 25464,8
𝜎𝑐𝑜𝑚𝑝 = = → 𝜎𝑐𝑜𝑚𝑝 = 67,4 𝑀𝑃𝑎
𝑑 × ℎ × 𝐿 18 × 6 × 14
2×𝑇 2 × 25464,8
𝜏𝑐𝑖𝑠 = = → 𝜏𝑐𝑖𝑠 = 33,7 𝑀𝑃𝑎
𝑑 × 𝑏 × 𝐿 18 × 6 × 14
98
1 1
2 3 2
𝜎𝑚á𝑥 = (𝜎𝑐𝑜𝑚𝑝 + 3 × 𝜏𝑐𝑖𝑠 ) = (67,42 + 3 × 33,73 )2 → 𝜎𝑚á𝑥 = 89,1 𝑀𝑃𝑎
𝑆𝑦 580
𝐶𝑆 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 = = → 𝐶𝑆 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 = 8,6
𝜎𝑐𝑜𝑚𝑝 67,4
𝑆𝑠𝑦 335
𝐶𝑆 𝑐𝑖𝑠𝑎𝑙ℎ𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = = → 𝐶𝑆 𝑐𝑖𝑠𝑎𝑙ℎ𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = 9,9
𝜏𝑐𝑖𝑠 33,7
𝑆𝑦 580
𝐶𝑆 𝑔𝑙𝑜𝑏𝑎𝑙 = = → 𝑪𝑺 𝒈𝒍𝒐𝒃𝒂𝒍 = 𝟔, 𝟓
𝜎𝑚á𝑥 80,2
𝑑 = 30 𝑚𝑚
𝐿 = 20 𝑚𝑚
𝑏 = 8 𝑚𝑚
ℎ = 7 𝑚𝑚
4×𝑇 4 × 40039,2
𝜎𝑐𝑜𝑚𝑝 = = → 𝜎𝑐𝑜𝑚𝑝 = 38,7 𝑀𝑃𝑎
𝑑 × ℎ × 𝐿 30 × 7 × 20
2×𝑇 2 × 40039,2
𝜏𝑐𝑖𝑠 = = → 𝜏𝑐𝑖𝑠 = 16,7 𝑀𝑃𝑎
𝑑 × 𝑏 × 𝐿 30 × 8 × 20
1 1
2 3 2
𝜎𝑚á𝑥 = (𝜎𝑐𝑜𝑚𝑝 + 3 × 𝜏𝑐𝑖𝑠 ) = (38,72 + 3 × 16,73 )2 → 𝜎𝑚á𝑥 = 47,8 𝑀𝑃𝑎
𝑆𝑦 580
𝐶𝑆 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 = = → 𝐶𝑆 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 = 15,2
𝜎𝑐𝑜𝑚𝑝 38,7
𝑆𝑠𝑦 335
𝐶𝑆 𝑐𝑖𝑠𝑎𝑙ℎ𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = = → 𝐶𝑆 𝑐𝑖𝑠𝑎𝑙ℎ𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = 20,1
𝜏𝑐𝑖𝑠 16,7
𝑆𝑦 580
𝐶𝑆 𝑔𝑙𝑜𝑏𝑎𝑙 = = → 𝑪𝑺 𝒈𝒍𝒐𝒃𝒂𝒍 = 𝟏𝟐, 𝟏
𝜎𝑚á𝑥 47,8
99
o Chaveta do bloco triplo
𝑑 = 40 𝑚𝑚
𝐿 = 28 𝑚𝑚
𝑏 = 12 𝑚𝑚
ℎ = 8 𝑚𝑚
4×𝑇 4 × 40039,2
𝜎𝑐𝑜𝑚𝑝 = = → 𝜎𝑐𝑜𝑚𝑝 = 17,9 𝑀𝑃𝑎
𝑑 × ℎ × 𝐿 40 × 7 × 28
2×𝑇 2 × 40039,2
𝜏𝑐𝑖𝑠 = = → 𝜏𝑐𝑖𝑠 = 6,0 𝑀𝑃𝑎
𝑑 × 𝑏 × 𝐿 40 × 8 × 28
1 1
2 3 2
𝜎𝑚á𝑥 = (𝜎𝑐𝑜𝑚𝑝 + 3 × 𝜏𝑐𝑖𝑠 ) = (17,92 + 3 × 6,0)2 → 𝜎𝑚á𝑥 = 20,6 𝑀𝑃𝑎
𝑆𝑦 580
𝐶𝑆 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 = = → 𝐶𝑆 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 = 32,4
𝜎𝑐𝑜𝑚𝑝 17,9
𝑆𝑠𝑦 335
𝐶𝑆 𝑐𝑖𝑠𝑎𝑙ℎ𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = = → 𝐶𝑆 𝑐𝑖𝑠𝑎𝑙ℎ𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = 56,2
𝜏𝑐𝑖𝑠 6,0
𝑆𝑦 580
𝐶𝑆 𝑔𝑙𝑜𝑏𝑎𝑙 = = → 𝑪𝑺 𝒈𝒍𝒐𝒃𝒂𝒍 = 𝟐𝟖, 𝟏
𝜎𝑚á𝑥 20,6
𝑑 = 18 𝑚𝑚
𝐿 = 14 𝑚𝑚
𝑏 = 6 𝑚𝑚
ℎ = 6 𝑚𝑚
4×𝑇 4 × 103617,6
𝜎𝑐𝑜𝑚𝑝 = = → 𝜎𝑐𝑜𝑚𝑝 = 274,1 𝑀𝑃𝑎
𝑑×ℎ×𝐿 18 × 6 × 14
2×𝑇 2 × 103617,6
𝜏𝑐𝑖𝑠 = = → 𝜏𝑐𝑖𝑠 = 137,1 𝑀𝑃𝑎
𝑑×𝑏×𝐿 18 × 6 × 14
100
1 1
2 3 2
𝜎𝑚á𝑥 = (𝜎𝑐𝑜𝑚𝑝 + 3 × 𝜏𝑐𝑖𝑠 ) = (274,12 + 3 × 137,13 )2 → 𝜎𝑚á𝑥 = 362,6 𝑀𝑃𝑎
𝑆𝑦 580
𝐶𝑆 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 = = → 𝐶𝑆 𝑐𝑜𝑚𝑝𝑟𝑒𝑠𝑠ã𝑜 = 2,1
𝜎𝑐𝑜𝑚𝑝 274,1
𝑆𝑠𝑦 335
𝐶𝑆 𝑐𝑖𝑠𝑎𝑙ℎ𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = = → 𝐶𝑆 𝑐𝑖𝑠𝑎𝑙ℎ𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜 = 2,4
𝜏𝑐𝑖𝑠 137,1
𝑆𝑦 580
𝐶𝑆 𝑔𝑙𝑜𝑏𝑎𝑙 = = → 𝑪𝑺 𝒈𝒍𝒐𝒃𝒂𝒍 = 𝟏, 𝟔
𝜎𝑚á𝑥 80,2
o Coeficientes de segurança
𝑆𝑦 × 𝑑1 × ℎ × 𝐿 × 𝑍 580 × 18 × 4 × 12 × 4
𝐶𝑆𝐶𝑂𝑀𝑃 = = → 𝐶𝑆𝐶𝑂𝑀𝑃 = 12,5 > 𝐶𝑆 𝑂𝐾!
2×𝑇 2 × 40039,2
Para os eixos II, III, IV, que possuem o diâmetro d = 18 foi selecionado o rolamento
SKF 6203 com diâmetro nominal dnom = 17. A vida nominal e a vida nominal ajustada
serão calculadas conforme fórmulas a seguir para garantir que os rolamentos suportam
as solicitações do projeto.
101
o Vida nominal
𝐶 3
𝐿10 = ( ) , 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝑟𝑜𝑙𝑎𝑚𝑒𝑛𝑡𝑜𝑠 𝑑𝑒 𝑒𝑠𝑓𝑒𝑟𝑎𝑠
𝑃
Para uma confiabilidade de 90%, o fator a1 é igual a 1. O fator a23 será considerado
como sendo igual a 1.
102
o Cálculo da carga no mancal, P
𝑃 = 𝑋. 𝐹𝑟 + 𝑌. 𝐹𝑎, 𝐹𝑎 = 0
𝑃 = 𝐹𝑟
3 𝐿10ℎ ×𝑁×60
𝐶 ≥ 9,8. 𝑃 × √ 1000000
Onde:
L10h = Vida útil = 10000 horas
N = rotação máxima do eixo
Como o número de revoluções para uma vida útil de 10000 horas, Nrev, foi inferior
àquele da vida nominal ajustada, a escolha desse rolamento é adequada (Nrev < L10a →
OK!).
103
Apêndice B – Especificação de peças a serem compradas e fabricadas
Será elaborado um passo a passo resumido que possibilite a fabricação de cada uma
das peças. O plano de fabricação seguirá recomendações e ensinamentos provenientes
das referências [14], [15], [16], [17], [18] e [19].
104
Parafusos sextavados para as tampas (Peça 8):
Detalhes: M6 x 1,0.
Especificação: Porca sextavada normal 605 257 00 – 6.
http://www.ciser.com.br/htcms/media/pdf/tabela-de-precos/br/fixadores-aplicacoes-
diversas.pdf, acessado em 28/07/2015.
Detalhes: d = 5 mm , L = 24 mm.
Especificação: Pino Paralelo DIN 7 – 5x24 (Cód. 7-050024).
http://casafer.com.br/produto-2967-Pino+Paralelo, acessado em 28/07/2015.
105
Pino cônico maior (Peça 24):
Detalhes: D1 = 18 mm.
Especificação: 501.018
http://www.acoforma.com.br/din471.htm, acessado em 27/07/2015.
Detalhes: d = 17 mm.
Especificação: Catálogo SKF – SKF 6203.
106
http://www.skf.com/br/products/bearings-units-housings/ball-bearings/deep-
groove-ball-bearings/single-row-deep-groove-ball-
bearings/singlerow/index.html?prodid= 1050010203&imperial=false, acessado em
28/07/2015.
Detalhe: d1 = 15 mm;
Especificação: 15x26x7 HMS5 RG.
http://www.skf.com/binary/21-129139/Industrial-shaft-seals---10919_2-EN.pdf,
acessado em 28/07/2015.
Detalhes: D1 = 17 mm.
Especificação: 501.017
http://www.acoforma.com.br/din471.htm, acessado em 27/07/2015.
Detalhes: M12x1,75.
Especificação: OPA-012
http://qualityfix.com.br/wp-content/uploads/2013/10/tabela_olhal-de-suspensao-
parafuso.jpg, acessado em 30/07/2015.
Detalhes: D1 = 30 mm.
Especificação: 501.030
http://www.acoforma.com.br/din471.htm, acessado em 27/07/2015.
107
Anéis elásticos para eixos com diâmetro de 40 mm (Peça 44):
Detalhes: D1 = 40 mm.
Especificação: 501.040
http://www.acoforma.com.br/din471.htm, acessado em 27/07/2015.
108
Retentor Entrada (Peça 55):
Detalhe: d1 = 17 mm;
Especificação: 17x28x7 HMS5 RG.
http://www.skf.com/binary/21-129139/Industrial-shaft-seals---10919_2-EN.pdf,
acessado em 28/07/2015.
Nesta seção, será apresentado um plano de fabricação resumido das peças que serão
fabricadas e, portanto, não adquiridas de um fabricante especializado.
Todas as peças que serão fabricadas em ferro fundido passarão por um mesmo
processo inicial, onde a peça será obtida a partir do processo de desenvolvimento do
macho, de um modelo e de um molde. Para simplificar o plano de fabricação, ele será
descrito somente uma vez a seguir.
109
I. Construir modelo de madeira, bipartido, com dimensões um pouco aumentadas
para que haja sobremetal de usinagem, além de um ângulo de 5° de inclinação
nas superfícies verticais;
II. Eliminar cantos vivos;
III. Construir caixa para construção do macho responsável por criar as superfícies
internas da peça (este procedimento é necessário apenas se a peça possuir
superfícies internas);
IV. Obter o macho em areia (apenas se o procedimento acima tiver sido realizado),
sempre eliminando a formação de cantos vivos;
V. Pegar uma das partições do modelo e colocar dentro de outra caixa, onde será
desenvolvida a primeira partição do molde;
VI. Colocar a areia dentro da caixa já com o modelo e soca-la bastante;
VII. Retirar o excesso;
VIII. Cravar dois cilindros ocos na areia, próximos à peça, sendo que um será o
responsável pela formação do canal de descida e outro pela formação do canal
de saída;
IX. Colocar talco para criar uma superfície antiaderente.
X. Posicionar o macho no lugar correto banhado em talco para melhorar o
acabamento das superfícies internas;
XI. Encaixar a outra partição do modelo;
XII. Pegar outra caixa idêntica a primeira, posiciona-la em cima dela e junta-las para
formar a segunda partição do molde;
XIII. Colocar a areia dentro da segunda caixa e soca-la bastante;
XIV. Novamente retirar o excesso;
XV. Separar as duas partições;
XVI. Cortar a areia para obter o canal de alimentação entre a peça e os canais de
descida e de saída;
XVII. Fazer pequenos furos para saída dos gases que se formam ao longo da
solidificação do metal;
XVIII. Remover o cilindro oco e o modelo;
XIX. Alargar o canal de descida para criar uma superfície cônica;
XX. Encaixar novamente as duas partições;
XXI. Fundir o ferro e derramá-lo através do canal de descida;
XXII. Esperar a cura do metal e em seguida, separar ambas as partições mais uma vez;
110
XXIII. Retirar a peça e limpá-la;
XXIV. Recortar o excesso de metal (do canal de alimentação, do canal de descida e
possíveis rebarbas);
XXV. Levar à fresa ou torno para obter dimensões e acabamentos superficiais
desejados, principalmente nas superfícies que necessitaram de inclinação;
As peças que não serão fabricadas em ferro fundido terão seu plano de fabricação
igualmente elaborado.
111
V. Efetuar torneamento curvilíneo para obter perfil circular com raio de 2 mm;
VI. Substituir a ferramenta e recartilhar região indicada;
VII. Virar a peça e prendê-la onde foi feito o recartilhamento;
VIII. Centrar;
IX. Substituir novamente a ferramenta e cortar sobremetal, deixando-a com a
medida indicada;
X. Fazer furo de centro;
XI. Colocar o contraponto;
XII. Fazer torneamentos cilíndricos externos para obter os diâmetros desejados;
XIII. Efetuar sangramento com o bedame para gerar marcas de nível máximo e
mínimo;
112
o Partição superior da carcaça (Peça 13):
113
II. Virar a peça e ainda na mandriladora e abrir furos maiores, com 70 mm de
diâmetro, nas abas laterais;
III. Em seguida, continuando na mandriladora, fazer um furo passante com diâmetro
de 40 mm para formar as superfícies de apoio aos rolamentos;
IV. Atentar ao acabamento superficial dos apoios (N8) e às tolerâncias geométricas;
V. Fazer as marcações e levar carcaça à furadeira para abrir todos os furos nas abas
e nas superfícies laterais;
VI. Rosquear os furos abertos com machos;
114
II. Efetuar marcações e levar peça à furadeira para abrir um furo de 5 mm de
diâmetro no centro da peça;
III. Lixar para melhorar acabamento superficial.
115
VI. Realizar alargamento para obter perfil para pino de diâmetro de 4 mm e
conicidade de 1:50.
116
IV. Efetuar as marcações;
V. Fazer torneamentos cilíndricos externos para obter os diâmetros indicados;
VI. Obter chanfros de 1 mm com torneamento cônico externo;
VII. Efetuar dois sangramentos com bedame de 1,1 mm de largura e profundidade de
corte de 0,4 mm;
VIII. Produzir novo sangramento com 1,3 mm de largura e profundidade de corte de
0,5 mm;
IX. Atentar-se aos filetes, não permitindo a formação de cantos vivos;
X. Virar a peça e cortar o excesso de material;
XI. Efetuar marcações e levar à fresadora para abrir rasgos de chaveta.
117
X. Fazer torneamento cilíndrico interno para obter diâmetro de 18 mm;
XI. Realizar brochamento para abrir rasgo de chaveta;
XII. Levar à fresadora e obter os 56 dentes de módulo 2 com a fresa módulo através
de um fresamento tangencial de perfil.
118
XIV. Levar à fresadora horizontal e obter os 22 dentes de módulo 2 com a fresa
módulo através de um fresamento tangencial de perfil.
119
o Tampa de lubrificação (Peça 43):
120
V. Fazer torneamento cilíndrico externo para obter o diâmetro de 100 mm;
VI. Retirar o contraponto e inserir broca para produzir o furo de centro;
VII. Alargar o furo;
VIII. Fazer torneamento cilíndrico interno para obter diâmetro de 40 mm;
IX. Realizar brochamento para abrir rasgo de chaveta;
X. Levar à fresadora e obter os 48 dentes de módulo 2 com a fresa módulo através
de um fresamento tangencial de perfil.
121
VII. Efetuar sangramentos com bedame de 1,85 mm de largura e profundidade de
corte de 1,25 mm;
VIII. Atentar-se aos filetes, não permitindo a formação de cantos vivos;
IX. Retirar o contraponto e inserir broca para produzir o furo de centro;
X. Alargar o furo;
XI. Fazer torneamento cilíndrico interno para obter diâmetro de 18 mm;
XII. Retirar do torno e efetuar brochamento seguido de retificação para criar perfil
estriado interno;
XIII. Virar a peça ainda na fresadora e abrir rasgo de chaveta no local indicado;
XIV. Levar à fresadora horizontal e obter os 30 dentes de módulo 2 com a fresa
módulo através de um fresamento tangencial de perfil.
122
o Eixo II (Peça 53):
123
IV. Fazer fresamento de canaleta com fresa de topo em ambos os lados, com 3 mm
de profundidade e diâmetros maior e menor indicados na representação;
V. Levar a peça ao torno, prender na placa de três castanhas e centrar;
VI. Efetuar as marcações;
VII. Fazer torneamento cilíndrico externo para obter o diâmetro de 100 mm;
VIII. Retirar o contraponto e inserir broca para produzir o furo de centro;
IX. Alargar o furo;
X. Fazer torneamento cilíndrico interno para obter diâmetro de 18 mm;
XI. Realizar brochamento para abrir rasgo de chaveta;
XII. Levar à fresadora e obter os 48 dentes de módulo 2 com a fresa módulo através
de um fresamento tangencial de perfil.
124
XI. Realizar brochamento para abrir rasgo de chaveta;
XII. Levar à fresadora e obter os 30 dentes de módulo 2 com a fresa módulo através
de um fresamento tangencial de perfil.
125
o Anel Pescador (Peça 63):
126
X. Fazer torneamento cilíndrico interno para obter diâmetro de 18 mm;
XI. Realizar brochamento para abrir rasgo de chaveta;
XII. Levar à fresadora e obter os 30 dentes de módulo 2 com a fresa módulo através
de um fresamento tangencial de perfil.
127
Anexo I – Desenhos Técnicos
128
N8 N6
3 ( )
Escala 1: 2
75
6 +-0,015
0,015 13 2 3
12,80 +0,100
0
N6
14,50
13
34°
20
49
+0
,02
0
1
Nível Máximo
Nível Mínimo
Superfície Recartilhada
5
10
50
12
4
15
16
0,30
115
3
R2
Escala 1: 5
300
02
R1
R2
0 0
R5
16
10,3 +0,100
+0,0
18
0
0
5 +0,015
- 0,015
21
66
17
54
3
38°
35
49
2
13
250
136,90
R3 0
60 40
R2
5
°
2
7,
5
20
15
10
8
R1
R25 R7,50
40
0 025
-0,
R185
N8
15
10
20
12
156,90
10
30
80
29
0 3,80
31
Rosca Tampa
50
14
,5
0
50
5
156,90 ° ,
60
R3
R 27
115,05 87,80 R20
R2
15
5
8
°
120
20 R18
39
76,90 4
25
313,80
0
0
-0,
40
N8
31
34 3,8
0
12 furos M6 x 1 passantes
10
78
15 4,50 0
12 furos M6 x 1,0 20 rosqueados 29
R6
17,50
10
24 21 R10
3 27 30 N8
3,8
103,15
0
22
222
4 furos M6 x 1 passantes
Cantos vivos devem ser adoçados
Afastamento Geral: 0,1
14
146,90 10
14 Carcaça Intermediária 1 Ferro Fundido 1310 cm³
Peça Denominação e Observações Quant. Materiais e dimensões
25
0
0
-0,
40
7 ,50
R7,50
17,50 R2 6 furos M6 x 1,0 20 rosqueados
8
14
21,80 10
10
R2
15
R1
155
5
170
R1 16,90 60
30 °
R35
0 15
89
6 furos M10 x 1,25 passantes
135
100 25
15
333,80
N8
N8
25
3,8
0
6 furos M6 x 1 passantes
71
313,80
N8
4 furos M6 x 1 passantes
35,80
136,50 24
22 0
17,50
290
222
100
0
3 25
M14 x 1,5
12 Cantos vivos devem ser adoçados
61
10
60
42
12 13
Furo escareado M4
118°
10
0,80
33,7 4°
1° 32,3
60
42
13
12
Furo escareado M4
90°
118°
10
0,80
4°
40,2
10
5
ch 0,5
5
18
14 17
5
50
8
°
60
20
24
10
46,85
15
SF.
15
RE
M10 x 1,5 1
12
30
13,3
12
0
10
11
70
30
10
10
58 21
2,50
1,50
10
A
11
CORTE A-A
15
12
0,50
0,50
ch1
106,98
45,85 1 1 42
23 16,13 11
17 ++0,018
0,007 175
18 ++0,012
0,001
17 ++0,018
0,007
20
15
6 -00,030
5 -00,030
0,4
5,45
7,45
3 +0,100
0
4,30 14 1
30,50 19 16
12 12
61 67,30
70
A 5
2,10
ch 0,3
1
4
40
26
21
ch 0,5
6 furos 6 8
A
55
CORTE A-A
107
19
3 40
8 6 +0,015
- 0,015
11,80 +0,100
100
116
112
0
18 +0
,
0 018
24 A
4
3,1
N6 6,28
DETALHE A
ESCALA 2 : 1
Afastamento Geral: 0,1
Cantos vivos devem ser adoçados
Dentes da engrenagem devem ser coroados
34 Engrenagem 8 (m = 2, z = 56, Ө = 20 ) 1 Aço AISI 1030 Q e T 118 x 25
Peça Denominação e Observações Quant. Materiais e dimensões
70
A
5
2,10
1 ch 0,5
35,80
40
6
R1
8
6 furos 6 A
CORTE A-A
55
30
+0 0,0
39
+
,0 02
6
+0 0,0
15
2 2
+
,0 10
58
28
35
0,70
48
44
2,10
4 +0,200
0
ch 1 A
32
0
0 ,13
+0
18
19 1,60
+0,0
22
0
18
57,70
8-0
14
3,
0,0
36
8
6,2
DETALHE A
N6 ESCALA 2 : 1
91
13 8 +-0,018
0,018
18,30 +0,200
0
3
100
96
80
1
0 ,02
+0 A
30
16
4
3,1
6,28
N6
DETALHE A
ESCALA 2 : 1
80
10
8 +-0,018
0,018
1
,02
18,30 +0,200
+0
0
30
0
70
16
N11
43
A 7
2
56
6
6,50
82
10
A M56 x 5,5
CORTE A-A
Cantos vivos devem ser adoçados
Afastamento Geral: 0,1
73
3
23,30 +0,200
0
65
82
78
40 +0
0 ,025
A
17
14
3,
N6
8
Escala 1: 2 6,2
DETALHE A
ESCALA 2 : 1
Afastamento Geral: 0,1
Cantos vivos devem ser adoçados
Dentes da engrenagem devem ser coroados
91
12 +-0,021
0,022
23,30 +0,200
0
25
+0,0
40 0
100
96
N6 14
3,
8
6,2
Escala 1: 2
DETALHE A
ESCALA 2 : 1
Afastamento Geral: 0,1
Cantos vivos devem ser adoçados
Dentes da engrenagem devem ser coroados
46 Engrenagem 4 (m = 2, z = 48, Ө = 20 ) 1 Aço AISI 1030 Q e T 102 x 15
Peça Denominação e Observações Quant. Materiais e dimensões
10
12 +0,021
- 0,022
5
,02
+0
0
40
23,30 +0,200
0
70
16
80
55
6
3
+0 0,0
+
,0 10
58
40
22
+0 0
1,85
,1
30
3 3
50
64
60
5 +0,200
0
ch 1
1,25
3,75
A
+0 ,018
2
,00
8
13 +0
+0,01
0
40
18
12
0 043
-0,
14
3,
6,28
DETALHE A
N6 ESCALA 2 : 1
284
253,80
17 ++0,018
0,007
1,10 6 --0,030
0,060
0,4
1 ch 1
12
22 --0,300
0,430
18
15,10
-0, ,059
-0
03
2
243,50
17 ++0,018
0,007
16 ++0,012
0,001
17 ++0,018
0,007
18 ++0,012
0,001
6 -00,030
5 -00,030
18
20
0,4
0,5
1
ch 1
1,10 1,30 1,30 1,10
M16 x 2,0
3,50 +0,100
20,50 5,75 12
0
14
3 +0,100
24 6
0
16,25
21 16 59,75
12 4,15
34,30 118
70
A 5
2,10
40
ch 0,3
1
2
4
40
28
23
ch 0,5
8
6 furos 6 8
A
55
CORTE A-A
6 +-0,015
91
0,015
13
11,80 +0,100
40
0
3
20
100
80
96
18
A +0
,
0 018
18
4
3,1
8
N6 6,2
DETALHE A
ESCALA 2 : 1
22
18 ++0,034
0,016 35,75
55
6 +-0,015
40
0,015
11,80 +0,100
0
3
23
5
50
64
60
18
5 +0
,
0 018
A
23
14
3,
8
6,2
N6
DETALHE A
ESCALA 2 : 1
22
18 ++0,034
0,016
20,75
73
14 6 +-0,015
0,015
40
11,80 +0,100
0
8 3
82
78
65
1,50
19
18
+0,0
0
18
14
N6 3,
Escala 1: 2
8
6,2
DETALHE A
Afastamento Geral: 0,1 ESCALA 2 : 1
Cantos vivos devem ser adoçados
Dentes da engrenagem devem ser coroados
62 Engrenagem 5 (m = 2, z = 39, Ө = 20 ) 1 Aço AISI 1030 Q e T 84 x 20
Peça Denominação e Observações Quant. Materiais e dimensões
1
1 0,20
1
DETALHE B
DETALHE C ESCALA 10 : 1
ESCALA 5 : 1
A
10
C
10
B
18 10
2
50
A
38
CORTE A-A
132
N8
12 100
M6 x 1,0
35,80
12
8
R3
12
0
R2
R2
8
R1
5
5
13
55
6 +-0,015
0,015
40
11,80 +0,100
0
8
3
50
64
60
18 +0
,
0 018
A
18
14
3,
8
6,2
N6
DETALHE A
ESCALA 2 : 1
22
18 ++0,034
0,016
25,30
R R
68
Q Q
67
P P
N N
M M
555
L L
A
18 19 20
K K