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UNIVERSIDADE DE CAXIAS DO SUL


CURSO DE ENGENHARIA MECÂNICA
Disciplina: Metrologia e Instrumentação
Professor: Albano Luiz Weber

RELATÓRIO DE PRÁTICA DE LABORATÓRIO DE METROLOGIA


Integrantes do Grupo: André Bortolini
Gustavo Trentin
Luciano de Alencar Castelo Gheno

Natureza da prática Data: 17 / 08 / 10


Prática – 2.1: Medição Engrenagens Temp.: 15 ºC

Objetivos: Medição e verificação de parâmetros de engrenagem cilíndrica de dentes retos.

Instrumentos utilizados:
- Paquímetro 150 mm / 0,05 mm;
- Micrômetro de disco de 50 mm;
- Medidor de espessura de dentes Aus Jena (0,02 mm);
- Medidor de passo base e acessórios;
- Divisor óptico (3”) e limitador mecânico de passo Aus Jena.

Metodologia (3.1)
Estimativa do módulo e do ângulo de pressão.
Onde:
d K  diâmetro externo;
z  número de dentes da engrenagem;
m  módulo da engrenagem normalizado conforme tabela abaixo
Fórmula que relaciona o diâmetro externo, o número de dentes e o módulo da engrenagem:

d K  m ( z  2)

m m
1,5 3,25
1,75 3,5
2 3,75
2,25 4
2,5 4,25
2,75 4,5
3 5
Módulos Normalizados

Passos (3.1):
1. Já munido de luva de borracha, faz-se a limpeza dos equipamentos e da peça a ser medida, com o auxílio de um
pano limpo úmido de álcool;

2. Ainda com a engrenagem em mãos mede-se o diâmetro externo com o paquímetro;

3. Faz-se a contagem dos dentes que a engrenagem possui manualmente;

4. Calcula-se o módulo da engrenagem.

NOTA: Os resultados contidos neste documento têm significação restrita e se aplicam somente às amostras avaliadas.
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Resultados (3.1):
Diâmetro externo: 85,30 mm;
Número de dentes: 22;
m= 3,55 aqui para fins de arredondamento m= 3,5 mm

O ângulo de pressão poderá ser 14°30’ para o sistema diametral pitch, ou 20° para o sistema módulo, ou seja, nesta
medição adotamos o último.

Metodologia (3.2)
Verificação do passo de engrenamento:
O passo de engrenamento te é a distância entre duas superfícies paralelas, tangentes às evolventes de dois flancos
consecutivos, direitos ou esquerdos. Numa engrenagem de dentes retos, estas superfícies são paralelas ao eixo da
engrenagem.
O valor teórico é: te = m.π.cos(αo) e se relaciona com o passo circular da engrenagem da seguinte forma:
te= to.cos(αo).

Na figura a seguir observa-se que as evolventes são curvas paralelas e foi traçado uma reta normal a elas. Portanto, o
passo de engrenamento é definido como sendo a menor distância entre dois flancos consecutivos esquerdos ou direitos na
área de curva evolvente do dente. Esta definição é usada pelo instrumento para medir passo de engrenamento e tem o mesmo
valor do passo base da engrenagem.

O valor teórico do passo de engrenamento, com o qual será zerado o equipamento de medição para um ângulo de
pressão de 20° é:

te  m    cos( 0 )
te  3,5    cos(20)
te  10,332mm
Obs.: aqui os graus estão em “degrees” na calculadora

Passos (3.2):
1. Zerar o medidor de espessura de dentes com o auxílio de blocos padrão conforme figura abaixo;

2. Na engrenagem o medidor deve ser ajustado como na figura, ou seja, colocar o plano de referência e o apalpador
apoiados no flanco esquerdo ou direito do dente e com um leve movimento fazer com que o apalpador percorra todo
o flanco do dente seguinte ao apoiado, maior valor que o relógio do instrumento medir ser o valor de máximo
desvio.

NOTA: Os resultados contidos neste documento têm significação restrita e se aplicam somente às amostras avaliadas.
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Conjunto de blocos padrão para zeragem Desenho esquemático do medidor de espessura de dentes

Resultados (3.2):
Para conseguirmos fazer uma média das medições, Foram feitas 5 leituras:

Posição Flanco Direito Flanco Esquerdo


1 +4 -18
2 -4 -10
3 -18 -20
4 +10 -10
5 -4 -8 Média (fe)
Média -2,4 -13,2 -7,8
s 10,5262 5,4037
Re 13,0679  6,7085 
RM -2,4 ± 13,068 -13,2 ± 6,709
Medidas em µm

Se (fe) é pequeno (erro pequeno), então para os valores estimados anteriormente fica o valor teórico calculado:
10,332 mm.

Metodologia (3.3)
Medida entre “K” dentes de uma engrenagem e cálculo do fator “x” de correção da engrenagem.
É o método de verificação mais fácil e de boa precisão. A medida W K nesta medição foi executada com o auxílio
de um paquímetro.

NOTA: Os resultados contidos neste documento têm significação restrita e se aplicam somente às amostras avaliadas.
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Passos (3.3):

1. Mede-se um número de entre-dentes chamado de K e K+1 oriundos do cálculo que segue:

z  0
K 
180
K  2,4444

Porém K é sempre um número inteiro superior, logo, nesta medição K= 3 e K+1= 4 dentes.

Posição W'k (mm) W'k+1 (mm)


1 27,28 37,58
2 27,28 37,62
3 27,26 37,60
4 27,26 37,60
5 27,26 37,60
Média 27,268 37,600
s 0,0110 0,0141
Re  0,0136 0,0176 
RM  27,268 ± 0,022  37,600 ± 0,025

W’k e W’k+1 são valores resultantes do processo de medição do mensurando em questão, porém o valor teórico de
tais parâmetros pode ser calculado desta forma:


WK  m  cos( 0 )  k  1    
2
 z  ev( 0 ) 

WK 1  m  cos( 0 ) k    
2
 z  ev( 0 ) 
ev( 0 )  tg ( 0 )  

Logo :
   / 9  0,349rad

ev( 0 )  tg (20)  0,349


ev( 0 )  0,01490


WK  3,5  cos(20)  3  1    
2
 z  (tg (20)  0,349) 
WK  26,909mm

WK 1  3,5  cos(20) 3      2
 z  (tg (20)  0,349) 
WK 1  37,242mm

Aqui para os cálculos ficarem exatos a calculadora tem que estar em “radians” e o ângulo de 20° em radianos, ou
seja,  .
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NOTA: Os resultados contidos neste documento têm significação restrita e se aplicam somente às amostras avaliadas.
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2. Calcula-se o valor do fator de correção “x”da engrenagem com as fórmulas abaixo:

WK'  WK WK' 1  WK 1
x1  x2 
2  m  sen( 0 ) 2  m  sen( 0 )

27,268  26,909 37,600  37,242


x1  x2 
2  3,5  sen( 20) 2  3,5  sen(20)
x1  0,1499 x2  0,1497

x1  x2
xm 
2
xm  0,1497

Aqui para os cálculos ficarem exatos a calculadora tem que estar em “degrees” e o ângulo de 20° em graus mesmo.

Metodologia (3.4)
Medição da espessura do dente de uma engrenagem.

Para a medição da espessura dos dentes de uma engrenagem, é necessário antes calcular os valores de s e q 0
0
com as fórmulas a seguir:

d0  m  z
d 0  3,5  22
d 0  77 mm


 
 
s0  d 0  sen  90  (1 
z
 4  xm   tg ( ))

0 


 
 
s0  77  sen  90
22
 (1 
 4  0,15  tg (20))
 

s0  5,8734mm
d
 2
d 
2 
 
q 0   K  0   cos  90


z
 (1   4  xm 


 tg ( 0 )) 

q0  
 85,40 77 
 2 2 
 
   cos  90
 22
 
 (1 
 4  0,15  tg (20))
 
q 0  4,31mm
Aqui para os cálculos ficarem exatos a calculadora tem que estar em “degrees” e o ângulo de 20° em graus mesmo.

Passos (3.4):

1. Ajusta-se a régua vertical e horizontal do divisor óptico com os valores de s e q 0 ;
0
2. Faz-se 10 leituras para obtenção da média entre as 5 maiores leituras.

Posição s'0
1 5,83
2 5,87
3 5,8
4 5,85
5 5,85
6 5,85
7 5,85
8 5,84
NOTA: Os resultados contidos neste documento têm significação restrita e se aplicam somente às amostras avaliadas.
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9 5,82
10 5,85

Média dos 5 maiores pontos: 5,85 mm.

Comentários (4):

A medição de engrenagens é relativamente simples dado aos instrumentos utilizados nesta aula prática, porém a
atividade que pode representar um ponto de erro de medição seria a mensuração do passo de engrenamento, pois mesmo o
aparelho ser confiável, seu ajuste na peça para permitir a leitura requer prática para termos uma medição confiável, é muito
fácil sair um resultado de medição que se deseja ter na peça, e não a medição que realmente tem a peça.
Outro ponto importante na medição de engrenagens é o uso correto da calculadora para verificar os parâmetros
teóricos das engrenagens, onde ora se usa esta em modo “degrees” e ora usa-se em modo “radians”, se não tomado o devido
cuidado o erro pode ser grande.

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André Bortolini Gustavo Trentin Luciano de A. C. Gheno

NOTA: Os resultados contidos neste documento têm significação restrita e se aplicam somente às amostras avaliadas.

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