Você está na página 1de 17

UNIVERSIDADE FEDERAL DO TOCANTINS

CAMPUS DE PALMAS
PROJETO DE ESTRADAS I

-
-
-
-

REVISÃO - RODOVIA FEDERAL BR 407/PI

Palmas/TO
2023
-
-
-
-

REVISÃO - RODOVIA FEDERAL BR 407/PI

Relatório técnico apresentado a disciplina de Projeto de


Estradas I, professor Marcus Vinicius Ribeiro e Souza.

Palmas/TO
2023
LISTA DE ILUSTRAÇÕES

Figura 1 - Trecho em estudo da BR407/PI (Pimenteiras/Picos) ................................................. 5


Figura 2 - Traçado entre a cidade de São Luis do Piauí – Caiçarinha........................................ 6
Sumário
1. INTRODUÇÃO ......................................................................5
2. CONSIDERAÇÕES GERAIS ..............................................5
2.1 GEOMORFOLOGIA ......................................................................... 5
2.2 CARACTERÍSTICAS TÉCNICAS .................................................. 6

3. ANÁLISES DO PROJETO GEOMÉTRICO .....................8


3.1 MEMORIAL DE CÁLCULO – CURVA 28 .................................... 8
3.1.1 Mínima distância de visibilidade ....................................................... 8
3.1.2 Pontos notáveis das curvas ................................................................. 8
3.1.3 Superelevação e superlargura ............................................................ 9
3.2 MEMORIAL DE CÁLCULO – CURVA 34 .................................. 11
3.2.1 Mínima distância de visibilidade ..................................................... 11
3.2.2 Pontos notáveis das curvas ............................................................... 11
3.2.3 Superelevação e superlargura .......................................................... 11
3.3 MEMORIAL DE CÁLCULO – CURVA 29 .................................. 13
3.3.1 Comprimento mínimo e máximo de transição ............................... 13
3.3.2 Ângulo central da espiral ................................................................. 14
3.3.3 Ângulo central da curva circular .................................................... 14
3.3.4 Desenvolvimento da curva circular ................................................. 14
3.3.5 Coordenadas xc e yc.......................................................................... 14
3.3.6 Parâmetros p e q ............................................................................... 15
3.3.7 Tangente externa ............................................................................... 15

4. CONSIDERAÇÕES FINAIS ..............................................16


REFERÊNCIAS .................................................................................17
1. INTRODUÇÃO
Este relatório tem como objetivo apresentar a análise efetuada referente ao trecho da
rodovia federal BR 407/PI que conecta as cidades de Picos e Pimenteiras, a fim de justificar as
escolhas realizadas no projeto quanto à classificação da estrada e suas características de
infraestrutura. Deve-se levar em consideração que a via em questão tem a previsão de volume
de tráfego de 850 vpd.
Neste documento será apresentado o estudo sobre o Segmento 1 – Curva 28 e Segmento
1 – Curva 34.

2. CONSIDERAÇÕES GERAIS
2.1 Geomorfologia

A geomorfologia da região e o traçado adotado estão representados na Figura 1 e Figura


2.

Figura 1 - Trecho em estudo da BR407/PI (Pimenteiras/Picos)


Figura 2 - Traçado entre a cidade de São Luis do Piauí – Caiçarinha

2.2 Características Técnicas

Segundo as informações de base fornecidas pelo projeto da BR 407/PI o tipo de relevo


encontrado é: ondulado. As cidades que serão alcançadas pelo projeto são: Picos-PI 78 mil
habitantes e Pimenteiras-PI. E o volume de trafego estimado de 850 VPD. Partido destas
informações e tendo como base a as tabelas de classificação funcional e técnica do DNIT,
vamos estabelecer os critérios de analise para as curvas 28 e 34 do projeto da rodovia, sendo
assim ela se encaixa como Arterial primário quanto a função e Classe II quanto classificação
técnica, assim definimos a velocidade máxima de 70 Km/h, faixa de domínio 15m, Largura da
pista de rolamento 3,5m, Largura do acostamento 2,5m, Raio mínimo 170m, Taxa da
superelevação máxima 8%, Rampa máxima 5%, Valor mínimo absoluto de K para curvas
convexas 29%, Valor mínimo absoluto de K para curvas côncavas 24%, Gabarito vertical 5,5m
e uma distância de visibilidade de 110 m. A rodovia tem como nomenclatura BR por ser uma
rodovia federal, o número 4 se refere às rodovias de ligação, o numero 07 se refere à posição
da rodovia dentro das de mesma categoria 4 em relação ao ponto de extremo norte do país.
Quadro de características Técnicas
Região (Relevo) Ondulado
Classe Funcional Arterial Primário
Classe Técnica Classe II
Traçado em Planta

Velocidade Diretriz (km/h) 70 km/h


Faixa de domínio (m) 15 m
Largura da pista de rolamento (m) 3,50 m
Largura do acostamento (m) 2,5 m
Raio mínimo (m) 170
Taxa da superelevação máxima 8%
Rampa máxima (%) 5%
Traçado em

Valor mínimo absoluto de K para curvas convexas (m/%) 29%


Perfil

Valor mínimo absoluto de K para curvas côncavas (m/%) 24%


Gabarito vertical (altura livre em m) 5,5 m
Tabela 3

3. ANÁLISES DO PROJETO GEOMÉTRICO


Abaixo é possível visualizar a demonstração dos cálculos realizados para definir os
valores das características técnicas da via, bem como sua geometria mais adequada para a
mesma.

3.1 Memorial de Cálculo – Curva 28

3.1.1 Mínima distância de visibilidade


110,98 m

3.1.2 Pontos notáveis das curvas

Deflexão / Ângulo de curva


𝐼 = 𝐴𝐶 = 𝐴𝑧2 − 𝐴𝑧1
𝐼 = 𝐴𝐶 = 164°02′52" − 161°02′17"
𝐼 = 𝐴𝐶 = 03°00′35"
Tangente externa
𝐴𝐶
𝑇 = 𝑅 ∗ 𝑡𝑎𝑛 ( )
2
03°00′35"
𝑇 = 3.767,6 ∗ 𝑡𝑎𝑛 ( )
2
𝑇 ≅ 98,97𝑚
Desenvolvimento da curva
𝜋 ∗ 𝑅 ∗ 𝐴𝐶
𝐷𝑐 =
180°
𝜋 ∗ 3.767,6 ∗ 03°00′35"
𝐷𝑐 =
180°
𝐷𝑐 = 197,8921𝑚
Ponto de Tangente
𝑃𝑇 = 𝑃𝐶 + 𝐷𝑐
𝑃𝑇 = 1.640𝐸 + 10,302 + 197,8921
𝑃𝑇 = 1.650𝐸 + 8,194

3.1.3 Superelevação e superlargura

Superelevação
2
2𝑅𝑚𝑖𝑛 𝑅𝑚𝑖𝑛
𝑒 = 𝑒𝑚𝑎𝑥 ( − 2 )
𝑅 𝑅
2 ∗ 170 170²
𝑒 = 8( − )
3.767,6 3.767,62
𝑒 = 0,71%
Superlargura
Veículo tipo CO
LV: 2,60 m
EE: 6,10 m
BD: 1,20 m
Largura adicional

𝐺𝐴 = 𝑅 − √𝑅 2 − 𝐸𝐸2

𝐺𝐴 = 3.767,6 − √3.767,62 − 6,1²


𝐺𝐴 = 0,00494 𝑚
Gabarito devido à trajetória em curva

𝐺𝐶 = 𝐿𝑉 + 𝑅 − √𝑅 2 − 𝐸𝐸2

𝐺𝐶 = 2,1 + 3.767,6 − √3.767,62 − 6,1²


𝐺𝐶 = 2,6049 𝑚
Gabarito devido ao balanço dianteiro
𝐺𝐷 = √𝑅 2 + 𝐵𝐷 ∗ (2 ∗ 𝐸𝐸 + 𝐵𝐷 ) − 𝑅
𝐺𝐷 = √3.767,62 + 1,2 ∗ (2 ∗ 6,1 + 2,1) − 3.767,6
𝐺𝐷 = 0,00213 𝑚
Gabarito lateral: tabela 5.7

Folga dinâmica
𝑉
𝐹𝐷 =
10 ∗ √𝑅
70
𝐹𝐷 =
10 ∗ √3.767,6
𝐹𝐷 = 0,11 𝑚
Largura total
𝐿𝑇 = 𝑁 ∗ (𝐺𝐶 + 𝐺𝐿 ) + (𝑁 − 1) ∗ 𝐺𝐷 + 𝐹𝐷
𝐿 𝑇 = 2 ∗ (2,61 + 0,9) + (𝑁 − 1) ∗ 0,00213 + 0,11
𝐿𝑇 = 7,13 𝑚
Largura total da pista em tangente
𝐿𝑁 = 𝑁 ∗ 𝐿𝐹
𝐿𝑁 = 2 ∗ 3,6
𝐿𝑁 = 7,2 𝑚
Superlargura
𝑆𝑅 = 𝐿𝑇 − 𝐿𝑁
𝑆𝑅 = 7,13 − 7,2
𝑆𝑅 = −0,07 𝑚
Devido ao resultado obtido para a superlargura ser inferior ao mínimo recomendado
pelo DNIT, o valor pode ser desprezado para a curva em questão.
3.2 Memorial de Cálculo – Curva 34

3.2.1 Mínima distância de visibilidade


110,98 m

3.2.2 Pontos notáveis das curvas

Deflexão / Ângulo de curva


𝐼 = 𝐴𝐶 = 𝐴𝑧2 − 𝐴𝑧1
𝐼 = 𝐴𝐶 = 169°46′22" − 165°26′36"
𝐼 = 𝐴𝐶 = 04°19′46"
Tangente externa
𝐴𝐶
𝑇 = 𝑅 ∗ 𝑡𝑎𝑛 ( )
2
04°19′46"
𝑇 = 1.400,31 ∗ 𝑡𝑎𝑛 ( )
2
𝑇 ≅ 52,931𝑚
Desenvolvimento da curva
𝜋 ∗ 𝑅 ∗ 𝐴𝐶
𝐷𝑐 =
180°
𝜋 ∗ 1.400,31 ∗ 04°19′46"
𝐷𝑐 =
180°
𝐷𝑐 = 105,8117𝑚
Ponto de Tangente
𝑃𝑇 = 𝑃𝐶 + 𝐷𝑐
𝑃𝑇 = 1.913𝐸 + 15,440 + 105,8117
𝑃𝑇 = 1.919𝐸 + 1,2117𝑚

3.2.3 Superelevação e superlargura


Superelevação
2
2𝑅𝑚𝑖𝑛 𝑅𝑚𝑖𝑛
𝑒 = 𝑒𝑚𝑎𝑥 ( − 2 )
𝑅 𝑅
2 ∗ 170 170²
𝑒 = 8( − )
1.400,31 1.400,312
𝑒 = 1,82%
Superlargura
Veículo tipo CO
LV: 2,60 m
EE: 6,10 m
BD: 1,20 m
Largura adicional

𝐺𝐴 = 𝑅 − √𝑅 2 − 𝐸𝐸2

𝐺𝐴 = 1.400,31 − √1.400,312 − 6,1²


𝐺𝐴 = 0,0133 𝑚
Gabarito devido à trajetória em curva

𝐺𝐶 = 𝐿𝑉 + 𝑅 − √𝑅 2 − 𝐸𝐸2

𝐺𝐶 = 2,1 + 1.400,31 − √1.400,312 − 6,1²


𝐺𝐶 = 2,6133 𝑚
Gabarito devido ao balanço dianteiro
𝐺𝐷 = √𝑅 2 + 𝐵𝐷 ∗ (2 ∗ 𝐸𝐸 + 𝐵𝐷 ) − 𝑅
𝐺𝐷 = √1.400,312 + 1,2 ∗ (2 ∗ 6,1 + 2,1) − 1.400,31
𝐺𝐷 = 0,008998 𝑚
Gabarito lateral: tabela 5.7

Folga dinâmica
𝑉
𝐹𝐷 =
10 ∗ √𝑅
70
𝐹𝐷 =
10 ∗ √1.400,31
𝐹𝐷 = 0,1871 𝑚
Largura total
𝐿𝑇 = 𝑁 ∗ (𝐺𝐶 + 𝐺𝐿 ) + (𝑁 − 1) ∗ 𝐺𝐷 + 𝐹𝐷
𝐿 𝑇 = 2 ∗ (2,61 + 0,9) + (𝑁 − 1) ∗ 0,009 + 0,1871
𝐿𝑇 = 7,2 𝑚
Largura total da pista em tangente
𝐿𝑁 = 𝑁 ∗ 𝐿𝐹
𝐿𝑁 = 2 ∗ 3,6
𝐿𝑁 = 7,2 𝑚
Superlargura
𝑆𝑅 = 𝐿𝑇 − 𝐿𝑁
𝑆𝑅 = 7,2 − 7,2
𝑆𝑅 = 0,00 𝑚
Devido ao resultado obtido para a superlargura ser inferior ao mínimo recomendado
pelo DNIT, o valor pode ser desprezado para a curva em questão.
3.3 Memorial de Cálculo – Curva 29

3.3.1 Comprimento mínimo e máximo de transição


a) Limites mínimos
I – critério do comprimento mínimo absoluto:
𝐿𝑚𝑖𝑛 = 0,56 ∗ 𝑉
𝐿𝑚𝑖𝑛 = 0,56 ∗ 70
𝐿𝑚𝑖𝑛 = 39,2 𝑚
II – critério da fluência ótica: não se aplica ao caso, pois o Raio é inferior a 800 m.
III – critério do conforto:
𝐶 = 1,5 − 0,009 ∗ 𝑉
𝐶 = 1,5 − 0,009 ∗ 70
𝐶 = 0,87 𝑚/𝑠³
2 ∗ 𝑅𝑚𝑖𝑛 𝑅𝑚𝑖𝑛 ²
𝑒𝑅 = 𝑒𝑚𝑎𝑥 ∗ ( − )
𝑅 𝑅²
2 ∗ 170 1702
𝑒𝑅 = 8 ∗ ( − ) = 5,36%
400 4002
𝑉³ 𝑒𝑅 ∗ 𝑉
𝐿𝑚𝑖𝑛 = −
46,656 ∗ 𝐶 ∗ 𝑅 0,367 ∗ 𝐶
70³ 0,0536 ∗ 70
𝐿𝑚𝑖𝑛 = − = 9,38𝑚
46,656 ∗ 0,87 ∗ 400 0,367 ∗ 0,87
IV – critério da máxima rampa de superelevação:
𝐹𝑚 = 1,0 tabela
𝑟𝑚𝑎𝑥 = 1: 185 tabela
𝐿𝐹 = 3,50 𝑚 tabela
𝑒𝑅
𝐿𝑚𝑖𝑛 = 𝐹𝑚 ∗ 𝐿𝑓 +
𝑟𝑚𝑎𝑥
0,05355
𝐿𝑚𝑖𝑛 = 1,5 ∗ 3,5 + = 34,67𝑚
1⁄
185
Portanto, com base nos resultados obtidos, para o critério de limite mínimo, adota-se
aquele com maior valor, sendo assim:
𝐿𝑚𝑖𝑛 = 39,2 𝑚
b) Limites máximos
I – critério do máximo ângulo central da clotoide:
𝐿𝑚𝑎𝑥 = 𝑅 = 400𝑚
II – critério do tempo de percurso:
𝐿𝑚𝑎𝑥 = 2,2 ∗ 𝑉
𝐿𝑚𝑎𝑥 = 2,2 ∗ 70 = 154𝑚
Portanto, com base nos resultados obtidos, para o critério de limite máximo, adota-se
aquele com menor valor, sendo assim:
𝐿𝑚𝑎𝑥 = 154𝑚
Assim, observados esses limites e também o critério complementar de arredondamento
para Lc valores múltiplos de 10 m, os comprimentos de transição deveriam ficar limitados a:
40,00 m ≤ LC ≤ 150,00 m

3.3.2 Ângulo central da espiral


O comprimento de transição pode ser definido entre o intervalo de 40,00 m ≤ LC ≤
150,00 m, para o caso desta curva, foi escolhida o valor de 80 m. Portanto, assim fica:

𝐿𝐶
𝑆𝐶 =
2∗𝑅
80
𝑆𝐶 = = 0,1𝑟𝑎𝑑 = 5°43′46"
2 ∗ 400
3.3.3 Ângulo central da curva circular
𝜃 = 𝐼 − 2 ∗ 𝑆𝐶
𝜃 = 55°56′ 51-2*5°43'46 = 44°29′19"

3.3.4 Desenvolvimento da curva circular


𝜋∗𝜃
𝐷𝐶 =
180
𝜋 ∗ 44°29′19"
𝐷𝐶 = = 310,5891𝑚
180

3.3.5 Coordenadas xc e yc
𝐿𝐶 ∗ 𝑆𝐶 𝑆𝐶2 𝑆𝐶4
𝑥𝑐 = ∗ (1 − + −⋯)
3 14 440
80 ∗ 0,1 0,12 0,14
𝑥𝑐 = ∗ (1 − + − ⋯ ) = 2,6648𝑚
3 14 440
𝑆𝐶2 𝑆𝐶4
𝑦𝑐 = 𝐿𝐶 ∗ (1 − + −⋯)
10 216
0,12 0,14
𝑦𝑐 = 80 ∗ (1 − + − ⋯ ) = 79,92𝑚
10 216
3.3.6 Parâmetros p e q
𝑝 = 𝑥𝑐 − 𝑅 ∗ (1 − cos 𝑆𝑐 )
𝑝 = 2,6648 − 400 ∗ (1 − cos 5°43′46") = 0,67𝑚
𝑞 = 𝑦𝑐 − 𝑅 ∗ sin 𝑆𝐶
𝑞 = 79,92 − 400 ∗ sin 5°43′46" = 39,99𝑚

3.3.7 Tangente externa


𝐼
𝑇𝑇 = 𝑞 + (𝑝 + 𝑅) ∗ tan
2
55°56′51"
𝑇𝑇 = 39,99 + (0,67 + 400) ∗ tan = 252,7904𝑚
2
4. CONSIDERAÇÕES FINAIS
REFERÊNCIAS

BRASIL, DNIT. Manual de projeto geométrico de travessias urbanas. Rio de Janeiro: DNIT–Instituto
de Pesquisas Rodoviárias, 2010.

LEE, Shu Han. Introdução ao projeto geométrico de rodovias. Editora da UFSC, 2005.

Você também pode gostar