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Rio de Janeiro
Abril de 2022
PROJETO DE UM GALPÃO INDUSTRIAL COM PONTE ROLANTE
Examinado por:
________________________________
Prof. Silvia Corbani, D.Sc.
EP/UFRJ
________________________________
Prof. Manoel Rodrigues Justino Filho, D.Sc.
EP/UFRJ
________________________________
Prof. Michele Schubert Pfeil, D.Sc.
EP/UFRJ
i
AGRADECIMENTOS
Embora este seja um trabalho individual, sem a ajuda de algumas pessoas que
estiveram presentes ao longo dos últimos anos a sua realização jamais seria possível.
Por esse motivo, gostaria de expressar a minha sincera gratidão:
A minha orientadora na Escola Politécnica da UFRJ, professora Silvia Corbani,
pela disposição, boa vontade e apoio a ideia da realização deste trabalho. Queria
agradecer também pela dedicação prestada e pelo conhecimento transmitido ao longo
das disciplinas Análise e Projeto de Estruturas Offshore I, Estruturas de Madeira I,
Estruturas de Aço I, Projeto de Estruturas de Aço e, em especial, na fase de realização
e apresentação do trabalho de conclusão de curso.
Ao meu coorientador na Escola Politécnica da UFRJ, professor Manoel
Rodrigues Justino Filho, pela cordialidade e prestatividade na elucidação de dúvidas,
além da dedicação prestada e pelo conhecimento transmitido ao longo das disciplinas
Fundamentos de Concreto Armado I, Fundamentos de Concreto Armado II, Projeto de
Estruturas de Aço e, em especial, na elaboração deste trabalho.
A professora Michele Schubert Pfeil, pelos ensinamentos transmitidos através
de seus livros publicados, além da importante contribuição para a elaboração deste
trabalho.
Aos meus professores e funcionários da Escola Politécnica da UFRJ pelo
excelente serviço prestado, que fazem com que esta faculdade seja um exemplo de
organização e qualidade; propiciando aos seus alunos uma sólida e conceituada
formação.
A Suzi Lozano, minha mãe, por todo carinho, apoio e por sempre ter me dado
suporte ao longo da realização do curso de Engenharia Civil.
Por fim, dedico este trabalho a duas pessoas que foram grandes entusiastas e
incentivadores dessa carreira, mas que infelizmente já não se fazem mais presentes
neste plano. José Maria Espasandin Farina e Eny da Silva Lozano, onde quer que vocês
estejam, podem ficar orgulhosos pelo fato que o vosso Rafael chega ao fim deste curso,
momento tão aguardado por todos... Estareis para sempre em minha memória e no meu
coração.
ii
Resumo do Projeto de Graduação apresentado à Escola Politécnica/ UFRJ como parte
dos requisitos necessários para obtenção do grau de Engenheiro Civil.
Abril/2022
April/2022
Keywords: Steel structures, Industrial shed, Overhead crane, Laminated and Cold formed
profiles.
iv
SUMÁRIO
1. INTRODUÇÃO .................................................................................................... 1
4. COMBINAÇÕES DE AÇÕES............................................................................. 19
11.1. Ligação Viga de rolamento (W 410 x 85) – Console (W 360 x 91) .............. 77
11.1.1. Verificação dos parafusos .................................................................... 77
11.3. Ligação Viga de travamento (W 200 x 26,6) – Pilar (W 360 x 122) ............. 85
11.3.1. Verificação das soldas ......................................................................... 86
viii
ÍNDICE DE FIGURAS
ix
Figura 6.9 – Envoltória para os esforços cortantes. .................................................... 32
Figura 6.10 – Envoltória para o momento fletor. ......................................................... 32
Figura 6.11 – Aplicação das cargas verticais (kN) da ponte rolante. (a) Posição que
ocorrem as máximas reações nos apoios, (b) posição que ocorrem os momentos fletores
máximos. .................................................................................................................... 32
Figura 6.12 – Esforços solicitantes nas terças devido ao peso próprio. ...................... 34
Figura 6.13 – Esforços solicitantes nas terças devido ao vento a 0º (I). ...................... 35
Figura 6.14 – Esforços solicitantes nas terças devido a carga concentrada de 1 kN... 35
Figura 6.15 – Esforços solicitantes nas travessas devido ao peso próprio. ................. 36
Figura 6.16 – Esforços solicitantes nas travessas devido ao vento a 0º (I). ................ 36
Figura 6.17 – Esforços axiais nas vigas treliçadas para as ações de sobrecarga. ...... 37
Figura 6.18 – Cargas atuantes em um dos nós da treliça devido à sobrecarga. ......... 38
Figura 6.19 – Flechas nos banzos da viga treliçada.................................................... 38
Figura 6.20 – Esforços solicitantes nos pilares para as hipóteses de carga (a) cargas
características de peso próprio, (b) cargas características de sobrecarga e (c) cargas
verticais características da ponte rolante. ................................................................... 40
Figura 6.21 – Esforços solicitantes nos pilares para as hipóteses de carga (d) cargas
horizontais características da ponte rolante, (e) cargas características do vento a 0º e (f)
cargas características do vento a 90º. ........................................................................ 41
Figura 6.22 – Esforços solicitantes nas vigas de rolamento devido ao peso próprio. .. 42
Figura 6.23 – Esforço cortante máximo nas vigas de rolamento. ................................ 43
Figura 6.24 – Momento fletor máximo nas vigas de rolamento. .................................. 43
Figura 6.25 – Deformada: (a) peso próprio da estrutura (b) ponte rolante vertical. ..... 44
Figura 6.26 – Deformada: (a) ação horizontal da ponte (b) e vento a 0º. .................... 45
Figura 6.27 – Deformada devido ao vento a 90º (III). .................................................. 45
Figura 10.1 – Solicitações na base do pilar. ................................................................ 69
Figura 10.2 – Imagem 3D da base do pilar. ................................................................ 69
Figura 10.3 – Disposição dos elementos na base (Fisher e Kloiber, 2006). ................ 72
Figura 10.4 – Esforços atuantes (FISHER E KLOIBER, 2006). ................................... 74
Figura 11.1 – Imagem 3D da ligação viga de rolamento – console. ............................ 77
Figura 11.2 – Esforços transmitidos pela ligação pilar - console. ................................ 78
Figura 11.3 – Imagem 3D da ligação console – pilar................................................... 78
Figura 11.4 – Esforços nas mesas e alma da viga. ..................................................... 79
Figura 11.5 – Esforços transmitidos pela ligação viga de travamento - pilar. .............. 85
Figura 11.6 – Imagem 3D da ligação viga de travamento – pilar. ................................ 86
Figura 11.7 – Ligação tirante – pilar. (a) vista de corte, (b) vista de topo. ................... 90
Figura 11.8 – Ligação de tirante em ponte telescópica do aeroporto Santos Dumont. 90
x
Figura 12.1 – Ligação da diagonal e montante com banzo inferior. ............................ 94
Figura 12.2 – Ligação do banzo superior com pilar. .................................................... 95
Figura 12.3 – Ligação do banzo inferior com pilar. ...................................................... 96
Figura 12.4 – Ligação do banzo superior com pilar. .................................................... 99
Figura 13.1 – Porcentagem de cada subestrutura no peso total. .............................. 101
xi
ÍNDICE DE TABELAS
xii
Tabela 7-6 – Razão b/t ............................................................................................... 50
Tabela 7-7 – Resistência à flexão no eixo X ............................................................... 50
Tabela 7-8 – Momentos resistentes para regime elástico ........................................... 51
Tabela 7-9 – Momentos resistentes para FLT ............................................................. 51
Tabela 7-10 – Parâmetros para momentos resistentes para FLT ............................... 52
Tabela 7-11 – Momentos resistentes para FLM .......................................................... 52
Tabela 7-12 – Momentos resistentes para FLA........................................................... 53
Tabela 7-13 – Resistência à flexão no eixo Y ............................................................. 53
Tabela 7-14 – Momentos resistentes para regime elástico ......................................... 53
Tabela 7-15 – Momentos resistentes para FLM .......................................................... 54
Tabela 7-16 – Momentos resistentes para FLA λp = 31,68, λr = 39,60 .......................... 54
Tabela 7-17 – Resistência ao esforço cortante no eixo X ........................................... 55
Tabela 7-18 – Esforços cortantes resistentes ............................................................. 55
Tabela 7-19 – Resistência ao esforço cortante no eixo Y ........................................... 56
Tabela 7-20 – Esforços cortantes resistentes ............................................................. 56
Tabela 7-21 – Resistência ao esforço axial e flexão combinados ............................... 56
Tabela 7-22 – Resumo das verificações ..................................................................... 57
Tabela 8-1 – Relação de perfis formados a frio por elemento estrutural ..................... 58
Tabela 8-2 – Razão b/t da alma e mesa dos perfis ..................................................... 59
Tabela 8-3 – Limitação do índice de esbeltez ............................................................. 59
Tabela 8-4 – Resistência à tração............................................................................... 60
Tabela 8-5 – Resistência à compressão ..................................................................... 60
Tabela 8-6 – Cálculo de Ney ........................................................................................ 61
Tabela 8-7 – Cálculo de Nexz ....................................................................................... 61
Tabela 8-8 – Cálculo de Nex ........................................................................................ 61
Tabela 8-9 – Tabela para dispensa de verificação de flambagem distorcional ............ 62
Tabela 8-10 – Resistência à flexão no eixo X ............................................................. 62
Tabela 8-11 – Momentos resistentes para regime elástico ......................................... 62
Tabela 8-12 – Momentos resistentes para FLT ........................................................... 63
Tabela 8-13 – Momentos resistentes para Fdist ......................................................... 63
Tabela 8-14 – Resistência à flexão no eixo Y ............................................................. 63
Tabela 8-15 – Resistência ao esforço cortante X ........................................................ 64
Tabela 8-16 – Resistência ao esforço cortante Y ........................................................ 64
Tabela 8-17 – Resistência ao momento fletor X e esforço cortante Y combinados ..... 65
Tabela 8-18 – Resistência ao momento fletor Y e esforço cortante X combinados ..... 65
Tabela 8-19 – Resistência à flexo-compressão........................................................... 65
Tabela 8-20 – Resistência à flexo-tração .................................................................... 65
xiii
Tabela 8-21 – Resumo das verificações NBR 14762 (ABNT, 2010) - 1 ...................... 66
Tabela 8-22 – Resumo das verificações NBR 14762 (ABNT, 2010) - 2 ...................... 66
Tabela 8-23 – Resumo das verificações NBR 14762 (ABNT, 2010) ........................... 66
Tabela 9-1 – Verificação das flechas .......................................................................... 68
Tabela 10-1 – Limitações da solda de filete ................................................................ 70
Tabela 10-2 – Força resistente de cálculo das soldas NBR 8800 (ABNT, 2008) ......... 70
Tabela 12-1 – Verificações da ligação das barras da treliça com as chapas gousset . 94
Tabela 12-2 – Verificações da ligação das chapas gousset com os banzos ............... 95
Tabela 12-3 – Verificações da ligação das chapas gousset superiores com os pilares
................................................................................................................................... 96
Tabela 12-4 – Verificações da ligação das chapas gousset inferiores com os pilares . 96
Tabela 12-5 – Verificações da ligação das chapas de emenda................................... 97
Tabela 12-6 – Verificações da ligação das mãos francesas ........................................ 98
Tabela 12-7 – Verificações da ligação das terças ....................................................... 98
Tabela 13-1 – Lista de perfis estruturais - 1 .............................................................. 100
Tabela 13-2 – Lista de perfis estruturais - 2 .............................................................. 101
Tabela 13-3 – Classificação de galpões em kg/m2. (BELLEI, 1998) .......................... 102
Tabela 13-4 – Lista de elementos da interface aço-concreto .................................... 102
Tabela 13-5 – Lista de elementos das ligações segundo NBR 8800 (ABNT, 2008) .. 103
Tabela 13-6 – Lista de elementos das ligações segundo NBR 8800 (ABNT, 2008) .. 104
xiv
1. INTRODUÇÃO
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montagem. O Centro Brasileiro da Construção em Aço (CBCA) é outra referência de
extrema relevância. Os manuais do CBCA fornecem um passo a passo para o projeto
de galpões (CBCA, 2011), e aspectos do dimensionamento de elementos de ligação
(CBCA, 2017). No cenário internacional destaca-se FISHER (1993, 2006), com textos
que contemplam todas as fases do projeto de galpões e da interface aço-concreto,
respectivamente.
No campo do dimensionamento segundo a NBR 8800 (ABNT, 2008), destaca-
se PFEIL e PFEIL (2009), abordando aspectos práticos sobre o dimensionamento na
referida norma. Para o dimensionamento segundo a NBR 14762 (ABNT, 2010), tem-se
a obra de JAVARONI (2015).
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ARQUITETURA
•Escolha da solução estrutural
•Locação das peças
CONCEPÇÃO
•Prédimensionamento das peças
•Solução para lajes e fundações
EMISSÃO DOS
•Elaboração de todos os desenhos
DESENHOS
ESTRUTURA
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• Sistema estrutural longitudinal: Formado por meio de contraventamentos
verticais e horizontais;
• Ligações: pilar – fundação do tipo engastada; viga treliçada – pilar do tipo
flexível, viga de travamento – pilar do tipo flexível, console – pilar do tipo
rígida.
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Na Figura 1.4 apresenta-se o projeto 3D renderizado.
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No Capítulo 10 é dimensionada a interface aço-concreto conforme preconiza a
norma NBR 8800 (ABNT, 2008).
No Capítulo 11 são dimensionadas as ligações, segundo a norma NBR 8800
(ABNT, 2008).
No Capítulo 12 são dimensionadas as ligações, segundo a norma NBR 14762
(ABNT, 2010).
No Capítulo 13 é apresentada a lista de materiais, contendo todos os
componentes necessários no projeto.
No Capítulo 14 são feitas as considerações finais.
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2. ESPECIFICAÇÕES DOS COMPONENTES
2.1. Materiais
Chapas, perfis e chumbadores que compõem esta estrutura são de aço ABNT
MR-250 (ASTM A36). Os parafusos comuns são aço ASTM A307. Cabe ressaltar que
em projeto normalmente são utilizados perfis laminados de aço ABNT AR-350 (ASTM
A572 Gr. 50) da Gerdau e parafusos de alta resistência em aço ASTM A325.
A telha escolhida, Figura 2.1 e Figura 2.2, é do tipo trapezoidal, modelo 40,
fabricada pela empresa Santo André (2022), com as seguintes especificações:
• Resistência: 1,10 kN/m2, para dois apoios com vão de 2,00 m;
• Espessura: 0,43 mm;
• Inclinação mínima: 5%;
• Material: aço galvanizado pré-pintado;
• Peso: 4,21 kg/m2 (considerando a sobreposição na largura);
A largura (direção das terças) útil é de 980 mm e o comprimento de até 15 m.
O fechamento lateral é do tipo trapezoidal, Figura 2.3 modelo 40, fabricado pela
empresa Santo André (2022), com as seguintes especificações:
• Resistência: 1,32 kN/m2, para dois apoios com vão de 2,00 m;
• Espessura: 0,43 mm;
• Material: aço galvanizado pré-pintado;
• Peso: 4,21 kg/m2 (considerando a sobreposição na largura);
A largura (direção das terças) útil é de 980 mm e o comprimento de até 15 m.
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Figura 2.2 – Detalhe da fixação de cobertura (SANTO ANDRÉ, 2022).
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Tabela 2-3 – Perfis formados a frio utilizados. NBR 6355 (ABNT, 2012)
Elemento Perfil Área Ix Iy It Massa linear
(cm²) (cm4) (cm4) (cm4) (kg/m)
Terça Ue 200x75x25x3,00 -
11,4 694 87 0,34 8,95
Travessa #11
Banzo superior U 150x75x8,00 - #02 21,9 718 116 4,67 17,17
Banzo inferior
U 150x75x6,30 - #03 17,6 595 95 2,33 13,80
2 Diagonais externas
Diagonal centrais
Montante U 150x75x3,00 - #11 8,7 311 49 0,26 6,83
Mão francesa
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3. AÇÕES ATUANTES NA ESTRUTURA
A ação do peso próprio, que é o produto da massa linear pelo comprimento das
peças, é calculada automaticamente pelo programa de análise estrutural.
Entretanto, o peso dos elementos acessórios sobre a viga de rolamento é
incluído manualmente. Neste projeto, o trilho TR-37 possui massa linear de 37,1 kg/m,
incluindo os acessórios de fixação. Consequentemente, aplicou-se um carregamento de
0,39 kN/m sobre a viga de rolamento.
Adicionalmente, os pesos próprios das telhas e fechamentos laterais foram
aplicados e o resumo do carregamento gerado nas terças e travessas está disponível
na Tabela 3-1.
Tabela 3-1 – Cargas lineares nas terças e nas travessas decorrentes do peso próprio das
telhas
Elemento Massa (kg/m2) Peso (kN/m2) Largura de Peso (kN/m)
Influência (m)
Terças - meio 4,21 0,04 2,00 0,08
Terças - extremo 4,21 0,04 1,00 0,04
Travessa - meio 4,21 0,04 2,00 0,08
Travessas - extremo 4,21 0,04 1,00 0,04
De acordo com a NBR 6120 (ABNT, 2019) e NBR 8800 (ABNT, 2008), deve-se
considerar uma sobrecarga de 0,25 kN/m2, de caráter permanente, para coberturas com
acesso apenas para manutenção, em projeção horizontal. Admite-se que essa
sobrecarga englobe as cargas decorrentes de instalações elétricas e hidráulicas, de
isolamentos térmicos e acústicos e de pequenas peças eventualmente fixadas na
cobertura, até um limite superior de 0,05 kN/m2. A Tabela 3-2 apresenta esta carga
quando aplicada às terças.
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Adicionalmente, deve-se aplicar em elementos isolados (terças e banzos
superiores) uma sobrecarga concentrada de 1 kN aplicada na posição mais
desfavorável desses elementos. Essa carga tem caráter variável.
3.3. Vento
A ação do vento foi calculada com base na NBR 6123 (ABNT, 1988), da seguinte
forma:
a) velocidade básica V0: 35 m/s (Rio de Janeiro entre as Isopletas de 30 m/s e
35 m/s). A favor da segurança, utilizou-se a maior;
b) fator topográfico S1: 1,0 (terreno plano ou fracamente acidentado);
c) fator rugosidade S2: A partir da categoria e classe foram obtidos os
parâmetros b (0,86), Fr (1,00) e p (0,12), para classe A e b (0,85), Fr (0,98) e
p (0,13), para classe B. O valor de S2 depende da altura z e é calculado
conforme:
𝑧 𝑝
𝑆2 = 𝑏 × 𝐹𝑟 × ( ) (3.1)
10
𝑉𝑘 = 𝑉0 × 𝑆1 × 𝑆2 × 𝑆3 (3.2)
11 de 111
𝑞 = 0,613 × 𝑉𝑘2 (3.3)
A Tabela 3-3 mostra um resumo dos valores encontrados. Vale salientar que a
altura considerada foi ligeiramente superior à altura da estrutura pois o vento atua nas
superfícies de vedação e não diretamente na estrutura.
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Figura 3.1 – Coeficientes de pressão e forma atuando nas paredes. (a) Vento a 0º, (b) vento a
90º.
Figura 3.2 – Coeficientes de pressão e forma atuando no telhado. (a) Vento a 0º, (b) vento a
90º e (c) cpe médio.
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h) Coeficiente de pressão interna: Para a obtenção desses coeficientes levou-
se em conta a existência de duas paredes internas de alvenaria (não
representadas nos desenhos), do piso até o telhado, e dessa forma a
estrutura apresenta duas faces opostas igualmente permeáveis, as outras
faces impermeáveis:
• Vento perpendicular a uma face permeável: cpi = +0.2;
• Vento perpendicular a uma face impermeável: cpi = -0.3;
i) Combinações para o cálculo dos pórticos:
Após o cálculo dos coeficientes externos e internos se faz necessário combiná-
los para gerar as hipóteses de ação do vento.
As combinações de vento a 0º são simétricas e provocam sucção em todos os
componentes (duas paredes e duas águas). A que possui cpi = 0,2 apresenta magnitude
superior à outra em todos os componentes. Por essa razão, somente ela será
considerada. Das quatro combinações possíveis, a combinação vento a 0º e cpi = -0,30
não será utilizada, restando as demais para serem combinadas com as outras cargas.
Vento a 0º
I - cpi = 0,2 II - cpi = - 0,3
Vento a 90º
III - cpi = 0,2 IV - cpi = - 0,3
𝑘𝑁 𝑘𝑁
𝑞𝑛 ( ) = 𝑑 (𝑚) × 𝑞 ( 2 ) × (𝐶𝑒 − 𝑐𝑝𝑖 ) (3.4)
𝑚 𝑚
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sendo d (m) é o espaçamento entre os pórticos.
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Tabela 3-5 – Cargas de vento atuantes nas terças
CI C III C IV CI C III C IV
Espaça- Espaça-
Trav. / qI qII qIII Trav. / qI qII qIII
mento mento
Terça (kN/m) kN/m (kN/m) Terça (kN/m) (kN/m) (kN/m)
(m) (m)
1 1,00 -0,43 0,20 0,39 14 1,00 -0,57 -0,40 -0,15
2 2,00 -0,86 0,39 0,78 15 2,00 -1,14 -0,80 -0,30
3 2,00 -0,86 0,39 0,78 16 2,00 -1,14 -0,80 -0,30
4 2,00 -1,03 0,47 0,94 17 2,00 -1,14 -0,80 -0,30
5 2,00 -1,03 0,47 0,94 18 2,00 -1,14 -0,80 -0,30
6 2,00 -1,07 0,49 0,97 19 1,00 -0,57 -0,40 -0,15
7 1,00 -0,55 0,25 0,50 20 1,00 -0,55 -0,35 -0,10
8 1,00 -0,57 -0,53 -0,28 21 2,00 -1,07 -0,68 -0,19
9 2,00 -1,14 -1,06 -0,56 22 2,00 -1,03 -0,66 -0,19
10 2,00 -1,14 -1,06 -0,56 23 2,00 -1,03 -0,66 -0,19
11 2,00 -1,14 -1,06 -0,56 24 2,00 -0,86 -0,55 -0,16
12 2,00 -1,14 -1,06 -0,56 25 2,00 -0,86 -0,55 -0,16
13 1,00 -0,57 -0,53 -0,28 26 1,00 -0,43 -0,27 -0,08
Tabela 3-6 – Cargas de vento atuantes nas terças (cumeeira) e travessas (beirais)
q (kN/m2) Coef. (cpe - cpi) Espaçamento (m) qI (kN/m)
0,53 - 2,2 2,00 - 2,33
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3.4. Efeito da ponte rolante
Para o cálculo dos efeitos induzidos na estrutura pela ponte rolante devido aos
movimentos transversais do carro e de içamento da carga, assim como o movimento
longitudinal da ponte, se faz necessário, primeiramente, a obtenção dos dados da ponte,
normalmente disponibilizadas pelos fabricantes.
Neste trabalho os dados foram obtidos através da Tabela C-38 (BELLEI, 1998).
• Controle remoto;
• Capacidade (carga içada): 80 kN ≈ 8,2 tf;
• Vão (distância entre trilhos): 19,296 m (18 – 24 m);
• Peso trole: 26,5 kN (2,6 tf);
• Peso total: 147,5 kN (15 tf);
• Coef. Impacto vertical: 10% (controle remoto);
• Fadiga: Condições de carregamento 2 de 100.000 a 500.000 ciclos;
• B = 200 mm;
• C = 1300 mm;
• F = 3200 mm;
• G = 4200 mm.
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3.4.2. Força vertical (P)
HL é igual a 20% da carga máxima por roda motriz x número de rodas motrizes,
com cada lado da ponte (trilho) possuindo uma roda motriz.
HL = 20% x 80 kN x 1 = 16 kN.
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4. COMBINAÇÕES DE AÇÕES
Onde:
𝐹𝐺𝑖,𝑘 representa os valores característicos das ações permanentes;
𝐹𝑄1,𝑘 é o valor característico da ação variável considerada principal para a
combinação;
𝐹𝑄𝑗,𝑘 representa os valores característicos das ações variáveis que podem atuar
concomitantemente com a ação variável principal.
No presente projeto atuam as seguintes ações: peso próprio (PP), sobrecarga
na cobertura (Q1), carga concentrada (Q2), ponte rolante vertical (PRV), ponte rolante
horizontal (PRh+ e PRh-) e Vento (V).
Cabe ressaltar que as cargas verticais da ponte rolante podem assumir duas
configurações, a depender se o carro e a carga içada estão em um extremo (eixo A) ou
no outro (eixo B). Como a estrutura apresenta carregamentos assimétricos, ambas as
configurações foram consideradas.
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As combinações presentes nas Tabela 4-1 e Tabela 4-2 foram geradas pelas
NBR 8800 (ABNT, 2008) e NBR 14762 (ABNT, 2010), respectivamente, para o modelo
principal. Essas tabelas podem ser divididas em duas partes: a primeira, com as
combinações 1 a 4, se refere às situações em que as cargas permanentes são
favoráveis a estrutura e as cargas de vento e ponte rolante horizontal são desfavoráveis.
Neste caso, nas combinações 1 e 2 a carga de vento é a ação variável principal e, nas
combinações 3 e 4 as cargas horizontais da ponte são as principais.
Na segunda situação, prevista nas combinações 5 a 10, todas as cargas atuam
solicitando desfavoravelmente a estrutura.
Tabela 4-1 – Combinações para o dimensionamento da estrutura. NBR 8800 (ABNT, 2008)
Permanentes Variáveis
Comb. PP Q1 PRv(I,II) PRh+ PRh- V(I,III,IV)
1 1,00 1,00 1,05 1,40
2 1,00 1,00 1,05 1,40
3 1,00 1,00 1,50 0,84
4 1,00 1,00 1,50 0,84
5 1,25 1,50 1,05 1,05 1,40
6 1,25 1,50 1,05 1,05 1,40
7 1,25 1,50 1,50 1,05 0,84
8 1,25 1,50 1,50 1,05 0,84
9 1,25 1,50 1,05 1,50 0,84
10 1,25 1,50 1,05 1,50 0,84
Tabela 4-2 – Combinações para o dimensionamento da estrutura. NBR 14762 (ABNT, 2010)
Permanentes Variáveis
Comb. PP Q1 PRv(I,II) PRh+ PRh- V(I,III,IV)
1 1,00 1,00 0,91 1,40
2 1,00 1,00 0,91 1,40
3 1,00 1,00 1,30 0,84
4 1,00 1,00 1,30 0,84
5 1,25 1,50 0,91 0,91 1,40
6 1,25 1,50 0,91 0,91 1,40
7 1,25 1,50 1,30 0,91 0,84
8 1,25 1,50 1,30 0,91 0,84
9 1,25 1,50 0,91 1,30 0,84
10 1,25 1,50 0,91 1,30 0,84
A carga içada pela ponte rolante pode assumir duas posições mais desfavoráveis
na direção transversal, uma próxima ao pilar direito e outra próxima ao pilar esquerdo.
Dessa forma, PRv pode assumir duas condições, PRvI e PRvII. A estrutura é simétrica
e consequentemente as ações de peso próprio também são, assim como as ações de
sobrecarga e de vento a 0º (I). Entretanto, devido à assimetria das condições de V90º
20 de 111
(III) e V90º (IV), se faz necessário considerar as duas posições da ponte rolante. Se
todos os carregamentos fossem simétricos, bastaria considerar apenas uma condição
da ponte. O vento assume três condições e consequentemente V pode ser VI, VIII e VIV.
Dessa forma, são 10 combinações para cada ação vertical da ponte e para cada
um dos três ventos, havendo um total de 60 combinações para cada norma de
dimensionamento ou 120 combinações no total.
Para o dimensionamento isolado das vigas de rolamento, as seguintes
combinações foram utilizadas:
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5. MODELO ESTRUTURAL
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Adotou-se também contraventamentos verticais entre pilares, e no plano dos
banzos superiores, com o objetivo de melhorar a estabilidade com relação à flambagem
global e lateral, além de uma melhor distribuição dos esforços horizontais. Segundo
BELLEI (1998), quando o galpão possui ponte rolante, os contraventamentos verticais
devem ser feitos até a ponte rolante e acima desta. Os contraventamentos no plano dos
banzos superiores são adotados nas duas direções devido à ação horizontal do vento e
são responsáveis pelo travamento do banzo superior. Para o travamento dos banzo
inferiores, foi adotada a solução de mão francesa a 45º, a partir das terças da cobertura.
Os contraventamentos são compostos por barras trefiladas de tamanhos variados e
funcionam como tirantes, resistindo apenas a tração, exceto as mãos francesas,
formadas por perfis U e ligadas rigidamente às terças e banzos inferiores.
Os perfis utilizados para as terças possuem boa resistência à flexão em relação
à um dos eixos, tendo uma resistência bem menor em relação ao outro. Como as
coberturas são inclinadas, há flexão nas duas direções, havendo a necessidade de
diminuir o vão na direção de menor resistência. Diferentemente das terças, as travessas
têm as cargas de peso próprio atuando perpendicularmente ao eixo de menor
resistência, havendo uma necessidade ainda maior de se reduzir o vão entre os apoios.
Em ambos os casos essa redução pode ser feita com a utilização de “correntes” flexíveis
e rígidas entre as barras superiores pois essas sofrerão compressão.
A Figura 5.2 apresenta a vista de elevação lateral no plano dos pilares,
mostrando os 6 pórticos, tirantes de contraventamento em “X”, “correntes” flexíveis e
rígidas, travessas de fechamento, vigas de travamento e ligações com a base.
Figura 5.2 – Elementos estruturais na vista de elevação lateral no plano dos pilares.
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tirantes de contraventamento em “X” em ambas as direções e “correntes” flexíveis e
rígidas para travamento das terças.
A Figura 5.4 mostra uma elevação com a disposição das mãos francesas.
Figura 5.4 – Elevação com a disposição das mãos francesas saindo das terças da
cobertura.
As cargas de peso próprio das telhas são aplicadas na mesa superior das terças,
fora do centro de cisalhamento, ocasionado tensões cisalhantes devidas à flexão e à
torção. Quando a terça é colocada com a “boca” para baixo, a componente horizontal
do peso próprio atua de forma a incrementar o a tensão devida à torção. Quando a
“boca” está para cima, o oposto ocorre. Haja vista que a magnitude da tensão devida à
torção é muito maior que à devida a flexão, tem-se a razão pela qual a escolha desse
projeto foi a “boca” virada para cima. Cabe ressaltar que essa solução não considera
aspectos de manutenção como o possível acúmulo de poeira e água nas terças,
situação que pode ser problemática do ponto de vista de manutenção.
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As terças, travessas de fechamento, vigas de rolamento e vigas de travamento
seguem o modelo simplesmente apoiado nas suas estruturas de suporte, onde não há
transmissão de momentos fletores. As terças possuem inclinação em relação ao plano
horizontal para acompanhar a inclinação do telhado.
Esses modelos também foram utilizados de forma isolada com a finalidade de
dimensionamento da viga de rolamento e da verificação das terças para carga isolada.
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5.2. Transmissão das cargas e função dos elementos
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parâmetros K de flambagem, teóricos (Kt) e recomendados (Kr), dos dois sistemas
estruturais utilizados. Neste projeto utilizou-se o K recomendado.
Em todos os casos considerou-se o comprimento destravado em ambas as abas
(superior e inferior) igual ao comprimento de flambagem e o fator de modificação para
o momento crítico Cb igual a 1.
Figura 5.8 – Coeficientes K de flambagem, teóricos (Kt) e recomendados (Kr), em: (a)
plano transversal, (b) plano longitudinal.
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6. ANÁLISE ESTRUTURAL
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Figura 6.2 – Aplicação das ações de sobrecarga na cobertura nas terças.
A verificação das terças (Figura 6.3 (a)) e banzos superiores (Figura 6.3 (b))
como elementos isolados foi feita aplicando-se uma carga concentrada no ponto mais
desfavorável, ou seja, na posição central desses elementos, conforme Figura 6.3.
Figura 6.3 – Aplicação das cargas concentradas para verificação. (a) Terça, (b) banzo superior.
6.1.3. Vento
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Figura 6.4 – Aplicação das cargas de vento nos pórticos. Vento a 0º (I), vista frontal.
Figura 6.5 – Aplicação das cargas de vento nos pórticos. Vento a 90º (III), vista 3D.
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6.1.4. Ponte rolante
Pela análise das reações nos apoios, verifica-se que o pior caso ocorre quando
o trem tipo está com uma das rodas sobre o apoio dos pilares, conforme as Figura 6.7
e Figura 6.8:
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Da mesma forma que para as reações nos apoios, a pior situação para o esforço
cortante ocorre com o trem tipo no apoio, conforme mostra a Figura 6.9.
Para o momento fletor, a pior situação ocorre com o trem tipo distante 2,15 m do
apoio, conforme mostra a Figura 6.10.
Figura 6.11 – Aplicação das cargas verticais (kN) da ponte rolante. (a) Posição que ocorrem as
máximas reações nos apoios, (b) posição que ocorrem os momentos fletores máximos.
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6.2. Solicitações e flechas devidas às ações características
Esta etapa tem por objetivo a avaliação dos esforços internos solicitantes e
flechas resultantes dos carregamentos característicos, ou seja, não são utilizadas
combinações e sim as cargas atuando de forma isolada, além de uma visão geral do
deslocamento da estrutura.
A análise de cada uma das cargas que atuam na estrutura, de forma isolada,
tem a função de identificar a coerência dos resultados, de acordo com a teoria de análise
das estruturas, sendo de fundamental importância pois é uma forma bastante eficiente
de se identificar eventuais erros na construção do modelo e/ou aplicação dos
carregamentos. Cabe ressaltar que essa análise avalia a estrutura como um todo,
considerando a interação entre os componentes, e não cada peça isoladamente.
O código de cores utilizado a seguir será o seguinte: esforços axiais N estão
representados em verde, esforços cortantes Vy em rosa, esforços cortantes Vz em azul
escuro, momentos torsores Mt em roxo, momentos fletores My em verde, momentos
fletores Mz em azul marinho, flechas F em laranja e deslocamentos D em vermelho.
Os esforços estão em escalas variadas, para uma melhor clareza dos diagramas
e os eixos representados são sempre os eixos locais de cada elemento.
Quando não há menção a determinada ação e/ou solicitação, é porque esta não
é relevante para o elemento analisado.
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imputadas pelas “correntes”, ambas atuando no meio do vão. Os valores máximos
obtidos estão de acordo com a teoria, conforme verificado a seguir:
𝑞𝑙 𝐹
𝑉𝑌 = + (6.1)
2 2
𝑘𝑁
(0,088 + 0,083) × 𝑠𝑒𝑛 (2,86º) × 6 𝑚 − 0,02 𝑘𝑁
𝑉𝑌 = 𝑚 + = 0,02 𝑘𝑁
2 2
𝑞𝑙 𝐹
𝑉𝑍 = + (6.2)
2 2
𝑘𝑁
(0,088 + 0,083) × 𝑐𝑜𝑠 (2,86º) × 6 𝑚 0,031 𝑘𝑁 × 𝑐𝑜𝑠 (2,86º)
𝑉𝑍 = 𝑚 + = 0,53 𝑘𝑁
2 2
𝑞 𝑙2 𝐹 𝑙
𝑀𝑌 = + (6.3)
8 4
𝑘𝑁
( 0,088 + 0,083) × 𝑐𝑜𝑠 (2,86º) × (6 𝑚)2 0,031 𝑘𝑁 × 𝑐𝑜𝑠 (2,86º) × 6 𝑚
𝑀𝑌 = 𝑚 + = 0,81 𝑘𝑁. 𝑚
8 4
2
𝑞𝑙 𝐹𝑙 (6.4)
𝑀𝑍 = +
8 4
𝑘𝑁
( 0,088 + 0,083) × 𝑠𝑒𝑛 (2,86º) × (6 𝑚)2 −0,02 𝑘𝑁 × 6 𝑚
𝑀𝑍 = 𝑚 + = 0,02 𝑘𝑁. 𝑚
8 4
5 𝑞 𝑙4 1 𝐹 𝑙3
𝑓𝑋𝑍 = × + × (6.5)
384 𝐸𝐼 48 𝐸𝐼
5 𝑘𝑁 (6 𝑚)4
𝑓𝑋𝑍 = × ( 0,088 + 0,083) × 𝑐𝑜𝑠 (2,86º) ×
384 𝑚 200000 𝑀𝑃𝑎 𝑥 694 𝑐𝑚4
1 (6 𝑚)3
+ × 0,031 𝑘𝑁 × 𝑐𝑜𝑠 (2,86º) × = 2,2 𝑚𝑚
48 200000 𝑀𝑃𝑎 𝑥 694 𝑐𝑚4
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Figura 6.13 – Esforços solicitantes nas terças devido ao vento a 0º (I).
Figura 6.14 – Esforços solicitantes nas terças devido a carga concentrada de 1 kN.
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eixo de maior inercia, nas travessas ela atua perpendicular ao eixo de menor inercia,
resultando em flechas superiores.
5 𝑘𝑁 (6 𝑚)4
𝑓= × (0,088 + 0,083) ×
384 𝑚 200000 𝑀𝑃𝑎 𝑥 87 𝑐𝑚4
1 (6 𝑚)3
+ × −0,608 𝑘𝑁 × = 16,6 𝑚𝑚 − 15,7 𝑚𝑚 = 0,9 𝑚𝑚
48 200000 𝑀𝑃𝑎 𝑥 87 𝑐𝑚4
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Tabela 6-3 – Perfis utilizados na treliça
Elemento Banzo superior Banzo inferior Montante
2 Diagonais externas Diagonal centrais
Perfil U 150x75x8,00 - #02 U 150x75x6,30 - #03 U 150x75x3,00 - #11
Tabela 6-4 – Valores máximos dos esforços axiais N (kN) atuantes nas treliças
Elemento Banzo superior Banzo inferior Diagonal Montante
Peso próprio - 29,16 26,59 - 22,84 8,17
Sobrecarga - 41,07 37,22 - 32,31 10,76
Vento a 0º (I) 89,44 - 63,04 74,53 - 24,87
Vento a 90º (III) 77,44 - 66,98 72,71 - 24,61
Vento a 90º (IV) 38,26 - 39,68 39,97 - 13,69
Figura 6.17 – Esforços axiais nas vigas treliçadas para as ações de sobrecarga.
37 de 111
Foi realizada uma verificação para um dos nós, na condição de atuação da
sobrecarga, de acordo com a teoria de treliças, conforme Figura 6.18.
38 de 111
Por fim, a verificação adicional com uma carga concentrada de 1 kN atuando na
posição mais desfavorável provoca esforço cortante VY de 0,50 kN, momento fletor MZ
de 0,35 kN.m, e flecha de 0,7 mm, apresentando mesmo perfil que para as terças,
conforme Figura 6.14.
39 de 111
mantendo constante até a base. O esforço cortante atua de forma similar às cargas de
peso próprio, assim como o momento fletor, exceto pelo fato de que este não apresenta
descontinuidade pois a sobrecarga não induz momento concentrado. A flecha também
ocorre de forma similar
Quando as ações verticais da ponte rolante atuam (figura (c)), é possível
observar a ocorrência de esforço axial constante a partir da ligação do console com o
pilar, de esforço cortante de pequena magnitude ao longo do pilar, com incremento na
região da viga treliçada, e momento fletor, com descontinuidade devido ao momento
concentrado aplicado pela carga da ponte. Há ocorrência de flecha com maior
magnitude até a ligação com os consoles e praticamente nula acima destes,
comportamento característico de pórticos com cargas concentradas a determinada
altura.
Figura 6.20 – Esforços solicitantes nos pilares para as hipóteses de carga (a) cargas
características de peso próprio, (b) cargas características de sobrecarga e (c) cargas verticais
características da ponte rolante.
40 de 111
se na ligação com o banzo superior. Há uma pequena descontinuidade de momento
fletor devido ao momento concentrado aplicado pela carga da ponte. Há ocorrência de
flecha com mudança de sentido e maior magnitude na ligação com os consoles.
Para as cargas de vento (e, f), verifica-se esforço axial de tração constante a
partir da ligação com o banzo superior, sendo que em magnitude desprezível, com um
grande incremente a partir do banzo inferior, se mantendo constante até a base. Tais
esforços se devem às ações verticais do vento que são transmitidas aos pilares.
Diferentemente do que ocorreu com os casos anteriores, os esforços cortantes
sofrem “saltos” ao longo do pilar devido à transmissão de esforços a partir das travessas,
tendo o maior incremento na região da viga treliçada.
O diagrama de momento varia linearmente devido ao esforço cortante e não há
descontinuidades, sendo que a inclinação da reta varia em cada trecho devido à
mudança de magnitude dos esforços cortantes.
A única diferença entre os ventos é com relação a flecha, pois o vento a 0º atua
de forma simétrica, enquanto o vento a 90º desloca a estrutura para um mesmo lado.
Figura 6.21 – Esforços solicitantes nos pilares para as hipóteses de carga (d) cargas
horizontais características da ponte rolante, (e) cargas características do vento a 0º e (f) cargas
características do vento a 90º.
41 de 111
A Tabela 6-6 mostra os valores máximos para os esforços solicitantes sob as
diferentes condições de carregamento.
Tabela 6-6 – Valores máximos de esforços nos pilares por diferentes carregamentos
Ação N (kN) VY (kN) VZ (kN) MY (kN.m) MZ (kN.m) Flecha (mm)
Peso próprio -43,42 - 14,09 12,93 - 1,2
Sobrecarga -14,84 - 18,66 18,83 - 1,6
Ponte vertical -128,07 - - 8,14 24,68 - 1,4
Ponte horizontal - - 4,42 22,39 - - 1,1
Vento a 0º (I) 33,81 - - 52,55 - 52,21 - - 1,5
Vento a 90º (III) 32,69 - - 68,22 89,01 - - 4,8
Vento a 90º (IV) 17,85 - - 46,41 95,87 - - 4,3
Figura 6.22 – Esforços solicitantes nas vigas de rolamento devido ao peso próprio.
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A ação vertical da ponte rolante na posição mais desfavorável ao cortante (uma
roda na extremidade) produz solicitações máximas de esforço cortante VZ no valor de
129,05 kN, momento fletor MY de 131,41 kN.m e flecha de 6,7 mm.
43 de 111
6.2.8. Contraventamentos e “correntes”
6.3. Deslocamentos
Figura 6.25 – Deformada: (a) peso próprio da estrutura (b) ponte rolante vertical.
44 de 111
Figura 6.26 – Deformada: (a) ação horizontal da ponte (b) e vento a 0º.
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7. VERIFICAÇÕES E.L.U - NBR 8800 (ABNT, 2008)
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VSd - esforço cortante solicitante de cálculo (kN);
W - módulo de resistência elástico mínimo da seção transversal (cm3);
Wef,y - módulo de resistência mínimo elástico, relativo ao eixo de flexão, para uma
seção com mesa comprimida de largura igual a bf dada por F.3.2, com igual a
fy (cm3);
x0, y0 - coordenadas do centro de cisalhamento (mm);
r - raio de giração (cm);
r0 - raio de giração polar da seção em relação ao centro de cisalhamento (cm);
tf - espessura da mesa (mm);
tw - espessura da alma (mm);
Z - módulo de resistência plástico (cm3);
γa1 - coeficiente de segurança do material ao escoamento: 1,1;
η - índice de aproveitamento;
λ - índice de esbeltez;
λ0 - índice de esbeltez reduzido;
λp - parâmetro de esbeltez correspondente à plastificação;
λr - parâmetro de esbeltez correspondente ao início do escoamento;
χ - fator de redução total associado à resistência à compressão.
𝐾. 𝐿
𝜆= ≤ 200
𝑟
𝑁𝑡,𝑆𝑑
𝜂= ≤1
𝑁𝑡,𝑅𝑑
Sendo:
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𝐴𝑔 . 𝑓𝑦
𝑁𝑡,𝑅𝑑 =
𝛾𝑎1
𝑁𝑐,𝑆𝑑
𝜂= ≤1
𝑁𝑐,𝑅𝑑
Sendo:
𝜒. 𝑄. 𝐴𝑞 . 𝑓𝑦
𝑁𝑐,𝑅𝑑 =
𝛾𝑎1
Fator de redução χ
2 0,877
𝑝𝑎𝑟𝑎 𝜆0 ≤ 1,5: 𝜒 = 0,685𝜆0 / 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝜆0 > 1,5: 𝜒 =
𝜆0 2
𝑄. 𝐴𝑔 . 𝑓𝑦
𝜆0 = √
𝑁𝑒
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Força axial de flambagem elástica (anexo E)
A força axial de flambagem elástica, Ne, de uma barra com seção transversal
duplamente simétrica, caso de todos os perfis utilizados, ou simétrica em relação a um
ponto, é dada pelo menor valor entre os obtidos para (a) flambagem por flexão em
relação ao eixo principal de inércia X da seção transversal (b) flambagem por flexão em
relação ao eixo principal de inércia Y da seção transversal e (c) para flambagem por
torção em relação ao eixo longitudinal Z:
𝜋 2 . 𝐸. 𝐼𝑥 𝜋 2 . 𝐸. 𝐼𝑦 1 𝜋 2 . 𝐸. 𝐶𝑤
𝑁𝑒𝑥 = 𝑁𝑒𝑦 = 2 𝑁𝑒𝑧 = [ + 𝐺. 𝐽]
(𝐾𝑥 . 𝐿𝑥 )2 (𝐾𝑦 . 𝐿𝑦 ) 𝑟0 2 (𝐾𝑧 . 𝐿𝑧 )2
Sendo:
𝑟0 = √𝑟𝑥 2 + 𝑟𝑦 2 + 𝑥0 2 + 𝑦0 2
Nenhum dos perfis laminados supera a relação (b/t)lim, de forma que Q será
sempre igual a 1,00. Para o perfil L. Q (Qs) será igual a 0,982.
𝑏 𝑏
≤( )
𝑡 𝑡 𝑙𝑖𝑚
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𝑏𝑓 𝐸 𝑏𝑤 𝐸
𝑀𝑒𝑠𝑎 (𝐺𝑟𝑢𝑝𝑜 4): ( ) = 0,56 √ 𝐴𝑙𝑚𝑎 (𝐺𝑟𝑢𝑝𝑜 2): ( ) = 1,49 √
𝑡𝑓 𝑙𝑖𝑚 𝑓𝑦 𝑡𝑤 𝑙𝑖𝑚 𝑓𝑦
𝐸 𝑏 𝐸
𝑀𝑒𝑠𝑎 (𝐺𝑟𝑢𝑝𝑜 3): 12,73 = 0,45 √ ≤ ≤ 0,91 √ = 25,74
𝑓𝑦 𝑡 𝑓𝑦
𝑏 𝐸
𝑄𝑠 = 1,34 − 0,76 √ = 0,982
𝑡 𝑓𝑦
𝑀𝑆𝑑
𝜂= ≤1
𝑀𝑅𝑑
ℎ 𝐸
𝜆= 𝜆𝑟 = 5,70 √
𝑡𝑤 𝑓𝑦
50 de 111
1,50 . 𝑊 . 𝑓𝑦
𝑀𝑅𝑑 ≤
𝛾𝑎1
(b) Estado-límite último de flambagem lateral com torção, FLT (anexo G).
Para 𝜆 ≤ 𝜆𝑝 :
𝑀𝑝𝑙
𝑀𝑅𝑑 =
𝛾𝑎1
Para 𝜆𝑝 < 𝜆 ≤ 𝜆𝑟 :
𝐶𝑏 𝜆 − 𝜆𝑝 𝑀𝑝𝑙
𝑀𝑅𝑑 = [𝑀𝑝𝑙 − (𝑀𝑝𝑙 − 𝑀𝑟 ). ]≤
𝛾𝑎1 𝜆𝑟 − 𝜆𝑝 𝛾𝑎1
Sendo:
(𝑓𝑦 − 0,30 . 𝑓𝑦 ) 𝑊
𝛽1 =
𝐸𝐽
𝑀𝑝𝑙 = 𝑍 . 𝑓𝑦 𝑀𝑟 = (𝑓𝑦 − 𝜎𝑟 ) 𝑊
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Tabela 7-10 – Parâmetros para momentos resistentes para FLT
Elemento Perfil Zx Wx Lb ry Iy J Cw β1
Viga de rolamento W410x85 1732 1518 6,0 4,08 1804 95 715165 0,01
Console W360x91 1680 - - - - - - -
Pilar W360x122 2270 2017 5,7 6,29 6147 213 1787806 0,01
Viga de travamento W200x26,6 282 252 6,0 3,11 330 7,65 4181 0,03
(c) Estado-limite último de flambagem local mesa comprimida, FLM (anexo G).
Para 𝜆 ≤ 𝜆𝑝 :
𝑀𝑝𝑙
𝑀𝑅𝑑 =
𝛾𝑎1
Sendo:
𝑏𝑓 /2 𝐸
𝜆= 𝜆𝑝 = 0,38 √
𝑡𝑓 𝑓𝑦
𝑀𝑝𝑙 = 𝑍 . 𝑓𝑦
𝑀𝑝𝑙
𝑀𝑅𝑑 =
𝛾𝑎1
Sendo:
ℎ 𝐸
𝜆= 𝜆𝑝 = 3,76 √
𝑡𝑤 𝑓𝑦
𝑀𝑝𝑙 = 𝑍 𝑓𝑦
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Tabela 7-12 – Momentos resistentes para FLA
Elemento Perfil h tw λ λp Zx Mpl MRd
Viga de
W410x85 381 10,90 34,92 106,35 17312 432,93 393,57
rolamento
Console W360x91 320 9,50 33,71 106,35 1680 420,03 381,84
Pilar W360x122 320 13,00 24,58 106,35 2270 567,45 515,86
Viga de
W200x26,6 190 5,8 32,79 106,35 282 70,58 64,16
travamento
𝑀𝑆𝑑
𝜂= ≤1
𝑀𝑅𝑑
1,50 . 𝑊 . 𝑓𝑦
𝑀𝑅𝑑 ≤
𝛾𝑎1
(b) Estado-límite último de flambagem local mesa comprimida, FLM (anexo G).
Para 𝜆 ≤ 𝜆𝑝 :
𝑀𝑝𝑙
𝑀𝑅𝑑 =
𝛾𝑎1
53 de 111
Sendo:
𝑏𝑓 /2 𝐸
𝜆= 𝜆𝑝 = 0,38 √
𝑡𝑓 𝑓𝑦
𝑀𝑝𝑙 = 𝑍 . 𝑓𝑦
𝑀𝑝𝑙
𝑀𝑅𝑑 =
𝛾𝑎1
Para 𝜆𝑝 < 𝜆 ≤ 𝜆𝑟 :
1 𝜆 − 𝜆𝑝 𝑀𝑝𝑙
𝑀𝑅𝑑 = [𝑀𝑝𝑙 − (𝑀𝑝𝑙 − 𝑀𝑟 ). ]≤
𝛾𝑎1 𝜆𝑟 − 𝜆𝑝 𝛾𝑎1
Sendo:
ℎ 𝐸 𝐸
𝜆= 𝜆𝑝 = 1,12 √ 𝜆𝑟 = 1,40√
𝑡𝑤 𝑓𝑦 𝑓𝑦
𝑀𝑝𝑙 = 𝑍 𝑓𝑦 𝑀𝑟 = W𝑒𝑓,𝑦 𝑓𝑦
54 de 111
7.6. Resistência ao esforço cortante - eixo X
𝑉𝑆𝑑
𝜂= ≤1
𝑉𝑅𝑑
𝑉𝑝𝑙
𝑉𝑅𝑑 =
𝛾𝑎1
Sendo:
𝑉𝑝𝑙 = 0,60 𝐴𝑤 𝑓𝑦 𝐴𝑤 = 2 𝑏𝑓 𝑡𝑓
𝑏𝑓 /2 𝑘𝑣 𝐸
𝜆= 𝜆𝑝 = 1,10 √
𝑡𝑓 𝑓𝑦
𝑉𝑆𝑑
𝜂= ≤1
𝑉𝑅𝑑
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Tabela 7-19 – Resistência ao esforço cortante no eixo Y
Elemento Perfil VSd Vpl VRd η
Viga de rolamento W410x85 169,61 681,80 619,81 0,27
Console W360x91 203,43 503,03 457,30 0,45
Pilar W360x122 36,85 707,85 643,50 0,06
Viga de travamento W200x26,6 0,99 180,09 163,72 0,01
𝑉𝑝𝑙
𝑉𝑅𝑑 =
𝛾𝑎1
Sendo:
𝑉𝑝𝑙 = 0,60 𝐴𝑤 𝑓𝑦 𝐴𝑤 = 𝑑 𝑡𝑤
ℎ 𝑘𝑣 𝐸
𝜆= 𝜆𝑝 = 1,10 √
𝑡𝑤 𝑓𝑦
𝑁𝑆𝑑
< 0,2
𝑁𝑅𝑑
𝑁𝑐,𝑆𝑑 𝑀𝑥,𝑆𝑑 𝑀𝑦,𝑆𝑑
𝜂= +( + ) ≤1
2 𝑁𝑐,𝑅𝑑 𝑀𝑥,𝑅𝑑 𝑀𝑦,𝑅𝑑
56 de 111
7.9. Resumo das verificações
57 de 111
8. VERIFICAÇÃO E.L.U. - NBR 14762 (ABNT, 2010)
𝑏
≤ 500
𝑡
58 de 111
Mesa: Em elementos comprimidos AA, tendo uma borda vinculada à alma ou
mesa e a outra ao enrijecedor de borda simples, a relação largura-espessura não deve
ultrapassar o valor 60.
𝑏
≤ 60
𝑡
𝑏
≤ 90
𝑡
59 de 111
Tabela 8-4 – Resistência à tração
Perfil Nt,Sd Ag Nt,Rd η
Ue200x75x25x3,00 - - - -
U150x75x8,00 52,07 21,88 497,20 0,11
U150x75x6,30 35,29 17,58 399,62 0,09
U150x75x3,00 21,59 8,70 197,76 0,20
𝑁𝑐,𝑆𝑑
𝜂= ≤1
𝑁𝑐,𝑅𝑑
Sendo:
𝜒. 𝐴𝑒𝑓 . 𝑓𝑦
𝑁𝑐,𝑅𝑑 =
𝛾
Fator de redução χ:
2 0,877
𝑝𝑎𝑟𝑎 𝜆0 ≤ 1,5: 𝜒 = 0,685𝜆0 / 𝑝𝑎𝑟𝑎 𝜆0 > 1,5: 𝜒 =
𝜆0 2
A 𝑓𝑦
𝜆0 = √
𝑁𝑒
A força axial de flambagem elástica, Ne, é dada pelo menor valor entre os obtidos
por (a), (b):
𝜋 2 . 𝐸. 𝐼𝑦
𝑁𝑒𝑦 =
(𝐾𝑦 . 𝐿𝑦 )2
60 de 111
Tabela 8-6 – Cálculo de Ney
Perfil Ney Ky Ly Iy
Ue200x75x25x3,00 191,48 3,00 87,30
U150x75x8,00 666,86 1,85 115,94
U150x75x6,30 117,60 4,00 95,32
U150x75x3,00 170,65 2,39 49,19
Sendo:
𝜋 2 . 𝐸. 𝐼𝑥 1 𝜋 2 . 𝐸. 𝐶𝑤
𝑁𝑒𝑥 = 𝑁𝑒𝑧 = [ + 𝐺𝐽]
(𝐾𝑥 . 𝐿𝑥 )2 𝑟0 2 (𝐾𝑧 . 𝐿𝑧 )2
𝑟0 = √𝑟𝑥 2 + 𝑟𝑦 2 + 𝑥0 2 + 𝑦0 2
Flambagem distorcional:
61 de 111
Tabela 8-9 – Tabela para dispensa de verificação de flambagem distorcional
Perfil bf/bw bw/t (D/bw)mín D/bw
Ue200x75x25x3,00 0,38 66,67 0,07 0,13
𝑀𝑆𝑑
𝜂= ≤1
𝑀𝑅𝑑
O momento fletor resistente de cálculo MRd deve ser tomado como o menor valor
calculado em a), b) e c), onde:
𝑊𝑒𝑓 𝑓𝑦
𝑀𝑅𝑑 =
𝛾
χFLT 𝑊𝑐,𝑒𝑓 𝑓𝑦
𝑀𝑅𝑑 =
𝛾
Sendo:
𝜆0 ≤ 0,6: χFLT = 1
0,6 < 𝜆0 ≤ 1,336: χFLT = 1,11 (1 − 0,278 𝜆0 2 )
1
𝜆0 ≥ 1,336: χFLT =
𝜆0 2
0,5
𝑊𝑐 𝑓𝑦
𝜆𝟎 = ( )
𝑀𝑒
0,5
𝑀𝐞 = 𝐶𝑏 𝑟0 (𝑁𝑒𝑦 𝑁𝑒𝑧 )
62 de 111
Tabela 8-12 – Momentos resistentes para FLT
Elemento Cb Me Wc,ef λ0 χFLT Wc,ef MRd
Ue200x75x25x3,00 1,00 18,87 69,36 0,96 0,83 69,36 13,03
χdist 𝑊 𝑓𝑦
𝑀𝑅𝑑 =
𝛾
Sendo:
0,22 1
𝜆𝐝𝐢𝐬𝐭 > 0,673: 𝛘𝐝𝐢𝐬𝐭 = (1 − )
𝜆𝐝𝐢𝐬𝐭 𝜆𝐝𝐢𝐬𝐭
0,5
𝑊𝑓𝑦
𝜆𝐝𝐢𝐬𝐭 = ( )
𝑀𝑑𝑖𝑠𝑡
2
𝜋2 𝐸 𝑡
𝑀𝑑𝑖𝑠𝑡 = 𝑊𝑘𝑑 2 ( )
12 (1 − 𝑣 ) 𝑏𝑓
0,7
𝑏𝑓 𝐷
𝑘𝐝 = 0,5 < 0,6 ( ) ≤ 0,8
𝑏𝑤 𝑡
𝑀𝑆𝑑
𝜂= ≤1
𝑀𝑅𝑑
Onde:
𝑊𝑒𝑓 𝑓𝑦
𝑀𝑅𝑑 =
𝛾
63 de 111
8.7. Resistência ao esforço cortante - eixo X
𝑉𝑤,𝑆𝑑
𝜂= ≤1
𝑉𝑅𝑑
A seção é composta por duas almas iguais. Sobre cada uma delas, o esforço de
cálculo é VSd = 0,5 VSd. O coef. de flambagem local por esforço cortante KV é igual a 5,0.
A força cortante resistente de cálculo da alma VRd deve ser calculada por:
0,5 0,6 𝑓𝑦 ℎ𝑡
ℎ 𝐸 𝑘𝑣
≤ 1,08 ( ) (1): 𝑉𝑅𝑑 =
𝑡 𝑓𝑦 𝛾
0,5
𝐸 𝑘𝑣
0,5
ℎ 𝐸 𝑘𝑣
0,5 0,65 𝑡2 (𝐸 𝑘𝑣 𝑓𝑦 )
1,08 ( ) < ≤ 1,4 ( ) : 𝑉𝑅𝑑 =
𝑓𝑦 𝑡 𝑓𝑦 𝛾
64 de 111
Para barras sem enrijecedores transversais de alma, o momento fletor solicitante
de cálculo e a força cortante solicitante de cálculo devem satisfazer à seguinte
expressão de interação:
𝑀𝑆𝑑 2 𝑉𝑆𝑑 2
𝜂= ( ) +( ) ≤1
𝑀𝑅𝑑 𝑉𝑅𝑑
Nas
Tabela 8-21 e Tabela 8-22 estão resumidas as verificações realizadas. Estão
ressaltadas em verde as que alcançaram o maior coeficiente de aproveitamento do
material (%), ou seja, o maior percentual da resistência do material.
65 de 111
Tabela 8-21 – Resumo das verificações NBR 14762 (ABNT, 2010) - 1
Elemento (b/t)A (b/t)M λx λy Nt Nc Mx My
(1) Ue200x75x25x3,00 63 60 77 108 0% 2% 52% 5%
(2) U150x75x8,00 15 - 32 81 11% 31% 0% 13%
(3) U150x75x6,30 20 - 34 172 9% 51% 0% 3%
(4) U150x75x3,00 46 - 40 100 11% 40% 0% 0%
Nota: O coeficiente de aproveitamento refere-se a cada uma das solicitações já definidas
previamente.
3N
cMxMy: Resistência à flexo-compressão;
4N M M : Resistência à flexo-tração.
t x y
66 de 111
8.13. Resistência das telhas e fechamentos laterais
67 de 111
9. VERIFICAÇÃO E.L.S.
68 de 111
10. INTERFACE AÇO-CONCRETO - NBR 8800 (ABNT, 2008)
69 de 111
(b) ao longo de bordas de material com espessura igual ou superior a 6,35 mm,
não mais do que a espessura do material subtraída de 1,5 mm, a não ser que
nos desenhos essa solda seja indicada como reforçada durante a execução, de
modo a obter a espessura total desejada da garganta
O comprimento efetivo de uma solda de filete, dimensionada para uma
solicitação de cálculo qualquer, não pode ser inferior a 4 vezes seu tamanho da perna
e a 40 mm (item 6.2.6.2.3).
Tabela 10-2 – Força resistente de cálculo das soldas NBR 8800 (ABNT, 2008)
Tipo de solda Tipo de solicitação e orientação Força resistente de cálculo, Fw,Rd
70 de 111
Dessa forma, as forças e tensões resistentes são dadas por:
0,6𝐴𝑤 𝑓𝑤 0,6𝑓𝑤
𝐹𝑤.𝑅𝑑 = = 1675 𝑘𝑁 𝜎𝑤.𝑅𝑑 = = 215,6 𝑀𝑃𝑎
𝛾𝑤2 𝛾𝑤2
0,6𝐴𝑔 𝑓𝑦 0,6 𝑓𝑦
𝐹𝑅𝑑 = = 1498 𝑘𝑁 𝜎𝑅𝑑 = = 136,4 𝑀𝑃𝑎
𝛾𝑎1 𝛾𝑎1
Sendo:
Onde:
Ag: Área bruta do metal base;
fy: Tensão de escoamento do metal base (250 MPa);
γa1: O coeficiente de segurança do material do metal base (1,1);
Aw: Área efetiva da solda;
fw: Tensão de escoamento do metal de adição (485 MPa);
γw2: O coeficiente de segurança do material do metal de adição (1,25);
0,5
𝜎𝑆𝑑 = (𝜎⟂ 2 + 3 (𝜏⟂ 2 + 𝜏⫽ 2 ))
Tensões atuantes no metal base:
𝑀𝑆𝑑 𝑁𝑐.𝑆𝑑
𝑀𝑒𝑠𝑎 𝑠𝑢𝑝𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟: 𝜎𝑆𝑑 = 𝑦𝑚𝑎𝑥 + = 94,6 𝑀𝑃𝑎
𝐼𝑥 𝐴𝑡
0,5
2 2
𝑀𝑆𝑑 𝑁𝑐.𝑆𝑑 𝑉𝑆𝑑
𝐴𝑙𝑚𝑎: 𝜎𝑆𝑑 = (( 𝑦max _𝑠𝑎 + ) +3 ( )) = 48,3 𝑀𝑃𝑎
𝐼𝑥 𝐴𝑡 𝐴𝑠𝑎
𝑀𝑆𝑑 𝑁𝑐.𝑆𝑑
𝑀𝑒𝑠𝑎 𝑖𝑛𝑓𝑒𝑟𝑖𝑜𝑟: 𝜎𝑆𝑑 = 𝑦𝑚𝑎𝑥 − = 90,2 𝑀𝑃𝑎
𝐼𝑥 𝐴𝑡
71 de 111
Onde (dados obtidos no autocad):
Ix: Momento de inércia da área total do cordão de solda em relação ao eixo de
aplicação do momento solicitante (28600 cm4);
ymax: Distância do eixo até o bordo superior da solda da mesa (191,5 mm);
At: Área total do cordão de solda (111,6 cm2);
ymax_sa: Distância do eixo até o bordo superior da solda da alma (50 mm);
Asa: Área do cordão de solda da alma (16 cm2).
𝑁 = 𝑑 + 2 𝑥 80 𝑚𝑚 = 523 𝑚𝑚
𝑁𝑎𝑑𝑜𝑡 = 580 𝑚𝑚
𝐵 = 𝑏𝑓 + 2 𝑥 80 𝑚𝑚 = 417 𝑚𝑚
𝐵𝑎𝑑𝑜𝑡 = 580 𝑚𝑚
𝑚 = 𝑁 − 0,95 𝑑 = 117,6 𝑚𝑚
𝑛 = 𝐵 − 0,85 𝑏𝑓 = 187,2 𝑚𝑚
72 de 111
Como a base está sujeita a elevados esforços de momento, há uma grande
excentricidade e o procedimento de cálculo, não se considerando o confinamento do
concreto (A1 = A2), é mostrado a seguir:
𝑓𝑐𝑘 𝐴1
𝜎𝑐.𝑅𝑑 = √ = 12,8 𝑀𝑃𝑎
𝛾𝑐 𝛾𝑛 𝐴2
𝑙𝑥 𝑁𝑆𝑑
𝜀𝑚𝑎𝑥 = − = 288 𝑚𝑚 < 𝑒
2 2𝜎𝑐.𝑅𝑑 𝑙𝑦
𝑙𝑥
𝑓= − 80 𝑚𝑚 = 210 𝑚𝑚
2
2
𝑙𝑥 𝑙𝑥 2 𝑁𝑆𝑑
√
𝑙𝑐 = ( + 𝑓) ± ( + 𝑓) − (𝑒 + 𝑓) = 960𝑚𝑚 𝑜𝑢 40 𝑚𝑚
2 2 𝜎𝑐.𝑅𝑑 𝑙𝑦
𝑑 𝑡𝑓
𝑥=𝑓− + = 39,4 𝑚𝑚
2 2
𝐹𝑡.𝑆𝑑 𝑥
𝑡𝑝.𝑚𝑖𝑛 = 2 = 18,1 𝑚𝑚
√ 𝑓𝑦
( ) 𝑙𝑦
𝛾𝑎1
𝑙
𝜎𝑐.𝑅𝑑 𝑙𝑐 (𝑛 − 2𝑐 )
𝑡𝑝.𝑚𝑖𝑛 = 2 √ = 38 𝑚𝑚
𝑓𝑦
𝛾𝑎1
73 de 111
Onde:
fy: Tensão de escoamento da placa (250 MPa);
fck: Resistência do concreto (25 MPa);
γc: Coeficiente de segurança do concreto (1,4);
γn: Coeficiente de comportamento (1,4);
γa1: Coeficiente de segurança da placa (1,1);
Verificação a compressão
Adicionalmente foi feita uma verificação para a pior condições de esforço axial
de compressão, que ocorre isoladamente e tem seu valor máximo de 256,32 kN.
𝑁𝑆𝑑 𝛾𝑐 𝛾𝑛
𝐴1.𝑚𝑖𝑛 = = 203,0 𝑐𝑚2
𝑓𝑐𝑘
𝐴1 = 𝑁𝑎𝑑𝑜𝑡 𝐵𝑎𝑑𝑜𝑡 = 3364 𝑐𝑚2
𝑁𝑆𝑑
𝜎𝑆𝑑 = = 0,8 𝑀𝑃𝑎
𝑁𝑎𝑑𝑜𝑡 𝐵𝑎𝑑𝑜𝑡
2𝜎𝑆𝑑
𝑡𝑝.𝑚𝑖𝑛 = 𝑛 = 15,5 𝑚𝑚
√ 𝑓𝑦
𝛾𝑎1
10.3. Chumbadores
74 de 111
- Sobrediâmetro de 3 mm (Bellei, 2006);
- Comprimento de ancoragem mínimo de 12 d (Bellei, 2006);
- Espaçamento mínimo entre os chumbadores é de 5 d > 100 mm (190,50 cm)
(Bellei, 2006);
- Para chumbadores solicitados à tração, recomenda-se colocar duas porcas
para aumentar a resistência dos filetes de rosca (Bellei, 2006).
O parafuso escolhido foi o de 1 ½” (38,1 mm) ASTM A307 e o dimensionamento
à tração:
0,75𝐴𝑔 𝑓𝑢
𝐹𝑡.𝑅𝑑 = = 262,8 𝑘𝑁
𝛾𝑎2
Onde:
fu: Tensão última do parafuso (415 MPa);
γa2: Coeficiente de segurança do parafuso (1,35);
Ag: Área bruta do parafuso (1140 mm2).
𝐹𝑡.𝑆𝑑
𝑛= = 1,04
𝐹𝑡.𝑅𝑑
𝑛𝑎𝑑𝑜𝑡 = 2
𝐹𝑡.𝑆𝑑
𝐹𝑡.𝑆_𝑢𝑛 = = 136,8 𝑘𝑁
2
𝑉𝑆𝑑
𝐹𝑣.𝑆_𝑢𝑛 = = 9,4 𝑘𝑁
4
0,40𝐴𝑔 𝑓𝑢
𝐹𝑣.𝑅𝑑 = = 140,2 𝑘𝑁
𝛾𝑎2
𝐹𝑡.𝑆_𝑢𝑛 2 𝐹𝑣.𝑆_𝑢𝑛 2
( ) +( ) = 0,3 ≤ 1
𝐹𝑡.𝑅𝑑 𝐹𝑣.𝑅𝑑
𝐹𝑡.𝑆𝑑
𝐴𝑐𝑜𝑛𝑒 = = 995 𝑐𝑚2
0,055 𝑓𝑐𝑘
75 de 111
𝐴𝑐𝑜𝑛𝑒
𝐿𝑐 = √ = 178 𝑚𝑚
3,14
𝐿𝑐𝑚𝑖𝑛 = 12 𝜙 = 457,2 𝑚𝑚
𝐿𝑐𝑎𝑑𝑜𝑡 = 50 𝑐𝑚
76 de 111
11. LIGAÇÕES - NBR 8800 (ABNT, 2008)
a) Cisalhamento
0,40. 𝐴𝑝 . 𝑓𝑢𝑏
𝐹𝑣.𝑅𝑑 = = 15,6 𝑘𝑁 ≥ 𝐹𝑣.𝑆𝑑 = 2,4 𝑘𝑁
𝛾𝑎2
ϕ𝑐 . 𝑙𝑓 . 𝑡𝑚𝑒𝑠𝑎 . 𝑓𝑢
𝐹𝑅𝑑 = = 229 𝑘𝑁 ≥ 𝐹𝑣.𝑆𝑑 = 2,4 𝑘𝑁
𝛾𝑎2
77 de 111
11.2. Ligação Console (W 360 x 91) – Pilar (W 360 x 122)
11.2.1.Verificação da viga
78 de 111
Figura 11.4 – Esforços nas mesas e alma da viga.
𝐴𝑔 = 𝑏𝑓 . 𝑡𝑓 = 41,7 𝑐𝑚2
𝐴𝑔 . 𝑓𝑦 𝑀𝑑 𝑁𝑑
𝑁𝑡.𝑅𝑑 = = 947 𝑘𝑁 ≥ 𝑃𝑑𝑡 = + = 228 𝑘𝑁
𝛾𝑎1 𝑙 2
𝑏𝑓 𝐸
= 7,7 ≤ 0,56 √ = 16
2. 𝑡𝑓 𝑓𝑦
𝑀𝑑 𝑁𝑑
𝑁𝑐.𝑅𝑑 = 𝑁𝑡.𝑅𝑑 ≥ 𝑃𝑑𝑐 = − = 218 𝑘𝑁
𝑙 2
𝐴𝑤 = 𝑏𝑤 . 𝑡𝑤 = 30,4 𝑐𝑚2
0,6. 𝐴𝑤 . 𝑓𝑦
𝑉𝑅𝑑 = = 415 𝑘𝑁 ≥ 𝑉𝑑 = 204 𝑘𝑁
𝛾𝑎1
79 de 111
11.2.2.Verificação das soldas
a.1) Escoamento do metal base na face da fusão – tabela 8 da NBR 8800 (ABNT,
2008)
𝐴𝑀𝐵 = 𝑑𝑤_𝑚 . (2. 𝑏𝑓 − 𝑡𝑤 ) = 29,9 𝑐𝑚2
0,6 . 𝐴𝑀𝐵 . 𝑓𝑦
𝐹𝑀𝐵.𝑅𝑑 = = 408 𝑘𝑁 ≥ 𝑃𝑑𝑡 = 228 𝑘𝑁
𝛾𝑎1
𝑉𝑑 𝑘𝑁
𝑓𝑣 = = 5,1
2. 𝑏𝑤 𝑐𝑚
- força na solda da alma devida à força na solda das mesas; próximo à mesa, a
solda da alma deverá também absorver uma parcela da tensão normal na mesa dada
por:
𝑃𝑑𝑡
𝜎𝑡 = = 55 𝑀𝑃𝑎
𝑡𝑓 . 𝑏𝑓
𝑡𝑤 𝑘𝑁
𝑓𝑡 = 𝜎𝑡 = 2,6
2 𝑐𝑚
𝑘𝑁
𝑓𝑟 = √𝑓𝑣 2 + 𝑓𝑡 2 = 5,7
𝑐𝑚
80 de 111
b.1) Escoamento do metal base na face da fusão – tabela 8 da NBR 8800 (ABNT,
2008)
0,6 . 𝑑𝑤_𝑎 . 𝑓𝑦 𝑘𝑁 𝑘𝑁
𝐹𝑀𝐵.𝑅𝑑 = = 8,2 ≥ 𝑓𝑟 = 5,7
𝛾𝑎1 𝑐𝑚 𝑐𝑚
0,6 . 𝑑𝑤_𝑎 . 𝑓𝑤 𝑘𝑁 𝑘𝑁
𝐹𝑤.𝑅𝑑 = = 13 ≥ 𝑓𝑟 = 8,1
𝛾𝑤2 𝑐𝑚 𝑐𝑚
𝑦
𝑏𝑝𝑙 . 𝑦. = 2. 𝐴𝑝 . (𝑙1 − 𝑦) + 2. 𝐴𝑝 . (𝑙2 − 𝑦) + 2. 𝐴𝑝 . (𝑙3 − 𝑦)
2
𝑦 = 5,86𝑐𝑚
𝑦3
𝐼 = 𝑏𝑝𝑙 . + 2. 𝐴𝑝 . (𝑙1 − 𝑦)2 + 2. 𝐴𝑝 . (𝑙2 − 𝑦)2 + 2. 𝐴𝑝 . (𝑙3 − 𝑦)2 = 13478 𝑐𝑚4
3
𝑀𝑑 𝑁𝑑
𝐹1𝑑 = 𝐴𝑝 . (𝑙1 − 𝑦) + = 54,5 𝑘𝑁
𝐼 6
e1 = 100 mm;
e2 = 77 mm;
81 de 111
b = 30 mm;
a = 37,5 mm (menor entre 50 mm e 1,25b)
p = 3,96 cm (menor entre e1 / 2 e b + ϕ/2) + 3,96 cm (menor entre e2 e b + ϕ/2)
p = 7,92 cm
1,5 . 𝑝 . 𝑡𝑝𝑙𝑎𝑐𝑎 2 . 𝑓𝑦
𝑀𝛼 = = 72,5 𝑘𝑁. 𝑚
𝛾𝑎1
ϕ′ = ϕ + 1,6 mm = 20,7 mm
𝑝 − ϕ′
𝛿=
𝑝
𝑇 = 𝐹1𝑑
𝑇. ϕ′ − 𝑀𝛼
𝛼= = 0,75
𝛿 𝑀𝛼
Como 0 < α < 1, existirá efeito alavanca, sendo o efeito adicional de tração no
parafuso dado por:
ϕ
𝑎′ = 𝑎 + = 4,71 𝑐𝑚
2
ϕ
𝑏 ′ = 𝑏 − = 2,05 𝑐𝑚
2
′
𝑇. b − 𝑀𝛼
𝑄= = 8,3 𝑘𝑁
𝑎′
𝑇𝑅 = 𝑇 + 𝑄 = 63 𝑘𝑁
𝑇𝑅
𝑉𝑆𝑑 = 1,5 . = 93,7 𝑀𝑃𝑎
𝑝 . 𝑡𝑝𝑙𝑎𝑐𝑎
𝑓𝑦
𝑉𝑅𝑑 = 0,6 . = 136,4 𝑀𝑃𝑎
𝛾𝑎1
82 de 111
c) Verificação dos Parafusos
0,75. 𝐴𝑝 . 𝑓𝑢𝑏
𝐹𝑡.𝑅𝑑 = = 131 𝑘𝑁 ≥ 𝑇𝑅 = 63 𝑘𝑁
𝛾𝑎2
𝐴𝑝 . 𝑓𝑢𝑏
𝐹𝑡𝑐.𝑅𝑑 = − 1,90 𝐹𝑣.𝑆𝑑 = 110,5 𝑘𝑁 ≥ 𝑇𝑅 = 63 𝑘𝑁
𝛾𝑎2
c.3) Cisalhamento
0,40. 𝐴𝑝 . 𝑓𝑢𝑏
𝐹𝑣.𝑅𝑑 = = 70 𝑘𝑁 ≥ 𝐹𝑣.𝑆𝑑 = 34 𝑘𝑁
𝛾𝑎2
ϕ𝑐 = 1
ϕ′
𝑙𝑓 = 2. 𝑏 + 𝑡𝑓 − 2 = 55,7 𝑚𝑚
2
ϕ . 𝑙𝑓 . 𝑡𝑝𝑙𝑎𝑐𝑎 . 𝑓𝑢
𝐹𝑅𝑑 = 𝑐 = 210 𝑘𝑁 ≥ 𝐹𝑣.𝑆𝑑 = 34 𝑘𝑁
𝛾𝑎2
ϕ′
𝑙𝑓 = 𝑎 − = 27,2 𝑚𝑚
2
ϕ . 𝑙𝑓 . 𝑡𝑝𝑙𝑎𝑐𝑎 . 𝑓𝑢
𝐹𝑅𝑑 = 𝑐 = 102 𝑘𝑁 ≥ 𝐹𝑣.𝑆𝑑 = 34 𝑘𝑁
𝛾𝑎2
a) Mesa comprimida
83 de 111
𝑘 = 𝑡𝑓 + 𝑟 = 37,5 𝑚𝑚
𝑑 = 363 𝑚𝑚
1,5
0,66. 𝑡𝑝𝑙𝑎𝑐𝑎 2 𝑡𝑝𝑙𝑎𝑐𝑎 𝑡𝑤 𝐸 . 𝑓𝑦 . 𝑡𝑓
𝐹𝑅𝑑 = . (1 + 3. ( ).( ) ).√ = 971 𝑘𝑁 ≥ 𝑃𝑑𝑐 = 218 𝑘𝑁
𝛾𝑎1 𝑑 𝑡𝑓 𝑡𝑤
b) Mesa tracionada
6,25. 𝑡𝑓 2 . 𝑓𝑦
𝐹𝑅𝑑 = = 669 𝑘𝑁 ≥ 𝑃𝑑𝑡 = 228 𝑘𝑁
𝛾𝑎1
e1 = 116,4 mm;
e2 = 500 mm;
b = 43,5 mm;
a = 54,4 mm (menor entre 77 mm e 1,25b)
p = 5,31 cm (menor entre e1 / 2 e b + ϕ/2) + 3,96 cm (menor entre e2 e b + ϕ/2)
p = 10,61 cm
1,5 . 𝑝 . 𝑡𝑓 2 . 𝑓𝑦
𝑀𝛼 = = 283,9 𝑘𝑁. 𝑐𝑚
𝛾𝑎1
𝑀 = 𝑇𝑅 . 𝑏 = 273,1 𝑘𝑁. 𝑐𝑚
84 de 111
O esforço solicitante de tração é, considerando dois parafusos solicitando a faixa
de alma de largura “p” à tração:
𝐴𝑔 = 𝑝. 𝑡𝑤 = 13,8 𝑐𝑚2
𝐴𝑔 . 𝑓𝑦
𝑁𝑡.𝑅𝑑 = = 314 𝑘𝑁 ≥ 2𝑇𝑅 = 126 𝑘𝑁
𝛾𝑎1
𝑏𝑤 = 𝑑 − 2𝑡𝑓 = 320 𝑚𝑚
𝑎
𝑃𝑎𝑟𝑎 > 3, 𝑘𝑣 = 5
ℎ
𝑏𝑤
𝜆= = 24,6
𝑡𝑤
𝐾𝑣 𝐸
𝜆𝑝 = 1,1 √ = 69,6
𝑓𝑦
0,6. 𝑏𝑤 . 𝑡𝑤 . 𝑓𝑦
𝑉𝑅𝑑 = = 567 𝑘𝑁 ≥ 𝑉𝑆𝑑 = 𝑃𝑑𝑡 = 228 𝑘𝑁
𝛾𝑎1
Nessa ligação o perfil da viga é aparafusado a uma chapa lateral que é soldada
à alma do perfil do pilar. Há transmissão de esforço axial e esforço cortante.
A ligação possui as seguintes característica:
• Material da chapa: Aço ASTM A-36, fy = 250 MPa, fu = 400 MPa, γa1 = 1,1;
• Cantoneira L76,2x76,2x6,3; b = 76,2 mm, t = 6,3 mm;
• Eletrodo de solda: E70XX, fw = 415 MPa, γw2 = 1,35;
• Parafuso: ASTM A-307 ϕ = 1/2” = 12,7mm, n = 3; fub =415 MPa, γa2 = 1,35;
85 de 111
• Ndc = 5,3 kN Vd = 0,5 kN (valores para cada lado).
t = 6,3 mm
Valor mínimo recomendado: 𝑑𝑤_𝑚𝑖𝑛 = 3 𝑚𝑚
Valor mínimo recomendado: 𝑑𝑤_𝑚á𝑥 = 𝑡 − 1,5 𝑚𝑚 = 5 𝑚𝑚
Valor adotado: 𝑑𝑤 = 5 𝑚𝑚
Garganta efetiva: 𝑎 = 0,707. 𝑑𝑤 = 3,5 𝑚𝑚
𝐼𝑤1 = 66 𝑚𝑚 ; 𝑥𝑔1 = 33 𝑚𝑚
𝐼𝑤2 = 140 𝑚𝑚 ; 𝑥𝑔2 = 0 𝑚𝑚
b.2) Áreas
86 de 111
b.3) Momento de inércia unitário
𝐼𝑤2 3 𝐼𝑤1
𝐼′𝑥 = +2 ( + 𝐼𝑤1 . (7 𝑐𝑚)2 ) = 877 𝑐𝑚3
12 12
𝐼𝑤2 2
𝐼𝑤1 3
𝐼′𝑦 = + 𝐼𝑤2 . 𝑥𝑔 + 2 ( + 𝐼𝑤1 . (𝑥𝑔1 − 𝑥𝑔 )2 ) = 123 𝑐𝑚3
12 12
𝑉𝑑 𝑁𝑑𝑐
𝑓𝑣 = = 0,5 𝑀𝑃𝑎, 𝑓𝑑𝑐 = = 5,5 𝑀𝑃𝑎
𝐴𝑤 𝐴𝑤
𝑥 = (𝐼𝑤1 − 𝑥𝑔 ), 𝑦 = 7 𝑐𝑚
𝑟 = √𝑥 2 + 𝑦 2 = 8,6 𝑐𝑚
𝑉𝑑 . (𝑏 − 𝑥𝑔 )
𝑓𝑀 = . 𝑟 = 0,73 𝑀𝑃𝑎
𝐼𝑝
𝑦 𝑥
𝑓𝑀𝑥 = 𝑓𝑀 = 0,6 𝑀𝑃𝑎, 𝑓𝑀𝑦 = 𝑓𝑀 = 0,43 𝑀𝑃𝑎
𝑟 𝑟
2
𝑓𝑤 = √(𝑓𝑀𝑥 + 𝑓𝑡 )2 + (𝑓𝑀𝑦 + 𝑓𝑣 ) = 6,2 𝑀𝑃𝑎
d.1) Escoamento do metal base na face da fusão – tabela 8 da NBR 8800 (ABNT,
2008)
87 de 111
0,6 . 𝑑𝑤 . 𝑓𝑦
𝑓𝑀𝐵.𝑅𝑑 = = 136,4 𝑀𝑃𝑎 ≥ 𝑓𝑀𝐵 = 4,4 𝑀𝑃𝑎
𝛾𝑎1
d.2) Verificação da ruptura da solda na seção efetiva - tabela 8 da NBR 8800
(ABNT, 2008)
0,6 . 𝑑𝑤 . 𝑓𝑤
𝑓𝑤.𝑅𝑑 = = 184,4 𝑀𝑃𝑎 ≥ 𝑓𝑤 = 6,2 𝑀𝑃𝑎
𝛾𝑤2
a) Força de cisalhamento
𝑉𝑑
𝐹𝑣𝑐 = = 0,2 𝑘𝑁
𝑛
𝑀2
𝐹𝑣𝑀 = = 0,2 𝑘𝑁
𝑧
𝑧 = 9 𝑐𝑚
𝑀2 = 𝑉𝑑 . 𝑒2 = 0,02 𝑘𝑁. 𝑚
(𝑏 − 𝑡) 𝑡𝑤
𝑒2 = +𝑡+ = 4,4 𝑐𝑚
2 2
𝑡𝑤 = 5,8 𝑚𝑚
b) Força de tração
b.1) Cálculo da linha neutra e momento de inercia da seção composta
𝑦
𝑏. 𝑦. = 2. 𝐴𝑝 . (𝑙1 − 𝑦) + 2. 𝐴𝑝 . (𝑙2 − 𝑦) + 2. 𝐴𝑝 . (𝑙3 − 𝑦)
2
𝑦 = 2,19𝑐𝑚
3
𝑦
𝐼 = 𝑏. + 2. 𝐴𝑝 . (𝑙1 − 𝑦)2 + 2. 𝐴𝑝 . (𝑙2 − 𝑦)2 + 2. 𝐴𝑝 . (𝑙3 − 𝑦)2 = 166 𝑐𝑚4
3
𝑀 𝑁𝑑
𝐹1𝑑 = 𝐴𝑝 . (𝑙1 − 𝑦) + = 2 𝑘𝑁
𝐼 𝑛
88 de 111
c) Resistência de cálculo dos parafusos
c.1) Tração pura – item 6.3.3.1 da NBR 8800 (ABNT, 2008)
0,75. 𝐴𝑝 . 𝑓𝑢𝑏
𝐹𝑡.𝑅𝑑 = = 29,3 𝑘𝑁 ≥ 𝐹1𝑑 = 2 𝑘𝑁
𝛾𝑎2
𝐴𝑝 . 𝑓𝑢𝑏
𝐹𝑡𝑐.𝑅𝑑 = − 1,90 𝐹𝑣.𝑆𝑑 = 38,5 𝑘𝑁 ≥ 𝐹1𝑑 = 2 𝑘𝑁
𝛾𝑎2
c.3) Cisalhamento
0,40. 𝐴𝑝 . 𝑓𝑢𝑏
𝐹𝑣.𝑅𝑑 = = 15,6 𝑘𝑁 ≥ 𝐹𝑣.𝑆𝑑 = 0,3 𝑘𝑁
𝛾𝑎2
ϕ𝑐 = 1
2
𝑙𝑓 = 45 𝑚𝑚 − (ϕ + 1,6 mm) = 30,7 𝑚𝑚
2
ϕ . 𝑙𝑓 . 𝑡. 𝑓𝑢
𝐹𝑅𝑑 = 𝑐 = 57 𝑘𝑁 ≥ 𝐹𝑣𝑐 = 0,2 𝑘𝑁
𝛾𝑎2
𝐴𝑔 . 𝑓𝑦
𝑁𝑡.𝑅𝑑 = = 200,5 𝑘𝑁 ≥ Vd = 0,5 kN
𝛾𝑎1
𝐴𝑔 = 8,8 𝑐𝑚2
89 de 111
d.2) Estado limite de ruptura da seção líquida
𝐴𝑒 . 𝑓𝑢
𝑁𝑡.𝑅𝑑 = = 138,4 𝑘𝑁 ≥ Vd = 0,5 kN
𝛾𝑎2
𝐴𝑔 = 𝐶𝑡 . 𝐴𝑛 = 4,7 𝑐𝑚2
2,13
𝐶𝑡 = 1 − = 0,76
9
𝐴𝑛 = 𝑡 (14 − 3 . (𝜙 + 1,6 𝑚𝑚) = 6,1 𝑐𝑚2
Figura 11.7 – Ligação tirante – pilar. (a) vista de corte, (b) vista de topo.
90 de 111
12. LIGAÇÕES - NBR 14762 (ABNT, 2010)
As ligações entre perfis formados a frio e entre esses e perfis laminados serão
verificadas conforme a norma NBR 14762 (ABNT, 2010). A espessura da parte mais
fina não deve ultrapassar 4,75mm.
12.1.1.Parafusos
Dimensões do furo:
Espaçamentos mínimo:
Espaçamento máximo:
𝑡. 𝑒. 𝑓𝑢
𝐹𝑅𝑑 = (𝛾 = 1,45)
𝛾
onde
fu: resistência à ruptura do aço (metal-base);
t: espessura do elemento analisado;
e: distância, na direção da força, do centro do furo à extremidade do elemento
conectado;
91 de 111
Pressão de contato (esmagamento):
𝛼𝑒 . 𝑑. 𝑡. 𝑓𝑢
𝐹𝑅𝑑 = (𝛾 = 1,55)
𝛾
onde
d: diâmetro nominal do parafuso;
αe: igual a 0,183t + 1,53, com t em mm;
0,75. 𝐴𝑏 . 𝑓𝑢𝑏
𝐹𝑣,𝑅𝑑 = (𝛾 = 1,35)
𝛾
Onde
Ab: área bruta da seção transversal do parafuso;
fub: resistência à ruptura do parafuso na tração;
0,4. 𝐴𝑏 . 𝑓𝑢𝑏
𝐹𝑣,𝑅𝑑 = (𝛾 = 1,35)
𝛾
2 2
𝐹𝑡,𝑆𝑑 𝐹𝑣,𝑆𝑑
( ) +( ) ≤1
𝐹𝑡,𝑅𝑑 𝐹𝑣,𝑅𝑑
onde
Ft,Sd: força de tração solicitante de cálculo no parafuso;
Fv,Sd: força de cisalhamento solicitante de cálculo no parafuso;
Ft,Rd: força de tração resistente de cálculo do parafuso;
Fv,Rd: força de cisalhamento resistente de cálculo do parafuso.
92 de 111
Colapso por rasgamento:
Onde
Agv: área bruta sujeita ao cisalhamento da parte suscetível ao rasgamento;
Anv: área líquida sujeita ao cisalhamento da parte suscetível ao rasgamento;
Ant: área líquida sujeita à tração da parte suscetível ao colapso por rasgamento;
12.1.2.Soldas de filete
𝐿 0,75. 𝑡. 𝐿. 𝑓𝑢
𝑃𝑎𝑟𝑎 > 25, 𝐹𝑅𝑑 = (𝛾 = 2,0)
𝑡 𝛾
Onde
L: comprimento do filete de solda;
t: menor espessura dos elementos soldados;
𝑡. 𝐿. 𝑓𝑢
𝐹𝑅𝑑 = (𝛾 = 1,55)
𝛾
0,75. 𝑡𝑒𝑓 . 𝐿. 𝑓𝑤
𝐹𝑅𝑑 = (𝛾 = 1,65)
𝛾
Onde
fw: resistência à ruptura da solda;
tef: garganta efetiva da solda de filete, considerada como 0,7 w;
w: perna da solda;
93 de 111
12.2. Dimensionamento das ligações
Tabela 12-1 – Verificações da ligação das barras da treliça com as chapas gousset
Espaçamento Emín (mm) Emáx (mm)
Adotado = 90 mm 25,4 116,2
Verificação FRd (kN) FSd (kN)
Rasgamento entre furo e borda 74,5 39,6
Pressão de contato (esmagamento) 40,9 40,9
Força de cisalhamento no parafuso 123,9 40,9
Colapso por rasgamento (1) 42,6 39,6
Colapso por rasgamento (2) 51,8 39,6
94 de 111
12.2.2.Chapas gousset com banzos e pilares
Para as ligações das chapas dos banzos superiores com os pilares, considerou-
se que as soldas devem resistir à uma solicitação paralela de 79,1 kN e uma normal de
3,9 kN, equivalente ao maior esforço axial de tração (79,2 kN) atuando no banzo
superior inclinado 2,85º. Serão utilizadas 2 chapas (uma de cada lado).
95 de 111
Tabela 12-3 – Verificações da ligação das chapas gousset superiores com os pilares
Verificação FRd (kN) FSd (kN)
Estado-limite último de ruptura do metal-
45 1,9
base (solicitação paralela ao eixo)
Estado-limite último de ruptura do metal-
77,4 39,6
base (solicitação normal ao eixo)
Estado-limite último de ruptura da solda 46,3 32,7
Para as ligações das chapas dos banzos inferiores com os pilares, considerou-
se que as soldas devem resistir à uma solicitação paralela de 32,6 kN e uma normal de
39,6 kN. Para a obtenção dessas solicitações considerou-se a componente vertical da
diagonal em sua compressão máxima (81,7 kN) e a componente horizontal do esforço
axial de tração do banzo inferior, de 32,6 kN.
Tabela 12-4 – Verificações da ligação das chapas gousset inferiores com os pilares
Verificação FRd (kN) FSd (kN)
Estado-limite último de ruptura do metal-
189 39,6
base (solicitação paralela ao eixo)
Estado-limite último de ruptura do metal-
325,2 311,5
base (solicitação normal ao eixo)
Estado-limite último de ruptura da solda 194,4 51,3
96 de 111
ℎ
𝐹𝐻 . 𝑒 𝐹𝑉 . 2
𝐹𝐻,𝑆𝑑 = 𝐹𝐻 + ( + ).𝐿
𝑊 𝑊
𝐹𝑤,𝑆𝑑 = √𝐹𝐻 2 + 𝐹𝑉 2
𝑑2
𝑊=
3
97 de 111
Tabela 12-6 – Verificações da ligação das mãos francesas
Espaçamento Emín (mm) Emáx (mm)
Adotado = 110 mm 12,7 116,2
Verificação FRd (kN) FSd (kN)
Rasgamento entre furo e borda 91,0 3,3
Pressão de contato (esmagamento) 20,4 3,5
Força de tração no parafuso 58,1 3,3
Força de cisalhamento no parafuso 31,0 3,5
Colapso por rasgamento (1) 52,7 3,3
Colapso por rasgamento (2) 67,9 3,3
12.2.5.Terças e travessas
98 de 111
12.2.6.“Correntes” e contraventamentos horizontais
99 de 111
13. LISTA DE MATERIAIS
100 de 111
Tabela 13-2 – Lista de perfis estruturais - 2
Perfil "U" - 150x75x3,00 - #11 (Perfil "U") 12 1,100 7,51
90,12
Perfil "U" - 150x75x3,00 - #11 (Perfil "U") 12 2,441 16,68
200,16
Perfil "U" - 150x75x3,00 - #11 (Perfil "U") 12 2,385 16,29
195,48
Perfil "U" - 150x75x3,00 - #11 (Perfil "U") 20 1,697 11,59
231,8
Perfil "U" - 150x75x3,00 - #11 (Perfil "U") 20 1,980 13,52
270,4
Subtotal 1574,1
Perfil "U" - 150x75x6,30 - #03 (Perfil "U") 12 2,332 32,19
386,28
Perfil "U" - 150x75x6,30 - #03 (Perfil "U") 12 2,283 31,51
378,12
Perfil "U" - 150x75x6,30 - #03 (Perfil "U") 12 5,000 69,01
828,12
Perfil "U" - 150x75x6,30 - #03 (Perfil "U") 6 10,000 138,03 828,18
Subtotal 2420,7
Perfil "U" - 150x75x8,00 - #02 (Perfil "U") 12 10,012 171,95 2063,4
Subtotal 2063,4
Perfil "Ue" - 200x75x25x3,00 - #11
130 6,000 53,71
(Perfil "Ue") 6982,3
Subtotal 6982,3
Total PFF 13040,5
Total
estrutura 40939,85
Contraventamentos 3%
Vigas de travamento 8%
Terças/Travessas 17%
Treliças 15%
Pilares 43%
101 de 111
A relação entre massa dos elementos estruturais e área é igual a:
𝑀 40.940 𝑘𝑔 𝑘𝑔
= 2
= 68,23 2
𝐴 600 𝑚 𝑚
Segundo BELLEI (1998), o galpão pode ser classificado como médio, com a
relação kg/m2 compreendida entre 60 e 120.
102 de 111
Tabela 13-5 – Lista de elementos das ligações segundo NBR 8800 (ABNT, 2008)
Ligação Qt. ligações Qt. Por ligação Qt. Total
Viga de rolamento - console
Parafusos ½” ASTM A307 10 4 40
Porcas ½” ASTM A307 10 4 40
Arruelas ½” ASTM A307 10 4 40
Console - pilar
Chapa de extremidade
12 1 12
254 x 440 x 12,7 ASTM A-36
Parafusos ¾ ” ASTM A307 12 6 72
Porcas ¾ ” ASTM A307 12 6 72
Arruelas ¾ ” ASTM A307 12 6 72
Solda de filete E70XX fábrica 12 0,899 m 10,788 m
Viga de travamento - Pilar
Cantoneira L76,2x76,2x6,3 ASTM A36 20 4 80
Parafusos ½” ASTM A307 20 12 240
Porcas ½” ASTM A307 20 12 240
Arruelas ½” ASTM A307 20 12 240
Solda de filete E70XX fábrica 20 0,153 m 3,060 m
Tirante - pilar
Porcas 5/8” ASTM A307 32 2 64
Arruelas 5/8” ASTM A307 32 1 32
Solda de filete E70XX fábrica 32 0,150 m 4,8 m
“Corrente” perfil
Chapa de extremidade
20 1 40
80 x 80 x 6,3 ASTM A-36
Parafusos 1/2” ASTM A307 20 2 40
103 de 111
Tabela 13-6 – Lista de elementos das ligações segundo NBR 8800 (ABNT, 2008)
Ligação Qt. peças Qt. por peça Qt. Total
Barras da viga treliçada - chapas gousset
Parafusos 1” ASTM A307 6 84 504
Porcas 1” ASTM A307 6 84 504
Arruelas 1” ASTM A307 6 84 504
Chapas gousset - banzos e pilares
Chapas gousset 6,3 mm formas variadas 6 44 264
Solda de filete E70XX fábrica dw = 3 mm 6 5,780 m 34,680 m
Banzos - Chapas de emenda
Chapa 360x150x6,3 ASTM A36 6 4 24
Chapa 360x75x6,3 ASTM A36 6 8 48
Parafusos 3/4” ASTM A307 6 24 144
Mãos francesas
Chapa 220x75x6,3 ASTM A36 40 2 80
Parafusos 1/2” ASTM A307 40 2 80
Terças e travessas
Cantoneira L100x100x6,3 – 150 mm ASTM A36 - - 104
Cantoneira L100x100x6,3 – 100 mm ASTM A36 - - 52
Parafusos 1/2” ASTM A307 130 2 260
“Correntes” e contraventamentos
Parafusos 1/2” ASTM A307 187 2 374
104 de 111
14. CONSIDERAÇÕES FINAIS
14.1. Conclusão
105 de 111
preconizado pelas normas técnicas brasileiras, além de tecnicamente viável e
preliminarmente mais econômica.
106 de 111
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
FISHER, J. M., 1993, Industrial Buildings, Roofs to Column Achorage. Steel Design
Guide Series, 7. Chicago, American Institute of Steel Construction (AISC).
FISHER, J. M., KLOIBER, L.A., 2006, Base plate and anchor rod design. 2nd ed. Steel
Design Guide Series, 1. Chicago, American Institute of Steel Construction (AISC).
107 de 111
INSTITUTO BRASILEIRO DE SIDERURGIA/CENTRO BRASILEIRO DA
CONSTRUÇÃO EM AÇO (CBCA), 2004, Galpões para usos gerais. 3a ed. Rio de
Janeiro.
KULAK, G.L., FISHER, J.W., STRUIK, J.H., 2001, Guide to Design Criteria for Bolted
and Riveted Joints. 2nd ed. Chicago, IL, American Institute of Steel Construction
(AISC).
PFEIL, W., PFEIL, M. 2009, Estruturas de Aço. 8a ed. Rio de Janeiro, LTC.
PIMENTA, R. J., ARAÚJO, A. M., SARMANHO, A. C., et al., 2010, “Ligações de apoio
de pilares em perfil tubular.” Congresso Latino-Americano da Construção Metálica,
p.1-17, São Paulo, 2010. Disponível em:
<http://www.construmetal.com.br/2010/downloads/contribuicoes-tecnicas/15-ligacoes-
de-apoio-de-pilares-em-perfil-tubular.pdf>. Acesso em: 08 ago. 2012.
108 de 111
ANEXOS – DESENHOS TÉCNICOS
109 de 111
A B 1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 5 6
30000
DET D 30000
U150X75X8 3° DET A DET H 6000 6000 6000 6000 6000 6000 6000 6000 6000 6000
2002 DET F DET J
CH3X75
45°
35°
29°
33°
31°
37°
DET G CH3X75
1850
1850
Ue200X75X25X3 L64X5
2017 2000 2000 2000 2000
U150X75X6.3 U150X75X8 CH13X305
DET B U150X75X3
3747
U150X75X3 U150X75X6.3 U150X75X3
2000
2000
171
W410X85 DET C BARRA.RED.16
DET I U150X75X6.3 DET K
DET E
W360X91 3000
2000
2000
12000
3050
2000
2000
BARRA.RED.16
8694
8100
2000
2000
DET L DET M
W360X122
1800
1800
223
+0 20000 +0 +0
223
ELEVAÇÃO TÍPICA - EIXOS 1,2,3,4,5,6 ELEVAÇÃO TÍPICA - MÃOS FRANCESAS ELEVAÇÃO - EIXOS A, B
1:100 1:100 1:100
1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 5 6 1 2 3 4 5 6
6000 6000 6000 6000 6000 6000 6000 6000 6000 6000 6000 6000 6000 6000 6000
B B B
Tipo I Tipo I Tipo I Tipo I Tipo I Tipo I
VIGA DE ROLAMENTO
BARRA.RED.16
DET O
20000
20000
20000
L64X5
3050 DET P
BARRA.RED.16
3000
VIGA DE ROLAMENTO
Tipo I Tipo I Tipo I Tipo I Tipo I Tipo I
A A A
352
Ue200X75X25X3
Ue200X75X25X3
PLANTA - PLANO DAS BASES PLANTA - PLANO DAS VIGAS DE ROLAMENTO PLANTA - PLANO DA COBERTURA
1:100 1:100 1:100
A
PROPRIETÁRIO: ESCOLA POLITÉCNICA - UFRJ
5 1*M25x57
5
125
233
98
90
132,5
A
119
156,5
65,5
5
156,5 17,5 98,5
37,
362,5
1*M25x57
299,5
1*M13x32
198,5
1*M25x57 91, 1*M25x57 90
125
5
1*M25x57
62,5 37,5
1*M25x57 5
90
5 1*M13x32
40
61,5
113,5
118,5
40
292
40
37,5
170
129,5
5
40
65,5
L100X100X10
37,
5
187
37,
5
37
37°
1*M25x57
37,5
12
1*M13x32
,5
50
62,5
1*M25x57
37,5 125 360 200 105
40 70
5
A
90 90 90
50 50 431
37,5
37,5
76,5 5 177
81
CH13 62,5
6
81
5 5 5 1*M25x57 267
Chapa
254x440x12.7 254
77
6 6
50
Viga
30
W 360 x 91.0
76
5
C
6 6 W360X122 5
440
6 6
6*M13x38
6*M13x38 W200X26.6
5 L76.2X76.2X6.3 35
234
153,5
Viga
5 L100X100X10 5
W 360 x 91.0
45 25
95
(6)
3/4"x3", Tipo 1, ASTM A325T
5 W360X122 1*M13x32 W360X122
3/4", ASTM A563, C 6
5 5
140
2 3/4", ASTM F436, Tipo 1 W360X122 6
25 45
L100X100X10
1*M19x100
6
9,5
10
5 5 5
82
5 ,5 1*M13x32
Pilar Pilar
Ue200X75X25X3 Ue200X75X25X3
W 360 x 122.0 W 360 x 122.0 W200X26.6 20
6
B
Chapa frontal da viga W 360 x 91.0 C5 5 5
1*M13x32
(e = 12.7 mm)
A 6 5 6
DETALHE I CORTE B B DETALHE J CORTE C C DETALHE K DETALHE L DETALHE M
1:15 1:15 1:10 1:10 1:10 1:10 1:10
15 15
Concreto de 6000
CH6X80
DD D
40
D
500
8 100
W410X85
PROPRIETÁRIO: ESCOLA POLITÉCNICA - UFRJ
8 100
CH8X85 DET N
CH8X85
10
1 2 2
VISTA FRONTAL DA BASE ANCORAGEM DOS CHUMBADORES ELEVAÇÃO TÍPICA - VIGA DE ROLAMENTO DETALHE N RESPOSÁVEL TÉCNICO: SILVIA CORBANI
1:15 1:15 1:50 1:10
NOTAS:
E Medidas em milimetros.
Parafusos de ancoragem Estrutura em aço ASTM A36.
1*M16x38
Eletrodos E-70XX. De acordo com AWS D1.1/92.
4 ∅ 38.1
10
O concreto da base deverá ter fck > 60 MPa.
80
1*M13x100
1*M19x100
F
399,5
1*M19x100
420
580
8 100
8 100
64
1*M16x38 1*M16x38
1*M13x100 1*M19x100
80
10
1*M16x38
1*M16x38
76 64 40 1*M13x100 TÍTULO: GALPÃO INDUSTRIAL COM PONTE ROLANTE FOLHA:
E F
80 420 80 Placa base
580x580x38
102
580
89
1*M13x100 1*M13x100
CORTE D D DETALHE O CORTE E E DETALHE P CORTE F F
CONTEÚDO: DESENHOS - DETALHES
02 / 02
1:15 1:10 1:10 1:10 1:10
ANEXO - PÁGINA 111 DO RELATÓRIO
Tekla Structures