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FUNDAÇÃO UNIVERSIDADE FEDERAL DE RONDÔNIA

NÚCLEO DE TECNOLOGIA
DEPARTAMENTO DE ENGENHARIA CIVIL - DECIV

EDGAR ALFAIA PEREIRA

ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE OS SISTEMAS CONSTRUTIVOS LIGHT


STEEL FRAMING E PAREDE MONOLÍTICA DE CONCRETO PARA
HABITAÇÕES POPULARES EM PORTO VELHO/RO

PORTO VELHO/RO
2017
EDGAR ALFAIA PEREIRA

ANÁLISE COMPARATIVA ENTRE OS SISTEMAS CONSTRUTIVOS LIGHT


STEEL FRAMING E PAREDE MONOLÍTICA DE CONCRETO PARA
HABITAÇÕES POPULARES EM PORTO VELHO/RO

Trabalho de Conclusão de Curso


apresentado ao Departamento de
Engenharia Civil da Fundação
Universidade Federal de Rondônia
como requisito para obtenção do
título de Graduação do Curso de
Engenharia Civil da Universidade
Federal de Rondônia.

Orientador (a): Msc. Lívia Maria


Palácio Ribeiro.

PORTO VELHO/RO
2017
Dados Internacionais de Catalogação na Publicação
Fundação Universidade Federal de Rondônia
Gerada automaticamente mediante informações fornecidas pelo(a) autor(a)
________________________________________________________________________

P436a Pereira, Edgar Alfaia.

Análise Comparativa entre os Sistemas Construtivos Light Steel Framing e


Parede Monolítica de Concreto para habitações populares em Porto Velho /
Edgar Alfaia Pereira. -- Porto Velho, RO, 2017.
82 f. : il.
Orientador(a): Prof.ª Ma. Lívia Maria Palácio Ribeiro

Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação em Engenharia Civil) -


Fundação Universidade Federal de Rondônia
1. Comparação . 2. Déficit Habitacional . 3. Light Steel Framing . 4.
Parede Monolítica de Concreto . 5. Orçamento . I. Ribeiro, Lívia Maria Palácio.
II. Título.
CDU 624.01
________________________________________________________________________
AGRADECIMENTOS

Aos meus pais, Ocelandia e Lourival, pelo eterno apoio e força para
fornecer a melhor educação possível para mim e meus irmãos. Agradeço pela
paciência, maturidade, honestidade e cuidado, características marcantes para a
minha formação como cidadão e filho.

Aos meus irmãos, Rafael e Renato, meus eternos mentores, do qual


espelho toda diligência e bondade para com a sociedade.

Aos meus amigos de infância, Guilherme, Kaiser, Ana Carolina, e os de


Faculdade Indira e Thamara, e a minha namorada Geísa, que me
acompanharam desde do início dessa jornada no curso de Engenhar Civil.
Transmitindo a energia positiva necessária para a realização deste sonho.

E, obviamente, aos grandes mestres do curso de Engenharia Civil da


Universidade Federal de Rondônia, em especial a minha orientadora, Lívia Maria
Palácio Ribeiro, pelo grande incentivo e engrandecimento para o
desenvolvimento desse trabalho.
“Porque a todos é concedido ver, mas a poucos é dado
perceber. Todos veem o que tu aparenta ser, poucos
percebem aquilo que tu és”.
Nicolau Maquiavel.
PEREIRA, E.A. Análise comparativa entre os sistemas construtivos Light
Steel Framing e Parede Monolítica de Concreto para habitações populares
em Porto Velho/RO. 2017. 82 p. Trabalho de conclusão de Curso (Graduação
em Engenharia Civil) – Fundação Universidade Federal de Rondônia, Porto
Velho, RO, 2017.

RESUMO

O presente trabalho apresenta estudo para os sistemas construtivos em Light


Steel Framing e Parede Monolítica de Concreto e sua utilização em moradias de
padrão popular. O desenvolvimento da pesquisa iniciou com o grave problema
social recorrente nas cidades brasileiras, o déficit habitacional. Diante da
necessidade da utilização de sistemas construtivos mais eficazes e
economicamente mais viáveis, ocorreu o estudo de dois sistemas inovadores –
Light Steel Framing e Parede Monolítica de Concreto. Após a análise e
caracterização destes, pode-se observar as suas vantagens para utilização em
moradias populares do Programa Minha Casa Minha Vida. Assim, foi elaborado
um projeto arquitetônico de uma casa de padrão popular seguindo as
descriminações do Ministério da Cidade e Leis do Munícipio de Porto Velho. Com
a realização do projeto, foi elaborado um orçamento físico-financeiro de ambos
os sistemas para a comparação quanto aos seus custos e tempo construtivo.
Diante da análise, verificou-se a possibilidade de utilização dos dois sistemas e
a vantagem financeira e temporal do Light Steel Framing. Dessa maneira, tanto
o Governo Federal quanto a Prefeitura de Porto Velho, devem incentivar a
utilização de novas tecnologias para construção de unidades habitacional para
colaborar na redução do déficit habitacional.

Palavras-chaves: Comparação, déficit habitacional, Light Steel Framing,


Parede Monolítica de Concreto, casa popular, orçamento.
PEREIRA, E. A. Comparative analysis between the Light Steel Framing and
the Monolithic Concrete Wall construction systems for public housing in
Porto Velho/RO. 2017. 82 p. Final Course Assignment (Bachelor of Civil
Engineering) – Fundação Universidade Federal de Rondônia, Porto Velho, RO,
2017.

ABSTRACT

This study presents the Light Steel Framing and the Monolithic Concrete Wall
construction systems and their use in public housing. The development of this
research began with a recurring and significant social issue in Brazilian cities, the
housing shortage. In the face of the need of the utilisation of more efficient and
economically viable construction systems, the study of two innovative systems
occurred – Light Steel Framing and Monolithic Concrete Wall. After their analysis
and characterisation, the advantages of utilising such systems in public housing
for the Minha Casa Minha Vida Programme could be observed. Thus, the
architectural project of an affordable home was designed, following the
requirements of the Ministry of Cities and the municipal laws of Porto Velho. Once
the project was completed, a physical-financial timetable for both systems was
elaborated for the comparison in respect of their costs and construction time.
After the analysis, the possibility of using both systems and the financial and
temporal advantages of Light Steel Framing were observed. Therefore, the
Federal Government, as well as the Porto Velho City Hall, must encourage the
use of innovative technologies for public housing construction to contribute to the
decrease in housing shortage.

Keywords: Comparison. Housing shortage. Light Steel Framing. Monlithic


Concrete Wall. Public housing. Budget.
LISTA DE FIGURAS

Figura 1: Contraventamento em forma de X .................................................... 22


Figura 2: Desenho esquemático de um painel estrutural ................................. 23
Figura 3: Desenho esquemático do painel não estrutural com abertura. ......... 24
Figura 4: Placas cimentícia .............................................................................. 29
Figura 5: Painéis de OSB ................................................................................. 30
Figura 6: Casa de parede de concreto ............................................................. 33
Figura 7: Carga concentrada ............................................................................ 35
Figura 8: Dimensionamento em locais com aberturas ..................................... 36
Figura 9: Sequência de atividades ................................................................... 46
Figura 10: Planta de layout............................................................................... 48
Figura 11: Planta baixa .................................................................................... 49
Figura 12: Planta com cortes............................................................................ 50
Figura 13: Corte A - A ...................................................................................... 51
Figura 14: Corte B - B ...................................................................................... 51
Figura 15: Planta de cobertura ......................................................................... 52
Figura 16: Fachada - SUL ................................................................................ 53
Figura 17: Fachada - LESTE ............................................................................ 53
Figura 18: Fachada - NORTE........................................................................... 54
Figura 19: Fachada - OESTE ........................................................................... 54
LISTA DE QUADROS

Quadro 1: Demonstrativos das vantagens e desvantagens do sistema Light Steel


Framing ............................................................................................................ 20
Quadro 2: Demonstrativo de vantagens e desvantagens do sistema de Parede
Monolítica de Concreto .................................................................................... 34
Quadro 3: Propriedades das janelas ................................................................ 48
Quadro 4: Propriedades das portas ................................................................. 49
Quadro 5: Cálculo de tempo para atividade limpeza manual do terreno .......... 56
Quadro 6: Ordem sequencial de atividades ..................................................... 63
LISTA DE GRÁFICOS

Gráfico 1: Comparação financeira entre Light Steel Framing x Parede Monolítica


de Concreto ...................................................................................................... 58
Gráfico 2: Etapas x Custos – Light Steel Framing ............................................ 59
Gráfico 3: Etapas x Custos – Parede Monolítica de Concreto.......................... 60
Gráfico 4: Comparação para construção em série ........................................... 61
Gráfico 5: Distinção de custos entre os sistemas construtivos ......................... 62
Gráfico 6: Cronograma de atividades para Light Steel Framing ....................... 63
Gráfico 7: Cronograma de atividades para Parede Monolítica de Concreto .... 64
SUMÁRIO
LISTA DE FIGURAS
LISTA DE QUADROS
LISTA DE GRÁFICOS

1 INTRODUÇÃO .............................................................................................. 14
1.1 Contexto da crise habitacional no Brasil .................................................... 14
1.2 OJETIVOS.................................................................................................. 16
1.2.1 Objetivo Geral ......................................................................................... 16
1.2.2 Objetivo Específico .................................................................................. 16
1.3 JUSTIFICATIVA ........................................................................................ 16
2 REFERENCIAL TEÓRICO............................................................................ 18
2.1 Sistemas construtivos inovadores ........................................................... 18

2.2 Aço .......................................................................................................... 19

2.3 Aplicações: Sistema Light Steel Frame ................................................... 19

2.3.1 Características (vantagens x desvantagens) ....................................... 20

2.3.2 Desempenho Estrutural ....................................................................... 21

2.3.2.1 PAINÉIS ESTRUTURAIS OU AUTO-PORTANTES ...................... 21

2.3.2.2 SEÇÃO TRANSVERSAL Ue: MONTANTE ................................... 22

2.3.2.3 SEÇÃO TRANSVERSAL TIPO U: GUIA ....................................... 23

2.3.2.4 PAINÉIS NÃO-ESTRUTURAIS...................................................... 23

2.3.3 Isolamento Térmico .............................................................................. 24

2.3.4 Isolamento Acústico ............................................................................. 25

2.3.5 Componentes ....................................................................................... 25

2.3.6 Etapas Construtivas ............................................................................. 26

2.3.6.1 FUNDAÇÃO ................................................................................... 26

2.3.6.1.1 Radier ......................................................................................... 27

2.3.6.1.2 Sapatas Corridas ........................................................................ 27

2.3.6.1.3 Vigas Baldrame ........................................................................... 27


2.3.6.2 VEDAÇÕES OU FECHAMENTO VERTICAL ................................ 28

2.3.6.2.1 Gesso Acartonado ...................................................................... 28

2.3.6.2.2 Placa Cimentícia ......................................................................... 29

2.3.6.2.3 Painéis de OSB........................................................................... 29

2.3.6.3 COBERTURA ................................................................................ 30

2.3.6.4 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E HIDROSSANITÁRIAS ................. 31

2.4 Concreto ................................................................................................. 32

2.5 Aplicações: Paredes de Concreto ........................................................... 32

2.5.1 Características (vantagens x desvantagens) ....................................... 33

2.5.2 Desempenho Estrutural ....................................................................... 34

2.5.2.1 CARGAS VERTICAIS .................................................................... 35

2.5.2.2 CARGAS HORIZONTAIS .............................................................. 36

2.5.3 Isolamento Térmico .............................................................................. 37

2.5.4 Isolamento Acústico ............................................................................. 37

2.5.5 Componentes ....................................................................................... 38

2.5.5.1 CONCRETO .................................................................................. 38

2.5.5.2 FÔRMAS ....................................................................................... 39

2.5.5.3 ARMADURAS ................................................................................ 39

2.5.6 Etapas Construtivas ............................................................................. 40

2.5.6.1 FUNDAÇÃO ................................................................................... 40

2.5.6.2 ACABAMENTO .............................................................................. 40

2.5.6.3 COBERTURA ................................................................................ 41

2.5.6.4 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E HIDROSSANITÁRIAS ................. 41

2.6 Orçamento .............................................................................................. 42

2.6.1 Sistemas de Preços Custos e Índices (SINAPI) ............................... 42

2.6.2 Composições e Insumos ................................................................... 43

2.6.3 Cronograma físico – financeiro ......................................................... 44


3 METODOLOGIA ........................................................................................... 45
3.1 Desenvolvimento do projeto .................................................................... 46

3.2 Desenvolvimento da Planilha Orçamentária ........................................... 54

3.3 Cronograma físico-financeiro .................................................................. 55

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES .................................................................. 57


4.1 Projeto..................................................................................................... 57

4.2 Orçamento .............................................................................................. 57

4.3 Cronograma físico-financeiro .................................................................. 62

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS .......................................................................... 66


5.1 SUGESTÕES DE TRABALHO .................................................................. 67
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS ................................................................ 68
APÊNDICE ....................................................................................................... 76
APÊNDICE A – Orçamento para Light Steel Framing................................... 77

APÊNDICE B – Orçamento para Parede Monolítica de Concreto ................ 79

APÊNDICE C – Cronograma físico-financeiro para Light Steel Framing ...... 81

APÊNDICE D – Cronograma físico-financeiro para Parede Monolítica de


Concreto ....................................................................................................... 82
14

1 INTRODUÇÃO

1.1 Contexto da crise habitacional no Brasil

A habitação, como direito social de todos os brasileiros, é considerada um


dos principais problemas sociais urbanos no país. A moradia, está relacionada
outros problemas associados a infraestrutura (saneamento, asfaltamento,
drenagem, entre outras.) comum nas cidades brasileiras. Apesar dos dados
recentes relacionados à crise habitacional urbana e rural, esta reflete séculos de
políticas ineficientes e muitas vezes, inexistentes (MOTA, 2011).
Ao longo de todo o século XX, em virtude da urbanização acelerada e
crescimento das cidades brasileiras, houve um aumento na quantidade de
favelas, cortiços e moradias precárias nas periferias. Diante disso, surge em
1946 a primeira agência de nível nacional voltada para construção de moradias
populares, a Fundação da Casa Popular. Durante quase 20 anos, essa agência
foi responsável pela entrega de quase 17.000 moradias (MOTA, 2011;
AZEVEDO, 1988).
De acordo com Mota (2011), durante o decorrer da metade do século XX,
o governo federal implanta novos programas de habitação popular, tais como:
Banco Nacional da Habitação (BNH), Companhias de Habitação Popular
(COHABs), Programa Nacional de Mutirões Habitacionais, Plano de Ação
Imediata para a Habitação (PAIH), Programas Habitar Brasil e Morar Município.
Embora todos estes programas possuíssem modelo de organização e capitação
de financiamento diferentes, eles não atingiram o objetivo de diminuir de maneira
expressiva o déficit habitacional para os brasileiros de baixa renda.
Segundo Romagnoli (2012), o programa anticíclico “Minha Casa, Minha
Vida (MCMV)” surge em 2009 com o objetivo de implantar um plano que
estimulasse a construção civil, a infraestrutura e a geração de emprego, além de
garantir casa própria para a população de baixa renda. Com um orçamento inicial
de R$ 34 bilhões de reais e o objetivo de construir cerca de 2 milhões de
moradias ao longo de 2 anos, o MCMV adquire carácter social e passar atender
famílias de até 10 salários mínimos.
Diante do sucesso do programa, ele é incorporado posteriormente ao
Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e recebe incentivo da Caixa
15

Econômica Federal (CEF) para o financiamento às famílias. Atualmente, mais de


R$ 294 bilhões de reais foram investidos ao longo do programa MCMV, com
2.632.953 unidades entregues (BRASIL, 2017).
Segundo dados apresentados pelo Instituto de Pesquisa Econômica
Aplicada (IPEA, 2013), houve uma redução no déficit habitacional de 10% em
2007 para 8,53% no ano de 2012, representando cerca de 5,24 milhões de
residências. Este número é composto predominantemente do déficit urbano
(85%), enquanto os outros 25% corresponde ao déficit rural.
Apesar do sucesso e do grande investimento no programa, dados do IPEA
(2013) mostram que os domicílios com famílias de até 3 salários mínimos
compunham 70,7% do déficit habitacional em 2007, enquanto em 2012 o déficit
a essas famílias foi de 73,6%. Ante a diminuição em número absoluto para
famílias com renda de até três salários mínimos, de 3.954.386 em 2007 para
3.859.970 em 2012. Ou seja, por mais que em números absolutos tenha existido
uma diminuição no déficit habitacional para famílias de até 3 salários mínimos,
houve um aumento na porcentagem em relação ao déficit geral, na quantidade
de pessoas desta faixa financeira que necessitam de habitação em relação ao
déficit habitacional total.
Os problemas correlacionados com o MCMV foram relatados por Arantes
e Fix (2009, p.19), que descrevem a seguinte situação atual:
O circuito imobiliário é rico e combinações diferentes de modalidades
de acumulação rentismo, expropriação, captura de fundos públicos e
espoliação urbana. Ele integra diversos meios lícitos e ilícitos, de se
obterem dividendos: superfaturamento de obras; modificações nas
legislações em benefício próprio; licitações fraudadas; corrupção;
redução da fiscalização; financiamento de campanhas eleitorais; baixa
taxação e regulação a renda fundiária; uso de fundos públicos; semi-
públicos e financiamentos subsidiados; predação ambiental; apoio a
remoção de favelas e à expulsão de pobres e moradores de rua;
produção de territórios anti-urbanos em enclaves fortificados;
estímulos à compra por campanhas de marketing (o sonho da casa
própria, o desejo do status social etc); baixos investimentos nas forças
produtivas (em pré-fabricação, máquinas e capital fixo); super-
exploração nos canteiros de obra etc.

Diante dos desafios relacionados à Habitação no Brasil – necessidade de


construções mais eficazes, de baixo custo, de baixo impacto ambiental e em
menor tempo construtivo – surge o emprego de métodos construtivos inovadores
nas construções de casas do Programa Minha Casa Minha Vida. Dentre estes
métodos construtivos, Santos (2013) cita os mais empregados no Brasil:
16

alvenaria estrutural, paredes de perfis de PVC preenchidos com concreto,


estrutura leve metálicas (light steel framing) e paredes monolíticas de concreto.

1.2 OJETIVOS

1.2.1 Objetivo Geral

Realizar um estudo técnico comparativo afim de elaborar uma alternativa


viável para construção de moradias populares que vise melhorar a eficiência na
construção civil no programa habitacional Minha Casa Minha Vida.

1.2.2 Objetivo Específico

 Descrever dois métodos construtivos inovadores


 Elaborar um projeto no nível do sistema Minha Casa Minha Vida
 Orçar custos da construção da moradia, dentro dos parâmetros dos
sistemas construtivos de parede monolítica de concreto e light steel
framing
 Comparar o tempo construtivo de cada sistema

1.3 JUSTIFICATIVA

Nos últimos anos, o Brasil tem enfrentado uma das piores crises já
vivenciadas pela sua população. Com um cenário econômico e político
desfavorável, o número de brasileiros desempregados aumentou para 12
milhões de pessoas no último ano (2016). Sendo esta a situação atual e com
poucas perspectivas de melhora, os problemas existentes no mercado de
trabalho – produtividade, baixa qualificação, ineficiência e elevados custos –
acaba por promover cortes e o remanejamento de trabalhadores melhores
capacitados àquela atividade exercida.
A crise econômica acaba por afetar todos os investimentos do Governo,
inclusive seu principal programa social – o programa Minha Casa, Minha Vida
(MCMV). Com menos capital para financiar obras com elevados custos, e com a
população mais empobrecida, a inadimplência para pagamento de aluguel ou
17

até para o financiamento das taxas para MCMV aumenta. Uma vez que há pouco
emprego ofertado e um aumento constante da inflação.
Com baixa perspectiva de aumento nos investimentos e com a
possibilidade real de o Brasil voltar a uma situação em que se encontrava a 10
anos atrás, há a necessidade de um estudo técnico inovador para que este
importante programa habitacional continue a mudar a vida de milhões de
brasileiros.
Por isso, um estudo em sistemas construtivos que promovem a qualificação
de trabalhadores, garantam eficiência, diminuição dos custos e tempo de
construção, será capaz não apenas de assegurar a continuação deste programa
habitacional, mas também de melhorá-lo e expandi-lo, para que os brasileiros de
baixa renda tenham de fato, moradia de qualidade, digna e condições para pagá-
la.
Diante desta necessidade, dois métodos construtivos ganham destaque e
emprego no Brasil, a parede monolítica de concreto e o light steel framing. Estes
dois sistemas possuem as características e vantagens, que poderão suprir as
carências e os problemas enfrentados hoje na construção de moradias para o
programa Minha Casa Minha Vida no Brasil.
18

2 REFERENCIAL TEÓRICO

Nesta etapa do trabalho, será abordado o conteúdo teórico dos sistemas


construtivos inovadores, Light Steel Framing e a Parede Monolítica de Concreto
e Orçamento. Cada capítulo descreverá as características dos assuntos
abordados, assim como a sua relevância para utilização no Programa
Habitacional Minha Casa Minha Vida.

2.1 Sistemas construtivos inovadores

A inovação tecnológica ocorre toda vez que o setor produtivo, através de


pesquisas (laboratoriais e pessoal) e investimento, produz uma novidade. Esta
inovação deve-se à necessidade de otimização do processo produtivo ou de um
novo ou aprimorado produto (BRASIL, 2012).
Para o Manual de Oslo (2015), a inovação de um processo está baseada
na implementação de uma metodologia de produção ou novas formas de
distribuição ou métodos significativamente melhorados. Os principais objetivos
do estabelecimento de inovações em processo é: reduzir custos de produção ou
de distribuição e melhorar a qualidade. Sendo essas melhorias percursoras de
mudanças em equipamentos, técnicas e/ou softwares.
As constantes modernizações na Indústria da Construção Civil são
resultadas das inovações tecnológicas. A necessidade de implantação de
políticas de execução e produção eficientes, surge junto as recentes
preocupações ambientais. Segundo dados do IPEA (2012), somente no Brasil,
os resíduos de construção civil correspondem a cerca de 50% a 70% da massa
de resíduos sólidos urbanos. Estes dados corroboram a necessidade de procurar
melhorias nos processos dos sistemas construtivos da Indústria brasileira.
Segundo Moreira et al. (2007), a utilização de novos sistemas construtivos
no Brasil é reduzida, pois ainda existe a dificuldade em comparar novos métodos
construtivos com os habituais, já que ainda se realizam poucos estudos a
respeito da execução e custo. Logo, opta-se pelo uso de métodos de sistemas
construtivos tradicionais.
A evolução tecnológica na Indústria da Construção Civil provocou a
diversificação da utilização de materiais. Com o surgimento de ensaios
19

laboratoriais cada vez mais precisos, e estudos técnicos em diferentes áreas,


novos conceitos, formas de obtenção e produção de materiais emergiram.

2.2 Aço

Diante da constante evolução tecnológica na Indústria, surgiram as ligas


metálicas. Pode-se conceituar liga segundo a acepção de Bauer (2014), como
sendo a mistura de um ou mais metais para a formação de um material com
características próprias, de aspecto uniforme e metálico.
As ligas metálicas foram responsáveis pela introdução no mercado dos
mais variados tipos de materiais, como o aço. O aço é uma liga metálica
composta aproximadamente de 98% de ferro e até 2% de carbono. No entanto,
para a construção civil a porcentagem de carbono irá varia de 0,18% a 0,25%
(DIAS, 2002).

2.3 Aplicações: Sistema Light Steel Frame

O Sistema compreendido como Light Steel Frame, pode ser conceituado


como o esqueleto estrutural produzido de forma portante, ou seja, estruturado
por elementos de perfis formados a frio para suportar o peso da edificação. Para
sua utilização é necessária a integração com outros subsistemas – estruturais,
de isolamentos, de acabamentos exteriores e interiores, de instalações elétricas
e hidráulicas (RODRIGUES, 2006).
Segundo Campos e Jardim (2005), o Light Steel Frame é caracterizado por
ser um sistema construtivo formado por subsistemas industrializados, com os
componentes de aço galvanizados formados a frio para suportar a estrutura e
garantir o funcionamento da edificação.
A conceituação da Caixa Econômica Federal, CEF (2003) caracteriza o
sistema Light Steel Frame como a substituição dos elementos tradicionais que
suportariam a edificação – vigas e pilares de concreto – por perfis leves de aço.
Estes são unidos por pinos especiais ou parafusos autobrocantes que formarão
os painéis de parede da construção.
20

2.3.1 Características (vantagens x desvantagens)

No Quadro 1 estão identificados as vantagens e desvantagens da aplicação


do sistema construtivo Light Steel Framing.

Quadro 1: Demonstrativos das vantagens e desvantagens do sistema Light Steel Framing


VANTAGENS DESVANTAGENS
Cronograma mais curto Falta de conhecimento técnico
e previsível
Estruturalmente segura, Custo/Disponibilidade - em algumas regiões não
menor manutenção e há a disponibilidade de aço, encarecendo seu
envelhecimento da custo
estrutura
Grande relação peso- Falta de mão de obra especializada
força
Dimensionalmente O aço é condutor de calor - quando em altas
estável - não expande temperaturas, perderá sua resistência
nem contrai com o teor
de umidade
O aço é um material não Suscetibilidade à flambagem - devido a flexão
combustível brusca causada por uma carga crítica de
compressão
Qualidade consistente
do material - sem
variações regionais
Inorgânico - não irá
apodrecer, deformar,
rachar
Não é vulnerável a
cupins, fungos ou mofos
Flexibilidade no projeto
Arquitetônico
Facilidade na
montagem, manuseio e
transporte devido a
leveza dos elementos
Construção a seco, com
pouco uso de recursos
naturais e desperdício
100% reciclável
Fonte: Crasto, 2005; North American Steel Framing Alliance, 2016; Disadvantagens of Steel
Structures, 2012; (Adaptado pelo autor).
21

2.3.2 Desempenho Estrutural

O sistema Light Steel Framing pode exercer a função estrutural ou não-


estrutural em uma edificação ou residência. Seus painéis são classificados de
acordo com a sua aplicabilidade na construção (CRASTO, 2005). Sendo assim,
pode-se classificar os painéis em: painéis estruturais ou auto-portante e painéis
não estruturais.

2.3.2.1 PAINÉIS ESTRUTURAIS OU AUTO-PORTANTES

De acordo com Crasto et al. (2012, p. 32), os painéis estruturais podem


ser caracterizados da seguinte forma:
Os painéis estruturais estão sujeitos a cargas horizontais de vento ou
de abalos sísmicos, assim como a cargas verticais praticadas por
pisos, telhados e outros painéis. Essas cargas são originadas do peso
próprio da estrutura e de componentes construtivos e da sobrecarga
devo à utilizada (pessoas, móveis, máquinas, águas pluviais, etc).
Portanto, a função dos painéis é absorver esses esforços e transmiti-
los à fundação.

Para garantir a solidez da estrutura é utilizado combinações de painéis


como: contraventamentos em forma de “X” com fitas de aços galvanizadas com
propriedades, delimitações, ângulos capazes de resistir aos carregamentos
horizontais (Figura 1); e diafragmas rígidos que utilizam placas estruturais
externas responsáveis pela resistência do painel. A placa mais utilizada para
fechamento de fachada é a OSB (Oriented Strand Board), devido a característica
de resistir à esforços verticais e horizontais em pequenas edificações (CRASTO
et al., 2012).
22

Figura 1: Contraventamento em forma de X

Fonte: Crasto et al., p. 38, 2012.

Novamente estes autores relatam que a forma de constituição dos painéis


estruturais deve-se à disposição dos perfis em horizontais ou verticais. Sendo
que para elementos verticais utilizam Montantes –seção transversal tipo Ue – e
para elementos horizontais usam Guias – seção transversal tipo U.

2.3.2.2 SEÇÃO TRANSVERSAL Ue: MONTANTE

A carga vertical, oriunda da parte superior da edificação é transmitida


através da alma dos montantes para a fundação. O espaçamento entre os
montantes varia de 200mm a 600mm, sendo que esta disposição estará
relacionada de acordo com o tipo de carregamento solicitado pelo perfil
(CRASTO e FREITAS, 2006).
De acordo com Crasto e Freitas (2006), para a fixação em suas bordas
inferiores e superiores, os montantes são unidos pela seção transversal tipo U
simples através de parafusos galvanizados do tipo auto-perfurantes ou auto-
atarrachantes.
As aberturas para passagem, portas ou janelas, deve-se respeitar a
necessidade de utilização de vergas que irão distribuir as cargas interrompidas
23

dos montantes para as ombreiras (Figura 2). Sendo esta última, responsável por
não permitir a rotação das vergas (CRASTO et al., 2012).

Figura 2: Desenho esquemático de um painel estrutural

Fonte: Crasto et al., p. 37, 2012.

2.3.2.3 SEÇÃO TRANSVERSAL TIPO U: GUIA

Para o Centro Brasileiro de Construção em Aço (CBCA) – tabelas de


dimensionamento estrutural (2000) – a guia, como componente horizontal,
recebe múltiplas funções dentro da utilização do sistema Light Steel Framing.
Ela é encarregada de unir nas extremidades os montantes, assim como realizar
o travamento de vergas, montantes e vigas.
O cálculo estrutural para determinação dos esforços ao qual a guia estará
sujeita, determinará as características físicas dos montantes – comprimento,
altura e largura. Por isso, não há espaço para improvisos construtivos no
dimensionamento de guias de suporte (CRASTO et al., 2012).

2.3.2.4 PAINÉIS NÃO-ESTRUTURAIS


24

A definição de painéis não-estruturais pode ser entendida de acordo com


acepção de Crasto et al. (2012, p. 47), como:
Aqueles que não suportam o carregamento da estrutura, mas apenas
o peso próprio dos componentes que os constituem. Tem a função de
fechamento externo e divisória interna nas edificações.

Destaca-se ainda uma vantagem construtiva na execução de aberturas de


portas e janelas em painéis não estruturais. Uma vez que não existem cargas
verticais, a utilização de vergas e ombreiras é dispensável (Figura 3). Sendo só
utilizado montantes duplos ou perfil caixa – encaixe de um montante e um guia,
nestas aberturas por determinação do projetista estrutural para garantir maior
rigidez à estrutura (CRASTO et al., 2012).

Figura 3: Desenho esquemático do painel não estrutural com abertura.

Fonte: Crasto et al., p. 47, 2012.

2.3.3 Isolamento Térmico

O sistema construtivo de Light Steel Framing possui a capacidade de evitar


as perdas de calor no inverno e os ganhos de calor no verão. Assim, podendo
manter a temperatura interna agradável de forma a evitar o uso de outros meios
tecnológicos para o controle da temperatura ambiente.
Segundo Gomes (2007), as edificações em LSF utilizam do sistema
Isolação Multicamada, baseado na utilização de um material isolante (lã mineral)
para a constituição internas das placas. Esta resistência térmica será
25

diretamente proporcional a quantidade de materiais agregado às camadas


empregada.
A necessidade de um projeto elaborado de acordo com o clima no qual a
construção será inserida, determinará as concepções arquitetônicas como a
forma de cobertura, localização, dimensão e orientação das aberturas de forma
a realizar a proteção solar. Ou seja, haverá variação na escolha dos materiais a
serem empregados de acordo com os climas quente ou frio da edificação
(SANTIAGO, 2008).

2.3.4 Isolamento Acústico

Para Kruger (2000), as paredes divisórias e as fachadas são responsáveis


pelo isolamento aos ruídos externos ou entre ambientes, minimizando a
transmissão de som e proporcionando um desempenho acústico elevado.
Destaca-se ainda a lei do isolamento acústico, chamada de Lei da Massa ou
Densidade, que diz que o peso da parede é diretamente proporcional ao
isolamento que ela proporcionará.
Como o sistema construtivo em LSF possui pequena espessura e baixo
peso, há a necessidade da utilização de materiais porosos e/ou fibrosos
responsáveis pela transmissão do som entre as camadas de massa. Este
princípio é conhecido como massa-mola-massa. E para este sistema é
empregado lã de vidro já que este é capaz de transformar a energia sonora em
térmica, e dissipá-la (CRASTO 2007).

2.3.5 Componentes

Segundo Crasto (2007), quanto a utilização de estruturas de aço na


construção civil, existem dois tipos de perfil usados como elementos estruturais,
são eles: laminados e soldados ou eletrofundidos, e formados a frio. SILVA et al.
(2014) classifica o processo de fabricação dos perfis formados a frio em contínuo
e descontínuo. O primeiro, fabricado de forma industrial e em série, adquirindo
dimensões e sendo cortado de acordo com a indicação do projeto. O segundo,
fabricado com a utilização de uma prensa dobradeira, responsável pela dobra do
aço.
26

A definição de perfis formados a frio pode ser facilmente entendida pela


NBR 6355 (2012, p.2), a qual descreve o perfil estrutural do aço formado a frio
como:
Perfil obtido por dobramento, em prensa dobradeira, de tiras cortadas
de chapas ou bobinas, ou por conformação contínua em conjunto de
matrizes rotativas, a partir de bobinas laminadas a frio ou a quente,
revestidas ou não, sendo ambas as operações realizadas com aço em
temperatura ambiente.

Dentre as vantagens do uso de perfis utilizados a frio, pode-se destacar:


versatilidade, estruturalmente leve, baixo custo, possibilidade de utilização de
diferentes seções de acordo com a necessidade, precisão geométrica e
viabilidade na construção de diferentes estruturas – residências, coberturas,
galpões, passarelas e etc (CRASTO, 2007).
Atenta-se ainda para os tipos de parafusos utilizados durante a montagem
e fixação dos painéis, já que os parafusos dependerão da função que exercerão
na estrutura. Por exemplo, para a montagem de painéis, pisos e tesouras, serão
empregados parafusos cabeça lentilha e ponta broca – autotarraxantes e
autoperfurantes; e para fixação entre os painéis e peças de apoio de tesouras e
enrijecedores serão usados parafusos chamados de cabeça sextavada e ponta
broca – estrutural (SANTIAGO, 2008).

2.3.6 Etapas Construtivas

A importância das etapas construtivas para uma edificação de qualquer


empreendimento, se deve ao fato dele constituir relevantes estágios de uma
construção. Logo, seu detalhamento deve ser constituído com base em
regulamentações, revistas e livros especializados para garantir a segurança e
perfeito entendimento do executor da obra.

2.3.6.1 FUNDAÇÃO

Segundo Téchne (2008), a fundação consiste em uma das principais


etapas construtivas do sistema LSF. Como há a presença de paredes estruturais
e não-estruturais, a fundação deve possuir perfeito nivelamento, esquadro e
tratamento impermeabilizante. A fim de evitar ajustes durante a execução da
27

estrutura e garantir a transmissões diretas dos esforços dos perfis às fundações.


Os principais tipos de fundações utilizadas são: radier, sapatas corridas e vigas
baldrame.

2.3.6.1.1 Radier

É a fundação mais empregada para edificações em Light Steel Framing,


sendo caracterizada como uma fundação rasa semelhante a uma laje,
responsável pela absorção dos esforços da estrutura. Suas especificações
deverão seguir o projeto estrutural, assim como possuir inclinação de no mínimo
de 5% nas calçadas que cercam a construção; e espessura de no mínimo de
15cm de altura do solo para evitar infiltração de água oriunda do solo (CRASTO,
2005).
Todas as instalações hidráulicas, elétricas, sanitárias e telefônicas devem
ser precisamente dimensionadas e alocadas antes da concretagem do radier.
Há a necessidade de um projeto integrado destas instalações para evitar futuros
ajustes e desalinhamentos (TÉCHNE, 2008).

2.3.6.1.2 Sapatas Corridas

Segundo a NBR 6122 (1996), sapatas corridas são assim denominadas a


fundação superficial de concreto armado, sujeita à ação de cargas linearmente
distribuídas. Esta última característica é o que a torna ideal para construções
que utilizam paredes portantes.
De acordo com Cruz (2012), o que distingue a classificação das sapatas
rígida e flexível é a dimensões das abas. O que diferencia uma sapata corrida
de uma viga baldrame é o fato de sua base ser alargada, aumentando a
superfície de contato com o solo e a distribuição de cargas. Recomenda-se em
solos com boa resistência, sapata corrida a 60cm da superfície.

2.3.6.1.3 Vigas Baldrame


28

Este tipo de fundação é indicado para solos no qual a resistência só é


encontrada em grandes profundidades. A viga baldrame é caracterizada pelo
apoio sobre os blocos em fundação (TÉCHNE, 2008).

2.3.6.2 VEDAÇÕES OU FECHAMENTO VERTICAL

Segundo Kruger (2000), as formas de vedações hoje existentes surgiram


com a necessidade de substituir a utilização de alvenaria como elemento
vedante. Assim, diante da evolução tecnológica e desenvolvimento das
edificações pré-fabricadas, surgiram novas formas de fechamento vertical que
apresentasse melhorias em relação ao sistema tradicional.
Dentro dessas características, o fechamento vertical para LSF deve
possuir: durabilidade, economia, conforto acústico, conforto visual, conforto
térmico, estanqueidade, segurança estrutural e, claro, ser esteticamente
agradável (TÉCHNE, 2008).
Ainda segundo Téchne (2008), deve-se utilizar materiais como lã de rocha,
painéis de EPS ou lã de vidro, entre os fechamentos externos e internos para
garantir o perfeito isolamento térmico e acústico. Sendo a espessura e a
densidade do isolante, proporcional ao padrão de isolamento desejado.
Os painéis utilizados como elementos de vedação mais usados no Brasil
são o gesso acartonado, placa cimentícia e OSB; sendo estes empregados de
acordo com a qualificação da mão-de-obra disponível, custo e acessibilidade
destes materiais (FREITAS e CRASTO, 2006).

2.3.6.2.1 Gesso Acartonado

O gesso acartonado é uns dos principais painéis utilizados para divisórias


em dry-wall, forros e detalhes arquitetônicos. Porém, seu uso é limitado para
áreas internas, enquanto que em regiões sujeitas ao contato com água, far-se-á
o emprego de chapas específicas. Sua qualidade garante as seguintes
vantagens: menor massa, ganho em área devido a espessura das paredes,
rapidez na execução, aplicação direta do acabamento e quando bem planejada,
redução da quantidade de perdas de material (SILVA e SILVA, 2004; CAMPOS,
2014).
29

2.3.6.2.2 Placa Cimentícia

Conforme Freitas e Crasto (2006) e Vivan (2011), o uso da placa cimentícia


está amplamente interligado com o emprego do gesso acartonado. Uma vez que
esta última apresenta limitações quanto a região a ser utilizada. Assim a placa
cimentícia se faz necessária para fechamento vertical e horizontal, externamente
ou internamente, em áreas molhadas e expostas a intempéries (Figura 4).
Para as características das placas cimentícias, pode-se listar de acordo
com Freitas e Crasto (2006, p.85), as seguintes:
Incombustíveis, elevada resistência aos impactos, compatibilidade
com a maioria dos acabamentos, baixo peso próprio (até 18 kg/m²),
rapidez na execução, podem ser curvadas depois de saturadas, grande
resistência à umidade.

Figura 4: Placas cimentícia

Fonte: Light Steel Frame: Construção Industrializada a seco para habitação popular –
práticas sustentáveis, p. 8, 2013.

2.3.6.2.3 Painéis de OSB

Painéis de partículas orientadas, ou também conhecidas como oriented


strand boards (OSB), constituída de 3 a 5 camadas orientadas em uma mesma
direção, prensadas e unidas com resinas. Este painel, possui características
mecânicas e resistência a impactos, além de auxiliar no contraventamento das
30

paredes (estrutural) e estabilidade dimensional, possui resistência ao ataque de


cupins (ZENID, 2009; TÉCHNE, 2008; FREITAS e CRASTO, 2006).
Crasto (2005), atenta para que mesmo usado em áreas externas, os
painéis de OSB devem possuir proteção externamente em relação à água e à
umidade, por uma manta ou membrana de polietileno de alta densidade.
Quanto ao seu uso em edificação de Light Steel Framing, é utilizado como
fechamento para áreas externas e internas, forros, pisos e base para coberturas
de telhados – Figura 5. (GOMES, 2007).

Figura 5: Painéis de OSB

Fonte: Silva, p.60, 2013.

2.3.6.3 COBERTURA

De acordo com a concepção de Steel in residential construction advisory


group (1995), os telhados são concebidos de forma a suportar as cargas
oriundas de vento, neve e abalos sísmicos, sendo responsáveis pelo suporte de
cargas aplicadas durante a vida de um edifício.
A cobertura em Steel Framing normalmente utiliza os mesmos princípios
usados em sistemas construtivos tradicionais. Ou seja, a cobertura deve ser
constituída dos seguintes elementos: vedação – telhas; componentes de suporte
– ripas, caibros, terças, tesouras e treliças; escoadores de águas pluviais –
calhas, rufos e condutores (TÉCHNE, 2009).
31

Destaca-se ainda para um importante conceito estabelecido por Vivan,


(2011, p. 52), quanto a dimensionamento e execução de coberturas, descrito da
seguinte forma:
O projeto estrutural deve respeitar o conceito de estrutural alinhada,
visto que a alma dos perfis que formam a tesoura (solução estrutural
mais comum nas obras em LSF) deverá estar alinhado com os
montantes dos painéis estruturais garantindo a transmissão axial das
cargas.

A escolha do tipo de cobertura a ser utilizada deve atender as


características da edificação, as opções arquitetônicas e estéticas, os vãos que
deverão ser vencidos, relação custo-benefício e as ações às quais a estrutura
estará sujeita. De modo geral, as coberturas estão divididas em dois tipos:
telhados inclinados – semelhante ao tradicional, com a substituição da madeira
por perfis galvanizados, podendo ser estruturados por meio de tesouras ou
caibros; e telhado plano – ou utilizando laje úmida com caimento para
escoamento da água (TÉCHNE, 2009; FREITAS e CRASTO, 2006).

2.3.6.4 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E HIDROSSANITÁRIAS

Entende-se instalações prediais o conjunto de instalações destinadas ao


conforto, à higiene e à comunicação. Em uma edificação podemos destacar as
seguintes: elétrica, hidráulica, gás, internet, telefone, e cabos de Tv. De forma
geral, no sistema construtivo de LSF a forma de projeto destas instalações segue
ao convencional quanto a dimensionamento, características dos materiais e
forma de uso (TÉCHNE, 2008).
De acordo com Vivan (2011), não há rasgos a serem realizados nas
paredes para as instalações prediais, e os serviços de manutenção e execução
apresentam mais facilidades quando comparado LSF com o sistema
convencional, já que grande parte dos serviços de reparo pode ser realizado com
o desparafusamento do painel de vedação.
As instalações elétricas e hidráulicas, pouco diferem dos sistemas
construtivos tradicionais. Sendo realizada a passagem das tubulações em furos
pré-determinados para a posterior fixação no perfil metálico. (VIVAN, 2011).
Porém, destaca-se para o cuidado quanto as tubulações hidráulicas em
relação a movimentação e vibrações. Sendo necessária a fixação de braçadeiras
32

junto aos perfis para garantir a sua estaticidade. Enquanto para eletrodutos
elétricos, deve-se atentar para que não haja rompimento ou fissura quando estes
entrarem em contato com o aço galvanizado (CAMPOS, 2014; TÉCHNE, 2008).

2.4 Concreto

Para a Indústria da Construção Civil, o concreto é o material mais


importante e também o mais utilizado. Ele emergiu da necessidade da utilização
de um material que fosse resistente à água e trabalhável. Com o passar dos
anos e a evolução tecnológica, o concreto passou a ser utilizado nos mais
diversos tipos de empreendimentos, como: usinas hidrelétricas e nucleares,
plataformas de extração de petróleo móveis, obras de saneamento, edifícios,
torres de resfriamentos e etc. (PEDROSO, 2009; LIMA et al., 2014).
De acordo com Carvalho e Filho (2014), o concreto é um material obtido
pela mistura de cimento, agregados, água e em algumas ocasiões aditivos
químicos. Esses componentes devem ser misturados em proporções adequadas
a fim de produzir as características requeridas. Por ser um dos materiais mais
utilizados no Brasil, a NBR 6118/2014 (Projetos de Estrutura de Concreto –
Procedimento) possui critérios e requisitos básicos para o projeto estrutural
deste material.
Diante da necessidade de empreendimentos com grandes resistências e
com grande durabilidade, a armadura de aço passa a ser incorporada ao
concreto, dando surgimento ao concreto armado. Agora com boas resistências
à compreensão e tração e com técnicas de execução dominadas no Brasil, o
concreto armado passa a ser empregado em obras de estruturas monolíticas
(TÉCHNE, 2009; CARVALHO e FILHO, 2014).

2.5 Aplicações: Paredes de Concreto

Paredes de concreto podem ser compreendidas como estruturas maciças


de concreto comum moldado no local. Elas possuem em sua constituição além
do concreto, telas metálicas que auxiliarão a função estrutural desse sistema
construtivo – Figura 6. Sua indicação varia de acordo com a natureza do local,
materiais, equipamentos e mão-de-obra (TÉCHNE, 2011).
33

Figura 6: Casa de parede de concreto

Fonte: Pita, p. 36, 2011.

Para a NBR 16055 (2012), o conceito de parede monolítica pode ser


assimilado como aquela com funcionamento autoportante, ou seja, deve possuir
dimensionamento adequado para resistir às cargas, sendo moldada no local.
A caracterização desse sistema construtivo moldado in loco também pode
ser definida segundo a acepção de Sacht (2008, p. 51):
O sistema construtivo de painéis monolíticos de concreto moldado in
loco apresenta inovações na execução da vedação, dos sistemas
prediais e no assentamento das esquadrias. Nesse sistema construtivo
as vedações de concreto armado, que possuem também função
estrutural, são moldadas in loco utilizando fôrma dupla e pode
incorporar, durante o processo de produção, parte das instalações dos
sistemas prediais e esquadrias.

2.5.1 Características (vantagens x desvantagens)

A importância da comparação entre as vantagens e desvantagens irão


demostrar a melhor forma de aplicação do sistema construtivo de paredes de
concreto, sendo no Quadro 2 apresentados as principais:
34

Quadro 2: Demonstrativo de vantagens e desvantagens do sistema de Parede Monolítica de


Concreto
VANTAGENS DESVANTAGENS
Redução da mão-de-obra Falta de mão-de-obra qualificada
Padronização de medidas Possui pouca mobilidade para
modificações das unidades
Maior controle de qualidade Alto custo com fôrmas
Industrialização do processo
Eliminação do chapisco e reboco
Embutimento de instalações elétricas
e hidráulicas
Economia de material
Velocidade de execução
Fonte: Santos (2013); Missurelli e Massuda (2009); Sampaio (2012) (Adaptado pelo autor).

2.5.2 Desempenho Estrutural

Para o desenvolvimento de um projeto de paredes de concreto deve ser


realizada uma análise estrutural ampla e detalhada na qual a NBR 16055 (2012,
p. 11), detalha as premissas da análise estrutural:
A análise de uma estrutura de paredes de concreto deve ser realizada
considerando o equilíbrio de cada um dos seus elementos e da
estrutura com um todo.
O caminho descrito pelas ações, sejam elas verticais ou horizontais,
deve estar claramente definido desde o seu ponto de aplicação até
onde se suponha o final da estrutura. Devem-se contemplar nesta
análise as interferências com os outros subsistemas (aberturas,
instalações elétricas, hidráulicas e outros).

As estruturas de paredes de concreto ainda devem estar de acordo com a


seguinte concepção da NBR 16055 (2012), e ABCP (2007/2008):
 Espessura de parede igual ou maior a 10cm, exceto quando a edificação
possuir até 2 pavimentos, caso que poderá considerar parede com
espessura maior ou igual a 8cm;
 O comprimento da parede será maior ou igual dez vezes a sua espessura;
quanto a resistência de compressão, o concreto deverá possuir 𝐹𝑐𝑘
menor ou igual a 40MPa, atentando-se para ao tipo de ambiente estará
exposto;
35

 Considerar os efeitos de retração volumétrica e dilatação térmica, no qual


deverão ser tomadas medidas para anular estes esforços;
 Quando não haver coincidência quanto ao centro de gravidade e centro
de torção, realizar uma análise dos esforços de torção.

2.5.2.1 CARGAS VERTICAIS

Conforme a NBR 6120 (2000), para o cálculo de carregamento vertical das


paredes, deve-se considerar desde de as cargas oriundas do piso, como também
aquelas que se aplicam de modo especial, como o carregamento advindo de
pessoas, móveis, utensílios e veículos que, poderão ter cargas uniformemente
distribuídas ou cargas concentradas ou parcialmente distribuídas.
As paredes de concreto funcionarão como chapas, quando estiverem
sujeitas a carga uniformemente distribuídas. Em alguns casos, este tipo de
carregamento terá um caminhamento inclinado ao longo das paredes,
espalhando em certas ocasiões para as paredes adjacentes. Este
caminhamento tem um ângulo limite de 45º (ABCP, 2007/2008).
Quando uma carga concentrada agir no topo de uma parede de concreto,
ela se distribuirá a 2/3 da vertical por toda a sua extensão, como mostra a Figura
7 (PAILLÉ, 2007).

Figura 7: Carga concentrada

Fonte: Paillé, p. 601, 2007.

Para o dimensionamento ao redor de aberturas a ABCP (2007/2008),


orienta para considerar a dimensão da abertura horizontal (Ah) e no
36

dimensionamento vertical (Av) . A região de influência será 0,5.Ah, de cada lado,


horizontalmente, e de 0,75.Ah, de cada lado, verticalmente. Para o caso de
aberturas seguidas na mesma parede, elas devem estar espaçadas no mínimo
Ah (Figura 8).

Figura 8: Dimensionamento em locais com aberturas

Fonte: ABCP, p. 48, 2007/2008.

2.5.2.2 CARGAS HORIZONTAIS

Para o cálculo de cargas horizontais, considera-se as ações de forças


advindas do empuxo desequilibrado, desaprumo e vento – funcionamento global
(ABCP, 2007/2008; NUNES, 2011).
O desaprumo deve ser considerado na análise global, seja ele
contraventado ou não. Porém essa carga só deve ser considerada para edifícios
de múltiplos pavimentos (ABCP, 2007/2008). O cálculo para desaprumo deve
considerar as seguintes situações em relação ao vento, segundo a NBR 6118
(2014, p. 59):
a) Quando 30% da ação do vento for maior que a ação do desaprumo,
considera-se somente a ação do vento.
b) Quando a ação do vento for inferior a 30% da ação do desaprumo,
considera-se somente o desaprumo.
c) Nos demais casos, combina-se a ação do vento e desaprumo.
Nessa combinação, admita-se considerar ambas as ações atuando
na mesma direção e sentido como equivalentes a uma ação do
vento, portando como carga variável, artificialmente amplificada
para cobrir a superposição.
37

A velocidade do vento deve ser calculada de acordo com os elementos de


vedação e suas fixações (vidros, esquadrias, painéis), partes da estrutura
(telhado, paredes) e estrutura como um todo. Excepcionalmente, pode-se
elaborar estudo específico para a velocidade básica do vento a ser adotado para
a construção. Como regra geral, admita-se que o vento pode soprar de qualquer
direção horizontal (NBR 6123, 1988).

2.5.3 Isolamento Térmico

Conforme Sacht et al. (2011), o isolamento térmico em paredes de concreto


é diretamente proporcional a espessura dos painéis. Uma vez que a parede com
maior largura provoca uma diminuição do fluxo térmico e, portanto, limitará a
troca de calor por condução entre os ambientes internos e externos. Esta
característica independe da massa específica do concreto.
Cabe ressaltar que a média mensal de temperatura máxima e mínima,
umidade relativa do ar e posição geográfica são fatores importante a serem
considerados quanto as características de vedação externa, interna, aberturas
e cobertura desse sistema construtivo (SACHT, 2008).

2.5.4 Isolamento Acústico

De acordo com Wendler (2009), para o desempenho acústico satisfatório,


as paredes de concreto dependerão da massa das paredes, composição entre
a massa específica e a espessura. É importante destacar ainda, as fugas de
som que podem ocorrer por portas, janelas e caixas de passagem, já que nos
locais onde seriam colocados estes componentes, a espessura da parede irá
diminuir.
Parte da norma NBR 155757-4 (2013), estabelece os critérios relativos ao
desempenho acústico necessário para o desenvolvimento dos sistemas de
vedações verticais internas e externas. Com base nela e em pesquisa realizada
em campo e em laboratórios, Nemer (2013, p. 90) chegou à seguinte conclusão:
Observou-se que o sistema e parede de concreto maciça tem
capacidade de atender os requisitos mínimos de desempenho acústico
na maior parte das situações estabelecidas na ANBT NBR 15575-4
(2013), sendo as situações de parede de divisa entre unidade
autônoma e áreas comuns de permanência de pessoas e entre
38

unidades autônomas quando pelo menos um dos ambientes é


dormitório.

2.5.5 Componentes

A qualidade para execução de uma construção no processo construtivo de


Parede Monolítica de Concreto é baseada no detalhamento de estudo e emprego
de seus componentes. Desta forma, concreto, fôrmas e as armaduras devem ser
analisadas para utilização nesse sistema.

2.5.5.1 CONCRETO

Como o principal componente da parede de concreto, o concreto a ser


adotado neste sistema construtivo deverá possuir características, resistências e
trabalhabilidade condizente com a sua necessidade. Para com isto, garantir bom
acabamento e sem segregações. Os principais concretos recomendados para
parede de concreto são: concreto celular, concreto com teor de ar incorporado
(até 9%), concreto com agregados leves ou com baixa massa específica e o
concreto convencional ou auto-adensável (ABCP, 2007/2008).
Segundo Sacht (2008), o concreto leve é o mais indicado para habitações
de interesse social, uma vez que possuem bom desempenho térmico quando
comparado aos demais. Porém, devido a sua alta porosidade, este concreto
possui baixa resistência a ataques de cloretos, prejudicando a armadura do
painel.
A ABCP (2007/2008) ressalta ainda os cuidados que deverão ser tomados
na concretagem, nas etapas como: transporte, recebimento do concreto,
controle de recebimento, controle de aceitação, lançamento, adensamento e
cura. O acompanhamento destas etapas deve ser realizado pelo engenheiro que
especificou anteriormente a trabalhabilidade necessária e diâmetro máximo do
agregado graúdo. Este controle tecnológico garante a função estrutural que as
paredes portantes irão exercer na edificação, e evitará problemas relacionados
a cura insuficiente, resistência inferior à especificada no projeto, trabalhabilidade
inadequada, teor de ar incorporado diferente da especificação e massa
específica diferente da projetada.
39

2.5.5.2 FÔRMAS

O conceito de fôrmas, e a sua necessidade para o sistema de paredes de


concreto pode ser facilmente entendido segundo a acepção de Missureli e
Massuda (2009, p. 76):
As fôrmas são estruturas provisórias cujo objetivo é moldar o concreto
fresco, compondo-o assim as paredes estruturais. A resistência a
pressões do lançamento de concreto até a sua solidificação, é fator
decisivo. Para isso, as fôrmas devem ser estanques e favorecer
rigorosamente a geometria das peças que estão sendo moldadas.

O projeto de fôrmas deve ser claro e detalhado, do qual o responsável


deverá realizar uma análise crítica antes do início do trabalho de montagem.
Todas as dimensões e posições (nivelamento, prumo e alinhamento) das fôrmas
devem estar devidamente colocadas de acordo com as especificações do
projeto, atentando-se ainda para o estado interno das fôrmas (limpa e estanque)
assim como a característica de absorção de água (NBR 16055, 2012).
A escolha do tipo de fôrma a ser utilizada dependerá do projeto a ser
executado, de acabamento requerido, disponibilidade de material,
armazenamento, mão-de-obra e custo. Os tipos de fôrmas utilizadas para este
sistema construtivo são: fôrmas de madeira, fôrmas metálicas, fôrmas plásticas
e fôrmas compostas (NEMER, 2016).

2.5.5.3 ARMADURAS

Segundo ABCP (2007/2008), a armação utilizada para o sistema parede de


concreto é a de tela soldada. Este material precisa de descrição,
dimensionamento e profissionais habilitados para a sua armação. As armaduras
desempenham um importante papel como estrutura portante das paredes e por
isso, deve possuir um projeto executivo exclusivo para cada parede.
Os autores Missurelli e Massuda (2009, p. 77) vão mais além ao relatar os
requisitos a serem cumpridos e formas de utilização de armaduras em paredes
de concreto:
As armaduras devem atender a três requisitos básicos: resistir a
esforços de flexotorção nas paredes, controlar a retração do concreto
e estruturar e fixar as tubulações de elétrica, hidráulica e gás.
Usualmente, utilizam-se telas soldadas posicionadas no eixo das
40

paredes ou nas duas faces, dependendo do dimensionamento


projetado, além de barras em pontos específicos tais como cinta
superior nas paredes, vergas, contravergas etc.

Todas as etapas referentes à montagem, posicionamento, combrimento e


espaçamento devem ser respeitadas de acordo com o projeto para garantir a
execução de concretagem. Caso haja necessidade de corte da armadura em
virtude da interferência com as outras etapas construtivas, essa medida deve ser
tomada após autorização do responsável técnico e projetista estrutural (ABNT,
2012).

2.5.6 Etapas Construtivas

Nesta subcapítulo, serão detalhadas as etapas construtivas para Parede


Monolítica de Concreto assim como as normas e autores especializados para
cada tópico descritivo.

2.5.6.1 FUNDAÇÃO

Segundo a ABCP (2007/2008), para a escolha do tipo de fundação para o


sistema construtivo de parede de concreto será necessário um estudo de
resistência do solo, para que desta forma garanta segurança, estabilidade e
durabilidade da fundação. Sendo que independentemente do tipo de fundação,
o nivelamento dessa deve estar em perfeita condições, para assegurar a
montagem e execução das fôrmas.
A escolha mais comum para construção em paredes de concreto é a
fundação tipo radier. Uma vez que pronta, poderá receber um revestimento
cerâmico sem a necessidade de contrapiso. Outra característica importante para
sua escolha é adaptação para ligações de água fria e esgoto da casa, sem a
necessidade de rasgos ou quebras no radier posteriormente (VENTURINI,
2011).

2.5.6.2 ACABAMENTO

Uma das principais características para o acabamento no sistema de


paredes de concreto é a redução na espessura das camadas de revestimento.
41

Esse atributo ocasiona na diminuição do custo com materiais e também não


restringe o uso do tipo de revestimento (MISURELLI e MASSUDA, 2009).
A realização do acabamento deve ser iniciada após a desforma e cura
úmida do concreto. As paredes nesta etapa apresentaram em boa parte
superfície regular, com pequenos pontos superficiais das junções entre painéis
e furos das ancoragens. Todas estas rebarbas deverão ser removidas e os furos,
preenchidos com argamassa de cimento e areia (ABCP, 2007/2008).
Segundo Freedman (1999), o sistema construtivo de parede de concreto
possui uma versatilidade estética inigualável em comparação a outros tipos de
materiais. Como as paredes possuem resistência a corrosão, pode-se obter uma
maior economia com a utilização do mesmo tipo de acabamento para os
ambientes externos e internos. Essa técnica provocaria economia de material,
trabalho e reduziria a espessura total da parede.

2.5.6.3 COBERTURA

De acordo com Sacht (2008), para construções térreas construídas pelo


método construtivo de parede de concreto, pode ser feita a utilização de
materiais e estruturas da mesma forma que em habitações construídas pelo
método tradicional. Ou seja, emprega-se como material telhas de concreto,
cerâmicas ou metálicas; e a estrutura de madeira ou pré-fabricada.

2.5.6.4 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS E HIDROSSANITÁRIAS

O processo de execução das instalações elétricas e hidrossanitárias deve


ser realizado após o processo de amarração estar concluído. O projeto de
instalação deverá indicar todos os pontos hidráulicos e dos eletrodutos a serem
posicionados de modo que sejam fixadas durante a elaboração das fôrmas
(ABCP, 2007/2008; GÓES, 2013).
Para o serviço de instalação elétrica embutida nas paredes, Góes (2013 p.
29) descreve os seguintes cuidados a serem considerados:
Deve-se posicionar as caixinhas elétricas, conforme o projeto, bem
como providenciar o alinhamento, prumagem, nivelamento, vedação
(para evitar que não haja o entupimento por concreto), fixação na tela
(para evitar que se desloquem durante a concretagem) com luvas e
pregos e posicionamento de espaçadores para garantir o
recobrimento.
42

Para as conexões da rede hidráulica, conforme ABCP (2007/2008), devem


ser realizados furos com serra-copo nos locais onde serão fixadas as conexões
afim de não danificar o revestimento dos painéis, quando utilizadas chapas de
madeira compensada. Sendo ainda recomendado a montagem do kit hidráulico
antes da sua fixação, para com isso realizar o teste de funcionamento e prevenir
eventuais vazamentos. Todas as tubulações deverão ser amarradas e em
seguida, colocados espaçadores para garantir recobrimento e posicionamento
das peças.

2.6 Orçamento

O orçamento constitui em uma importante etapa durante o processo de


elaboração de um projeto construtivo. Orçar pode ser conceituado como a
quantificação de insumos, mão-de-obra ou equipamento necessários durante a
execução da obra, levando em consideração todos os seus custo e tempo de
duração para sua realização (AVILA et al., 2003).
O orçamento, segundo Carvalho e Pini (2008, p. 58) pode ser entendido
como:
A imagem da obra conformada financeira e quantitativamente. É o
estágio final do processo de formação do preço. O orçamento de uma
obra não pode ser confundido como uma simples planilha ou com um
uma tabela de preços. O orçamento é derivado da matriz de custos ou
da planilha de composição de custos.

Ainda de acordo com estes autores, em obras com o uso de tecnologia


avançada, o orçamento deve possuir custos particularizados e alternativas
tecnológicas muitas vezes inovadoras.

2.6.1 Sistemas de Preços Custos e Índices (SINAPI)

Diante da necessidade da elaboração de um orçamento de obras


relacionados a Engenharia (construção civil, infraestrutura, saneamento) o IBGE
em parceria com a Caixa Econômica Federal – CEF, elaborou em 1969 o
Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil (SINAPI).
Esta parceria resulta em uma pesquisa mensal para suprir a necessidade do
43

setor da habitação, com o levantamento do preço de insumos, composições,


salários pagos na construção civil e equipamento, com base na cotação em 27
localidades do país (CAIXA, 2017, IBGE, 2017).
A importância do SINAPI para obras da construção civil obtidas com
financiamento do Governo Federal é esclarecida por meio do Decreto N° 7983
(2013), art. 3°, p. 02, do qual diz:
O custo global de referência de obras e serviços de engenharia, exceto
os serviços e obras de infraestrutura de transporte, será obtido a partir
das composições dos custos unitários previstas no projeto que integra
o edital de licitação, menores ou iguais à mediana de seus
correspondentes nos custos unitários de referência do Sistema
Nacional de Pesquisa de Custos e Índices da Construção Civil –
SINAPI, excetuados os itens caracterizados como montagem industrial
ou que não possam ser considerados com de construção civil.

Ainda de acordo com do Decreto N° 7983 (2013), caso haja


indisponibilidade na definição de custos e composições, deverá ser realizada a
estimativa de custo global por meio de tabelas de referência aprovada pela
administração pública federal, sistema específico para o setor ou pesquisa de
mercado.

2.6.2 Composições e Insumos

A organização de uma planilha orçamentária é baseada em conjunto de


composições de preços para cada serviço. De acordo com Tinoco (2008, p. 16)
composição “é um processo que visa apropriar unitariamente os custos de cada
serviço, por descriminação dos insumos a fim de se determinar um preço de
venda”.
Logo, o preço de determinada atividade representa a soma dos custos pela
mão-de-obra, equipamentos e das despesas com impostos, materiais,
administração e depreciações. Nem todas as composições resultam em simples
serviços, mas sim em complexas atividades com várias sub-composições.
(TINOCO, 2008).
Os insumos fazem parte dos custos da construção, sendo formados
basicamente por: mão-de-obra encargos sociais, materiais – inclusive imposto –
e imposto sobre nota fiscal. A descriminação dos insumos necessários para
determinada atividade auxilia na formação de uma composição. (DIAS, 2011).
44

Avila et al. (2003) corrobora para a importância da relação dos materiais,


insumos e equipamentos no Memorial Descritivo para cada parte da obra. Todo
o detalhamento quando não realizado dificulta o controle da construção pelo
executor, colaborando para o desperdício de tempo e materiais.
A CEF fornece pelo SINAPI todos os dados referentes as composições e
insumos utilizados para uma construção. Em seu site, há o catálogo de
composições analíticas – que apresentam o detalhamento das composições com
os coeficientes de produtividade para cada serviço – e as composições sintéticas
– que exibe de forma resumida as atividades de designado serviço com os seus
custos por determinada unidade de medida (CAIXA, 2017).

2.6.3 Cronograma físico – financeiro

Segundo Farias (2011), o início de uma obra requer o planejamento das


atividades que serão executadas durante todas as suas fases. Essa
programação permite o planejamento de quem for construir, já que os materiais,
mão-de-obra e equipamentos serão comprados e utilizados dentro do tempo
adequado. Esta característica permite ao cronograma organizar o caixa, tempo
e financiamento.
O cronograma físico-financeiro busca apresentar as atividades de um
determinado empreendimento de forma gráfica, de modo que a execução de
todas etapas necessárias previstas no projeto sejam acompanhadas quanto ao
seu tempo necessário para efetuação e custo. As planilhas elaboradas para este
fim, normalmente apresentam-se de forma física – evolução dos serviços na
unidade de tempo – e financeira – conversão da demonstração física em termos
monetários (DIAS, 2011).
45

3 METODOLOGIA

O presente trabalho apresentou pesquisas bibliográficas relacionadas ao


sistema construtivo Light Steel Framing e Paredes Monolíticas de Concreto para
habitações populares. Nele, foi detalhado cada método construtivo com a
finalidade de fornecer uma alternativa eficaz para o programa habitacional Minha
Casa, Minha Vida para as construtoras de Rondônia em conjuntos habitacionais
com até 200 casas populares.
O material utilizado para as pesquisas bibliográficas foram: livros
habilitados, teses de mestrado, teses de doutorado, literatura estrangeira
especializada em determinado sistema construtivo, revistas e artigos
qualificados na Indústria da Construção Civil. A análise em cada material serviu
de base para não apenas descrever, como também caracterizar e detalhar cada
sistema, para assim fornecer à população não apenas um material técnico, mas
também informativo.
Esta análise partiu de uma sequência lógica discriminada na Figura 9, que
serviu de parâmetro para o desenvolvimento do projeto de pesquisa e verificação
de sua viabilidade.
46

Figura 9: Sequência de atividades

Fonte: Autor (2017).

3.1 Desenvolvimento do projeto

O projeto desenvolvido da unidade habitacional obedeceu às descrições


mínimas prevista na portaria aprovada N° 146 de 26 de abril de 2016 do
Ministério das Cidades no universo Federal. Nele, consta todas características
mínimas obrigatoriamente empregadas do Programa Minha Casa Minha Vida,
como dimensões mínimas dos cômodos – salvo legislação estadual e municipal
existente; tipos de portas, ferragens, pisos e janelas a serem empregadas;
característica do revestimento externo e interno, assim como a pintura utilizada;
detalhamento das instalações elétricas necessárias; e tipo e dimensões de
louças e metais.
47

Salienta-se ainda a indispensabilidade do Código de Obras do Município


de Porto Velho – Lei complementar N° 560, de 23 de dezembro de 2014, o qual
elenca os parâmetros das construções necessários do município; e também
Condições para aprovação de Projetos de Empreendimentos Habitacionais de
Interesse Social – Lei N° 1828, de 15 de julho de 2009 –, e sua alteração, a Lei
N° 1947, de 22 de julho de 2011. Todas estas leis devem ser utilizadas nos
empreendimentos de padrão popular no Município de Porto Velho, uma vez que
apresenta os parâmetros mínimos dos compartimentos das unidades
habitacionais e do loteamento urbano.
Seguindo o projeto com base nas regulamentações descritas acima, a
unidade habitacional foi desenvolvida no software AutoCAD. A casa possui 45m²
de área e com os seguintes cômodos: sala, cozinha, banheiro, quarto 1, quarto
2, varanda e área de serviço externa. Para atender a NBR 9050 – Acessibilidade
a edificações, mobiliário, espaços e equipamentos urbanos – o empreendimento
deverá sofrer eventuais alterações a fim de permitir a rotação de 180°, sem
deslocamento, em todos os cômodos.
Portanto, a planta de layout (Figura 10) – localizada inferiormente –
apresenta todas as características necessárias para a construção da unidade
habitacional. Nela foram apresentados os móveis no qual o Ministério das
Cidades determina a disposição para um empreendimento popular. Desta forma,
respeitando as características familiar e financeira de que esta unidade
habitacional se destina.
48

Figura 10: Planta de layout

Fonte: Autor (2017).

As esquadrias apresentadas nos Quadros 3 e 4, utilizadas para esta


proposta, apresentam características iguais para os dois sistemas construtivos,
e esses não apresentam limitação quanto ao tipo e emprego de esquadrias.

Quadro 3: Propriedades das janelas


JANELAS
ITEM DIMENSÃO MATERIAL TIPO QUANT.
J1 1,50x1,20m Alumínio Correr c/ 4 1,00
folhas
J2 1,20x1,20m Alumínio Correr c/ 2 2,00
folhas
J3 1,00x1,20m Alumínio Correr c/ 2 1,00
folhas
J4 0,60x0,60m Alumínio Maxim-ar 1,00
Fonte: Autor (2017).
49

Quadro 4: Propriedades das portas


PORTAS
ITEM DIMENSÃO MATERIAL TIPO QUANT.
P1 80X210 cm Alumínio Veneziana 2,00
P2 70x210 cm Madeira Semi - oca 2,00
P3 60x210 cm Madeira Semi - oca 1,00
Fonte: Autor (2017).

Adiante, o projeto desenvolvido foi caracterizado com as cotas, áreas e


nível de cada comôdo – Figura 11. É necessário enfatizar a largura de 10cm para
as paredes desta casa, valor recomendado pela literatura para ambos os
sistemas construtivos.

Figura 11: Planta baixa

Fonte: Autor (2017).


50

A seguir, realizou-se a discriminação dos cortes apresentados na Figura 12


13 e 14. O pé-direito empregado foi de 2,70m, dentro dos parâmetros mínimos
requeridos pelo código de obras de Porto Velho. Nos cortes é possível verificar
a presença de azulejos em áreas molhadas com altura de 1,50m, recomendação
presente na portaria N° 146 do Ministério das Cidades (2016).

Figura 12: Planta com cortes

Fonte: Autor (2017).


51

Figura 13: Corte A - A

Fonte: Autor (2017).

Figura 14: Corte B - B

Fonte: Autor (2017).

Para a cobertura (Figura 15), optou-se pela telha cerâmica tipo romana com
2 quedas de águas e inclinação de 30%. A calçada com largura de 80cm envolve
toda a casa. Como a área de serviço é externa, dimensionou-se para esta área
52

uma calçada com largura de 1,50m frente a largura mínima de 1,30m


recomendada pela portaria N ° 146 (2016).

Figura 15: Planta de cobertura

Fonte: Autor (2017).

E por fim, as fachadas da planta (Figura 16 a 19) são apresentadas


conforme orientação da planta de cobertura. Desta forma, finalizando o
detalhamento arquitetônico necessário para o desenvolvimento do projeto.
53

Figura 16: Fachada - SUL

Fonte: Autor (2017).

Figura 17: Fachada - LESTE

Fonte: Autor (2017).


54

Figura 18: Fachada - NORTE

Fonte: Autor (2017).

Figura 19: Fachada - OESTE

Fonte: Autor (2017).

3.2 Desenvolvimento da Planilha Orçamentária

A realização do orçamento para os sistemas construtivos Parede Monolítica


de Concreto e Light Steel Framing, foi baseado nas planilhas do SINAPI
fornecidas pela Caixa Econômica Federal (CEF), para o município de Porto
Velho. O mês de referência para a coleta de dados foi abril (04/2017).
O site da CEF disponibiliza dois tipos de arquivos para insumos e
composição para download, os encargos sociais desonerados e os encargos
55

sociais não desonerados. Para efeito deste orçamento, foi considerado os


encargos sociais desonerados, sem a contribuição de 20% do INSS sobre a folha
de pagamento. Por conseguinte, haverá uma diminuição no custo da obra. Todas
as composições e insumos oferecidos pela CEF, não consideram a porcentagem
de BDI (despesas indiretas).
As etapas construtivas para os sistemas estudados neste trabalho são em
boa parte, as mesmas para o sistema convencional, sendo o estágio da
construção de paredes e painéis, com o emprego do processo construtivo objeto
de estudo. Logo, estará presente neste orçamento etapas como: movimento de
terras, infraestrutura, paredes e painéis, esquadrias metálicas, esquadrias de
madeira, cobertura e proteções, revestimento interno, revestimento de forro,
pintura, pavimentação, instalações elétricas, água fria, esgoto/águas pluviais,
equipamentos/metais sanitários e limpeza final da obra. Convém ressaltar que
por mais que as etapas fossem iguais para ambos os sistemas, o custo não foi
exatamente o mesmo, já que há variação de atividades em alguns estágios
construtivos.
Nem todas as composições necessárias para o orçamento estavam
presentes na planilha do SINAPI. Portanto, foi necessária a coleta dos
coeficientes e composições fornecidos pela Tabela de Composições e Preços
para Orçamentos (TCPO) para em seguida, utilização dos valores de insumos
do SINAPI.

3.3 Cronograma físico-financeiro

Como os sistemas de Parede Monolítica de Concreto e Light Steel Framing


apresentam variações financeiras e de tempo construtivo no desenvolvimento de
suas etapas, a elaboração do cronograma físico-financeiro no software Excel
auxiliou quanto ao cumprimento de prazo e também, acompanhamento
financeiro de cada etapa no decorrer do tempo.
Para a composição do cronograma físico-financeiro deste projeto, foi
necessária a abertura de todos os componentes do orçamento dos sistemas
construtivos. Assim, com base nos coeficientes de produtividade fornecidos pela
planilha analítica do SINAPI, todas as atividades foram dimensionadas de acordo
com a necessidade do projeto, e também com a discriminação da quantidade de
56

mão-de-obra de cada serviço realizado. Por exemplo, para o serviço de limpeza


manual de terra -com raspagem superficial – (Quadro 5), a planilha analítica do
SINAPI descrimina a utilização de 1 servente que realizará o serviço em 1 m² de
área em 0,25 hora. Como o projeto necessita de 71m² e será destinado 2
colaboradores para este fim, o cálculo ((0,25x71)/2)/8 resultaram em 1,109 dia.
Neste caso, foi arredondado para 2 dias a realização desta atividade.

Quadro 5: Cálculo de tempo para atividade limpeza manual do terreno


UND M² Área do Qnt. De Horas Dias Dias
projeto Colaboradores Ideal Real
H 0,2500 71,00 2,00 8,875 1,109375 2,00
Fonte: Autor (2017).

Esta apuração, realizada para todas as atividades do orçamento, forneceu


a quantidade de dias necessários para a construção da casa objeto de estudo.
Porém, alguns serviços sofreram variação em relação aos dias conforme suas
características, já que neste cálculo, não está previsto o tempo de cura do
concreto, a espera para secagem da tinta entre as duas demãos previstas, o
teste de funcionalidade para cada atividade etc.
57

4 RESULTADOS E DISCUSSÕES

Nesta etapa do trabalho, serão apresentados os resultados e discussões


obtidos ao longo do desenvolvimento do projeto. Com base na metodologia
empregada e no colhimento dos dados, será realizada uma análise comparativa
entre os sistemas construtivos afim de esclarecer os pontos significativos do
Light Steel Framing e Parede Monolítica de Concreto, a viabilidade de ambos, e
o indicativo de uso.

4.1 Projeto

As plantas idealizadas para o projeto de uma casa, foram utilizadas de


forma igual para ambos os sistemas construtivos. As dimensões de paredes,
cômodos, janelas e portas não sofreram variação, não sendo necessária uma
análise comparativa quanto a esta característica do projeto.
Na concepção real da construção de um conjunto habitacional do Programa
Minha Casa Minha Vida, seria indispensável a elaboração de todo o projeto do
residencial, com ruas e lotes definidos, projeto elétrico e hidráulico para as
moradias, sistemas de drenagem e esgoto, etc. No entanto, estas propriedades
necessárias para o projeto de um conjunto habitacional, seriam equivalentes
para o Light Steel Framing e Parede Monolítica de Concreto, sendo assim,
dispensável para efeito de uma análise comparativa.
Cabe ressaltar a necessidade de projetos complementares para construção
de uma casa, como planta de fôrma para a Parede Monolítica de Concreto,
planta de perfis para o Light Steel Framing, e também a planta de cada parede
com o detalhamento dos materiais empregados, os controles tecnológicos
imprescindíveis, o plano de manutenção e o cálculo estrutural.

4.2 Orçamento

O orçamento elaborado para Light Steel Framing (Apêndice A) e Parede


Monolítica de Concreto (Apêndice B) apresentaram semelhança em várias
etapas construtivas. Uma vez que, por mais que os sistemas apresentem
diferenças quanto a constituição e característica das paredes, este não foi fator
58

de modificação nos serviços empregados neste empreendimento. Desta forma,


a acareação financeira dos sistemas construtivos pode ser demostrada de
acordo com o Gráfico 1.

Gráfico 1: Comparação financeira entre Light Steel Framing x Parede Monolítica de Concreto

Fonte: Autor (2017).

A quantificação e composição das atividades no orçamento, permitiu obter


os valores de R$ 48.424,97 para o Light Steel Framing e R$ 52.904,07 para
Parede Monolítica de Concreto, sendo o custo por m² de R$ 1.076,11 e R$
1.175,64 respectivamente. Esta diferença de custo de R$ 4.479,09 entre os
sistemas construtivos pode ser explicada pela heterogeneidade nos serviços de
pintura e paredes/painéis.
A pintura na Parede Monolítica de Concreto é acrescida do serviço de
emassamento e lixamento com massa látex nas paredes internas da casa, para
assim garantir a homogeneidade e o perfeito acabamento das paredes.
Enquanto no Light Steel Framing, este serviço é dispensável, uma vez que os
componentes deste sistema – placas de gesso acartonado e placas cimentícia –
apresentam uniformidade em suas superfícies. Assim são necessárias apenas
os serviços de aplicação de selador e pintura.
Para a etapa de paredes e painéis, o maior valor apresentado foi de R$
16.871,57 para a Parede Monolítica de Concreto, enquanto para Light Steel
Framing foi de R$ 13.153,52. A construção de uma casa pelo sistema de Parede
59

Monolítica de Concreto carece de mais serviços, consequentemente há aumento


em relação aos seus custos. Por exemplo, para 1m² de parede há a necessidade
de armação da tela, fôrmas com panos de fachadas com ou sem vãos, e a
concretagem. No sistema de Light Steel Framing a estrutura, é propriamente dita,
a parede.
Como o orçamento foi constituído de 15 etapas construtivas, foram
elaborados gráficos (Gráfico 2 e 3) para visualização quanto aos custos de cada
serviço para cada sistema. Neles, é possível observar as atividades que
demandam de maiores valores.

Gráfico 2: Etapas x Custos – Light Steel Framing

Fonte: Autor (2017).


60

Gráfico 3: Etapas x Custos – Parede Monolítica de Concreto

Fonte: Autor (2017).

Observa-se a disparidade em relação aos custos na etapa de paredes e


painéis, aos demais serviços no sistema de Parede Monolítica de Concreto.
O Programa Minha Casa Minha Vida destina-se a construção de casas em
séries, com o limite de até 200 casas para um conjunto habitacional. Neste
estudo, para efeito de análise, e como os sistemas construtivos apresentam
valores diferentes, pode-se observar um aumento considerável na diferença de
custo entre o sistema construtivos, se construídos em série. O gráfico abaixo
(Gráfico 4), descrimina o custo quando construídas 50,100,150 e 200 casas.
61

Gráfico 4: Comparação para construção em série

Fonte: Autor (2017).

Vale ressaltar que os valores apresentados no Gráfico 4 foram


multiplicados pelo custo de uma casa para os dois sistemas construtivos como
efeito de visualização. Quando construídas em série, o valor calculado para cada
unidade poderá sofrer variação, diminuindo os custos para sua produção.
O aumento no número de casas, apresentará o valor limite de R$
895.818,71 de diferença de custo entre os sistemas quando construídas 200
unidades habitacionais (Gráfico 5). Somente com esta diferença, seria possível
a construção de mais 18 casas no sistema Light Steel Framing. Logo, este
sistema apresenta viabilidade financeira maior quando comparada a Parede
Monolítica de Concreto.
62

Gráfico 5: Distinção de custos entre os sistemas construtivos

Fonte: Autor (2017).

4.3 Cronograma físico-financeiro

O cronograma físico financeiro dos sistemas de Light Steel Framing


(Apêndice C) e Parede Monolítica de Concreto (Apêndice D) apresentam
distinção quanto ao tempo construtivo necessário para a construção de uma
casa. Esta importante particularidade, foi objeto de análise, uma vez que o
cronograma físico-financeiro estabelecerá o custo de cada etapa em relação aos
dias percorridos.
A elaboração do cronograma físico-financeiro é precedida da ordem de
serviço (Quadro 6), ou seja, cada etapa foi listada de maneira sequencial sendo
em alguns casos, realizada de forma equivalente em relação ao tempo. Assim,
para Light Steel Framing e Parede Monolítica de Concreto foram desenvolvidos
os gráficos com data de início no dia 03/04/2017.
63

Quadro 6: Ordem sequencial de atividades


Item ORDEM DE SERVIÇO
1 MOVIMENTO DE TERRAS
2 INFRAESTRUTURA
3 PAREDES E PAINÉIS
4 COBERTURA E PROTEÇÕES
5 ÁGUA FRIA
6 ESGOTO E ÁGUAS PLUVIAIS
7 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS
8 PAVIMENTAÇÃO
9 REVESTIMENTO INTERNO
10 REVESTIMENTO DE FORRO
11 ESQUADRIAS METÁLICAS
12 ESQUADRIAS DE MADEIRA
13 PINTURA
14 EQUIPAMENTOS, METAIS
SANITÁRIOS
15 LIMPEZA FINAL
Fonte: Autor (2017).

Para o cronograma de Light Steel Framing, o tempo construtivo de uma


casa padrão popular para este sistema construtivo foi de 32 dias (início:
03/04/2017, fim: 05/05/2017) os itens dispostos no quadro 6 estão presentes e
enumerados de forma equivalente no Gráfico 6.

Gráfico 6: Cronograma de atividades para Light Steel Framing


01/04/2017 06/04/2017 11/04/2017 16/04/2017 21/04/2017 26/04/2017 01/05/2017 06/05/2017

1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15

Fonte: Autor (2017).


64

Pode-se observar de acordo com o Gráfico 6, que a atividade que mais


demandará tempo, será a de Infraestrutura. As paredes e painéis em Light Steel
Framing, seriam construídas em 4 dias, considerando a utilização de 2
montadores e 1 ajudantes para este serviço. Caso haja um aumento na
quantidade de colaboradores, consequentemente haverá diminuição ainda maior
de tempo. Alguns serviços realizados apresentam compatibilidade temporal,
como dos itens 5-7 (água fria, esgoto e instalações elétricas), 8-9 (pavimentação
e revestimento interno) e 11-12 (esquadrias metálicas e de madeira). Desta
forma, esses puderam ser realizadas concomitantemente.
Quanto ao cronograma de Parede Monolítica de Concreto, o tempo
necessário para construção desta unidade habitacional de padrão popular foi de
40 dias (início: 03/04/2017, fim: 13/05/2017). Os itens dispostos no Quadro 6
estarão presentes e enumerados de forma equivalente no Gráfico 7.

Gráfico 7: Cronograma de atividades para Parede Monolítica de Concreto


01/04/2017 06/04/2017 11/04/2017 16/04/2017 21/04/2017 26/04/2017 01/05/2017 06/05/2017 11/05/2017

1
2
3
4
5
6
7
8
9
10
11
12
13
14
15

Fonte: Autor (2017).

Neste caso, podemos constatar uma maior quantidade de dias de paredes


e painéis para o sistema de Parede Monolítica de Concreto. Para este serviço,
serão necessários 10 dias para sua execução e finalização, sendo esta atividade
realizada com 2 serventes, 2 pedreiros, 1 operador de betoneira, 1 armador e 1
carpinteiro. Para a diminuição dos dias exigidos para esta atividade, deverá
haver um aumento no dimensionamento desta equipe de trabalho. De forma
65

análoga a construção em Light Steel Framing, dos itens 5-7 (água fria, esgoto e
instalações elétricas), 8-9 (pavimentação e revestimento interno) e 11-12
(esquadrias metálicas e de madeira) ocorrerão de forma simultânea.
Por conseguinte, ambos os sistemas demostraram viabilidade financeira
para a sua construção na cidade de Porto Velho, onde o Light Steel Framing
apresentou o menor custo quando comparado a Parede Monolítica de Concreto.
Quando construída em série, esta vantagem tende a aumentar na mesma
proporção dos números de casas produzidas. Quanto ao tempo construtivo,
Light Steel Framing novamente apresentou outra vantagem, com a necessidade
de apenas 32 dias para sua elaboração, diante dos 40 dias carecidos pela
Parede Monolítica de Concreto. Porém, convém ressaltar que para a construção
sequencial de grande quantidade de casas, este tempo construtivo poderá sofrer
modificações em virtude da disponibilidade de colaboradores. Uma vez que para
a construção de várias casas em Light Steel Framing, é necessário uma grande
quantidade de montadores e ajudantes. Enquanto para a Parede Monolítica de
Concreto, há flexibilidade de atividade, podendo iniciar com a armação das telas
e formação das fôrmas de várias casas, e posterior concretagem simultânea
destas habitações.
66

5 CONSIDERAÇÕES FINAIS

A utilização de Light Steel Framing no Brasil teve sua abrangência na última


década com a construção de casas no Sul do país com rapidez e baixo custo.
Para o município de Porto Velho, há ainda a dificuldade no domínio da mão-de-
obra local para tal sistema construtivo, e pouco oferta de materiais necessários
para sua execução. Estas circunstâncias encarecem o custo para a construção
deste sistema construtivo quando comparada a outras cidades do país.
Para a Parede Monolítica de Concreto, o uso tanto no Brasil quanto para a
cidade de Porto Velho já é vigente nas obras do município. O uso deste sistema
construtivo está presente em algumas unidades habitacionais do Programa
Minha Casa Minha Vida, já que para sua aplicação a mão-de-obra local
apresenta certo domínio e os materiais presente em sua edificação são de fácil
acesso na região.
Ambos os sistemas demonstram compatibilidade nas suas vantagens
construtivas. Já que possuem características para construção de forma industrial
e padronizada. Características essenciais para edificações de casas para o
Programa Minha Casa Minha Vida, que exigem rapidez, eficiência e baixos
custos.
Neste objeto de estudo, o uso de Light Steel Framing apresentou vantagens
quando comparada com a Parede Monolítica de Concreto. Para a elaboração de
uma casa padrão popular com descrições e características do Programa Minha
Casa Minha Vida, tanto o custo do empreendimento quanto o tempo construtivo
foram relativamente menores no sistema Light Steel Framing. Demonstrando
assim, a sua viabilidade e possibilidade de uso.
Quando construída em série, a diferença nos valores dos sistemas
aumentou na medida da quantidade de casas a serem construídas. Porém, a
Parede Monolítica de Concreto apresentou uma flexibilidade quanto as suas
atividades, podendo assim diminuir o seu tempo construtivo.
Sabe-se que já existem normas regulamentadoras para utilização de perfis
estruturais em Light Steel Framing. E também, que a Caixa Econômica Federal
não apenas aprova financiamento de construções deste sistema, como também
fornece os critérios e requisitos mínimos necessários para a sua utilização.
67

Devido a demonstração de sua viabilidade, deve-se buscar parcerias junto


ao Governo Federal, Caixa Econômica Federal e Prefeitura do município, para
incentivar a utilização do sistema de Light Steel Framing para casas populares.
Já que esta apresentou as maiores vantagens construtivas, como rapidez em
execução, baixo custo e ambientalmente eficiente. Desta forma, podendo
colaborar para produção de emprego e a redução do déficit habitacional
brasileiro.

5.1 SUGESTÕES DE TRABALHO

O desenvolvimento e modernização dos meios tecnológicos devem ser


uma busca constante para a evolução de um país. O oferecimento de uma
educação de qualidade incentiva a criação de mão-de-obra qualificada e
preparada para o mercado. Desta forma, aumentando a eficiência dos meios
produtivos. A seguir, lista-se alguns pontos que poderão ser objeto de estudo
para trabalhos futuros:
 Desenvolvimento de um projeto compatibilizado entre os sistemas Light
Steel Framing e Parede Monolítica de Concreto para uma casa, e sua
análise quanto custo e eficiência;
 Elaboração de um projeto para um empreendimento do Programa Minha
Casa Minha Vida com até 200 casas para os dois sistemas construtivos,
com o dimensionamento de equipe para este fim e custo final da obra com
toda a infraestrutura necessária para esse residencial;
 Análise de viabilidade para construção em Light Steel Framing e Parede
Monolítica de Concreto para casas de padrão médio e elevado;
 Estudo das patologias mais comuns para os sistemas construtivos
estudados neste trabalho;
 Verificação de exequibilidade para uso dos dois sistemas construtivos
para empreendimentos variados, como: escolas, hospitais,
supermercados, entre outros;
68

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Arrendamento Residencial – FAR, e contratação de operações com
recursos transferidos ao Fundo de Desenvolvimento Social – FDS, no
âmbito do Programa Minha Casa Minha Vida – PMCMV. Brasília, DF, 26 de
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76

APÊNDICE
77

APÊNDICE A – Orçamento para Light Steel Framing

ITEM ORIGEM DO PREÇO CÓDIGO DESCRIÇÃO DO SERVIÇO UNID. QUANT. PREÇO UNIT. PREÇO TOTAL (R$)
1.0 MOVIMENTO DE TERRAS Sub - Total: R$ 400,01
1.1 SINAPI 73948/016 Limpeza manual do terreno (c/ raspagem superficial) M² 71,00 R$ 3,60 R$ 255,60
1.2 SINAPI 79473 Corte e aterro compensado M³ 21,30 R$ 6,78 R$ 144,41
2.0 INFRAESTRUTURA Sub - Total: R$ 5.744,39
Locação convencional de obra, atráves de gabarito de tábuas corridas
2.2 SINAPI 74077/002 M² 69,16 R$ 3,58 R$ 247,59
pontaletadas, com aproveitamento de 10 vezes
Lastro de concreto, E= 3cm, preparo mecânico, inclusos lançamento e
2.3 SINAPI 95240 M² 69,16 R$ 13,24 R$ 915,68
adensamento
Fornecimento/Instalação de Lona plástica preta para impermeabilização,
2.4 SINAPI 68053 M² 69,16 R$ 4,71 R$ 325,74
espessura 150 micras
2.5 SINAPI 74076/003 Fôrma tabua p/ concreto em fundação Radier c/ aproveitamento 10x M² 69,16 R$ 17,62 R$ 1.218,60
Armação em tela soldada nervurada Q - 138, aço CA-60, 4,2mm, malha a
2.6 SINAPI 73994/001 Kg 99,00 R$ 9,25 R$ 915,75
10x10cm
Concretagem de lajes em edificações familiares com sistemas de
2.7 SINAPI 90856 fôrmas manuseáveis com concreto usinado bombeável, FCK 20 MPA, M³ 4,50 R$ 471,34 R$ 2.121,03
lançado com bomba lança - Lançamento, Adensamento e Acabamento
3.0 PAREDES E PAINÉIS Sub - Total: R$ 13.153,52
Steel frame para parede interna, para ambiente seco, espaçamento entre
3.1 COMPOSIÇÃO - M² 15,15 R$ 124,72 R$ 1.889,54
perfis de 40cm
Steel frame para parede interna, para ambiente úmido, espaçamento
3.2 COMPOSIÇÃO - M² 85,5 R$ 131,74 R$ 11.263,98
entre perfis de 40cm
4.0 ESQUADRIAS METÁLICAS Sub - Total: R$ 6.407,17
Porta em alumínio de abrir tipo veneziana com guarnição, fixação com
4.1 SINAPI 91341 M² 3,36 R$ 968,97 R$ 3.255,74
parafusos - Fornecimento e Instalação.
Janela de alumínio de correr, 2 folhas, fixação com parafuso sobre
4.2 SINAPI 94570 M² 4,08 R$ 507,43 R$ 2.070,31
contramarco (exclusive contramarco), com vidros.
Janela de alumínio Maxim-ar, fixaçao com parafuso sobre contramarco
4.3 SINAPI 94569 M² 0,36 R$ 546,59 R$ 196,77
(exclusive contramarco), com vidros.
Janela de alumínio de correr, 4 folhas, fixação com parafuso sobre
4.4 SINAPI 94573 M² 1,80 R$ 491,30 R$ 884,34
contramarco (exclusive contramarco), com vidros.
5.0 ESQUADRIAS DE MADEIRA Sub - Total: R$ 1.285,58
Kit de porta de madeira para pintura, semi-oca (Leve ou Média), padrão
popular, 60x210cm, espessura de 3,5cm, incluso: dobradiças,
5.1 SINAPI 91312 UN 1,00 R$ 408,96 R$ 408,96
montangem e instalação do batente, fechadura com execução do furo -
Fornecimento e Instalação
Kit de porta de madeira para pintura, semi-oca (Leve ou Média), padrão
popular, 70x210cm, espessura de 3,5cm, incluso: dobradiças,
5.2 SINAPI 91313 UN 2,00 R$ 438,31 R$ 876,62
montangem e instalação do batente, fechadura com execução do furo -
Fornecimento e Instalação
6.0 COBERTURAS E PROTEÇÕES Sub - Total: R$ 6.896,95
Trama de aço composta por ripas, caibros e terças para telhados de até
6.1 SINAPI 92568 2 águas para telha de encaixe de cerâmica ou concreto, incluso M² 59,50 R$ 68,08 R$ 4.050,76
transporte vertical
Instalação de tesoura (inteira ou meia), em aço, para vãos maiores ou
6.2 SINAPI 92256 UN 4,00 R$ 132,84 R$ 531,36
iguais a 6m e menores que 8,0m, incluso içamento.
Telhamento com telha cerâmica de encaixa, tipo romana, com até 2
6.3 SINAPI 94442 M² 59,50 R$ 33,63 R$ 2.000,99
águas, incluso transporte vertical
Cumeeira para telha cerâmica emboçada com argamassa traço 1:2:9
6.4 SINAPI 94221 (cimento, cal e areia) para telhados com até 2 águas, incluso transporte M 8,50 R$ 21,04 R$ 178,84
vertical.
Impermeabilização de superficie com argamassa de cimento e areia
6.5 SINAPI 83733 M² 4,00 R$ 33,75 R$ 135,00
(Grossa), traço 1:4, com aditivo impermeabilizante, e = 2cm
7.0 REVESTIMENTO INTERNO Sub - Total: R$ 753,42
Piso cerâmico formato igual ou menor que 20x25 cm (Padrão popular),
7.1 COMPOSIÇÃO - M² 24,765 R$ 30,42 R$ 753,42
PEI igual ou menor a 3
8.0 REVESTIMENTO DE FORRO Sub - Total: R$ 2.621,02
Forro de PVC em painéis lineares encaixados entre si e fixados em
8.1 COMPOSIÇÃO - M² 53,63 R$ 48,87 R$ 2.621,02
estrutura de madeira dimensão: 100x 6000mm
9.0 PINTURA Sub - Total: R$ 1.764,66
Aplicação mecânica de pintura com tinta látex PVA em paredes internas,
9.1 SINAPI 88491 M² 107,19 R$ 7,02 R$ 752,47
duas demão
Aplicação mecânica de pintura com tinta acrílica em paredes externas,
9.2 SINAPI 88493 M² 75,66 R$ 8,31 R$ 628,73
duas demão
Pintura esmalte fosco, duas demãos, sobre superfície metálica, incluso
9.3 SINAPI 74145/001 M² 3,36 R$ 13,11 R$ 44,05
uma demão de fundo anticorrosivo

9.4 SINAPI 88483 Aplicação de fundo selador látex PVA em paredes internas, uma demão M² 107,19 R$ 2,03 R$ 217,59

9.5 SINAPI 88485 Aplicação de fundo selador acrílico em paredes externas, uma demão M² 75,66 R$ 1,61 R$ 121,81

10.0 PAVIMENTAÇÃO Sub - Total: R$ 3.219,60


Execução de passeio (Calçada) ou piso de concreto com concreto
10.1 SINAPI 94992 moldado in loco, usinado, acabamento convencional, espessura de 6cm, M² 25,56 R$ 60,25 R$ 1.539,99
armado.
Revestimento cerâmico para piso com placas tipo grês padrão popular
10.2 SINAPI 93389 com dimensões 35x35cm aplicada em ambientes de área menor que M² 6,00 R$ 30,59 R$ 183,54
5m²
Revestimento cerâmico para piso com placas tipo grês padrão popular
10.3 SINAPI 93390 com dimensões 35x35cm aplicada em ambientes de área entre 5 m² e M² 24,23 R$ 26,20 R$ 634,83
10m²
Revestimento cerâmico para piso com placas tipo grês padrão popular
10.4 SINAPI 93391 com dimensões 35x35cm aplicada em ambientes de área maior que M² 10,90 R$ 22,49 R$ 245,14
10m²
Soleira de mármore branco, largura de 15cm, espessura de 3cm,
10.5 SINAPI 84161 M 7,10 R$ 65,94 R$ 468,17
assentanda sobre argamassa traço 1:4 (cimento e areia)

Rodapé cerâmico de 7cm de altura com placas tipo grês de dimensões


10.6 SINAPI 88648 M 31,95 R$ 4,63 R$ 147,93
35x35cm
11.0 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS Sub - Total: R$ 3.131,32
Quadro de distribuição de energia p/ 6 disjuntores termomagnéticos
11.1 SINAPI 84402 monopolares sem barramento, de embutir, em chapa metálica. UN 1,00 R$ 61,01 R$ 61,01
Fornecimento e instalação
Tomada para telefone de 4 pólos padrão telebrás - Fornecimento e
11.2 SINAPI 72337 UN 1,00 R$ 20,02 R$ 20,02
Instalação
78

Disjuntor bipolar tipo Din, corrente nominal de 10A - Fornecimento e


11.3 SINAPI 93660 UN 1,00 R$ 47,24 R$ 47,24
instalação
Disjuntor bipolar tipo Din, corrente nominal de 16A - Fornecimento e
11.4 SINAPI 93661 UN 1,00 R$ 48,05 R$ 48,05
instalação
Disjuntor bipolar tipo Din, corrente nominal de 20A - Fornecimento e
11.5 SINAPI 93662 UN 3,00 R$ 49,49 R$ 148,47
instalação
Ponto para instalação de som, TV, incluindo eletroduto de PVC flexível e
11.6 COMPOSIÇÃO - UN 1,00 R$ 97,65 R$ 97,65
caixa com espelho
Ponto de iluminação incluindo interruptor simples, caixa elétrica,
11.7 SINAPI 93128 eletroduto, cabo, rasgo, quebra e chubamento. (Excluindo luminárias e UN 5,00 R$ 92,85 R$ 464,25
lâmpada)
Ponto de tomada residencial incluindo tomada 10A/250V, caixa elétrica,
11.8 SINAPI 93141 UN 15,00 R$ 119,77 R$ 1.796,55
eletrotudo, cabo, rasgo, quebra e chubamento.
Ponto de tomada residencial incluindo tomada 20A/250V, caixa elétrica,
11.9 SINAPI 93143 UN 3,00 R$ 149,36 R$ 448,08
eletrotudo, cabo, rasgo, quebra e chubamento.
12.0 ÁGUA FRIA Sub - Total: R$ 784,51
12.1 COMPOSIÇÃO - Ponto de água fria de 8m com tubo de PVC e conexões Ø 25mm UN 1,00 R$ 135,18 R$ 135,18
12.2 SINAPI 88504 Caixa de água em Polietileno, 500 Litros, com acessórios UN 1,00 R$ 527,22 R$ 527,22
Registro de gaveta bruto, latão, roscálvel, 3/4", com acabamento e
12.3 SINAPI 89987 1,00 R$ 50,33 R$ 50,33
canopla cromados. Fornecido e instalado em ramal de água UN
Registro de pressão bruto, latão, roscálvel, 3/4", com acabamento e
12.4 SINAPI 89985 UN 1,00 R$ 47,94 R$ 47,94
canopla cromados. Fornecido e instalado em ramal de água
Engate flexível em plástico branco, 1/2" x 30cm - Fornecimento e
12.5 SINAPI 86884 UN 1,00 R$ 6,16 R$ 6,16
instalação
Tubo de PVC, soldável, DN 25mm, instalado em dreno de ar-
12.6 SINAPI 89865 M 2,00 R$ 8,84 R$ 17,68
condicionado - Fornecimento e instalação
13.0 ESGOTO E ÁGUAS PLUVIAIS Sub - Total: R$ 1.141,50

13.1 COMPOSIÇÃO - Ponto de esgoto primário de 6m com tubo de PVC e conexões Ø=100mm UN 2,00 R$ 200,28 R$ 400,56
Ponto de esgoto secundário de 6m com tubo de PVC e conexões
13.2 COMPOSIÇÃO - UN 2,00 R$ 167,33 R$ 334,66
Ø=50mm
Caixa de gordura em PVC, diametro minimo 300mm, diametro de saída
13.3 COMPOSIÇÃO - UN 1,00 R$ 340,93 R$ 340,93
100mm, capacidade aproximada de 18 litros, com tampa
Caixa sifonada PVC com grelha granca, 150x185x75mm, fornecida e
13.4 SINAPI 89708 UN 1,00 R$ 45,06 R$ 45,06
instalada em ramal de descarga ou em ramal de esgoto sanitário
Caixa sifonada PVC com grelha branca, 100x100x50mm, fornecida e
13.5 SINAPI 89707 UN 1,00 R$ 20,29 R$ 20,29
instalada em ramal de descarga ou em ramal de esgoto sanitário.
14.0 EQUIPAMENTOS, METAIS SANITÁRIOS Sub - Total: R$ 1.022,34
Vaso sanitário sifonado com caixa acoplada louça branca - Fornecimento
14.1 SINAPI 86888 UN 1,00 R$ 366,01 R$ 366,01
e instalação
Lavatório louça branca suspenso, 29,5x39cm ou equivalente, padrão
14.2 SINAPI 86943 popular, incluso sifão flexível em PVC, válvula e engate flexícel 30cm e UN 1,00 R$ 168,96 R$ 168,96
torneira cromada de mesa, padrão popular - Fornecimento e instalação
Bancada de mármore sintético 120x0,60cm, com cuba integrada, incluso
sifão tipo flexível em PVC, válvula em plástico cromada tipo americana e
14.3 SINAPI 86934 UN 1,00 R$ 296,19 R$ 296,19
torneira cromada longa, de parede, padrão popular - Fornecimento e
instalação
Tanque em mármore sintético suspenso, 22L ou equivalente, incluso
14.4 SINAPI 86929 sifão flexível em PVC, válvula plástica e torneira de metal cromado padrão UN 1,00 R$ 191,18 R$ 191,18
popular - Fornecimento e Instalação
15.0 LIMPEZA FINAL Sub - Total: R$ 99,00
15.1 SINAPI 9537 Limpeza final da obra M² 45,00 R$ 2,20 R$ 99,00
TOTAL R$ 48.424,97
79

APÊNDICE B – Orçamento para Parede Monolítica de Concreto

ITEM ORIGEM DO PREÇO CÓDIGO DESCRIÇÃO DO SERVIÇO UNID. QUANT. PREÇO UNIT. PREÇO TOTAL (R$)
1.0 MOVIMENTO DE TERRAS Sub - Total: R$ 400,01
1.1 SINAPI 73496/016 Limpeza manual do terreno (c/ raspagem superficial) M² 71,00 R$ 3,60 R$ 255,60
1.2 SINAPI 79743 Corte e aterro compensado M³ 21,30 R$ 6,78 R$ 144,41
2.0 INFRAESTRUTURA Sub - Total: R$ 5.744,39
Locação convencional de obra, atráves de gabarito de tábuas corridas
2.2 SINAPI 74077/002 M² 69,16 R$ 3,58 R$ 247,59
pontaletadas, com aproveitamento de 10 vezes
Lastro de concreto, E= 3cm, preparo mecânico, inclusos lançamento e
2.3 SINAPI 95240 M² 69,16 R$ 13,24 R$ 915,68
adensamento
Fornecimento/Instalação de Lona plástica preta para impermeabilização,
2.4 SINAPI 68053 M² 69,16 R$ 4,71
espessura 150 micras R$ 325,74
2.5 SINAPI 74076/003 Fôrma tabua p/ concreto em fundação Radier c/ aproveitamento 10x M² 69,16 R$ 17,62 R$ 1.218,60
Armação em tela soldada nervurada Q - 138, aço CA-60, 4,2mm, malha
2.6 73994/001 Kg 99,00 R$ 9,25 R$ 915,75
SINAPI a 10x10cm
Concretagem de lajes em edificações familiares com sistemas de
2.7 SINAPI 90856 fôrmas manuseáveis com concreto usinado bombeável, FCK 20 MPA, M³ 4,50 R$ 471,34 R$ 2.121,03
lançado com bomba lança - Lançamento, Adensamento e Acabamento
3.0 PAREDES E PAINÉIS Sub - Total: R$ 16.871,57
Armação do sistema de parades de concreto, executada em paredes de
3.1 SINAPI 91594 Kg 221,43 R$ 9,68 R$ 2.143,44
edificações térreas ou de múltiplos pavimentos, tela Q-92
Fôrmas manuseáveis para paredes de concreto moldadas in loco em
3.2 SINAPI 91006 M² 56,8575 R$ 10,34 R$ 587,91
edficações de pavimento único, em panos de fachada com vãos
Fôrmas manuseáveis para paredes de concreto moldadas in loco em
3.3 SINAPI 91007 M² 43,7925 R$ 9,26 R$ 405,52
edificações de pavimento único, em panos de fachada sem vãos
Execução de revestimento de concreto projetado com espessura de
3.4 SINAPI 91089 M² 100,65 R$ 136,46 R$ 13.734,70
10cm, armado com tela, inclinação de 90
4.0 ESQUADRIAS METÁLICAS Sub - Total: R$ 6.407,17
Porta em alumínio de abrir tipo veneziana com guarnição, fixação com
4.1 SINAPI 91341 M² 3,36 R$ 968,97 R$ 3.255,74
parafusos - Fornecimento e Instalação.
Janela de alumínio de correr, 2 folhas, fixação com parafuso sobre
4.2 SINAPI 94570 M² 4,08 R$ 507,43 R$ 2.070,31
contramarco (exclusive contramarco), com vidros.
Janela de alumínio Maxim-ar, fixaçao com parafuso sobre contramarco
4.3 SINAPI 94569 M² 0,36 R$ 546,59 R$ 196,77
(exclusive contramarco), com vidros.
Janela de alumínio de correr, 4 folhas, fixação com parafuso sobre
4.4 SINAPI 94573 M² 1,80 R$ 491,30 R$ 884,34
contramarco (exclusive contramarco), com vidros.
5.0 ESQUADRIAS DE MADEIRA Sub - Total: R$ 1.285,58
Kit de porta de madeira para pintura, semi-oca (Leve ou Média), padrão
popular, 60x210cm, espessura de 3,5cm, incluso: dobradiças,
5.1 SINAPI 91312 UN 1,00 R$ 408,96 R$ 408,96
montangem e instalação do batente, fechadura com execução do furo -
Fornecimento e Instalação
Kit de porta de madeira para pintura, semi-oca (Leve ou Média), padrão
popular, 70x210cm, espessura de 3,5cm, incluso: dobradiças,
5.2 SINAPI 91313 UN 2,00 R$ 438,31 R$ 876,62
montangem e instalação do batente, fechadura com execução do furo -
Fornecimento e Instalação
6.0 COBERTURAS E PROTEÇÕES Sub - Total: R$ 6.896,95
Trama de aço composta por ripas, caibros e terças para telhados de até
6.1 SINAPI 92568 2 águas para telha de encaixe de cerâmica ou concreto, incluso M² 59,50 R$ 68,08 R$ 4.050,76
transporte vertical
Instalação de tesoura (inteira ou meia), em aço, para vãos maiores ou
6.2 SINAPI 92256 UN 4,00 R$ 132,84 R$ 531,36
iguais a 6m e menores que 8,0m, incluso içamento.
Telhamento com telha cerâmica de encaixa, tipo romana, com até 2
6.3 SINAPI 94442 M² 59,50 R$ 33,63 R$ 2.000,99
águas, incluso transporte vertical
Cumeeira para telha cerâmica emboçada com argamassa traço 1:2:9
6.4 SINAPI 94221 (cimento, cal e areia) para telhados com até 2 águas, incluso transporte M 8,50 R$ 21,04 R$ 178,84
vertical.
Impermeabilização de superficie com argamassa de cimento e areia
6.5 SINAPI 83733 M² 4,00 R$ 33,75 R$ 135,00
(Grossa), traço 1:4, com aditivo impermeabilizante, e = 2cm
7.0 REVESTIMENTO INTERNO Sub - Total: R$ 753,42
Piso cerâmico formato igual ou menor que 20x25 cm (Padrão popular),
7.1 COMPOSIÇÃO - M² 24,765 R$ 30,42 R$ 753,42
PEI igual ou menor a 3
8.0 REVESTIMENTO DE FORRO Sub - Total: R$ 2.621,02
Forro de PVC em painéis lineares encaixados entre si e fixados em
8.1 COMPOSIÇÃO - M² 53,63 R$ 48,87 R$ 2.621,02
estrutura de madeira dimensão: 100x 6000m
9.0 PINTURA Sub - Total: R$ 2.525,71
Aplicação mecânica de pintura com tinta látex PVA em paredes internas,
9.1 SINAPI 88491 M² 107,19 R$ 7,02 R$ 752,47
duas demão
Aplicação mecânica de pintura com tinta acrílica em paredes externas,
9.2 SINAPI 88493 M² 75,66 R$ 8,31 R$ 628,73
duas demão
9.3 SINAPI 88495 Aplicação e lixamento de massa látex em paredes, uma demão M² 107,19 R$ 7,10 R$ 761,05
Pintura esmalte fosco, duas demãos, sobre superfície metálica, incluso
9.4 SINAPI 74145/001 M² 3,36 R$ 13,11 R$ 44,05
uma demão de fundo anticorrosivo

9.5 SINAPI 88483 Aplicação de fundo selador látex PVA em paredes internas, uma demão M² 107,19 R$ 2,03 R$ 217,59
9.6 SINAPI 88485 Aplicação de fundo selador acrílico em paredes externas, uma demão M² 75,66 R$ 1,61 R$ 121,81
10.0 PAVIMENTAÇÃO Sub - Total: R$ 3.219,60
Execução de passeio (Calçada) ou piso de concreto com concreto
10.1 SINAPI 94992 moldado in loco, usinado, acabamento convencional, espessura de 6cm, M² 25,56 R$ 60,25 R$ 1.539,99
armado.
Revestimento cerâmico para piso com placas tipo grês padrão popular
10.2 SINAPI 93389 com dimensões 35x35cm aplicada em ambientes de área menor que M² 6,00 R$ 30,59 R$ 183,54
5m²
Revestimento cerâmico para piso com placas tipo grês padrão popular
10.3 SINAPI 93390 com dimensões 35x35cm aplicada em ambientes de área entre 5 m² e M² 24,23 R$ 26,20 R$ 634,83
10m²
Revestimento cerâmico para piso com placas tipo grês padrão popular
10.4 SINAPI 93391 com dimensões 35x35cm aplicada em ambientes de área maior que M² 10,90 R$ 22,49 R$ 245,14
10m²
Soleira de mármore branco, largura de 15cm, espessura de 3cm,
10.5 SINAPI 84161 M 7,10 R$ 65,94 R$ 468,17
assentanda sobre argamassa traço 1:4 (cimento e areia)
Rodapé cerâmico de 7cm de altura com placas tipo grês de dimensões
10.6 SINAPI 88648 M 31,95 R$ 4,63 R$ 147,93
35x35cm
80

11.0 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS Sub - Total: R$ 3.131,32


Quadro de distribuição de energia p/ 6 disjuntores termomagnéticos
11.1 SINAPI 84402 monopolares sem barramento, de embutir, em chapa metálica. UN 1,00 R$ 61,01 R$ 61,01
Fornecimento e instalação
Tomada para telefone de 4 pólos padrão telebrás - Fornecimento e
11.2 SINAPI 72337 UN 1,00 R$ 20,02 R$ 20,02
Instalação
Disjuntor bipolar tipo Din, corrente nominal de 10A - Fornecimento e
11.3 SINAPI 93660 UN 1,00 R$ 47,24 R$ 47,24
instalação
Disjuntor bipolar tipo Din, corrente nominal de 16A - Fornecimento e
11.4 SINAPI 93661 UN 1,00 R$ 48,05 R$ 48,05
instalação
Disjuntor bipolar tipo Din, corrente nominal de 20A - Fornecimento e
11.5 SINAPI 93662 UN 3,00 R$ 49,49 R$ 148,47
instalação
Ponto para instalação de som, TV, incluindo eletroduto de PVC flexível e
11.6 COMPOSIÇÃO - UN 1,00 R$ 97,65 R$ 97,65
caixa com espelho
Ponto de iluminação incluindo interruptor simples, caixa elétrica,
11.7 SINAPI 93128 eletroduto, cabo, rasgo, quebra e chubamento. (Excluindo luminárias e UN 5,00 R$ 92,85 R$ 464,25
lâmpada)
Ponto de tomada residencial incluindo tomada 10A/250V, caixa elétrica,
11.8 SINAPI 93141 UN 15,00 R$ 119,77 R$ 1.796,55
eletrotudo, cabo, rasgo, quebra e chubamento.
Ponto de tomada residencial incluindo tomada 20A/250V, caixa elétrica,
11.9 SINAPI 93143 UN 3,00 R$ 149,36 R$ 448,08
eletrotudo, cabo, rasgo, quebra e chubamento.
12.0 ÁGUA FRIA Sub - Total: R$ 784,51
12.1 COMPOSIÇÃO - Ponto de água fria de 8m com tubo de PVC e conexões Ø 25mm UN 1,00 R$ 135,18 R$ 135,18
12.2 SINAPI 88504 Caixa de água em Polietileno, 500 Litros, com acessórios UN 1,00 R$ 527,22 R$ 527,22
Registro de gaveta bruto, latão, roscálvel, 3/4", com acabamento e
12.3 SINAPI 89987 1,00 R$ 50,33 R$ 50,33
canopla cromados. Fornecido e instalado em ramal de água UN
Registro de pressão bruto, latão, roscálvel, 3/4", com acabamento e
12.4 SINAPI 89985 UN 1,00 R$ 47,94 R$ 47,94
canopla cromados. Fornecido e instalado em ramal de água
Engate flexível em plástico branco, 1/2" x 30cm - Fornecimento e
12.5 SINAPI 86884 UN 1,00 R$ 6,16 R$ 6,16
instalação
Tubo de PVC, soldável, DN 25mm, instalado em dreno de ar-
12.6 SINAPI 89865 M 2,00 R$ 8,84
condicionado - Fornecimento e instalação R$ 17,68
13.0 ESGOTO E ÁGUAS PLUVIAIS Sub - Total: R$ 1.141,50
Ponto de esgoto primário de 6m com tubo de PVC e conexões
13.1 COMPOSIÇÃO - UN 2,00 R$ 200,28 R$ 400,56
Ø=100mm
Ponto de esgoto secundário de 6m com tubo de PVC e conexões
13.2 COMPOSIÇÃO - UN 2,00 R$ 167,33 R$ 334,66
Ø=50mm
Caixa de gordura em PVC, diametro minimo 300mm, diametro de saída
13.3 COMPOSIÇÃO - UN 1,00 R$ 340,93 R$ 340,93
100mm, capacidade aproximada de 18 litros, com tampa
Caixa sifonada PVC com grelha granca, 150x185x75mm, fornecida e
13.4 SINAPI 89708 UN 1,00 R$ 45,06 R$ 45,06
instalada em ramal de descarga ou em ramal de esgoto sanitário
Caixa sifonada PVC com grelha branca, 100x100x50mm, fornecida e
13.5 SINAPI 89707 UN 1,00 R$ 20,29 R$ 20,29
instalada em ramal de descarga ou em ramal de esgoto sanitário.
14.0 EQUIPAMENTOS, METAIS SANITÁRIOS Sub - Total: R$ 1.022,34
Vaso sanitário sifonado com caixa acoplada louça branca -
14.1 SINAPI 86888 UN 1,00 R$ 366,01 R$ 366,01
Fornecimento e instalação
Lavatório louça branca suspenso, 29,5x39cm ou equivalente, padrão
14.2 SINAPI 86943 popular, incluso sifão flexível em PVC, válvula e engate flexícel 30cm e UN 1,00 R$ 168,96 R$ 168,96
torneira cromada de mesa, padrão popular - Fornecimento e instalação
Bancada de mármore sintético 120x0,60cm, com cuba integrada,
incluso sifão tipo flexível em PVC, válvula em plástico cromada tipo
14.3 SINAPI 86934 UN 1,00 R$ 296,19 R$ 296,19
americana e torneira cromada longa, de parede, padrão popular -
Fornecimento e instalação
Tanque em mármore sintético suspenso, 22L ou equivalente, incluso
14.4 SINAPI 86929 sifão flexível em PVC, válvula plástica e torneira de metal cromado UN 1,00 R$ 191,18 R$ 191,18
padrão popular - Fornecimento e Instalação
15.0 LIMPEZA FINAL Sub - Total: R$ 99,00
15.1 SINAPI 9537 Limpeza final da obra M² 45,00 R$ 2,20 R$ 99,00
TOTAL R$ 52.904,07
81

APÊNDICE C – Cronograma físico-financeiro para Light Steel Framing

2 DIAS 2 DIAS 2 DIAS 2 DIAS 2 DIAS 2 DIAS 2 DIAS 2 DIAS 2 DIAS 2 DIAS 2 DIAS 2 DIAS 2 DIAS 2 DIAS 2 DIAS 2 DIAS
R$ 400,01 R$ 1.436,10 R$ 1.436,10 R$ 1.436,10 R$ 1.436,10 R$ 6.576,76 R$ 6.576,76 R$ 4.597,96 R$ 2.298,98 R$ 3.491,66 R$ 4.465,47 R$ 1.073,20 R$ 2.621,02 R$ 7.692,75 R$ 1.764,66 R$ 1.121,34
VALOR TOTAL R$ 400,01 R$ 1.836,11 R$ 3.272,21 R$ 4.708,31 R$ 6.144,41 R$ 12.721,17 R$ 19.297,93 R$ 23.895,89 R$ 26.194,87 R$ 29.686,54 R$ 34.152,01 R$ 35.225,21 R$ 37.846,22 R$ 45.538,97 R$ 47.303,63 R$ 48.424,97
ITEM DESCRIÇÃO R$ 48.424,97 1% 4% 7% 10% 13% 26% 40% 49% 54% 61% 71% 73% 78% 94% 98% 100%
1 MOVIMENTO DE TERRAS R$ 400,01 R$ 400,01
100%
2 INFRAESTRUTURA R$ 5.744,39 R$ 1.436,10 R$ 1.436,10 R$ 1.436,10 R$ 1.436,10
25% 25% 25% 25%
3 PAREDES E PAINÉIS R$ 13.153,52 R$ 6.576,76 R$ 6.576,76
50% 50%
4 COBERTURA E PROTEÇÕES R$ 6.896,95 R$ 4.597,96 R$ 2.298,98
67% 33%
5 ÁGUA FRIA R$ 784,51 R$ 784,51
100%
6 ESGOTO E ÁGUAS PLUVIAIS R$ 1.141,50 R$ 1.141,50
100%
7 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS R$ 3.131,32 R$ 1.565,66 R$ 1.565,66
50% 50%
8 PAVIMENTAÇÃO R$ 3.219,60 R$ 2.146,40 R$ 1.073,20
67% 33%
9 REVESTIMENTO INTERNO R$ 753,42 R$ 753,42
100%
10 REVESTIMENTO DE FORRO R$ 2.621,02 R$ 2.621,02
100%
11 ESQUADRIAS METÁLICAS R$ 6.407,17 R$ 6.407,17
100%
12 ESQUADRIAS DE MADEIRA R$ 1.285,58 R$ 1.285,58
100%
13 PINTURA R$ 1.764,66 R$ 1.764,66
100%
14 EQUIPAMENTOS, METAIS SANITÁRIOS R$ 1.022,34 R$ 1.022,34
100%
15 LIMPEZA FINAL R$ 99,00 R$ 99,00
100%
82

APÊNDICE D – Cronograma físico-financeiro para Parede Monolítica de Concreto

2 DIAS 2 DIAS 2 DIAS 2 DIAS 2 DIAS 2 DIAS 2 DIAS 2 DIAS 2 DIAS 2 DIAS 2 DIAS 2 DIAS 2 DIAS 2 DIAS 2 DIAS 2 DIAS 2 DIAS 2 DIAS 2 DIAS 2 DIAS
R$ 400,01 R$ 1.436,10 R$ 1.436,10 R$ 1.436,10 R$ 1.436,10 R$ 3.374,31 R$ 3.374,31 R$ 3.374,31 R$ 3.374,31 R$ 3.374,31 R$ 4.597,96 R$ 2.298,98 R$ 3.491,66 R$ 4.465,47 R$ 1.073,20 R$ 2.621,02 R$ 7.692,75 R$ 1.262,85 R$ 1.262,85 R$ 1.121,34
VALOR TOTAL R$ 400,01 R$ 1.836,11 R$ 3.272,21 R$ 4.708,31 R$ 6.144,41 R$ 9.518,72 R$ 12.893,03 R$ 16.267,35 R$ 19.641,66 R$ 23.015,97 R$ 27.613,94 R$ 29.912,92 R$ 33.404,58 R$ 37.870,06 R$ 38.943,26 R$ 41.564,27 R$ 49.257,02 R$ 50.519,87 R$ 51.782,73 R$ 52.904,07
ITEM DESCRIÇÃO R$ 52.904,07 1% 3% 6% 9% 12% 18% 24% 31% 37% 44% 52% 57% 63% 72% 74% 79% 93% 95% 98% 100%
1 MOVIMENTO DE TERRAS R$ 400,01 R$ 400,01
100%
2 INFRAESTRUTURA R$ 5.744,39 R$ 1.436,10 R$ 1.436,10 R$ 1.436,10 R$ 1.436,10
25% 25% 25% 25%
3 PAREDES E PAINÉIS R$ 16.871,57 R$ 3.374,31 R$ 3.374,31 R$ 3.374,31 R$ 3.374,31 R$ 3.374,31
26% 26% 26% 26% 26%
4 COBERTURA E PROTEÇÕES R$ 6.896,95 R$ 4.597,96 R$ 2.298,98
67% 33%
5 ÁGUA FRIA R$ 784,51 R$ 784,51
100%
6 ESGOTO E ÁGUAS PLUVIAIS R$ 1.141,50 R$ 1.141,50
100%
7 INSTALAÇÕES ELÉTRICAS R$ 3.131,32 R$ 1.565,66 R$ 1.565,66
50% 50%
8 PAVIMENTAÇÃO R$ 3.219,60 R$ 2.146,40 R$ 1.073,20
67% 33%
9 REVESTIMENTO INTERNO R$ 753,42 R$ 753,42
100%
10 REVESTIMENTO DE FORRO R$ 2.621,02 R$ 2.621,02
100%
11 ESQUADRIAS METÁLICAS R$ 6.407,17 R$ 6.407,17
100%
12 ESQUADRIAS DE MADEIRA R$ 1.285,58 R$ 1.285,58
100%
13 PINTURA R$ 2.525,71 R$ 1.262,85 R$ 1.262,85
50% 50%
14 EQUIPAMENTOS, METAIS SANITÁRIOS R$ 1.022,34 R$ 1.022,34
100%
15 LIMPEZA FINAL R$ 99,00 R$ 99,00
100%

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