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PORTFÓLIO

CLASSE HOSPITALAR
ESPAÇO ACOLHER- 2017

BELÉM-PARÁ
GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ

SECRETARIA DE ESTADO DE EDUCAÇÃO

SECRETARIA ADJUNTA DE ENSINO

COORDENADORIA DE EDUCAÇÃO ESPECIAL

E.E.E.F. BARÃO DO RIO BRANCO

ANEXO I – CLASSE HOSPITALAR E ATENDIMENTO DOMICILIAR


IDENTIFICAÇÃO
O ESPAÇO ACOLHER O Espaço Acolher está organizado em suas ações
A Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará- de forma a atender as diversas faixas etárias, desde
FSCMPA criou o Espaço Acolher como parte de um crianças a adolescentes, jovens e pessoas idosas.
conjunto ações que visam assegurar o atendimento No espaço Acolher, as ações de educação e saúde
humanizado aos pacientes oriundos de diversos são desenvolvidas a partir da atuação de uma equipe
municípios do Estado que necessitam realizar tratamento multidisciplinar formada por profissionais de diversas
especializado. áreas, como: Assistentes Sociais, Psicólogos,
O Espaço tem como prioridade atender vítimas de Enfermeiros, Pedagogos, Professores, Bolsistas da
escalpelamento e mães que possuem crianças recém- Universidade Estadual do Pará e demais profissionais de
nascidas internadas na Clínica de Neonatologia. Em apoio.
caráter excepcional, recebe pacientes de outras categorias
que necessitem de pernoite ou acolhimento de curto
prazo.
O escalpelamento é a retirada, acidental e de
maneira brusca, do couro cabeludo pelo eixo descoberto
de motores de embarcações que trafegam pelos rios da
Amazônia. Esse acidente acontece, principalmente, com
mulheres e crianças deixando cicatrizes e mutilações na
FONTE: Arquivos da Classe Hospitalar
cabeça, rosto e pescoço dessas pessoas.
APRESENTAÇÃO

A classe hospitalar do Espaço Acolher iniciou suas


atividades no ano de 2011, como parte de um programa
de Governo do Estado do Pará. Para tal, foi firmado um
Convênio de Cooperação Técnica entre a Fundação Santa
Casa de Misericórdia do Pará e a Secretaria de Estado de
Educação (SEDUC).
O Objetivo da Classe hospitalar no Espaço Acolher é
dar continuidade ao processo de desenvolvimento e
aprendizagem de pacientes vítimas de escalpelamento e
seus acompanhantes, assegurando os vínculos escolares
durante o todo o tratamento.
Também visa:
 Criar condições para o resgate da autoestima dos
pacientes e acompanhantes que residem no espaço;
minimizando suas perdas físicas, sociais, psicológicas e
cognitivas;
 Favorecer a humanização;
 Diminuir a ociosidade e problemas decorrentes EQUIPE PEDAGÓGICA:
desta; Professora Referência/SEDUC
Denise Correa Soares da Mota
 Valorizar as potencialidades dos residentes.
A Classe hospitalar do Espaço Acolher apresenta QUADRO DE PROFESSORES
Gilda Maria Maia Martins Saldanha
como proposta um trabalho estruturado, com
Micheline Banhos de Oliveira
atendimentos específicos, para cada nível de ensino, com Rita de Cássia Reis Rosa Figueiredo
Milena Freitas
ações de escolarização e projetos pedagógicos .
interdisciplinares.
Todo o trabalho educativo tem a parceria da
Universidade Estadual do Pará, por meio do Núcleo de
Educação Paulo Freire- NEP, que vem oferecendo suporte
técnico para implementação do referencial teórico
freireano.
ESPAÇOS DE ATENDIMENTOS

Brinquedoteca: desenvolvimento de atividades


lúdicas que propiciam alegria, socialização, bem-estar
físico e emocional das crianças e adolescentes.
Sala de Apoio Pedagógico: espaço organizado e
equipado para facilitar a aprendizagem de
alunos/pacientes regularmente matriculados na rede
educacional, pública ou privada, da capital ou interior, e
visa dar continuidade ao processo de aprendizagem, sem
interrupção do ano letivo, nos períodos em que se
encontrem no hospital internados ou em tratamento
ambulatorial, sempre em parceria com a escola de origem
desses alunos.
Espaço de Convivência: utilizado para a promoção de
encontros sociais e terapêuticos, eventos comemorativos,
oficinas de artes, dentre outros.
NÍVEIS E MODALIDADES DE ENSINO

No Ensino Fundamental 1º e 2º ciclos (1º, 2º, 3º 4º e


5º anos) são utilizados cadernos pedagógicos
individualizados, devidamente preparados de acordo com
o nível de aprendizagem de cada criança e baseado nos
conteúdos curriculares de cada ciclo.
Os materiais pedagógicos de apoio são construídos
pelos próprios professores partindo das realidades
regionais dos diversos municípios do Pará.
Para os 3º e 4º ciclos (6º, 7º, 8º, 9º anos) e o Ensino
Médio os cadernos pedagógicos são interdisciplinares,
confeccionados por áreas de conhecimentos, a saber:
 Área de Linguagens, Códigos e suas tecnologias.
Língua Portuguesa, Redação, Literatura, Arte,
Ed. Física, Inglês e Espanhol.
 Área de Ciências Humanas e suas tecnologias:
História, Geografia e Vida Cidadã (Sociologia e Filosofia).
 Área de Ciências da Natureza e suas tecnologias:
Física, Química e Biologia.
 Área da Matemática e suas tecnologias:
álgebra, geometria, gráficos e tabelas.
Na educação de Jovens e Adultos-EJA a dinâmica
de trabalho é desenvolvida a partir da concepção teórica e
metodológica freireana, considerando a realidade social
das educandas: baixa escolarização, provenientes de
comunidades rurais ribeirinhas e com sérios sofrimentos
físicos e emocionais decorrentes do acidente.
AÇÕES PEDAGÓGICAS INTERDISCIPLINARES

 Aulas por áreas de conhecimento com a utilização


do computador com suas diversas mídias.

:
.
 Construção de cadernos pedagógicos  Discussões de temas transversais: educação alimentar
individualizados e interdisciplinares. e nutricional; o processo de envelhecimento, o respeito e a
valorização do idoso; a educação ambiental; a educação para o
trânsito; e a educação em direitos humanos.
 Projeto Roda de sentimentos: encontros semanais  Participação efetiva nas Reuniões mensais da
para trabalhar sentimentos e emoções. Comissão Estadual de Erradicação de acidentes
com escalpelamento.
 Parceria Institucional com o Núcleo de Educação
Popular Paulo Freire /UEPA
Temática Referência 2017: Os projetos didáticos foram organizados a
partir de aulas dialogadas, previamente organizadas,
levando em consideração as realidades e contextos
dos alunos., como o tema gerador: Paisagens
Amazônicas: entrelaçamento de saberes.
Paralelamente foram construídos cadernos
pedagógicos individualizados utilizados com
sequências didáticas previamente selecionadas pelo
professor. Na sequência didática o planejamento é
centrado no professor, que monitora todo o
processo, articulando as atividades com nível,
sequência e aprofundamento dos conteúdos

ORGANIZAÇÃO DO TRABALHO PEDAGÓGICO:


Duas modalidades de planejamento: projetos didáticos e
sequências didáticas.
OBJETIVO:
Desenvolver a oralidade, leitura e escrita das alunas.
AÇÕES DESENVOLVIDAS EM 2017

FEVEREIRO

FORMAÇÃO PAULO FREIRE E


ESTUDOS SOBRE AS TEMÁTICAS DOS PROJETOS
DIDÁTICOS E SEQUÊNCIAS DIDÁTICAS.

Local: UEPA/ ESPAÇO ACOLHER


MARÇO

LANÇAMENTO DOS PROJETOS PEDAGÓGICOS DA


CLASSE HOSPITALAR DO ESPAÇO ACOLHER.

LOCAL: FUNDAÇÃO SANTA CASA


ABRIL

CELEBRAÇÃO DA PÁSCOA

LOCAL: ESPAÇO ACOLHER


MAIO

PARTICIPAÇÃO DAS ALUNAS NA FEIRA DO LIVRO


COM ATIVIDADES E LANÇAMENTO DE LIVRO, COM
ARTIGO DA CLASSE HOSPITALAR DO ESPAÇO
ACOLHER.

LOCAL: HANGAR
VÍDEO CONFERÊNCIA NA SECRETARIA ESTADUAL
DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ GESTORES
DAS USES E URES

LOCAL: AUDITÓRIO DA SEDUC


REUNIÃO COM O ALMIRANTE DA MARINHA PARA REUNIÃO DE PLANEJAMENTO DO EVENTO DE
ACORDAR UMA AÇÃO CONJUNTA PARA O ABAETETUBA

ENFRENTAMENTO AOS ACIDENTES EM NOSSOS LOCAL: ESPAÇO ACOLHER


RIOS. TAMBÉM FOI APRESENTADO O PROJETOS DA
CLASSE HOSPITALAR PARA O EVENTO DE
ABAETETUBA.

LOCAL: IV DISTRITO NAVAL


JUNHO

FORMAÇÃO DE GRUPOS DE TRABALHOS PARA A


PREVENÇÃO DE ACIDENTES NA NAVEGAÇÃO

LOCAL: CIABA
PROJETO: SABERES E SABORES DA CULTURA
AMAZÔNICA

LOCAL: ESPAÇO ACOLHER


ORGANIZAÇÃO DO 1º ENCONTRO DE EDUCAÇÃO E
SAÚDE PARA PREVENÇÃO DE ACIDENTES NA
NAVEGAÇÃO COM ESCALPELAMENTO E 2º
COLÓQUIO DO ATENDIMENTO ESCOLAR
HOSPITALAR DO ESPAÇO ACOLHER- BELÉM-PA -23
E24/08/17

LOCAL: PREFEITURA DE ABAETETUBA


AGOSTO

III SEMANA ESTADUAL DE ENFRENTAMENTO AOS


ACIDENTES DE MOTOR COM ESCALPELAMENTO

1º ENCONTRO DE EDUCAÇÃO E SAÚDE PARA


PREVENÇÃO DE ACIDENTES NA NAVEGAÇÃO COM
ESCALPELAMENTO

2º COLÓQUIO DO ATENDIMENTO ESCOLAR


HOSPITALAR DO ESPAÇO ACOLHER- BELÉM-PA -23
E24/08/17

LOCAIS: AUDITÓRIO DO MINISTÉRIO PÚBLICO DE


ABAETETUBA, CORPO DE BOMBEIROS E ESCOLA
SÃO JOÃO BATISTA.
SETEMBRO

PARTICIPAÇÃO DO ESPAÇO ACOLHER NA FEIRA


EXISTIR

LOCAL: CENTUR
INTERCÂMBIO CULTURAL: RODA DE CONVERSAS
PROMOVIDA PELO NÚCLEO DE EDUCAÇÃO
POPULAR (NEP), DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DO
PARÁ (UEPA), COM A PARTICIPAÇÃO DE ALUNOS
COLOMBIANOS DA UNIVERSIDADE DE BOGOTÁ E
ALUNAS DO ESPAÇO ACOLHER

LOCAL: SALA DE AULA


OUTUBRO

OFICINA CURRICULAR: A PRINCESA ABAYOMI


LOCAL: SALA DE AULA DO ACOLHER
PROJETO INTERDISCIPLINAR: NAVEGANDO NA
LEITURA E ESCRITA

LOCAL: ESPAÇO ACOLHER


PUBLICAÇÃO DE ARTIGO RELACIONADO A
ATIVIDADES DESENVOLVIDAS NA CLASSE
HOSPITALAR DO ESPAÇO ACOLHER

LOCAL: REVISTA DO CEFOR


NOVEMBRO

APRESENTAÇÃO DA EXPERIÊNCIA DO ESPAÇO


ACOLHER NO ENCONTRO DE ATENDIMENTO
ESCOLAR HOSPITALAR

LOCAL: UNIVERSIDADE FEDERAL DO MARANHÃO


PARTICIPAÇÃO NO SEMINÁRIO DA EDUCAÇÃO
INFANTIL: “EDUCAÇÃO INFANTIL: AS INFÂNCIAS
AMAZÔNICAS EM FOCO
.
DEZEMBRO

AÇÃO EDUCATIVA E SOCIAL, COMUNIDADE


CAMPOPEMA- ABAETETUBA/PA

LOCAL: ESCOLA SÃO JOÃO BATISTA


PALESTRA PROFERIDA PELA PROFESSORA DRª ENEIDA RODA DE SENTIMENTOS REALIZADA COM A
SIMÕES PARA O GRUPO DE MESTRANDAS EM EDUCAÇÃO PRESENÇA DA PROFESSORA DRA ENEIDA SIMÕES
SOB A COORDENAÇÃO DA PROFESSORA DRª IVANILDE
DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DO RIO DE JANEIRO.
APOLUCENO E COM A PARTICIPAÇÃO DAS PROFESSORAS
DA CLASSE HOSPITALAR DO ESPAÇO ACOLHER. LOCAL:ESPAÇO ACOLHER
LOCAL: UEPA
PARTICIPAÇÃO DOS PROFESSORES NO I ENCOTRO
ESTADUAL DE CLASSE HOSPITALAR E
ATENDIMENTO DOMICILIAR
HOMENAGEM AOS PARCEIROS UNIDOS NO
ENFRENTAMENTO AO ESCALPELAMENTO E
CERTIFICAÇÃO DA ALUNA ANA ALICE PELO
TÉRMINO DO ENSINO MÉDIO

LOCAL: TUNA LUSO BRASILEIRA


HUMANIZAÇÃO

DESENVOLVIMENTO DO POTENCIAL CRIATIVO

ACEITAÇÃO PESSSOAL

SUPERAÇÃO DE MEDOS
APRENDIZAGENS SIGNIFICATIVAS

SOCIALIZAÇÃO

COMPROMISSO E RESPONSABILIDADE SOCIAL


ENTRE A SALA DE AULA HOSPITALAR E O ENSINO vítimas e uma delas é a de assegurar a educação, em todos os níveis de educação
básica e na modalidade Educação de Jovens e Adultos, para pacientes e seus
REGULAR, JOVEM ESCALPELADA ULTRAPASSA acompanhantes.

BARREIRAS PARA FAZER O ENEM “É montado um caderno pedagógico individualizado para cada criança e trabalhamos
com multisséries de acordo com as necessidades de cada um. É o caso da Ana Alice,
que se divide entre os estudos da sua escola de origem e os daqui. Quando ela faz
Desde os 12 anos, quando sofreu um acidente de barco na cidade onde nasceu, Ana avaliações conosco sempre enviamos relatórios para a escola de Bagre para que eles
Alice, agora com 18 anos, divide sua vida entre os municípios de Belém e Bagre, acompanhem o que é feito por nós para que os estudos se complementem”, explicou.
cidade localizada no arquipélago do Marajó. Há oito anos a jovem faz tratamento e
diversas intervenções cirúrgicas para reduzir os traumas do escalpelamento, acidente No caso da Ana Alice, ela ainda acabou perdendo um ano letivo, quando sofreu o
que sofreu ainda criança quando caiu no motor de uma embarcação que arrancou acidente, mas depois que ela entrou na Classe Hospitalar isso não aconteceu mais.
bruscamente seu couro cabeludo. As informações são do G1 Pará. Estamos muito felizes com o empenho e a dedicação dela. É uma menina muito
esforçada e que se superou. Seu acidente foi muito grave, mas ela vem conseguindo
Entre idas e vindas, Ana Alice acabou crescendo entre médicos, psicólogos, superar todos os obstáculos. Estamos torcendo para seu sucesso no Enem”, finalizou
fonoaudiólogos e toda a equipe multidisciplinar que lhe atende na Fundação Santa a coordenadora.
Casa de Misericória do Pará. Mas além de profissionais da saúde, professores
também participaram do cotidiano da menina por meio da Classe Hospitalar do
Espaço Acolher, ação que integra o Programa de Atenção a Vítimas de
Escalpelamento da Fundação, que assegura a educação, em todos os níveis de
educação básica e na modalidade Educação de Jovens e Adultos, para esses
pacientes e aos acompanhantes das vítimas que ficam hospedados no Espaço.

Aluna regularmente matriculada na Escola Julião Betouso de Castro, em Bagre, Ana


Alice foi uma das pacientes que deu continuidade ao aprendizado dos conteúdos
regulares na Classe Hospitalar. Dessa forma, ela conseguiu concluir o Ensino
Fundamental, concluirá no final deste ano o Médio e tem se preparado para o Enem.

Transpondo barreiras e preconceitos, a jovem agora busca uma nova etapa para sua
vida. “Vou fazer o Enem e meu sonho é passar no vestibular. Quero ser assistente
social para poder ajudar as diversas pessoas do meu município que tanto precisam de
ajuda”, disse.
Mas para realizar esse sonho, ela conta que também tem todo o apoio de sua família.
“Meus pais ajudam muito, me apoiam e me deixam despreocupada de tudo para que
eu possa me dedicar aos estudos e ao meu tratamento. Aqui tenho professores que
me ensinam cada matéria e lá em Bagre tenho o apoio de todos os professores e dos
colegas também. Nunca sofri qualquer constrangimento e isso ajuda muito. Quero Fonte: https://g1.globo.com/pa/para/enem-para/2017/noticia/entre-a-sala-de-aula-
dizer para as pessoas que passaram pelo mesmo problema que o meu que, hospitalar-e-o-ensino-regular-jovem-escalpelada-ultrapassa-barreiras-para-fazer-o-
independe de qualquer dificuldade, sonhar e acreditar que tudo pode acontecer é a enem.ghtml
melhor coisa a fazer no meio de tanto sofrimento, por isso, não desistam”, finalizou.

O projeto – Iniciado em 2009, o projeto da “Casa Hospitalar” é executado pela


Secretaria de Educação do Pará (Seduc) em nove unidades hospitalares, incluindo o
Espaço Acolher da Santa Casa. Denise Soares da Mota, coordenadora do projeto no
Espaço Acolher, conta que as vítimas de escalpelamento são oriundas de vários
municípios paraenses e que quando recebem alta médica, são encaminhadas para
uma avaliação, onde são identificadas todas as necessidades de cada uma das
ENCONTRO DEBATE A EDUCAÇÃO PARA PREVENÇÃO DE Educação contra acidentes
ACIDENTES “A ação que estamos realizando pela primeira vez em Abaetetuba visa
justamente apresentar ao município as formas de prevenir o acidente com
A Secretaria de Estado de Educação (Seduc) participa, até esta quinta-feira, escalpelamento e mostrar para professores e agentes comunitários de modo
24, em Abaetetuba, no nordeste do Estado, da III Semana Estadual de geral como deve ser trabalhado o retorno da aluna acidentada à escola de
Enfrentamento aos Acidentes de Motor com Escalpelamento, cuja origem, como ela deve ser recebida. São, na maioria, crianças e
programação engloba, também, o 1º Encontro de Educação e Saúde para adolescentes; mas há também mulheres adultas do programa Educação de
Prevenção de Acidentes na Navegação com Escalpelamento e o 2º Colóquio Jovens e Adultos”, explicou a professora da Classe Hospitalar do Espaço
do Atendimento Escolar Hospitalar do Espaço Escolher. Acolher, Gilda Saldanha.

Os principais objetivos dos eventos, que estão sendo realizados na sede local A gestora da 3ª Unidade Regional de Educação (URE), Edimaria Dias,
do Ministério Público do Estado, são: difundir a importância da prevenção ao ressaltou a importância do evento para a região, que tem muitas comunidades
acidente com escalpelamento e debater com professores, gestores e técnicos ribeirinhas atendidas por escolas do Estado. “Nós da rede estadual de
da rede pública de ensino, como deve se dar o atendimento aos alunos que Abaetetuba vamos levar as informações para todas as localidades”,
eventualmente tenham sido vítimas desse tipo de acidente. assegurou.

A realização dos eventos em Abaetetuba é simbólica, considerando que a A mesma ideia tem o professor Antônio Azevedo, vice-diretor da Escola
região tem sido palco de um grande número de acidentes de escalpelamento. Estadual Benvinda Pontes, localizada na sede do município, que atende
E, como o barco é um meio intensivo de transportes de estudantes, o tema é também alunos da zona rural, ilhas e comunidades quilombolas. Estudam
pertinente à educação. O evento, que começou nesta quarta-feira, 23, nessa escola 2.100 alunos do Ensino Fundamental Maior, Ensino Médio
mobiliza a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), a Fundação Santa Regular e Educação de Jovens e Adultos. “O escalpelamento é um problema
Casa de Misericórdia, a Comissão Estadual de Erradicação dos Acidentes muito grave. E é fundamental que nós, professores e técnicos, possamos ter
com Escalpelamento, a Marinha, o Corpo de Bombeiros e a Seduc. Todos as informações corretas para levá-las às crianças, jovens e adultos”. O
fizeram exposições sobre a assistência às vítimas dos acidentes. professor entende que os próprios alunos podem ser multiplicadores nas suas
localidades, sobretudo em relação à questão da falta da cobertura do eixo dos
Educadores abordaram o trabalho desenvolvido no Espaço Acolher (anexo da
motores de embarcações, principal fator de acidente.
Fundação Santa Casa) que atende vítimas de escalpelamento. São, em geral,
meninas e mulheres que necessitam permanecer em Belém para dar O técnico em Educação da Seduc, Walter Júnior, também destacou a
continuidade ao tratamento médico. No local, elas recebem, além de importância de discutir esse tema e a relevância do papel da escola. “É
hospedagem e alimentação, atendimento social, psicológico, de enfermagem, extremamente necessário fazer a prevenção e a sensibilização da
terapia ocupacional; as atividades escolares são responsabilidade da Seduc, comunidade. A Seduc, em parceria com diversos órgãos, tem desenvolvido
por meio da chamada Classe Hospitalar, gerida pela Coordenadoria de muitas ações no sentido de fomentar a prevenção e contribuir para que essa
Educação Especial da Seduc. tragédia seja realmente erradicada do nosso Estado”, frisou.

A coordenadora da Classe Hospitalar, Fernanda Borges, explicou que, em


média, são atendidos por mês, em cada Classe, incluindo o Espaço Acolher,
cerca de 60 alunos. Ela anunciou que, nos próximos meses, serão realizadas
formações específicas para cerca de 100 professores de municípios
ribeirinhos, em parceria com a Marinha, no sentido de que essa temática seja
inserida no currículo escolar permanentemente. “Vamos iniciar esse trabalho
com professores dos municípios mais atingidos pelo problema para depois
expandir as discussões, até que tenhamos o tema definitivamente no currículo
escolar”, antecipou.

Por Elck Oliveira

Fonte:http://agenciapara.com.br/Noticia/151926/encontro-debate-a-educacao-
para-prevencao-de-acidentes
EXPERIÊNCIA EM CLASSE HOSPITALAR NO PARÁ boas e que exigem dedicação da gente”, relatou a moça, que ainda não se
decidiu sobre a carreira profissional que vai seguir.
VIRA CAPÍTULO DE LIVRO
A coordenadora da política de escalpelamento no Pará, Socorro Silva,
Professoras que atuam na classe hospitalar do Espaço Acolher, vinculado à ressaltou a importância da parceria entre as áreas da saúde e educação para
Santa Casa do Pará, lançaram, na noite desta terça-feira, 30, no estande da o enfrentamento ao problema do escalpelamento. Nenhum caso foi
Secretaria de Estado de Educação (Seduc), na XXI Feira Pan-Amazônica do contabilizado até agora no Pará, neste ano. Contudo, segundo ela, ao longo
Livro, o artigo intitulado “Saberes, práticas e currículo na perspectiva Freiriana: da história, há 46 municípios em todo o Estado com registro de casos,
Reflexões sobre a Classe Hospitalar na Amazônia”, que integra a coletânea sobretudo na região do Marajó e na área de abrangência do rio Tocantins. “A
“Classe Hospitalar – a tessitura das palavras entre o escrito e o vivido”, uma gente costuma dizer que tendo barco e água, há risco. E esse trabalho de
reunião de textos narrativos de experiências similares em todo o País. As parceria com a Seduc tem sido determinante para chegarmos ao público de
autoras do artigo são as professoras paraenses Ivanilde Oliveira, Gilda primeira a quarta série do Ensino Fundamental, que, em muitos locais, vai
Saldanha e Denise Mota. sozinho pra escola de barco. É aí que o cuidado precisa ser redobrado”,
frisou.
Uma delas, a pedagoga Gilda Saldanha, conta que a classe hospitalar
começou no Pará há 15 anos. Hoje, o programa da Seduc está presente em Fonte: http://www.seduc.pa.gov.br/site/seduc/modal?ptg=7257
nove hospitais e o objetivo é o resgate da escolarização de crianças em
tratamento de saúde. No artigo lançado, a professora e as demais autoras
contam a experiência específica do espaço Acolher, fundado em 2006 para
dar apoio às meninas vítimas de escalpelamento, que precisavam ficar longos
períodos internadas na Santa Casa – hospital de referência para o tratamento
desse tipo de caso – e acabavam se afastando da escola. “A experiência da
classe hospitalar do Pará tem essa especificidade, que é o acompanhamento
de meninas vítimas de escalpelamento. Para dar conta delas, trabalhamos
com a realidade delas, os saberes e cultura que elas trazem. Ou seja,
partimos do local para o global e isso tem dado muito certo”, explicou.

O trabalho é saudado pela coordenadora do espaço, a assistente social Maria


Luzia de Matos, que fez questão de comparecer ao evento no estande da
Seduc. “Costumo dizer que a classe hospitalar é o carro chefe do espaço
Acolher, pois o grupo de professores que temos lá, enviado pela Seduc, é um
grupo extremamente competente e que usa uma metodologia própria para
trabalhar com as ribeirinhas. As meninas se interessam muito, voltam a tomar
gosto pela escola e isso é maravilhoso para o processo, elas aprendem muito
melhor”, avaliou.

A afirmação é ratificada pela jovem Regiane Silva, de 20 anos, do município


de Muaná, no Marajó. Ela precisou passar pelo espaço depois de sofrer o
escalpelamento e agora conta com a ajuda das professoras do projeto para se
preparar para o Exame Nacional do Ensino Médio (Enem). “Não fiquei muito
tempo no espaço, mas gostei muito das professoras. Agora, como estou aqui
em Belém para dar continuidade ao meu tratamento, estou indo lá com elas
para me darem uma força na preparação ao Enem. São professoras muito
ESPAÇO ACOLHER DA SANTA CASA DO PARÁ É
DESTAQUE NA II FEIRA ESTADUAL EXISTIR
O trabalho desenvolvido no Espaço Acolher, casa de apoio destinada ás
vítimas de escalpelamento, da Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará
(FSCMP), foi destaque na II Feira Estadual Existir. O evento é promovido pelo
Núcleo de Articulação e Cidadania (NAC) do Governo do Pará, com apoio da
Fundação Cultural do Pará e da Secretaria de Educação (Seduc), e faz parte
do Plano Estadual de Ações Integradas á pessoa com deficiência.

Com o tema Arte, Cultura, Educação e Esporte em movimento, a II Feira


Estadual Existir envolveu escolas que trabalham com crianças e jovens que
tenham dificuldades prejudiciais ao aprendizado. A Classe Hospitalar, do
Espaço Acolher, levou stands que representam parte do trabalho desenvolvido
com pessoas vítimas do escalpelamento e outras dificuldades sociais.

Segundo a coordenadora do Espaço Acolher, Luzia Matos, é motivo de


orgulho o convite recebido. “Nosso espaço foi convidado para apresentar o
trabalho desenvolvido em uma ação do Estado, então é um grande
reconhecimento. Podemos apresentar um pouco do resultado das atividades
realizadas pelos nossos jovens”, afirma.

Na oportunidade, foi apresentado ainda o livro "Classe Hospitalar: a tessitura


das palavras entre o escrito e o vivido". que conta com um capítulo referente
ao trabalho pedagógico desenvolvido pela equipe da SEDUC no Espaço
Acolher.

Fonte:http://santacasa.pa.gov.br/noticias/detalhe/?id=407
ESPAÇO ACOLHER FAZ AÇÃO SOCIAL E EDUCATIVA de acidente que passageiras de barco perdem o couro cabeludo e apresentam
EM ABAETETUBA ferimentos quando os cabelos se enrolam no motor descoberto na
embarcação.
07/12/2017 16:00

No Espaço Acolher, as cidadãs são assistidas pelos técnicos da Seduc para


continuarem seus estudos durante o tratamento médico. Em média, são
atendidas 40 pessoas, entre novos e antigos casos de acidentes nos rios do
Estado.

Parceria reforça o enfrentamento contra acidentes

A ação na escola funcionou como uma extensão das ações desenvolvidas no


Espaço Acolher. Os educadores e técnicos fizeram o caminho inverso: ao
invés de receber as crianças na unidade de atendimento médico, foram ao
encontro dos meninos e meninas para orientá-los previamente contra o
escalpelamento.
A escola ribeirinha São João Batista, no município de Abaetetuba, acaba de
receber uma ação social e educativa dos profissionais do Governo do Estado
que atuam na prevenção e atendimento a vítimas de escalpelamentos. Os estudantes ganharam brinquedos (arrecadados pelos técnicos envolvidos
na ação) e participaram de oficinas pedagógicas; atividade educativa de
higiene bucal e contação de história. A comunidade recebeu orientações
Os estudantes receberam, no dia 5 deste mês, a visita de professores e sobre ações preventivas a enfermidades, em especial doenças sexualmente
técnicos do Programa Classe Hospitalar da Coordenadoria de Educação transmissíveis.
Especial (Coees), da Secretaria de Estado de Educação (Seduc) que atuam
no Espaço Acolher. Dirigentes e técnicos da Comissão Estadual de
Erradicação do Escalpelamento no Pará, coordenada pela Secretaria de A programação contou com o apoio do Corpo de Bombeiros, Marinha do
Estado de Saúde (Sespa), compareceram a escola. Brasil, Ministério Público, Fundação Santa Casa, Fundação Pro Paz,
Prefeitura e Secretaria Municipal de Abaetetuba.

Administrado pela Fundação da Santa Casa de Misericórdia do Pará, o


Espaço Acolher atende meninas e mulheres vítimas de escalpelamento, tipo
Professora da UERJ enaltece empenho de alunos e técnicos

Como convidada dos professores e técnicos do Governo do Estado, a


professora Eneida Simões, da Universidade do Estado do Rio de Janeiro
(UERJ) participou da programação.

“A gente vê que nos rincões do Brasil se tem escolas de qualidade, com


profissionais comprometidos e alunos, assim, completamente apaixonados
pela questão do aprender. A ação dos técnicos de ir até os estudantes é
relevante. Foi maravilhosa a experiência”, afirmou a professora Eneida
Simões. No dia 6, quando ela participou, em Belém, do I Encontro Estadual do
Programa Classe Hospitalar e Atendimento Domiciliar.

Por Eduardo Rocha, Ascom Seduc


PROGRAMA CLASSE HOSPITALAR É Paraense.
HOMENAGEADO POR ATENDIMENTO A MULHERES
A cerimônia ocorreu na sede da Tuna Luso Brasileira, no bairro do Souza, na
ESCALPELADAS
quarta-feira (13) à noite. Outra instituição homenageada foi o Núcleo de
14/12/2017 18:27
Educação Paulo Freire, da Universidade do Estado do Pará. O Classe
Hospitalar atende 500 pacientes/mês em sete unidades hospitalares e no
atendimento domiciliar na Região Metropolitana de Belém.

Como símbolo do serviço prestado pelo Classe Hospitalar no Acolher, a


estudante Ana Alice Gomes, natural de Bagre, matriculada na Escola Estadual
Julião Bertoldo de Castro, terminou o Ensino Médio, no ano de 2017.

A educanda foi acompanhada regularmente na Classe Hospitalar do Espaço


Acolher nos períodos em que realizou procedimentos cirúrgicos reparadores
na Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará, por conta de acidente com
escalpelamento.

"Ela é uma aluna muito aplicada, estudiosa, sempre atualizada em fatos do


Brasil e do mundo", relatou a professora Micheline Banhos, da área de
Humanas. No próximo ano, Ana Alice tentará vestibular para Serviço Social.
Há seis anos, mulheres vítimas de escalpelamento (acidentes com motor de
barcos com a perda do couro cabeludo e outros ferimentos) nos rios do Pará
têm seus estudos garantidos durante tratamento médico por meio do Por Eduardo Rocha, Ascom Seduc
programa Classe Hospitalar.

O programa é desenvolvido pela Secretaria de Estado de Educação (Seduc),


em parceria com a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa). A cada
mês, 40 mulheres em média são atendidas no Espaço Acolher, administrado
pela Fundação Santa Casa de Misericórdia do Pará.

Por esse trabalho que mobiliza diariamente dez profissionais da Seduc e da


Sespa, o Classe Hospitalar no Espaço Acolher acaba de ser homenageado
pela Comissão Estadual de Enfrentamento ao Escalpelamento com o Prêmio
Parceiros Unidos no Enfrentamento ao Escalpelamento na Amazônia
EDUCAR É IMPREGNAR DE SENTIDO O QUE FAZEMOS A CADA INSTANTE!
PAULO FREIRE
espacoacolher2016.blogspot.com.br

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