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CLASSE HOSPITALAR
ESPAÇO ACOLHER- 2017
BELÉM-PARÁ
GOVERNO DO ESTADO DO PARÁ
:
.
Construção de cadernos pedagógicos Discussões de temas transversais: educação alimentar
individualizados e interdisciplinares. e nutricional; o processo de envelhecimento, o respeito e a
valorização do idoso; a educação ambiental; a educação para o
trânsito; e a educação em direitos humanos.
Projeto Roda de sentimentos: encontros semanais Participação efetiva nas Reuniões mensais da
para trabalhar sentimentos e emoções. Comissão Estadual de Erradicação de acidentes
com escalpelamento.
Parceria Institucional com o Núcleo de Educação
Popular Paulo Freire /UEPA
Temática Referência 2017: Os projetos didáticos foram organizados a
partir de aulas dialogadas, previamente organizadas,
levando em consideração as realidades e contextos
dos alunos., como o tema gerador: Paisagens
Amazônicas: entrelaçamento de saberes.
Paralelamente foram construídos cadernos
pedagógicos individualizados utilizados com
sequências didáticas previamente selecionadas pelo
professor. Na sequência didática o planejamento é
centrado no professor, que monitora todo o
processo, articulando as atividades com nível,
sequência e aprofundamento dos conteúdos
FEVEREIRO
CELEBRAÇÃO DA PÁSCOA
LOCAL: HANGAR
VÍDEO CONFERÊNCIA NA SECRETARIA ESTADUAL
DE EDUCAÇÃO DO ESTADO DO PARÁ GESTORES
DAS USES E URES
LOCAL: CIABA
PROJETO: SABERES E SABORES DA CULTURA
AMAZÔNICA
LOCAL: CENTUR
INTERCÂMBIO CULTURAL: RODA DE CONVERSAS
PROMOVIDA PELO NÚCLEO DE EDUCAÇÃO
POPULAR (NEP), DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DO
PARÁ (UEPA), COM A PARTICIPAÇÃO DE ALUNOS
COLOMBIANOS DA UNIVERSIDADE DE BOGOTÁ E
ALUNAS DO ESPAÇO ACOLHER
ACEITAÇÃO PESSSOAL
SUPERAÇÃO DE MEDOS
APRENDIZAGENS SIGNIFICATIVAS
SOCIALIZAÇÃO
BARREIRAS PARA FAZER O ENEM “É montado um caderno pedagógico individualizado para cada criança e trabalhamos
com multisséries de acordo com as necessidades de cada um. É o caso da Ana Alice,
que se divide entre os estudos da sua escola de origem e os daqui. Quando ela faz
Desde os 12 anos, quando sofreu um acidente de barco na cidade onde nasceu, Ana avaliações conosco sempre enviamos relatórios para a escola de Bagre para que eles
Alice, agora com 18 anos, divide sua vida entre os municípios de Belém e Bagre, acompanhem o que é feito por nós para que os estudos se complementem”, explicou.
cidade localizada no arquipélago do Marajó. Há oito anos a jovem faz tratamento e
diversas intervenções cirúrgicas para reduzir os traumas do escalpelamento, acidente No caso da Ana Alice, ela ainda acabou perdendo um ano letivo, quando sofreu o
que sofreu ainda criança quando caiu no motor de uma embarcação que arrancou acidente, mas depois que ela entrou na Classe Hospitalar isso não aconteceu mais.
bruscamente seu couro cabeludo. As informações são do G1 Pará. Estamos muito felizes com o empenho e a dedicação dela. É uma menina muito
esforçada e que se superou. Seu acidente foi muito grave, mas ela vem conseguindo
Entre idas e vindas, Ana Alice acabou crescendo entre médicos, psicólogos, superar todos os obstáculos. Estamos torcendo para seu sucesso no Enem”, finalizou
fonoaudiólogos e toda a equipe multidisciplinar que lhe atende na Fundação Santa a coordenadora.
Casa de Misericória do Pará. Mas além de profissionais da saúde, professores
também participaram do cotidiano da menina por meio da Classe Hospitalar do
Espaço Acolher, ação que integra o Programa de Atenção a Vítimas de
Escalpelamento da Fundação, que assegura a educação, em todos os níveis de
educação básica e na modalidade Educação de Jovens e Adultos, para esses
pacientes e aos acompanhantes das vítimas que ficam hospedados no Espaço.
Transpondo barreiras e preconceitos, a jovem agora busca uma nova etapa para sua
vida. “Vou fazer o Enem e meu sonho é passar no vestibular. Quero ser assistente
social para poder ajudar as diversas pessoas do meu município que tanto precisam de
ajuda”, disse.
Mas para realizar esse sonho, ela conta que também tem todo o apoio de sua família.
“Meus pais ajudam muito, me apoiam e me deixam despreocupada de tudo para que
eu possa me dedicar aos estudos e ao meu tratamento. Aqui tenho professores que
me ensinam cada matéria e lá em Bagre tenho o apoio de todos os professores e dos
colegas também. Nunca sofri qualquer constrangimento e isso ajuda muito. Quero Fonte: https://g1.globo.com/pa/para/enem-para/2017/noticia/entre-a-sala-de-aula-
dizer para as pessoas que passaram pelo mesmo problema que o meu que, hospitalar-e-o-ensino-regular-jovem-escalpelada-ultrapassa-barreiras-para-fazer-o-
independe de qualquer dificuldade, sonhar e acreditar que tudo pode acontecer é a enem.ghtml
melhor coisa a fazer no meio de tanto sofrimento, por isso, não desistam”, finalizou.
Os principais objetivos dos eventos, que estão sendo realizados na sede local A gestora da 3ª Unidade Regional de Educação (URE), Edimaria Dias,
do Ministério Público do Estado, são: difundir a importância da prevenção ao ressaltou a importância do evento para a região, que tem muitas comunidades
acidente com escalpelamento e debater com professores, gestores e técnicos ribeirinhas atendidas por escolas do Estado. “Nós da rede estadual de
da rede pública de ensino, como deve se dar o atendimento aos alunos que Abaetetuba vamos levar as informações para todas as localidades”,
eventualmente tenham sido vítimas desse tipo de acidente. assegurou.
A realização dos eventos em Abaetetuba é simbólica, considerando que a A mesma ideia tem o professor Antônio Azevedo, vice-diretor da Escola
região tem sido palco de um grande número de acidentes de escalpelamento. Estadual Benvinda Pontes, localizada na sede do município, que atende
E, como o barco é um meio intensivo de transportes de estudantes, o tema é também alunos da zona rural, ilhas e comunidades quilombolas. Estudam
pertinente à educação. O evento, que começou nesta quarta-feira, 23, nessa escola 2.100 alunos do Ensino Fundamental Maior, Ensino Médio
mobiliza a Secretaria de Estado de Saúde Pública (Sespa), a Fundação Santa Regular e Educação de Jovens e Adultos. “O escalpelamento é um problema
Casa de Misericórdia, a Comissão Estadual de Erradicação dos Acidentes muito grave. E é fundamental que nós, professores e técnicos, possamos ter
com Escalpelamento, a Marinha, o Corpo de Bombeiros e a Seduc. Todos as informações corretas para levá-las às crianças, jovens e adultos”. O
fizeram exposições sobre a assistência às vítimas dos acidentes. professor entende que os próprios alunos podem ser multiplicadores nas suas
localidades, sobretudo em relação à questão da falta da cobertura do eixo dos
Educadores abordaram o trabalho desenvolvido no Espaço Acolher (anexo da
motores de embarcações, principal fator de acidente.
Fundação Santa Casa) que atende vítimas de escalpelamento. São, em geral,
meninas e mulheres que necessitam permanecer em Belém para dar O técnico em Educação da Seduc, Walter Júnior, também destacou a
continuidade ao tratamento médico. No local, elas recebem, além de importância de discutir esse tema e a relevância do papel da escola. “É
hospedagem e alimentação, atendimento social, psicológico, de enfermagem, extremamente necessário fazer a prevenção e a sensibilização da
terapia ocupacional; as atividades escolares são responsabilidade da Seduc, comunidade. A Seduc, em parceria com diversos órgãos, tem desenvolvido
por meio da chamada Classe Hospitalar, gerida pela Coordenadoria de muitas ações no sentido de fomentar a prevenção e contribuir para que essa
Educação Especial da Seduc. tragédia seja realmente erradicada do nosso Estado”, frisou.
Fonte:http://agenciapara.com.br/Noticia/151926/encontro-debate-a-educacao-
para-prevencao-de-acidentes
EXPERIÊNCIA EM CLASSE HOSPITALAR NO PARÁ boas e que exigem dedicação da gente”, relatou a moça, que ainda não se
decidiu sobre a carreira profissional que vai seguir.
VIRA CAPÍTULO DE LIVRO
A coordenadora da política de escalpelamento no Pará, Socorro Silva,
Professoras que atuam na classe hospitalar do Espaço Acolher, vinculado à ressaltou a importância da parceria entre as áreas da saúde e educação para
Santa Casa do Pará, lançaram, na noite desta terça-feira, 30, no estande da o enfrentamento ao problema do escalpelamento. Nenhum caso foi
Secretaria de Estado de Educação (Seduc), na XXI Feira Pan-Amazônica do contabilizado até agora no Pará, neste ano. Contudo, segundo ela, ao longo
Livro, o artigo intitulado “Saberes, práticas e currículo na perspectiva Freiriana: da história, há 46 municípios em todo o Estado com registro de casos,
Reflexões sobre a Classe Hospitalar na Amazônia”, que integra a coletânea sobretudo na região do Marajó e na área de abrangência do rio Tocantins. “A
“Classe Hospitalar – a tessitura das palavras entre o escrito e o vivido”, uma gente costuma dizer que tendo barco e água, há risco. E esse trabalho de
reunião de textos narrativos de experiências similares em todo o País. As parceria com a Seduc tem sido determinante para chegarmos ao público de
autoras do artigo são as professoras paraenses Ivanilde Oliveira, Gilda primeira a quarta série do Ensino Fundamental, que, em muitos locais, vai
Saldanha e Denise Mota. sozinho pra escola de barco. É aí que o cuidado precisa ser redobrado”,
frisou.
Uma delas, a pedagoga Gilda Saldanha, conta que a classe hospitalar
começou no Pará há 15 anos. Hoje, o programa da Seduc está presente em Fonte: http://www.seduc.pa.gov.br/site/seduc/modal?ptg=7257
nove hospitais e o objetivo é o resgate da escolarização de crianças em
tratamento de saúde. No artigo lançado, a professora e as demais autoras
contam a experiência específica do espaço Acolher, fundado em 2006 para
dar apoio às meninas vítimas de escalpelamento, que precisavam ficar longos
períodos internadas na Santa Casa – hospital de referência para o tratamento
desse tipo de caso – e acabavam se afastando da escola. “A experiência da
classe hospitalar do Pará tem essa especificidade, que é o acompanhamento
de meninas vítimas de escalpelamento. Para dar conta delas, trabalhamos
com a realidade delas, os saberes e cultura que elas trazem. Ou seja,
partimos do local para o global e isso tem dado muito certo”, explicou.
Fonte:http://santacasa.pa.gov.br/noticias/detalhe/?id=407
ESPAÇO ACOLHER FAZ AÇÃO SOCIAL E EDUCATIVA de acidente que passageiras de barco perdem o couro cabeludo e apresentam
EM ABAETETUBA ferimentos quando os cabelos se enrolam no motor descoberto na
embarcação.
07/12/2017 16:00