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Trabalho Experimental 1:
Métodos de identificação e doseamento de açúcares.
SUMÁRIO ...................................................................................................................................... 2
INTRODUÇÃO .............................................................................................................................. 4
Procedimentos ........................................................................................................................... 10
RESULTADOS............................................................................................................................. 13
2. Teste do Iodo............................................................................................................................. 13
CONCLUSÃO .............................................................................................................................. 19
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS.......................................................................................... 20
INTRODUÇÃO
1. Teste de Molish
O teste de Molish é um teste geral para carboidratos criado pelo botânico Hans Molish (1856-
1937). O teste baseia-se na desidratação do carboidrato pelo ácido sulfúrico concentrado,
formando furfural, para pentoses, ou 5-(hidroximetil)-furfural, para hexoses (Figura 1). Em
seguida, o derivado do furfural condensa com duas moléculas de α-naftol produzindo um pigmento
violeta (Figura 2). Polissacarídeos, oligossacarídeos ou dissacarídeos reagem mais lentamente,
pois primeiramente eles têm suas ligações glicosídicas hidrolisadas pelo meio ácido e em seguida
os monossacarídeos formados desidratam, dando resultado positivo para o teste. O teste falha para
tetroses e trioses, pois estas não formam furfural por desidratação.
2. Teste do Iodo
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03. Reações de açucares redutores:
O teste de Fehling foi desenvolvido pelo químico alemão Hermann von Fehling para
diferenciar aldeídos de cetonas por meio de oxidação seletiva de aldeídos. O teste foi utilizado por
muito tempo para identificar a presença de açúcar na urina, com a finalidade de diagnosticar
Diabetes. Por possuir uma extremidade aldeído, os carboidratos do tipo aldose podem ser oxidados
por meio desse teste.
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3.2. Reação de Benedict
O teste de Benedict é uma modificação do teste de Fehling desenvolvida pelo químico americano
Stanley Rossiter Benedict e usada para detectar a presença de açúcares redutores. Neste teste o
tartarato é substituido pelo citrato, o que gera um complexo mais estavel. Além disto, o teste de
Benedict é muito mais sensível que o de Fehling, podendo detectar a presença de carboidratos em
menores concentrações e apresentando uma graduação de cores do azul (negativo), passando pelo
verde, amarelo, laranja e vermelho para as mais concentradas.
Os aldeídos podem ser oxidados facilmente, ou seja, podem ser considerados bons agentes
redutores. A capacidade de um aldeído de reduzir outras substâncias, ficando ele próprio oxidado
no processo, é a base para muitos testes de laboratório para esta classe de moléculas.
O teste de Tollens, desenvolvido pelo químico alemão Bernhard Tollens, por exemplo,
distingue a maioria dos aldeídos e cetonas (suas condições básicas promovem a isomerização de
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cetoses em aldoses impedindo a diferenciação dentre alguns compostos). É um teste muito útil
para detectar a presença de açúcares redutores.
O nitrato de prata inicialmente reage com o hidróxido de amônio, tendo como precipitado o
hidróxido de prata (I). Adição de excesso de hidróxido de amônio dissolve o precipitado pela
formação do íon complexo diamin-prata (II). Na presença da aldose, a prata no complexo é
reduzida a prata metálica e a aldose oxidada a carboxilato (III). A prata metálica sob condições de
repouso e pH adequado se deposita nas paredes do tubo de ensaio formando um espelho de prata.
Caso o pH não esteja básico o suficiente ou o sistema seja perturbado, pode-se formar apenas um
precipitado cinza, que também caracteriza a presença de açúcares redutores.
R1 R1
| |
C=O + Ag(NH3 )+2 + H2 O → C=O + Ag↓ + NH4 OH (III)
| |
R2 O-
Assim como a reação de Fehling, também se baseia na redução do cobre, porém é efetuada
em meio ácido. Nestas condições o cobre é reduzido a quente pelos monossacarídeos, com
formação de óxido cuproso (precipitado avermelhado). Os dissacarídeos redutores também dão
positivo para esta reação após um tempo de aquecimento bem mais prolongado.
O teste de Seliwanoff é uma variação do teste de Molish que consegue diferenciar aldoses
de cetoses devido a diferenças na velocidade e intensidade da reação. É utilizada uma solução
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aquosa de ácido clorídrico como agente desidratante e resorcinol. O HCl é um agente desidratante
menos eficiente que o H2SO4 concentrado, e nessas condições as cetoses desidratam mais
rapidamente que as aldoses, pois já se encontram na forma furanosídica propícia para a formação
do 5-(hidroximetil)-furfural. Já as aldoses encontram-se na forma piranosídica, e teriam que
rearranjar para a forma furanosídica para desidratar, o que torna a reação mais lenta e menos eficaz.
Em seguida ocorre a adição de duas moléculas de resorcinol, num mecanismo semelhante a reação
de Molish, formando um produto rosado.
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MÉTODO EXPERIMENTAL
Material Utilizado
Reagentes:
Material:
Tubos de ensaio
Pipetas
Pinça de madeira
Equipamentos:
Cronómetro
Espetrofotómetro UV/VIS
Banho de água
Procedimentos
1. Teste de Molish
2. Teste do Iodo
Foram colocados 0,5 mL de amostra problema num tubo de ensaio. Adicionou-se 1,5 mL de
água destilada e agitou-se o tubo. Depois, foram adicionadas 2 gotas da solução de iodo e
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observou-se eventual aparecimento de cor. Repetiu-se o ensaio para cada amostra e comparou-se
as cores obtidas.
Colocou-se 1 mL da solução aquosa de nitrato de prata a 5% (m/v) num tubo de ensaio bem
lavado. Adicionou-se amónia diluída (1:2) gota a gota com agitação até se dissolver o precipitado
formado após a adição das primeiras gotas (evitar o excesso de amónia pois dificulta a visualização
da reação seguinte). Adicionou-se 0,5 mL da solução amostra e agite. O tubo foi aquecido num
banho de água à temperatura de 70 ºC durante 5 minutos.
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Nota: evitar agitar o tubo enquanto este está no banho e lavar o tubo de ensaio de imediato
após realização do teste.
Nota: o aquecimento prolongado pode levar à hidrólise dos dissacarídeos o que pode
conduzir a falsos positivos.
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RESULTADOS
1. Teste de Molish
A reação é positiva se entre as duas fases aparecer um anel violeta. A agitação suave das duas fases
produz uma intensificação da cor.
Amostra A B C D E F
2. Teste do Iodo
O iodo interage com o amido, resultando em um complexo fortemente corado se for positivo. O
único tubo a apresentar a coloração foi o tubo B, sendo, portanto, o amido.
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Figura 9:Resultado do teste de iodo. Fonte: Autoria própria.
Amostra A B C D E F
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Amostra A B C D E F
Amostra A B C D E F
A deposição de um espelho de prata nas paredes do tubo indica que a reação é positiva, ou
seja, que existem substâncias redutoras.
O teste foi realizado duas vezes para as amostras B e C. Foram obtidos resultados negativo
para B e positivo para C.
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Figura 12: Resultado do teste do espelho de prata. Fonte: Autoria própria.
Amostra A B C D E F
O tubo C apresentou resultado positivo e o tubo E negativo, ambos reagindo sob o mesmo intervalo
de tempo.
Amostra A B C D E F
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3.4. Reação de Seliwanoff
Inicialmente todos os tubos estão incolores, após o aquecimento os tubos contendo a amostra
C adquirem uma coloração avermelhada. O tubo D permaneceu incolor.
Amostra A B C D E F
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DISCUSSÃO DOS RESULTADOS
A partir do teste de Molish é possível afirmar que F é a alanina, por ser um aminoácido e,
portanto, apresentar resultado negativo. O teste foi mais longo para o composto B porque como o
amido é um polissacarídeo, ou seja, as suas ligações glicosídicas são rompidas antes de ser
desidratado. Isso significa que a formação do anel ocorre mais lentamente porque a quebra da
ligação retarda a formação da pigmentação. No entanto, o resultado também é considerado positivo
para B.
Nos testes com reagentes de Fehling e Benedict, a sacarose (tubo A) dá resultado negativo
pois os monossacarídeos que a compõem fazem ambos ligação do tipo cetal ou acetal, a qual não
se rompe em meio básico. O polissacarídeo amido (tubo B), apesar de apresentar uma ligação
hemiacetal no final da cadeia, esta não é detectada, pois todo o resto da cadeia apresenta ligações
do tipo acetal.
Para o último teste (reação de Seliwanoff) foram obtidos resultados já esperados para a frutose
(tubo C) como positivo e negativo para o tubo D, o qual se confirma como a glucose por ser uma
aldose.
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CONCLUSÃO
Por meio dos testes qualitativos executados durante a prática experimental, foi possível
caracterizar e identificar o conjunto de glúcidos. Ao fim da prática, foi encontrada a sequência de
compostos descrita em tabela abaixo:
Amostra A B C D E F
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REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Lehninger, Albert L., David L. 1942- Nelson, and Michael M Cox. Lehninger Principles of
Biochemistry. 5th ed. New York ; New Delhi: W.H. Freeman, 2008.
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