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Minicursos CRQ-IV - 2010

Conceitos de cromatografia a gás

CURSO DE CROMATOGRAFIA A GÁS


AYRTON ARGENTON

Prof. Ayrton Argenton: Químico formado pela USP. Pesquisador Sênior pela
REPUSA – Petrobrás, Chefe do Centro de Pesquisa da Oxiteno, Chefe de
Pesquisas e Laboratório da CGS Instrumentação Ltda. Ministrou treinamentos
técnicos para centenas de empresas brasileiras. Mais de 20 anos de experiência
e especialização em treinamento de Cromatografia a Líquido e a Gás em Inds.
Químicas, Farmacêuticas, Alimentícias, Destilarias e Usinas de Açúcar e Álcool e
Empresas relacionadas. Atualmente aplica Treinamentos e Consultoria pelo CEP
CURSOS – Centro de Educação Profissional – www.cepcursos.com

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Conceitos de cromatografia a gás

Nas indústrias químicas, farmacêuticas,


alimentos, cosméticos, refinarias de
petróleo, petroquímicas, laboratórios de
análises clínicas e ambiental, forense entre
outras, frequentemente é necessário
separar, isolar, purificar, identificar e
quantificar os componentes de misturas
muitas vezes bastante complexas.

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Conceitos de cromatografia a gás

SEPARAÇÃO
• Operação pela qual uma mistura é dividida em pelo menos duas frações com
diferentes composições.
• É obtida por meios físicos embora reações químicas podem ser envolvidas no
processo.
• Os métodos físico - químicos de separação são baseados na utilização de
alguma propriedade física das substâncias a serem separadas.
Exemplos:

TIPO DE SEPARAÇÃO PROPRIEDADE FÍSICA

Destilação fracionada Diferença de ponto de ebulição


(diferença na pressão de vapor)
Extração com solvente Diferença na constante de distribuição
(partição) dos componentes em dois
solventes imiscíveis entre si.
Cromatografia Diferença de afinidade das substâncias por
um material ativo ou adsorvente(FE)
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VISÃO GERAL DE CROMATOGRAFIA

O objetivo da cromatografia é separar individualmente os diversos


constituintes de uma mistura de substâncias seja para identificação,
quantificação ou obtenção da substância pura para os mais diversos fins.
Tal separação se dá através da migração da amostra através de uma fase
estacionária por intermédio de um fluido (fase móvel).
Após a introdução da amostra no sistema cromatográfico, os
componentes da amostra se distribuem entre as duas fases e viajam mais
lentamente que a fase móvel devido ao efeito retardante da fase
estacionária.
O equilíbrio de distribuição dos componentes entre as duas fases
determina a velocidade com a qual cada componente migra através do
sistema.

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COLUNA CROMATOGRÁFICA FLUXO

CROMATOGRAMA
SINAL

Conselho Regional de TEMPO


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CROMATOGRAMA
SINAL

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CROMATOGRAMA
SINAL

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CROMATOGRAMA
SINAL

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CROMATOGRAMA
SINAL

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SINAL

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CROMATOGRAMA
SINAL

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SINAL

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SINAL

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COLUNA CROMATOGRÁFICA FLUXO

CROMATOGRAMA
SINAL

TEMPO
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CROMATOGRAFIA A GÁS
Amostra gasosa ou liquida volatilizada é introduzida na corrente do gás de arraste que a leva sobre a
FE numa coluna.
Os constituintes se distribuem entre FE e FM, movendo-se a porção que está na fase vapor com o gás
de arraste. Podem ser separados e saem da coluna em tempos diferentes característicos da coluna e
das condições experimentais (vazão da FM, T).
Ao sair da coluna, os constituintes, separados, passam por um dispositivo onde são detectados,
emitindo um sinal elétrico que é registrado, constituindo o que se denomina cromatograma.

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IMPORTÂNCIA DA CROMATOGRAFIA
• Velocidade - Cromatografos convencionais
Cromatografos com sistema para Fast CG
Módulo para EZ Flash acoplado a CG convencional

• Poder de resolução – Capacidade de separar adequadamente os


constituintes da amostra.

• Manuseio de pequenas quantidades de amostra (10-9 – 10-15g)

• Simplicidade da técnica

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EXEMPLOS DE
CROMATOGRAMAS

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EXEMPLOS DE
CROMATOGRAMAS

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CLASSIFICAÇÃO DOS MÉTODOS CROMATOGRÁFICOS

CROMAT OGRAFIA

PLANAR EM COLUNA

TÉCNICA

FLUIDO
FASE LÍQUIDO GÁS
SUPERCRÍT ICO
LÍQUIDO

MÓVEL

FASE
ESTACIONÁRIA LÍQUIDO SÓLIDO FASE LIGADA LÍQUIDO SÓLIDO FASE LIGADA SÓLIDO FASE LIGADA LÍQUIDO SÓLIDO FASE LIGADA

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COMPARATIVO HPLC / CG

Fator CG HPLC

•amostra ou derivado volátil


Requisitos da amostra •estável termicamente na temperatura •amostra solúvel na fase móvel
de trabalho

•líquidos e sólidos
•gases, líquidos e sólidos
Tipo de Amostra •iônicos ou covalentes
•baixo peso molecular
•baixo e alto peso molecular

Tempo de análise relativo •em geral mais rápidas que HPLC •em geral mais lentas que CG

Pratos teóricos por coluna (Eficiência


•até 300000 •até 30000
da coluna)

Capacidade preparativa •pobre •boa

•10-9 g (UV)
Sensibilidade •10-12 g (DIC / DCE)
•10-15 g (coulométrico)

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SEPARAÇÃO CROMATOGRÁFICA

Em função da fase estacionária utilizada em cromatografia a gás os seguintes


Mecanismos são os responsáveis pelas interações entre analito e fase estacionária:

• Adsorção

• Partição

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SEPARAÇÃO CROMATOGRÁFICA
ADSORÇÃO

A fase estacionária é um sólido contendo grupos (sítios ativos) que podem adsorver certas
substâncias. Ex. Peneira Molecular, Polímeros Porosos, Colunas PLOT

Na adsorção tem-se o seguinte equilíbrio:[na FE] adsorvido


Kads =
[desorvido na FM]
Compostos com diferentes constantes de adsorção são separados.

FM FE
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SEPARAÇÃO CROMATOGRÁFICA
PARTIÇÃO

A fase estacionária é um líquido depositado ou quimicamente ligado a um suporte sólido ou


depositado ou quimicamente ligado à de um tubo capilar de silica fundida(CG)

As moléculas dos componentes a serem separados se distribuem entre a fase estacionária


ligada e a fase móvel líquida(HPLC) ou fase móvel gasosa(CG) de acordo com sua afinidade
relativa:

[dissolvido na FE]
Kpart =
[dissolvido na FM]

Compostos com diferentes constantes de partição são separados.

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SEPARAÇÃO CROMATOGRÁFICA
PARTIÇÃO

FM FE

A FM carrega as moléculas nela dissolvidas. Para reestabelecer o equilíbrio,


moléculas na FE passam para a FM e são arrastadas. Tem-se um equilíbrio
dinâmico em cada segmento da coluna. Como a FM está em contínuo movimento,
esta acaba retirando todas as moléculas da coluna.

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PARÂMETROS CROMATOGRÁFICOS

Uma série de parâmetros cromatográficos são importantes para serem utilizados na


identificação dos compostos separados, avaliar o desempenho cromatográfico e
auxiliar na optimização do processo de separação.

Os parâmetros cromatográficos a serem discutidos são:

• Tempo de retenção
• Fator de retenção
• Fator de separação
• Número de pratos
• Resolução

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PARÂMETROS CROMATOGRÁFICOS
TEMPO DE RETENÇÃO

Por definição chamamos de TEMPO DE RETENÇÃO, tr, de uma substância ao tempo


decorrido desde o instante em que a amostra foi introduzida até o instante do máximo do
pico. (onde to é o tempo de retenção de um composto não retido na fase estacionária)

Na análise cromatográfica, mantido constantes a vazão da fase móvel e a temperatura da


coluna, o tempo de retenção de cada componente é constante, desde que a FE não sofra
modificação.

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PARÂMETROS CROMATOGRÁFICOS

A partir da figura acima, definimos os seguintes parâmetros cromatográficos de acordo com


as equações abaixo:

Parâmetro Cromatográfico Definição


Fator de retenção k = t’r / to
Fator de separação
= t’r2 / t’r1

Número de pratos N = 16 ( tr / Wb )2
Resolução Rs = 2 ( tr2 - tr1 )/(Wb1 + Wb2)

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PARÂMETROS CROMATOGRÁFICOS
FATOR DE RETENÇÃO (ou FATOR CAPACIDADE)

k = t’r / to
t’r= tr-to
Onde:
t’r é o tempo de retenção corrigido
to é o tempo de retenção de um composto não retido

Relação entre o tempo de permanência de cada substância na fase


estacionária e o tempo de permanência na fase móvel.

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PARÂMETROS CROMATOGRÁFICOS
FATOR DE SEPARAÇÃO

= k2 / k1 = t’r2 / t’r1

Relação entre os fatores de retenção de dois picos adjacentes. Por


definição é sempre um número maior que a unidade.

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PARÂMETROS CROMATOGRÁFICOS
NÚMERO DE PRATOS DA COLUNA
N = 16 ( tr / Wb )2

Número indicativo da performance da


coluna. É a medida da largura do pico em
relação ao seu tempo de retenção. É o
parâmetro que mais precisamente define
a qualidade de um sistema
cromatográfico.

Outra medida da eficiência da coluna é dada pela altura do prato, H (altura equivalente a um
prato teórico. L
H=
N onde L = comprimento da coluna
N = número de pratos

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PARÂMETROS CROMATOGRÁFICOS
RESOLUÇÃO
Rs = 2 ( tr2 - tr1 )/(Wb1 + Wb2)
Fornece uma medida quantitativa da habilidade da coluna em
separar duas substâncias.

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PARÂMETROS CROMATOGRÁFICOS
RESOLUÇÃO

Rs = 2 ( tr2 - tr1 )/(Wb1 + Wb2)


Fornece uma medida quantitativa da habilidade da coluna em
separar duas substâncias.

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EFICIÊNCIA DA COLUNA
A introdução da amostra na coluna leva menos de 1 segundo. Como o equilíbrio entre FE e FM é
muito rápido, a largura dos picos também deveria ser aproximadamente 1 segundo. Entretanto,
isso não ocorre devido a processos de transporte de massa que altera a velocidade das moléculas
de um mesmo composto dentro da coluna. Estatisticamente algumas moléculas viajam mais
rapidamente e outras mais lentamente que a média das moléculas, atingindo o detector em tempos
diferentes. Consequentemente, o pico registrado é alargado.

Um tratamento teórico do comportamento das moléculas na coluna foi desenvolvido por Van
Deemter.

H = A + (B/u) + (C*u)

A Equação de Van Deemter mostra a relação da “Altura Equivalente de Um Prato Teórico” - HETP
ou simplesmente H, com a velocidade linear da fase móvel, u. Segundo Van Deemter, alguns
fatores contribuem para o alargamento de um pico dentro de uma coluna cromatográfica:
• Caminhos preferenciais = difusão de Eddy = parâmetro A
• Difusão longitudinal = parâmetro B
• Resitência a transferência de massa = parâmetro C

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EFICIÊNCIA DA COLUNA
Caminhos preferenciais, termo A da Equação de Van Deemter.
Refere-se aos diferentes caminhos percorridos pelo soluto dentro da coluna em função
de irregularidades no empacotamento e na forma das partículas da fase estacionária. Este termo
também é conhecido como Difusão de Eddy.

• Difusão longitudinal, termo B da Equação de Van Deemter.


Refere-se à difusão molecular do soluto na fase móvel. Quanto maior a difusão maior o
alargamento da banda do pico, logo, menos eficiente a coluna.

• Resistência à transferência de massa, termo C da Equação de Van Deemter.


É sem dúvida o termo que mais exerce influência no alargamento dos picos e refere-se
à movimentação da amostra entre as fases móvel e estacionária. Como já descrito anteriormente,
há um equilíbrio na transferência do soluto da fase móvel para a fase estacionária. Neste processo,
as moléculas que estão mais próximas à fase estacionária interagem mais rapidamente.
Como a fase móvel mantém seu movimento, as moléculas de soluto mais distantes da
fase estacionária são arrastadas pela fase móvel por um pequeno período de tempo, pequeno,
porém suficiente para alargar o pico. Esta contribuição para o alargamento do pico é diretamente
proporcional ao tempo de retenção e isso ajuda a explicar a razão de os últimos picos do
cromatograma serem mais largos que os iniciais. Com o aumento da velocidade linear da fase
móvel aumenta-se o alargamento do pico.

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SCAN FIG 2.14 – PAG. 9 -

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INSTRUMENTAÇÃO

CROMATÓGRAFO
A GÁS

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CROMATÓGRAFO

CIOLA - 2 - CROMATÓGRAFOS
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FASE MÓVEL – GÁS DE ARRASTE


•Escolha do gás de arraste
•Influência na eficiência da coluna, tempo de análise e sensibilidade do detector.
•Disponibilidade, custo e segurança de operação
•Helio, nitrogênio, hidrogênio, argônio
•Natureza do gás de arraste – equação de Van Deemter
•Difusão do soluto na fase gasosa.

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FASE MOVEL – GÁS DE ARRASTE

• A escolha da fase movel – gás de arraste – depende do tipo de detector que está
sendo usado e do tipo de coluna, empacotada ou capilar.

• No caso de análises com colunas capilares, normalmente necessita-se um gas
auxiliar (make up) para o detector, para obter sensibilidade otimizada.
Coluna capilar – d.I.<0.32mm - HIDROGENIO - IDEAL
Hélio – aceitável
Nitrogênio – menos aceitável
coluna megabore- d.I. 0.53mm – NITROGÊNIO – IDEAL
HÉLIO – PODE SER USADO
Hidrogênio – não recomendado

Coluna empacotada: normalmente nitrogenio ou helio, mas no caso de detector de


condutividade termica, hidrogenio ou helio são os mais recomendados.
Pureza dos gases: ideal é 99.9995% ou melhor, principalmente para detector de
captura de eletrons.

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INJETOR E SISTEMAS DE INTRODUÇÃO DE AMOSTRA


- A injeção deve ser feita de modo que se obtenha uma “banda” única e estreita para se ter picos
ideais.
- Falhas na injeção podem causar assimetria dos picos
- Quantidade de amostra não deve ultrapassar a capacidade da coluna, determinada pela quantidade
de FE.
- Quantidade injetada influi na eficiência da coluna - quanto menor, maior é a eficiência.
- Quando se tem picos assimétricos, o volume injetado afeta o tR
- Amostras líquidas são em geral vaporizadas no injetor(vaporizador) e arrastadas pela FM para a
coluna.
- Temp. vaporizador  20 – 30 ºC > PE do composto menos volátil da amostra.
- Vaporização instantânea - flash vaporization injection
- Injeção a frio direto na coluna - Cool on column injection

AMOSTRA LIQUIDA

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VÁLVULAS DE AMOSTRAÇÃO PARA GASES

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INJETOR CAPILAR
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INJETOR CAPILAR
CONFIGURAÇÃO COM SPLIT

ESQUEMA DE INJETOR – ANÁLISE COM SPLIT(DIVISOR DE FLUXO)

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INJETOR CAPILAR
CONFIGURAÇÃO SPLITLESS

ESQUEMA DE INJETOR – ANÁLISE SPLITLESS (SEM DIVISOR)

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OUTRAS TÉCNICAS DE INJEÇÃO
• Análise de compostos voláteis em baixas concentrações em matrizes sólidas ou líquidas
ou no ar atmosférico são em geral efetuadas por técnicas específicas:
• Head space – purge e trap – desorção
• Head space(espaço confinante)
• Componentes em amostras altamente diluidas e tão voláteis que exibem alta pressão de
vapor sôbre a matriz da amostra sólida ou líquida pode ser seletivamente introduzidas
numa coluna cg por transferência de vapor da amostra coletada do head space(espaço
vazio sôbre a amostra) de um vial(frasco) fechado contendo a amostra aquecida .
• Purge e trap
• A amostra colocada num tubo é borbulhada para arrastar os voláteis para um
adsorvente(tenax, carvão ativo…). Os componentes adsorvidos são liberados por
aquecimento rápido e arrastados pelo gás de arraste são introduzidos no cromatógrafo.
• Desorção
um dispositivo colocado numa pessoa, succiona o ar de um ambiente para um
adsorvente específico, por um tempo definido, levado ao laboratório e desorvido
térmicamente ou extraido com um solvente e injetado no cromatógrafo.
Outro procedimento é a adsorção dos vapores do ar ambiental para um “botton”, e no
laboratório extraído com solvente e injetado no cromatógrafo.

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COLUNA/FORNO DA COLUNA
A coluna é a essência do sistema cromatográfico, pois é nela que ocorrerá a separação
dos componentes da amostra.
Fase estacionária (suporte sólido e fase líquida)
Tubo (material, comprimento e diâmetro)
Colunas empacotadas e capilares

Parâmetro Empacotada Capilar

Diâmetro interno (mm) 1–4 0.1 – 0.75


Comprimento (m) 1–5 5 - 100
Pratos teórico por metro 2400 3000

Espessura do filme líquido (micra) 5 – 10 0.1 – 5


Granulometria das partículas 80 – 100 -
(mesh)
Vazão média (ml/min) 20 – 60 1 – 10

Volume de amostra líquida (l) 0.2 – 5 0.001 – 0.5


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TIPOS DE COLUNA

Colunas Empacotadas (Packed Columns)


Vidro, aço inox – 1 a 3m – d.i. 1 a 4 mm
CGS e CGL
Escolha da FE - similar dissolve similar

Colunas Capilares
D.I. 0.1 - 0,75 mm – 5 a 100 m
Sílica fundida, vidro, aço inox.
Coluna tubular aberta com parede revestida (WCOT)
Coluna com suporte recoberto (SCOT)
Coluna com FE imobilizada ou quimicamente ligada às paredes do tubo –wall bond open
tubular (WBOT)
Coluna capilar(megabore) com camada porosa(PLOT)
Colunas Capilares – aumento do numero de pratos teóricos e diminuição do alargamento
das “bandas” portanto melhor resolução.

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FORNO DAS COLUNAS
Controlador de temperatura – variação 0,1ºC
Analises isotérmicas

•Amostras com PE elevado não eluem


•Primeiros picos: agudos, pouco resolvidos
•Posteriores: baixos, largos, muito resolvidos

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FORNO DAS COLUNAS


Analises com Programação de Temperatura

•Determinação das condições de analise, inclusive isotérmicas


•Tempo de analise reduzido
•Limite de detecção e precisão da medida do pico são melhorados
•Velocidade de injeção não precisa ser tão rápida
•Transformações químicas dos componentes instáveis são minimizadas

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O
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DETECTORES
• Compostos analisados numa coluna CGL/CGS são monitorados pelo detector
• Sinal de saída é proporcional à quantidade do composto analisado que está eluindo e é
registrado como um traço contínuo (cromatograma).
• Área de pico – medida manual ou eletronicamente
Desempenho dos detectores
• Resposta – magnitude do sinal elétrico/massa do composto
• Sensibilidade – Limite de Detecção – S = 2 ou 3 x N (N = ruido)
• Limite de Determinação – 10 x N
• Linearidade do detector .

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TIPOS DE DETECTORES

Detector Sensibilidade para Faixa Linear


compostos indicados no Sinal gerado é proporcional
caso de detectores linearmente com a conc.
seletivos
DCT(TCD) 10-7 g mL-1 103 – 104

DIC(FID) 10-12 g (C)s-1 107

DCE(ECD) 10-16 moles mL-1 (lindano) 103 – 104

DTI (DNP) 10-14 g(N) s-1 (azobenzeno) 103 – 105


10-15 g(P) s-1 (tributilfosfato)
DFC(FPD) 10-10 g(S) s-1 (tiofeno) 103
10-12 g(P) s-1 (tributilfosfato) 105

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DETECTOR DE CONDUTIVIDADE TÉRMICA

• Principio: corpo aquecido perde calor com velocidade que depende da


condutividade térmica do(s) gás(es) que o envolvem.
• Detector: 4 filamentos de W aquecidos pela passagem de corrente elétrica e
colocados na corrente do gás de arraste, num arranjo de Ponte Wheatstone e
suportados num bloco metálico.

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DCT - CIRCUITO ESQUEMÁTICO

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SCAN TABELA 6.2 PAG.41

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DCT- INFLUÊNCIA DA CORRENTE

 K = CONSTANTE DO DETECTOR
 R = RESISTÊNCIA DOS FILAMENTOS
 I = CORRENTE DE ALIMENTAÇÃO
 Tb, Tf TEMPERATURAS DO BLOCO E DO FILAMENTO
 CONDUTIVIDADES TÉRMICAS DO GÁS DE ARRASTE E
SUBSTÂNCIA

     1
2
Re sposta  K . R . I 
g s
 Tf  Tb 
 g  Fg
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Conceitos de cromatografia a gás

DETECTOR DE IONIZAÇÃO DE CHAMA - DIC – FID


• Gás de Arraste: corrente  10-14 amp; com composto orgânico, queima, gera radicais livres → alguns
são ionizados → 10-12 a 10-6 A → amplificada → cromatograma Princípio: condutividade elétrica num
gás é proporcional à quantidade de partículas carregadas presentes. H2 + O2 (ar) + gás de arraste:
queima num bico (jet). Ionização na chama é obtida aplicando um potencial > 200V.

Não responde (ou apresenta reposta muito baixa) a: nitrogênio, óxidos de nitrogênio, monóxido e
dióxido de carbono, sulfeto de carbono, gás sulfídrico, dióxido de enxofre e água, tetracloreto de
carbono. Isso é útil para uso como solvente – H2O, CS2, CCl4.
Alta sensibilidade: 10-12 g/seg – análise de traços
Estável – Alta faixa de linearidade 10-6 a 10-7
Moléculas com O e halogênio diminuem a sensibilidade
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Conceitos de cromatografia a gás

DETECTOR DE IONIZACÃO DE CHAMA


• A estrutura química, tipo de grupo func ional. Geometria e esqueleto de carbono e pm
influem na sensibilidade de geração de sinal.
• A resposta é reduzida para compostos polares que contém heteroátomos como grupos
funcionais. Átomos de carbono ligados a heteroátomos são ionizados com muito
menos probabilidade ou não são ionizados e não contribuem para a intensidade do
sinal do detector.
• Para análise quantitativa é importante que o fator de resposta seja determinado
• Outros fatores que influem na resposta: fluxo dos gases de queima – h2 e ar, e gás de
arraste; geometria do sistema de eletrodo do detector, voltagem entre os eletrodos.

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Conceitos de cromatografia a gás

DETECTOR DE CAPTURA DE ELÉTRONS


Princípio: elétrons gerados por ionização do gás por uma fonte radioativa (Ni63 ou tritio) são
capturados por alguns tipos de compostos, diminuindo a corrente que é registrada.
Raios β emitidos pela fonte ioniza o N2 gerando elétrons: β + N2 → N2* + eˉ
É gerada uma corrente constante registrada como linha de base.
Compostos eletronegativos captam elétrons diminuindo a corrente.
A queda de corrente é proporcional à quantidade do composto eletro-aceptor que passa pelo
detector.
Gás Arraste: Nitrogênio ou Argônio a 5%CH4 - 30-40ml/min. no detector.

Sensibilidade – Seletividade do DCE


Muito sensível: 10-12 a 10-14 g de
substâncias com afinidade por elétrons
Halogenados, nitrilas,
organometalicos → agrotóxicos.

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Conceitos de cromatografia a gás

DETECTOR DE CAPTURA DE ELÉTRONS

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Conceitos de cromatografia a gás

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Conceitos de cromatografia a gás
DETECTOR DE NITROGÊNIO E FÓSFORO (DNP-NPD)
DETECTOR DE IONIZAÇÃO TERMOIÔNICO (DIT - TID)
DETECTOR DE IONIZAÇÃO DE CHAMA ALCALINA

• Principio: fonte alcalina


(pastilha de cerâmica com
sal de Cs ou Rb) polarizada
e coletor semelhante ao DIC.
Interação dos vapores do
metal alcalino com os
compostos orgânicos de N
ou P → íons negativos
• Sensibilidade: N ~10-13
g/seg e P ~10-14 g/seg.;
desprezível para orgânicos
contendo C, H e O.

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Conceitos de cromatografia a gás
DETECTOR FOTOMÉTRICO DE CHAMA (DFC-FPD)
• Princípio: compostos são queimados em chama de O2 e H2 Compostos orgânicos de S
e P ou outros elementos emitem luz de diversos comprimentos de onda. S e P emitem
grande intensidade na região de 394 e 526 nm respectivamente → altamente sensível
para S e P. A luz emitida é detectada usando fotomultiplicadora e com filtro apropriado,
detecta-se só os elementos de interesse.
• Fluxo de gás de arraste + auxiliar: pelo menos 20ml/min.
• Fluxo de H2: 200 – 210ml/min. AR: 120 – 160ml/min

Sensibilidade:P → HPO* → luz a 526nm


→ 4x10-14 g/s
S → S2* → luz a 394nm → 2x10-13 g/s

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Conceitos de cromatografia a gás

DETECTOR FOTOMÉTRICO DE CHAMA (DFC-FPD)

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Conceitos de cromatografia a gás
DETECTORES
FID - FPD

DETECTORES - CIOLA
65
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Conceitos de cromatografia a gás

DETECTOR DE FOTOIONIZAÇÃO (DFI – PID)

• Princípio compostos são ionizados numa


câmara contendo lâmpada ultra-violeta.

• R+h → R* + e-

• Sensibilidade:similar a DIC, porém


aumenta para compostos que absorvem na
região ultra-violeta, como p.ex. aromáticos.
• Responde à concentração; portanto a
resposta diminui com aumento da vazão de
gás de arraste + auxiliar. Normalmente gás
de arraste a 20ml/min e auxiliar só com
arraste menor que 10ml/min.

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Conceitos de cromatografia a gás

DETECTOR DE FOTOIONIZAÇÃO (DFI – PID)

Utilizando lâmpadas de
diferentes energias: 9,5; 10,2 ou
11,7 e V, as respostas dos
primeiros membros de uma série
homóloga se alteram.
Assim os compostos com baixa
S em DIC tem alta S em DFC:
ex. dicloroetano, formaldeido.

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Conceitos de cromatografia a gás

GÁS DE ARRASTE E GÁS AUXILIAR


DETECTOR ARRASTE AUXILIAR ALTERNATIVA
FID HIDROGÊNIO NITROGÊNIO HÉLIO
HÉLIO NITROGÊNIO HÉLIO
NITROGÊNIO NITROGÊNIO HÉLIO
NPD HIDROGÊNIO HÉLIO
HÉLIO HÉLIO
NITROGÊNIO HÉLIO
ECD HIDROGÊNIO ARGÔNIO/CH4 NITROGÊNIO
HÉLIO ARGÔNIO/CH4 NITROGÊNIO
NITROGÊNIO NITROGÊNIO ARGÔNIO/CH4
ARGÔNIO/CH4 ARGÔNIO/CH4 NITROGÊNIO
TCD HIDROGÊNIO MESMO DO GÁS
HÉLIO DE ARRASTE
NITROGÊNIO
FPD HIDROGÊNIO NITROGÊNIO HÉLIO
HÉLIO NITROGÊNIO HÉLIO
NITROGÊNIO NITROGÊNIO HÉLIO
PID HIDROGÊNIO NITROGÊNIO HÉLIO
HÉLIO NITROGÊNIO HÉLIO
NITROGÊNIO NITROGÊNIO HÉLIO

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Conceitos de cromatografia a gás
DETECTOR DE ESPECTROMETRIA DE MASSA
CG/MS
• O espectrômetro de massa baseia-se na ionização do analito efluente da coluna por meio de
uma fonte de energia -70ev ou outro valor ajustável, num sistema a alto vácuo.
• O analito perde 1 eletron resultando numa molécula carregada positivamente, considerada
como ion molecular.
• Devido a instabilidade dessa molécula, ela se fragmenta em várias partículas menores,
características de sua estrutura.
• Essas partículas são detectadas, constituindo o espectro de massa.
• A técnica de ionização utilizada é a de impacto de elétrons (ie).
• Os sistemas cg/ms possuem bibliotecas com espectros de massas de vários compostos.
• O espectro de massa de um determinado pico é comparado com os da biblioteca. Através da
similaridade dos espectros, o sistema indica a provável estrutura do composto com um certo
nível de probabilidade.
• Bibliotecas nist/epa/nih : ~75.000 espectros
• Wiley: ~229.000 espectros
• Pflegar/maurer/weber drogas e metabolitos: ~1400 espectros
• Pesticidas: ~205 espectros
• Pirólise: ~100 especros de polímeros
• Flavors & fragancias: ~1200 espectros
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Conceitos de cromatografia a gás
DETECTOR DE ESPECTRÔMETRO DE MASSA (CG/MS)

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Conceitos de cromatografia a gás
DETECTOR DE ESPECTRÔMETRO DE MASSA (CG/MS)

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Conceitos de cromatografia a gás
DETECTORES - CONSIDERAÇÕES IMPORTANTES
• Quando 1 analito separado na coluna,chega no detector, é gerado um sinal cujo valor é
muito pequeno.
• Para possibilitar a detecção do pico, é necessário ampliar esse sinal, que é obido através
de um sistema eletrônico – amplificador – que amplifica o sinal permitindo detectar o pico.
• Os amplificadores possuem um sinal máximo de saída, em geral 1v, podendo variar, de
acordo com configuração do fabricante.
• A amplificação pode ser ajustada. A sensibilidade máxima do detector é obtida com a
maior amplificação.
• Cada fabricante de CG possui um sistema de atenuação do amplificador (range do
amplificador).
• Consideremos que o range selecionado dá a maior amplificação – sinal máximo 1v por
exemplo.
• Ao injetar uma amostra, se um determinado analito gerar um sinal maior que 1v, a área
calculada não é real, pois não se conhece o valor de sinal que foi gerado. Diz-se que o
pico “estoura”. No software, observa-se um traço reto na escala de 1v.
• Se for preciso quantificar esse composto, é necessário que o pico de um sinal dentro da
escala (no caso < 1v, o que é conseguido injetando menos amostra ou alterando o range
para um valor menor.
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Conceitos de cromatografia a gás

AQUISIÇÃO DE DADOS

Atualmente utilizam-se softwares que permitem:

• Registrar e processar os dados do cromatograma;


• Efetuar as curvas de calibração;

• Controlar o sistema cromatográfico;

• Reprocessar os cromatogramas por ajuste dos parâmetros de


integração otimizados (width – threshold – tangente – vale, etc.);

• Selecionar a frequência de amostragem (x hz)) de modo a se ter


pelo menos 20 a 30 medidas por pico;

• Realizar os cálculos para verificar o “system suitability test”

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Conceitos de cromatografia a gás
SELEÇÃO DA COLUNA / FASES ESTACIONÁRIAS
A coluna é o coração do sistema cromatográfico e determina a eficiência e seletividade
que pode ser alcançada na separação.

Colunas Empacotadas

• CGL – CGS
• Tubo da Coluna
• Inerte – estável termicamente – flexível
• Vidro, aço inox, cobre teflon
• Vidro – lavado com acido, e DMCS – tolueno – metanol – seca, com a finalidade
de eliminar grupos SiOH do vidro que são adsorventes.

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Conceitos de cromatografia a gás

SELEÇÃO DA COLUNA / FASES ESTACIONÁRIAS


Colunas Capilares – Open Tubular Columns

• A fase liquida é revestida como um filme sobre a parede da coluna, portanto não
contem suporte – wall coated open tubular (WCOT), ou é ligada quimicamente ao
tubo de silica fundida
• Vantagem: baixa contra pressão devido a suporte na coluna empacotadas ->->
mais longas para mesma queda de pressão.
• Estreitas – para minimizar efeitos de transferência de massa na fase gasosa
• TUBO: aço inox → vidro → silica fundida
• Sílica fundida: poucas impurezas, resistentes, flexíveis.
• Fases liquidas quimicamente ligadas à superfície, aumentaram a estabilidade das
colunas, com diminuição do “sangramento” e arraste da FE por solventes das
amostras, e superfície do tubo desativada. Podem ser lavadas para remover
impurezas retidas.

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Conceitos de cromatografia a gás
SELEÇÃO DA COLUNA EM CGS

Seleção da Coluna em CGS


FE: sólido poroso acondicionado num tubo.
Separação: adsorção seletiva dos componentes
da amostra nas partículas do sólido – peneiras
moleculares, carvão – sílica gel – alumina –
polímeros porosos.
Peneiras moleculares 5A e 13X.

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Conceitos de cromatografia a gás

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Conceitos de cromatografia a gás

POLÍMEROS POROSOS – PORAPAK – CHROMOSORB 100

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Conceitos de cromatografia a gás

SELEÇÃO DA COLUNA EM CGL (PARTIÇÃO)


A separação é conseguida graças a diferença dos coeficientes de partição
entre FE e FM dos constituintes da amostra analisada.

COLUNAS EMPACOTADAS E CAPILARES


COLUNAS EMPACOTADAS

SUPORTE
Função
Características:
Área especifica
• Estrutura porosa adequada –
• Tamanho de partícula uniforme: 80-100, 100-120 mesh
• Inércia
• Resistência mecânica elevada
Principais suportes utilizados em GGL
Diatomitas – Chromosorb – Johns-Manville e outros
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Conceitos de cromatografia a gás

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Conceitos de cromatografia a gás

scan equivalencia de suportes – tabela 5.4 pag.27

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Conceitos de cromatografia a gás

SELEÇÃO DA COLUNA EM CGL (PARTIÇÃO)


FASE LÍQUIDA

FL – componente mais importante da CGL – interações dos constituintes da amostra com


a FL que permitirá obter separação.
Características:
• Efetuar separação desejada
• Não ser volátil na temperatura de operação
• Estável termicamente em ampla faixa de T
• Inércia química
• Capacidade de dissolver os componentes da amostra
• Fácil disponibilidade e baixo custo
Força de Interação FL – Compostos:
A solubilidade diferencial dos componentes da amostra é que governa a separação.
Ela depende das forças coesivas de Van der Waals entre o soluto e a fase
estacionária . Determinam a volatilidade relativa dos solutos, dos coeficientes da
partição.
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Conceitos de cromatografia a gás

COLUNAS CAPILARES – OPEN TUBULAR COLUMNS


A fase líquida é revestida como um filme sôbre a parede da coluna, portanto não contém
suporte – wall coated open tubular(WCOT).

Vantagem: baixa contra pressão devido a não ter suporte como nas colunas
empacotadas, e portanto pode-se ter colunas mais compridas e em consequência maior
eficiência.

São estreitas – para minimizar efeitos de transferência de massa na fase gasosa.

Tubo: aço – vidro - sílica fundida.

Fases líquidas quimicamente ligadas à superfície (bonded phase), aumentam a


estabilidade das colunas, com diminuição do “sangramento” e arraste da FE por
solventes das amostras.

Superfície do tubo de sílica fundida desativada.

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Conceitos de cromatografia a gás

FASES LÍQUIDAS EM CGL

• Muitas das fase estacionarias liquidas são praticamente o mesmo material, produzido
por diferentes fabricantes ou fornecedores, com nome ou código diferente.
• Podem ser agrupadas em um número limitado de tipos com propriedades e estruturas
similares → numero limitado de fases usadas para colunas capilares e empacotadas.
• Classificação genérica: polares, não polares e fases especiais.

Fases Não Polares: não contem grupos que formem pontes de hidrogênio ou interação
dipolo permanente - dipolo permanente.
• Eluição de acordo com PE ou volatilidade relativa, nas condições de análise.

Fases Polares: contém grupos funcionais polares, tais como halogênio, hidroxila, nitrila,
carbonila ou Ester. Os compostos contendo grupos polares interagirão mais fortemente
que os não polares

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Conceitos de cromatografia a gás

FASES ESTACIONÁRIAS

• A grande maioria das FE de colunas capilares são constituidas de polisiloxanes


(siliconas) com diferentes grupos ligados à sua estrutura que lhes proporcionam as
diferentes características de interação com os componentes analisados.
• Além das polisiloxanes, são utilizadas também ,como fases estacionárias em
colunas capilares, polímeros com grupos poliéteres (glicóis) e poliéteres
modificados (glicóis modificados), e algumas outras com estruturas especiais para
análise de compostos com isomeria óptica, são as fases quirais.
• As polisiloxanes são constituidas basicamente de grupos metila, fenila, ciano-propil,
trifluoropropil, ligados ao esqueleto da silicona.
• A grande maioria das fases estacionárias atualmente utilizadas são quimicamente
ligadas à superfície do tubo de silica fundida, o que lhe proporciona maior
estabilidade térmica e a solventes, o que permitem que sejam lavadas para
remoção de impurezas .
• Cada fabricante de colunas capilares atribui um código específico para suas
colunas, as quais possuem características similares.

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Conceitos de cromatografia a gás

FASE ESTACIONÁRIA
POLI(DIMETILSILOXANE)

• Metilsilicona não polar. Fase ligada


• Quimicamente compatível com água e outros
solventes. Pode ser lavada.
• Faixa de temperatura: -60c a 320c
• NÚMERO DE MCREYNOLDS: x’- y’- z’- u’- s’ = 4 –
58 – 43 – 56 – 38
• Aplicações típicas: hidrocarbonetos, gasolina,
solventes, alcóois, fame, ac.Graxos,alimentos,
flavorizantes, fragâncias.
• Fases comerciais similares: ciola 1, db1, hp1, at1,
fi53, cpsil5cb, optima1, ov1, ov101, zb1, 007-1, rtx1,
bp1, spb1.
• Fase equivalente a cg-usp – g1

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Conceitos de cromatografia a gás
ANÁLISE DE ESTERES METÍLICOS DE ÁCIDOS GRAXOS EM
COLUNA NÃO POLAR - METILSILOXANE

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Conceitos de cromatografia a gás
ANÁLISE DE SOLVENTES DE EMBALAGENS
COLUNA TIPO POLIDIMETILSILOXANE

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Conceitos de cromatografia a gás

FASE ESTACIONÁRIA
POLI(5%DIFENIL- 95%DIMETILSILOXANE)

• Não polar – fase ligada.


• Quimicamente compatível com agua e
outros solventes. Pode ser lavada.
• Faixa de temperatura: -60c a 320c
• NÚMERO DE MCREYNOLDS: x’- y’- z’-
u’- s’ = 19 – 74 – 64 – 93 - 62
• Aplicações típicas: hidrocarbonetos,
gasolina, solventes, pesticidas, alimentos,
fame, fenois, alcaloides aromáticos,
drogas de abuso, flavorizantes,
fragâncias.
• Fases comerciais similares: ciola 5, db5,
hp5, at5, fi54, cpsil8cb, optima5, ov5, zb5,
007-5, rtx5, bp5, spb5..
• Fase equivalente a cg-usp – g27

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Conceitos de cromatografia a gás

ANÁLISE DE PESTICIDAS ORGANOCLORADOS EM COLUNA


5%FENIL-95%METILISILOXANE

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Conceitos de cromatografia a gás

FASE ESTACIONÁRIA
POLI(14%CIANOPROPILFENIL-86%DIMETILSILOXANE)
• Polaridade intermediária. Fase ligada.
• Grupo ciano torna a fase mais susceptível
a danificação por oxigênio e umidade do
que outras fases de silicona. Pode ser
lavada.
• Faixa de temperatura: subambiente a
280c
• NÚMERO DE MCREYNOLDS: x’- y’- z’- u’-
s’ = 67 – 170 – 153 – 228 - 171
• Aplicações típicas: pesticidas, semi-
voláteis, esteroides, ac.ORGÂNICOS,
ALCOOIS, pahs, pcbs, AROCLOR,
TRANQUILIZANTS.
• Fases comerciais similares: ciola1701,
db1701, hp1701, fn210, cpsil19cb,
optima1701, ov1701, 007-1701, rtx1701,
bp10, spb1701.
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Conceitos de cromatografia a gás
FASE ESTACIONÁRIA
POLI(6%CIANOPROPILFENIL-94%DIMETILSILOXANE)

• Fase polaridade média. Fase ligada.


• Fase desenvolvida para análises de
compostos organo-voláteis, halogenados,
não halogenados e aromáticos pela
técnica de purge & trap como
contaminantes em ar, água potável, e
efluentes e solos. Fase indicada para
atender os vários requisitos dos métodos
epa 502.2, 524.2, 601, 602, 624, 5041,
8010, 8020, 8260. Pode ser lavada..
• Faixa de temperatura: subambiente a
250c.
• Fases comerciais similares: db624, hp-
voc, hp624, at624,rtxvoláteis, spb624,
cpsil13cb, vocol
• Fase equivalente a cg-usp – g43
• A coluna tipo 624 é adequada para
análise de impurezas em alcool etílico

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Conceitos de cromatografia a gás
ALCOOL – ANÁLISE EM COLUNA TIPO 624
POLI(6%CIANOPROPILFENIL-94%DIMETILSILOXANE)

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Conceitos de cromatografia a gás
COLUNA DESENVOLVIDA PARA ANÁLISE DE HALOGENADOS, NÃO
HALOGENADOS E AROMÁTICOS VOLÁTEIS POR PURGE E TRAP

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Conceitos de cromatografia a gás
ANÁLISE DE ORGANOVOLÁTEIS

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Conceitos de cromatografia a gás

FASE ESTACIONÁRIA
POLI-70%CIANOPROPILSILOXANE/SILFENILENO

• Polar. Fase ligada.


• Fase estacionária desenvolvida pela sge com
grupo aromático silfenileno incorporado no
esqueleto da siloxane, que permite operar a
260c isotermicamente e até 290c por
programação de temperatura.
• Faixa de temperatura: 50 a 260c
• Aplicação típica: anaálise de fame cis-trans.
• Obs: a sge desenvolveu também fase com
90% ao invés de
70%cianopropilsiloxane/silfenileno, utilizada
também para fame cis-trans, com retenção
um pouco diferente.
• Fase comercial: bpx70 e bpx90.

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Conceitos de cromatografia a gás
ANÁLISE DE ESTERES METÍLICOS DE ÁCIDOS GRAXOS
COLUNA POLI-70%CIANOPROPILSILOXANE/SILFENILENO

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Conceitos de cromatografia a gás

FASE ESTACIONÁRIA
POLIETILENOGLICOL(CARBOWAX 20M)
• Fase polar. Fase lquimicamente
compatível com água e outros solventes,
porém solven e metanol e água devem ser
vaporizados no injetor antes de alcançar a
Coluna, portanto evite usar com injeção on-
column. Pode ser lavada.
• Faixa de temperatura: 35 a 280c
• NÚMERO DE MCREYNOLDS: x’- y’- z’-
u’- s’- : 305 – 551 – 360 – 562 – 484
• Aplicações típicas: alcóois,
aromáticos(btex), glicois, fame, ac.Graxos,
fenois, flavorizantes, fragâncias.
• Fases comerciais similares: ciola-wax, ]db-
wax, hp-wax, hp-innowax, at-wax, cp-wax-
52cb, permabond -cw20m, carbowax 20m,
zb-wax, 007-cw, stabilwax, bp20,
supelcowax 10, rtxwax, pe-wax.
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Conceitos de cromatografia a gás
ANÁLISE DE SOLVENTES
COMPARATIVO DE COLUNA POLAR E NÃO POLAR

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Conceitos de cromatografia a gás
ANÁLISE DE FRAGÂNCIAS EM COLUNA
POLIETILENOGLICOL

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Conceitos de cromatografia a gás

FASE ESTACIONÁRIA
POLIETILENOGLICOL MODIFICADO COM ÁCIDO NITROTEREFTÁLICO

• Fase polar. Fase ligada.


• Quimicamente compatível com água e outros
solventes. Porém solventes como água e
metanol devem ser vaporizados no injetor antes
de alcançar a coluna, portanto evite uso com
injeção on-column. Pode ser lavada.
• Faixa de temperatura: 60 a 200c
• NÚMERO DE REYNOLDS: x’- y’- z’- u’- z’- : 311-
572 – 374 – 572 – 520
• Aplicações típicas: alcoois, glicois, solventes,
fames, ácidos graxos livres(ideal).
• Fases comerciais similares: ciola ffap, db-ffap,
hp-ffap, at-1000, cp-wax-58cb, peeermabond
ffap, ov351, 007-ffap, stabilwax-da, bp21, nukol
• Fase cg-usp – g25.

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Conceitos de cromatografia a gás
ANÁLISE DE ÁCIDOS GRAXOS LIVRES EM COLUNA DE
POLIETILENOGLICOL MODIFICADO COM ÁCIDO NITROTEREFTÁLICO

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Conceitos de cromatografia a gás
OUTRAS FASES ESTACIONÁRIAS
COM ESTRUTURA DE SILOXANE
• Além das fases estacionarias mencionadas nos slides anteriores, várias outras são
disponíveis.
• Destaca-se as fases com estruturas similares às citadas, porém com a designação fe-ms,
produzidas com tratamento térmico especial para serem utilizadas em cg-ms. Para
aumentar a estabilidade incorpora-se o grupo fenila entre átomos de silicio.
• Fases comerciais base metilsilicona similares: ciola1-ms, hp1-ms, db1-ms, cpsil-5cb-ms,
optima-1-ms, mdm-1
• FASES COMERCIAIS BASE 5%FENIL95%METILSILICONA: CIOLA5-MS, HP5-MS, cpsil-
8cb-ms, OPTIMA 5-MS, MDM-5
• Outras fases baseadas em polimetilsiloxane foram desenvolvidas especialmente para
análises de larga faixa de ebulição de hidrocarbonetos e usada para pna,pona e piona. A
literatura fornece dados de índice de retenção de kovats de mais de 400 analitos, o que
permite identifica-los.
• Exemplos de fases comerciais similares: tr50.2PONA, db-petro100, cpsil-pona, rtx1-pona,
BP1-PONA. Petrocol dh50.2.
• Outras fases base metilsilicona: petrocol dh150, petrocol dh, petrocol-dh-octil(esta permite
separação na linha de base entre benzeno/1metilciclopenteno e tolueno/2,3,3
trimetilpentano.
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Conceitos de cromatografia a gás

ANÁLISE DE GASOLINA EM COLUNA PETROCOL DH

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Conceitos de cromatografia a gás
FASES ESTACIONÁRIAS
COLUNAS PLOT
Colunas plot refere-se às colunas com fase estacionária sólida porosa, dentro de tubo de sílica fundida com
diâmetro interno de 0.53mm( widebore).
Plot (porous layer open tubular) – camada porosa em tubo aberto.
As colunas plot foram desenvolvidas para substituir colunas empacotadas com fases estacionárias sólidas,
com o objetivo de proporcionar maior número de pratos da coluna e consequentemente melhor resolução
dos analitos.
Por serem tubos abertos pode-se preparar colunas com maior comprimento: 15, 30. 50m SÃO OS MAIS
UTILIZADOS.
Exemplo de colunas plot:
1 - peneira molecular 5a para análise de gases: h2, o2, n2, ch4, co
FASES COMERCIAIS SIMILARES: G5 molesieve, molesieve 5A, PLT5A, rt-msieve13x,
molsieve5aplot, hp-plot-molesieve, cp-molesieve 5A, mt-sieve5a, mxt-msieve 5A.
2 – alumina – separa hidrocarbonetos leves: c1-c4 saturados e insaturados(exemplo glp) além de c5-
c10.
Fases comerciais similares: gs-alumina, rt-alumina plot, alumina plot, al2o3/kcl,al2o3/na2so4.
3 – alumina/kcl e alumina/na2so4 – polaridade menor que alumina.
Fases comerciais similares: gs-alumina/kcl, cp-alumina/kcl, hp_plot al2o3, rt-alumina, valcoplot
al2o3/kcl, valcoplot al2o3/na2so4.

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Conceitos de cromatografia a gás
ANÁLISE DE HIDROCARBONETOS C1-C5 EM COLUNA PLOT

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Conceitos de cromatografia a gás

FASES ESTACIONÁRIAS
COLUNAS PLOT
• Outros tipos de colunas plot utilizam polímeros porosos derivados de estireno-divinilbenzeno e
outros compostos , usadas como alternativa das colunas empacotadas tipo porapks E hayeseps.
• Exemplo de colunas plot de polímeros porosos:
• Base divinilbenzeno: GS-Q, PoraPLOT Q, PoraPLOT Q_HT, Rt-QPLOT, SupelQ PLOT,
HP-Q PLOT.
A empresa Vici produz várias colunas plot baseadas nos polímeros porosos hayesep, com
diferentes estruturas e diversas aplicações;
Valco PLOT HAYESEP A: BASE DIVINILBENZENO/ETILENOGLICOLDIMETRACRILATO.
ValcoPLOT HAYESEP B: BASE DIVINILBENZENO/POLIETILENODIIMINA
ValcoPLOT HAYESEP C: BASE DIVINILBENZENO/ACRILONITRILA
ValcoPLOT HAYESEP D: BASE DIVINILBENZENO DE ALTA PUREZA
ValcoPLOT HAYESEP N: BASE DIVINILBENZENO/ETILENOGLICOLMETACRILATO
ValcoPLOT HAYESEP P: BASE DIVINILBENZENO/ESTIRENO
ValcoPLOT HAYESEP Q: BASE DIVINILBENZENO
ValcoPLOT HAYESEP R: BASE DIVINILBENZENO/N-VINIL-2 PIROLIDINONA
ValcoPLOT HAYESEP S: BASE DIVINILBENZENO/4-VINIL-PIRIDINA
APLICAÇ/ÒES E CROMATOGRAMAS: www.vvici.com/columns/vp.php

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Conceitos de cromatografia a gás
ANÁLISE DE HIDROCARBONETOS C1-C5 EM COLUNA PLOT

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Conceitos de cromatografia a gás

CONDICIONAMENTO DAS COLUNAS

• Cada fase estacionária tem uma temperatura máxima de operação, acima


da qual a sua pressão de vapor é suficientemente elevada para o gás de
arraste carregá-la (sangramento), alterando portanto as características da
coluna. Não operar a coluna acima dessa temperatura.
• Uma coluna nova pode ter oligômeros e/ou solvente residual e portanto é
necessário condicioná-la para evitar deslocamento da linha de base.
• Para efetuar o condicionamento é recomendado instalar a coluna no injetor
e não instalar no detector:
• AJUSTAR FLUXO DE GÁS DE ARRASTE (N2 OU he). Mantendo-o por
cerca de 15 minutos a temperatura ambiente, para eliminar ar da coluna.
• Ajustar a temperatura do forno a ~50c e aumentar a temperatura
gradativamente( ~10c/min) até ~20c abaixo da temperatura máxima e
mante-la no mínimo 8 horas, no caso de uso de detector de captura de
eletrons é necessário maior tempo de condicionamento. Resfriar o forno,e
conectar a coluna no detector.

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Conceitos de cromatografia a gás
RECOMENDAÇÕES OPERACIONAIS

• Procedimento para iniciar operação do cromatógrafo:


• Primeiramente alinhar os gases para o cromatografo e ajustar os fluxos de
trabalho.
• Manter o forno à temperatura ambiente por ~15 minutos e só então aquecer,
para evitar que oxigênio do ar danifique a coluna.
• Para desligar o cromatografo, reduzir a temperatura do forno próximo da
ambiente e só então fechar os gases e desligar o cromatógrafo
• Na retirada de uma coluna do forno( sempre a temperatura próxima da
ambiente), certificar-se que as válvulas de h2 estejam fechadas.
• Na instalação da coluna, certificar-se que não há vazamento nas conexões
do injetor e do detector.
• Quando necessário, recondicionar a coluna conforme o procedimento do
condicionamento ou lavar (quando permitido) com solvente conveniente..
.
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Conceitos de cromatografia a gás

ANÁLISE QUALITATIVA

A análise qualitativa em CROMATOGRAFIA tem por objetivo a


identificação dos analitos de interesse.

Existem dois casos a serem considerados para análise


qualitativa:

• Análise Qualitativa em controle de qualidade

• Análise Qualitativa em identificações não rotineiras

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Conceitos de cromatografia a gás

ANÁLISE QUALITATIVA

Análise Qualitativa em Controle


de qualidade
É normalmente efetuada através da
comparação do tempo de retenção ou
retenção relativa dos analitos de
interesse com esses parâmetros de
padrões. Tais análises são realizadas
com metodologias já estabelecidas.
É fundamental o controle e
monitoramento das condições
analíticas para evitar conclusões
errôneas.

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Conceitos de cromatografia a gás

ANÁLISE QUALITATIVA
Análise Qualitativa em identificações não rotineiras

Quando o objetivo é identificar compostos de presença possível em uma amostra, ou


caracterização de contaminantes em uma amostra, o analista depara-se com uma situação
complexa.
Um rastreamento da amostra é muito útil, para auxiliar a identificação de compostos em
análise não rotineira.
É necessário obter-se condições de detecção específica de cada componente. Isso pode
ocorrer de duas maneiras:
1.) com a separação dos compostos na coluna para técnicas de detecção não seletivas
2.) através de uma condição de detecção exclusiva para o componente em questão
mesmo que outros componentes eluam com mesmo tempo de retenção – detecção
seletiva. Usando detectores que respondem especificamente a determinados
compostos, tais como: ECD, PID, NPD, PFD.
Para esse tipo de análise,frequentemente é necessário o uso de diferentes tipos de
detectores; o detector de espectrometria de massa acoplado ao cromatografo é muito
recomendado, pois pode definir a estrutura do composto e portanto identificá-lo.
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Conceitos de cromatografia a gás
ANÁLISE QUALITATIVA
IDENTIFICAÇÃO ATRAVÉS DO ÍNDICE DE RETENÇÃO DE KOVATS
O Índice de Retenção de Kovats é um parametro muito recomendado para identificar
compostos num cromatograma.

A determinação do IR é feita injetando-se padrões de vários compostos, juntamente com


normais parafinas e determinando os valores pela equação:

IR = 100n + 100 x (log tr i – log tr n/log tr n+1 – log tr n), para condições isotérmicas e
IR = 100n + 100 x (tri – trn/trn+1 – trn) , por programação de temperatura

Onde n é o número de C da parafina que elui antes do composto e n+1 é o número de C


da parafina que elui após o composto.

Existem muitos dados de ir publicados na literatura, para diferentes compostos:


hidrocarbonetos (+ de 400), solventes, fragâncias, etc.

Injetando-se a amostra junto com n-parafinas, determina-se os índices de retenção dos


compostos da amostra que comparados com dados da literatura é possível identifica-los.

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Conceitos de cromatografia a gás

ANÁLISE QUANTITATIVA
Duas metodologias:
Métodos por normalização
Métodos absolutos

MÉTODOS POR NORMALIZAÇÃO

Assume-se que todos os componentes da amostra eluem da coluna e são detectáveis

Existem dois procedimentos:

• Normalização de área (% em área)

• Normalização utilizando-se a área corrigida

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ANÁLISE QUANTITATIVA

Métodos por normalização

Normalização de área (% em área)

Ai
%i  x100
 Ai

Ai = área do composto i
 Ai = somatória das áreas de todos componentes

Considera-se que todos os componente apresentam resposta proporcional à sua


concentração e que mesma concentração de diferentes compostos resulte em
áreas iguais (o que dificilmente ocorre).

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ANÁLISE QUANTITATIVA
Métodos por normalização

Normalização com área corrigida

Ai xFi
%i  x100
Ai xFi
onde Fi= Ci/Ai do componente i na mistura padrão

Ai = área do composto i
Fi = fator de resposta do componente i
 AiFi = somatória das áreas de todos componentes multiplicadas pelos respectivos
fatores de resposta

É necessário conhecer todos os componentes da amostra para determinação dos


fatores de resposta de cada componente
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Conceitos de cromatografia a gás

ANÁLISE QUANTITATIVA
Métodos absolutos

Utiliza-se métodos absolutos quando:

• O objetivo da análise é quantificar um ou alguns dos componentes da amostra.

• Ao utilizar detectores específicos ou seletivos que detectam somente os componentes


de interesse

• Existência de compostos na amostra que não são eluídos nas condições de análise
ou não são detectados e que não haja interesse de quantificá-los.

• Quantificação de componentes em baixa concentração.

• Existem dois procedimentos:


•Padronização externa
•Padronização interna

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Conceitos de cromatografia a gás
ANÁLISE QUANTITATIVA
Métodos absolutos - Padronização externa

1. Determina-se a curva de calibração de cada componente através da análise de misturas


padrões injetando-se um determinado volume.
2. Posteriormente, injeta-se o mesmo volume da amostra e obtem-se a concentração do
analito através da curva de calibração.
Ai

Ci
Nesta técnica, se o volume injetado não for exatamente o mesmo ou se houver alteração de
algum parâmetro que afete a resposta do componente no detector, como por exemplo,
variação da intensidade de luz do UV-VIS ou alteração na FM, as áreas dos picos poderão
ser maiores ou menores daquelas obtidas na calibração e consequentemente os resultados
serão incorretos.
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Conceitos de cromatografia a gás

ANÁLISE QUANTITATIVA

Métodos absolutos - Padronização interna

Para minimizar os problemas da padronização externa, a amostra e a mistura


padrão são modificadas pela adição de um composto considerado como
padrão interno. O padrão interno deve ter as seguintes características:
1. Não estar presente na amostra original, ser estável e não reativa.
2. Pico separado dos componentes da amostra
3. Eluir próximo dos componentes de interesse
4. Detecção semelhante dos picos de interesse
5. Concentração que produza área similar aos picos analisados
6. Pureza elevada ou conhecida (possíveis impurezas não devem eluir com os
picos de interesse).

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Conceitos de cromatografia a gás
Métodos absolutos - Padronização interna

1. Determina-se a curva de calibração de cada componente através da análise de misturas


padrões contendo o padrão interno. Nessa curva de calibração utiliza-se a relação entre área
do componente i e área do padrão interno em função das relações de suas concentrações.
2. Posteriormente, injeta-se a amostra contendo padrão interno (preferencialmente na
mesma concentração utilizada na calibração) e obtem-se a concentração do analito através
da curva de calibração.

Ai / Api

Ci / Cpi

Se o volume de amostra injetado for diferente do utilizado na calibração, ou se algum


parâmetro analítico for alterado resultando em áreas diferentes daquelas esperadas nas
condições de calibração, a relação de área entre analito e padrão interno não será afetada.

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Conceitos de cromatografia a gás
COMO ESCOLHER UMA COLUNA CAPILAR
• A seleção da coluna é baseada em cinco fatores principais: tipo de amostra, tipo de
fase estacionária, diâmetro da coluna(id), espessura do filme de fase estacionária(df)
(os quais estão interelacionados), e comprimento da coluna(L).
• AMOSTRA E FASE ESTACIONÁRIA
• A fase estacionária é um filme polimérico cobrindo a parede interna da coluna
capilar. Diferenças nas propriedades químicas e físicas dos compostos orgânicos
injetados e suas interações com a fase estacionária, são a base para o processo de
separação.
• Interações entre os componentes da amostra e a fase estacionária variam em função
das propriedades dos compostos analisados. Quando a ENERGIA DE INTERAÇÃO
ANALITO-FASE difere significadamente para dois compostos, um é retido mais
tempo que o outro.
• Mudando as características químicas da fase polimérica, altera suas propriedades
físicas. Dois compostos que não são separados(co-eluem) numa fase estacionária
particular podem ser separadas em outra fase de polaridade diferente, se a diferença
de interação analito-fase for significativa.Esta é a razão da disponibilidade de uma
variedade de fases de colunas capilares – cada fase fornece uma combinação de
interações específicas para cada classe de analitos.

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Conceitos de cromatografia a gás
COMO ESCOLHER UMA COLUNA CAPILAR
TIPO DE FASE
• POLARIDADE DA FASE – A escolha da fase estacionária é normalmente o item mais importante
na seleção de uma coluna. A caracteristica mais importante é a polaridade da fase, pois ela dita a
seletividade, ou seja a habilidade da coluna separar os componentes da amostra.A seleção da
fase é baseada no princípio químico geral que SIMILAR DISSOLVE SIMILAR. Uma coluna não
polar é melhor para analises de compostos não polares. Colunas polares separam mais
efetivamente compostos polares.
• MOLÉCULAS NÃO POLARES – Geralmente compostas só de átomos de carbono e hidrogênio,
com simples ligações carbono-carbono, tais como os hidrocarbonetos parafínicos. Estes são bem
separados por colunas capilares não polares. As interações entre compostos não polares e fase
não polar é do tipo dispersiva, na qual a ordem de eluição é baseada nos pontos de ebulição.
• MOLÉCULAS POLARES – Compostas principalmente de átomos de carbono e hidrogênio,
contendo um ou mais átomos de bromo, cloro, fluor, nitrogênio, oxigênio, fosforo ou enxofre.
Compostos polares tipicamente analisados por coluna capilar incluem: alcoois, aminas, ácidos
carboxílicos, diois, esteres, eteres, cetonas, bifenil policlorados(PCBs) e tiois.
• MOLÉCULAS POLARIZÁVEIS – Compostas de carbono e hidrogênio, contendo uma ou mais
dupla ou tripla ligação, tais como olefinas e hidrocarbonetos aromáticos.
• Compostos polares e polarizáveis são geralmente separados em coluna de polaridade
intermediária e polar. Além das interações dispersivas entre as moléculas polares e fases polares
incluem interações dipolo e ácido-base. As separações são determinadas pelas diferenças dos
efeitos globais destas interações.
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COMO ESCOLHER UMA COLUNA CAPILAR


DIÂMETRO INTERNO DA COLUNA – ID
• Os diâmetros internos das colunas capilares comerciais disponíveis permitem
balancear dois fatores: eficiência(N) e capacidade da amostra(quantidade de
qualquer componente ser aplicado na coluna sem causar sobrecarga na coluna e
portanto pico assimétrico.
• Colunas com ID 0.20, 0.25 e 0.32mm permitem maior resolução (maior eficiência),
enquanto as “wide bore” (mega-bore) 0.53 e 0.75mm, maior capacidade de amostra.
A natureza dos componentes da amostra e da FE afetam a capacidade da amostra:
fases não polares tem maior capacidade de amostra para analitos não polares;
fases polares tem maior capacidade de amostra para analitos polares.
• Outro fator a considerar é o tipo de detector, assim por exemplo detector de
espectrometria de massa(CG/MS) não aceita os fluxos de gás de arraste elevado de
colunas mais largas que 0.20 e 0.25mm.
• Para compostos que eluem muito próximos(ex.. Isomeros), usar colunas de ID 0.20
ou 0.25mm que dão maior resolução. Estas colunas requerem equipamento com
dispositivo de splitting e controlador de fluxo que controla confiavelmente o fluxo de
gás de arraste a baixas vazões.Para amostra em concentração elevada ou com
larga faixa de concentração colunas com 0.53 e 0.75mm são melhores.

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Conceitos de cromatografia a gás
COMO ESCOLHER UMA COLUNA CAPILAR

ESPESSURA DO FILME DA FASE ESTACIONÁRIA - df


• Quanto maior df, maior é a largura do pico – reduz a eficiência da coluna – devido a
maior dificuldade de transferência de massa(Equação de Van Deemter – H) e
aumenta os tempos de retenção dos analitos e reduz a interação com a parede do
tubo.
• Aumentando df, aumenta a capacidade máxima da amostra e a temperatura na qual
um componente eluirá da coluna. Aumento da espessura do filme reduz a
temperatura máxima limite da coluna devido ao maior “sangramento”da FE.
• Em geral colunas com filme fino – thin film -(0.10 a 0.25µm) são usados para
análises com pontos de ebulição elevados. Os compostos eluem a temperaturas
menores e com tempos de retenção mais curtos.
• Filmes mais grossos - thicker films-(1 a 5µm) são mais adequados para analitos com
baixo ponto de ebulição(ex. Organo-voláteis e gases) Colunas com filmes espessos
aumentam a retenção de compostos altamente voláteis, eliminando portanto a
necessidade de criogenia no forno das colunas. Além disso possuem maior
capacidade de amostra, reduzindo sobrecarga – overloading – (picos que alargam e
dão caudas frontais para componentes em concentração elevada.

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COMO ESCOLHER UMA COLUNA CAPILAR

COMPRIMENTO DA COLUNA – L
• COLUNA MAIOR OFERECE MAIOR RESOLUÇÃO QUE COLUNA MENOR.
• Porém há um limite prático para aumentar o comprimento da coluna: em análises
isotérmicas, numa coluna de 60m a resolução aumenta 40% em relação a uma
coluna de 30m – a resolução (R) aumenta de acôrdo com a raiz quadrada de L, mas
dobra o tempo de análise e aumenta a pressão requerida para mover a amostra
através da coluna. Uma coluna de 60m custa mais do que uma de 30m.
• Em geral coluna de 30m dá o melhor balanço entre resolução e tempo de análise.
• Usar coluna de15m para análises de “screening” ou para amostras simples cujos
componentes são de natureza química diferente.
• Usar coluna de 60m quando as amostras são complexas ou voláteis com
componentes eluindo muito próximos, ou quando usar programação de temperatura
para minimizar o aumento do tempo de análise.
• Para analisar essas amostras difíceis, uma coluna de 30m com espessura de filme
grosso em geral é tão útil quanto uma de 60m.
• Em certos casos especiais é necessário colunas de 100 – 150m, por exemplo
componentes de petróleo e esteres metílicos de ácidos graxos.

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Conceitos de cromatografia a gás
SELEÇÃO INICIAL DE COLUNA CAPILAR
Referências: Supelco – The Reporter Vol. 18.2 e 18.5
A forma mais simples para selecionar coluna capilar inclui: consultar colegas
cromatografistas, pesquisar a literatura de aplicações e/ou os Serviços Técnicos de
fornecedores de colunas.
O passo mais importante para o desenvolvimento de um novo método é conhecer o máximo
possível da amostra, tais como:
• Origem da amostra
• Componentes e matriz da amostra
• Número de compostos esperados
• Ponto de Ebulição dos compostos
• Faixa de ebulição da amostra
• Grupos funcionais nos compostos
• Concentração esperada dos compostos
• Estabilidade térmica e química dos compostos
Considerar se que todos os compostos devem ser identificados e quantificados, o que
determinará a necessidade de separação total ou parcial de todos os compostos e se será
necessário usar CG/MS e também o tempo de análise.
Essas informações orientarão como selecionar a coluna.
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SELEÇÃO INICIAL DE COLUNA CAPILAR

• Recomenda-se como primeiro passo, injetar a amostra numa coluna não polar, como
polimetilsiloxane(DB1 ou similar) ou Poli 5%fenil – 95%metilsiloxane(DB5 ou similar)
• Utilizar coluna com 30m x 0.25mm x 0.25µm. Colunas de 0.25mm oferecem bom
compromisso entre capacidade de amostra, eficiência de separação e tempo de
análise.
• Condições iniciais dos testes:
• Gás de arraste: Helio – velocidade linear – 25cm/seg – Pressão constante
• Tcol: 50C – 10Cmin – até 300C – manter 10 min.
• Split: 100:1 - Vol.inj: 1µL
• Tdet(FID): 340C
• Avalie se os resultados são aceitáveis: atingiram os objetivos? – separaram o
número de compostos esperados? – Os picos são simétricos? – O tempo de análise
é aceitável?
• Se os resultados não forem satisfatórios, dependendo da irregularidade observada:
reinstalar a coluna, ajustar condições analiticas diferentes, selecionar coluna com FE
de diferente polaridade, injetar menos material.

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SELEÇÃO INICIAL DE COLUNA CAPILAR

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Conceitos de cromatografia a gás

TROUBLESHOOTING
PROBLEMAS CROMATOGRÁFICOS E SOLUÇÕES

• A tarefa real para corrigir um problema com o sistema cromatográfico é identificar a


causa, sem gastar tempo.

• Manuais dos equipamentos e informações de fornecedores de colunas e acessórios


de cg, oferecem procedimentos sistemáticos para avaliar a causa do problema e
sugestões de como soluciona-lo.(Ex. Bulletin 853b da supelco,catálogo da j& w
Scientific, e outros)
• Problemas mais comuns: picos fantasmas, ruido excessivo da linha de
base,instabilidade da linha de bases, picos com cauda, picos divididos(split),
deslocamento dos tempos de retenção, mudança da forma do pico, perda de
resolução.

• As fontes de roblemas em cg são devidas às 5 fontes seguintes: o operador, a


amostra, a coluna, os sistemas elétricos do instrumento e o sistema de fluxo de
gases do sistema.

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Conceitos de cromatografia a gás

TROUBLESHOOTING
Áreas e itens a serem checados:

• 1- Gases – pressões, velocidade linear, fluxo(no detector, split e purga do


septo).
• 2- Temperaturas – coluna, injetor, detector, linhas de transferência.
• 3- Parâmetros do sistema – tempo de ativação da purga, atenuação e
range do detctor, range de massa injetada,etc.
• 4- Linhas dos gases e traps – limpeza, vazamentos, expiração dos traps.
• 5- Consumíveis do injetor – septos, liners, o’rings, anilhas.
• 6- Integridade da amostra – concentração, degradação, solvente,
estocagem.
• 7- Seringas – técnica de manuseio, vazamentos, limpeza, agulhas com
rebarbas.
• 8 – Sistema de dados – ajustes e conexões.

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TROUBLESHOOTING

• Picos fantasmas: contaminação do sistema é o mais provável – se os picos


são de largura similar aos dos componentes da amostra(retenção similar),
os contaminantes estão sendo introduzidos ao mesmo tempo que a
amostra. Podem estar presentes no injetor, ou na própria amostra, devido a
impurezas no solvente, vials, tampas e seringas.
Injetando branco do solvente e amostra pode ajudar a encontrar as
possíveis fontes dos contaminantes.

• Se os picos fantasmas são mais largos do que os da amostra, deveriam


estar na coluna antes de efetuar a injeção. Aumente a temperatura da
programação ou o tempo para eliminar esses componentes e minimizar ou
eliminar o problema. Alternativamente utilize a técnica de backflush.

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Minicursos CRQ-IV - 2010
Conceitos de cromatografia a gás

REFERÊNCIAS PARA CONSULTA

Fundamentos da Cromatografia a Gás – REMOLO CIOLA-, ed. Edgard Blucher -

Bulletin 792, Packed Column - Troubleshooting guide,


http://www.sigmaaldrich.com/Brands/Supelco_Home/Technical_Library/Literature.html

Bulletin 853B, Capillary GC - Troubleshooting guide,


http://www.sigmaaldrich.com/Brands/Supelco_Home/Technical_Library/Literature.html

Bulletin 879, CG and HPLC Phases and packings for US Pharmacopoeia methods,
http://www.sigmaaldrich.com/Brands/Supelco_Home/Technical_Library/Literature.html
THE REPORTER – 18,2, 18.5, 18.11 E 19.9 – SITE DA SUPELCO –

Pharmaceutical Technology, ed. Brasileira, vol. 2, número 3, junho 1998, Validação de métodos
cromatográficos, pág. 12

PERIÓDICOS: Journal of Chromatography – Journal of chromatographic Science – Chromatographia etc.

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Conceitos de cromatografia a gás

Fontes de internet
Fornecedores de equipamentos – colunas e acessórios de CG e HPLC

www.chem.agilent.com www.phenomenex.com
www.alltech.web www.instruments.perkinelmer.com
www.dionex.com www.polymerlabs.com
www.esind.com www.restekcorp.com/h
www.gls.co.jp www.sigmaaldrich.com/Brands/Supelco
www.hamiltoncompany.com www.thermo.com
www.macherey-nagel.com www.tosoh.com/
www.mac-mod.com www.varianinc.com
www.merck.de www.vydac.com/
www.microlc.com www.waters.com
www.microsolvtech.com/ www.zirchrom.com/

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Conceitos de cromatografia a gás

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O Centro de Educação Profissional (CEP) é uma Empresa voltada para a Educação
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Distância (EAD); Cursos In-Company;Programas Especiais e Especializações;
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Dentro das diversas áreas que o CEP atua, destacam-se: Instrumentação e Desenvolvimento Analítico,
Controle de Qualidade, Garantia da Qualidade, Assuntos Regulatórios, Pesquisa e Desenvolvimento,
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