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CALÇA
CALÇADA LIVRE
˛
ARACAJU, OUTUBRO/
OUTUBRO/ 2016
MINISTÉRIO PÚBLICO DO ESTADO DE SERGIPE
EMPRESA MUNICIPAL DE OBRAS E URBANIZAÇÃO
UNIVERSIDADE TIRADENTES
COORDENAÇÃO ADMINISTRATIVA
Promotora. Berenice Andrade de Melo – CAOpDH/MPSE
COORDENAÇÃO TÉCNICA
Arqª/EngªAlana Lúcia Vieira Mello - EMURB
Arqª/EngªDora Neuza Leal Diniz - NUP/UNIT
EQUIPE TÉCNICA
Arqª/EngªAlana Lúcia Vieira Mello, Arqº Mateus Jefferson dos Santos Cardoso - EMURB
Arqª Ana Cristina Magalhães de Melo e Ferreira – CEHOP
Arqº César Henriques Matos e Silva – UFS
Arqª Cláudia Maria Siqueira Ribeiro Menezes –EMSURB
Arqº Décio Carvalho Aragão – CAU/SE
Arqª/EngªDora Neuza Leal Diniz - NUP/UNIT
Arqª Fernanda Felizola Prado Calasans e UrbªRoberttaGeorgia Galdino de Barros – SEDURB(SEINFRA)
Arqª Jane Freitas Lima – SMTT
Engª Rúbia Teixeira Moisinho – CREA/SE
Arqª Terezinha de Oliveira Nunes Bandeira – SEPLAN (SEPLOG)
CONSULTORIA
COLABORADORES
ILUSTRAÇÕES
FOTOS
1Apresentação......................................................................................................................... 5 .
2 Introdução ............................................................................................................................. 6 .
3Definições ............................................................................................................................. 7 .
3.1Acessibilidade ................................................................................................................. 7 .
3.2Acessível ........................................................................................................................ 7
3.3 Adaptado.......................................................................................................................7
3.4 Adaptável.......................................................................................................................7
.
3.5 Adequado.......................................................................................................................7
3.6Calçada .......................................................................................................................... 7
3.7 Calçada Rebaixada....................................................................................................... 7
.
3.8Canteiro ......................................................................................................................... 7 .
3.19Logradouro .................................................................................................................. 8 .
3.22Passeio ........................................................................................................................9.
3.30Sarjeta ...........................................................................................................................9 .
.
3.33 Sinalização Tátil ......................................................................................................... 10 .
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10.1Das Responsabilidades .............................................................................................. 21 .
.22222
10.2.1Casos Especiais de Proteção Contra Queda ao Longo de Rotas Acessíveis... 22
10.3Pisos Táteis ............................................................................................................... 24 .
10.4.3Novas Calçadas ou Existentes com largura maior que 2,50m até 3m .............. 28 .
10.5.2Telefones Públicos............................................................................................ 32 .
10.5.4Posteamento...................................................................................................... 33 .
10.5.5Bancas de Revista........................................................................................... 33 .
10.5.6Bancos............................................................................................................... 34 .
10.6.1Arborização ..................................................................................................... 35 .
10.8Esquina...................................................................................................................... 43 .
11Referências.........................................................................................................................45 .
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1 Apresentação
Com o intuito de melhor adequar a nova exigência de uso da população, surge a revisão da
Cartilha Calçada Livre, realizada a partir da iniciativa do Ministério Público do Estado de Sergipe-
CAOp (Centro de Apoio Operacional de Direitos Humanos)e construída novamente de forma
participativa com a valiosa colaboração da Prefeitura Municipal de Aracaju através da EMURB
(Empresa Municipal de Obras e Urbanização), da SEPLAN (Secretaria Municipal de Planejamento)
atual SEPLOG (Secretaria Municipal de Planejamento, Orçamento e Gestão), da SMTT
(Superintendência Municipal de Transporte e Trânsito), da EMSURB(Empresa Municipal de Serviços
Urbanos), do Governo do Estado de Sergipe através da SEDURB (Secretaria do Estado de
Desenvolvimento Urbano) atual SEINFRA (Secretaria de Estado de Infraestrutura e
Desenvolvimento), da CEHOP (Companhia Estadual de Habitação e Obras Públicas), do CMDPcD
(Conselho Municipal de Defesa dos Direitos da Pessoa com Deficiência), do CEDPcD/SE (Conselho
Estadual dos Direitos da Pessoa com Deficiência),da ADEVISE (Associação dos Deficientes Visuais
de Sergipe),da UNIT (Universidade Tiradentes), da UFS (Universidade Federal de Sergipe), do
Crea/SE (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia), do CAU/SE (Conselho de Arquitetura e
Urbanismo), daENERGISA SERGIPE, da Oi (Operadora de Telefonia), da Sergipe GásS/A SERGÁS
e da DESO (Companhia de Saneamento de Sergipe). Destaca-se que foram levados em consideração
os preceitos estabelecidos pela Norma Brasileira ABNT NBR 9050 - Acessibilidade a edificações,
mobiliário, espaços e equipamentos urbanos - vigente, a Política Nacional de Mobilidade Urbana e
Sustentável, o Estatuto da Cidade e o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano de Aracaju.
Nota: Ressalte-se que as edições indicadas estavam em vigor no momento da elaboração deste documento. Como todo
projeto está sujeito a revisão, recomenda-se àqueles que realizam adequações com base nesta Cartilha que verifiquem a
conveniência de conferir edições mais recentes das leis enormas aqui citadas.
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2 Introdução
De modo geral, os órgãos municipais de planejamento das cidades brasileiras (seja no âmbito do
planejamento urbano como, mais especificamente, no de transporte e trânsito) têm se dedicado à
resolução de problemas relacionados ao tráfego de veículos motorizados. No passado, o planejamento
da mobilidade dos pedestres, crianças, gestantes, idosos, Pessoas com Deficiência, mobilidade
reduzida, bem comoa qualidade das condições físicas e espaciais desses deslocamentos foram
colocadas em segundo plano, priorizando-se os fluxos de automóveis.
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3 Definições
3.1 Acessibilidade
Possibilidade e condição de alcance, percepção e entendimento para utilização, com segurança e
autonomia, de espaços, mobiliários, equipamentos urbanos, edificações, transportes, informação e
comunicação, inclusive seus sistemas e tecnologias, bem como outros serviços e instalações abertos ao
público, de uso público ou privado de uso coletivo, tanto na zona urbana como na rural, por pessoa
com deficiência ou mobilidade reduzida.
3.2 Acessível
Espaços, mobiliários, equipamentos urbanos, edificações, transportes, informação e
comunicação, inclusive seus sistemas e tecnologias ou elemento que possa ser alcançado, acionado,
utilizado e vivenciado por qualquer pessoa.
3.3Adaptado
Espaço, edificação, mobiliário, equipamento urbano ou elemento cujas características originais
foram alteradas posteriormente para serem acessíveis.
3.4Adaptável
Espaço, edificação, mobiliário, equipamento urbano ou elemento cujas características possam
ser alteradas para que se torne acessível.
3.5Adequado
Espaço, edificação, mobiliário, equipamento urbano ou elemento cujas características foram
originalmente planejadas para serem acessíveis.
3.6 Calçada
Parte da via, normalmente segregada e em nível diferente, não destinada à circulação de
veículos, reservada ao trânsito de pedestres e, quando possível, à implantação de mobiliário,
sinalização, vegetação, placas de sinalização e outros fins.
3.7CalçadaRebaixada
Rampa construída ou implantada na calçada destinada a promover a concordância de nível
entreessa e o leito carroçável.
3.8 Canteiro
Obstáculo físico construído como separador de duas pistas de rolamento, eventualmente
substituídopor marcas viárias (canteiro fictício).
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3.11 Equipamentos Urbanos
Todos os bens públicos e privados, de utilidade pública, destinados à prestação de serviços
necessários ao funcionamento da cidade, em espaços públicos e privados.
3.16Foco de pedestres
Indicação luminosa de permissão ou impedimento de locomoção na faixa apropriada.
3.18Linha-guia
Qualquer elemento natural ou edificado que possa ser utilizado como referência de orientação
direcional por todas as pessoas, especialmente as com deficiência visual.
3.19Logradouro
Espaço livre destinado pela municipalidade à circulação, parada ou estacionamento de veículos,
ou à circulação de pedestres, tais como calçadas, parques, áreas de lazer, calçadões, ruas, avenidas,
alamedas etc.
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3.22 Passeio
Parte da calçada ou da pista de rolamento, neste último caso separada por pintura ou elemento
físico,livre de interferências, destinada à circulação exclusiva de pedestres e, excepcionalmente, de
ciclistas.
3.26Piso Tátil
Piso caracterizado por textura e cor contrastantes em relação ao piso adjacente, destinado a
constituir alerta ou linha-guia, servindo de orientação, principalmente, às pessoas com deficiência
visual ou baixa visão. São de dois tipos: piso tátil de alerta e piso tátil direcional.
3.27 Rampa
Inclinação da superfície de piso, longitudinal ao sentido de caminhamento. Consideram-se
rampas aquelas com declividade igual ou superior a 5%.
3.30 Sarjeta
Escoadouro para águas das chuvas que, nas ruas e praças, beira o meio-fio das calçadas.
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do SIA, também existem o Símbolo Internacional de Acesso para Pessoa com Deficiência visual e o
Símbolo Internacional de Acesso para Pessoa com Deficiência auditiva.
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4 Conceito de Acessibilidade nas Cidades
Circulação adequada em esquina com sinalização, faixas de pedestres e rampas para cadeirantes, dando acesso às calçadas.
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5 Importância da Acessibilidade
O crescimento acelerado das cidades brasileiras nas últimas décadas vem aumentando a
concentração e a circulação de veículos nas vias públicas, refletindo diretamente na acessibilidade da
sociedade. Entre as funções da cidade, pode-se mencionar a importância do habitar, trabalhar, recrear e
circular, promovendo condições para o atendimento de suas imperativas necessidades, devendo-se
priorizar a acessibilidade em todos os ambientes públicos e privados de uso coletivo.
Gerar produtos, meios de comunicação e ambientes para serem utilizados por todas as pessoas é o
objetivo imprescindível para se alcançar o conceito de uma sociedade inclusiva. Assim sendo, cidades
acessíveis são aquelas em que não há obstáculos que impeçam a mobilidade das pessoas e
operacionalizam melhor o desempenho e o conforto do cidadão, seja a pé ou por qualquer meio de
transporte. Portanto, as leis da acessibilidade devem ser observadas em espaços e edifícios públicos ou
privados de uso coletivo, tais como calçadas, feiras, praças, parques, clubes, auditórios, cinemas,
teatros, bares, restaurantes, supermercados, shoppings, hotéis, motéis, pousadas, clínicas, áreas
comuns de condomínios residenciais, entre outros e, por fim, em todos os espaços onde se fizerem
necessárias adequações.
O calçadão da Treze de Julho permite a livre circulação de pessoas, conforme as exigências de uma “Calçada Livre”.
A recente reforma da Praça Camerino já contemplou uma conciliação entre um pavimento tradicional (pedras portuguesas) e
um pavimento mais adequado à circulação, inclusive de cadeirantes (cimento desempolado).
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6 Calçadas Acessíveis
A acessibilidade é imprescindível para Pessoas com Deficiência, obesas, idosos, gestantes, mães
com carrinho de bebê, pessoas que utilizam bengalas, muletas ou andadores, pessoas com dificuldade
de locomoção, ou seja, para todos que necessitem viabilizar, positivamente, o acesso com liberdade de
transitar e circular com autonomia e segurança.
A calçada acessível é direito de todos, promove justiça e solidariedade, tornando a cidade melhor
e com maior qualidade de vida.
Exemplo de uma calçadaacessível, sem conflitos entre os equipamentos, mobiliários urbanos e o deslocamento das pessoas.
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7 Condições para Calçadas Acessíveis
Os pisos devem ter superfície regular, firme, estável, antiderrapante sob qualquer condição
(seco ou molhado), resistente o suficiente para suportar tanto o fluxo de pedestres quanto ode veículos,
especificamente nos acessos a garagens e estacionamentos. É importante que os pisos não provoquem
trepidação em dispositivos com rodas (cadeiras de rodas ou carrinhos de bebê).O material utilizado
tem que apresentar qualidade, durabilidade e facilidade de reposição, não sendo permitida a utilização
de pedras polidas (marmorite, granito, mármore), pastilhas, cerâmica lisa, cimento liso, ardósia,
evitando quaisquer superfícies escorregadias, precisando estar bem assentados para não permitir
rupturas. A padronagem do piso não deve causar sensação de insegurança, através da impressão de
tridimensionalidade proporcionada porformas e contraste de cores. As calçadas necessitam de
manutenção periódica, para que sempre estejam em perfeitas condições de uso para a circulação de
pedestres.
Imagens de calçadas que, apesar de estreitas, um padrão mais comum em Aracaju,possuem pisos adequados à circulação e
estão bem conservadas: a primeira, em cimento desempolado com juntas (faixas estreitas) de seixosrolados nivelados e a
segunda, em ladrilho hidráulico.
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7.2 Obstáculos
Observando as legislações do Município, deve-se ter especial atenção para que o passeio (faixa
livre), espaço reservado para circulação exclusiva de pessoas, não contenha degraus, rampas
cominclinações excessivas, piquetes, canaletas, grelhas e caixas coletoras de água pluvial, ou mesmo
elementos em caráter provisório, tais como: lixo, entulhos, veículos, placas, mesas e cadeiras, cones e
outros.
Exemplos de calçadas inadequadas em Aracaju: no primeiro, a calçada está obstruída por tampas metálicas desniveladas; no
segundo, a calçada foi ocupada por um bar, obrigando as pessoas a circularem pela via; no terceiro, a árvore está implantada
na faixa de circulaçãoe na última, a calçada foi usada como depósito de material de construção, fato muito observado na
cidade.
Eventualmente, se existir uma obra sobre a calçada, deve ser sinalizada e isolada, priorizando
a circulação com uma largura mínima de 1,20 m. Quando não for possível essa solução, deve ser feito
desvio pelo leito carroçável da via, com isolamento temporário, providenciando-se uma rampa
provisória, com largura mínima de 1,20 m e inclinação máxima de 10%.
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Imagens mostrando uma obra ocupando a calçada. Desvio adequado pelo leito carroçável da via.
A inclinação longitudinal da faixa livre (passeio) das calçadas ou das vias exclusivas de
pedestres deve sempre acompanhar a inclinação das vias lindeiras (limítrofes).
Recomenda-se que essa inclinação nas áreas de circulação exclusiva de pedestres, seja de no
máximo 8,33%. Em casos de impossibilidade, segundo a NBR 9050, poderá ser utilizada a inclinação
máxima de 12,5%. As calçadas, passeios e vias exclusivas de pedestres que tenham inclinação
superior a 12,5% não podem compor rotas acessíveis.
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Fonte: NBR 9050, 2015, p.59.
No encontro dos pisos das calçadas, junto ao limítrofe da divisa de responsabilidade de cada
imóvel, não pode ocorrer desnível.
Devem ser evitados em rotas acessíveis e eventuais desníveis no piso de até 5 mm dispensam
tratamento especial. Desníveis superiores a 5 mm até 20 mm devem possuir inclinação máxima de 1:2
(50 %), conforme figura. Desníveis superiores a 20 mm, quando inevitáveis, devem ser considerados
como degraus.
As grelhas e juntas de dilatação em rotas acessíveis devem estar fora do fluxo principal de
circulação. Quando não possível tecnicamente, os vãos devem ter dimensão máxima de 15 mm,
devendo ser instalados perpendicularmente ao fluxo principal ou ter vãos de formato
quadriculado/circular, quando houver fluxos em mais de um sentido de circulação.
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Exemplo de grelha instalada em rota acessível, de modo perpendicular ao fluxo de pedestres.
As superfícies das tampas de caixas de inspeção e de visitadevem estar niveladas com o piso
adjacente, e eventuais frestas também devem possuir dimensão máxima de 15 mm. As tampas devem
estar preferencialmente fora da faixa livre, sendo também firmes, estáveis e antiderrapantes sob
qualquer condição, e as suas eventuais texturas, estampas ou desenhos nas superfícies não podem ser
similares à da sinalização de piso tátil de alerta ou direcional.
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8 Calçada e seu Disciplinamento
A faixa destinada à circulação de pedestres, faixa livre, deve estar isenta de obstáculos e permitir
a circulação segura e contínua de todos os cidadãos, inclusive das Pessoas com Deficiência e de tantos
outros com mobilidade reduzida.
Para o bom uso e disciplinamento das calçadas, deve-se incentivar algumas práticas:
• Reforma das calçadas existentes, com pavimentações adequadas e larguras
compatíveis com o fluxo de pedestres, admitindo-se se que a faixa livre possa
absorver com conforto um fluxo de tráfego de 25 pedestres por minuto, em ambos os
sentidos, a cada metro de largura (ver NBR 9050, Dimensionamento das faixas livres).
• Retirada de postes, das faixas livres das calçadas e incentivar, sempre que possível,
que as fiações aéreas, sejamsubstituídas por dutos subterrâneos.
• Abrigos de ônibus;
• Bancos;
• Bancas de revistas (implantadas somente em praças, parques ou largos);
• Jardineiras;
• Lixeiras públicas;
• Luminárias;
• Placasdiversas;
• Telefones públicos;
• Totens de sinalização indicativa.
9 Faixas na Calçada
As faixas são recursos utilizados nas calçadas para facilitar a compreensão entre o cidadão que
vai executá-las, o prestador de serviços e o órgão regulador, estabelecendo-se por meio de larguras
especiais determinadas pelo poder público, a fim de ordenar sua ocupação.
• Faixa de serviço: situada à margem da guia, faz limite com a faixa livre.
• Faixa livre: tem posição central entre a faixa de serviço e a faixa de acesso.
• Faixa de acesso: caso exista, situa-se entre a faixa livre e o limite do lote.
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Exemplo do disciplinamento das calçadas.
Espaço que pode contar com a presença de rampas de acesso para veículos ou para deficientes e
mobiliários urbanos. As caixas de inspeção e grelhas de ventilação devem estar preferencialmente,
inseridas nesta faixa e assentadas no nível do piso.
Espaço exclusivo para livre circulação de pedestres sejam eles Pessoas comDeficiência,
mobilidade reduzida ou não. Portanto, deve estar livre de quaisquer desníveis, obstáculos físicos
temporários/ permanentes ou vegetação. Eventuais obstáculos aéreos posicionados tanto na faixa de
serviço quanto na faixa de acesso, tais como marquises, faixas e placas de identificação, toldos,
vegetação e outros, podem ter suas projeções dentro da faixa livre, desde que esses obstáculos estejam
a uma altura superior a 2,10m do piso acabado da calçada.
Área pública localizada em frente ao imóvel ou terreno que é utilizada para a locação de abrigos
de ônibus, armários de telefonia ou lógica, bancos, jardineiras ou vegetações. Também pode ser um
espaço para uso de curta permanência, como a observação de vitrines e o aguardo ao acesso às
edificações.
O acesso de veículos aos lotes e seus espaços de circulação e estacionamento sempre deve ser
feito de forma a não interferir na faixa livre, sem criar degraus ou desníveis. Portanto, nas faixas de
acesso é permitida também a existência de rampas para acesso às edificações já construídas, caso
autorizadas pelo município.
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10 As Calçadas de Aracaju
Normalmente, as nossas calçadas são muito estreitas, no máximo de 2,0 m, em média. São raros
os casos de calçadas mais largas e, além disso, elas possuem desníveis, pisos inadequados, falta de
manutenção, precárias execuções, além de serem utilizadas indevidamente para estacionamento de
veículos e motos, entre outros.
Exemplos de calçadas adequadas existentes em Aracaju, quer mais largas, quer mais estreitas.
10.1Das Responsabilidades
Os proprietários dos terrenos, edificados ou não, são obrigados a executar a pavimentação das
calçadas relativas a seus imóveis, dentro dos padrões estabelecidos pelo Município, devendo mantê-las
em bom estado de conservação e limpeza.
Cada cidade deve ter seu Plano Diretor e é nele onde as diretrizes de seu crescimento estão
contidas. Em Aracaju não é diferente: o Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano estabelece normas
e padrões para o desenho das vias, de forma a garantir a mobilidade urbana. A via é propriedade do
poder público, adquirida na maioria das vezes pela aplicação da lei Federal nº 6766/1979, sendo
identificada pela área destinada à circulação de pessoas e veículos, delimitada pelas testadas dos lotes
compreendendo as calçadas, as pistas de veículo, os canteiros centrais etc.
Sempre devem ser previstas proteções laterais ao longo de rotas acessíveis, a fim deprevenir
riscos de queda. Quando essa rota, em nível ou inclinada, é delimitada em um ou ambos os lados por
desnível inferior e que essa distância seja igual ou menor que 0,60 m, composta por plano inclinado
com proporções de inclinação maior ou igual a 1:2, deve ser adotada uma das seguintes medidas:
• Implantação de uma margem lateral plana com pelo menos 0,60 m de largura antes do início
do trecho inclinado, com piso diferenciado quanto ao contraste tátil e visual;
• Proteção vertical de no mínimo 0,15 m de altura, com a superfície de topo com contraste
visual, em relação ao piso do caminho ou rota.
Quando rotas acessíveis, rampas, caminhos elevados ou plataformas sem vedações laterais
forem delimitados em um ou ambos os lados por superfície que se incline para baixo com desnível
superior a 0,60 m, deve ser prevista a instalação de proteção lateral com no mínimo as características
de guarda-corpo. Observar as figurasdetalhadas a seguir.
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10.3Pisos Táteis
A sinalização tátil, quando instalada no piso, tem a função de guiar o fluxo e orientar os
direcionamentos nos percursos de circulação por parte da Pessoa com Deficiência visual.Os pisos são
compostos de faixas feitas a partir de placas com relevos, que podem ser percebidos pelo toque do
bastão ou bengala e também pelo solado do calçado.
A placa de piso tátil deve ter largura de 0,30 m, podendo ser, em princípio, de qualquer cor,
desde que proporcione contraste que a diferencie do restante do piso, de modo a ser facilmente
percebido pela pessoa com baixa visão. A cor preta, cinza, vermelha, amarela e azul são as mais
indicadas.
Os pisos táteis (direcional e alerta) nas calçadas de Aracaju só deverão ser executados em
casos exigidos pela Norma 9050, considerando-se a suas atualizações.
As placas do piso tátil de alerta possuem relevos tronco-cônicos e devem ser instaladas nas
seguintes situações:
• Para informar às pessoas com deficiência visual sobre a existência de desníveis ou situações
de risco permanente, como objetos suspensos não detectáveis pela bengala longa, como, por
exemplo, telefones públicos com orelhão, lixeiras suspensas (mobiliários com projeções dos
elementos da parte superior maior que a base) ou com altura entre 0,60 m até 2,10 m do piso
que tenham saliências com mais de 0,10 m de profundidade.
• Indicar o início e o término de degraus, escadas e rampas, como também seus patamares, caso
existam, eas travessias de pedestres (rampas e faixas elevadas).
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Imagens com exemplos de mobiliários que exigem a utilização de piso tátil de alerta.
A figura a seguir apresenta possibilidades que dispensam a instalação de sinalização tátil e visual de
alerta.
As placas de piso tátil direcional são caracterizadas por relevos lineares, têm textura com
seção trapezoidal, qualquer que seja o piso adjacente.
NOTA: Quando o piso adjacente tiver textura, recomenda-se que a sinalização tátil direcional
seja lisa.
É importante que os pisos táteis sejam instalados com cuidado, de modo a não apresentar
saliências, para que eles não prejudiquem o trânsito dos demais usuários, sobretudo idosos
ecadeirantes.
O piso tátil de alerta deverá ser, preferencialmente, de cor vermelha e o direcional em cor
contrastante com o piso adjacente, preferencialmente, na cor azul ou amarela.
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10.4 Configurações das Calçadas
Dentre as calçadas existentes em Aracaju estão as calçadas especiais, que são aquelas inseridas
no centro histórico, nos condomínios fechados e todas aquelas calçadas que possuem largura inferior a
2m.
As calçadas novas ou existentes com largura igual ou superior a 2m são classificadas em:
• Calçadas com largura de 2m a3m –são divididas em duas faixas: faixa de serviço e
faixa livre.
• Calçadas com largura superior a 3m –são divididas em três faixas: faixa de serviço,
faixa livre e faixa de acesso.
Essas faixas devem ser entendidas como ordenamento e disciplinamento para as instalações
dos equipamentos e mobiliários, criadas como linhas imaginárias, dividindo o espaço da calçada para
facilitar a locação desses e priorizar a livre mobilidade dos pedestres.
Calçadas existentes com largura inferior a 2mdevem ser adaptadas, na medida do possível. Em
caso de dúvidas, deve ser consultadoo órgão regulador.
Nesse caso, a faixa livre deve ter largura mínima de 1,20m e, em casos isolados, como, por
exemplo, no caso de transposição de postes e árvores (com extensão de no máximo 0,40m), que sejam
elementos indispensáveis, a faixa livre deve ser de 0,80m. Quando o obstáculo isolado tiver uma
extensão acima de 0,40m, a largura mínima deve ser de 0,90m.
Exemplo de calçada existente com largura inferior a 2m, em que a faixa livre deve ser sempre priorizada, sendo o ideal
mantê-la com 1,20m no mínimo.
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10.4.2 Novas calçadas ou Existentes com largura de 2m a 2,50m
No caso de calçadas com largura igual a 2m, a faixa de serviço será de 0,80m e a faixa livre de
1,20m; neste caso não haverá faixa de acesso.
As calçadas com largura maior que 2maté 2,50m deverão manter a faixa de serviço com no
máximo0,80m, podendo-se também variar a faixa livre, sempre mantendo o mínimo de 1,20m.
Obs: nos casos onde a faixa de serviço não seja suficiente para atender àimplantação dos
mobiliáriose equipamentos urbanos, deve ser consultado o órgão competente da Prefeitura Municipal
de Aracaju para a devida deliberação.
Exemplo de calçada com 2m de largura, em que a faixa de serviço, um pouco mais larga, já permite a implantação de árvores
e outros equipamentos e mobiliários dentro dos seus limites, podendo também ser diferenciada da faixa livre através do
plantio de grama ou de outro piso adequado ao espaço urbano.
No caso de calçadas com largura maior que 2,50m até 3m, a faixa de serviço máxima será de 1
m,podendo-se também variar a faixa livre, sempre mantendo o mínimo de 1,50m. Neste caso também
não haverá faixa de acesso.
Obs: nos casos onde a faixa de serviço não seja suficiente para atenderà implantação dos
mobiliários e equipamentos urbanos,deve ser consultado o órgão competente da Prefeitura Municipal
de Aracaju para a devida deliberação.
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Exemplo de calçada com 2,5m de largura, em que a faixa de serviço com 1m de largura já permite mais facilmente a
instalação de mobiliários urbanos diversos.
No caso de calçadas com largura maior que 3maté 4m a faixa de serviço máximaserá de 1m, a
faixa livre de no mínimo 1,50m, podendo-se variar a faixa de acesso. Deve-se salientar que as faixas
de serviço e livre são obrigatórias, mas a de acesso é opcional na diagramação das calçadas.
Obs: nos casos onde a faixa de serviço não seja suficiente para atender àimplantação dos
mobiliários e equipamentos urbanos deve serconsultado o órgão competente da Prefeitura Municipal
de Aracaju para a devida deliberação.
Exemplo de calçada que já permite, caso desejado,a implantação da faixa de acesso (marcada em azul na ilustração). Da
mesma forma que a faixa de serviço, essa pode ser destacada da faixa livre através do plantio de grama, arbustos permitidos
ou de outro piso adequado ao espaço urbano.
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10.4.5Novas Calçadas ou Existentescom largura maior que 4m até 5m
No caso de calçadas com largura maior que 4m até 5m, a faixa de serviço máxima será de 1m,
a faixa livre de no mínimo 2m,podendo-se variar a faixa de acesso. Deve-se salientar que as faixas de
serviço e livre são obrigatórias, mas a de acesso é opcional na diagramação das calçadas.
Exemplo de calçada mais larga, de 4m até 5m de largura, em que atendendo à priorização da faixa livre, essa deve ter no
mínimo 2,0 m de largura, no caso de ser mantida a faixa de acesso.
No caso de calçadas com largura maior que 5m, a faixa de serviço máxima será de 1m, a faixa
livre de no mínimo 2,50m, podendo-se variar a faixa de acesso. Deve-se salientar que as faixas de
serviço e livre são obrigatórias, mas a de acesso é opcional na diagramação das calçadas.
Exemplo de calçada com mais de 5m de largura, a ideal principalmente em vias de alto tráfego, dando maior tranquilidade,
bem-estar e segurança à circulação das pessoas na cidade.
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10.5 MobiliáriosUrbanos
Devem ser localizados de forma a não interferir na visibilidade e locomoção dos pedestres e
estaremsempre inseridos na faixa de serviço ou na faixa de acesso.
Recomenda-se que todo mobiliário urbano atenda aos princípios do desenho universal.
Todos os abrigos devem possuir condições de acesso às Pessoas com Deficiência, atendendo
aos seguintes critérios:
• a localização do abrigo não deve obstruir a área da faixa livre;
• nenhum elemento do abrigo poderá interferir na circulação dos pedestres ou na visibilidade
entre veículos e usuários;
• caso o abrigo esteja situado sobre plataforma elevada, deve possuir rampa de acesso
atendendo aos requisitos de acessibilidade segundo a ABNT NBR 9050;
• deve haver espaço reservado e sinalizado para pessoas com cadeira de rodas, conforme as
dimensões da NBR 9050 do módulo de referência (.80x1.20)m
Implantação adequada de abrigo de ônibus em uma calçada, observando-se a manutenção da faixa livre sem obstáculos.
Obs.: em casos especiais deve-se observar que a faixa de serviço deve ser a mínima exigida para a sua
largura (ver parâmetros estabelecidos no item anterior) e a faixa livre, dentro do limite do abrigo, deve
ter a largura mínima de 0,90 m. Em outras situações deve-se recorrer ao órgão responsável.
31
10.5.2 Telefones Públicos
Os telefones localizados nas vias públicas ou em espaços externos devem ser instalados na
faixa de serviço, com seu volume superior paralelo a linha do meio fio.
Posicionamento correto do telefone público, mais próximo à via, e com o piso tátil de alerta ao seu redor.
Em outros casos, os equipamentos deverão ser instalados nos recuos das edificações, sendo
voltados para as calçadas, sem quaisquer obstruções ao seu acesso. Se comprovada a inviabilidade das
soluçõesmencionadas acima, a empresa deverá buscar soluções junto ao órgão competente da
Prefeitura Municipal de Aracaju.
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10.5.4 Posteamento
Só será permitida a instalação de bancas de revistas nas calçadas de Aracaju dentro das faixas
de acesso, garantindo as larguras mínimas das faixas de serviço e livre de acordo com os parâmetros
estabelecidos no item anterior.
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A ilustração mostra a implantação de uma banca de revista na faixa de acesso.
10.5.6 Bancos
Podem ser instalados na faixa de acesso ou, em casos especiais, na faixa de serviço, desde que
não interfiram na faixa livre, sempre garantindo as larguras mínimas das respectivas faixas de acordo
com os parâmetros estabelecidos no item anterior.
Deve-se atentar para os riscos, sobretudo em vias de circulação rápida, podendo-se prever
mobiliários como anteparos de proteção. É importante prever, junto aos bancos, um local livre e
sinalizadopara o usuário de cadeira de rodas (0,80 m x 1,20 m), posicionado de forma a não interferir
na circulação.
Quando instalados nas calçadas, devem ser localizados nas faixas de serviço, garantindo a
faixa livre de circulação. Deve-se garantir as larguras mínimas das respectivas faixas de acordo com os
parâmetros estabelecidos no item anterior. Também deve haver umespaço para aproximação de
pessoas com cadeiras de rodas e altura que permita o alcance manual do maior número de pessoas.
34
10.6Plantio nas Calçadas
10.6.1 Arborização
Devem ser inseridas, preferencialmente, espécies nativas que são mais adequadas ao clima
local, sem possuir espinhos, princípios tóxicos perigosos ou raízes que danifiquem o piso da calçada.
Os elementos (ramos, raízes, plantas entouceiradas, galhos de arbustos e de árvores) e suas proteções
(muretas, grades ou desníveis) nunca devem interferir nas áreas de circulação de pedestres. É
necessária a realização da poda periodicamente para que os galhos estejam acima de 2,10m, altura
ergonomicamenteideal para a passagemde qualquer cidadão. As árvores não devem bloquear a
iluminação pública e respeitar distância mínima de 3m dos postes, das placas de sinalizaçãoe
distarpelo menos 6m de esquinas.Além disso, deve-se consultar a localização da infraestrutura (gás,
água, esgoto, energia, telefonia, entre outros) para que as raízes da vegetação não danifiquem esses
sistemas operacionais.
Sãopermitidos os ajardinamentos das calçadas dentro do conceito da calçada livre, desde que
respeitados os seguintes pontos:
• Não poderão interferir na faixa livre, permitindo a circulação adequada de pedestres, devendo
ser implantados na faixa de serviço e/ou na de acesso, seguindo os parâmetros de configuração
das calçadas;
• Quando as áreas drenantes de árvores estiverem invadindo as faixas livres, devem ser
instaladas grelhas de proteção, niveladas em relação ao piso adjacente. As dimensões e os
espaços entre os vãos das grelhas de proteção não podem exceder 15 mm de largura.
• Devem ser interrompidos quando à frente do acesso para veículos e rampas;
• O plantio de mudas de árvores só será permitido na faixa de serviço, devendo ser implantadas
somente as espécies de pequeno e/ou médio porte (pequeno porte - até 5m; médio porte –
entre 5m e 8m).
• Nas áreas ajardinadas junto ao alinhamento do lote (faixa de acesso), somente será permitido o
plantio de grama e/ou vegetação rasteira, e/ou herbáceas e/ou subarbustos (sem espinhos e
sem princípios tóxicos perigosos), ficando restritas a essa faixa.
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O órgão competente deverá fornecer indicações e orientações técnicas aos interessados na
implantação das áreas ajardinadas.
O cidadão é responsável pela manutenção dos ajardinamentos da calçada na extensão dos limites
do seu lote, bem como pelos seus reparos.
Dois exemplos de calçadas existentes em Aracaju: à esquerda, apresentando-se de forma inadequada, pois a grama promove
uma descontinuidade do piso dafaixa livre, dificultando a circulação; à direita, mostrando-se adequado com a gramaocupando
apenas a faixa de serviço.
36
10.7 Rebaixamentos das Calçadas
O rebaixamento das calçadas para pedestres é um recurso que permite a travessia das vias com
conforto e segurançadas Pessoas com Deficiência ou mobilidade reduzida, facilitando também a vida
dos demais pedestres, pois atende aospreceitos do Desenho Universal.
• ser executado com piso de superfície regular, firme, estável e antiderrapante, sob
qualquer condição climática, preferencialmente em concreto desempenado, com
resistência de 25 MPa.
• conter piso tátil de alerta somente nas travessias seguras (faixas de pedestre). Nos
casos em que são apenas rampas de acesso de veículos a edificações, não deverá ser
instalado o piso tátil de alerta.
• ser executado de forma a garantir o escoamento de águas pluviais.
TIPO I
Composto de rampa principal, abas laterais e largura remanescente de passeio (Lr) mínima de
1,20 m, sendo:
a) Rampa principal
• não deve apresentar desnível entre o término do rebaixamento da calçada (sarjeta) e a via
pública. Porém será permitido desnível máximo de entre 05 e 20 mm, desde que este seja
executado com inclinação máxima de 50% (conforme NBR 9050) ou quando em vias com
inclinação transversal do leito carroçável superior a 5%, deve ser implantada uma faixa de
acomodação de 0,45m a 0,60m de largura ao longo da aresta de encontro dos dois planos
inclinados em toda a largura do rebaixamento.
• deve ter largura mínima de 1,50 m, recomenda-se quando possível que a largura seja igual ao
comprimento da faixa da travessia de pedestre.
• deve ter inclinação constante e não superior a 8,33% (1:12).
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Para
ara determinação do comprimento da rampa (C)
(C utilizar a fórmula:
C = H x 100/I
Onde:
C = comprimento da rampa (metros)
I = inclinação da rampa (%)
H = altura a ser vencida, considerando a altura real do passeio no ponto de concordância com a
rampa (metros).
b) Abas laterais:
• devem ser rebaixados em ambos os lados, com inclinação de 8.33% e alinhados entre si.
si
• não devem apresentar cantos vivos com o nível do passeio.
TIPO II
Usado quando a largura do passeio não for suficiente para atender o rebaixamento e a faixa
livre com largura de no mínimo 1,20m.
b) Rampas principais
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Para determinação do comprimento das rampas (C) utilizar a fórmula:
C = H x 100/I
Onde:
C = comprimento da rampa (metros)
I = inclinação da rampa (%)
H = altura a ser vencida, considerando a altura real do passeio no ponto de concordância com a
rampa (metros).
• deve ter largura mínima de 1.50 m, entretanto quando inferior a esta deve manter a largura
total do passeio existente.
• deve ser plana e não apresentar desnível entre o término do rebaixamento da calçada (sarjeta)
e a via pública. Porém será permitido desnível máximo de entre 05 e 20 mm, desde que este
seja executado com inclinação máxima de 50% (conforme NBR 9050) ou quando em vias com
inclinação transversal do leito carroçável superior a 5%, deve ser implantada uma faixa de
acomodação de 0,45m a 0,60m de largura ao longo da aresta de encontro dos dois planos
inclinados em toda a largura do rebaixamento.
• o comprimento deve ter largura mínima de 1,50 m, recomenda-se quando possível que a
largura seja igual ao comprimento da faixa da travessia de pedestre.
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TIPO III
A faixa elevada quando instalada deve atender a legislação específica (Código de Trânsito Brasileiro).
Travessias em canteiros
Nas situações entre vias(canteiros) deverão ser instaladas rampas onde existir sinalização de
faixa de travessia segura, executadas com parâmetros apresentados acima (Tipo I ou Tipo II).
No caso em que os canteiros tenham largura inferior a 3,60m, toda sua largura deve ser
rebaixada ao nível da via, sendo permitido desnível máximo de entre 5 e 20 mm, desde que este seja
executado com inclinação máxima de 50% (conforme NBR 9050) ou quando em vias com inclinação
transversal do leito carroçável superior a 5%, deve ser implantada uma faixa de acomodação de 0,45m
a 0,60m de largura ao longo da aresta de encontro dos dois planos inclinados em toda a largura do
rebaixamento.
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10.7.1.2Aplicação de Piso Tátil de Alerta nos Tipos I, II e III
TIPO I
• deverá ser instalado piso tátil de alerta acompanhando a rampa principal e as abas laterais,
com largura (Lp) de 0.30m, e quando for entre canteiros na parte superior da rampa.
TIPO II
• deverá ser instalado piso tátil de alerta entre a plataforma intermediária e as rampas
principais, bem como entre as rampas principais e as plataformas principais (nível da calçada).
TIPO III
• deverá ser instalado piso tátil de alerta no encontro do passeio com a faixa elevada.
a) Tipo I – Deve ser preservada uma largura remanescente do passeio (Lr) maior ou igual a 1,20 m,
medida entre a rampa principal e oalinhamento do imóvel, para permitir o acesso depedestres e
pessoas que se deslocam com o usode cadeira de rodas.
b) Tipo II – Deve ser utilizado quando a largura remanescente do passeio resulta menor que 1,20 m,
nos casos em que não é possível adotaro Tipo I.
c) Tipo III – Pode ser utilizado nos casos de calçadas largas ou estreitas, contanto que atenda
legislação especifica.
As rampas para acesso de veículos não podem, em hipótese nenhuma, interferir na faixa livre.
Além disto, as entradas para veículos devem atender aos requisitos a seguir:
• localizar-se dentro da faixa de serviço junto à guia ou dentro da faixa de acesso junto aos
imóveis, não obstruindo a faixa de livre circulação.
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• possuir um degrau separador entre o nível da rua e a concordância com o rebaixamento, com
altura média de 2 cm.
• conter abas de acomodação lateral para os rebaixamentos de guia e implantação de rampas
destinadas ao acesso de veículos quando eles intervierem, no sentido longitudinal, em áreas de
circulação ou travessia de pedestres.
• eventuais desníveis entre o lote e o passeio devem ser resolvidos preferencialmente dentro do
imóvel, de forma a não criar degraus ou desníveis abruptos.
As ilustrações mostram que a rampa de acesso de veículos a qualquer entrada de garagem, estacionamento etc, só pode ser
implantada dentro da faixa de serviço. Também destacam a exigência de colocação do piso tátil direcional na ausência de
guia de balizamento (elevação formada por parede, muro, jardineira etc), servindo como linha-guia. Assim, essa faixa de piso
direcional deve ser locada onde poderia haver em tese um muro separando o espaço público do privado.
O rebaixamento de guia para acesso de veículos aos postos de gasolina e similares não poderá
ultrapassar7metros contínuos, ficando vedado o rebaixamento integral das esquinas. Outras definições
são encontradas na Lei Municipal nº 2.529.
42
As ilustrações mostram que a rampa de acesso de veículos aqualquer entrada de uma garagem e posto de gasolina só pode
serimplantada dentro da faixa de serviço.Destaca-se novamente a exigência de colocação do piso tátildirecional na ausência
de guia de balizamento.
10.8 - Esquina
Ponto de cruzamento entre vias, a esquina é o lugar onde ocorrem, de forma mais intensa, as
travessias e a aglomeração de pedestres. Por coincidência, o local também concentra o maior número
de interferências sobre a calçada, como postes e placas de sinalização e caixas de serviços públicos,
entre tantas outras barreiras à livre circulação. Mas os obstáculos afetam também a intervisibilidade
entre pedestres e veículos, gerando uma situação de risco para ambos.
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A ilustração sintetiza uma esquina ideal, com posicionamento correto dos postes e das rampas para deficientes e faixas de
pedestres, promovendo travessias seguras.
O alargamento das esquinas é um mecanismo que reduz o tempo de travessia dos pedestres e
aumenta a área da calçada, acomodando um maior número de pedestres diante da travessia.
As esquinas precisam comportar a demanda de pedestres com conforto e segurança. Para isso, devem
atender aos seguintes requisitos:
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11. Referências
ARACAJU. Lei n°. 13, de 03 de junho de 1966. Código de Obras do Município de Aracaju. Disponível em:
http://www.aracaju.se.gov.br/userfiles/seplan/arquivos/planodiretor2010/Codigo_Obras_Edificacoes.pdf. Acesso
em: 21 de out. 2013.
ARACAJU. Lei Municipal n°. 1.687/91, de 27 de março de 1991. RegulamentaoArt. 16 da LeiOrgânica, que
diz respeito à garantia de acesso adequado aos portadores de deficiência física ou mental aos
bens e serviços coletivos, logradouros e edificações de uso público. Disponível em:
http://www.aracaju.se.gov.br/contribuinte/downloads/lei168-7.pdf. Acesso em: 21 de out. 2013.
ARACAJU. Lei Complementar n°. 042, de 04 de outubro de 2000, que institui o Plano Diretor de
Desenvolvimento Urbano de Aracaju. Disponível em:https://www.leismunicipais.com.br/a/se/a/aracaju/lei-
complementar/2000/4/42/lei-complementar-n-42-2000-institui-o-plano-diretor-de-desenvolvimento-urbano-de-
aracaju-cria-o-sistema-de-planejamento-e-gestao-urbana-e-da-outras-providencias-2000-10-04.html. Acesso em:
21 de out. 2013.
BRASIL, Código de Trânsito Brasileiro. Instituído pela Lei nº 9.503, de 23 de setembro de 1997,
Brasília:DENATRAN, 2008. Disponível em
http://www.denatran.gov.br/publicacoes/download/ctb_e_legislacao_complementar.pdf. Acesso em: 21 de out.
2013.
BRASIL. Ministério das Cidades. Secretaria Nacional de Transporte e da Mobilidade Urbana. Brasil Acessível:
programa brasileiro de acessibilidade urbana. 4ª Ed. Brasília, 2007.
BRASILIA. Decreto nº 5296, de 02 de dezembro de 2004, Regulamenta as Leis nos 10.048, de 8 de novembro
de 2000, que dá prioridade de atendimento às pessoas que especifica, e 10.098, de 19 de dezembro de 2000, que
estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de
deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências. Disponível em:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_ato2004-2006/2004/decreto/d5296.htm. Acesso em: 21 de out. 2013.
LAZZARI, Carlos F .e WITTER, Ilton R. Nova Coletânea de Legislação de Trânsito. Porto Alegre: Editora
Sagra Luzzatto, 2001.
MONTENEGRO, Nadja G. S.; SANTIAGO, Zilsa M. P.; SOUSA, Valdemice C. de, Guia
deAcessibilidade:Espaço Público e Edificações. Fortaleza: SEINFRA-CE, 2009. Disponível em:
http://www.maragabrilli.com.br/files/GUIA_DE_ACESSIBILIDADE_CEARA.pdf. Acesso em: 21 de out. 2013
PALMAS. Ministério Público do Estado do Tocantins. Acessibilidade para uma cidade melhor. Palmas, 2008.
Disponível em:http://mpto.mp.br/cint/caop/dh/cartilha_acessibilidade_em%20PDF_1.pdf. Acesso em: 21 de out.
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SÃO PAULO. Decreto nº 45.904, de 19 de maio de 2005, regulamenta o artigo 6º da Lei nº 13.885, de 25 de
agosto de 2004, no que se refere à padronização dos passeios públicos do município de São Paulo. Disponível
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SÃO PAULO. Secretaria Municipal da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida. Acessibilidade.
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out. 2013.
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PROJETO CALÇADA LIVRE
Colaboradores:
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