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UNIVERSIDADE FEDERAL RURAL DO SEMI-ÁRIDO

LUANA CRUZ ARCOVERDE

GENERALIDADES DA HISTAMINA E A IMPORTÂNCIA


DA CADEIA DO FRIO NA SUA PRODUÇÃO NO
PESCADO.

RECIFE-PE
2009
LUANA CRUZ ARCOVERDE

GENERALIDADES DA HISTAMINA E A IMPORTÂNCIA


DA CADEIA DO FRIO NA SUA PRODUÇÃO NO
PESCADO.

Monografia apresentada à Universidade


Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA),
como exigência final para obtenção do
título de especialização em Higiene e
Inspeção dos Produtos de Origem animal.

Orientadora: Dra. Andréa Paiva B.L. de


Moura – UFRPE

RECIFE - PE
2009
LUANA CRUZ ARCOVERDE

GENERALIDADES DA HISTAMINA E A IMPORTÂNCIA


DA CADEIA DO FRIO NA SUA PRODUÇÃO NO
PESCADO.

Monografia apresentada à Universidade


Federal Rural do Semi-Árido (UFERSA),
como exigência final para obtenção do
título de especialização em Higiene e
Inspeção dos Produtos de Origem animal.

APROVADA EM: 06/03/2009

BANCA EXAMINADORA

____________________________________
Profª. D.Sc. Andréa Paiva Botelho Lapenda de Moura
(Orientadora)

_______________________________________________
Prof°.D.Sc. Jean Berg Alves da Silva
(Primeiro Membro)

_____________________________________
Prof°. D.Sc. José DominguesFontenele Neto
(Segundo Membro)
AGRADECIMENTOS

A Deus pela força e saúde que me proporcionou para realizar este trabalho;

A duas pessoas que foram, e sempre serão, as pessoas mais importantes que
passaram em minha vida, meus pais: Augusto Sálvio Sampaio Arcoverde (in
memoriam) e Maria Verimar Cruz Arcoverde (in memoriam), que mesmo não estando
mais ao meu lado, contribuíram de forma direta em minha formação e em minha vida;

A minha orientadora e amiga, Andréa Paiva Botelho Lapenda de Moura, que me


apoiou bastante em minhas escolhas, sempre me aconselhando com muito carinho e
atenção;

Aos meus colegas de turma, que sempre com muita alegria deixaram as aulas
mais descontraídas, animadas e nunca, monótonas;

Ao colaboradores da Equalis, que sempre estiveram juntos a nós, procurando


sempre nos ajudar da melhor forma possível;

Ao meu namorado Rodrigo Oliveira, que com sua paciência e grande amor, me
ajudou sem medir esforços.
RESUMO

O pescado é uma espécie bastante perecível, devido a isto, é de estrema importância à


avaliação da qualidade e frescor do pescado e da manutenção da cadeia do frio. A
avaliação da quantidade de aminas biogênica presente no pescado é de muito importante
devido a sua toxidade, dentre estas aminas que causam intoxicações destaca-se a
intoxicação por histamina. Esta intoxicação ocorre quando o pescado não teve um
acompanhamento adequado em relação ao tempo em que passou exposto a uma
temperatura inadequada, o que proporciona a formação da histamina livre na
musculatura do mesmo. Esta histamina livre é produzida por algumas bactérias que
estão presentes na própria flora bacteriana do animal, e que, se não controladas com a
temperatura adequada, se multiplicam e promove a formação desta amina. São inúmeros
os prejuízos caudados após a formação desta amina, pois uma vez formada, não mais se
elimina do pescado que causa, além danos à saúde do consumidor, grande prejuízo a
economia pesqueira mundial.

Palavras-chave: Pescado, Histamina, intoxicação.


ABSTRACT

The fish species is a very perishable, due to this, is of extreme importance to evaluate
the quality and freshness of the fish and maintaining the chain of cold. The assessment
of the amount of biogenic amines in this fish is very important due to its toxicity, among
these amines which cause poisoning there is a histamine poisoning. The poisoning
occurs when the fish did not have adequate monitoring on the time it became exposed to
a temperature inadequate, which provides the training free of histamine in the same
muscles. This free histamine is produced by some bacteria that are present in the
bacterial flora of the animal, and that if not controlled with the right temperature, are
multiplying and promotes the formation of this amine. There are countless losses
caudate after the formation of amine, because once formed, if not eliminate most of the
fish that question, and damage the health of consumers, great harm to fishing world
economy.

Key words: Fish, Histamine, Poisoning.


SUMÁRIO

1. INTRODUÇÃO.......................................................................................................... 07

2. OBJETIVOS............................................................................................................... 08
2.1. GERAL...................................................................................................................... 08
2.2. ESPECIFICOS.......................................................................................................... 08

3. REVISÃO DE LITERATURA................................................................................. 09
3.1. ESPÉCIES FORMADORAS DE HISTAMINA...................................................... 09
3.2. HISTAMINA ........................................................................................................... 11
3.2.1. Importância............................................................................................................. 11
3.2.2 Definição................................................................................................................. 11
3.2.3. Bactérias Produtoras De Histamina........................................................................ 12
3.2.4. Ação Da Histamina................................................................................................ 14
3.2.5.Tratamento............................................................................................................... 15
3.2.6.Medidas Preventivas................................................................................................ 15
3.3. RECOMENDAÇÕES DA FDA................................................................................ 16
3.4. SAÚDE PÚBLICA.................................................................................................... 18
3.5 REFLEXO DA INTOXICAÇÃO NA ECONOMIA................................................. 18

4. ANÁLISE DE PERIGOS E PONTOS CRÍTICOS DE CONTROLE (APPCC). 19

5. CONSIDERAÇÕES FINAIS.................................................................................... 21

REFERÊNCIAS........................................................................................................... 22
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1. INTRODUÇÃO

Animais que habitam em águas doce ou salgada, classificam-se como pescado, e


dentro deste grupo encontram-se crustáceos, peixes, anfíbios, alguns mamíferos, molúsculos e
quelônios (BARUFFALDI; OLIVEIRA, 1998; BRASIL, 1952).
O pescado possui inúmeros benefícios nutricionais a saúde humana, pois contém
grande quantidade de proteína, onde 10% desta é constituída de Lisina. Isso faz com que o
pescado seja indicado para complementação de dietas da população de baixa renda onde
predominam os carboidratos. Com fácil digestibilidade, são excelentes fontes de vitamina A e
D, mas possuem também as vitaminas B1 (Tiamina) e B2 (Riboflavina), que fornecem ferro,
fósforo e cálcio. Temos também o pescado marinho, que é fonte de iodo, rico em aminoácidos
essenciais segundo Henero (2001).
Os peixes são fontes de Ácidos graxos, sendo os peixes gordos, grande fonte de
ácidos-graxos poli-insaturados, destacando-se o Ômega 3, que é de grande importância no
desenvolvimento do cérebro e corpo.
De acordo Henero (2001), é uma ótima alternativa para constituir a dieta de países
onde há alto índice de mortes por acidentes cardiovasculares Ainda possuem baixo teor
calórico e efeito benéfico na prevenção de artrites reumatóides, câncer e formação de
metástases.
A consolidação deste mercado pesqueiro proporciona um alto valor ao pescado
inclusive o atum, isto exige do mesmo uma qualidade cada vez maior, se estendendo da
captura até a mesa do consumidor, chegando-se à conclusão de que o único caminho seria
desenvolver um sistema baseado em conceitos preventivos, como a aplicação do Sistema de
Análise de Perigos e Pontos Críticos de Controle, o APPCC.
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2. OBJETIVOS

2.1 GERAL

O objetivo deste estudo foi descrever a histamina, ressaltar a importância da higiene e


da manutenção da cadeia do frio no pescado.

2.2. OBJETIVOS ESPECÍFICOS

• Definir e descrever o processo de formação da histamina no pescado;


• Determinar as espécies que produzem esta amina biogênica;
• Determinar as bactérias que promovem a sua proliferação;
• Relatar os efeitos depois de ingerida;
• Descrever os danos causados pela histamina no comercio destes pescados.
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3. REVISÃO DE LITERATURA

3.1 ESPÉCIES FORMADORAS DE HISTAMINA

Entende-se por espécies formadoras de histamina, as pertencentes às famílias


Scombridae, Scombresocidae, Clupeidae, Engraulidae, Coryphaenidae e Pomatomidae,
segundo a Portaria nº. 185, de 13 de maio de 1997, do Ministério da Agricultura, Pecuária e
Abastecimento.
A família Scombridae, a qual pertence o atum, dividem-se em 15 gêneros e 48
espécies de peixes, os quais se encontram também os bonitos e as cavalas. O atum é predador
muito ativo, alimentando-se de peixes pelágicos, como cavala, sardinha e peixe-voador.
Ocorre no Atlântico e Mediterrâneo (BRASIL, 2000).
As principais espécies formadoras de histamina exploradas no mundo são a Thunnus
albacares ou albacora laje (Figura 1), Thunnus obesus ou albacora bandolim (Figura 2),
Katsuwonus pelamis, bonito ou barriga listrada (Figura 3), T. alalunga ou albacora branca
(Figura 4) e Thunnus thynnus ou também chamado albacora azul (Figura 5), sendo as duas
primeiras, espécies de grande importância no Nordeste Brasileiro, tendo Pernambuco como o
maior produtor Brasileiro de albacora laje.
Estas cinco espécies são as mais importantes do ponto de vista comercial,
representando aproximadamente 80% das capturas mundiais (BRASIL, 2000). A maioria das
espécies da família Scombridae, principalmente os atuns, tem uma distribuição cosmopolita.
Os tunídeos se caracterizam por serem migratórios e de grande voracidade. Alcançam ótimos
níveis de abundância, comprimento e peso face ao intenso ritmo de reprodução e alta taxa de
crescimento em períodos curtos (BRASIL, 2000).
10

Fonte: www.wwf.or.jp
Fonte: www.wwf.or.jp
Figura 1 – Exemplar de Thunnus albacares. Figura 2. Thunnus obesus

Fonte: www.wwf.or.jp

Fonte: www.wwf.or.jp
Figura 3. Thunnus alalunga. Figura 4. Katsuwonus pelamis

Fonte: www.wwf.or.jp

Figura 5. Thunnus thynnus

As espécies acima citadas possuem uma temperatura corporal alta em relação a outros
peixes. Um estudo de 1995 mostrou que a temperatura da espinha dorsal do atum teve uma
variação de 24ºC a 33ºC com uma média de 28,5ºC. A temperatura do corpo real depende do
tamanho do peixe, do esforço que o peixe realizou durante a captura e também, da
temperatura da água. Portanto, uma manipulação pobre na captura e na pós-captura pode
facilmente resultar na perda de qualidade e rápida decomposição do pescado (PRICE, 1995).
Segundo Portaria n º185 de 13 de maio de 1997 do Ministério da Agricultura pecuária
e Abastecimento - MAPA, espécies que produzem a histamina são as que podem vir a formar
um nível maior que o de 100ppm desta em sua musculatura.
11

3.2 HISTAMINA

3.2.1 Importância
O pescado em si são alimentos muito perecíveis e por isso devem receber atenção
especial no manuseio e condições que antecedem a colheita, a fim de prevenir as toxinfecções
alimentares (BARUFFALDI; OLIVEIRA, 1998). Tem grande importância por ser um
problema de saúde pública mundial, segundo Huss 1997.

3.2.2 Definição

A histamina é uma das aminas mais comuns em produtos pesqueiros. (ZAMBRANO,


et al, 2000).A produção de histamina no peixe post-mortem está relacionada com o conteúdo
de histidina livre no músculo do peixe, e com a presença da enzima bacteriana histidina-
descarboxilase, que transforma o aminoácido histidina livre em histamina como se representa
na Figura 4.

Fonte: Huss, 2007

Figura 4 - Formação de histamina.


12

Segundo Huss (1997), o envenenamento por histamina é uma intoxicação química


resultante da ingestão de produtos alimentares que contenham níveis elevados de histamina.
Foi designado, historicamente, por envenenamento por escombroides devido à sua
freqüente associação com peixes, principalmente, o atum e a cavala.
Esse processo é acelerado se o pescado não for mantido sob refrigeração adequada
(SILVEIRA, 2005).
De acordo com Chefte & Cheftel (1999), alguns tipos de peixes que contém as carnes
relativamente escuras como os da família Scombridae (Cavalas, Cavalinhas, Atum, Bonito) e
outros como Anchova e Sardinha, apresentam concentrações elevadas de histidina em sua
musculatura. Imediatamente após a morte, o peixe fresco contém níveis muito baixos de
histamina, aumentando, em seguida com o processo de decomposição do pescado (HWANG
et al, 2003).

4.2.3. Bactérias Produtoras De Histamina

As bactérias que produzem histamina são em sua maioria mesófilas (OGAWA;


MAIA, 1999).
FDA (2001a) e Shin-Hee (2001), concordam que as linhagens bacterianas que
geralmente são associadas com o desenvolvimento da histamina estão comumente presentes
no ambiente marítimo. Estas bactérias são da flora natural das brânquias, pele, intestino e na
cavidade abdominal do peixe vivo de água salgada, e no peixe vivo não causa danos ao
mesmo. Shin-Hee (2001), diz ainda que a Morganella morganii é a mais prevalente e
produtiva bactéria formadora de histamina, seguida pelo Proteus vulgaris. Após a morte, os
mecanismos de defesa dos peixes inibem o crescimento bacteriano, mas não por muito tempo,
então as bactérias voltam a crescer e produzir a histamina.
Huss (1997) ainda afirma que os produtores mais potentes de histidina-descarboxilase
como a M. morganii, podem ser encontradas na maioria das espécies, provavelmente como
resultado de uma contaminação após a captura. Em geral há formação de histamina quando a
temperatura está acima de 4,4º C e por um período de mais de 4 horas sem um
acondicionamento adequado do pescado após sua morte.
As bactérias formadoras de histamina podem ser desativadas (não destruídas) com o
congelamento e tanto a enzima, quanto às bactérias podem ser inativadas com o cozimento
(BARUFFALDI; OLIVEIRA 1998). No entanto, Huss (1997) afirma que, uma vez formada a
histamina, nenhum tratamento térmico aplicado ao alimento será capaz de destruí-la.
13

Constatou-se também que, uma vez formada a enzima histidina-descarboxilase,


mesmo que as bactérias não estejam mais ativas no substrato, a produção de histamina
continua no alimento. O congelamento por longo período de tempo pode inativar a enzima
cessando, assim, a sua formação. No entanto, a histamina produzida até a inativação
enzimática continua estável, mesmo após a cocção. Isto porque a histamina é apenas
parcialmente destruída após 3 horas a 110ºC ou após 90 minutos a 116ºC (SILVEIRA, 2005).
Por outro lado, ainda de acordo com Huss (1997), peixes contendo níveis significantes
de histamina nem sempre evidenciam sinais de deterioração, aumentando a possibilidade de
produtos aparentemente inalterados, porém potencialmente tóxicos, serem oferecidos ao
consumidor.
De acordo com FDA (2001a), a histidina descarboxilase pode ser ativada em
temperaturas próximas da refrigeração e provavelmente permanece estável quando o peixe
está congelado, porém, pode ser reativada muito rapidamente após o descongelamento. Por
este motivo Brasil (1952), diz que uma vez descongelado o pescado não pode ser recolhido
para as câmaras frigoríficas novamente, ou seja, não deve ser re-congelado.
De acordo com vários estudos, peixes recém-capturados e mantidos em condições de
armazenamento sob baixa temperatura e higiene adequada, normalmente não causam
problemas de intoxicação. Porém se forem contaminados, embora ainda apresentem odor e
aparência normais, podem ser considerados veículos de intoxicação por histamina, uma vez
que possui teores significantes de aminas no interior do músculo (SILVEIRA, 2005).
Bactérias psicrotolerantes são bactérias que podem se desenvolver bem em
temperaturas baixas como as de refrigeração. Neste grupo, destaca-se a Morganella morganii,
que foi apontada por Emborg & Dalgaard (2005), como a provável produtora de histamina no
Atum defumado a frio com 4.4% de água quando armazenado por 24 horas à 5ºC e o
Photobacterium phosphoreum, que segundo Emborg et al (2005), foi responsável pela
produção de níveis tóxicos de histamina, entre 2050mg/kg e 4250mg/kg, em Atum
naturalmente contaminado, embalado a vácuo e armazenado a 2°C.
A FDA (2001a) afirma que, algumas das bactérias formadoras da enzima histidina
descarboxilase são halofílicas , por isso continuam a serem suspeitas do desenvolvimento da
histamina mesmo em produtos de peixes salgados e defumados. Esta suspeita é confirmada
por Peconek (1997), quando chega à conclusão de que pode ocorrer um aumento significativo
nos níveis de histamina durante o armazenamento dos arenques salgados à temperatura
ambiental, por dois meses em 20°C. Huss (1997), mostra que mesmo não sendo muito
resistente ao NaCl, a M. morganii consegue se desenvolver em meios com até 5% de NaCl.
14

Segundo Morii & Kasama (2004), o Photobacterium phosphoreum é capaz de produzir a


enzima histidina descarboxilase em culturas com 5% de NaCl armazenadas a 7ºC.
Outras bactérias são anaeróbias facultativas, ou seja, utilizam oxigênio em seu
metabolismo, mas também conseguem crescer na ausência de oxigênio, fato que explica a
formação de histamina em peixes embalados em atmosfera modificada, como mostrado por
Emborg et al (2005), onde a maioria das bactérias que formavam a microbiota de
decomposição do atum fresco embalado em atmosfera modificada com 60% de CO2 e 40%
de N2 eram similares à Morganella morganii e deram origem à mais de 5000 mg/kg de
histamina após 24 dias armazenados à temperatura de 1,7°C ( MORETI, 2008)

3.2.4 Ação Da Histamina.

Huss (1997) relata que a prova de que a histamina é a causadora da doença é a maior
parte das vezes circunstancial. Altos níveis de histamina têm sido encontrados em amostras
implicadas em surtos e os sintomas observados indicam que a histamina é o agente causador.
Todavia, a ingestão de um nível elevado de histamina nem sempre provoca a doença mesmo
quando é ultrapassado o “nível de risco” (50 mg/100g de atum).
O conteúdo de histamina no produto final não deve ser superior a 100 mg/kg, tomando
como base à média das amostras analisadas. Nenhuma unidade da amostra poderá apresentar
resultado superior a 200 mg/kg (BRASIL, 1997).
O corpo humano pode tolerar uma determinada quantidade de histamina sem que haja
reação. A histamina ingerida será eliminada no trato intestinal por, pelo menos, duas enzimas,
a diamina oxidase (DAO) e a histamina N-metiltransferase (HMT). Este mecanismo de
proteção (DAO e HMT) pode ser eliminado se a ingestão de histamina e/ou outras aminas
biogênicas for muito elevada, ou ainda, se as enzimas forem bloqueadas por outros
compostos. Outras aminas biógenas tais como a cadaverina e a putrescina, cuja ocorrência no
peixe deteriorado é bem conhecida, podem atuar, conseqüentemente, como potenciadores de
toxicidade histamínica. A inibição do catabolismo da histamina no intestino pode resultar,
presumivelmente, num maior transporte de histamina através das membranas celulares e
entrar na circulação sanguínea (HUSS, 1997).
Os sintomas mais freqüentes de intoxicação histamínica são cardiovasculares (coceira,
urticária, hipotensão), os gastrointestinais (dor abdominal, diarréia, vômito) e os de origem
neurológica (dor de cabeça, dor e inchaço relacionados à urticária e a coceira), sendo mais
comum os de origem cardiovascular, que causa grande desconforto proporcionando coceira
15

intensa, especialmente na face e região do pescoço. De um modo geral pode-se dizer que a
taxa de mortalidade por esse tipo de problema é baixa, com os sintomas tendendo a
desaparecer após a utilização de anti-histamínicos no nível das intoxicações preocupantes
(SILVEIRA, 2005).

3.2.5. Tratamento

De acordo com Russel & Maretíc (1986), todos os casos de escombrotoxicose foram
autolimitantes, sendo que em casos mais graves a medicação anti-histamínica pode ser
necessária. Os antagonistas do receptor H1 são os mais recomendados tanto para tratamento
quanto para prevenção e os pacientes geralmente respondem bem (RUSSEL; MARETÍC,
1986).

3.2.6 Medidas Preventivas

FDA (2001), garante que a evisceração e a remoção das brânquias de maneira


higiênico-sanitária adequada podem reduzir, mas não eliminar, o número de bactérias
formadoras de histamina. Caso contrário, estas etapas podem acelerar o processo da produção
da histamina nas porções comestíveis dos peixes, pois com a evisceração ou filetagem, a
carne dos peixes pode ser diretamente exposta às bactérias formadoras da histidina
descarboxilase.
A manutenção adequada da intensidade de frio, desde a captura até o produto final,
com o resfriamento rápido nas embarcações e o controle da temperatura dos peixes durante
todo o armazenamento, processamento e distribuição, é o fator mais importante para controlar
a produção de histamina em peixes, uma vez que as bactérias produtoras dessa substância são
em sua maioria mesofílicas (PRICE, 1995). Para entender melhor a cadeia de frio, é
necessário saber que, segundo Brasil (1952):
• Pescado fresco é aquele em que foi mantido no gelo entre as temperaturas de -0,5 à
2,0 ºC
• Pescado congelado é aquele em que foi mantido a uma temperatura não superior a -
25 ºC
Diante da demanda de atum no Brasil e no Nordeste, foi providenciada a instalação de
um laboratório capaz de realizar exames de histamina no pescado, em Pernambuco. Através
da Secretaria Especial de Aqüicultura e Pesca, o Laboratório Nacional Agropecuário de
16

Pernambuco (Lanagro-PE) tem recebido investimentos do Governo Federal e equipou sua


unidade analítica de alimentos, tornando possível a análise da substância pelo método HPLC
(High Performance Liquid Chromatography), ou seja, cromatografia líquida de alto
desempenho, o mais usado internacionalmente. O exame que detecta a presença da histamina
no peixe (e que serve como um indicativo de frescor do produto) é uma nova exigência da
DG-Sanco (Comitê da União Européia Encarregado da Saúde e Defesa do Consumidor) para
o pescado importado do Brasil (PERNAMBUCO, 2007).
A não realização desta medida, poderia limitar as exportações brasileiras, pois apenas
um laboratório no país (localizado no Estado de São Paulo e distante das regiões
exportadoras) estava capacitado para realizar o exame, o que traria complicações logísticas e
aumento de custo aos exportadores (PERNAMBUCO, 2007).

3.3. RECOMENDAÇÕES DA FDA

Os peixes devem ser colocados no gelo, ou então água do mar ou salmoura


refrigerada, a 4,4°C ou menos, dentro de 12 horas após a morte; ou serem colocados na água
do mar ou na salmoura a 10°C ou menos, refrigerados dentro de 9 horas após a morte; Porém
Shin-Hee et al (2001), relatam que foram encontradas 106 UFC/g de bactérias anaeróbicas
formadoras de histamina no músculo de peixes armazenados a 4º C, que em 14 dias de
armazenamento a esta mesma temperatura, os níveis chegaram a 57,4 UFC/100g.
Peixes expostos a temperaturas do ar ou de água acima de 28,3°C, ou peixes grandes
(acima de 9 kg) que forem eviscerados a bordo antes de refrigerados, devem ser colocados no
gelo (inclusive a cavidade abdominal do atum deve ser preenchida com gelo) ou na água do
mar ou salmoura a 4,4°C ou menos, refrigerada dentro de 6 horas após a morte.
Peixes acima de 9 kg que não foram eviscerados a bordo antes de resfriados, devem
ser resfriados a uma temperatura interna de 10°C ou menos, dentro de 6 horas da morte. Para
minimizar o risco de desenvolvimento adicional de histamina, através da inativação das
bactérias formadoras da enzima histidina descarboxilase, recomenda-se o congelamento do
pescado a -15ºC e o armazená-lo nestas condições por tempo prolongado (24 semanas, por
exemplo). Com o cozimento pode prevenir-se este desenvolvimento através da inativação da
própria enzima. A recontaminação com bactérias formadoras e um significante abuso de
temperatura, como já citados anteriormente, são necessários para a formação da histamina sob
essas condições e são pouco prováveis de ocorrer caso o pescado seja processado em
condições higiênico-sanitárias satisfatórias (FDA, 2001a; BRASIL, 1980).
17

Neste sentido Szpilman (1996), diz que o consumidor deve dar preferência para
aquisição de peixes de vendedores varejistas que tenham como prática o do pescado em
recipientes adequadamente refrigerados.
FDA (2001a), relata que o resfriamento rumo ao ponto de congelamento é desejável
para proteger contra o desenvolvimento da histamina em baixa temperatura a longo prazo e
também aumentar significativamente a vida de prateleira dos peixes. O tempo necessário para
se reduzir à temperatura interna dos peixes após sua captura depende de uma série de fatores,
como o método da captura,o atraso em remover os peixes do espinhel pode diminuir
consideravelmente o tempo restante até o resfriamento e permitindo que alguns peixes
aqueçam-se após a morte, a quantidade de peixes apreendidos quando se utiliza o cerco ou em
espinhel pode exceder a capacidade da embarcação de resfriar os produtos rapidamente, o
tamanho dos peixes, o método de resfriamento, como conseqüência de uma redução na área
de contato e transferência de calor, sabe-se que o gelo sozinho leva mais tempo para resfriar
os peixes do que o gelo triturado, água do mar ou salmoura refrigerada, a capacidade dos
sistemas de refrigeração da água do mar/salmoura na embarcação ou a quantidade de gelo
disponível devem ser apropriadas para a quantidade de pesca.
O mesmo autor defende que, uma vez resfriados, os peixes devem ser mantidos o mais
perto possível do ponto de congelamento (ou mantidos congelados) até o momento de serem
consumidos. Deve-se minimizar a exposição à temperatura ambiental. Este tempo permissível
de exposição dependente primeiro da velocidade com que os peixes foram resfriados a bordo
da embarcação pesqueira e se estes foram previamente congelados na mesma.
Estas medidas impedirão a formação rápida da enzima histidina descarboxilase, e são
de grande valia, pois uma vez que esta enzima é formada, o controle do perigo é improvável
(FDA, 2001a).
De acordo com FDA (2001a), tem que se realizar uma avaliação sensorial do pescado,
este é um meio eficaz de identificar os peixes que foram sujeitos a circunstâncias abusivas.
Através desta consegue-se sentir os odores gerados pela decomposição, o que indica
que o peixe foi abusivamente exposto ao binômio tempo/temperatura. Porém, o controle
sensorial sozinho não é eficaz para o controle da formação da escombrotoxina, pois os odores
podem não estar presente caso tenha sido submetido à decomposição de alta temperatura.
Emborg & Dalgaard (2005) mostraram que quando as bactérias produtoras de ácido
lático dominaram a microbiota do Atum defumado a frio, não foi observada formação de
histamina em quantidade significante no período de 40 dias a 5°C e 16 dias a 10ºC. Portanto,
18

os peixes com propriedades organolépticas alteradas não têm obrigatoriamente altos teores de
histamina.

3.4 SAÚDE PÚBLICA

Segundo Huss (1997), o envenenamento por histamina é um problema a nível


mundial. É uma doença de caráter benigno, com período de incubação curto, que pode variar
desde alguns minutos até algumas horas, possuindo esta uma curta duração.

3.5 REFLEXO DA INTOXICAÇÃO NA ECONÔMIA

A produção para exportação do Brasil em pescado está baseada na exportação do


camarão, lagostas e peixes congelados, nesta ordem. Dentre os países importadores destacam-
se os EUA, Espanha, França, Japão e Portugal respectivamente nesta ordem (SEAP, 2006).
Abaixo segue uma tabela com a exportação total do Brasil, em dólar e em peso líquido
no período de dezembro de 2004 a dezembro de 2006.

Tabela 1 - Exportação total do Brasil, em dólar e em peso líquido, no período de 2004 a 2006:
Período US$ Peso líquido (kg)
01/2004 a 12/2004 416.004.616,00 100.161.395
01/2005 a 12/2005 390.324.352,00 86.503.596
01/2006 a 12/2006 351.504.888,00 71.107.100
Fonte: SEAP (2006)

O Pargo e a Corvina congelados, Atum fresco e congelado, Tilápia congelada inteira e


em filés, foram os peixes mais exportados em 2006 (SEAP, 2006).
A produção de atuns e afins (os principais causadores da intoxicação) no Brasil chegou
a 46 mil toneladas, com receita de US$ 24 milhões em exportações no ano de 2006
(PERNAMBUCO, 2007).
Pernambuco é atualmente o maior produtor nacional de albacora-laje, com 1,8 mil
toneladas, e Santa Catarina é líder na produção de bonito-listrado, com 15,2 mil toneladas, de
acordo com dados do Ibama (PERNAMBUCO, 2007).
Pescadores novos e veteranos precisam estar cientes com os cuidados que terão que
adquirir devido às características originais destas espécies de pescado, que requer
19

manipulação especial. Pois se impropriamente acondicionados, podem causar envenenamento


por formação excessiva de histamina no pescado (PRICE, 1995).
Existem algumas espécies de pescado que são formadores de histamina, estes são os
que podem ser alvo da formação de um nível superior a 100ppm desta em sua musculatura,
segundo Portaria n º185 de 13 de maio de 1997 do Ministério da Agricultura pecuária e
Abastecimento – MAPA

O país que mais consome peixe no mundo é o Japão, portanto é o local onde é
registrado o maior número de toxinfecções (HENERO, 2001), sendo a por histamina, uma das
de maior destaque. Os produtos de pesca que contém níveis elevados de histamina além de
trazerem riscos para a saúde humana interferem no mercado internacional. A União Européia
(UE) em 2006 impediu que o Brasil exportasse para UE, após constatar em expedição ao país
que existiam falhas graves no manuseio dos produtos da pesca, proporcionando uma deteriora
mais rápida e favorecendo elevados níveis de histamina em espécies que tem alto teor de
histidina livre geralmente pertencentes às famílias Scombridae, Clupeidae, Engraulidae,
Coryfenidae, Pomatomidae e Scombresosidae (UNIÃO EUROPÉIA, 2006; HUSS, 1997).

4. ANÁLISE DE PERIGOS E PONTOS CRÍTICOS DE CONTROLE (APPCC).

O valor agregado em produtos de pescado não deve necessariamente estar vinculado à


elaboração de produtos sofisticados e modernos, mas sim a qualidade intrínseca do pescado
ou a matéria prima utilizada. Atualmente, o investimento em qualidade é considerado o
grande diferencial de um produto de marca. Dentre os produtos de origem animal, os peixes
são os mais susceptíveis a processos de deterioração. Tal perecibilidade do pescado fresco
pode ser explicada devido à ação enzimática autolítica, ou seja, do próprio pescado, e pela
relação menos ácida de sua carne que favorece ao crescimento bacteriano, como também a
pela gordura, no qual mostra maior susceptibilidade à deterioração pela rancidez, devido
principalmente à elevada insaturação de seus lípides (NEIVA, 2005).
A saída para toda esta problemática é, portanto, uma abordagem preventiva da
qualidade, evitando qualquer tipo de contaminação ou defeito de matéria prima e ao nível de
processo, ou seja, o foco passa a ser no controle de processos e não somente no controle de
produtos. Dessa maneira, manter controle sobre a cadeia de frio, respeitar o tempo de contato
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de um desinfetante na higienização de um equipamento, atentar para parâmetros de tempo e


temperatura num processo de esterilização, utilizar embalagens adequadas etc, são exemplos
de controle no decorrer do processo, que visam diminuir a necessidade de inspeções finais e
garantir a qualidade e segurança dos alimentos (LOPES et. al, 2005).
Face a este contexto, às novas exigências sanitária e aos requisitos de qualidade,
ditados tanto pelo mercado interno quanto pelos principais mercados internacionais, o
governo brasileiro, juntamente com a iniciativa privada, vem desenvolvendo, desde 1991, a
implantação do Sistema de Prevenção e Controle, com base na Análise de Perigos e Pontos
Críticos de Controle – APPCC, do inglês “Hazard Analysis And Critical Control Points -
HACCP”. Este sistema é uma abordagem científica sistemática para o controle do processo,
elaborado para prevenir a ocorrência de problemas, assegurando que os controles são
aplicados em determinadas etapas no sistema de produção de alimentos, onde possam ocorrer
perigos ou situações críticas. Este sistema, hoje adotado pelos principais mercados mundiais
basicamente assegura que os produtos industrializados sejam elaborados sem risco à saúde
pública, apresentem padrões de identidade e qualidade, atendam a legislação nacional e
internacional, no que tange os aspectos sanitários de qualidade e integridade econômica,
sejam elaborados sem perdas de matéria prima e sejam mais competitivos no mercado
nacional e internacional (BRASIL, 1998).
O sistema APPCC permite levantar os perigos (biológicos, químicos, físicos e de
fraude econômica) significativos que podem ocorrer na produção de um determinado alimento
em uma determinada linha de processamento, e controlá-los, nos Pontos Críticos de Controle
(PCC), durante a produção. Assim, é um sistema dinâmico, e quando aplicado corretamente, o
alimento produzido já tem a garantia de não ter os perigos considerados, já que foram
controlados no processo. Portanto, o Programa de Pré-requisitos (as BPF, os PPHO e os
Procedimentos Operacionais Padronizados-POP) e o Sistema APPCC, quando aplicados
corretamente, dispensam a análise de cada lote produzido. Nas décadas de 80 e 90,
organismos internacionais como a Food and Agricultural Organization (FAO) e o Codex
Alimentarius passaram a recomendar o Sistema para as indústrias de alimentos (SENAI,
2006).
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5. CONSIDERAÇÕES FINAIS

Conclui-se que a utilização de um controle higiênico sanitário no pescado é de extrema


importância para que não ocorra a formação de histamina e conseqüentemente uma
intoxicação por esta amina biogênica. Este controle deve se iniciar desde a captura até a mesa
do consumidor, pois, caso o binômio tempo “x” temperatura seja quebrado, ocorrerá a
formação de histamina, que depois de ingerida pelo consumidor final, em uma quantidade
significantemente elevada, poderá ocorrer a intoxicação chamada de escobrotoxicose,
ocasionando, desde intoxicações primárias, podendo chegar até mesmo a morte. Além dos
efeitos a saúde pública esta amina também proporciona graves efeitos na economia pesqueira,
pois após sua formação ela não poderá mais ser excluída do pescado, causando a perda do
produto.
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