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COMENTÁRIO SOBRE O FILME “ESTRANHOS NO PARAÍSO”

Rodrigo Ramos

Podemos perceber claramente três momentos no filme, no primeiro, somos


apresentados ao novo mundo, quem nos apresenta é o imigrante húngaro Bela,
que tem pelo menos dez anos morando em Nova York, ele, muito
relutantemente, recebe a visita de sua prima Eva que veio começar uma vida
nova na américa. É mostrado um pouco do convívio dos dois e em um dado
momento Eva vai embora. No segundo momento, um ano depois da visita de
Eva, Bela e seu amigo Eddie, são pegos trapaceando em um jogo de pôquer, e
fogem, indo visitar Eva no interior na casa de uma tia. Na terceira parte os três
se juntam e vão a florida e vivem várias aventuras, o fim é bem enigmático, pois
temos Bela entrando em um aviam rumo a Europa, Eva voltando ao hotel que
eles estavam anteriormente, e Eddie no carro esperando o retorno de Bela.

O que mais me chamou atenção neste filme é o uso do tempo, em uma das
primeiras cenas, temos Eva chegando em Nova York, nesta cena a câmera
acompanha Eva, então temos uma imagem de Eva e todo o resto que se move
conforme ela anda, como uma música onde uma melodia principal se desenrola
pelo tempo, no começo da cena temos somente Eva andando, nenhum outro
elemento aparece, então, como intervenções de outros instrumentos em uma
melodia e sendo executada por um solista, vemos algumas pessoas passando
pela cena. Em certo momento, Eva para, pega um aparelho de som de dentro
de uma das sacolas, põe o equipamento para tocar e continua andando, como
se a melodia estacionasse em um ponto, se modificasse e posteriormente
continuasse se desenvolvendo livremente como foi desde o começo.

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