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Benjamin B. Warfield
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Via: TheHighWay.com
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O que é Fatalismo?*
Por Benjamin B. Warfield
É um triste estado de espírito este em que as pessoas caem, por vezes, no qual elas não
sabem a diferença entre Deus e Destino. Uma das mais surpreendentes ilustrações disto
em toda a história é, sem dúvida, a que é assegurada por nossos irmãos Presbiterianos de
Cumberland que, durante cem anos, agora, têm vigorosamente declarado que a Confissão
de Westminster ensina o “fatalismo”. O que eles querem dizer é que a Confissão de Fé de
Westminster ensina que é Deus quem determina tudo o que deve acontecer em Seu
universo; que Deus não tem — para usar uma frase do Dr. Charles Hodge — “atribuído
nem à necessidade, ou ao acaso, ou ao capricho do homem, ou à malícia de Satanás, o
controle da sequência de eventos e todas as suas questões, mas manteve as rédeas do
governo em Suas próprias mãos”, Isto, dizem eles, é Destino: porque (assim eles dizem)
isso envolve “uma necessidade inevitável” no desenrolar dos acontecimentos. E esta
doutrina de “fatalidade”, dizem eles — ou pelo menos o seu historiador Dr. B. W. McDonnold
diz para eles — é “a única suprema dificuldade que nunca foi possível reconciliar” e que
ainda “permanece como um obstáculo insuperável para uma união” entre eles e “a igreja
mãe”. “Quer as difíceis passagens da Confissão de Westminster sejam justamente chama-
das fatalidades ou não”, ele acrescenta, “elas são muito difíceis para nós”.
Agora, não é surpreendente que homens com os corações abrasados pelo amor de Deus
não deveriam distingui-lO de Destino? É claro que sim, a razão não é difícil de encontrar.
Como os outros homens, e como o cantor do doce hino que começa assim: “eu era uma
ovelha perdida”, eles têm uma objeção natural a ser “controlada”. Eles querem ser os
arquitetos das suas próprias fortunas, os determinantes de seus próprios destinos; embora
o fato deles fantasiarem que poderiam fazer isso melhor para si do que Deus possa ser
confiável para fazer isso por eles, é um enigma a ser entendido. E a sua confusão é
promovida ainda mais por uma forma defeituosa que eles têm de conceber o modo como
Deus age. Eles imaginam que Ele opera apenas por “lei geral”, “influência Divina”, que é
como eles o chamam (em vez de chamarem de “Ele”): E concebem esta “influência Divina”
como uma força difusa, presente através de todo o universo e que opera sobre todos
igualmente, assim como a gravidade, ou luz, ou calor. O que acontece com o indivíduo, por-
tanto, é determinado não pela “influência Divina” que age igualmente sobre todos, mas por
algo em si mesmo o que faz dela uma resposta maior ou menor à “influência Divina” comum
__________
* Este artigo foi extraído de Selected Shorter Writings of Benjamin B. Warfield [Seleção de Escritos Curtos de
Benjamin B. Warfield], vol. 1, editado por John E. Meeter e publicado pela Presbyterian and Reformed Publishing
Company, 1970. Este artigo foi publicado originalmente em The Presbyterian, 16 de março de 1904, pp. 7-8.
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a todos. Se concebermos os modos de Deus agir, portanto, sob a analogia de uma força
natural, não é de admirar se não podermos chamar-Lhe de Destino. Pois, o Destino é
apenas uma Força Natural; e se uma Força Natural, assim regesse todas as coisas, isto
seria Fatalismo.
A concepção é, nós vemos, em essência, a mesma que a dos antigos gregos. “Para o estói-
co, de fato”, diz o Dr. Bigg, “Deus era a Lei Natural, e Seu outro nome era Destino. Assim,
podemos ler no famoso hino de Cleanthes: “‘Leve-nos, ó Zeus, e tu também, ó destino,
aonde quer que vós designastes que nós devamos ir. Pois eu seguirei sem hesitação. E se
eu me recusar isso viria a ser um mal, porém mesmo tudo seguirei’. O homem é ele mesmo
uma parte da grande força mundial, levado no seu circuito abrangente, como o besouro de
água em uma torrente. Ele pode lutar, ou ele pode deixar-se ir; mas o resultado é o mesmo,
exceto que, neste último caso, abraçará o seu fardo, e assim estará em paz”. Quando um
homem identifica Deus como uma mera lei natural, ele pode obter resignação, mas ele não
pode atingir a religião. E a resignação obtida pode dissimular uma intensa amargura de
espírito. Todos nos lembramos daquele terrível epigrama de Palladas: “Se a preocupação
aproveita em algo, porque, certamente, tome bom cuidado; mas se a preocupação é
exercida em seu lugar por um Deus, que proveito há em preocupar-se? É tudo a mesma
coisa se você se preocupar ou não se preocupar; Deus cuida somente disso, a saber, que
você tenha se preocupado o suficiente”. Isso é o resultado do fatalismo, de confundir Deus
com a Lei Natural.
Qual é, então, a real diferença entre esse Fatalismo e a Predestinação ensinada, por exem-
plo, em nossa Confissão? “Predestinação e Fatalismo”, diz Schopenhauer, “não diferem no
essencial. Eles diferem apenas no fato de que com a predestinação a determinação externa
da ação humana procede de um Ser racional, e com o fatalismo de algo irracional. Mas em
qualquer dos casos o resultado é o mesmo”. Isto é, eles diferem precisamente como uma
pessoa difere de uma máquina. E ainda Schopenhauer pôde representar isto como uma
diferença não radical! O professor William James sabe melhor; e em suas palestras sobre
“As Variedades da Experiência Religiosa”, ele amplia a diferença. Isto é ilustrado, diz ele,
pela diferença entre a observação fria de Marco Aurélio: “Se os deuses não cuidarem de
mim ou meus filhos, há uma razão para isso”; e o grito apaixonado de Jó: “Ainda que ele
me mate, nele esperarei” [Jó 13:15]! Esta diferença também não é apenas na disposição
emocional. É precisamente a diferença que se estende entre materialismo e religião. Não
há, portanto, nenhuma heresia tão grande, nem heresia que consiga arrancar a religião pela
raiz, como a heresia que pensa em Deus de acordo com a analogia da força natural e
esquece que Ele é uma Pessoa.
Há uma história de um menino holandês que ilustra perfeitamente a relação entre Deus e
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Destino. A casa deste pequeno rapaz estava localizada em um dique na Holanda, perto de
um grande moinho de vento, cujas longas pás passavam tão perto do chão que punha em
perigo aqueles que descuidadamente passavam sob elas. Mas ele gostava muito de brincar
precisamente debaixo deste moinho. Seus pais cuidadosos o havia proibido de aproximar-
se dele; e, quando a sua vontade teimosa não cedia, haviam procurado assustá-lo para que
ficasse longe do moinho, despertando a sua imaginação para o terror de ser atingido pelas
pás e ser levado para o ar e perder sua vida por seus golpes incessantes. Um dia, sem se
importar com a advertência, ele se desviou de novo para debaixo das perigosas pás, e logo
distraiu-se em sua brincadeira e esqueceu-se de tudo o mais, focando na presente diver-
são. Talvez, ele estava meio consciente de uma brisa surgindo; e em algum lugar no fundo
de sua alma, ele pudesse ter estado vagamente consciente do perigo que o ameaçava. De
qualquer forma, de repente, à medida que ele brincava, foi violentamente atingido nas cos-
tas e de repente estava com a cabeça para baixo, suspenso, ao ar; e, em seguida, os golpes
vieram, firmes e duros! Oh, que desespero do coração! Que terrível e grande escuridão!
Aconteceu, então! E ele se foi! Em seu terrível estremecimento, ele virou-se e aproximando-
se, olhou para cima, e não viu a extensão imensurável dos céus de bronze acima dele,
mas, sim, o rosto de seu pai. No mesmo instante, ele percebeu subitamente, que ele não
foi pego pela máquina, mas que somente estava recebendo o castigo ameaçado de sua
desobediência. Ele derreteu-se em lágrimas, não de dor, mas de alívio e alegria. Naquele
momento, ele compreendeu a diferença entre cair no poder de uma máquina de moagem
e nas mãos amorosas de um pai.
Essa é a diferença entre Destino e Predestinação. E toda a língua dos homens não pode
dizer a imensidão de diferença que há entre eles.
Sola Scriptura!
Sola Gratia!
Sola Fide!
Solus Christus!
Soli Deo Gloria!
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2 Coríntios 4
1
Por isso, tendo este ministério, segundo a misericórdia que nos foi feita, não desfalecemos;
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Antes, rejeitamos as coisas que por vergonha se ocultam, não andando com astúcia nem
falsificando a palavra de Deus; e assim nos recomendamos à consciência de todo o homem,
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na presença de Deus, pela manifestação da verdade. Mas, se ainda o nosso evangelho está
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encoberto, para os que se perdem está encoberto. Nos quais o deus deste século cegou os
entendimentos dos incrédulos, para que lhes não resplandeça a luz do evangelho da glória
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de Cristo, que é a imagem de Deus. Porque não nos pregamos a nós mesmos, mas a Cristo
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Jesus, o Senhor; e nós mesmos somos vossos servos por amor de Jesus. Porque Deus,
que disse que das trevas resplandecesse a luz, é quem resplandeceu em nossos corações,
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para iluminação do conhecimento da glória de Deus, na face de Jesus Cristo. Temos, porém,
este tesouro em vasos de barro, para que a excelência do poder seja de Deus, e não de nós.
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Em tudo somos atribulados, mas não angustiados; perplexos, mas não desanimados.
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Perseguidos, mas não desamparados; abatidos, mas não destruídos; Trazendo sempre
por toda a parte a mortificação do Senhor Jesus no nosso corpo, para que a vida de Jesus
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se manifeste também nos nossos corpos; E assim nós, que vivemos, estamos sempre
entregues à morte por amor de Jesus, para que a vida de Jesus se manifeste também na
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nossa carne mortal. De maneira que em nós opera a morte, mas em vós a vida. E temos
portanto o mesmo espírito de fé, como está escrito: Cri, por isso falei; nós cremos também,
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por isso também falamos. Sabendo que o que ressuscitou o Senhor Jesus nos ressuscitará
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também por Jesus, e nos apresentará convosco. Porque tudo isto é por amor de vós, para
que a graça, multiplicada por meio de muitos, faça abundar a ação de graças para glória de
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Deus. Por isso não desfalecemos; mas, ainda que o nosso homem exterior se corrompa, o
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interior, contudo, se renova de dia em dia. Porque a nossa leve e momentânea tribulação
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produz para nós um peso eterno de glória mui excelente; Não atentando nós nas coisas
que se veem, mas nas que se não veem; porque as que se veem são temporais, e as que se 7
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não veem são eternas. Issuu.com/oEstandarteDeCristo