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4 Técnicas Valiosas que Advogados

Previdenciários de Sucesso Usam


Para Ganhar Mais
por Rafael Beltrão | Direito Previdenciário, Lucratividade | 53 Comentários

Enquanto os testes com escritórios parceiros continuam, vamos compartilhar


informações valiosas para quem advoga em direito previdenciário. Neste post você
vai aprender 4 técnicas práticas que em pouco tempo você:

 Aumentará o número de clientes;


 Receberá mais pelos mesmos processos;
 Terá clientes mais satisfeitos com o seu trabalho.
As técnicas são simples e fáceis de entender, então preste muita atenção e
comece a ganhar mais com seu escritório de direito previdenciário ainda nesta
semana!
1. Tenha anotado quando seus clientes vão se
aposentar. E dobre os seus clientes!
Se você está advogando em direito previdenciário a algum tempo, já deve ter
percebido que são muitos os clientes que passam no escritório e ainda não
preenchem os requisitos para se aposentar.
Para a maior parte dos advogados e escritórios, atender alguém que ainda não
fechou o tempo de contribuição é apenas tempo perdido. Mas não para o
Advogado Previdenciário Inteligente! Uma das grandes vantagens do direito
previdenciário é a possibilidade de prever quando seu cliente, ou melhor, futuro
cliente, poderá entrar com um processo.
Na minha experiência, mais de 40% dos clientes que visitam o escritório pela
primeira vez ainda não tem tempo suficiente para se aposentar, mas vão
completar o tempo em menos de 5 anos.
Você não pode confiar na sorte e esperar que essas pessoas voltem ao seu
escritório quando estiverem perto de se aposentar. Transforme esta pessoa que
não ainda pode se aposentar em cliente!
Comece hoje mesmo a criar uma lista de quando cada pessoa que foi ao seu
escritório irá se aposentar (veja como o Cálculo Jurídico mostra as datas previstas
para todas as aposentadorias, em um só cálculo) e entre em contato com eles
periodicamente. Intensifique este contato 6 meses antes que eles completem os
requisitos para se aposentar. Esta atitude irá mostrar ao seu cliente:
 Que você e seu escritório são organizados;
 Que você não se esqueceu dele e que é atencioso.
Se seu cliente não fechou tempo agora, não desista, em algum momento ele terá
que se aposentar. Faça com que ele se lembre de você neste momento.
Como isso vai aumentar minha lucratividade?
Esta é uma estratégia que te trará bons frutos com o tempo. O sonho de todo
advogado da nossa área é atender clientes que já possuem os requisitos para um
benefício previdenciário. Agora imagine você transformando os atendimentos
infrutíferos em futuros clientes para o seu escritório.
Faça um banco de dados de clientes que terão direito no futuro e mantenha
contato com eles. Desta forma, eles estarão mais dispostos a te contratar quando
forem se aposentar.
Quer saber mais uma vantagem disso?
As chances desse cliente te indicar, mesmo sem ter te contratado ainda,
aumentam muito. Você verá em pouco tempo pessoas indicando o seu serviço
sem ainda serem clientes.

Quer ganhar mais dinheiro e economizar tempo com Direito


Previdenciário? Baixe grátis essas 30 Petições Previdenciárias usadas em
casos reais.

2. Aprenda que a atividade especial pode estar


em todo o lugar
Esta é importante! Vou contar adiante como salvei mais de R$ 80 mil de um cliente
e dobrei sua RMI.Quando você está começando a advogar em direito
previdenciário, muitos períodos especiais podem passar despercebidos.
Olha o que aconteceu comigo uma vez:

Estava fazendo os cálculos de um cliente para entrar com o processo de


concessão de aposentadoria no JEF. Enquanto eu fazia o cálculo de tempo de
contribuição achei muito estranho um dos períodos do cliente. Dizia na carteira de
trabalho que ele trabalhou 10 anos, entre 1983 a 1992, como servente em uma
metalúrgica perto de Curitiba.

Acontece que depois de 1992 todos os outros períodos trabalhados foram como
operador multifuncional, também em metalúrgicas. Bom, resolvi ligar para ele e
perguntar exatamente com o que ele trabalhou naqueles 10 anos, esperando que
ele fosse me falar que na verdade trabalhava como um operador multifuncional.

Para minha surpresa eu estava errado, ele não trabalhou como operador
multifuncional, mas servente também não era sua profissão. Ele era auxiliar de
mecânico e trabalhava com contato permanente com graxas e químicos altamente
insalubres. Resultado: com esta informação refizemos o processo dele para incluir
o período de 1983 a 1992 como especial, o que transformou a aposentadoria por
tempo de contribuição em uma aposentadoria especial, quase dobrando o valor
da ação.
Eu fui procurar os cálculos dele para mostrar exatamente qual foi a diferença que o
cliente quase perdeu. Se eu não tivesse visto aquele período o cliente teria perdido
R$ 81.346,53 de atrasados e receberia uma aposentadoria R$ 1.956,34 menor do
que ele recebe hoje.

Nunca assuma que um período não é especial só porque o nome da profissão na


carteira de trabalho não parece insalubre ou periculoso. É normal, ainda mais em
períodos mais antigos, que a profissão anotada na carteira não tenha relação
alguma com as atividades exercidas.

Qual a solução?
Pergunte sempre para o seu cliente como era o trabalho dele, empresa por
empresa, e com o que ele trabalhava. Pergunte especificamente:

1. Se ele trabalhava com graxas, solventes, tintas, ou produtos químicos?


2. Se tinha muito ruído, frio ou calor na empresa?
3. Se o trabalho era perto de alguma fonte forte de calor?
4. Se o trabalho envolvia circuitos elétricos, manutenção de elétrica ou de máquinas?
Como isso vai aumentar minha lucratividade?

Quanto mais períodos são enquadrados como especiais, maior será o valor do
benefício, e consequentemente, maior serão seus honorários. Muitas vezes,
conseguir mais alguns anos de atividade especial pode significar dobrar o valor
da RMI do seu cliente, o que significa o dobro de honorários para você!
3. Comece a duvidar dos PPPs e encontre
dinheiro escondido!
Acabei de te falar para duvidar de todos os períodos trabalhados pelo seu cliente.
Faça a mesma coisa com os PPPs. Não confie neles!
A quantidade de PPPs incorretos é gigantesca,as empresas não preenchem este
documento com zelo e muitas vezes fazem LTCATs que não correspondem à
realidade. Quem advoga com direito previdenciário somente com base nos
PPPs, está jogando muito dinheiro seu e de seus clientes no lixo.
A dica é, além de sempre perguntar para o seu cliente sobre a rotina de trabalho
em cada empresa que ele trabalhou, realizar uma pesquisa jurisprudencial para
ver se cada período, em cada empresa que seu cliente trabalhou, pode ser
enquadrado como especial

Em uma consulta breve nos tribunais, utilizando as palavras ATIVIDADE


ESPECIAL e o NOME DA EMPRESA é possível achar processos em que foi
realizada uma perícia in locu na mesma empresa que seu cliente trabalhou. Essas
perícias são muito valiosas e frequentemente mostram que o PPP não era um
retrato da realidade profissional do segurado. Achou um processo desses? Ótimo!
Faça o pedido do período especial do seu cliente.
Só não esqueça de impugnar o PPP na petição inicial e utilizar o outro processo
como prova emprestada.

Como isso vai aumentar minha lucratividade?

Sempre que mais períodos são enquadrados como especiais, o valor do benefício
recebido pelo seu cliente sobe, e consequentemente, seus honorários também.

Eu repito: conseguir mais alguns anos de atividade especial pode significar dobrar
o valor da RMI do seu cliente, o que significa o dobro de honorários para você!

DICA: A melhor maneira para descobrir PPPs mentirosos e evitar perder dinheiro
por não pedir períodos especiais que seu cliente tem direito é elaborando uma
EXCELENTE FICHA DE ENTREVISTA. Estou pensando em disponibilizar uma
ficha de entrevista completa e testada para quem realmente tiver interesse em
advogar com qualidade em direito previdenciário. Deixe seu e-mail para receber
esta ficha de entrevista assim que colocar aqui no site.
Descubra oportunidades e direitos escondidos dos seus clientes com
essa Ficha de Entrevista Comentada para aposentadorias.

4. Faça sempre todos os cálculos como os


melhores especialistas e evite perder muito
dinheiro
Quis economizar um tempo, e entrou com um processo sem realizar os cálculos?

Você pode perder muito dinheiro assim! Realizar cálculos é fundamental no direito
previdenciário, evita gastos e aumenta seus lucros.
Os três fatores abaixo são cruciais para evitar perder honorários e somente os
cálculos vão te mostrar.

A. Fique de olho no limite do JEF


Se o valor da causa, no momento do ajuizamento, for maior que 60 salários
mínimos e você ajuizar esta ação na Justiça Especial Federal, você perderá todo
o excedente! Vou te dar um exemplo: Você ajuíza em 2016 um processo no JEF
que o valor da causa é R$ 82.800,00.
Na hora do recebimento, seu cliente perderá mais de R$30.000,00, uma vez que
o valor da causa era superior a 60 salários mínimos. Conclusão: tanto seu cliente
como você podem perder muito dinheiro por um descuido. Você sabia que o
cálculo de valor da causa pode ser algo simples de fazer!?
B. Você não deve pedir todos os períodos especiais
Apesar de ser importante saber tudo que seu cliente tem direito e todos os
períodos especiais que você pode pedir, mais importante ainda é saber a
relevância desses pedidos no processo.

Frequentemente, nos deparamos com pedidos difíceis, que precisam de produção


de provas, perícias, oitiva de testemunha, que, no fim das contas, podem significar
uma diferença muito pequena na RMI do seu cliente.

É preciso sempre analisar qual o impacto de cada período na RMI, e se realmente


vale a pena fazer o processo durar mais para aumentar muito pouco a RMI.
Apesar de processos longos representarem mais honorários, os processos curtos
contribuem para o fluxo de caixa do seu escritório.

Em determinados casos, ter honorários um pouco menores, mas recebê-los antes,


pode significar investimentos hoje que te trarão muito mais lucratividade no futuro.
Além disso, pode ter certeza de que a satisfação do seu cliente será bem maior,
aumentando as chances de ele te indicar.

É MUITO IMPORTANTE mostrar ao cliente que, para beneficiá-lo, você irá


adiantar o processo optando por não requerer algum pedido que iria significar um
aumento pequeno no benefício dele. Isto demonstrará profissionalismo e
transparência, aumentando a fidelidade deste cliente com seu escritório.
C. A DER pode fazer toda a diferença no benefício.
Às vezes, esperar mais um ou dois meses para dar entrada na aposentadoria do
seu cliente pode significar uma RMI muito mais vantajosa.
E somente o cálculo pode te mostrar isto. Verifique sempre quais são as outras
aposentadorias próximas que seu cliente tem direito, e veja se o valor da RMI
sofrerá grandes alterações se você esperar alguns meses ou até mesmo anos.

Esta análise mostrará ao seu cliente que você domina muito o direito
previdenciário e que sua maior preocupação é com o melhor benefício possível
para ele.

Como isso vai aumentar minha lucratividade? Use e abuse do cálculo. Faça
projeções, analise diferentes cenários e você estará preparado para tomar
decisões assertivas e pensadas, que podem aumentar a sua lucratividade e a do
seu cliente. Com essas técnicas, você construirá uma imagem de um profissional
extremamente competente e experiente, o que se transformará em maiores
indicações do seu serviço.

Se você já estiver usando o Cálculo Jurídico, então já é muito fácil para você
adicionar novos cálculos e testar diferentes parâmetros e cenários. Assim você
pode maximizar seu lucro e o do seu cliente.

3 pedidos que aumentam a


lucratividade do advogado
previdenciário
por Rafael Beltrão | Lucratividade | 111 Comentários

Este é o primeiro post do Blog do Cálculo Jurídico, um software totalmente on-line


de cálculos judiciais. Estamos nos preparativos para lançar nosso primeiro módulo:
de cálculos previdenciários.
Enquanto os testes com escritórios parceiros não terminam, vamos compartilhar
informações valiosas para quem advoga em direito previdenciário.
Neste post, você vai aprender 3 pedidos extremamente práticos para aumentar a
lucratividade do seu escritório de advocacia.
Nele vamos falar sobre:
1. Reafirmação da DER
2. Destaque dos Honorários Advocatícios
3. Pagamento independente dos Honorários Contratuais (pedido que pode antecipar
em até 2 anos seus honorários)
Continue lendo este artigo e no final vou te dar 5 modelos grátis para você fazer os
3 pedidos e começar a lucrar mais ainda hoje.

1. Reafirmação da DER
Se você está começando a advogar em direito previdenciário, talvez você não
saiba da importância do pedido de reafirmação da DER. Este pedido pode te
economizar tempo e evitar grandes perdas.
Este pedido permite que a DER (data de entrada do requerimento) seja alterada
para a data em que o segurado preencheu os requisitos para se aposentar.
Fazendo este pedido, você evita perder todo o processo se algum dos pedidos não
for procedente e o segurado não completar os requisitos para o benefício
previdenciário na DER.
Além disso, você garante a possibilidade de analisar o preenchimento dos
requisitos para outras espécies de aposentadoria, em momentos posteriores à
DER.
Exemplo: Seu cliente tem uma DER em 17/05/2013, e de acordo com seus
cálculos ele já tem 36 anos de tempo de contribuição e 24 anos de atividade
especial.
No entanto, no processo, 2 desses anos não foram reconhecidos. Se você não
pediu a reafirmação da DER, você perderá mais de 2 anos de atrasados e terá que
entrar novamente no INSS para seu cliente se aposentar.
Agora, se você pediu a reafirmação da DER, o juiz pode mudar a DER para a data
que o seu cliente completa os requisitos para aposentadoria, neste caso para
17/05/2014. Assim, além de ganhar mais dois anos de atrasados, você não vai
precisar perder seu tempo fazendo um novo pedido administrativo.
Além disso, alguns juízes ainda permitem mudar a data da DER para o momento
em que seu cliente preencher todos os requisitos para a Aposentadoria Especial,
ou preencher os requisitos para a Aposentadoria com 85/95 pontos.
Como isso vai aumentar minha lucratividade?
Quando você pede a reafirmação da DER, você evita perder anos de atrasados e
pode conseguir um benefício bem mais vantajoso para seu cliente. Já vi casos de
escritórios em que em um único processo o escritório perdeu mais de cem mil
reais (R$ 100.000,00) por não ter feito este pedido.
Eu fiz um vídeo que mostra como dá para salvar ações perdidas, ou melhorar
ações já ganhas, com o pedido da reafirmação da DER. Clique aqui para ver o
vídeo da Reafirmação da DER.

Quer fazer o pedido de Reafirmação da DER nos seus processos? Use esse
modelo de Reafirmação da DER fácil de colocar em qualquer processo.

2. Destaque dos honorários advocatícios


Você faz o pedido de destaque dos seus honorários?
Se você ainda não faz, está na hora de começar.
Este é um pedido simples, que pode ser feito na petição inicial ou na execução dos
valores, e que garante que seus honorários advocatícios sob o montante de
parcelas vencidas (atrasados) sejam separados do montante do seu cliente.
Assim você elimina o risco de não receber de seu cliente o percentual sobre os
atrasados. Menos risco para seu escritório significa mais dinheiro a longo prazo!
Você vai precisar:
1. Elaborar o pedido na petição inicial ou na execução
2. Juntar o contrato de honorários advocatícios
Alguns juízes estabelecem um limite de 30% para a separação de honorários. Não
tem problema, nesses casos é possível aceitar a separação dos 30% e cobrar o
restante dos seus honorários depois.
Como isso vai aumentar minha lucratividade?
Este pedido é sensacional. Você elimina de vez todo o stress de cobrar seu
cliente, evita pedidos insistentes de desconto e praticamente zera a inadimplência
dos processos previdenciários.
3. Pagamento independente dos Honorários
Contratuais
Outro benefício é que recentemente, o CNJ publicou uma resolução que tornam
independentes os honorários advocatícios do montante devido ao cliente.
AVISO: O entendimento recente do STF não permite o recebimento dos
honorários contratuais por RPV e o principal por precatório.

Julgado do STF

Julgado do STF 2

O disposto no art. 18, parágrafo único da Resolução n.º 405/2016 do CJF,


estabelece que “Os honorários sucumbenciais e contratuais não devem ser
considerados como parcela integrante do valor devido a cada credor para fins de
classificação do requisitório como de pequeno valor”.
Isto significa que é possível receber seus honorários por RPV (requisição de
pequeno valor) enquanto seu cliente receberá por precatório.
Vamos supor que os atrasados de um processo fiquem em R$ 120.000 (cento e
vinte mil reais). Antes da resolução, você e seu cliente receberiam por precatório, o
que significa hoje uma demora de no mínimo 17 meses para receber.
Depois desta resolução, se você pediu a separação dos honorários advocatícios, o
valor será separado em dois montantes independentes.
Se seus honorários são 30%, seus honorários serão R$ 36.000,00 e os atrasados
de seu cliente serão R$ 84.000,00, um independente do outro.
Isso significa que você poderá receber seus honorários contratuais por RPV, em
um prazo bem menor, enquanto seu cliente receberá por precatório.
Outra possibilidade, ainda melhor, é que se nesta divisão o seu valor e o do seu
cliente, separadamente, ficarem abaixo de 60 salários mínimos, ambos receberão
por RPV, que possui um prazo de pagamento bem menor que do precatório.
DICA: Mesmo se o precatório já foi expedido, alguns juízes estão
concedendo a retificação do precatório do cliente e a expedição de RPV para
os honorários contratuais.
Como isso vai aumentar minha lucratividade?
O fluxo de caixa do seu escritório vai melhorar muito, com isto é possível adiantar
seus recebimentos em mais de 20 meses.
Com isso, você terá mais dinheiro para investir no seu escritório e poderá crescer
muito mais rápido.

Conclusão
Estas estratégias são muito valiosas para aumentar a lucratividade do seu
escritório, e eu quero que você comece a utilizar o quanto antes para aumentar
ainda mais o seu sucesso no direito previdenciário.
Para te dar um incentivo, vou disponibilizar os modelos grátis para você elaborar o
quanto antes seus pedidos de:
1. Fundamentação e pedido de reafirmação da DER para petição inicial
2. Fundamentação e pedido de separação de honorários para petição inicial
3. Modelo de peça para o pagamento independente dos honorários contratuais por
RPV, com renúncia do autor ao excedente a 60 salários mínimos;
4. Modelo de peça para o pagamento independente dos honorários contratuais por
RPV
5. Modelo de separação de honorários contratuais durante o processo

AÇÕES QUE PODEM RENDER UM DINHEIRO EXTRA AOS APOSENTADOS

Atenção a todos os Aposentados: você pode aumentar o seu benefício garantindo seus direitos
perante a justiça. Trata-se de uma série de possibilidades que se abriram nos últimos anos,
recuperando o dinheiro perdido a partir de revisões de pensão por morte, ações de cobrança por alta
programada e muitas outras.

Correr atrás dos direitos o quanto antes pode garantir a vitória em um processo que, na maioria dos
casos, estão sendo favoráveis aos aposentados. A dica é do presidente da Associação Nacional em
Defesa dos Consumidores e Contribuintes (Adec). O INSS recebe 130 mil ações por mês, por conta
de problemas variados, mas que não fogem dessas 11 causas principais.

Nos Juizados Especiais Federais (JEF), hoje existem 1,6 milhão de ações contra a Previdência Social.
A demanda é grande, pois os erros se repetem. A maior parte das ações envolvendo o INSS tem
como pano de fundo a concessão do auxílio-doença. Muitos trabalhadores alegam ter recebido alta
antes da hora ou, em casos extremos, enfrentado dificuldades para sacar a grana.

A desaposentação também está tendo muita procura, mas o melhor é o trabalhador não fazer a
conta sozinho. Procure um especialista para se informar. Tem gente que se aposentou em 1998 e se
tivesse feito isso em 1994, levaria mais dinheiro. Na maioria das situações, quem faz as leis não
observa com atenção a Constituição Federal. A partir desse fato, surgem conflitos e margem para as
novas ações.

Ir à Justiça para pedir um aumento não é nada ilegal, mas sim lutar por algo que é seu de direito. O
que deveria ocorrer é uma mudança de mentalidade do Poder Público, que segue errando. A dica de
ganhar dinheiro com ações judiciais que recuperam os direitos do aposentado vem acompanhada de
um lembrete importante.

Ao receber uma bolada do INSS, o beneficiário precisa tomar cuidado para não ser mordido com
crueldade pelo leão do Imposto de Renda. Isso porque, em muitos casos, a Receita Federal vê que o
contribuinte ganhou um dinheiro alto da Previdência Social e cobra o imposto, mesmo que essa
grana devesse ter sido paga aos picados, mensalmente.

De acordo com decisões mais recentes do Superior Tribunal de Justiça (STJ), essas boladas liberadas
pelo INSS não devem ser mordidas de forma voraz pelo leão do Imposto de Renda. O melhor é que
não há mais possibilidade de recurso. Há uma regra que o INSS, em geral, está cumprindo, de
descontar uma alíquota única de 3% sobre o valor recebido pelo segurado. Mas, se este segurado
erra ao preencher o formulário do Imposto de Renda e coloca o valor recebido no campo
Rendimento Tributável, ele é descontado duas vezes.

A principal saída é preencher com cuidado o formulário do IR. Sempre coloque dinheiro recebido do
INSS no campo Indenização, pois a Receita entende, dessa forma, que o dinheiro já teve seu
imposto descontado. Se mesmo assim o impasse persistir, procure a Justiça. Pagar imposto a mais
ou duas vezes não pode.

Exemplo:

Se você ganha exatos R$1 mil por mês e briga por uma diferença de R$100,00, seu salário total
seria de R$1,1mil, e você estaria isento no Imposto de Renda. Todavia, se você passou 10 anos
brigando pela diferença dos R$100,00 mensais e finalmente ganhou a causa, o total a receber, só
desses atrasados, é de R$12mil. Juntando como salário normal, de R$ 1mil mensais, daria uma
renda anual de R$ 24 mil, incluindo o aposentado na faixa mais alta de dedução do Imposto de
Renda. A Receita Federal acha que quem recebe atrasados do INSS deve pagar IR sobre o valor
acumulado ganho.

Já a Justiça começa a entender, finalmente, que o IR deve incidir mês a mês e não sobre o valor
acumulado, pois a grana devida deveria ter sido paga mensalmente. Para entrar com a ação, basta o
Segurado que se sentir lesado comprovar o desconto indevido e mostrar quanto deveria ter pago se
recebesse essa grana mensalmente.

Fonte: Especialistas

Principais Ações

Revisão do coeficiente

Não se aplica o fator previdenciário ao segurado com direito adquirido à aposentadoria em 1998,
mas que pediu o benefício em 2002, porque a regra nasceu em novembro de 1999. Em caso de
revisão, o valor do benefício pode aumentar em até 60%.

Revisões do auxílio-doença

O segurado do INSS que recebeu ou ainda recebe o auxílio-doença após 29 de novembro de 1999
pode pedir a revisão no valor pago e receber os atrasados (as diferenças que não foram pagas) na
Justiça. A correção é possível porque, na hora de conceder o auxílio a partir de 30 de novembro de
1999, o INSS mudou a regra de cálculo com base em um decreto.

Foi considerada a média de todas as contribuições para calcular o benefício no caso dos segurados
com menos de 144 meses (12 anos) de contribuição. Para quem ainda recebe o auxílio, o benefício
pode ter reajuste de até 17,5%. O segurado ainda terá direito aos atrasados. Já os que não
possuem mais o auxílio irão receber somente os atrasados de acordo com o período do benefício.

Revisões das aposentadorias por invalidez precedida de auxílio-doença

Aposentado por invalidez após julho de 1991 que teve seu benefício precedido de um auxílio-doença
pode procurar a Justiça para fazer essa revisão. O INSS não considerou o tempo em que o segurado
ficou no auxílio-doença como sendo tempo de contribuição e isso gerou um prejuízo para a maioria
dos segurados.

Revisão da pensão por morte

Na maioria das pensões precedida de auxílio-doença, o INSS cometeu o mesmo erro. O órgão tem
de observar todos os critérios legais, entre eles a consideração da média aritmética simples dos
maiores salários de contribuição correspondentes a, no mínimo, 80% do período contributivo desde
julho/94.

Ação de Cobrança por alta programada

O auxílio-doença é concedido e a data de sua cessação já é fixada, com base em prognóstico do


médico-perito, sem que seja realizada nova perícia. Sustenta-se a ilegalidade e inconstitucionalidade
do procedimento, que não garante ampla defesa em processo administrativo anterior à cessação do
benefício.

Revisão da Retroação

A tese em questão se trata do principio constitucional do Direito adquirido já pacificado pelo STF na
Súmula 359. Nestes casos, os segurados que se aposentaram logo após uma drástica mudança nas
legislações previdenciárias e foram prejudicados por elas poderão solicitar uma revisão de acordo
com o critério legal mais benéfico as vésperas de sua aposentadoria.

Revisão do Maior Teto

Quem poderia ter se aposentado proporcionalmente antes de julho de 1989 com teto de 20 salários-
mínimos provavelmente tem direito a revisão da aposentadoria. Para saber se tem direito veja a data
datada do início do benefício (DIB) e o seu tempo de contribuição, volte esta contagem até
1/6/1989. Caso fique em até 25 anos para mulheres e 30 anos para homem é possível que ele tenha
direito, mas antes um outro critério deve ser observado.

As contribuições do segurado deveriam ser acima do teto de 10 salários. A forma mais fácil de
analisar isso será olhar o valor da renda deste segurado hoje. Caso ultrapasse os R$1.100,00, muito
provavelmente ele contribuiu acima dos 10 salários-mínimos.

Revisão do Menor Teto

Em novembro de 1979 uma legislação mudou o índice de atualização das aposentadorias para o
INPC, mas o INSS não implementou essa regra automaticamente, mudando somente em abril de
1982. Neste caso, tem direito a revisão os aposentados entre maio/1980 até abril/1982 que tenham
contribuído na faixa de10 salários-mínimos.

Revisão do Buraco Verde e Revisão do Buraco Verde– Estendido

Todo aposentado que teve seu benefício limitado ao teto poderá fazer um cálculo para verificar se o
INSS incorporou nos primeiros reajustes a diferença devida. Em pelo menos 45% dos casos
analisados há uma significativa diferença a ser revista para os aposentados.

Revisão de benefício Sem Limitador Teto

Antes de 1998 não havia previsão constitucional para limitar as contribuições no teto máximo e
antes de 1991 não se limitava os benefícios, então todos aqueles que contribuíram acima do teto
podem procurar a Justiça.

Desaposentação

Aposentado que continua na ativa não tem direito a nenhuma alteração no valor de sua
aposentadoria, mesmo que continue contribuindo para o INSS. A saída para tentar reverter a
situação e elevar o benefício é pedir judicialmente a chamada desaposentação. Ela significa a
renúncia ao benefício atual por outro mais vantajoso.

Porém o segurado precisa provar que irá obter uma situação mais vantajosa. A Justiça ainda não
tem uma posição definitiva sobre o tema, mas alguns tribunais já concedem decisão favorável ao
segurado. Há ainda um outro projeto tramitando na Câmara em caráter terminativo (ou seja, se
aprovado,não precisa ser votado em plenário) que poderá mudar a situação.

O Projeto de Lei5.668/09, do deputado Celso Maldaner (PMDB-SC), permite a revisão do cálculo da


aposentadoria de quem permanecer trabalhando ou retornam à ativa. O novo cálculo tomará por
base os salários de contribuição correspondentes ao período de exercício da atividade desenvolvida
pelo aposentado.

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