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Este tutorial apresenta os conceitos básicos de sistema de proteção contra descarga atmosférica.
Engenheiro Eletricista.
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SPDA: Introdução
1.0 Introdução
Raios são fenômenos atmosféricos caracterizados pela formação de correntes elétricas com milhões de volts
de potencial e que atingem a superfície causando prejuízos materiais e mesmo mortes. Normalmente, a
temporada de temporais tem inicio em Setembro e vai até Março.
Foi muito longo o caminho para se descobrir a natureza elétrica das descargas atmosféricas e para se chegar
a regras aceitáveis de proteção para propriedades, aparelhos e principalmente pessoas.
Até hoje não se tem 100% de proteção, desde que Franklin propôs pela primeira vez o método de proteção
contra raios de um edifício até os tempos de hoje a proteção máxima que se consegue é 98% de eficiência.
Veremos neste tutorial os métodos de Franklin, Faraday e eletromagnético e seus componentes, pois são os
únicos com base cientifica comprovada, além de ver detalhes específicos de algumas aplicações comuns em
nosso dia a dia.
Vamos ver algo sobre a corrente elétrica e seu efeito sobre o ser Humano.
O choque elétrico é provocado pelo contato entre um condutor vivo e a massa de um elemento condutor
(metálico), a corrente de fuga normal, ou ainda pela deficiência ou falta de isolamento em um condutor ou
equipamento.
Uma pessoa que neles venha tocar recebe uma descarga de corrente, em virtude da diferença de potencial
entre a fase energizada e a terra.
A corrente passa pelo corpo humano em direção à terra, e seu efeito será tanto maior quanto forem o
contato de superfice do ser humano com a peça energizada e com a terra.
Um choque elétrico pode produzir na vitima o que se chama Morte Aparente, isto é a perda dos sentidos –
anoxia(falta de oxigênio no cérebro), asfixia(ausência de respiração), anoxemia(ausência de oxigênio no
sangue – conseqüência da anoxia), parada cardíaca devido a falta de fibrilação ventricular, queimaduras
superficiais nas áreas de contato, queimaduras profundas dependendo da intensidade e duração, atingir
órgãos vitais e provocar sua destruição ( comum em choques entre as duas mão, uma no vivo e outra na
terra.
A corrente que passa pelo corpo humano pode ser calculada por:
I=U/(Rc1+Rc2+Rcorpo)
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Abaixo segue uma tabela com os valores de resistência e corrente para diversas situações comuns para
100V/60hz.
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Relação entre intensidade corrente (AC) x conseqüência
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SPDA: Raios e Trovoadas
Os raios podem causar a morte de pessoas e animais por vários efeitos durante a descarga entre nuvem e
terra.
Quando o líder ascendente, saindo de um solo plano, se encontra com o líder descendente, forma-se a
descarga de retorno, que é de grande intensidade, produzindo:
Elevação da temperatura no centro do raio e como conseqüência, uma violenta expansão do ar, com o
ruído de um estrondo, que é o trovão.
Fortes campos eletromagnéticos, em torno do ponto central do raio que se propagam a centenas de
metros.
Linhas radiais de corrente no solo, com origem no ponto de impacto do raio.
Ao longo das linhas de corrente,existirão quedas de tensão, variáveis com a resistência do solo,
formando em direção radial concêntrico linhas de corrente e em direção de curvas concêntricas linhas
equipotenciais vide fig.1
Incêndio de arvores se o raio for de baixa intensidade e longa duração ou romper-se se for de alta
intensidade e baixa duração.
São os efeitos que o raio provoca sobre os seres vivos, quando atinge direta ou indiretamente um ser vivo,
podem ocorrer pela exposição ao campo eletromagnético e suas correntes de circulação no corpo dos seres
vivos.
Provocada pela passagem de corrente no troco do ser vivo, que causa fibrilação ventricular com parada
cardíaca.
É a tensão entre os pés do ser vivo, ou seja, um passo do mesmo (com os pés separados), com isto ele ficara
com os pés em linhas equipotenciais diferentes provocando passagem de corrente pelo seu tronco, num ser
vivo bispede isto raramente provoca a morte, pois a parcela de corrente é pequena (linhas equipotenciais
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próximas), já nos quadrúpedes geralmente é fatal (linhas equipotenciais distantes) maior diferença de
potencial, logo maior corrente passando pelo tronco do ser vivo.
É a tensão provocada pelo toque do ser vivo no condutor durante uma descarga eletromagnética e
geralmente é provocada pela alta impedância do condutor, provocando passagem de corrente pelo ser vivo
que possui uma impedância menor que o condutor.
É provocado pela descarga do condutor ao ser vivo próximo pelo rompimento da resistência do ar provocada
pela alta tensão na hora da descarga atmosférica, geralmente quando as pessoas estão em baixo do ponto de
descarga (Arvores ou sofrem efeitos dos campos magnéticos no laço entre eles e a árvore).
É o caso onde uma pessoa andando em campo aberto recebe diretamente o raio, neste caso ocorre
queimaduras e passagem de corrente pelo coração e cérebro geralmente levando o ser vivo a morte. Os
sobreviventes geralmente são seres que receberam a descarga de um braço menor do raio ou ramo do
mesmo, com baixa intensidade.
Uma Trovoada pode ser definida como o conjunto de fenômenos eletromagnéticos, acústicos e luminosos
que ocorrem numa descarga atmosférica.
Índice Cerâumico: numero de dias que ocorre trovoadas em uma dada localidade.
Mapa isoceurâmico: mapa com a união das localidades com seus índices cerâumicos.
Se olharmos o mapa isocerâumico abaixo notaremos que existem regiões com índice muito baixo (1 a 5) e
outras de nível muito alto (120 a 250), notamos ainda que na região do equador concentram-se as de maior
valor e nos continentes existem maiores concentrações que nos oceanos.
Para técnica de proteção o importante é saber a densidade de raio por km² por ano, se este parâmetro for
conhecido será fácil calcular a probabilidade de caírem raios, por ano, em uma área.
Os especialistas e empresas de energia usam contadores de raios que são dispositivos que possuem uma
antena captora que captam as radiações eletromagnéticas emitidas pelos raios e as registram em um
dispositivo contador (raio de ação do contador +/- 20km)
Medidor de Raios
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Mapa Isocerâumico
Rindat – Projeto INPE / CEMIG/ Furnas para medição de incidência de raios disponível pela internet.
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SPDA: Níveis de Proteção
A decisão de proteger uma determinada estrutura pode ser de ordem legal (códigos de obras municipais –
Brasil), uma preocupação do proprietário para evitar prejuízos materiais e pessoais, ou exigência das
seguradoras já que raios provocam danos e incêndio.
O Método pode vir especificado pelo código de obras ou ser um dos existentes na norma NBR5419.
Área de atração
É a área da vista em planta aumentada proporcionalmente a uma vez a altura da estrutura (NBR5419) e tres
vezes a altura IEC1024-I.
Fórmula de cálculo
Logo teremos a probabilidade de ocorrência de raios em uma determinada estrutura, ou seja, de quantos em
quantos anos cairá um raio na estrutura.
P0=P x A x B x C x D x E onde:
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Se P0 < 0,00001 será desnecessário, se P0 > 0,001 será obrigatório a proteção.
Conteúdo Fator C
Comum, sem valor 0,3
Sensível a danos 0,8
Subestação, gás, Telecom. 1,0
Museu e monumentos 1,3
Escolas e hospitais 1,7
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Localização Fator D
Rodeado por arvores ou estruturas 0,4
Semi-isolada 1,0
Isolada 2,0
Topografia Fator E
Planície 0,3
Colina 1,0
Montanha, 300 a 900 m. 1,3
Montanha acima de 900 m. 1,7
A NBR5419 relaciona 4 níveis de proteção relacionados com as estruturas como relacionado abaixo:
Nível I – Destinado às estruturas nas quais uma falha do sistema de proteção pode causar danos às
estruturas vizinhas ou ao meio ambiente.Ex.: depósitos de explosivos, materiais sujeitos à explosão,
material tóxico ao meio ambiente...etc.
Nível II – Destinados às estruturas cujos danos em caso de falha serão elevados ou haverá destruição
de bens insubstituíveis e/ou de valor histórico, mas em qualquer caso se restringirão à estrutura e seu
conteúdo, EX.: Museus, escolas, ginásios esportivos, Estádio de futebol...etc.
Nível III – Destinada às estruturas de uso comum, como residências, escritórios, fábricas sem risco de
explosão ou de risco, ...etc.
Nível IV – Destinadas às estruturas construídas de material não inflamável, com pouco acesso de
pessoas, e com conteúdo não inflamável. EX.: depósitos em concreto, e com conteúdo não inflamável,
estoque de produtos agrícolas ...etc.
Para imaginar os riscos precisaremos usar um modelo de um caso prático onde indicaremos os riscos
envolvidos, abaixo temos a descrição dos riscos existentes em uma edificação e sistema de proteção.
8.1 Falha da Blindagem direta – é quando uma descarga atmosférica consegue passar entre os cabos e
captores ou ao lado deles e chegar à área protegida, podendo provocar incêndio ou explosão, para se evitar
isto o numero de cabos deve ser aumentado diminuindo o espaço entre eles.
8.2 Falha da auto proteção – uma descarga passa pelos captores e atinge o teto fora do volume de
proteção provocando fusão da telha com a volume protegido que inflama a mistura da zona 1 logo abaixo do
teto, pode-se evitar isto com telhas de espessura mais grossa ou melhorando a blindagem.
8.3 Falha de dimensionamento – ocorre quando o sistema foi mal dimensionado e se utilizou cabo de
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descida inferior aos mínimos recomendados, provocando seu rompimento ao receber uma
8.5 Falha na proximidade – isto ocorre porque os condutores e captores estão muito próximos das
estruturas do volume protegido, pode-se evitar esta falha distanciando mais os componentes do sistema das
paredes e tetos da estrutura.
8.6 Geração de descargas laterais – ao ocorrer uma descarga a corrente que passa nos condutores de
descida causam quedas de tensão ao longo desses componentes e podem dar origem a descargas laterais às
pessoas que estejam em sua proximidade, esta tensão é a resultante da queda indutiva nos condutores e a
queda de tensão no sistema de terra, a solução é melhorar o numero de condutores de descida e melhorar o
sistema de aterramento.
8.7 Geração de tensões de passo – as correntes ao se dispersarem no solo, produzirão tensões de passo
perigosas às pessoas que estiverem na vizinhanças do sistema de proteção, tensões geradas pela diferença de
potencial a cada metro do ponto de impacto, solução é colocar uma grossa camada de concreto e/ou
melhorar o sistema de aterramento de forma a diminuir as tensões de grade em torno do aterramento e ponto
de impacto.
8.8 Geração de tensão de toque – uma pessoa pode tocar nos condutores de descida no qual naquele exato
momento está sendo gerada uma tensão indutiva + diferença de potencial pela descarga atmosférica, solução
é colocar materiais isolantes até a altura de 2,5 mts e/ou obstáculos que mantenham as pessoas afastadas
destes pontos.
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SPDA: Métodos de Proteção
Uma vez feita a análise de necessidade de proteção de uma determinada estrutura, e determinado o nível de
proteção necessária, o primeiro passo é se escolher o sistema de proteção (Gaiola de faraday, Franklin,
modelo eletromagnético) ou mixto, nesta hora o correto é o engenheiro Eletricista sentar junto com o
arquiteto e definir o sistema mais adequado à estrutura e nível de proteção definido.
Uma vez definido o sistema de proteção, pe necessário se efetuar o calculo dos componentes que compõem
o sistema de forma se assegurar a eficiência do mesmo, assim como, se evitar os danos e falhas poddiveis de
ocorrem.
Qualquer que seja o sistema de proteção escolhido, sempre existirão os três componentes a seguir:
10.1 Sistema de Captores – Tem como função receber os raios, reduzindo ao mínimo a probabilidade da
estrutura receber diretamente o raio, deve ter a capacidade térmica e mecânica suficiente para suportar o
calor gerado no ponto de impacto, bem como os esforços eletromecânicos resultantes, alem disto o ataque
por poluentes deve ser levado em conta na hora de seu dimensionamento;
10.2 Sistema de descida – Tem como função conduzir a corrente de descarga do raio recebido pelo captor
até o sistema de aterramento, reduzindo ao máximo a incidência de descargas laterais e de campos
eletromagnéticos no interior do volume protegido, deve ainda ter a capacidade térmica e mecânica suficiente
para suportar o calor gerado pela passagem da corrente, e boa suportabilidade à corrosão.
10.3 Sistema de Aterramento – Tem como função dispersar no solo a corrente recebida pelos captores e
conduzidas pelos condutores até o solo, reduzindo ao mínimo o risco de ocorrência de tensões de passo e de
toque, deve resistir ao calor gerado e deve resistir ao ataque corrosivo dos diversos tipos de solos.
10.4 Componentes Naturais: São aqueles existentes na estrutura e que não só podem como devem ser
utilizados no sistema de proteção; esta utilização não só para ser mais eficiente como mais econômica, deve
ser prevista durante fase de projeto, se os elementos não forem visíveis e não havia previsão na fase inicial
deve-se evita-los.
10.5 Componentes especiais: são aqueles colocados na estrutura com finalidade explicita de receber,
conduzir ou dispersar a corrente provocada pela descarga atmosférica.
10.6 Proteção isolada: são aquelas onde o sistema de proteção é colocado acima e ao lado da estrutura
sem contato com a mesma de forma isolada (mantendo uma distancia segura) evitando
descargas captor – teto e descidas pela estrutura da parede do volume.
10.7 Proteção não isolada: é aquela onde não existe espaçamento entre o sistema de proteção e a estrutura
do volume protegido, ou seja, colocado diretamente sobre a estrutura do volume protegido.
OBS: quanto maior o uso de componentes naturais, mais estético fica o projeto, alem de mais econômico.
As variações nos métodos de proteção se devem pelo fato de termos mais de uma maneira de captar os raios,
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temos as seguinte maneiras:
Principio usado pelo Método Franklin e eletromagnético: utiliza hastes verticais (chamados de
pára-raios ou terminais aéreos) ou horizontais suspensos (solução análoga das linhas de transmissão).
Principio usado pelo Método Faraday: condutores horizontais não suspensos formando uma malha
sobre a estrutura.
É considerada a mais completa ferramenta para proteção de estruturas, e baseado em métodos científicos de
observação e medição dos parâmetros dos raios, e ensaios de laboratórios de alta tensão.
No modelo eletromagnético considera-se que o líder descendente caminha na direção vertical em direção à
terra em degraus dentro de uma esfera cujo raio depende da carga da nuvem ou da corrente do raio e será
desviado da trajetória original por algum objeto aterrado,
A descarga se dará no ponto onde a esfera tocar este objeto ou na terra aquele que for primeiro alcançado
pela esfera; O raio da esfera é considerado o raio de atração.
Se considerarmos um captor como uma haste vertical de altura H sua zona de proteção será definida pela
equação de uma esfera que define a superfície de proteção.
(X-x)²+(Y-y)²= R²
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Pela norma NBR5419 o Ra – Raio de atração é o seguinte:
Nível I II III IV
Raio da esfera em mts 20 30 45 60
Toda estrutura a ser protegida tem que estar dentro do volume formado pelo deslocamento da esfera pelo
condutor.
10.9 Método Franklin
Este método se baseia no uso de captores pontiagudos colocados em mastros verticais para se aproveitar os
efeitos das pontas, quanto maior a altura maior o volume protegido, volume este que tem a forma de um
cone formado pelo triangulo retângulo girado em torno do mastro.
No caso de condutores horizontais suportados por hastes verticais, será obtido pelo deslocamento horizontal
do cone de proteção desde a posição de uma haste até a posição da outra haste.
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Volume de proteção de haste vertical
Entre dois captores próximos pode-se aumentar em 10° o ângulo na parte interna entre eles e na externa vale
o da tabela acima.
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Este método consiste em instalar um sistema de captores formado por condutores horizontais interligados em
forma de malha, quanto menor for a distancia entre os condutores da malha melhor será a proteção obtida.
Nível Malha
I 5X7,5
II 10X15
III 10X15
IV 20X20
É prática se utilizar ainda pequenos captores Verticais, com 30 a 50 cm de altura, separados por uma
distancia de 5 a 8 mts ao longo dos condutores da malha, isto se originou da norma inglesa BS 6651.
É bom lembrar que não se deve colocar condutores elétricos paralelos aos condutores da malha na parte
interior da estrutura e próximo aos mesmos.
Na comparação entre os três métodos levando em conta o nível de proteção, eficiência e custo, verificamos
que, o método Gaiola de Faraday leva vantagens em pequenas construções já em edificações de grande
porte o método eletromagnético é o de melhor relação custo beneficio.
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SPDA: Considerações Finais
12.1 – Captores
Os captores podem ser utilizados para sua fabricação o Cobre e suas ligas, o Alumínio e suas ligas, o aço
inoxidável e o aço galvanizado a quente, a escolha quanto a estes materiais fica a critério do projetista que
deve levar em conta os poluentes da região.
O Sal presente em regiões litorâneas (NaCl) ataca materiais ferrosos e o enxofre existente em fabricas e
locais poluídos ataca o cobre.
Uma vez ter sido captada pelo captor a descarga atmosférica deverá ser conduzida ao sistema de
aterramento pelos condutores de descida (Cabo de descida) onde o numero de condutores utilizados, o
distanciamento entre eles e a respectiva seção transversal deverão ser escolhidos de maneira que :
Para isto devemos de preferência utilizar os caminhos mais curtos e retilíneos possível para conduzir a
descarga atmosférica, alem disto deve ser utilizado condutores de cobre, alumínio ou aço galvanizado a
quente.
Deve-se ainda tomar cuidado com o contato de materiais diferente como Cobre/Alumínio e Cobre/aço
galvanizado, colocando-se uma proteção extra nestes contatos para proteger da corrosão.
A seção transversal mínima especificada pelas normas é a calculada pelos efeitos térmicos e eletrodinâmicos
causados pela passagem da corrente das descargas atmosféricas. A temperatura limite considerada foi de
500°C, levados em consideração os maiores valores de corrente e a resistência dos condutores.
Para edificações até 20m as seções mínimas são: 16mm² de cobre, 35mm² para alumínio e 50 mm² para o
aço galvanizado.
Para edificações superiores a 20m as seções mínimas são: 35mm², 50 mm² e 70 mm² respectivamente.
O Numero de descidas deve seguir o espaçamento médio máximo exigido pelo nível de proteção:
Sendo que o numero mínimo de descidas exigido pela norma é de 2. Lembramos que o perímetro do prédio
dividido pelo espaçamento da tabela acima resulta no numero mínimo de descidas.
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A corrente do raio tem como tendência, ir para a terra pelo lado externo da estrutura e pelo caminho mais
curta possível (menor indutância), portanto as descidas não devem formar laços que aumentem sua
indutância e possam dar origem a descargas perigosas, principalmente em locais de risco (sujeitos a
incêndio).
A fixação dos condutores de descidas, desde a década de 70 já se utiliza a fixação direta na parede sem
distanciador, pois se verificou que o dano provocado na parede com ou sem distanciador é praticamente o
mesmo e a estética é melhor, permitindo o uso de condutores de descida em forma de barra chata,
cantoneiras, ou outros perfis existentes na estrutura.
12.5 Aterramento
O aterramento, em uma instalação SPDA tem como finalidade de dissipar no solo a corrente do raio, sem
provocar tensões de passo perigosas e mantendo baixa a queda de tensão na resistência de terra, Os
condutores de um sistema de terra são denominados eletrodos e podem ser introduzida nas posições
VERTICAL, HORIZONTAL ou INCLINADA.
É a característica do solo que vai determinar sua resistividade, que pode ser definida como a resistência
entre faces opostas de um cubo de aresta unitária construído com material retirado do local (para
laboratório) ou podemos medir com instrumento chamando TERROMETRO (Método de Wenner) com 4
terminais (duas de corrente e duas de tensão), separadas eqüidistantes uns dos outros e podemos calcular a
resistividade pela formula a seguir:
p = 2. ¶. a . R
Quando a distância a for pequena, a resistividade corresponde às primeiras camadas do terreno, à medida
que a distancia entre as hastes vai sendo aumentada, vão sendo incluídas as camadas inferiores, para efeito
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de padronização são utilizadas distancias de 2,4,8,16,32,64 e 128 metros e são realizadas medições em varias
direções no terreno, e o resultado é tratado por Sws através de processos gráficos.
A resistência de terra pode ser medida por um instrumento desenvolvido para isto chamado
TELURIMETRO ou Termômetro como é mais conhecido.
Estes equipamentos existem em duas versões, com três ou quatro terminais, para medirem resistência e
resistividade respectivamente, eles têm uma fonte de tensão própria e a leitura pode ser analógica ou digital.
O Valor medido deve estar dentro do máximo pedido pela norma (Em Telecom e informática < 6 ohms).
Caso o valor medido seja superior deve-se tentar redução por um dos métodos estudados a seguir.
Hastes profundas: Existem no mercado, hastes que podem ser prolongadas por buchas de união; o
instalador vai cravando as secções através de um martelete e medindo a resistência até chegar ao valor
desejado. Alem do efeito do comprimento da haste tem-se uma redução da resistência pela maior
umidade do solo nas camadas mais profundas, sendo que não devem ultrapassar a 18 mts de
profundidade, pois causariam indutância elevada.
Sal para melhorar a condutividade do solo: Este método permite obter resistências mais baixas; o
inconveniente é que o sal (normalmente o Nacl) se dissolve com a água da chuva e o tratamento que
ser renovado a cada 2 ou 3 anos ou ainda menos dependendo do tipo de terreno.
Tratamento Químico: neste método o eletrodo é mantido úmido por um GEL que absorve água
durante o período de chuva e a perde lentamente no período de seca, deve-se tomar cuidado no uso
deste método com o uso de hastes de aço galvanizado devido o ataque corrosivo, no Brasil é
conhecido pelo nome do Fabricante + gel EX: Aterragel, Ericogel, Laborgel,...Etc.
Uso de eletrodos em paralelo: quando os eletrodos são verticais pode-se colocar hastes a uma distancia no
mínimo igual ao comprimento, em disposição triangular, retilínea, quadrangular ou circular. A distancia
mínima esta relacionada com a interferência entre o mesmo e sua redução.
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SPDA: Teste seu entendimento
3. Qual o sistema mais apropriado e economico que protege um volume com eficiencia do tipo caixa
d`agua?
sistema de aterramento
sistema SPDA tipo faraday
sistema hibrido faraday + franklin
sistema SPDA tipo Franklin
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