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REGIMES PRÓPRIOS DE

PREVIDÊNCIA SOCIAL DOS


SERVIDORES PÚBLICOS
RPPs

Professor Roberto de Carvalho


Santos
Bibliografia
Regime Próprio de Previdência
Social dos Servidores Públicos
Editora Juruá – Marcelo Barroso Lima
Brito de Campos

Previdência Funcional e Teoria Geral


– Mauro Ribeiro Borges – Editora
Juruá
Manual de Direito Previdenciário –
Carlos Alberto Pereira de Castro e
João Batista Lazzari – Editora Conceito

A Nova Previdência Social do


Servidor Público – Eduardo Rocha
Dias e José Leandro Monteiro de
Macedo – Letra Legal Editora
Lei n. 8.112/90 Comentada – Paulo de
Matos Ferreira Diniz - Editora Brasília
Jurídica

Regime Jurídico do Servidor Público


Civil da União Comentado – Marcos
Antonio Fernandes – Quartier Latin
Comentários ao Regime Jurídico dos
Servidores Públicos Civis – Ivan
Barbosa Rigolin – Editora Saraiva

Servidor Público – Questões


Polêmicas – Jamile Sayd – Org.
Editora Forum
Servidor Público nas Reformas
Constitucionais – Ivan Barbosa
Rigolin – Editora Forum

Previdência do Servidor Público e a


Gestão dos Regimes Próprios –
Sonia Guerra – Editora Lumen
Servidores Públicos Federais –
Leandro Cadenas Prado – Editora
Impetus

Curso de Direito Previdenciário –


Fabio Zambitte Ibrahim – Editora
Impetus.
Regimes Previdenciários
- Regime Geral de Previdência Social –
RGPS
- Regimes Próprios de Previdência
Social – servidores civis
- Regimes Próprios de Previdência
Social – servidores militares
- Regime de Previdência
Complementar – Público e Privado
Regimes Próprios de
Previdência Social
-Destinados aos servidores
efetivos públicos efetivos da
União, Estados, Municípios,
CF, suas autarquias e
fundações públicas.
-Multiplicidade de regimes
próprios: autonomia do ente
da federação
ON n. 2/2009 - MPS

Art. 7º É vedada a existência


de mais de um RPPS para
servidor público titular de
cargo efetivo por ente
federativo.
-Regime de financiamento de
repartição simples – pacto
intergeracional

-Possibilidade de adoção do
regime de financiamento de
capitalização

-Compulsoriedade da filiação.
-Natureza institucional e não contratual
(não há direito adquirido a regime
previdenciário)

- Atualmente proventos limitados ao


subsídio do STF – possibilidade
constitucional de adoção do teto do
RGPS após regulamentação.
-Deve contemplar no mínimo os benefícios
de pensão e aposentadoria previstas no art.
40 da CF (Art. 10, §3º, do Decreto 3.048/99
e art. 2º, II, da ON n. 02/2009 MPS).

Somente o fato de existir lei que institui


estes dois benefícios já significa existir
RPPS, mesmo sem criação de unidade
gestora ou alíquota de contribuição –
vedada a instituição retroativa (art. 3º da ON
MPS 02 de 2009).
-Seria o RPPS um direito público subjetivo
do servidor público?
-“(...) entendemos que a fixação de regras
constitucionais para a aposentadoria dos
servidores públicos, conforme tradição do
Direito pátrio, mantida pela redação original
da CF de 1988, permite a ilação de que se
trata de direito subjetivo desses servidores,
exercitável em face do Estado, mas
especificamente, do ente da federação que
é responsável por tal concessão (...)”
-Carlos Alberto Pereira de Castro e João
Batista Lazzari – Manual de Direito
Previdenciário. 2008. p. 117
-“Também não se pode impor que as unidades
federadas, até por falta de condições financeiras e
atuarias, mantenham regime próprio, mormente
pelo fato de que não se pode desconsiderar a sua
prerrogativa de autonomia política (CF, art. 1º e
18). A adoção deste regime (...) é facultativa (...)”

O jurista defende, contudo, tese polêmica no


sentido de que o INSS deverá para estes
servidores aplicar as normas do RPPS.
Regime Próprio de Previdência Social dos
Servidores Públicos - Marcelo Barroso Lima Brito
de Campos. P. 88/89
Caso o RPPS não contemple outros
benefícios além daqueles constantes na lei
poderá o pagamento de outras prestações
(ex.: licença-maternidade) ser assumidas
pelo tesouro.

Se não existir qualquer lei no ente federativo


prevalece o RGPS (ON MPS/SPS n. 2/2009
- §3º do art. 3º).
É vedado o estabelecimento retroativo de
direitos e deveres em relação ao RGPS,
podendo, entretanto, prever uma
complementação das aposentadorias
concedidas pelo RGPS, caso o segurado
tenha cumprido todos os requisitos da
aposentadoria do servidor titular de cargo
efetivo (ON MPS/SPS n. 2/2009 – art. 5º,
IV).
Havendo extinção do RPPS, o
servidor, que não tiver
preenchido os requisitos ao
benefício, torna-se vinculado ao
Regime Geral da Previdência
Social
21
Lei n. 9.717/98
Art. 10. No caso de extinção de regime
próprio de previdência social, a União,
o Estado, o Distrito Federal e os
Municípios assumirão integralmente a
responsabilidade pelo pagamento dos
benefícios concedidos durante a sua
vigência, bem como daqueles
benefícios cujos requisitos
necessários a sua concessão foram
implementados anteriormente à
extinção do regime próprio de
previdência social. 22
A revogação da lei que disciplinava as
regras para a concessão das
aposentadorias e pensões não significa
a sua inaplicabilidade para aqueles que
já implementaram os requisitos durante
sua vigência.

Controvérsia sobre o art. 6º da ON


MPS/SPS, sobre a garantia do direito à
proporcional:
23
“ Art. 6º. O servidor que tenha
implementado os requisitos
necessários à concessão de
aposentadoria proporcional pelo
RPPS até a data da lei da extinção do
regime, permanecendo em atividade,
vincula-se obrigatoriamente ao RGPS,
sendo-lhe assegurado o direito aos
benefícios previdenciários deste
regime desde que cumpridas as
condições nele estabelecidas.”
24
• RRPS em extinção – não assegura
em lei benefícios de aposentadoria e
pensão para todos os servidores
titulares de cargos efetivos mas
mantém responsabilidade pela
concessão e manutenção de
benefícios.

• RPSS extinto – cessada a


responsabilidade pela concessão e
manutenção dos benefícios
previdenciários.
25
A extinção do RPPS dar-se-á com a
cessação do último benefício de sua
responsabilidade, ainda que
custeado com recursos do
Tesouro (ON MPS/SPS n. 2/2009 –
art. 4º, §2º).

26
O RPPS em extinção pode existir
também em relação aos servidores
estatutários caso o ente federativo
tenha adotado a CLT como regime
único de trabalho para seus servidores
até o advento da EC n. 19/1988
(04.06.1998). Os servidores celetistas
ficam vinculados ao RGPS (ON
SPS/MPS n. 02/2009 – art. 4º, III).

27
Normas aplicáveis

Competência legislativa
concorrente da União, Estados,
Municípios e DF.

Fundamento constitucional: art. 24,


XII e art. 30, I e II da CF.
“ A competência legislativa atribuída aos
municípios se restringe a seus servidores
estatutários. Não abrange ela os
empregados públicos, porque estes estão
submetidos às normas de Direito do
Trabalho, que, nos termos do inciso I do art.
22 da Constituição Federal, são de
competência privativa da União.”

(STF RE 632713 AgR)


União Federal: competência para
instituir normas gerais e demais
entes da federação competência
para suplementar as normais
federais.
“O Supremo Tribunal Federal entende que
as disposições da Lei 9.717/98 não
ofendem o princípio da autonomia dos entes
federados, pois a Constituição Federal não
confere às entidades da federação
autonomia irrestrita para organizar o regime
previdenciário de seus servidores e que, por
se tratar de tema tributário, a matéria pode
ser disciplinada por norma geral, editada
pela União, sem prejuízo da legislação
estadual, suplementar ou plena, na
ausência de lei federal. RE 495684 AgR)
Competência para instituir
contribuições sociais da
Seguridade Social (natureza
tributária): União Federal (art. 195
da CF), ressalvadas as
contribuições previdenciárias para
o custeio do regime próprio de que
trata o art. 40 da CF.
CF
Art. 149 (...) § 1º Os Estados, o Distrito
Federal e os Municípios instituirão
contribuição, cobrada de seus servidores,
para o custeio, em benefício destes, do
regime previdenciário de que trata o art. 40,
cuja alíquota não será inferior à da
contribuição dos servidores titulares de
cargos efetivos da União. EC n. 41/03
STF – contribuição para
saúde
As contribuições previdenciárias para
custeio de serviços de assistência
médica, hospitalar, odontológica, social e
farmacêutica não podem ser instituídos
de forma compulsória pelo Estado-
Membro por lhe faltar competência
constitucional para tanto. (ADI 3.106
STF)
Custeio tripartite

 Entes públicos
 Servidor público ativo
 Servidor público inativo (EC n.
41/03)
35
Fontes formais – normas constitucionais
- Constituição Federal (art. 40 da CF)

- EC n. 20, de 15.12.1998 - DOU de


16.12.1998
- EC n. 41, de 19.12.2003 – DOU de
31.12.2003
- EC n. 47, de 05.07.2005 – DOU de
06.07.2005.

36
-
Fontes formais – normas gerais
- Lei n. 9.717, de 27.11.1998 – DOU de
28.11.1998

- Lei 9.796, de 05.05.1999 – DOU de


06.05.1999

- Lei n. 10.887, de 18.06.2004 – DOU de


21.06.2004

37
Leis específicas de cada ente
federativo
- Lei n. 8.112, de 11.12.1990 –
DOU de 19.04.1991 - (servidor
público federal)

- Lei Complementar n. 64, de


25.03.2002 – DOE de 26.03.2002
- do Estado de Minas Gerais 38
Legislação revogada

Lei n. 1.711, DE 28 DE OUTUBRO


DE 1952 em vigor até a Lei n.
8.112/90

39
Lei n. 3.738, DE 4 DE ABRIL DE
1960.
Assegura pensão especial à viúva
de militar ou funcionário civil
atacada de tuberculose ativa,
alienação mental, neoplasia
malígna, cegueira, lepra, paralisia
ou cardiopatia grave
40
Lei n. 6.782, DE 19 DE MAIO DE
1980.
Equipara ao acidente em serviço a
doença profissional e as
especificadas em lei para efeito de
pensão especial e dá outras
providências.

41
Lei n. 3.373, DE 12 DE MARÇO
DE 1958.

Dispõe sôbre o Plano de


Assistência ao Funcionário e sua
Família, a que se referem os arts.
161 e 256 da Lei nº 1.711, de 28
de outubro de 1952, na parte que
diz respeito à Previdência. 42
Normas infralegais
Sujeição às normas do Ministério
da Previdência Social
Orientação Normativa
MPS/SPS n. 02, de 31.03.2009 –
DOU de 02.04.2009
Orientação Normativa
MPS/SPS n. 3, de 04.05.2009 –
DOU de 05.05.2009 43
- Portaria MPS n. 154, de
15.05.2008 – DOU de 16.05.2008

- Portaria MPS n. 402, de


10.12.2008 – DOU de 11.12.2008

44
Aplicação subsidiária das
normas do RGPS – EC n. 20/98
Art. 40 da CF (...)
§12. Além do disposto neste
artigo, o regime de previdência
dos servidores públicos titulares
de cargo efetivo observará, no
que couber, os requisitos e
critérios fixados para o regime
geral de previdência social. 45
Principais normas do RGPS
- Lei n. 8.212, de 24.07.1991 –
DOU de 25.07.1991
- Lei n. 8.213, de 24.07.1991 –
DOU de 25.07.1991
- Decreto 3.048, de 06.05.1999 –
DOU de 07.05.1999
- Lei n. 9.032, de 28.04.1995 –
DOU de 29.04.1995
46
- Lei n. 9.876, de 26.11.1999 – DU
de 29.11.1999
- Lei n. 10.666, de 08.05.2003 –
DOU de 09.05.2003
- IN. SRB n. 971, de 13.11.2009 -
custeio
- IN INSS/PRES 45, de 06.08.2010
- benefícios
47
Relativamente aos Estados e
Municípios, a Lei n. 8.112/90
pode ser aplicada a título de
analogia.

48
Supervisão e fiscalização do
RPPS

Ministério da Previdência Social –


Decreto 6.417, de 31 de março de
2008
Secretaria de Políticas da
Previdência Social – Departamento
dos Regimes de Previdência no
Serviço Público.
49
Lei n. 9.717/98

Art. 9º Compete à União, por intermédio do


Ministério da Previdência e Assistência
Social:
I - a orientação, supervisão e
acompanhamento dos regimes próprios de
previdência social dos servidores públicos e
dos militares da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios, e dos
fundos a que se refere o art. 6º, para o fiel
cumprimento dos dispositivos desta Lei; 50
Lei n. 9.717/98

Art. 9º Compete à União, por intermédio do


Ministério da Previdência e Assistência
Social:

II - o estabelecimento e a publicação dos


parâmetros e das diretrizes gerais previstos
nesta Lei.

51
Decreto 6.417/2008

Art. 7o À Secretaria de Políticas de


Previdência Social compete (...):
X - orientar, acompanhar e
supervisionar os regimes próprios
de previdência social dos
servidores públicos e dos militares
da União, dos Estados, do Distrito
Federal e dos Municípios; 52
XVII - coordenar e promover a
disseminação das políticas de
previdência social no âmbito do
Regime Geral, dos regimes
próprios de previdência social e de
saúde e segurança ocupacional; e

53
Art. 9o Ao Departamento dos Regimes
de Previdência no Serviço Público
compete:

I - coordenar, acompanhar,
supervisionar e auditar os regimes
próprios de previdência social dos
servidores públicos e dos militares da
União, dos Estados, do Distrito Federal
e dos Municípios;
54
X - fiscalizar as entidades e fundos
dos regimes próprios de
previdência social e suas
operações, com vistas ao
cumprimento da legislação, assim
como lavrar os respectivos autos
de infração.

55
Lei n. 9.717/98

Art. 2º (...)
§ 2º Os Estados, o Distrito Federal e
os Municípios encaminharão ao
Ministério da Previdência Social
demonstrativo das receitas e despesas
do respectivo regime próprio,
correspondente a cada bimestre, até
trinta dias após o seu encerramento,
na forma do regulamento
56
Lei n. 11.457, de 16.03.2007

Art. 11 (...)
§ 2o O Poder Executivo poderá fixar o
exercício de até 385 (trezentos e oitenta e
cinco) Auditores-Fiscais da Receita Federal do
Brasil no Ministério da Previdência Social ou
na Superintendência Nacional de Previdência
Complementar - PREVIC, garantidos os direitos
e vantagens inerentes ao cargo, lotação de
origem, remuneração e gratificações, ainda que
na condição de ocupante de cargo em
comissão ou função de confiança.
57
§ 3o Os Auditores-Fiscais da
Receita Federal do Brasil a que se
refere o § 2o executarão, em
caráter privativo, os
procedimentos de fiscalização
das atividades e operações das
entidades fechadas de previdência
complementar, de competência da
Previc, assim como das
entidades e fundos dos regimes
próprios de previdência social. 58
§ 4o No exercício da competência prevista no
§ 3o deste artigo, os Auditores-Fiscais da
Receita Federal do Brasil poderão,
relativamente ao objeto da fiscalização:
I - praticar os atos definidos na legislação
específica, inclusive os relacionados com a
apreensão e guarda de livros, documentos,
materiais, equipamentos e assemelhados;
II - examinar registros contábeis, não se lhes
aplicando as restrições previstas nos arts. 1.190
a 1.192 do Código Civil e observado o disposto
no art. 1.193 do mesmo diploma legal.
59
III - lavrar ou propor a lavratura de
auto de infração;
IV - aplicar ou propor a aplicação de
penalidade administrativa ao
responsável por infração objeto de
processo administrativo decorrente
de ação fiscal, representação,
denúncia ou outras situações
previstas em lei.
60
§ 5o Na execução dos procedimentos de
fiscalização referidos no § 3o, ao Auditor-
Fiscal da Receita Federal do Brasil é
assegurado o livre acesso às
dependências e às informações dos
entes objeto da ação fiscal, de acordo
com as respectivas áreas de competência,
caracterizando-se embaraço à fiscalização,
punível nos termos da lei, qualquer
dificuldade oposta à consecução desse
objetivo. (vide art. 45 da ON MPS n. 2 de
2009)
61
Regime Geral de
Previdência Social –
RGPS
- Regime de financiamento de repartição
simples

-Gerido pelo INSS – INSTITUTO


NACIONAL DO SEGURO SOCIAL
(autarquia federal)

- Arrecadação feita pela Secretaria da


Receita Federal do Brasil – Lei n.
11.457, de 16.03.2007 – DOU de
19.03.2007
- Compõe um dos subsistemas de
seguridade social (art. 194), além da
saúde (caráter gratuito e para todos –
Lei n. 8.080, de 19.09.1990) e da
assistência social (caráter gratuito e
destinado ao hipossuficiente – Lei n.
8.742, de 07.12.1993).

- O RGPS possui, porém, caráter


contributivo.
- Plano de Benefícios Definidos
estabelecido em uma única lei (Lei n.
8.213/91)

- Benefícios limitados ao teto de R$


3.691,74.

- Caráter compulsório para quem


trabalha (segurado obrigatório), mas
possibilidade de filiação do cidadão
que não trabalha (segurado
facultativo)
-Caráter institucional e não contratual
(não existe direito adquirido a regime
jurídico previdenciário).

-Natureza tributária das contribuições


previdenciárias e destinação específica
para o custeio dos benefícios do RGPS
(art. 167, XI, da CF).

-Responsabilidade subsidiária da União


(art. 16, parágrafo único, da Lei n.
8.212/91)
Custeio tripartite
• Empresas (totalidade das remunerações
pagas a pessoas físicas) – art. 195, I, “a”
da CF.
• Trabalhadores (remuneração) – art. 195,
II, da CF, sendo imunes as
aposentadorias e pensões. Somente o
salário-maternidade sofre tributação.
• Governo (contribuição da União – art. 16
da Lei n. 8.212/91 – FINANCIAMENTO
INDIRETO – Orçamento Fiscal)
Normas aplicáveis

- Competência privativa da União para


legislar sobre o RGPS

Constituição Federal: Art. 201 da CF

Emendas Constitucionais ns. 20/98, 41/03


e 47/05.
- Leis ns. 8.212/91 (custeio - PCSS)
e Lei n. 8.213/91 (benefícios -
PBPS)

- Decreto 3.048/99 – Regulamento


da Previdência Social - RPS
Regime de previdência dos
militares - RPSM
Regramento específico – não está
sujeito à previsão de aposentadoria
especial prevista no art. 40, §4º,
da CF.
Membros das Polícias Militares e
Corpos de Bombeiros Militares –
militares dos Estados e Distrito
Federal: art. 42 da CF.

Membros das Forças Armadas: art.


142, §3º, X, da CF (Marinha,
Exército e Aeronáutica).
A inatividade do militar tem dois
estágios: reserva remunerada – o
reservista pode ser convocado a
retomar o serviço ativo nas
situações previstas em lei.
Reforma – inatividade definitiva do
militar correspondente à
aposentadoria do RPPS.
“ Em consequência, as normas do RPPS
não se aplicam de forma obrigatório ao
RPSM, salvo o disposto no art. 40, §9º, da
CF, que se refere à contagem recíproca dos
tempos de contribuição federal, estadual,
distrital ou municipal.”

Regime Próprio de Previdência Social dos


Servidores Públicos - Marcelo Barroso Lima
Brito de Campos. p. 69
Lei n. 3.765, de 04 de maio de
1960

Lei n. 6.880, de 09 de dezembro de


1980

MP n. 2.215-10, de 31 de agosto
de 2001.
Regime de Previdência Privada
Complementar - RPC
Características
Caráter facultativo e contratual

 Regime de capitalização (regra


geral)

 Autonomia em relação ao RGPS


77
LC n. 109/01
Art. 68 (...)
§ 2o A concessão de benefício
pela previdência complementar
não depende da concessão de
benefício pelo regime geral de
previdência social.

78
-Submetido à fiscalização do Poder
Público
-Caráter supletivo ao regime geral
público
- Paridade contributiva quando o
patrocinador for estatal (art. 202,
§3º, da CF)

79
Normas aplicáveis

- Constituição Federal (art. 202


da CF)
- EC N. 20/98
- Lei Complementar n. 108, de
29.05.2001 – DOU de 30.05.2001
- (quando tem patrocínio estatal)
80
-Lei Complementar n. 109, de
29.05.2001 DOU de 30.05.2011 -
(Lei Básica da Previdência
Complementar)
-Lei n. 8.078, de 11.09.1990 –
DOU de 12.09.1990 (Código de
Defesa do Consumidor – Súmula
321 do STJ)
81
Entidades de Previdência
Complementar

• Entidades Abertas de Previdência


Complementar - EAPC

• Entidades Fechadas de
Previdência Complementar -
EFPC
Previdência complementar
privada fechada

Fundação ou sociedade civil, sem


fins lucrativos (§1º do art. 31 da
Lei Complementar n. 109/01)

83
Fiscalização
PREVIC – Superintendência
Nacional de Previdência
Complementar – autarquia de
natureza especial vinculada ao
Ministério da Previdência Social.

Lei n. 12.154, de 23.12.2009.


84
Normatização

Conselho Nacional de Previdência


Complementar – art. 13 da Lei n.
12.154, de 23.12.2009

85
Destinatários
1. Empregados de uma empresa
patrocinadora – ou grupo de empresas
– e aos servidores da União, Estados,
Municípios e Distrito Federal, suas
autarquias, fundações, sociedades de
economia mista e outras entidades
públicas, denominadas
patrocinadores.
86
2. Aos associados ou membros de
pessoas jurídicas de caráter
profissional, classista ou setorial,
denominadas instituidores
(OAB-PREV).

87
Previdência complementar
privada aberta

Sociedade anônima ou sociedade


seguradora autorizada a operar
exclusivamente no ramo vida (art.
36 da LC n. 109/01). Finalidade
lucrativa.

88
Fiscalização
SUSEP – Superintendência de
Seguros Privados (autarquia
federal vinculada ao Ministério da
Fazenda)

Art. 74 da LC n. 109/01

89
Órgão regulador

CNSP - Conselho Nacional de


Seguros Privados

90
Regime de Previdência
Complementar dos Servidores
Públicos

91
Art. 40, §§14 a 16 da CF – EC n.
20/98.

O servidor que ingressar após a


criação do fundo de pensão vai
contribuir até o teto do RGPS e se
quiser pode aderir à previdência
complementar (fundo de pensão)
92
- O fundo, de caráter público (EC
n. 41/03), deverá ser criado em
cada ente da federação e por lei
de iniciativa do Poder Executivo
(EC n. 41/03).

- Somente haverá a aplicação


para o servidor antigo se o
mesmo optar expressamente
pela sujeição ao fundo de pensão 93
- O cálculo da aposentadoria pelo
RPPS vai corresponder a uma
média aritmética limitada ao teto do
RGPS – Benefício Definido

- Já a complementação vai
depender da reserva matemática
acumulada. Plano de
contribuição definida (EC n.
41/03). 94
Projeto de Lei n. 1992/2007 –
FUNPRESP – Fundação de
Previdência Complementar do
Servidor Público Federal.

95
Princípios que regem os
RPPS
1 - Solidariedade
CF
Art. 3º Constituem objetivos
fundamentais da República
Federativa do Brasil:

I - construir uma sociedade livre,


justa e solidária;
Sistemas previdenciários –
regime de repartição simples.

Solidariedade – benefícios e
custeio – equação complexa.

EC n. 41/03 – solidariedade
entre ativos, inativos e ente
público.
Déficit – RPPS da União – 57
bilhões de reais para 2011.

Ano de 2010: déficit de 51


bilhões, dos quais 19 bilhões
para os servidores militares.

Número de assistidos: 950 mil


RGPS – déficit de 43 bilhões em
2011 para um universo de 24
milhões de segurados.
No âmbito dos regimes próprios
de previdência social estaduais,
segundo dados do MPS, houve
um registro de déficit de 31,13
bilhões em 2010.
Engessamento da folha de
pessoal: Lei de
Responsabilidade Fiscal

LC n. 101 de 04 de maio de
2000.
Art. 19. Para os fins do disposto
no caput do art. 169 da Constituição, a
despesa total com pessoal, em cada
período de apuração e em cada ente da
Federação, não poderá exceder os
percentuais da receita corrente líquida, a
seguir discriminados:
I - União: 50% (cinqüenta por cento);
II - Estados: 60% (sessenta por cento);
III - Municípios: 60% (sessenta por
cento).
§ 1o Na verificação do atendimento
dos limites definidos neste artigo,
não serão computadas as despesas:
(...)
VI - com inativos, ainda que por
intermédio de fundo específico,
custeadas por recursos provenientes:
a) da arrecadação de contribuições
dos segurados;
b) da compensação financeira de que
trata o § 9o do art. 201 da
Constituição;
c) das demais receitas diretamente
arrecadadas por fundo vinculado a tal
finalidade, inclusive o produto da
alienação de bens, direitos e ativos,
bem como seu superávit financeiro.
2 - Caráter contributivo

EC n. 20/98 – art. 40 CF

Servidores Federais – após a


EC n. 3 de 1993
Constituição Federal – EC n.
20/98

"Art. 40 - Aos servidores titulares de


cargos efetivos da União, dos
Estados, do Distrito Federal e dos
Municípios, incluídas suas
autarquias e fundações, é
assegurado regime de previdência
de caráter contributivo.”
Art. 195 (...) II - do trabalhador e
dos demais segurados da
previdência social, não incidindo
contribuição sobre
aposentadoria e pensão
concedidas pelo regime geral de
previdência social de que trata o
art. 201;
Art. 40 (...)
§ 12 - Além do disposto neste
artigo, o regime de previdência dos
servidores públicos titulares de
cargo efetivo observará, no que
couber, os requisitos e critérios
fixados para o regime geral de
previdência social.
CF – EC n. 41/01
Art. 40. Aos servidores titulares de
cargos efetivos da União, dos Estados,
do Distrito Federal e dos Municípios,
incluídas suas autarquias e fundações, é
assegurado regime de previdência de
caráter contributivo e solidário,
mediante contribuição do respectivo
ente público, dos servidores ativos e
inativos e dos pensionistas,
observados critérios que preservem o
equilíbrio financeiro e atuarial e o
disposto neste artigo.
§ 18. Incidirá contribuição sobre os
proventos de aposentadorias e pensões
concedidas pelo regime de que trata
este artigo que superem o limite
máximo estabelecido para os
benefícios do regime geral de
previdência social de que trata o art.
201, com percentual igual ao
estabelecido para os servidores titulares
de cargos efetivos.
3 - Equilíbrio financeiro e
atuarial – EC n. 20/98 – art.
40 da CF
Equilíbrio financeiro

Garantia de equivalência
entre as receitas auferidas e
as obrigações do RPPS em
cada exercício financeiro

(Art. 2º ON MPS n. 2/2009)


Equilíbrio atuarial

Garantia de equivalência, a valor


presente, entre o fluxo das receitas
estimadas e das obrigações
projetadas, apuradas atuarialmente,
a longo prazo.

(Art. 2º ON MPS n. 2/2009)


Deverá ser feita uma avaliação
atuarial inicial e reavaliações em
cada exercício financeiro para
organização e revisão do plano de
custeio e benefícios (art. 22 da ON
MPS n. 2 de 2009 e art. 1º, I, da Lei
n. 9.717/98).

Normas de Atuária definidas pela


Portaria MPS n. 403/2008.
LC n. 64/02 do Estado de Minas
Gerais

Art. 64 - O plano de benefícios dos


servidores públicos será avaliado
atuarialmente por profissionais
habilitados.
Parágrafo único Na avaliação de
que trata este artigo, serão
observadas as condições fixadas
na legislação em vigor, no que se
refere a:
I - métodos atuariais de custeio;
II - regimes financeiros;
III - tábuas biométricas;
IV - taxas de juros;
V - outras bases e parâmetros
técnico-atuariais.
4 - Princípio da
irredutibilidade do valor dos
benefícios.

Art. 114 da Lei n. 8.213/91:


impenhorabilidade e proibição
de mandatos irrevogáveis.
Constituição Federal

Art. 37 (...)
XV - o subsídio e os vencimentos dos
ocupantes de cargos e empregos
públicos são irredutíveis, ressalvado
o disposto nos incisos XI e XIV deste
artigo e nos arts. 39, § 4º, 150, II, 153,
III, e 153, § 2º, I
Art. 115 da Lei n. 8.213/91 – hipóteses
de descontos:

- Contribuições devidas pelo Segurado à


Previdência;
-- Imposto de Renda retido na Fonte
-- Pensão alimentícia decretada
judicialmente
-- Mensalidades de associações e
entidades desde que autorizadas por
seus filiados
Art. 115 da Lei n. 8.213/91 – hipóteses
de descontos:

- Empréstimo consignado, desde que


autorizado por seus filiados (Lei n.
11.718/2008)
-- Pagamentos de benefícios além do
devido:
-Má-fé: desconto integral
-Boa-fé: desconto parcelado até o
limite de 30% do valor do benefício.
Discussão quanto à irrepetibilidade
dos alimentos em caso de boa-fé do
servidor

Erro da administração – vedação de


cobrança do que foi pago a maior
(decisões do STJ)

Caso de tutela antecipada –


precedente desfavorável para os
servidores em caso de vantagem
salarial – RESP 1263480
LEI Nº 9.784 , DE 29 DE JANEIRO DE
1999

Art. 2º (...)
XIII - interpretação da norma
administrativa da forma que melhor
garanta o atendimento do fim público a
que se dirige, vedada aplicação
retroativa de nova interpretação.
Súmula nº 235 do TCU

Os servidores ativos e inativos, e os


pensionistas, estão obrigados, por força
de lei, a restituir ao Erário, em valores
atualizados, as importâncias que lhes
forem pagas indevidamente, mesmo que
reconhecida a boa-fé, ressalvados
apenas os casos previstos na Súmula nº
106 da Jurisprudência deste Tribunal
Súmula nº 106 do TCU

O julgamento, pela ilegalidade, das


concessões de reforma, aposentadoria e
pensão, não implica por si só a
obrigatoriedade da reposição das
importâncias já recebidas de boa-fé, até
a data do conhecimento da decisão pelo
órgão competente.
Lei n. 8.112/90 – Regra específica
sobre benefícios previdenciários

Art. 185 (...)


§ 2o O recebimento indevido de
benefícios havidos por fraude, dolo ou
má-fé, implicará devolução ao erário do
total auferido, sem prejuízo da ação
penal cabível.
ERRO DA ADMINISTRAÇÃO.
VALORES INDEVIDOS. DESCONTO
EM FOLHA. IMPOSSIBILIDADE.
PRECEDENTES. BOA-FÉ DO
SERVIDOR. (...)

Este Superior Tribunal de Justiça decidiu


pela irrepetibilidade dos valores
recebidos pelo servidor público, quando
constatada a boa-fé do beneficiado.

(STJ - AgRg no Ag 872745 / DF)


“No caso dos autos, antes que os valores
fossem pagos (gratificação de substituição), a
Administração comunicou a existência de erro
na geração da folha de pagamento e a
necessidade de restituição da quantia paga a
maior. Dessa forma, os servidores não foram
surpreendidos. Portanto, não há que falar em
boa-fé no recebimento da verba em questão,
tendo em vista que o erro foi constatado e
comunicado pela Administração antes que o
pagamento fosse efetivado e os valores
passassem a integrar o patrimônio dos
servidores.” (RMS 33.034-RS – STJ)
Lei n. 8.112/90
Art. 45. Salvo por imposição legal, ou
mandado judicial, nenhum desconto
incidirá sobre a remuneração ou
provento.
Parágrafo único. Mediante autorização
do servidor, poderá haver consignação
em folha de pagamento a favor de
terceiros, a critério da administração e
com reposição de custos, na forma
definida em regulamento.
Art. 46. As reposições e indenizações
ao erário, atualizadas até 30 de junho de
1994, serão previamente comunicadas
ao servidor ativo, aposentado ou ao
pensionista, para pagamento, no prazo
máximo de trinta dias, podendo ser
parceladas, a pedido do interessado.

§ 1o O valor de cada parcela não


poderá ser inferior ao correspondente
a dez por cento da remuneração,
provento ou pensão
§ 3o Na hipótese de valores recebidos
em decorrência de cumprimento a
decisão liminar, a tutela antecipada ou a
sentença que venha a ser revogada ou
rescindida, serão eles atualizados até a
data da reposição.
Art. 47. O servidor em débito com o
erário, que for demitido, exonerado ou
que tiver sua aposentadoria ou
disponibilidade cassada, terá o prazo de
sessenta dias para quitar o débito.

Parágrafo único. A não quitação do


débito no prazo previsto implicará sua
inscrição em dívida ativa.
Art. 48. O vencimento, a remuneração e
o provento não serão objeto de arresto,
seqüestro ou penhora, exceto nos casos
de prestação de alimentos resultante de
decisão judicial.
5 - Princípio da preservação do valor
real

É assegurado o reajustamento dos


benefícios para preservar-lhes, em
caráter permanente, o valor real,
conforme critérios estabelecidos em
lei.

Art. 40, §8º da CF.


“ O STF pacificou o entendimento de
que as parcelas que compõem os
proventos dos servidores podem ser
alteradas, renominadas, criadas ou até
extintas, desde que o seu valor nominal
não seja minorado. ” (TRF4, AC
89.04.03767-0, Segunda Turma, Relator
Maria Helena Rau de Souza, DJ
30/08/2006)
“A Lei n.º 9.527/97, em seu art. 15, § 1º,
transformou as parcelas de quintos/décimos,
já incorporadas, em vantagem pessoal
nominalmente identificada (VPNI), sujeita
exclusivamente à atualização quando da
revisão geral da remuneração dos servidores
públicos federais, independentemente dos
valores das funções em que incorporadas, as
quais, desse modo, poderiam ter reajustes ou
valores revistos diferenciada e
individualizadamente.” TRF DA 4ª REGIÃO.
EMBARGOS DE DECLARAÇÃO EM
APELAÇÃO CÍVEL Processo: 5002422-
35.2011.404.7110
6 - Garantia do salário mínimo

É vedada a concessão de proventos em


valor inferior a um salário mínimo.

(art. 76, I, ON MPS/SPS n. 2/2009 e §5º


do art. 1º da Lei n. 10.887/04)
STF

A garantia do salário mínimo, a que se


referem os artigos 7º, IV, e 39, § 3º, da
CF, corresponde ao total da
remuneração percebida pelo servidor e
não ao seu salário-base.

RE 497222 AgR
7 - Princípio da transparência

Pleno acesso dos segurados às


informações relativas à gestão do RPPS
(art. 1º, VI, da Lei n. 9.717/98).
Lei n. 10.887/04

Art. 9º A unidade gestora do regime próprio


de previdência dos servidores, prevista no
art. 40, § 20, da Constituição Federal:

III - disponibilizará ao público, inclusive por


meio de rede pública de transmissão de
dados, informações atualizadas sobre as
receitas e despesas do respectivo regime,
bem como os critérios e parâmetros
adotados para garantir o seu equilíbrio
financeiro e atuarial.
8 - Caráter democrático da gestão

Participação de representantes dos


servidores públicos e dos militares,
ativos e inativos, nos colegiados e
instâncias de decisão em que os seus
interesses sejam objeto de discussão e
deliberação. (art. 1º, VI, da Lei n.
9.717/98).
Lei n. 10.887/04
Art. 9º A unidade gestora do regime
próprio de previdência dos servidores,
prevista no art. 40, § 20, da Constituição
Federal:

I - contará com colegiado, com


participação paritária de representantes
e de servidores dos Poderes da União,
cabendo-lhes acompanhar e fiscalizar
sua administração, na forma do
regulamento;
Exemplo: FUNPEMG – Fundo de
Previdência do Estado de MG

CONSELHO DE ADMINISTRAÇÃO:

Representantes dos servidores ativos,


inativos dos Poderes Executivo,
Judiciário, Legislativo, Ministério Público
e Tribunal de Contas. A Presidência
cabe ao Presidente do IPSEMG –
Instituto de Previdência do Estado de
Minas Gerais.
Interpretação das
normas previdenciárias
• In dubio pro misero (interpretação
mais favorável no caso de
dúvida)

• Caráter alimentar dos benefícios


previdenciários – art. 100, §1º,
da CF.
Valoração do complexo
probatório
Diante da contradição de informações
apresentadas pela Administração no que diz
respeito à capacidade do agravante para o
trabalho, tenho que, nos pedidos de benefícios
previdenciários, se no contrapeso da prova
apresentada, instalar-se dúvida, poderá o Juiz
valer-se do princípio interpretativo do direito
previdenciário in dubio pro misero (TRF 5ª
Região, AC nº 79148). No mesmo sentido: TJ
SC - Apelação Cível n. 2010.070955-6
Regra in dubio pro misero:
“Havendo colisão entre preceitos
dos dois diplomas normativos,
deve prevalecer aquele mais
favorável ao trabalhador, em face
do caráter social do Direito
Previdenciário e da observância do
princípio in dubio pro misero. ”
REsp 412.351-RS 147
RESP 352414, DJ 13.10.03, STJ,
Relatora Min. Laurita Vaz, foi
propugnado o entendimento segundo o
qual “ a principiologia do direito
previdenciário permite uma
interpretação mais favorável ao
interesse do beneficiário, desde que
tal raciocínio não viole nenhuma
norma expressa, que venha a
restringir o direito invocado””.

148
“Na interpretação dos pedidos formulados em
sede previdenciária, sejam referentes ao
regime geral da Previdência Social, sejam
relacionados ao regime do servidor
público, deve-se ter em linha de visão a
hipossuficiência do requerente, razão pela
qual, ainda que não seja a peça vestibular
tecnicamente perfeita, deve o magistrado
adotar uma hermenêutica apartada de
formalismos estéreis que somente conduzem
a injustiças (...). Incidente, na hipótese, a
denominada interpretação pro misero.
(EDAC 1999.01.00.041013-1/MG . TRF 1a
Região.)
ON MPS/SPS n. 02/2009

Art. 86 (...)
§ 2º O recebimento do abono de permanência
pelo servidor que cumpriu todos os requisitos
para obtenção da aposentadoria voluntária, com
proventos integrais ou proporcionais, em
qualquer das hipóteses previstas nos arts. 58,
67 e 81, conforme previsto no caput e § 1º, não
constitui impedimento à concessão do benefício
de acordo com outra regra vigente, inclusive as
previstas nos arts. 68 e 69, desde que
cumpridos os requisitos previstos para
essas hipóteses, garantida ao segurado a
opção pela mais vantajosa. 150
ON MPS/SPS n. 02/2009
Art. 77. Na ocorrência das hipóteses
previstas para concessão de
aposentadoria compulsória ou por
invalidez a segurado que tenha
cumprido os requisitos legais para
concessão de aposentadoria voluntária
em qualquer regra, o RPPS deverá
facultar que, antes da concessão da
aposentadoria de ofício, o servidor,
ou seu representante legal, opte pela
aposentadoria de acordo a regra mais
vantajosa. 151
Opção de aposentadoria mais vantajosa em
caso de servidor já aposentado que
ingressou em cargo inacumulável antes da
EC n. 20/98.

(ON MPS/SPS n. 02/2009 – art. 77, §4º)

152
IN n. 45 de 2010 do INSS

Art. 425. O titular de benefício de


prestação continuada e de renda mensal
vitalícia que vier a requerer benefício
previdenciário, deverá optar
expressamente por um dos dois
benefícios, cabendo ao servidor do INSS
esclarecer qual o benefício mais
favorável para o beneficiário.

153
JR/CRPS - ENUNCIADO Nº 5

"A Previdência Social deve conceder o


melhor benefício a que o segurado fizer
jus, cabendo ao servidor orientá-lo nesse
sentido.”

154
“ Assim, significa que o servidor a ser
transferido para a inatividade
compulsoriamente, porquanto completou a
idade limite estabelecida na Constituição,
poderá optar pela regra que lhe for mais
favorável, o que resulta da incidência do
princípio da razoabilidade, conquanto não
seria lógico que alguém por ter
permanecido mais tempo em atividade
fosse prejudicado, quando poderia ter-se
aposentado há décadas.” Servidor Público
– Questões Polêmicas – Editora Forum –
Jamile Sayd Org. p. 30 155
Direito adquirido no Direito
Previdenciário

156
Art. 5º, XXXVI, CF (cláusula
pétrea).

Súmula n. 359 do STF:


“ressalvadas a revisão prevista em
lei, os proventos da inatividade
regulam-se pela lei vigente ao
tempo em que o militar, ou o
servidor civil, reuniu os requisitos
necessários”. 157
EC n. 20/98
Art. 3º - É assegurada a concessão de
aposentadoria e pensão, a qualquer
tempo, aos servidores públicos e aos
segurados do regime geral de
previdência social, bem como aos seus
dependentes, que, até a data da
publicação desta Emenda, tenham
cumprido os requisitos para a
obtenção destes benefícios, com
base nos critérios da legislação então
vigente. Idem art. 3º da EC n. 41/03
158
EC n. 20/98

Art. 3º (...) § 2º - Os proventos da


aposentadoria a ser concedida aos
servidores públicos referidos no "caput", em
termos integrais ou proporcionais ao tempo
de serviço já exercido até a data de
publicação desta Emenda, bem como as
pensões de seus dependentes, serão
calculados de acordo com a legislação em
vigor à época em que foram atendidas as
prescrições nela estabelecidas para a
concessão destes benefícios ou nas
condições da legislação vigente. 159
ON MPS n. 2 de 2009

Art. 81. É assegurada a concessão de


aposentadoria e pensão a qualquer tempo,
aos segurados e seus dependentes que,
até 31 de dezembro de 2003, tenham
cumprido os requisitos para a obtenção
destes benefícios, com base nos critérios
da legislação então vigente, observado o
disposto no inciso XI do art. 37 da
Constituição Federal.

160
Parágrafo único. Os proventos da aposentadoria
a ser concedida aos segurados referidos no
caput, em termos integrais ou proporcionais ao
tempo de contribuição já exercido até 31 de
dezembro de 2003, bem como as pensões de
seus dependentes, serão calculados de acordo
com a legislação em vigor à época em que
foram atendidas as prescrições nela
estabelecidas para a concessão desses
benefícios ou nas condições da legislação
vigente, conforme opção do segurado.

161
Art. 82. No cálculo do benefício concedido
de acordo com a legislação em vigor à
época da aquisição do direito, será
utilizada a remuneração do servidor no
cargo efetivo no momento da concessão
da aposentadoria.

162
Parágrafo único. Em caso de utilização de
direito adquirido à aposentadoria com
proventos proporcionais, considerar-se-á o
tempo de contribuição cumprido até 31 de
dezembro de 2003, observando-se que o
cômputo de tempo de contribuição
posterior a essa data, somente será
admitido para fins de cumprimento dos
requisitos exigidos para outra regra
vigente de aposentadoria, com proventos
integrais ou proporcionais
163
Conceitos

Direito adquirido

Exercício do direito adquirido

Expectativa de direito: regras de


transição
164
Conclusões
Não há direito adquirido a regime
jurídico previdenciário;
O direito adquirido não se
confunde com o seu exercício;
É preciso preencher TODOS os
requisitos;
Nem mesmo emenda
constitucional pode afetar direito
adquirido - irretroatividade; 165
Conclusões

O direito à contagem de tempo


para fins previdenciários não se
confunde com o direito ao benefício
previdenciário propriamente dito –
Exemplo – exercício de atividades
insalubres.
O direito adquirido pode ser
exercido a qualquer tempo. O
perecimento é somente das
mensalidades. 166
Exemplo

Vedação de contagem de tempo


ficto

Art. 40, §10, da CF – regra


introduzida somente como advento
da EC n. 20, de 15.12.1998

Possibilidade cômputo das férias


prêmio não gozadas em dobro. 167
Com relação às licenças prêmio, caso o
servidor não as utilize no cálculo da
aposentadoria, haverá direito à
indenização, não havendo de se falar
em prescrição. Não há incidência de
Imposto de Renda sobre a verba
indenizatória. A prescrição quinquenal
começa a contar, contudo, a partir da
aposentadoria ou falecimento.
168
STF
Em matéria previdenciária, a
jurisprudência do Supremo Tribunal
Federal firmou-se no sentido de que a
lei de regência é a vigente no tempo de
concessão do benefício (tempus regit
actum). II - Inexiste direito adquirido a
determinado regime jurídico, razão pela
qual não é lícito ao segurado conjugar
as vantagens do novo sistema com
aquelas aplicáveis ao anterior. (AI
816921 AgR / RS) 169
STF
“Como afirmado na decisão agravada, a
jurisprudência do Supremo Tribunal
Federal assentou que não há direito
adquirido a regime jurídico e que, na
transposição do regime celetista para o
estatutário, é possível que haja
diminuição ou supressão de
gratificações e vantagens, desde que
não acarrete redução nominal dos
vencimentos.” RE 599618 ED
170
STF
“Incabível incorporação aos proventos
de servidor público do valor referente às
horas extras auferido antes da
conversão de regime de celetista para
estatutário.” AI 697499 AgR / MT

171
STF
Os preceitos dos §§ 4º e 5º do artigo 40
da Constituição do Brasil, em sua
redação originária, não se aplicam ao
servidor submetido ao regime da CLT,
que se aposentou ou faleceu antes do
advento da Lei n. 8.112/90.
Precedentes.
RE 338454 AgR-ED / PR

172
Retroatividade da norma
Não se admite a retroatividade, exceto
se houver previsão legal expressa nesse
sentido.

Precedência da fonte de custeio.

RE 415454 / SC - STF

173
STJ
Não se admite a retroatividade, exceto
O direito à pensão é regido pela lei
vigente à data do óbito do instituidor do
benefício e, portanto, os benefícios
previdenciários concedidos em
momento anterior à edição de nova
norma, ainda que mais benéfica,
deverão respeitar os preceitos até então
instituídos, ou seja, a novel legislação
somente pode ser aplicada às
concessões efetuadas sob sua vigência.
REsp 859361 / RS 174
Regra de transição para servidor que
tomou posse em cargo inacumulável
após mudanças constitucionais

Lei n. 8.112/90

Art. 33. A vacância do cargo público


decorrerá de: (...)

VIII - posse em outro cargo


inacumulável;
175
PARECER AGU Nº 013, de 11 de
dezembro de 2000 – caráter normativo
“As normas regedoras dessa acumulação
indicam a necessidade de o servidor
empossado solicitar a exoneração do cargo
então ocupado, revestindo-se o respectivo
ato do caráter meramente declaratório da
desinvestidura, ou seja, tem efeitos
retrocessivos à data em que se dá a posse.
Imprescindível a iniciativa do servidor em
solicitá-la, a quem cabe o juízo sobre o
término de sua condição de titular do cargo
ou a prática da acumulação proibida.
176
A posse e a exoneração, atinentes a
cargos considerados como insuscetíveis
de acumulação, que envolvem a mesma
ou diferentes unidades federativas,
ainda que ulteriores à Emenda, não
elidem a então condição de servidor
público, desde que a vacância seja
conseqüente da nova investidura, como
ponderado no item 10 e seguintes deste
expediente, ou, se assim não ocorrer, os
efeitos de ambas vigorem a partir de
uma mesma data.
177
A posse e a exoneração, cujos efeitos
vigem a partir de uma mesma data,
mesmo que envolvendo diferentes
segmentos federativos, não
proporcionam descontinuidade na
qualidade de servidor público, de modo
a elidir o amparo do art. 3º da Emenda
Constitucional n. 20, de 1998.”

178
Aplicação das regras de transição caso
o servidor seja egresso de emprego
público da Administração Indireta
quando a norma menciona “que tenha
ingressado no serviço público até a
data da publicação desta Emenda” ”.

179
Súmula nº 246 do TCU - O fato de o
servidor licenciar-se, sem vencimentos,
do cargo público ou emprego que
exerça em órgão ou entidade da
administração direta ou indireta não o
habilita a tomar posse em outro cargo
ou emprego público, sem incidir no
exercício cumulativo vedado pelo artigo
37 da Constituição Federal, pois que o
instituto da acumulação de cargos se
dirige à titularidade de cargos, empregos
e funções públicas, e não apenas à
percepção de vantagens pecuniárias. 180
“Na verdade, o servidor comunica tal fato no
próprio documento em que solicita a
vacância para a investidura em cargo
inacumulável. A Administração Pública ao
tomar oficialmente conhecimento do fato irá
reconhecer a situação de inacumulabilidade,
no próprio ato de deferimento do pedido de
afastamento para o exercício de um cargo
inacumulável, e deste modo estará
preservada a possibilidade de que o servidor
possa se valar da prerrogativa de
recondução.” (Servidor Público – Questões
Polêmicas – Editora Forum – Jamile Sayd
Org. pag. 96). 181
“(...) se peço licença para tomar posso em
novo cargo, em virtude de aprovação em
concurso, a vacância será declarada pela
Administração Pública daquele cargo, e
esta vacância é condicional, porque não se
consolida de imediato, conforme
entendimento do STF, ou seja, já um
desligamento progressivo desse servidor
em relação àquele órgão, até que seja
confirmado no cargo que ele assumiu
posteriormente. ” (Servidor Público –
Questões Polêmicas – Editora Forum –
Jamile Sayd Org. p. 133” ”.
182
Lei n. 8.112/90
Art. 20 (...)
§ 2o O servidor não aprovado no estágio
probatório será exonerado ou, se estável,
reconduzido ao cargo anteriormente
ocupado, observado o disposto no
parágrafo único do art. 29.

Art. 29 (...)
Parágrafo único. Encontrando-se provido o
cargo de origem, o servidor será
aproveitado em outro, observado o
disposto no art. 30. 183
ON MPS n. 2 de 2009

Art. 70. Na fixação da data de ingresso


no serviço público, para fins de
verificação do direito de opção pelas
regras de que tratam os arts. 68 e 69,
quando o servidor tiver ocupado, sem
interrupção, sucessivos cargos na
Administração Pública direta, autárquica
e fundacional, em qualquer dos entes
federativos, será considerada a data da
investidura mais remota dentre as
ininterruptas. 184
STJ

“ O conceito de funcionário público


abarca todos os servidores que prestam
serviços às entidades públicas, sejam
elas da administração direita ou indireta,
integrantes da Administração pública,
sendo irrelevante o regime jurídico a que
estão submetidos. sp 801122 / DF

185
As restrições inerentes ao funcionário
público estatutário são impostas ao
servidor público celetista, da
administração indireta, como, por
exemplo, a vedação constitucional de
acumulação remunerada de cargo,
funções ou empregos (art. 37, XVII, da
Carta Magna de 1.988), denotando que
servidor público é aquele que serve a
Administração Pública. (REsp 801122
/DF)
186
STJ
“ É regra de hermenêutica jurídica,
consagrada na doutrina e na
jurisprudência, a assertiva de que ao
intérprete não cabe distinguir quando a
norma não distingue, sendo
inconcebível interpretação restritiva em
sede de direito de natureza social.”

RESP 194.217/PE
187
“ EC n. 41/03 fala em ingresso do
serviço público, não fala em quais
condições. Assim, como o princípio da
taxatividade tem incidência para impedir
uma interpretação ampliativa de
qualquer regra constitucional, ele
também tem incidência para impedir
qualquer interpretação restritiva de
dispositivo constitucional. (...) a lei fala
em servidor público, não expressando
qual a condição deste.” Servidor Público
– Questões Polêmicas – Editora Forum
– Jamile Sayd Org. p. 34 188
“Apesar de inexistir menção expressa a
respeito, o servidor em tal situação deve
ter seu direito resguardado, ou seja, ainda
poderá usufruir as regras transitórias, já
que a referência da reforma é sempre feita
ao servidor que tenha ingressado nos
quadros do serviço público até sua
publicação, sendo irrelevante se este se
deslocou dentro da estrutura do Poder
Público. Não havendo solução de
continuidade, não há motivo para criar-se
uma distinção que não existe na CF. ”
Curso de Direito Previdenciário. Fabio
Zambitte Ibrahim. Pag. 747 189
“Os institutos da vacância e da recondução
têm por finalidade garantir ao servidor público
federal sua permanência da esfera do serviço
público, sem, como isso, tolher o inalienável
direito de buscar sua evolução profissional. 3.
Sob pena de afronta ao princípio da isonomia,
deve a regra dos arts. 29, I, e 33, VIII, da Lei
8.112/90 ser estendida às hipóteses em que o
o servidor público pleiteia a declaração de
vacância para ocupar emprego público
federal, garantindo-lhe, por conseguinte,
se necessário, sua recondução ao cargo
de origem.” (STJ - REsp 817061 / RJ)
190
“ O Supremo Tribunal Federal tem
reconhecido o direito à recondução,
independentamente da esfera do
governo, por ser uma a Administração,
embora os órgãos públicos não venham
reconhecendo esse mesmo direito na
via administrativa.”

Servidor Público – Questões Polêmicas


– Jamile Sayd Org. p. 273
191
Destinatários do RPPS
Emenda Constitucional n.
20/98
Aplicável somente aos servidores
titulares de cargos efetivos da União,
Estados, Municípios e Distrito
Federal, incluídas suas autarquias e
fundações, inclusive magistrados,
membros do MP e Tribunal de Contas
(cargos vitalícios).

193
Conceitos
Cargos públicos: regido pelo
Estatuto dos Servidores Públicos

Cargo efetivo: provido mediante


concurso público

Cargo em comissão: de livre


nomeação e exoneração.
194
Função comissionada ou função de
confiança: atribui-se a servidor
efetivo mais algumas atribuições –
direção, chefia e assessoramento (art.
37, V, da CF).

Emprego público: regime pela CLT.


Necessidade de concurso público (art.
37, II, da CF).
195
Cargo temporário: contrato temporário
submetido regime especial. Há uma
seleção pública, sem necessidade de
concurso público (art. 37, IX, da CF) –
atender a necessidade temporária de
excepcional interesse público.
Lei n. 8.745 de 09.12.1993

Exemplo: servidores contratados como


pesquisadores do IBGE.
196
Cargos efetivos: nomeados mediante
concurso público de provas ou de provas e
títulos – art. 10 da Lei n. 8.112/90

Não confundir com o instituto da


estabilidade (3 anos de efetivo exercício
após alteração da EC 41/03).

Com a posse no cargo efetivo, emerge a


relação jurídica previdenciária com o ente
federativo (arts. 7º e 13 da Lei n. 8.112/90) e
não com o exercício. 197
Regime previdenciário X Regime de
trabalho

Nem todo servidor público estatutário


encontra-se vinculado ao RPPS

198
Servidor público federal ocupante de cargo
em comissão:

Regime de trabalho estatuário (Lei n.


8.112/90) - União Federal X Servidor
Público

Regime previdenciário (Lei n. 8.213/91) –


INSS X Segurado

199
Até 15.12.1998 o RPPS poderia
amparar servidor ocupante
exclusivamente de cargo em
comissão, cargo temporário, emprego
público ou mandato eletivo – ON
MPS/SPS n. 2/2009 – art. 11, §1º.

200
Lei n. 8.112/90
Art. 183 (redação atual)
§ 1o O servidor ocupante de cargo em
comissão que não seja,
simultaneamente, ocupante de cargo
ou emprego efetivo na administração
pública direta, autárquica e fundacional
não terá direito aos benefícios do
Plano de Seguridade Social, com
exceção da assistência à saúde.
201
Também fica garantido o RPPS ao servidor
estável abrangido pelo art. 19 do ADCT e o
admitido até 05.10.1998, que não tenha
cumprido naquela data o tempo previsto
para a aquisição da estabilidade no serviço
público (art. 12 ON MPS/SPS n. 2/2009).

É que preconiza também o Parecer n. 30,


de 03 de Abril de 2003 da Advocacia Geral
da União.

202
Cargo efetivo
Conjunto de atribuições, deveres e
responsabilidades específicas
definidas em estatutos dos entes
federativos cometidas a um servidor
público aprovado por meio de
concurso público de provas ou de
provas e títulos (ON MPS n. 02/2009
– art. 2º, VI)
203
Constituição Federal
Art. 40. Aos servidores titulares de cargos
efetivos da União, dos Estados, do
Distrito Federal e dos Municípios,
incluídas suas autarquias e fundações, é
assegurado regime de previdência de
caráter contributivo e solidário, mediante
contribuição do respectivo ente público,
dos servidores ativos e inativos e dos
pensionistas, observados critérios que
preservem o equilíbrio financeiro e
atuarial e o disposto neste artigo.
Não amparam os servidores que
ocupam, exclusivamente, cargos
em comissão, ocupantes de
mandatos eletivos e, ainda, os
contratados por tempo determinado
em razão de excepcional interesse
público.
Constituição Federal
Art. 40. (...)
§ 13 - Ao servidor ocupante,
exclusivamente, de cargo em
comissão declarado em lei de
livre nomeação e exoneração
bem como de outro cargo
temporário ou de emprego
público, aplica-se o regime
geral de previdência social. 206
Lei n. 8.213/91
Art. 11. São segurados obrigatórios da
Previdência Social as seguintes
pessoas físicas:
I - como empregado:
g) o servidor público ocupante de cargo
em comissão, sem vínculo efetivo
com a União, Autarquias, inclusive
em regime especial, e Fundações
Públicas Federais. (Incluída pela Lei
nº 8.647, de 1993)
207
Polêmica envolvendo a efetivação
de servidores não concursados –
ocupantes de função pública

208
Lei Complementar n. 100, de 2007 do
Estado de Minas Gerais

Art. 7º Em razão da natureza


permanente da função para a qual
foram admitidos, são titulares de cargo
efetivo, nos termos do inciso I do art. 3º
da Lei Complementar nº 64, de 2002,
os servidores em exercício na data da
publicação desta lei, nas seguintes
situações:

209
V - de que trata a alínea "a" do § 1º do
art. 10 da Lei nº 10.254, de 1990,
admitidos após 16 de dezembro de
1998 e até 31 de dezembro de 2006,
desde a data do ingresso.

210
Lei n. 10.254 de 20.07.1990 - MG
Art. 10- Para suprir a comprovada
necessidade de pessoal, poderá haver
designação para o exercício de função
pública, nos casos de:
§ 1º- A designação para o exercício
da função pública de que trata este
artigo somente se aplica nas hipóteses
de cargos de:
a) Professor, para regência de classe,
Especialista em Educação e Serviçal,
para exercício exclusivo em unidade
estadual de ensino; 211
Se um ente público faz
também opção pela CLT como
regime de trabalho, o servidor
será considerado empregado
público e sujeito ao RGPS,
especialmente após a EC n. 19
acabou com a unidade com o
regime de trabalho.
212
“ O servidor público não efetivo
detentor apenas de cargo em
comissão aposentado após o
advento da EC 20/98 não tem direito
à aposentadoria estatutária, sendo
regido pelo Regime Geral de
Previdência Social, nos termos do
artigo 40, § 13, da CF/88”

(STF - AI 578.458-AgR)
213
Quando houver acumulação de
cargo efetivo com cargo em
comissão, com exercício
concomitante e
compatibilidade de horários,
haverá o vínculo e o
recolhimento ao RPPS, pelo
cargo efetivo e, ao RGPS, pelo
cargo em comissão (art. 11,
§4º, da ON MPS/SPS n.
2/2009) 214
CF
Art. 37 (...)
V - as funções de confiança,
exercidas exclusivamente por
servidores ocupantes de cargo
efetivo, e os cargos em comissão, a
serem preenchidos por servidores de
carreira nos casos, condições e
percentuais mínimos previstos em lei,
destinam-se apenas às atribuições de
direção, chefia e assessoramento
215
CF

“O vínculo do servidor efetivo que


ocupa as funções comissionadas do
cargo, ou mera função, continua
sendo o mesmo, entretanto, ele passa
a ter as atribuições da função
comissionada. ” Servidor Público –
Questões Polêmicas – Editora Forum –
Jamile Sayd Org. p. 50

216
Pode ocorrer, entretanto, nas
hipóteses de constitucionais
cargos acumuláveis, que o
servidor seja nomeado para
um cargo efetivo e nomeado
para um cargo em comissão.

217
A vinculação do servidor ao
RPPS dar-se-á pelo exercício
das atribuições do cargo de
que é titular, nos limites da
carga horária que a legislação
local fixar (art. 14 ON
MPS/SPS n. 2/2009).
218
Caso haja ampliação legal e
permanente da carga horária
do servidor configurando
mudança no cargo efetivo, ele
terá que cumprir os requisitos
para a aposentadoria neste
novo cargo (art. 14, §1º, ON
MPS/SPS n. 2/2009).
219
Se houver desempenho de
atividades ou cargo em outro
turno, sem previsão na
legislação, o servidor será
vinculado ao RGPS pelo
exercício concomitante desse
novo cargo (art. 14, §2º, ON
MPS/SPS n. 2/2009).
220
O servidor titular de cargo efetivo
amparado por RPPS, nomeado
para o exercício de cargo em
comissão, continua vinculado
exclusivamente a este regime
previdenciário, não sendo
devidas contribuições ao RGPS
sobre a remuneração deste
cargo em comissão. (art. 11,
§3º, da ON MPS/SPS n.
2/2009) 221
TRF da 1ª Regiao
Após a EC 20/1998, que acrescentou o §
13 ao art. 40 da Constituição Federal, os
servidores ocupantes de cargo em
comissão sem vínculo empregatício com a
Administração, assim como os ocupantes
de cargos temporários, passaram a ser
obrigados a contribuir para o Regime Geral
de Previdência Social. AC 0037886-
51.1999.4.01.3800/MG
Lei n. 8.213/91
Art. 12. O servidor civil ocupante de
cargo efetivo ou o militar da União, dos
Estados, do Distrito Federal ou dos
Municípios, bem como o das respectivas
autarquias e fundações, são excluídos
do Regime Geral de Previdência Social
consubstanciado nesta Lei, desde que
amparados por regime próprio de
previdência social.
Decreto 3.048/99
Art. 19-A. Para fins de benefícios de que trata
este Regulamento, os períodos de vínculos
que corresponderem a serviços prestados na
condição de servidor estatutário somente
serão considerados mediante apresentação
de Certidão de Tempo de Contribuição
fornecida pelo órgão público competente,
salvo se o órgão de vinculação do servidor
não tiver instituído regime próprio de
previdência social.

224
Lei n. 8.213/91
Art. 12 (...)
§ 1o Caso o servidor ou o militar venham
a exercer, concomitantemente, uma ou
mais atividades abrangidas pelo Regime
Geral de Previdência Social, tornar-se-
ão segurados obrigatórios em relação a
essas atividades. Vide: art. 10, §2º, do
Decreto 3.048/99.
225
Lei n. 8.213/91
Art. 12 (...)
§ 2o Caso o servidor ou o militar,
amparados por regime próprio de
previdência social, sejam requisitados
para outro órgão ou entidade cujo
regime previdenciário não permita a
filiação, nessa condição, permanecerão
vinculados ao regime de origem,
obedecidas as regras que cada ente
estabeleça acerca de sua
contribuição. Vide: Art. 10, §1º, D.
3.048/99. 226
“É indevida a exigência de contribuição
previdenciária para o Regime Geral de
Previdência Social, no caso de
servidores cedidos à sociedade de
economia mista ou empresa pública
para o exercício de cargo em comissão
ou função de confiança, se resta
incólume sua vinculação ao regime
previdenciário com o órgão de origem.”
STJ - REsp 989581 / RS
227
Mesmo se um ocupante de
mandato eletivo não puder exercer
o cargo público por
incompatibilidade de horários, não
se afastará do seu regime
previdenciário próprio e continuará
a ele contribuindo, cujos valores,
contudo, serão apurados com base
na sua remuneração de servidor.
228
O segurado de RPPS, investido de
mandato de Vereador, que exerça,
concomitantemente, o cargo efetivo
e o mandato filia-se ao RPPS, pelo
cargo efetivo, e ao RGPS, pelo
mandato eletivo (art. 13, §2º, ON
MPS/SPS n. 2/2009).

229
Lei n. 8.112/90

Art. 94. Ao servidor investido em


mandato eletivo aplicam-se as
seguintes disposições: (...)

§ 1o No caso de afastamento do
cargo, o servidor contribuirá para a
seguridade social como se em
exercício estivesse.
230
Constituição Federal

Art. 38. Ao servidor público da


administração direta, autárquica e
fundacional, no exercício de mandato
eletivo, aplicam-se as seguintes
disposições (...)

IV - em qualquer caso que exija o


afastamento para o exercício de mandato
eletivo, seu tempo de serviço será contado
para todos os efeitos legais, exceto para
promoção por merecimento; 231
V - para efeito de benefício
previdenciário, no caso de
afastamento, os valores serão
determinados como se no exercício
estivesse.

232
ENUNCIADO N. 6 - CRPS

O ingresso do segurado em regime


próprio de previdência pelo mesmo
emprego, importa a sua exclusão
automática da Previdência Social para o
qual não pode contribuir como
facultativo.

233
Decreto 3.048/99
Art. 11 (...)
§ 2º É vedada a filiação ao Regime
Geral de Previdência Social, na
qualidade de segurado facultativo, de
pessoa participante de regime próprio
de previdência social, salvo na
hipótese de afastamento sem
vencimento e desde que não
permitida, nesta condição, contribuição
ao respectivo regime próprio. Vide art.
201, §5º, da CF – EC n. 20/98.
234
IN n. 45 de 2010 do INSS

Art. 36. Para o servidor público


aposentado, qualquer que seja o regime
de Previdência Social a que esteja
vinculado, não será permitida a filiação
facultativa no RGPS.

235
O aposentado do RPPS que venha a
exercer cargo em comissão, cargo
temporário, emprego público ou
mandato eletivo vincula-se ao RGPS
(art. 11, §3º, da ON n. 2/2009 SPS/MPS)

236
Entende-se, portanto, que o aposentado
do RPPS pode exercer cargo
temporário, embora não previsto
expressamente no § 10 do art. 37 da
CF:

237
Art. 37 (...)
§ 10. É vedada a percepção simultânea
de proventos de aposentadoria
decorrentes do art. 40 ou dos arts. 42 e
142 com a remuneração de cargo,
emprego ou função pública,
ressalvados os cargos acumuláveis
na forma desta Constituição, os
cargos eletivos e os cargos em
comissão declarados em lei de livre
nomeação e exoneração.
238
ENTENDIMENTO JURISPRUDENCIAL
“Com a alteração, por comando constitucional,
do regime previdenciário para os servidores
não titulares de cargo efetivo, correta a
sujeição daqueles ocupantes de cargo
exclusivamente em comissão, como é o
caso da impetrante, às regras do Regime
Geral da Previdência Social. (...) A
contribuição para o Instituto de Previdência
Estadual não lhe garante o direito de obter
benefícios previdenciários estendidos
somente aos servidores efetivos”. (TJMG.
Ap. Cível n. 2004.38.00.793088-7 )
Lei n. 8.212/91

Art. 15. Considera-se:


I - empresa - a firma individual ou
sociedade que assume o risco de
atividade econômica urbana ou
rural, com fins lucrativos ou não,
bem como os órgãos e
entidades da administração
pública direta, indireta e
fundacional; 240
Lei n. 8.212/91

Art. 12. São segurados


obrigatórios da Previdência Social
as seguintes pessoas físicas:

I - como empregado:

241
g) o servidor público ocupante de cargo
em comissão, sem vínculo efetivo com
a União, Autarquias, inclusive em
regime especial, e Fundações Públicas
Federais; (Alínea acrescentada pela
Lei n° 8.647, de 13.4.93)

j) o exercente de mandato eletivo


federal, estadual ou municipal, desde
que não vinculado a regime próprio de
previdência social; (Incluído pela Lei nº
10.887, de 2004).
242
Lei n. 8.212/91
Art. 33 (...)
§ 5º O desconto de contribuição e de
consignação legalmente autorizadas
sempre se presume feito oportuna e
regularmente pela empresa a isso
obrigada, não lhe sendo lícito alegar
omissão para se eximir do
recolhimento, ficando diretamente
responsável pela importância que
deixou de receber ou arrecadou em
desacordo com o disposto nesta Lei. 243
Agente político

O exercente de mandato eletivo federal,


estadual ou municipal, desde que não
vinculado a regime próprio de
previdência social (agentes políticos)

Previsão trazida pela Lei n. 9.506/97


(art. 13), que extinguiu o Instituto de
Previdência dos Congressistas (IPC).
244
A Resolução nº 26 do Senado Federal,
de 21 de Junho de 2005, suspendeu a
execução de tal dispositivo legal, tendpo
em vista a declaração de
inconstitucionalidade do Supremo
Tribunal Federal, nos autos do Recurso
Extraordinário nº 351.717-1.

245
Tornou-se obrigatória a filiação somente
com o advento da Lei n. 10.887, de 18
de junho de 2004, publicada em 21 de
junho de 2004, com eficácia a partir de
19 de setembro de 2004.

Antes deste período é possível requerer


a restituição dos valores cobrados
indevidamente a título de contribuições
previdenciárias, desde que não
prescritas. 246
Portaria MPS n. 133, de 02.05.2006

Regulamenta a possibilidade de o
ocupante do mandato eletivo requerer o
cômputo do tempo controvertido, sem
direito à restituição do valor descontado
ou mesmo recolher as contribuições
como facultativo no período de 1º de
fevereiro de 1998 a 18 de setembro de
2004
247
Opções:

I - manter como contribuição somente o


valor retido, considerando-se como
salário-de-contribuição no mês o valor
recolhido dividido por 0,2 (dois
décimos); ou

Exemplo: recolhimento de R$ 150,00 =


R$ 750,00 de salário de contribuição, ou
seja, como se fosse 20% como este
salário.
248
Opções:

II - considerar o salário-de-contribuição
pela totalidade dos valores percebidos
do ente federativo, complementando os
valores devidos à alíquota de 20% (vinte
por cento), com acréscimo de juros e
multa de mora.

249
Indenização

Em qualquer período antes de 2004, o


ocupante de mandato eletivo pode
solicitar a indenização nos termos do
art. 45-A da Lei n. 8.212/91.

Polêmica envolvendo, contudo, período


anterior a 16.12.1998 (EC n. 2) caso o
ente da federação possua RPPS.

250
Lei n. 8.213/91 – redação original

"Art. 55. (...)


IV - o tempo de serviço referente ao exercício
de mandato eletivo federal, estadual ou
municipal, desde que não tenha sido contado
para a inatividade remunerada nas Forças
Armadas ou aposentadoria no serviço
público;”

Não foi estabelecido limite temporal tal como


ocorreu com o trabalhador rural.
251
Lei n. 8.213/91 – redação dada
pela Lei n. 9.506/97

"Art. 55. (...)


IV - o tempo de serviço referente ao exercício
de mandato eletivo federal, estadual ou
municipal, desde que não tenha sido contado
para efeito de aposentadoria por outro regime
de previdência social

252
A Resolução 26 do Senado
suspendeu somente a parte do
custeio
Art. 1º É suspensa a execução da alínea
"h" do inciso I do art. 12 da Lei Federal nº
8.212, de 24 de julho de 1991,
acrescentada pelo § 1º do art. 13 da Lei
Federal nº 9.506, de 30 de outubro de
1997, em virtude de declaração de
inconstitucionalidade em decisão definitiva
do Supremo Tribunal Federal, nos autos do
Recurso Extraordinário nº 351.717-1 -
Paraná. 253
TRF da 3ª Região

Art. 13, § 1º da Lei nº 9507/97, ao acrescer a


alínea "h" ao inciso I, do artigo 12, da Lei nº
8212/91, determinou a participação destes
agentes políticos ao regime geral de previdência
social, desde que não vinculados a regime
próprio de previdência social. Preceito não tem o
condão de afastar os regimes de previdência
próprios, que tenham sido instituídos pelos
Estados e Municípios no que concerne a seus
servidores, dado que esse atuar dos entes
federados encontra substrato no disposto no
artigo 149, parágrafo único, da Constituição
Federal.
(AMS 199961110004896) 254
TRF da 1ª Região

Aos que, por força de atos institucionais,


tenham exercido gratuitamente mandato
eletivo de vereador serão computados,
para efeito de aposentadoria no serviço
público e previdência social, os
respectivos períodos.
AC 2000.01.00.045578-6/MA)
255
Artigo 8º, § 4º, do ADCT, da
Constituição Federal de 1988, dispõe:

“Art. 8.º (...)


§ 4.º Aos que, por força de atos
institucionais, tenham exercido
gratuitamente mandato eletivo de
vereador serão computados, para efeito
de aposentadoria no serviço público e
previdência social, os respectivos
períodos.”
256
Notários e escreventes
É segurado do RGPS o escrevente e o
auxiliar contratados por titular de serviços
notariais e de registro a partir de 21 de
novembro de 1994, bem como aquele que
optou pelo Regime Geral de Previdência
Social, em conformidade com a Lei nº
8.935, de 18 de novembro de 1994;
Decreto 3.048/99
Art. 9º § 15º - é considerado contribuinte
individual:
VII - o notário ou tabelião e o oficial de
registros ou registrador, titular de cartório,
que detêm a delegação do exercício da
atividade notarial e de registro, não
remunerados pelos cofres públicos,
admitidos a partir de 21 de novembro de
1994;
Orientação Normativa do MPS
A ON MPS/SPS n. 2, de 31.03.2009, em
seu art. 11, §5º, não faz menção à data de
21.11.1994, prevendo que não são
segurados de RPPS os notários ou
tabeliães, os oficiais de registro ou
registradores, os escreventes e os
auxiliares, não remunerados pelos cofres
públicos.
Aqueles que já eram cartorários antes da
edição da Lei 8.935/94 poderiam optar em
se sujeitar à legislação trabalhista e
submeter-se ao RGPS. Caso contrário,
continuariam sujeitos à legislação dos
servidores públicos (art. 48, §2º, da Lei n.
8.935/94) e vinculados ao RPPS.

Agui-se, porém, a validade de tal regra após


a EC n. 20/98.
LC 64 de 2002 do Estado de MG
"Art. 3º - São vinculados compulsoriamente ao
Regime Próprio de Previdência Social, na qualidade
de segurados, sujeitos às disposições desta lei
complementar:
(...)
V - o notário, o registrador, o escrevente e o auxiliar
admitido até 18 de novembro de 1994 e não optante
pela contratação segundo a legislação trabalhista, nos
termos do art. 48 da Lei Federal n. 8.935, de 18 de
novembro de 1994; (Inciso acrescentado pelo art. 1º
da Lei Complementar n. 70, de 30/7/2003)“
No Mesmo sentido: TJMG AC 1.0382.07.072137-
0/002(1)

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