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Os Fundamentos da Economia
Nesta definição estão duas ideias chave em economia: que os bens são
escassos e que a sociedade deve usar os seus recursos de forma eficiente. A
economia é uma matéria importante devido à existência de escassez e ao desejo de
eficiência.
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A essência da ciência económica é compreender a realidade da escassez e,
de seguida, prescrever como deve a sociedade organizar-se de um modo que
corresponda ao uso mais eficiente dos recursos.
Microeconomia e Macroeconomia
A microeconomia é o ramo da economia que trata do comportamento de
entidades individuais como os mercados, as empresas e as famílias.
A lógica da economia
A vida económica é uma enorme e complexa colmeia de actividades. O
objectivo final da ciência economia é compreender essa complexidade.
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Economia positiva VS Economia normativa
A economia positiva descreve os factos de ma economia enquanto a
economia normativa envolve juízos de valor.
Custo de oportunidade
A vida está repleta de escolhas. Dado que os recursos são escassos, temos
que pensar constantemente o que fazer com o tempo e o rendimento limitado que
possuímos
Eficiência
A eficiência significa que os recursos da economia estão a ser usados da
forma mais efectiva possível para satisfazer as necessidades e os desejos das
pessoas.
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A substituição é a lei da vida numa economia de pleno emprego,
representando a fronteira das possibilidades de produção o menu de escolhas da
sociedade.
As depressões do ciclo económico não são as únicas razões para que uma
economia possa estar no interior de uma FPP.
Função da Procura
A quantidade procurada de um bem depende do seu preço. Quanto maior o
preço de um artigo, mantendo-se o resto constante, menos unidades as pessoas
pretendem comprar. Quanto menos é o preço do mercado, mais unidades são
adquiridas.
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Curva da procura
A representação gráfica da função da procura é a curva da procura. No eixo
horizontal representa-se a quantidade procurada, e no eixo vertical representa-se
o preço. A quantidade e o preço estão relacionados de forma inversa, ou seja, Q
aumenta quando P diminui. A curva tem uma inclinação negativa. Esta propriedade
é designada lei da inclinação negativa da procura.
A quantidade procura tende a diminuir com o aumento dos preços por duas
razões. A primeira é o efeito de substituição. Quando um preço de um bem
aumenta, é substituído por outros produtos similares. A segunda razão porque o
aumento dos preços reduz as quantidades procuradas é pelo efeito rendimento.
Este entra em acção pois, quando o preço sobe, ficamos de certa forma mais pobres
do que anteriormente.
Procura de mercado
A procura de mercado representa a soma de todas as procuras individuais.
A procura de mercado é observável no mundo real.
A curva da procura de mercado é calculada, para cada preço, pela soma das
quantidades procuradas de todos os indivíduos.
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Forças subjacentes à curva da procura
Um variado conjunto de factores influencia a quantidade procurada a um
dado preço: níveis médios de rendimento, a dimensão da população, os preços e a
disponibilidade de outros bem relacionados, os gostos individuais e da sociedade e
influências especiais.
A dimensão de mercado
Deslocações na procura
Porque se desloca a curva da procura? Porque se alteram as outras
influências que não a do preço do bem.
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Função da oferta
A função da oferta de um bem mostra a relação entre o seu preço de
mercado e a quantidade desse bem que os produtores estão dispostos a produzir e
a vender, mantendo-se o resto constante.
Curva da oferta
Uma razão importante para a inclinação positiva é a lei dos rendimentos
decrescentes.
Deslocações na oferta
As empresas estão constantemente a modificar a composição de produtos e
serviços que oferecem.
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Equilíbrio da oferta e da procura
A oferta e a procura interagem para produzir um equilíbrio de preço e de
quantidade ou um equilíbrio de mercado. O equilíbrio de mercado verifica-se
com o preço e a quantidade a que as forças da oferta e da procura se equiparam.
Com o preço de equilíbrio, a quantidade que os consumidores querem comprar é
exactamente igual à quantidade que os vendedores querem vender. A razão
porque o designamos de equilíbrio é porque quando as forças da oferta e da
procura estão equiparadas não há razão para o preço aumentar ou diminuir, desde
que o resto se mantenha constante.
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O equilíbrio da oferta e da procura ocorre no ponto C, onde as curvas da
oferta e da procura se intersectam. Não há escassez nem excedentes, não existe
tendência para o preço subir ou descer. No ponto C, e apenas no ponto C, as forçaa
da oferta e da procura estão balanceadas e o preço foi estabelecido a um nível
sustentável.
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Aplicações da Oferta e da Procura
A procura de bens que têm substitutos imediatos tender a ter procuras mais
elásticas do que os que não têm substitutos.
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Cálculo de Elasticidades
Podemos calcular a elasticidade se pudermos observar qual a variação da
quantidade procurada quando o preço se altera. A definição precisa de elasticidade
preço, Ep, é a variação percentual da quantidade procurada dividida pela variação
percentual do preço.
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O cálculo de elasticidades é de certa forma complicado, sendo de salientar três
pontos importantes em que tem que ter especial cuidado.
𝛥𝑄 𝛥𝑝
Ep= +
(𝑄1+𝑄2)/2 (𝑃1+𝑃2)/2
Uma regra simples que permite calcular a elasticidade preço de uma curva
da procura é: a elasticidade de uma linha recta num ponto é dada pelo quociente
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entre o comprimento do segmento de recta abaixo do ponto e o comprimento do
segmento de recta acima do ponto.
Elasticidade e Receita
A receita total é por definição igual ao preço vezes a quantidade( P x Q ). Se
conhecer a elasticidade do preço da procura sabe o que acontece à receita total
quando o preço se altera:
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A utilidade tende a aumentar para si se consumir mais de um bem. Contudo,
de acordo com a lei da utilidade marginal decrescente, ao consumir cada vez mais,
a sua utilidade total crescerá a uma taxa cada vez menor. O crescimento da
utilidade total abranda porque a sua utilidade marginal diminui com o aumento do
consumo do bem. A utilidade marginal decrescente resultado facto do prazer do
consumo de um bem se reduzir à medida que o consumo desse bem for
aumentando.
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Porque razão as Curvas da Procura Têm Inclinação Negativa
Não havendo qualquer variação da quantidade consumida, o primeiro
quociente será inferior à UM por unidade monetária de todos os outros bens. O
consumidor terá portanto de reajustar o consumo do bem 1. Fará isso através da
redução do consumo do bem 1, aumentando assim a UM do bem 1, até que no novo
e menor possível de consumo do bem 1, a nova utilidade marginal por unidade
monetária despendida no bem 1 seja a outra vez igual à UM por unidade monetária
despendida nos outros bens.
Efeito Substituição
O factor mais óbvio para a explicação das curvas de procura com inclinação
negativa é o efeito de substituição
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Efeito Rendimento
Quando o rendimento monetário é fixo, um aumento do preço é igual a uma
redução do seu rendimento real.
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Para obter a curva do mercado total, temos que calcular a soma total de
tudo o que todos os consumidores consumirão para cada nível de preço. Podemos
depois representar essa soma total como um ponto da curva de procura de
mercado.
Deslocações na procura
Um aumento do rendimento tende a incrementar a quantidade que estamos
dispostos a comprar da maior parte dos produtos. Os bens de primeira
necessidade tendem a ter, em relação à variação do rendimento, uma reposta
inferior à da maior parte dos bens, enquanto que os bens de luxo tendem a ser
mais sensíveis ao rendimento. E existem alguns bens anormais, conhecidos como
bens inferiores, cujas vendas podem diminuir com o aumento do rendimento
porque as pessoas têm a possibilidade de os substituir por outros bens que gostam
mais.
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Com o aumento do rendimento, os consumidores em geral pretendem uma
maior quantidade de um bem, assim aumentando ou fazendo deslocar para fora a
procura. Um aumento no preço de um bem sucedâneo, aumenta ou faz deslocar a
curva da procura.
Substitutos e Complementares
Os bens A e B são substitutos se um aumento de o preço A implica o
aumento da procura de um bem sucedâneo B.
O Paradoxo do Valor
Quanto mais abundante for um bem, menor é o desejo relativo da sua última
unidade. A abundância que empurra as utilidades marginais para níveis muito
baixos e que assim reduzem o preço desses bens essenciais.
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Produção e Organização empresarial
As empresas decidem quais os factores de produção a utilizar na produção
com base no custo e a produtividade dos vários factores. Utilizaremos a teoria da
produção e dos custos para mostrar como as empresas decidem qual a quantidade
a produzir.
Função Produção
A relação entre a quantidade necessária de factores de produção e a
quantidade de produto que pode ser obtida é designada por função produção.
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factor de produção reduzir-se-á com o aumento da quantidade utilizada desse
factor.
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Rendimentos à Escala
Os rendimentos decrescentes e os produtos marginais referem-se à
resposta da produção a um aumento de um único factor de produção quando todos
os outros se mantêm constantes.
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como o capital, e o longo prazo como um período suficientemente longo para que
todos os factores, incluindo o capital, possam ser ajustados.
Os factores fixos são aqueles que não podem ser alterados no curto prazo
devido às condições físicas ou a contratos firmados. O período de tempo em que
todos os factores produtivos, fixos e variáveis, podem ser ajustados é designado de
longo prazo.
Progresso Tecnológico
A historia económica regista que a produção total nos EUA mais do que
decuplicou desde o inicio do século. Parte deste ganho derivou do aumento dos
factores produtivos, como o trabalho e o equipamento. Mas uma grande parte do
aumento produto derivou do progresso tecnológico que aumenta a produtividade
e os níveis de vida.
Produtividade
O conceito de produtividade consiste no quociente entre o produto total e a
media ponderada dos factores, Há duas variantes que são a produtividade do
trabalho, que é a quantidade de produção por unidade de trabalho, e a
produtividade total dos factores que é a produção por unidade da totalidade dos
factores.
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Análise de Custos
O quadro mostra o custo total (CT) para cada nível diferente de produção q.
Observando as colunas (1) e (4), vemos que CT aumenta quando Q aumenta. Isto
faz sentido porque é necessária maior quantidade de trabalho e de outros factores
para produzir mais de um bem; factores adicionais envolvem custos monetários
adicionais.
Custo Fixo
As colunas (2) e (3) do quadro decompõem o custo total em duas
componentes: o custo fixo total (CF) e o custo variável total (CV). Os custos fixos de
uma empresa são os custos que são designados de custos irreversíveis englobam
rubricas tais como rendas de fábricas ou de escritórios, pagamentos contratuais de
equipamentos, juros de empréstimos, salários de empregados com contratos de
longo prazo, etc. Têm que ser pagos ainda que a empresa não produza nada e não
variam mesmo que a produção se altere.
Custo Variável
Os custos variáveis são os que variam quando o nível de produção se altera.
Neles incluem-se as matérias-primas exigidas para a produção, os trabalhadores
das linhas de montagem, a energia para fazer funcionar a fábrica, etc.
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Estes conceitos de custos resumem-se assim:
CT=CF + CV
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Custo Médio ou Unitário
O custo médio (CMe) é um conceito amplamente utilizado nas empresas. Ao
comparecerem o custo médio com o preço, ou a receita média, as empresas podem
determinar se estão, ou não, a gerar lucro. O custo médio é o custo total dividido
pelo número de unidades produzidas.
𝐶𝑢𝑠𝑡𝑜 𝑡𝑜𝑡𝑎𝑙 𝐶𝑇
Custo médio = = = CMe
𝑃𝑟𝑜𝑑𝑢çã𝑜 𝑞
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Custo Médio Mínimo
Existe uma ligação importante entre o CMa e o CMe: quando o CMa de uma
unidade adicional de produto está abaixo do seu CMe então o seu CMe está a
diminuir. E quando o CMa está acima do CMe, o CMe está a aumentar. No ponto em
que o CMa é igual ao CMe, a curva CMe está na horizontal. Para a curva em U típica
do CMe, o ponto em que o CMa é igual ao CMe é também o ponto em que o CMe
atinge o seu nível mínimo.
Regras importantes:
Uma empresa que procura o menor custo médio de produção deve conhecer o
nível de produção em que os custos marginais são iguais aos custos médios.
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Uma forma simples de encontrar a combinação de custo mínimo é começar
por calcular o produto marginal de cada factor. A seguir divide-se o produto
marginal de cada factor pelo seu preço. Assim obtém-se o produto marginal por
unidade monetária de factor produtivo.
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Custo de oportunidade
Um dos princípios básicos em economia é o de que os recursos são escassos.
Isto significa que, sempre que decidimos utilizar um recurso de uma forma,
estamos a prescindir da oportunidade de usá-lo de outro modo.
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Teoria da Produção e dos Custos e Decisões da Empresa
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Curvas de Igual Produto e Recta de Igual Custo: Tangencia de
Custo Mínimo
Conjugando as linha e igual produto e de igual custo podemos determinar a
posição óptima, ou de custo mínimo, da empresa. A combinação óptima de factores
produtivos ocorre no ponto em que uma dada produção pode ser produzida ao
custo mínimo. Para encontrar esse ponto basta sobrepor a curva de igual produto à
família das rectas de igual custo.
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Condições do Custo Mínimo
1 - O quociente entre os produtos marginais de dois quaisquer factores produtivos
tem de ser igual ao quociente entre os seus preços:
𝑝𝑟𝑒ç𝑜 𝑑𝑜 𝑡𝑟𝑎𝑏𝑎𝑙ℎ𝑜
=
𝑝𝑟𝑒ç𝑜 𝑑𝑎 𝑡𝑒𝑟𝑟𝑎
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Análise de Mercados Perfeitamente Concorrenciais
Maximização do Lucro
Os lucros totais são iguais às receitas totais menos os custos totais. Os
lucros são como o rendimento disponível de uma empresa. Representam o
montante que uma empresa pode pagar em dividendos aos proprietários,
reinvestir em novas fábricas ou equipamentos, ou aplicar em investimentos
financeiros.
Dado que os lucros envolvem tanto custos como receitas, as empresas tem de ter
um bom conhecimento da sua estrutura de custos.
Concorrência Perfeita
A concorrência perfeita é o mundo dos “aceitantes de preço”. Uma empresa
perfeitamente concorrencial vende um produto homogéneo. É tão pequena em
relação ao seu mercado que não pode influenciar o preço de mercado: apenas
aceitar o preço como um dado.
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Pontos chave:
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Regra para a oferta de uma empresa em concorrência perfeita: a empresa
maximizará o lucro quando a produção estiver no nível em que o custo marginal é
igual ao preço:
Quando a empresa tem lucro nulo as receitas totais são iguais aos custos
totais.
A regra geral é:
Uma empresa para maximizar o lucro fixará a sua produção no nível em que
o custo marginal é igual ao preço. Graficamente, isto significa que a curva de custo
marginal da empresa é igualmente a sua curva de oferta.
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Comportamento de Ofertas em Sectores Concorrenciais
A Figura é uma ilustração disto para duas empresas. Para obter a curva da
oferta SS do sector, somamos horizontalmente, para cada preço, as curvas da oferta
ss de todas as empresas.
A soma horizontal da produção para cada preço dá-nos a curva da oferta do sector
de actividade.
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Equilíbrio de Curto Prazo
No curto prazo as deslocações da procura originam maiores ajustamentos
de preço e menores ajustamentos de quantidade do que no longo prazo. Podemos
entender esta observação fazendo a distinção, em relação ao equilíbrio de
mercado, de dois períodos de tempo que correspondem a diferentes categorias de
custo: (1) equilíbrio de curto prazo, quando qualquer variação da produção tem de
usar a mesma quantidade fixa de capital e (2) equilíbrio de longo prazo, quando o
capital e todos os outros factores são variáveis e existe liberdade de entrar ou sair
da actividade.
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Ofertas de Longo Prazo de um Sector de Actividade
Qual é a forma da curva de oferta de longo prazo de um sector? Suponha
que num sector é livre a entrada de empresas idênticas. Se as empresas idênticas
utilizam factores produtivos genéricos, tais como trabalho não especializado, que
podem ser atraídos do vasto oceano de todos os outros usos sem afectar o preço
desses factores, estamos perante o caso dos custos constantes mostrado pela curva
de oferta horizontal SL SL.
Porque razão deve a curva de oferta de longo prazo dos sectores com
factores escassos ser ascendente? Temos de invocar a lei dos rendimentos
decrescentes. Cada dose de trabalho custa o mesmo salário, de modo que o CMa
aumenta. Este aumento de longo prazo do CMa significa que a curva de oferta de
longo prazo tem de estar a subir.
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O Longo Prazo num Sector Concorrencial
No longo prazo, todos os custos são variáveis. Uma empresa que esteja a
perder dinheiro pode pagar o empréstimo obrigacionista que ainda deve,
indemnizar os seus gestores e deixar expirar as suas rendas. No longo prazo, todos
os compromissos são de novo opcionais. Assim, no longo prazo as empresas
produzirão apenas enquanto o preço é igual ao custo médio.
O que acontece se o preço de longo prazo desce abaixo deste nível critico de
lucro nulo? As empresas ao deixarem de ter lucro começam a abandonar o sector.
Dado que há menos empresas a produzir, a curva de oferta de mercado deslocar-
se-á para a esquerda e o preço aumentará. O preço acabará por subir o suficiente
para o sector passe a ser de novo lucrativo.
Suponha que o preço de longo prazo está acima do custo total de longo
prazo, pelo que as empresas estão a ter lucro económico. Admita ainda que no
longo prazo todas as empresas são absolutamente livres de entrar no sector, de tal
modo que um número qualquer de empresas pode entrar sector e produzir
exactamente aos mesmos custos das empresas que já fazem parte dele. Nesta
situação, empresas novas serão atraídas pelos lucros futuros, a curva da oferta de
curto prazo desloca-se para a direita e o preço cai. Acabará por cair até ao ponto
crítico, de modo a deixar de ser lucrativo par outras empresas entrarem no sector.
Equilíbrio de lucro nulo no longo prazo: Num sector constituído por empresas
idênticas que podem entrar ou sair do sector livremente, a condição de equilíbrio
de longo prazo é a de que o preço seja igual ao custo médio mínimo de longo prazo
para todas as empresas idênticas:
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As forças da concorrência tendem a empurrar as empresas e os sectores de
actividade para um estado de longo prazo de lucro nulo. A longo prazo, as
empresas concorrenciais terão a rendibilidade normal do seu investimento e não
mais.
Regras Genéricas
As preposições que se seguem respeitam ao impacto das deslocações da
oferta e da procura sobre o preço e a quantidade comprada e vendida.
Custo constante
A curva SS de oferta de longo prazo é uma recta horizontal ao nível
constante do custo unitário. Um aumento da procura DD para D’D’ fará deslocar a
nova intersecção para o ponto E’, aumentando Q mas mantendo P constante.
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Custos Crescentes e Rendimentos Decrescentes
Em resultado dos rendimentos decrescentes, o custo marginal de produção
aumenta com o aumento da produção. A figura mostra a curva ascendente da
oferta SS. Como será o preço afectado por um aumento na procura? A figura mostra
que uma maior procura fará com que aumente o preço deste bem mesmo no longo
prazo com empresas idênticas e com liberdade de entrada e saída do sector.
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Curva de Oferta com Inflexão
À medida que com o progresso tecnológico os salários reais aumentam, as pessoas
querem beneficiar dos seus rendimentos mais elevados na forma de mais tempo de
lazer e antecipação da reforma.
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Deslocações da oferta
Para analisar a regra da oferta, temos de passar para a deslocação da oferta,
mantendo a procura constante. Se a leia da procura com inclinação negativa é
válida, então o aumento da oferta deve diminuir o preço e aumentar a quantidade
procurada.
Conceito de Eficiência
Uma economia é eficiente se proporciona aos seus consumidores o mais
desejado conjunto de bens e serviços. Dados os recursos e a tecnologia da
economia.
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Muitos Produtos
Como se aplica a nossa analise quando os consumidores tem de escolher
entre muitos produtos?
Aperfeiçoamentos
Há duas situações importante onde os mercados não conseguem alcançar o
óptimo social. Primeiras, os mercados podem ser ineficientes em situações onde
estejam presentes a poluição ou outras externalidades, ou quando existe
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concorrência ou informação imperfeitas. Segunda, a distribuição de rendimentos
em mercados concorrenciais, mesmo quando é eficiente, pode não ser socialmente
desejável ou aceitável.
Falhas de Mercado
As mais importantes são a concorrência imperfeita, as externalidades e a
informação imperfeita.
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Um concorrente imperfeito tem algum poder discricionário sobre os preços
embora não tenha um poder total. O grau de poder discricionário sobre o preço
varia de sector para sector. Em alguns sectores de actividade imperfeitamente
concorrenciais, o grau de poder de monopólio é muito pequeno.
Monopólio
O monopólio é um vendedor com o controlo total sobre um ramo de
actividade. É a única empresa a produzir no respectivo sector de actividade e não
existe outro sector a produzir um produto substituto próximo.
Concorrência Monopolística
A última categoria de concorrência imperfeita é a concorrência
monopolística que ocorre quando um número elevado de vendedores produz
produtos diferenciados. Esta estrutura de mercado faz lembrar a concorrência
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perfeita pelo facto de existirem muitos vendedores, mas nenhum dos quais tem
uma grande quota de mercado. Difere da concorrência perfeita pelo facto dos
produtos vendidos por empresas diferentes não serem idênticos. Produtos
diferentes são aqueles que têm características importantes diferentes.
Oligopólio
O termo oligopólio significa vários vendedores. O aspecto importante do
oligopólio é que cada empresa individualmente pode influenciar o preço de
mercado.
Barreiras à Entrada
Barreiras à entrada são factores que dificultam a entrada de novas
empresas numa indústria. Quando as Barreiras são elevadas, uma indústria pode
ter um número pequeno de empresas e uma pressão reduzida para competirem.
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As restrições às importações impostas pelo governo têm efeito de afastar
concorrência estrangeira.
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Receita Marginal e Monopólio
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Quando alcançamos o ponto médio da recta da procura, a RT atinge o seu
máximo. Aumentar a q para além desse ponto, leva a empresa para a região da
procura rígida. Com a procura rígida, a redução do preço origina um aumento das
vendas menor do que proporcionalmente, de modo a que a receita total diminui.
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Receita Marginal e Preço
A receita marginal (RMa) é a variação da receita que é gerada pela venda de
uma unidade adicional. A RMa pode ser positiva ou negativa.
P > RMa
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Uma segunda forma equivalente de chegar à mesma conclusão é compara a
receita marginal na coluna (6) e o custo marginal na coluna (7). Enquanto cada
unidade adicional de produto proporcionar uma receita maior do que o custo – o
mesmo é dizer, enquanto a RMa for maior que a CMa – o lucro da empresa
aumentará. Então, a empresa deverá continuar a aumentar a sua produção
enquanto a RMa for maior que a CMa.
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Equilíbrio de Monopólio em Gráficos
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Concorrência Perfeita como Caso Extremo da Concorrência
Imperfeita
Embora tenhamos aplicado a regra do CMa e da RMa aos monopolistas que
desejam maximizar os lucros, esta regra é de facto aplicável muito para além da
presente análise. Um raciocínio simples mostra que a regra CMa = RMa é
igualmente válida para um concorrente perfeito que pretenda maximizar o lucro.
2 – RMa = P = CMa para um concorrente perfeito. Alem disso, podemos ver que a
lógica da maximização de lucro para os monopolistas aplica-se igualmente bem aos
concorrentes perfeitos mas o resultado é um pouco diferente.
Dado que o concorrente perfeito pode vender tudo o que quer ao preço de
mercado. RMa = CMa no nível de produção de lucro máximo.
Num monopólio puro, o rácio das quatro ou das oito empresas seria 100%,
enquanto que em concorrência perfeita, os dois rácios seriam aproximadamente
nulos, porque até mesmo as maiores empresas produzem uma parcela ínfima da
produção do sector.
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Uma alternativa que traduz o melhor o papel das empresas dominantes é o
Índice Herfindahl-Hirschman (IHH). Este índice é calculado pela soma do quadrado
das percentagens das quotas de mercado de todos os participantes num mercado.
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Oligopólio de Conluio
O grau de concorrência imperfeita num mercado é influenciado não só pelo
número e dimensão das empresas mas também pelo seu comportamento. Quando
operam poucas num mercado, as empresas sabem o que as outras estão a fazer e
como reagem.
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O equilíbrio de lucro máximo para o oligopolista em conluio está indicado na
figura no ponto E, a intersecção das curvas CMa e RMa da empresa.
Concorrência Monopolística
No outro extremo do espectro dos oligopólios de conluio está a
concorrência monopolística. A concorrência monopolística assemelha-se à
concorrência perfeita em três aspectos: há muitos compradores e vendedores, é
fácil saída e entrada, e as empresas consideram como um dado os preços das
outras empresas. A distinção é que em concorrência perfeita os produtos são
iguais, enquanto que na concorrência monopolística os produtos são diferenciados.
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O preço que maximiza o lucro é o de G. Dado que o preço em G está acima do
custo médio, a empresa está a realizar um lucro razoável representado pela área
do rectângulo ABGC.
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Teoria dos Jogos
Para analisar as interacções estratégicas mais detalhadamente, os
economistas apoiam-se numa área fascinante conhecida como a teoria dos jogos.
Esta consiste na análise de situações que envolvem dois ou mais decisores em
interacção e que têm objectivos conflituais. Considere as seguintes descobertas dos
teóricos dos jogos na área da concorrência imperfeita:
Discriminação de Preço
Quando têm poder de mercado, as empresas podem por vezes aumentar os
seus lucros através da discriminação do preço. A discriminação do preço ocorre
quando o mesmo produto é vendido a diferentes consumidores com preço
diferente.
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A discriminação de preço é no presente amplamente utilizada, em especial
em bens que não sejam facilmente transferíveis de um mercado de baixo preço
para um mercado de preço elevado.
Inovação e Informação
O mundo da concorrência imperfeita engloba muitas espécies diferentes,
desde enormes sociedades anónimas a pequenos vendedores na Internet.
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produção de monopólio seja menos do que produção eficiente, o valor marginal do
bem para os consumidores está portanto acima do seu custo marginal. O mesmo se
passa com o oligopólio e com a concorrência monopolística, desde que as empresas
consigam manter os preços acima do custo marginal.
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A Economia do Risco e da Incerteza
Admitimos que os custos e procuras eram conhecidos e que cada empresa
pode prever a forma como as outras empresas se comportariam. Na realidade, a
vida económica tem de lidar com o risco e a incerteza.
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Especulação e Comportamento dos Preços ao Longo do Tempo
As forças de especulação tenderão a estabelecer padrões definidos de
preços ao longo do tempo tal como ao longo do espaço. Mas as dificuldades de
previsão do futuro tornam este padrão menos perfeito: temos um equilíbrio que
está constantemente a ser perturbado, mas que está sempre num processo de
auto-restabelecimento.
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Dispersão de Riscos através da Cobertura de Riscos
Uma função importante dos mercados especulativos é permitir às pessoas a
partilha de riscos através da cobertura. A cobertura consiste na redução do risco
inerente à posse de um activo ou de uma mercadoria através de uma oposta venda
desse activo. A cobertura permite às empresas ficarem imunes de variação no
preço.
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A especulação ideal desempenha a função essencial de redução da variação
dos consumos. Num mundo em que os indivíduos dispõem de utilidade marginal
decrescente, a especulação pode aumentar a utilidade total e a eficiência da
afectação.
Risco e Incerteza
Um indivíduo tem aversão ao risco quando o desagrado pela perda de um
determinado montante de rendimento é maior do que o prazer de ganhar a mesma
quantidade de rendimento.
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