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Mecanica Dos Solos Noçoes PDF
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NOÇÕES DE SOLOS
1.1.2 Geologia
Rocha: agregados naturais de minerais (podendo conter matéria vítrea e orgânica
naturais) que constituindo a parte essencial da crosta terrestre, possam ser claramente
individualizados. Podem ser não consolidados como as areias, as argilas, as cinzas
vulcânicas, ou consolidados, quando são denominados de bedrock.
a) oxidação: ocorre na superfície exposta das rochas, e é indicada por uma camada de
materiais de cor geralmente vermelha ou amarela, devido à reação do oxigênio do ar com
o ferro, dando origem a compostos mais estáveis;
b) carbonatação: reação de um mineral da rocha com o ácido carbônico em água. O corre
principalmente em rochas calcárias, dando origem a cavernas (ex: caverna diabo);
c) hidrólise: decomposição de um mineral pela água, que além de atuar como portadora
dos reagentes dissolvidos, atua também como um dos reagentes;
d) hidratação: adição de moléculas de água na estrutura do mineral, causando expansão
e fraturamento, sendo por alguns autores considerados mais um processo físico que
químico;
e) troca de bases: é uma permuta de cátions entre uma solução aquosa rica em um tipo
de cátion e um mineral rico em outro tipo;
f) quelação: processo no qual cátions metálicos são incorporados ás moléculas de
compostos orgânicos complexos.
1.3 Formação de solos tropicais
1.3.1 Considerações Sobre Solos Tropicais
Rita Moura Fortes
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O solos das regiões tropicais apresentam uma série de peculiaridades decorrentes das
condições climáticas, sendo portanto necessário se conceituar os solos de peculiaridades
tropicais, ou seja, os tipos genéticos de solos encontrados em regiões tropicais. Os
seguintes solos são encontrados em regiões tropicais: lateríticos, saprolíticos e
transportados. A Figura 1.1 ilustra um perfil esquemático da ocorrência destes tipos de
solos.
4 1 - SOLO LATERÍTICO
6 2 - SOLO SAPROLÍTICO
2 3 3 - SOLO TRANSPORTADO
4 - SOLO TRANSPORTADO
NEOCENOZÓICO
5 - ROCHA SÃ
6 - LAGOS, RIOS, MAR
5
• Solos Saproliticos
Segundo os mesmos autores (1988), constituem os solos saproliticos e os solos
transportados.
Rita Moura Fortes
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a)O termo “solo saprolitico” foi proposto no tropicais 85. Sua peculiaridade morfológica é a
presença da estrutura reliquiar da rocha matriz embora possa desenvolver outras
estruturas com o intemperismo;é um solo resultante da meteorização da rocha, contendo
geralmente, minerais não totalmente modificados pela ação das intempéries e processos
pedológicos, como por exemplos os minerais feldspatos e a mica. Muitas vezes apresenta
anisotropia devido à estratificação ou xistosidade herdada da rocha matriz.
A presença de mica e da caolinita na fração silte são responsáveis pela diminuição do
índice de plasticidade e aumento do limite de liquidez.
Quanto à cor, a presença de manchas, listras, mosqueamentos e outras
heterogeneidades, é uma das peculiaridades mais destacadas. A presença de certas
cores predominantes como: verde, roxo, róseo, violeta, azul e branco, pouco freqüentes
nos solos superficiais, é outra peculiaridade que permite identificar muitas de sua
variedades.
Na Figura 1.2 está ilustrado o perfil típico de um solo tropical, com as principais
características e na Figura 1.3 (a) e (b), a micro estrutura observada com o auxílio de um
microscópio de varredura.
Figura 1.3 (a) – Latossolo vermelho- Figura 1.3 (b) – Solo saprolítico de
micaxisto, com macrocristais de caolinita (
amarelo, argiloso ( l µm)
3,3 µm)
SECAGEM AO AR
ALMOFARI Z COM
MĀO DE BORRACHA
REPARTIÇĀO OU
QUARTEAMENTO
PENEIRA DE 2,00 mm
CERCA DE 250 g
PENEI RA DE
0,42 mm
GRANULOMETRIA
GRANULOMETRI A + SEDIMENTAÇĀO
UMIDADE HIGROSCÓPICA (50g)
10%
φ60
Cu =
φ10
φ302
Cc =
φ10 x φ60
φ30 é o diâmetro correspondente a 30% que passa.
Fornece uma idéia da forma e simetria da curva granulométrica.
z δ - γa D2
v= =
t 1800 µ
onde:
δ = massa especifica dos grãos do solo;
γa = massa especifica da água;
µ = viscosidade do líquido (água);
D = diâmetro da esfera cuja massa é equivalente á da partícula da queda.
Portanto:
D = √(1800 µ z )
δ - γa t
A uma profundidade z, depois do t, todas as partículas acima terão diâmetro menor que
D, dado pela fórmula. Como γa e µ dependem da temperatura, deve-se procura mantê-la
constante, utilizando-se para esse fim o tanque de sedimentação (figura 1.7 (a)).
A velocidade de queda de uma partícula de diâmetro equivalente D é obtida
indiretamente, pois uma dada partícula no instante zero está situada no topo da
suspensão e após decorrido um tempo t ela terá percorrido uma distância z, com
velocidade uniforme v = z/t. Partículas com diâmetro menor que D terão percorrido
distância menor que z e as de diâmetros maior, distancias maiores, com velocidades
diferentes, independente de suas posições iniciais. Portanto acima da partícula em
questão, todas as partículas terão diâmetros menores do que D.
A quantidade de grãos em suspensão acima da profundidade z poderá ser determinada
pela medida da densidade da suspensão, utilizando-se um hidrômetro calibrado. Lendo-
se a medida do hidrômetro num certo tempo t e tem-se a densidade da suspensão.
Como a massa especifica do fluido e a viscosidade é variável com a temperatura, deve-se
procurar mantê-la constante durante o ensaio ou efetuar as devidas correções.
Ao material passado na peneira de 2,00 mm (no. 10) é adicionado o agente defloculante
ou antifloculante Hexametafosfato de sódio diluído em água, de tal maneira que o solo
mais a água com o defloculante perfaçam 1000 ml. Este material é colocado no dispersor
(figura 1.7 (b)) e depois de descansar, é colocado na proveta que é agitada, procedendo-
se as leituras do (vide figura 1.7 (c)) no densímetro (em detalhe na figura 1.7 (d)) em
função do tempo, registrando-se a temperatura da água.
LC LP LL
∆V
LC LP LL h (%)
Este limites foram definidos pelo engenheiro sueco Atterberg, com a finalidade de serem
utilizados em materiais cerâmicos. Em 1908, A. Casagrande, tendo conhecimento desse
trabalho, padronizou o ensaio.
Figura 1.9 (a) aparelhagem para ensaio de limite de liquidez; (b) placa de vidro com face
esmerilhada; (c) cinzéis; (d) detalhe da ranhura no início do ensaio.
Na figura 1.9 (a) observa-se da esquerda para a direita, a placa de vidro esmerilhada, a
vasilha de porcelana utilizada para espatulação e homogeneização da amostra, aparelho
de Casagrande manual e automático. Na figura 1.9 (b) e (c) têm-se o detalhe da placa de
vidro esmerilhada, sendo que os “apetrechos” são da esquerda para a direita, o gabarito
utilizado no ensaio de LP com diâmetro de 3 mm, o cinzel curvo e o chato, gabarito para
ajuste da altura de queda da concha e esfera para verificação das condições da base de
ebonite do aparelho de Casagrande.
Espatula-se a amostra na cápsula de porcelana (figura 1.9), homogeneizando-a e coloca-
a na concha do aparelho de Casagrande e procedendo a ranhura conforme mostrado na
figura 1.9 (d). Gira-se a manivela do aparelho a razão de 2 rotações/segundo, causando
devido a um excêntrico, uma queda da concha sobre a base de ebonite, anotando-se os
número de golpes para fechar a ranhura mais ou menos 10 mm. Retira-se uma amostra
da região onde ocorreu o fechamento da ranhura para determinação do teor de umidade.
O ensaio é repetido para outros teores de umidade, partindo-se geralmente do ponto mais
seco para o mais úmido, de maneira a se obter dois pontos com mais de 25 golpes e dois
pontos com menos de 25 golpes.
Com os valores obtidos do número de golpes e teor de umidade, plota-se os pontos e
traça-se a linha média, conforme apresentado na figura 1.10.
O valor do LL é o correspondente ao número de golpes igual a 25.
h (%)
LL
25 Número de golpes
(escala logarítmica
Figura 1.10 – Gráfico do teor de umidade versus número de golpes em papel monologo,
para determinação do LL.
Através do ensaio de LL é possível correlacionar a resistência ao cisalhamento do solo
para um dado teor de umidade com o número de golpes necessários para que ocorra o
deslizamento dos “taludes” da amostra da concha. Casagrande (1932) encontrou valores
muito baixos próximos a 2,5 kPa.
Rita Moura Fortes
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• Determinação do Limite de Plasticidade: o método de ensaio está apresentado na
NBR 7180. A amostra seca é passada na peneira de abertura nominal de 0,42 mm.
Coloca-se a amostra na cápsula de porcelana e adiciona-se água à amostra de
maneira a obter uma massa (consistência maior que o do ensaio de LL), espatulando-
a e homogeneizando-a. Toma-se uma esfera de solo e rola-a sobre a placa de vidro
esmerilhada (vide figura1.11) até que se obtenha um cilindro com diâmetro de 3 mm e
este comece a apresentar fissuras. Determina-se o teor de umidade. Repete-se o
ensaio mais quatro vezes (cinco determinações) e o valor do LP será o valor médio
das determinações:
h1 + h2 + h3 + h4 + h5
LP =
5
LP LL
IP = LL - LP
IP
A areia não apresenta plasticidade (Não plástico – NP) e a argila apresenta IP elevado.
• Índice de Consistência:
LL - h LL - h
IC = =
IP LL - LP
Tabela 1.2 – Consistência dos solos.
IC CONSISTÊNCIA
<0 de vaza
0 a 0,50 Plástica mole
0,50 a 0,75 Plástica média
0,75 a 1,00 Plástica rija
> 1,00 dura