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CRIMES HEDIONDOS L 8072/90 13.

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I- Rol dos crimes hediondos e Equiparados

1) Hediondos, artigo 1º

2) Equiparados, art. 2º

-tortura - L. 9455/97

-trafico - L. 11.343/06

-terrorismo - L. 13.260/16

II- TRATAMENTO JURÍDICO DOS CRIMES HEDIONDOS OU EQUIPARADOS

1) É vedada a fiança por força da própria Lei e da Constituição Federal art. 5º XLIII

Prevalece que não há proibição para a liberdade provisória e das medidas cautelares pessoais
diversas da prisão salvo a fiança

2) Sobre o aspecto penal tem como consequência a vedação da anistia, graça ou induto
(total ou parcial – comutação). Regime inicial obrigatoriamente fechado § 1º artigo 2º.
No entanto o STF já decidiu que este dispositivo é inconstitucional por violar o
princípio constitucional da individualização da pena, portanto o réu mesmo que
condenado por crime hediondo ou equiparado deve ter o regime inicial estipulado de
acordo com o artigo 33, § 2º do CP.
Progressão de regime diferenciada

COMUM HEDIONDO
OBJETIVO Art. 112 LEP Art. 2, § 2º, L 8072/90
1/6 2/5 se primário
3/5 se reincidente
Após a L. 11464/07
SUBJETIVO -Mérito, bom comportamento, não há
previsão de exame criminológico Sum. 439
STJ
Crimes contra a adm a progressão ficara
condicionada areparação do dano

Antes da lei 11.464/07 depois da lei L.11.464/07


Regime integralmente fechado Regime permite progressão 2/5 ou 3/5
Em 2006 o STF reconhece a
inconstitucionalidade do regime integral
fechado. Portanto os crimes hediondos
podem progredir c/ 1/6

A Súm. 471 do STJ de 2/5 ou 3/5 só se aplica aos crimes hediondos ou equiparados
anteriores a lei.
A sumula vinculante 26 vem a corroborar com esse entendimento.
Sumula 439, do STJ. É admitido o exame criminológico desde que motivadamente de
acordo com o caso concreto
Sumula 491, é vedada a progressão por salto

LIVRAMENTO CONDICIONAL DIFERENCIADO


COMUM HEDIONDO/EQUIPARADO
OBJETIVO + de 1/3 se não for reincidente em crime + de 2/3, salvo se
doloso+bons antecedentes reincidente em crime da
+ ½ se reincidente em crime doloso ** mesma espécie
SUBJETIVO Mérito, bom comportamento carcerário,
não há previsão de exame criminológico
Reparação do dano salvo impossibilidade
de faze-lo ***

*** Livramento condicional diferenciado sumula 439, STJ: exame criminal, Sumula 491
do STJ: A falta grave não interrompe o prazo para o livramento condicional.

** O condenado que não seja reincidente em crime doloso mas tenha maus
antecedentes deve cumprir mais de 1/3 da pena somente, uma vez que é vedada a
analogia em “Malan partem”

Pena restritiva de direitos: a lei 8072/90, não contem qualquer vedação, portanto, é
admissível a sua imposição desde que presente os requisitos do artigo 44, do CP.

DOLOSO CULPOSO
OBJETIVOS Pena em concreto menor ou Cabe restritiva qualquer que
igual a 4 anos e o crime não seja o crime ou a pena
contenha violência ou grave
ameaça
SUBJETIVOS Não ser reincidente específico
(mesmo crime)

Suspenção condicional da pena, a lei não te vedação, é admitido desde que preenchidos
os requisitos
SIMPLES ETÁRIO/UMANITÁRIO
OBJETIVOS Pena em concreto menor ou Vale para pena menor ou igual a
igual a 2 anos, crime 4 anos
doloso/culposo com ou sem Etário = maior que 70 anos
violência não contenha Humanitário = saúde
violência ou grave ameaça
SUBJETIVOS Não ser reincidente em crime
doloso salvo se a condenação
anterior for pena de multa.
Não ser cabível a PRD
DIREITO PENAL ECONÔMICO

CRIMES TRIBUTÁRIOS E PREVIDENCIARIOS.


L. 8137/90
Art. 1º a 3º, trata da ordem tributária, o art. 4º trata contra a ordem econômica, o art.
7º, trata contra as relações de consumo.
No CP encontra-se no art 334, crime de descaminho, e 163-A e 337-A previdenciários

I- Nulidades
1) Incompetência de justiça
Crimes da lei 8137/90 é de competência da justiça estadual, exeto os
tributos federais.
Os artigos do CP 334/168-A/337-A competência federal por força do art.
109, CF.
2) Incompetência de órgão
O artigo 2º da L. 8137/90 = JECRIM, demais crimes vara comum
OBS= O artigo 7º da L. 8137/90, vai para vara comum e segue rito ordinário
de 2 a 5 anos e tb admite o sursi processual da lei 9099/95 com fulcro no
art. 89.
3) Inépcia da inicial
Não é admitida pelos tribunais superiores a denúncia genérica, ou seja, que
não individualiza ainda que minimamente a conduta dos imputados

II – EXTINÇÃO DA PUNIBILIDADE

ATÉ 2003 DE 2003 A 2011 L.10684 art A PARTIR DE 2011 L.9430


9 Art 83
L *8137/90 (lei 9249 art 34, Art 1º e 2º da lei 8137/90 Art 1º e 2º da lei 8137/90
pagt ate denuncia Art 168-A/337- A pgt a qq Art 168-A/337- o parcelamento
Art 168 A e 337 A (§2ª e § tempo, extingue a tem que ser feito antes da
1º) pgt até da ação fiscal punibilidade e o denúncia e suspende e o pgt
Parcelamento suspende antes da denúncia extingue

ATUAMNETE:

O parcelamento antes da denúncia suspende ( art 83 L 9430/11). A quitação do parcelamento


extingue a punibilidade

Em uma RA pedir ABSOLVIÇÃO SUMÁRIA por força a extinção do pagamento pela extinção da
punibilidade.

OBS- prevalece que não se aplica ao descaminho.


III- MÉRITO

1) Atipicidade Formal, fundamento Sum. Vinculante 24 do STF, esta tese vale para o art.
1º, I a IV, L. 8137/90 – não há fato típico antes do lançamento definitivo. Abs Sum.
2) Atipicidade material, Princípio da insignificância, vale p/ os crimes tributários art. 1º,
2º e previdenciários, art. 168-A/337-A, descaminhos 334, CP, é materialmente atípica
a conduta se o tributo é inferior ao previsto em lei para ajuizamento da ação fiscal.
A lei 10522/02, art. 20, prevê que é um valor de R$ 10.000,00. A portaria nº 75, de 22
de março do MF em seu art. 1º , II, estabeleceu que o valor é de R$ 20.000,00.
3) O estado de necessidade, que é uma excludente de ilicitude ou inexigibilidade de
conduta diversa, que é uma causa supra legal de exclusão da culpabilidade.
A situação fática é quando as dificuldades financeiras impedem o cumprimento da
obrigação sem prejuízo da subsistência própria ou da empresa
Quando a falsidade tiver sido utilizada como meio para a sonegação
tributaria ou previdenciária ela vai ficar devidamente absorvida. A única
hipótese de extinção da punibilidade sem pgt é prevista no art. 337 – A se o
agente declara e confessa a dívida da ação fiscal.

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