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1. Objectivos
• Conhecer as capacidades de funções do gerador de formas de
onda.
2. Introdução teórica
2.1 Geradores de formas de onda
Nos laboratórios de electrotecnia os geradores de formas de onda constituem uma das
ferramentas usuais de trabalho. Estes aparelhos geram ondas normalmente de três tipos:
sinusoidais, triangulares e quadradas. Em alguns geradores existe ainda uma outra
hipótese de geração de impulsos.
v1
v2
v3
• Frequência
Fig. 2
v1
→ →
Fig. 4
• Gama de Amplitude
A amplitude de saída pode ser variada continuamente, entre 3 V e 30 V pico a pico, tal como
está indicado no botão AMPLITUDE (fig. 5). No entanto, esta variação pode ser alterada por
introdução de um valor de atenuação.
Fig. 5
A amplitude de saída do sinal pode ser atenuada, isto é, o seu valor pode ser dividido por um
valor fixo. Para tal, basta pressionar um, ou mais, dos botões, com a indicação
ATTENUATION (fig. 6). Ao pressionar mais que um botão, a atenuação total é a soma de
cada uma das atenuações parciais.
Fig. 6
Sempre que o ganho (Uo/Ui, Io/Ii ou Po/Pi) seja maior que 1, o resultado será um valor de
ganho; em dB, positivo.
Se, pelo contrário, o ganho for inferior a 1, isto é, se o sinal de saída tiver um valor menor que
o sinal de entrada, o resultado será um ganho, em dB, negativo. Neste caso, diz-se que
existe uma atenuação.
O gerador de formas de onda apresentado aqui, a título de exemplo, dispõe de três botões
com a indicação 10 dB, 20 dB e 30 dB. Seleccionando as várias combinações possíveis entre
os três botões pode obter-se valores de atenuação entre 0 e 60 dB.
Problema prático:
a) Qual o ganho nominal de um sistema com um valor de atenuação em tensão de 20 dB?
c) Se tiver na saída do seu gerador de onda uma tensão sinusoidal, com a amplitude de 20 V,
e seleccionar, simultaneamente, os botões de atenuação de 10 dB e 30 dB, qual a tensão
que deverá ler num voltímetro.
• Duty Cycle
Uma das funções que por vezes está disponível nos geradores de forma de onda é o
chamado Duty Cycle, que traduz a relação temporal existente entre o meio ciclo positivo e o
período de uma onda quadrada.
Normalmente, o Duty Cycle é de 50%, isto é, a onda tem um valor positivo durante meio
período e um valor negativo no restante meio período.
v1
Pela definição
t+
Duty Cycle =
T
em que:
T ⇒ é o período da onda
t+ ⇒ é o intervalo de tempo em que a onda é positiva.
Por exemplo, uma onda quadrada com uma frequência de 1 kHz e um Duty Cycle de 75%
GRA - JTM - AVF 4
ISEP INME
0,75
Duty Cycle = × 100% = 75%
1
terá o seguinte aspecto:
v1
0,75 1
t (ms)
Problema prático:
Para o mesmo valor de frequência desenhe a forma de onda para um Duty Cycle de 25%.
Não se esqueça de indicar nas transições os instantes de tempo respectivos.
v1
t (ms)
Fig. 9
• Nível DC
O botão de DC OFFSET permite somar ao sinal de saída um sinal contínuo cujo valor pode
ser variado continuamente entre –10 V e +10 V.
Os botões de atenuação afectam também o nível da tensão DC.
v1
Tensão
Offset
pico-a-pico
DC
Fig. 10
Fig. 11
Problema prático:
Desenhe uma onda quadrada à qual foi acrescentada uma tensão contínua de – 7 V. A onda
quadrada tem uma amplitude (valor pico a pico) de 20 V e uma frequência de 100Hz.
v1
t (ms)
Fig. 12
Atenção:
Se a entrada do osciloscópio, onde está a visualizar a onda, se encontrar no modo DC, o
deslocamento introduzido pela adição do sinal contínuo será visível.
No entanto, se a entrada estiver em modo AC, a componente contínua será filtrada, e o sinal
visualizado não o incluirá.
Para finalizar esta breve introdução ao gerador de sinal ir-se-á abordar uma das últimas
funções disponíveis, a chamada Modulation Mode SWEEP.
Neste modo de funcionamento, a frequência à saída do gerador varia de forma contínua,
desde um valor inicial até um valor final, sendo a duração desse intervalo de tempo variável.
A frequência inicial, a frequência final e o intervalo de tempo ao longo do qual ocorre a
variação são seleccionáveis independentemente.
O modo SWEEP é controlado através dos botões ON, CONT e TRIG (fig. 13).
Fig. 13
log f
f final
f
inicia
tempo de SWEE t
Fig. 15
Fig. 16
f final
f
inicia
t
Fig. 17
Pressionando, de novo, o mesmo botão, volta-se a ter, na saída, a frequência final.
GRA - JTM - AVF 7
ISEP INME
Fig. 18
GERADOR
SISTEMA
DE SINAL
Fig. 19
|A|
-3dB
Uy
t0 t1 t2
t
t0
Ux
t1
t2
Fig. 21 - Figura de Lissajous obtida com duas ondas com uma relação dupla de frequência.
Trabalho Prático:
a) Desenhe a figura de Lissajous obtida se as ondas tiverem a mesma frequência e
desfasamento nulo.
Uy
Ux
Fig. 22
b) Repita a alínea anterior mas considere que Ux tem um desfasamento de 90º, em avanço,
em relação a Uy.
Uy
Ux
Fig. 23
• Como foi referido, no ponto anterior, as massas dos dois canais estão curto circuitadas
internamente pelo que, para evitar problemas, basta ligar uma das massas, deixando a
outra no ar.
• As massas dos canais estão ligadas ao “chassis” que, por sua vez, está ligado ao terminal
da terra da rede de alimentação.
• Normalmente todos os aparelhos seguem este procedimento pelo que, se deve ter o
máximo cuidado por forma a evitar curto circuitos pelo circuito de terra da instalação.
4. Trabalho laboratorial
4.1 Medição da relação entre fases de duas ondas sinusoidais, com a mesma
frequência
Monte o circuito representado no esquema da fig. 24
C
a c
R
b d
Fig. 24
a R c
C
b d
Fig. 25
GRA - JTM - AVF 12
ISEP INME